Livro Digital - Cartografia e Novas Tecnologias Cap 3

Livro Digital - CARTOGRAFIA E NOVAS TECNOLOGIAS https://livrodigital.uniasselvi.com.br/pos/cartografia_e_novas_tecnolog...
menu Capítulo 3 settings
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Prezado acadêmico,
No fim do século XIX, a formação de academias científicas e o desenvolvimento das
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escolas geográficas e cartográficas foram de grande relevância para o

menu Capítulo
aperfeiçoamento das técnicas de produção 3
de mapas e para a consolidação de settings
normas, convenções e metodologias empregadas no processo da produção
cartográfica. Um aspecto especial da Cartografia é sua forte relação com as
tecnologias de observação da Terra, de posicionamento e de processamento de
dados. Os projetos nacionais de defesa sempre estiveram relacionados com a
Cartografia, e o repositório de mapas oficiais é um instrumento para o planejamento
territorial. Assim, os investimentos em recursos técnicos e tecnológicos em setores
ligados à Cartografia e observação da Terra desempenham um papel fundamental a
toda a nação.
Nos últimos 30 anos, o acesso às tecnologias cartográficas se popularizou

grandemente e a sociedade civil hoje tem acesso a uma miríade de recursos
tecnológicos relacionados à produção de mapas. Sem dúvida, a internet desempenha
um papel fundamental no acesso a repositórios de dados espaciais. Hoje também os
recursos geotecnológicos são muito acessíveis: os receptores GNSS (Global
Navigation Satellite System), conhecidos popularmente como “gps”, aeronaves
remotamente pilotadas (drones e VANTS), imagens de satélite, entre outros, podem
ser adquiridos a baixo custo.
Atualmente, dois conhecimentos intimamente relacionados à produção moderna de

mapas são: a Cartografia e os Sistemas de Informação Geográfica (SIG). A
Cartografia pode ser entendida como o “pai” do SIG, pois é nela que encontramos os
conhecimentos fundamentais da produção de mapas, a saber: a sistemática do
posicionamento, as convenções e os métodos de representação. O SIG é “o filho”, ele
tem a genética do “pai”, pois dispõe de recursos apropriados para o armazenamento, a
manipulação e a representação dos dados que se fazem necessários para a
elaboração dos mapas.
Aprofundaremos neste capítulo alguns dos fundamentos da Cartografia e como estes

podem ser aplicados através dos SIG.
2 TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE MAPAS
Neste capítulo, conheceremos as técnicas mais importantes na produção de mapas,

sem as quais seria praticamente impossível alcançar sucesso na elaboração de um
mapa, ainda que simples. Vale lembrar que faremos uma relação com as tecnologias
atuais, embora fosse totalmente plausível a proposição de técnicas tradicionais com
aplicações feitas a partir de cartas oficiais, uso de papéis transparentes e recursos
gráficos, como lápis, réguas etc. Contudo, aqui daremos ênfase à vertente mais
moderna da produção de mapas, com uso de técnicas digitais, recursos da internet e
foco na cartografia temática, que é a mais usual no contexto do ensino de Geografia.
Neste sentido, os tópicos são:
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• O tema.
menu
• Capítulo 3
A delimitação de uma área de interesse. settings
• A preparação da base e dos dados.
• A representação.
O ponto de partida para a elaboração de um mapa está no tema. Pode parecer banal,
mas o primeiro passo implica na compreensão clara do assunto e a reflexão sobre os
recursos que serão necessários à execução do projeto cartográfico atrelado ao tema.
As intenções podem ser as mais variadas, por exemplo: o mapa da distribuição
espacial da população absoluta nos países da América do Sul; o mapa da frota de
veículos em cinco municípios vizinhos; o mapa da produção leiteira de uma região,
entre outros. Assim, é no objetivo que nasce o projeto cartográfico.
Para explicar as técnicas da elaboração de mapas, tomemos essa ideia como

exemplo: suponhamos que o propósito de um dado mapeamento temático seja
mostrar o IDH das Unidades da Federação (UF) Brasileira.
O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida resumida do

progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento
humano: renda, educação e saúde. Esse índice classifica todos os países e
territórios em faixas: Muito Alto Desenvolvimento Humano; Alto
Desenvolvimento Humano; Médio Desenvolvimento Humano; Baixo
Desenvolvimento Humano; Outros Países e Territórios (sem dados disponíveis).
Para saber mais e conhecer a posição que se encontra o Brasil, não deixe de
acessar o link disponível em: <https://bit.ly/2X4kSeM>.
Neste caso, o tema IDH será expresso por meio de cores ou tonalidades, agrupadas
em faixas de valores e distribuídas nas diferentes áreas das Unidades da Federação
do território nacional. Para a realização desta tarefa, o primeiro passo é a aquisição e
a organização da base de dados espaciais para a produção do mapa.
Existem diversas instituições governamentais, ou mesmo privadas, que disponibilizam

dados geoespaciais para mapeamento. Aqui, neste exemplo, poderíamos utilizar as
bases de dados cartográficas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
pois é a instância, por excelência, responsável por organizar a cartografia oficial
brasileira, juntamente ao Serviço Geográfico do Exército. Esses dois órgãos tratam da
infraestrutura cartográfica de representação do território nacional, que vai da escala
1:1.000.000 à escala 1:25.000 (SANTOS; CASTIGLIONE, 2014).
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Outra esfera de referência cartográfica, também advinda do Governo Federal, é a

menu Capítulo
Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais 3
– INDE, instituída a partir do Decreto nºsettings
6.666, de 27 de novembro de 2008, por meio da Comissão Nacional de Cartografia –
CONCAR, que em seu 1º artigo define que o propósito do INDE é a promoção de
dados geoespaciais para a geração, armazenamento, acesso e compartilhamento de
dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal, em proveito do
desenvolvimento do país. Com isso, a sociedade civil tem acesso a informações
geográficas para mapeamento básico de forma gratuita e com maior fidedignidade de
suas fontes de dados, pois provêm de órgãos oficiais nacionais.
F IGU R A 1 – PÁGIN A DO IND E
FONTE: <https://inde.gov.br/>. Acesso em: 1º set. 2019.
Na página eletrônica do INDE, pode-se, então, acessar o visualizador de mapas e

baixar a base cartográfica das Unidades da Federação (UF) do Brasil em um formato
digital específico, que permite a manipulação de suas informações tanto para edição
de objetos como para a apresentação de mapas. O formato de arquivo digital
denominado shapefile (.shp) compõe uma das bases de compartilhamento de dados
da INDE. Trata-se de um formato muito utilizado nos trabalhos de geoprocessamento
e cartografia digital e pode ser manipulado por Sistemas de Informações Geográficas
(SIG), pois contém dados geoespaciais vetoriais, que descrevem os diferentes objetos
geográficos mapeáveis. A representação do arquivo shapefile pode se dar na forma de
pontos, linhas ou polígonos, os quais se conectam a uma tabela de atributos que
contém as informações descritivas dos objetos geográficos.
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Em termos digitais, um arquivo shapefile se estrutura em quatro extensões

menu
fundamentais, que são: Capítulo 3 settings
.shp: contém a forma; a própria geometria do objeto geográfico;
.shx: traz o índice de forma; um índice posicional da geometria do recurso para

permitir a busca;
.dbf: contém o atributo relacionado às colunas da tabela. Cada linha está ligada a
uma forma geográfica (ponto; linha e polígono, no formato dBase IV);
.prj: contém a descrição da projeção, usando uma representação de texto para

os sistemas de referência de coordenadas.
Agora que você conhece a plataforma INDE, acesse o site

