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RESUMO: O Ensino Universitário é um dos mais altos conhecimentos na sociedade moderna e motor
do progresso nacional e global dos países, especialmente como estratégia de formação de pessoal
qualificado, inovação científica e modernização tecnológica almejada por nações em desenvolvimento
como Angola, após décadas de guerras e da ênfase na alfabetização em massa e da formação de
professores, que recentemente vem empreendendo esforços na criação de um sistema nacional de
garantia de qualidade, avaliação universitária, uma cultura de avaliação do ensino superior e fundou o
Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior
(INAAREES) em 2013, a agência pátria dotada de poderes legais e institucionais para impulsionar a
excelência acadêmica em Angola.
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. METODOLOGIA
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Este trabalho será uma pesquisa bibliográfica ao levantar e estudar as publicações referentes
ao tema como autores referenciados e documentos primários de instituições públicas oficiais.
Neste sentido, também adotaremos uma abordagem descritiva ao analisar e apresentar as
condicionantes do Ensino Superior e Reforma de Estado de Angola e a valorização da
Qualidade nas práticas universitárias que exigiram a institucionalização do INAAREES.
Apesar de Angola ser uma Colônia de Portugal desde do século XV, para fins didáticos,
sintetizados a época do Ensino Superior em Angola a partir de 1962. A separação das épocas
político-administrativas, em parte, tem como base VALLADADES et all. (2013), que
classificou os cortes temporais pelo modelo de gestão.
Com a fundação dos Estudos Gerais Universitários em 1962 promoveu cursos superiores
em sua maior e mais rica colônia tais como Medicina, Engenharias e Ciências (em Luanda),
Agronomia e Veterinária (em Huambo), e Letras, Geografia e Pedagogia (em Lubango).
Em 1968, os estabelecimentos dos Estudos Gerais passaram a designar-se Universidade de
Luanda, permitindo uma limitada autonomia à Metrópole Portuguesa, caracterizada por uma
Administração Centralizada e que exigia uma subserviência praticamente total de sua Colônia
e habitantes, com limitados direitos políticos e participação dos angolanos nativos nas decisões.
Carvalho (2014) salienta que no período colonial, o Ensino Superior em Angola era restrito
às elites, sendo limitado o acesso das classes médias (já que eram bem reduzidas). Não obstante,
apesar de um certo crescimento do alunato angolanos nativos, a maior parte dos estudantes eram
de brancos (LIBERATO, 2019), o que reitera as já gritantes desigualdades sociais e acentuará
as transformações da política educativa pela luta de Libertação Nacional.
No mesmo ano da fundação dos Estudos Gerais Universitários, surgiram os primeiros
Cursos de Monitores Escolares e Escolas de Magistério Primário, direcionados a formação de
professores para alfabetização de crianças e jovens (ZAU, 2009), recordando que o alfabetismo
no ano da Independência (1975) beirava os 85 % da população angolana.
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A década de 90 foi marcada por uma incipiente transição política para multipartidarismo e
eleições gerais, apesar do MPLA ainda manter posições chaves na Administração Pública,
sendo experimentado os primeiros programas de Reforma Administrativa já com concepções
de descentralização e flexibilidade organizacionais.
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educação é objeto “de avaliação contínua com incidência especial sobre o desenvolvimento,
a regulamentação e a aplicação da presente lei, tendo em conta os aspectos educativos,
pedagógicos, psicológicos, sociológicos, organizacionais, económicos e financeiros.”
(UNESCO, 2001, grifo nosso).
Percebendo que os sistemas de avaliação em escala nacional ainda tiveram a devida
dimensão devido a falta de uma estrutura institucional e legal para ser realizados, observa-se
que várias universidades e institutos de ensino superior aplicam auto-avaliações e até avaliações
externas por instituições estrangeiras, especialmente em cursos como Ciências Médicas.
Notadamente, a instituição educativa com mais experiências e estudos em Avalições
Institucionais é a maior e a principal do país: a Universidade Agostinho Neto.
Outra reflexão que veio para compreensão das necessidades e diagnóstico foi o Plano
Nacional de Formação de Quadros (PNFQ), que no seu Relatório, (ANGOLA, 2014), que as
instituições de ensino superior estabeleçam cooperação com as melhores escolas de ensino
superior do mundo e uma análise global do sistema de educação e ensino do país.
Neste sentido, nasce pelo Decreto Presidencial n.º 172/2013, o Instituto Nacional de
Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior (INAAREES), como
a Agência Central, , no art. 2º para “promover e monitorar a qualidade das condições técnico-
pedagógicas e científicas criadas e dos serviços prestados pelas instituições do ensino superior,
bem como homologar a certificação dos estudos superiores” (ANGOLA, 2013).
Ressaltamos que desde de então, o INAAREES se detém da homologação de diplomas e
cursos superiores, que eventualmente, há críticas da sociedade pelas formalidades e atrasos.
O INAAREES, academia e a sociedade promovem um amplo debate com a forma de
desenvolver um sistema nacional de garantia de qualidade, especialmente cooperação
internacional, resultando o Decreto Presidencial n.º 203/2018, que cria o Regime Jurídico de
Avaliação e Acreditação da Qualidade das Instituições de Ensino Superior que determina a
Acreditação (certificação das instituições de ensino superior e seus cursos), Auto-Avaliação,
Avaliação Externa, Avaliação Institucional e Meta-Avaliação.
Percebe-se que dos modelos internacionais analisadas pelos técnicos e educadores
angolanos veem de Portugal, Cuba e Brasil, país com maior experiência nos sistemas nacionais
de avaliação e garantia de qualidade, como nos primeiros meses de 2019 houve conferências
com a lusitana Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3Es), esta instituição
avaliativa está na Rede Europeia da Qualidade do Ensino Superior (ENQA em inglês).
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6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
https://www.unicef.org/angola/media/1381/file/Lei%2013_01_Lei%20de%20Bases%20do%2
0Sistema%20de%20Educacao%20de%20Angola%202001.pdf >, Acessado em 08 mai. 2019.
VALADARES, J. L. et all. Brasil e Angola: Convergências e Divergências Epistemológicas
sobre os Modelos de Administração Pública. Revista da Ciência da Administração,
Florianópolis, v. 15, n. 36, ago. 2013. < Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/adm/article/view/2175-8077.2013v15n36p131/25354 , >
Acessado em 09 maio. 2019.
ZAU, F. Educação em Angola: Novos Trilhos para o Desenvolvimento. Lisboa: Movilivros,
2009.
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