<https://inde.gov.br/> e procure pelo Visualizador (nessa página você visualiza
e compõe mapas baseados no seu banco de dados). Dentro dessa página
eletrônica da INDE, faça o download do arquivo shapefile das Unidades da
Federação do Brasil de 2013 (Figura 2).
Realizando essa investigação, você verá como é robusta a plataforma do

INDE como um banco de dados geoespacial. Você poderá aplicar esses dados
em diferentes áreas da Cartografia escolar. Caso queira saber mais a respeito,
assista ao vídeo no link disponível em: <https://www.youtube.com
/watch?v=vtLi7E9Qnco&t=138s>.
F IGU R A 2 – IM AGEM DA PÁGIN A D O IN D E M OST R AND O O D OWN LOAD

R EALIZ AD O
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FONTE: <https://visualizador.inde.gov.br/>. Acesso em: 1º set. 2019.
Veja que agora temos a base cartográfica, mas precisamos de um SIG para ler este
arquivo. Neste sentido, usaremos o software QGIS, que é um software de uso livre,
integrado ao Open Source Geospatial Foundation (OSGeo), uma organização
internacional sem fins lucrativos que disponibiliza gratuitamente o software na sua
página eletrônica.
Uma vez que o programa estiver baixado e instalado em um computador, será

possível visualizar o mapa da UF e as informações temáticas que ele contém.
Acesse a página do projeto QGIS, disponível em: https://www.qgis.org

/pt_BR/site/index.html e realize o download da versão 3.8 Zanzibar do
programa e instale em seu computador. Você deverá procurar na página do
QGIS o arquivo executável de acordo com as configurações de seu
computador.
F IGU R A 3 – QGIS 3.8 Z AN ZIBAR
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FONTE: <https://www.qgis.org/pt_BR/site/index.html>. Acesso em: 1º set. 2019.
Agora que o QGIS está instalado em seu computador, inicialize o software e abra o
arquivo shapefile UF 2013. Veja como fazer isso seguindo a rotina descrita na tabela a
seguir:
QUADRO 1 – PASSOS DESCRITIVOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA

ATIVIDADE DE ESTUDO
PASSOS CAMINHO ÍCONE ASSOCIADO
Inicializar o QGIS QGIS Desktop 3.8
Gerenciador de fontes de
dados
Clique em vetor
Abrir o arquivo shapefile
Localize o caminho do
arquivo shapefile
Especifique a extensão
shapefiles, e clique em abrir
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Clique em adicionar e close
FONTE: O autor
O resultado deve retornar uma imagem semelhante à da Figura 4, não

necessariamente com a mesma cor.
F IGU R A 4 – AR QUIVOS SH APEF ILE D AS U F D O BR ASIL NO QGIS 3.8
FONTE: Adaptada de Software SIG QGIS 3.8
Parabéns! Agora você tem acesso a um Sistema de Informação Geográfica de

primeira geração, ou seja, um programa capaz de fazer operações básicas e
avançadas em Cartografia moderna.
Uma vez que um arquivo do tipo shapefile é aberto pelo software QGIS, podemos
verificar a tabela de atributos a ele relacionada e manipulá-la, adicionando quaisquer
informações que forem pertinentes ao seu estudo proposto.
Veja como acessar a tabela de atributos seguindo a rotina descrita no quadro a seguir:
QUADRO 2 – PASSOS DESCRITIVOS PARA VISUALIZAÇÃO DA TABELA DE

ATRIBUTOS
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menu PASSOS CapítuloCAMINHO

3 IMAGEM settings
Clique sobre a camada UF_2013 Camadas
Clique no ícone “abrir tabela de

Barra de ferramentas
atributos”
FONTE: O autor
Observe a Figura 5, quando clicamos sobre uma linha contendo informações de um

Estado na tabela de atributos, há uma relação com a representação cartográfica,
estruturada em escala, coordenadas e projeção. No QGIS, essa estrutura é chamada
de camada digital e contém a tabela de atributos e as feições geográficas com suas
respectivas coordenadas geográficas, projeção e escala.
F IGU R A 5 – TABELA D E AT R IBU TOS DAS CAM ADAS UF D O BR ASIL N O QGIS

3.8
De acordo com Câmara e Medeiros (1998), uma técnica cartográfica fundamental nos
SIGs é a implantação da estratégia dual. Trata-se de uma técnica que faz uso de um
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sistema de banco de dados que tem uma característica especial, o caráter geográfico.
menu Capítulo 3 dos objetos geográficos,
Neste banco de dados, os atributos convencionais settings
geralmente representados na forma de tabelas, estão associados a arquivos que
guardam as representações geométricas destes objetos. Neste modelo há uma
relação das informações temáticas, organizadas na forma de uma tabela em que as
linhas correspondem aos dados e as colunas correspondem aos atributos e às feições
geométricas, que são as representações do espaço.
Voltando ao nosso tema principal, que é fazer um mapa temático do IDH, note que
esta informação precisa ser acrescentada na tabela da camada UF_2013. Como a
tabela de atributos é editável, uma vez que tenhamos os valores de IDH por estados
da Federação, podemos digitar esses dados em uma nova coluna na tabela.
As informações sobre o IDH surgem no contexto do Programa das Nações Unidas

para o Desenvolvimento (PNUD) e o IDH dos estados brasileiros pode ser obtido no
site do PNUD Brasil. Veja o IDH dos estados brasileiros em 2017:
QUADRO 3 – IDH DOS ESTADOS BRASILEIROS
Estados IDH (2017)
Maranhão 0,680
Alagoas 0,683
Piauí 0,690
Pará 0,693
Sergipe 0,700
Bahia 0,709
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menu Paraíba 0,709Capítulo 3 settings
Amazonas 0,716
Rondônia 0,718
Ceará 0,726
Acre 0,729
Pernambuco 0,730
Rio Grande do
0,736
Norte
Tocantins 0,737
Amapá 0,738
Roraima 0,758
Mato Grosso do Sul 0,763
Goiás 0,768
Espírito Santo 0,770
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menu Mato Grosso 0,772Capítulo 3 settings
Minas Gerais 0,781
Rio Grande do Sul 0,783
Paraná 0,792
Rio de Janeiro 0,794
Santa Catarina 0,805
São Paulo 0,831
Distrito Federal 0,850
FONTE: O autor
Você sabia que além do IDH dos estados brasileiros, o PNUD Brasil também
possui o IDH de todas as cidades brasileiras? Acesse a página do PNUD Brasil,
conheça o IDH dos estados brasileiros e se aprofunde um pouco mais no
assunto. Disponível em: https://bit.ly/3371aAa
Agora, acrescentaremos essa informação criando uma nova coluna na tabela de

atributos digitando os valores. Veja na Figura 6 que, ao criar uma nova coluna, é
necessário estabelecer alguns parâmetros como: o nome da coluna, o tipo de dado (se
numérico ou textual) e o comprimento do número.
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Faça isso seguindo a rotina descrita no quadro a seguir:

QUADRO 4 – PASSOS DESCRITIVOS PARA CRIAR UMA COLUNA NA TABELA DE
ATRIBUTOS
PASSOS CAMINHO IMAGEM
Clicar em “alternar Figura do “lápis” na barra de

modo de edição”. ferramentas da tabela.
Clique em “novo Barra de ferramentas da

campo” tabela de atributos
Configure as
características do Janela “Adicionar campo”
campo
Clique em OK Janela “Adicionar campo”
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Clique em cada
célula da coluna Tabela de atributos. Coluna
criada e insira o IDH IDH
correspondente à UF
Após digitar todos os

valores salve e Ícones da Tabela de
desabilite o atributos e
alternador de edição
FONTE: O autor
Feito isso, é possível digitar cada valor de acordo com o estado da UF. Veja o exemplo
do Acre na Figura 6.
F IGU R A 6 – TABELA D E AT R IBU TOS, C R IAN D O U M A N OVA C OLUN A NO QGIS

3.8
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Uma vez editadas as informações dos IDHs de cada UF, podemos passar para a etapa
de simbolização. Como fora visto em outro capítulo, a Cartografia se estrutura em
Escala, Projeção e Simbolização. Nas técnicas de produção de mapas, a simbolização
tem forte relação com a estrutura gráfica dos dados (pontos, linhas ou área) e com o
tipo de dado usado no mapeamento, trata-se de uma informação qualitativa ou
quantitativa. No presente caso, o modelo é um mapa temático representado por área
(polígono) contendo uma informação quantitativa. Neste sentido, a simbolização passa
pelo processo de construção da legenda com divisão de classes em agrupamentos por
faixas de valores. O tipo de mapeamento quantitativo feito por áreas denomina-se
mapa coroplético, em que cada área, ou polígono, é pintada com uma cor que se
reporta a uma faixa de valor. De acordo com as regras da semiologia gráfica das
variáveis visuais, as cores devem seguir uma ordem gradativa para expressar a
variação de intensidade do fenômeno representado (LOCH, 2007).
Uma outra questão de grande relevância é a escolha da faixa de agrupamento dos

valores. Em mapas quantitativos, um procedimento importante é a observação da
distribuição dos valores da tabela de atributos, ou seja, verificar quantos registros
existem, qual o valor máximo, qual o valor mínimo, qual a média, entre outros. Por
meio de tais observações, é possível escolher um bom método de agrupamento de
classes de legenda. Existem diversos métodos de agrupamento, mas aqui veremos os
três mais utilizados (LOCH, 2007).
Método dos Passos Iguais: neste método subtrai-se o valor máximo do valor
mínimo e divide-se o resultado pelo número de classes que se deseja gerar,
veja:
Máximo - Mínimo / N° de Classes = Passos
Tomemos nosso exemplo para ilustrar. O maior IDH é do Distrito Federal – 0,850; e
o menor valor é do estado do Maranhão – 0,680. Assim, consideremos que desejamos
agrupar os valores em 4 classes, ou seja, 4 degradês de cores, temos:
0,850 - 0,680 / 4 = 0,0425
O passo é 0,0425, então, a partir do valor mais baixo (0,680) soma-se 0,0425 até
obter 4 classes de agrupamento (Quadro 5).
Método do Quantil: neste método divide-se o conjunto de dados em partes

iguais. Por exemplo, em uma lista com 12 registros, o agrupamento em quantil
de 3 níveis se faz da seguinte maneira: ordena-se os dados crescentes e
agrupa-se os 4 valores mais baixos, os 4 intermediários e os 4 mais altos. No
caso, o agrupamento dos 27 registros do IDH em 4 níveis, retornará três
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agrupamentos com 7 registros e um agrupamento com 6 registros (Quadro 5).

Método do Passos Variados: este método não dispõe de uma regra estatística
explícita, mas também não significa que o agrupamento de dados possa ser feito
de maneira aleatória. Neste caso, o produtor do mapa pode adotar um
procedimento já instituído na literatura e simplesmente aplicá-lo, fazendo as
devidas referências. Por exemplo, o PNUD agrupa o IDH dos países por faixas
variadas e os associa às classes qualitativas: muito baixo, baixo, médio, alto,
muito alto, como pode ser observado na Figura 7.
F IGU R A 7 – FAIXAS DE D ESEN VOLVIM EN TO HU M ANO
FONTE: <http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/ranking>. Acesso em: 1º set. 2019.
Vejamos como cada método de agrupamento se distribui usando um mesmo rol de

valores dos IDHs das UFs:
QUADRO 5 – MÉTODOS DE AGRUPAMENTOS
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FONTE: O autor
Em termos práticos, veremos como esses valores e seus respectivos agrupamentos

aparecem no mapa no QGIS. Para isso, basta entrar nas propriedades da camada e
editar a Simbologia, produzindo uma legenda para o mapa. É possível duplicar a
camada várias vezes e assim editar outras Simbologias, ou seja, construir outras
legendas que desejar. Observe a Figura 8 e veja que nela estão descritos os passos
para elaborar a legenda de um mapa temático utilizando o QGIS.
F IGU R A 8 – ED ITAND O IN F ORM AÇ ÕES NO QGIS 3.8
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Cada número na figura indica a sequência de rotinas para elaborar o mapa, conforme
descrição no Quadro 6:
QUADRO 6 – ETAPAS DETALHADAS
Item Descrição Acesso
Camada temática
1. Visualizado no display “Camadas”
(“UF_2013”)
Propriedades da Clicando com o botão direito do

2.
camada mouse sobre a camada “UF_2013”
Terceiro item da janela “Propriedades

3. Simbologia
da camada” - UF_2013
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menu ClicandoCapítulo
sobre a3barra superior da settings
4. Graduado
janela
Clicando no item serão exibidos os

nomes das colunas da tabela de
5. Coluna atributos da camada “UF_2013”.
Escolha a coluna que contém os
dados do IDH previamente digitado.
Selecione quantas casas decimais

6. Precisão
serão mostradas depois da vírgula
Método das cores Escolha o estilo da cor que o mapa

7.
das classes será pintado
Nesse item você verá como as

Visualização das
8. informações estão sendo distribuídas
informações
e formatadas
Defina o número de classes de

9. Classes
agrupamento desejado
Clique na caixa e selecione o método

de agrupamento das classes. No
10. Modo exemplo da figura o termo “intervalo
igual” é o equivalente a passos iguais,
como vimos anteriormente
Aplique e veja o resultado no mapa.

11. Apply
Estando correto, clique em OK
FONTE: O autor
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Note que no item “Modo” é possível modificar o agrupamento. Refaça as etapas e

aplique o método do “Quantil” e veja o Capítulo
menu 3 Para aplicar o método dos passossettings
resultado.
variados é muito simples, basta escolher qualquer método e editar manualmente os
passos clicando sobre os valores da legenda (item 8). Os três métodos de
agrupamento estão representados na Figura 9.
F IGU R A 9 – M ÉTOD OS D E AGRU PAM EN TO E AS D IF ER EN TES

F OR M AS D E D ISTR IBUIÇ ÃO
FONTE: O autor
Os atlas geográficos fazem uso extensivo de métodos para representações

quantitativas e qualitativas como as mostradas aqui. Uma grande vantagem para o
professor em dominar essas técnicas é ter autonomia na produção de mapas. Uma
potencialidade importante é poder construir o mapa da cidade onde está lecionando.
Nos livros didáticos não é possível encontrar mapas da cidade do aluno, neste sentido,
o professor de geografia pode procurar por bases cartográficas da cidade e da região
e assim elaborar seus próprios mapas escolares. O fato de poder produzir
representações do espaço em diferentes escalas e para diferentes fins abre caminhos
para os docentes ampliarem suas capacidades didáticas em sala de aula.
ATIVIDADES DE ESTUDO:
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menu settings
Os Sistemas de Informações Geográficas (SIG) são equipamentos e meios

tecnológicos para se estudar o espaço terrestre. São utilizados por pesquisadores,
empresas, ONGs, governos, serviços de inteligência, entre outros.
3.1 BASES FUNDAMENTAIS DA CARTOGRAFIA PARA OS SIGS
Para o melhor aproveitamento das aplicações dos Sistemas de Informações

Geográficas é imprescindível o conhecimento de três princípios básicos da
Cartografia, a saber: a escala, a projeção (sistema de referência de coordenadas) e a
simbolização. Estes três fatores se relacionam aos aspectos sistemáticos da
Cartografia e constituem as bases para a construção de um banco de dados em um
SIG.
Pode-se dizer que, em conjunto, formam a raiz cartográfica dos SIGs, sem as quais, é
impossível executar qualquer análise geográfica.
3.2 A RAIZ CARTOGRÁFICA DOS SIGS
O mapa é a representação estática do espaço, ou seja, da superfície terrestre ou de

parte desta (MARTINELLI, 2003). Para os SIGs funcionarem, é necessária uma base
de dados digital. Considerando que a localização geográfica dos objetos espaciais é
uma característica fundamental nas aplicações dos SIGs, o ponto de partida para
qualquer estudo é organizar os dados de acordo com a escala de abordagem, com o
respectivo sistema de referência de coordenadas e, por fim, com a aplicação das
estruturas gráficas adequadas.
Escala: nos SIGs, a escala do mapa é dinâmica, pois ela se modifica à medida que
nos aproximamos ou nos afastamos de uma imagem. Com o uso da ferramenta zoom
in, a escala cartográfica aumenta e os detalhes de uma dada feição geográfica
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mapeada se tornam mais perceptíveis à vista, ao contrário, a aplicação do zoom out

menu Capítulo
reduz a escala cartográfica e os detalhes 3
diminuem. Assim, dois aspectos estão settings
relacionados com a escala nos SIGs: a escala cartográfica e os níveis de
detalhamento da visualização do mapa ou imagem (Figura 10).
Suponhamos que um profissional desenhou um polígono digital do contorno do Estado

do Tocantins em uma escala de 1:10.000.000, mas visualizou a porção norte do
território na escala 1:1.000.000. A referência do desenho é uma escala 10x menor que
a da visualização. Neste exemplo, os contornos dos rios Tocantins e Araguaia são as
referências naturais dos limites territoriais do estado do Tocantins, porém as linhas
estão generalizadas e não acompanham perfeitamente os rios (Figura 10).
Neste sentido, a área de mapeamento é inversamente proporcional à escala e o

aumento dos detalhes do terreno é diretamente proporcional à escala. Assim, no
processo de mapeamento nos SIGs importa a definição do recorte geográfico e o nível
de aproximação do objeto cartografado, pois os detalhes da visualização dependem
destas definições.
F IGU R A 10 – ÁR EA C OM ESCALA EM MAIOR E MEN OR N ÍVEL D E D ETALH E

D E AC OR D O C OM A APR OXIM AÇ ÃO AO OBJETO M APEADO
FONTE: O autor
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Sistema de Referência de Coordenadas (SRC): existem dois sistemas de

representação das coordenadas de referência, a saber: o sistema de latitude e
longitude e o sistema plano. O primeiro se baseia no modelo esférico e se expressa
em graus, minutos e segundos (ou em graus decimais); o segundo se fundamenta no
modelo plano e é expresso em metros ou quilômetros. Em escalas pequenas, iguais
ou menores que 1/500.000, adota-se o sistema esférico, com referência às latitudes e
longitudes em graus. Neste caso, a referência geodésica é o datum denominado World
Geodetic System 1984 (WGS84). Para mapas em escalas iguais ou maiores que
1/250.000, adota-se o sistema de coordenadas planas, que, no caso do Brasil,
atualmente é o sistema UTM SIRGAS 2000, construído com base em dados
provenientes da constelação de satélites de posicionamento global. No passado,
outros Datum de referência eram usados, a exemplo do Córrego Alegre, e South
American Datum (SAD 69), ambos referenciados com base em medidas feitas na
superfície terrestre (SAMPAIO; SAMPAIO, 2015). No QGIS, o Sistema de Referência
de coordenadas pode ser acessado em “propriedades do projeto”, indo até o item SRC
(Figuras 11 e 12).
F IGU R A 11 – O SIST EM A D E R EF ER ÊN CIA DE C OOR D EN AD AS ( SC R )

M UN D IAL É O W GS 84. AS R EF ER ÊN CIAS SÃO D AD AS EM GR AU S
( LATIT U DES E LON GIT U DES) . PERC EBA QU E N O PLANISF ÉR IO TOD OS OS
T ER R ITÓR IOS D O GLOBO T ER R EST R E EST ÃO SELEC ION ADOS EM
VER M ELHO, POIS ESTA R EF ER ÊN CIA SERVE PAR A QU ALQU ER LU GAR D O
23 of 46 02/07/2021 15:51
PLAN ETA
F IGU R A 12 – O SIST EMA D E R EFER ÊNC IA D E COOR DEN ADAS (SC R ) LOCAL
É O U TM E N O CASO D O BR ASIL AD OTA- SE O SIR GAS 2000. AS
R EF ER ÊN C IAS SÃO D AD AS EM MET R OS ( M) . VEJA QU E N O PLAN ISF ÉR IO
SÓ A FAIXA LON GIT U DIN AL QU E C ONT ÉM O ESTAD O DO TOCAN T IN S EST Á
SELEC ION AD A, POIS É A REF ERÊN C IA ESPEC ÍF IC A D O F U SO 22 SU L
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Simbologias no SIG: toda construção gráfica no SIG se faz por meio de vetores ou de
matrizes, que são os modelos fundamentais para a representação de dados da
superfície terrestre. Os vetores são estruturados em Pontos, Linhas ou Polígonos
(áreas e zonas) e as matrizes são estruturadas em pixels. Com os vetores, é possível
fazer desenhos na tela do computador com base em coordenadas, mapas ou imagens
de referência. Já com as matrizes, também denominadas raster, é possível
representar as variações da superfície terrestre. No modelo raster, cada pixel
representa, em escala, um nível de variação de um recorte geográfico, por exemplo,
em uma imagem de satélite, cada pixel representa um número digital que resume a
reflectância de uma porção do terreno por ele recoberta, já em uma imagem de radar,
onde cada pixel caracteriza uma altitude em relação ao nível do mar, suas dimensões
resumem, em um único valor numérico, as variações de altitudes naquela porção de
superfície terrestre.
F IGU R A 13 – VISUALIZAÇ ÃO D E VETORES: PON TOS ( LOC ALIDAD ES) ;

LINH AS ( ESTR AD AS D E F ERR O) ; POLÍGONOS (ESTAD O D O TOC ANT IN S)
25 of 46 02/07/2021 15:51
F IGU R A 14 – VISUALIZAÇ ÃO D E U M A C AM AD A MAT R ICIAL (R ASTER ) AO

F UN D O D O TER R IT ÓR IO D O TOC ANT IN S. IMAGEM D E SAT ÉLIT E DO
GOOGLE M APS
26 of 46 02/07/2021 15:51
27 of 46 02/07/2021 15:51
menu settings
3.3 FONTES DE DADOS CARTOGRÁFICOS PARA SIG
Na cartografia voltada para os SIGs, muitos dados e informações espaciais estão

disponibilizados de forma gratuita na internet. Órgãos governamentais e algumas
empresas privadas disponibilizam fontes de dados para mapeamento em SIG. Neste
item mostraremos algumas fontes de referência que disponibilizam e mantêm dados
geoespaciais gratuitamente. Tratam-se de fontes que podem ser consideradas de
referência, ou seja, apresentam satisfatória qualidade e fidedignidade da informação
geográfica.
• Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE): dados espaciais oriundos

de instituições como o IBGE, por exemplo, podem ser acessados através da
página da INDE. As extensões de arquivos espaciais disponíveis para download
na plataforma são do tipo shapefile ou kml. Estes arquivos podem ser lidos pelos
softwares QGIS e Google Earth (Figura 16).
F IGU R A 16 – VISUALIZAD OR D E M APAS E CAM ADAS GEOESPAC IAIS D A

PLATAFOR M A IN DE, COM EXIBIÇ ÃO D E ALGU MAS DAS IN ST IT U IÇÕES QU E
FAZ EM PART E DO BAN C O D E DAD OS
28 of 46 02/07/2021 15:51
FONTE: <https://visualizador.inde.gov.br/>. Acesso em: 1º set. 2019.
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – Topodata: é o órgão nacional

responsável por produzir ciência e tecnologia do ambiente terrestre e oferecer
dados sobre meteorologia, imagens de satélite, monitoramento da Amazônia,
além de outras atribuições. Dentre os programas disponibilizados na internet,
citamos o Topodata como uma plataforma importante para o acesso a dados
geomorfométricos do Brasil. Nesta plataforma, é possível acessar arquivos em
formato matricial (raster) para o estudo do terreno (altitudes, declividades, relevo
sombreado etc.). Uma vez feito o download dos dados, estes podem ser abertos
em um SIG como o QGIS, no qual é possível produzir visualizações de locais
específicos, por exemplo, uma cidade ou uma região (Figura 17).
F IGU R A 17 – VISUALIZAD OR D E M APAS E CAM ADAS GEOESPAC IAIS D A

PLATAFOR M A TOPOD ATA. CLIC AN D O SOBRE U MA QUAD R ÍC U LA SÃO
EXIBIDOS OS GEOD ADOS RAST ER D AQU ELE LOCAL. NO EXEM PLO VÊ- SE A
QUAD R ÍC U LA QU E C ON TÉM A C IDAD E D E PALM AS ( TO) E QUAIS SÃO OS
PROD U TOS GEOESPACIAIS D ISPON ÍVEIS
29 of 46 02/07/2021 15:51
FONTE: <https://webmapit.com.br/inpe/topodata/>. Acesso em: 1º set. 2019.
Acesse o site do INPE sobre o projeto Topodata e conheça esse banco de

dados geomorfométrico do Brasil. Caso queira conhecer ainda sobre as
características da sua região nessa plataforma, basta clicar em Acesso (lado
esquerdo da tela) e, posteriormente, no hiperlink que aparece na página.
Disponível em: <http://www.dsr.inpe.br/topodata/index.php>.
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – Imagens de Satélites: esta

outra plataforma do INPE oferece acesso a diversas imagens de satélite
atualizadas da superfície terrestre. Nesta plataforma são disponibilizadas
imagens de satélites para download através da localização geográfica ou órbitas
e pontos dos satélites. As imagens são disponibilizadas em formato .TIFF e
podem ser visualizadas em um SIG. Essas imagens são originais de diversos
satélites, assim, requerem conhecimentos básicos de Processamento Digital de
Imagens (PDI) para melhor aproveitamento de suas potencialidades. Com as
técnicas de PDI é possível analisar a vegetação, o solo, a água e a temperatura
da superfície terrestre, pois as imagens são produzidas em diversas camadas
30 of 46 02/07/2021 15:51
rasters para um mesmo local. O conjunto de camadas denomina-se bandas

menu Capítulo
espectrais e refletem a energia da 3 terrestre em diferentes níveis,
superfície settings
permitindo análises específicas.
F IGU R A 18 – SIT E D O IN PE, EM QU E SÃO D ISPON IBILIZ AD OS D AD OS

M AT RIC IAIS (R ASTER ) PAR A C R IAÇ ÃO D E PR OD UTOS CARTOGR ÁF IC OS EM
SIG
FONTE: <http://www.dgi.inpe.br/catalogo/>. Acesso em: 1º set. 2019.
Para saber mais sobre essa base de dados matricial de todo o território
brasileiro, acesse o site: http://www.dgi.inpe.br/catalogo/.
Diante dos tópicos expostos até aqui, é importante notar que a Cartografia aplicada
aos SIGs deve ser compreendida não apenas a partir de suas bases conceituais, mas
de sua tradução no contexto das tecnologias da informação. Neste sentido, o
professor ou profissional da geografia deve compreender elementos básicos do
gerenciamento de dados em computadores, organização de pastas de arquivos
31 of 46 02/07/2021 15:51
geoespaciais, entre outros.

No que se refere à manipulação de dados, é importante o aprofundamento em
conhecimentos sobre interface gráfica e modelos de representação, ou seja, adquirir
uma compreensão mais detalhada de como os dados vetoriais e matriciais (raster) se
organizam e quais são os alcances e as limitações de cada um.
No que diz respeito às estruturas do sistema de referência cartográfica, o professor

geralmente está habituado à abordagem das coordenadas esféricas, dadas em
latitudes e longitudes. Contudo, o sistema plano de referência (Universal Transverso
de Mercator), embora pouco explorado no âmbito escolar, é uma importante referência
para se trabalhar com grandes escalas e traz as medidas sobre o terreno na forma de
metros ou quilômetros, que é muito mais fácil de raciocinar do que as medidas em
graus, minutos e segundos, características do sistema de latitudes e longitudes.
32 of 46 02/07/2021 15:51
menu settings
4 NOVAS TECNOLOGIAS
As tecnologias da informação apresentam um propósito fundamental, que é a

organização e a análise de dados para diversos fins: gerenciamento de empresas,
elaboração de projetos, pesquisas e até mesmo para fins de lazer. Contudo, na área
da Geografia, as tecnologias da informação têm o papel de nos aproximar da realidade
da Terra.
4.1 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NO ENSINO DE

GEOGRAFIA
A superfície terrestre é o principal objeto da Geografia e com os recursos das novas

tecnologias sua observação ficou mais acessível. De acordo com Maio e Setzer
(2011), as diversas abordagens da Geografia podem contar hoje com instrumentos
tecnológicos para a realização de seus estudos, destacando-se as tecnologias do
sensoriamento remoto e da informática e, em particular, os Sistemas de Informações
Geográficas (SIG).
Sobretudo, nos últimos 40 anos esses recursos mudaram a forma de observar e

analisar o espaço geográfico. O Sensoriamento Remoto é uma tecnologia voltada para
a aquisição de dados a distância, que inclui: imagens de satélite, Posicionamento
Global (GPS); dados de radar, fotografias aéreas, imagens produzidas por Laser
scanners. Todos esses recursos gerados por sensores remotos são um importante
material para o uso em sala de aula, porém nem todos são de fácil acesso, contudo,
imagens de satélite que produzem imagens da Terra e de radares que geram modelos
do relevo terrestre são mais acessíveis, como fora visto no capítulo anterior.
Com as imagens de satélites, é possível identificar lugares, observar aspectos naturais
33 of 46 02/07/2021 15:51
de uma porção do terreno, diferenciar os espaços habitados pelo homem, corpos

menu Capítulo
d’água, vias de circulação, áreas cultivadas etc.3 settings
Quando operadas por meio dos SIGs, os produtos de sensoriamento remoto têm
possibilidades de uso ainda maiores, sendo possível ampliar e reduzir a escala de
observação, mover os objetos na tela, medir distâncias e áreas, comparar diferentes
ambientes. As imagens do relevo são também recursos poderosos para o estudo da
superfície terrestre. As variações de altitude em uma porção do terreno permitem a
observação dos cursos d’água, das formações de colinas e serras, da variabilidade
das altitudes em relação ao nível do mar, entre outras.
Por exemplo, com uso de uma imagem de satélite, é possível trabalhar, em sala de
aula, com o recorte da cidade onde os alunos habitam, orientá-los a observarem as
características topográficas do sítio urbano, identificar as áreas de captação de água,
as diferenciações entre bairros e muitas outras observações que eles mesmos
poderão tirar com base em seus conhecimentos dos lugares (Figura 19). Desta forma,
os estudantes podem comparar as imagens e produzir conhecimento crítico sobre a
organização do espaço geográfico de sua cidade e seu entorno.
F IGU R A 19 – VISUALIZAÇ ÃO D O R ELEVO N O QGIS 3.8. PELO REC U RSO

XYZ , POD E-SE AC ESSAR IM AGEN S DA SUPER FÍC IE T ERR ESTR E NA
PLATAFOR M A ESRI TOPO. AQU I VÊ- SE U M R ECORT E D A CID ADE D E
GOVER NAD OR VALADAR ES ( M G) N A PERSPECT IVA TOPOGRÁF ICA
34 of 46 02/07/2021 15:51

F IGU R A 20 – VISUALIZAÇ ÃO D A IM AGEM DE SATÉLIT E N O QGIS V.3.8. PELO
R EC U R SO XYZ , POD E-SE AC ESSAR IMAGEN S DA SUPER FÍC IE T ERR ESTR E
D A PLATAF OR M A GOOGLE SAT ÉLITE. AQU I VÊ- SE O M ESMO R EC ORT E D A
C ID AD E D E GOVER N ADOR VALAD ARES (M G) , AGOR A COM A IM AGEM D E
SAT ÉLIT E
Como um recurso didático de vasta aplicabilidade, as imagens de sensores remotos

podem auxiliar no planejamento das aulas do currículo de Geografia em diferentes
níveis seriais. No Ensino Fundamental, pode-se construir conhecimentos pela
observação das imagens e modelos digitais do relevo e relacioná-las com suas
experiências concretas do dia a dia, por exemplo, o trajeto de sua casa até a escola e
as características do lugar e da cidade, os aspectos da topografia e a identificação das
formas do relevo do espaço do município onde moram (FERREIRA; ASSUNÇÃO;
MARTINES, 2006).
35 of 46 02/07/2021 15:51
menu settings
Outro recurso geotecnológico de grande aplicabilidade nas aulas de Geografia é o

receptor GPS. O Sistema de Posicionamento Global, GPS, é a mais sofisticada e
eficiente ferramenta já criada pelo homem para a obtenção da posição na superfície
terrestre (PAZ; CUGNASCA, 1997).
O sistema se constrói em três segmentos: o segmento espacial, que corresponde à

constelação de satélites espaciais; o segmento controle, que são estações que
monitoram os satélites e estão distribuídas ao longo da superfície terrestre; e o
segmento usuário, que são os receptores espalhados pelo globo e que hoje podem ser
acessados pela sociedade civil.
Os receptores GPS podem ter muitas aplicações nas aulas de Geografia, por exemplo,
o sistema de coordenadas geográficas, as tecnologias de observação da Terra, as
medidas de distâncias e áreas no terreno, direções e rumos, as altitudes em relação
ao nível do mar, entre outras. Uma abordagem paralela ao uso prático do receptor
GPS é tratar dos aspectos estratégicos e geopolíticos que estão por detrás desta
tecnologia. As nações e as organizações que gerenciam os sistemas de navegação, a
exemplo do GPS que é uma tecnologia estadunidense, idealizaram o sistema para fins
militares e estratégicos. Há de se observar que não existe apenas o sistema GPS em
funcionamento, outros estados nacionais e organizações supranacionais investem no
desenvolvimento de seus próprios sistemas de navegação global, como a União
Europeia, a China e a Rússia.
36 of 46 02/07/2021 15:51

Você sabia que além do GPS, que é um sistema estadunidense iniciado na
década de 1970, existe também o sistema GLONASS, que é russo? Isso denota
a importância estratégica do domínio do posicionamento global para ambos os
países durante a Guerra Fria, os sistemas de mísseis teleguiados são
monitorados por estes sistemas, por exemplo. Atualmente, existem outros
sistemas em implantação e com previsão de conclusão em 2020 – o Sistema
Galileo (da União Europeia) e o sistema Beidou-2 ou Compass (Chinês) –
futuramente ambos irão compor uma gigantesca constelação de satélites,
juntamente ao GPS e ao Compass. A tendência mundial é que os receptores de
navegação global recebam e processem os sinais de todos esses sistemas e
forneçam, cada vez mais, maior precisão das localizações na superfície terrestre
a um baixo custo.
Para saber mais sobre o funcionamento e as finalidades do Sistema Galileo –

Sistema de Navegação por Satélite Europeu, assista ao vídeo apresentado no
link a seguir. Disponível em: <https://youtu.be/ri5wY9ARcDo>.
37 of 46 02/07/2021 15:51
menu settings
Outra tecnologia de grande potencialidade para o ensino de Geografia são os

Sistemas de Informação Geográfica (SIG) de terceira geração, ou seja, os sistemas
que podem ser acessados em redes locais e remotas de computadores, e no uso do
WWW (World Wide Web) (CÂMARA; FREITAS, 1995).
O SIG mais popular atualmente é o Google Maps, que exibe imagens da Terra e
mapas com diversas informações geográficas, como vias de circulação, limites dos
países, estados, cidades, serviços públicos e privados, bairros e elementos naturais,
como rios, vegetação, oceanos, entre outros.
O Google Maps é uma plataforma gratuita do Google para pesquisa e

visualização de dados orbitais da superfície terrestre. Para saber mais, não
deixe de acessar o link e procurar pela sua cidade. Disponível em:
https://www.google.com.br/maps.
O software Google Earth Pro é um SIG gratuito que funciona conectado à internet. É
uma das mais conhecidas plataformas de visualização de imagens da superfície
terrestre. O Google Earth é um software da empresa privada Google, que tem como
propósito mostrar um modelo tridimensional do globo terrestre, construído a partir de
mosaico de imagens de satélite de fontes e datas diversas. Vale destacar que os
recursos do Google Earth são mais limitados quando comparados com o QGIS, porém
seu uso é mais simples e é possível utilizá-lo para realizar diversas observações da
superfície terrestre, como coordenadas geográficas, medir distâncias e áreas, imagens
de anos anteriores, 3D do relevo, desenhar pontos, linhas e polígonos sobre uma
38 of 46 02/07/2021 15:51
imagem.
F IGU R A 21 – VISUALIZAÇ ÃO D A GR ADE D E C OOR D ENAD AS GEOGR ÁFIC AS,
M ER ID IAN OS, POLOS NO GOOGLE EART H
FONTE: Adaptada de Software Google Earth Pro
F IGU R A 22 – VISUALIZAÇ ÃO D O PER FIL D O R ELEVO D E UM A POR Ç ÃO D O

M UN IC ÍPIO D E PALM AS ( TO)
39 of 46 02/07/2021 15:51
F IGU R A 23 – EVOLU Ç ÃO D O M U N IC ÍPIO D E PALM AS ( TO) , CR IADO EM 20

D E M AIO D E 1989. IM AGEM AN O D E 1989
<p>FIGURA 23 – EVOLUÇÃO DO MUNICÍPIO DE PALMAS (TO), CRIADO EM 20 DE

MAIO DE 1989. IMAGEM ANO DE 1989<br></p>
F IGU R A 24 – EVOLU Ç ÃO D O M U N IC ÍPIO D E PALM AS ( TO) , IM AGEM ANO D E

1999
40 of 46 02/07/2021 15:51

2009
41 of 46 02/07/2021 15:51

2019
42 of 46 02/07/2021 15:51
Acesse a página do Google Earth Pro (disponível em:

https://www.google.com.br/earth/download/gep/agree.html), realize o
download da versão 7.3 do programa e instale em seu computador. Uma vez
instalado o Google Earth, abra-o, observe o sistema de coordenadas
geográficas do globo terrestre e depois identifique a coordenada de sua
residência ou de um outro local de interesse.
Você deverá procurar na página do Google Earth Pro o arquivo executável de

acordo com as configurações de seu computador, baixá-lo e instalá-lo. Para
visualizar as coordenadas geográficas do globo terrestre, vá até a janela
“Visualizar” e habilite a opção “Grade”.
Para identificar as coordenadas geográficas, aproxime a visualização do globo até um

local de interesse e depois marque um ponto usando a ferramenta “Marcador” ( ).
43 of 46 02/07/2021 15:51
Ao adicionar o ponto, uma tela é aberta e são mostradas as coordenadas do referido

menu
ponto. Capítulo 3 settings
4.2 APLICAÇÕES DA CARTOGRAFIA ESCOLAR POR MEIO DOS SIGS
Os recursos tecnológicos da Cartografia moderna podem ser amplamente utilizados

nas aulas de geografia. A partir de conhecimentos básicos sobre o uso dos SIGs e
demais geotecnologias, o professor de geografia pode elaborar conteúdos didáticos.
Pode ainda utilizar-se de um software com o QGIS, por exemplo, para os alunos
visualizarem mapas e imagens da superfície terrestre e fazerem suas próprias
observações, aplicando ferramentas simples de visualização.
Um importante recurso que pode ser utilizado nas aulas de geografia são os
aplicativos para celular. Hoje existem diversos aplicativos (apps) para celular que
desempenham funções de navegação (GPS). Com estes aplicativos o professor pode
desenvolver atividades externas à sala de aula, em que o aluno identifica uma
coordenada geográfica local, encontra pontos no terreno, mede distâncias e áreas.
Através de aplicativos de visualização de mapas e imagens da superfície terrestre,
como o Google Maps e Google Satellite, os estudantes podem observar seu espaço
local, fazer relações com seu lugar de vivência, mas também podem ir para outros
44 of 46 02/07/2021 15:51
lugares do planeta e observar aspectos da geografia de territórios mais distantes. As

menu Capítulo
possibilidades são muitas, cabe ao professor 3 de sua criatividade. Com estas settings
usar
atividades, os estudantes colocam em prática os conhecimentos sobre o
posicionamento e a observação da Terra e a importância desta informação para a
sociedade.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Vimos neste capítulo aspectos relevantes do papel da cartografia moderna para a

sociedade. A cartografia é uma ciência muito antiga e ainda hoje é um instrumento
fundamental para a compreensão do mundo, diante disso podemos afirmar que ela
sempre acompanhará a trajetória da humanidade em sua marcha pelo planeta.
Modernamente, a cartografia se estrutura em Sistemas de Informação Geográfica

(SIGs), que possibilitam que a representação de mapas seja feita de forma muito mais
dinâmica quando comparadas aos mapas impressos. Além dos SIGs tradicionais,
instalados e operados em computadores pessoais, temos hoje uma nova geração de
SIGs, que permitem a consulta e a manipulação de imagens e mapas da superfície
terrestre através da internet, pela sociedade civil, de forma fácil e intuitiva. Com essa
diversidade de recursos, as oportunidades didáticas para o ensino de Geografia foram
ampliadas, possibilitando ao professor fazer aplicações, até mesmo, por meio de
dispositivos móveis (celulares) para visualização de mapas e imagens. Se o professor
se aprofundar um pouco mais, poderá fazer uso de um software de SIG para ministrar
suas aulas e preparar seus próprios mapas.
As geotecnologias têm forte relação com os mais diversos temas da Geografia escolar.
A história da criação e desenvolvimento das tecnologias do Sensoriamento Remoto,
GPS e SIG permite ao professor abordar temas da geopolítica e ilustrar outros
conteúdos da grade curricular de Geografia. As nações sempre se debruçaram sobre
os mapas e investiram no desenvolvimento de tecnologias de mapeamento e
observação da superfície terrestre para fins estratégicos. Estes temas devem ser
debatidos em sala de aula com os estudantes e as tecnologias da geografia, hoje
acessíveis, devem ser ensinadas na escola, para que o aluno participe ativamente na
construção de seu conhecimento e na reflexão sobre seu mundo.
Cabe destacar que os conhecimentos básicos de Cartografia são o suporte para o

bom uso destes recursos, sem o desenvolvimento de competências sobre a leitura de
mapas, escala, sistema de coordenadas, posição, direção e simbologias, o uso da
cartografia digital e SIG ficará limitado. As habilidades para o uso destes recursos são
inatas aos indivíduos, cabe ao professor de Geografia desenvolver continuamente as
competências para que o aluno compreenda o mundo e o seu próprio espaço de
vivência.
45 of 46 02/07/2021 15:51
Conteúdo escrito por:

Todos os direitos reservados ©
MSc. Matheus Oliveira Alves
46 of 46 02/07/2021 15:51

Livro Digital - Cartografia e Novas Tecnologias Cap 3

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menu Capítulo 3 settings

No fim do século XIX, a formação de academias científicas e o desenvolvimento das

escolas geográficas e cartográficas foram de grande relevância para o

Nos últimos 30 anos, o acesso às tecnologias cartográficas se popularizou

Atualmente, dois conhecimentos intimamente relacionados à produção moderna de

Aprofundaremos neste capítulo alguns dos fundamentos da Cartografia e como estes

2 TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE MAPAS

Neste capítulo, conheceremos as técnicas mais importantes na produção de mapas,

Para explicar as técnicas da elaboração de mapas, tomemos essa ideia como

O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida resumida do

Existem diversas instituições governamentais, ou mesmo privadas, que disponibilizam

Outra esfera de referência cartográfica, também advinda do Governo Federal, é a

F IGU R A 1 – PÁGIN A DO IND E

FONTE: <https://inde.gov.br/>. Acesso em: 1º set. 2019.

Na página eletrônica do INDE, pode-se, então, acessar o visualizador de mapas e

Em termos digitais, um arquivo shapefile se estrutura em quatro extensões

.shx: traz o índice de forma; um índice posicional da geometria do recurso para

.prj: contém a descrição da projeção, usando uma representação de texto para

Agora que você conhece a plataforma INDE, acesse o site

Realizando essa investigação, você verá como é robusta a plataforma do

F IGU R A 2 – IM AGEM DA PÁGIN A D O IN D E M OST R AND O O D OWN LOAD

menu Capítulo 3 settings

FONTE: <https://visualizador.inde.gov.br/>. Acesso em: 1º set. 2019.

Uma vez que o programa estiver baixado e instalado em um computador, será

Acesse a página do projeto QGIS, disponível em: https://www.qgis.org

F IGU R A 3 – QGIS 3.8 Z AN ZIBAR

menu Capítulo 3 settings

FONTE: <https://www.qgis.org/pt_BR/site/index.html>. Acesso em: 1º set. 2019.

QUADRO 1 – PASSOS DESCRITIVOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA

PASSOS CAMINHO ÍCONE ASSOCIADO

Inicializar o QGIS QGIS Desktop 3.8

Abrir o arquivo shapefile

menu Capítulo 3 settings

O resultado deve retornar uma imagem semelhante à da Figura 4, não

F IGU R A 4 – AR QUIVOS SH APEF ILE D AS U F D O BR ASIL NO QGIS 3.8

FONTE: Adaptada de Software SIG QGIS 3.8

Parabéns! Agora você tem acesso a um Sistema de Informação Geográfica de

QUADRO 2 – PASSOS DESCRITIVOS PARA VISUALIZAÇÃO DA TABELA DE

menu PASSOS CapítuloCAMINHO

Clique sobre a camada UF_2013 Camadas

Clique no ícone “abrir tabela de

Observe a Figura 5, quando clicamos sobre uma linha contendo informações de um

F IGU R A 5 – TABELA D E AT R IBU TOS DAS CAM ADAS UF D O BR ASIL N O QGIS

FONTE: Adaptada de Software SIG QGIS 3.8

As informações sobre o IDH surgem no contexto do Programa das Nações Unidas

QUADRO 3 – IDH DOS ESTADOS BRASILEIROS

Estados IDH (2017)

menu Paraíba 0,709Capítulo 3 settings

Mato Grosso do Sul 0,763

Espírito Santo 0,770

menu Mato Grosso 0,772Capítulo 3 settings

Minas Gerais 0,781

Rio Grande do Sul 0,783

Rio de Janeiro 0,794

Santa Catarina 0,805

São Paulo 0,831

Distrito Federal 0,850

Agora, acrescentaremos essa informação criando uma nova coluna na tabela de

Faça isso seguindo a rotina descrita no quadro a seguir:

PASSOS CAMINHO IMAGEM

Clicar em “alternar Figura do “lápis” na barra de

Clique em “novo Barra de ferramentas da

Clique em OK Janela “Adicionar campo”