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Apostila Primeiros Soc646
Apostila Primeiros Soc646
Habilitação Profissional de
Técnico em Farmácia
Primeiros Socorros
MÓDULO I
Tatuí-SP
2018
SUMÁRIO
Cadeia de Sobrevivência
2. PARADA RESPIRATÓRIA
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Para que a RCP seja eficiente, a vítima deve ser posicionada adequadamente, sendo que esta
deverá estar deitada em superfície plana e rígida. É imperativo que a vítima inconsciente seja
posicionada, o mais breve possível. Se a vítima estiver de bruços (em decúbito ventral), o
socorrista deve girar o corpo como um todo, de maneira que a cabeça, ombros e torso se movem
simultaneamente, sem se torcer. Deve-se tomar muito cuidado se houver suspeita de lesão no
pescoço ou nas costas.
Para vítimas que estejam deitadas, pode ser utilizada a seguinte seqüência:
Caso a vítima não esteja respirando, deve ficar em posição supina, com os braços ao
longo do corpo. Desta forma, estará na posição adequada para o próximo passo na RCP.
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removidos com o dedo indicador e o médio, protegidos por um tecido; os corpos sólidos devem
ser extraídos pelo dedo indicador em posição de gancho.
a) Manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo (atualmente mais usada). Para se
realizar esta manobra você deve:
• Colocar uma das mãos na testa da vítima e pressioná-la firmemente para trás, a fim de que a
cabeça se incline.
• Colocar os dedos da outra mão sob a parte óssea do queixo.
• Elevar o queixo para cima e sustentar a mandíbula, ajudando a inclinar a cabeça para trás.
Posição de recuperação:
Se a vítima estiver sem resposta, não houver evidência de trauma e estiver claramente
respirando de maneira adequada, o socorrista deve colocá-la na “posição de recuperação” .
• Girar a vítima para o lado de forma que cabeça, ombros e costas sejam girados
simultaneamente, sem torção.
• Se a pessoa socorrida tiver sido vítima de trauma ou houver suspeita de trauma, ela não deve
ser movida.
Na posição de recuperação, as vias aéreas muito provavelmente manter-se-ão
desobstruídas, e uma obstrução não reconhecida (pela queda da base da língua para trás) é
menos provável.
É fundamental que a vítima em posição de recuperação esteja sob observação direta e
contínua até que se torne responsiva ou até que o pessoal treinado chegue para assumir o
tratamento da vítima. A posição de recuperação, também, pode ser utilizada para vítimas
ressuscitadas com sucesso.
Respiração de resgate
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• Respire normalmente e coloque seus lábios na boca da
vítima, vedando-a e criando um selo à prova de
vazamento de ar.
• Em seguida, insufle duas vezes, sendo que cada
respiração seja de 1 segundo.
Respiração de resgate boca-a-boca.
Deve-se garantir um tempo adequado para as duas insuflações (1 segundo para cada
uma) para que haja boa expansão torácica e menor possibilidade de distensão gástrica (a medida
de tempo “por insuflação” é usada, aqui, como o tempo inspiratório da vítima). O socorrista deve
inspirar, após cada ventilação, e cada ventilação deve ter volume suficiente para expandir o tórax.
A respiração de resgate deve ser realizada a um ritmo de 8 a 10 insuflações por minuto. Um
volume de ar muito grande e um fluxo inspiratório muito rápido podem causar pressões na faringe
que excedam a pressão de abertura do esôfago, permitindo que o ar entre no estômago e cause
distensão gástrica. A indicação de ventilação adequada é dada quando:
• Coloque uma mão na testa da criança e incline a cabeça gentilmente para trás até uma
posição neutra. O pescoço é ligeiramente estendido.
• Coloque os dedos, exceto o polegar, da outra mão sob a parte óssea do queixo e eleve a
mandíbula para fora e para o alto.
• Tenha cuidado para não fechar a boca ou empurrar os tecidos moles abaixo do queixo, pois
estas manobras podem obstruir mais do que as vias aéreas.
• Se um corpo estranho ou vômito estiver visível, remova-o.
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Avaliação da respiração
Se a respiração espontânea está presente, a perviabilidade das vias aéreas deve ser
mantida. Se o lactente ou a criança não apresente resposta, não tem evidência de trauma e a
respiração é obviamente eficiente, o socorrista deve colocar a vítima em posição de recuperação
e ativar o SME. Se a vítima está respirando efetivamente, é suficientemente pequena e não há
evidência de trauma, o socorrista pode carregar a vítima até o telefone para uma rápida ativação
do SME.
• Cobrir o nariz e a boca da criança com a sua boca, criando uma vedação. Uma mão faz a
inclinação da cabeça, enquanto a outra eleva o queixo do lactente. Evite a inclinação da
cabeça se houver trauma craniano ou de pescoço.
• Crianças acima de 1 (um) ano a boca do socorrista deverá cobrir a boca da criança, criando
uma vedação boca-a-boca. Uma mão faz a elevação do queixo, enquanto o polegar e o
indicador da outra mão são usados para pinçar o nariz da criança e fixar a cabeça.
Devemos sempre pensar, em primeiro lugar, na proteção da pessoa que esta executando
o atendimento. Devido inúmeras doenças que podem ser transmitidas pela saliva, desenvolveu-se
dispositivos de proteção (barreiras de proteção) para
se evitar o contato da mucosa do socorrista com a
mucosa da vítima.
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Pocket Mask
Lenço facial
3. PARADA CARDÍACA
3.1 No adulto
A parada cardíaca é reconhecida pela ausência de pulso nas grandes artérias da vítima
inconsciente.
O coração pára de bombear o sangue para o organismo que, desta forma, deixa de
transportar oxigênio para os tecidos. Existem tecidos que resistem vivos, até algumas horas, à
falta de oxigênio. No enquanto, o cérebro, centro essencial do organismo, começa a deteriorar-se
após três minutos de falta de oxigênio. Desta forma o diagnóstico e a recuperação cardíaca
devem ser feitos de imediato. Caso haja demora na recuperação cardíaca, o cérebro pode sofrer
lesões graves e irreversíveis.
Diagnóstico:
• Ausência de pulso (radial, femoral e carotídeo);
• Pele fria, azulada ou pálida;
• Parada respiratória (freqüente, mas não obrigatória);
• Inconsciência;
• Dilatação das pupilas (freqüente, mas não obrigatória);
• Na dúvida, proceda como se fosse.
A parada cardíaca é reconhecida pela ausência de pulso nas grandes artérias das vítimas
inconsciente e sem respiração. No entanto, se a vítima estiver ventilando adequadamente, muito
provavelmente a circulação também será adequada, e a parada cardíaca é pouco provável.
Para um atendimento eficiente e eficaz, foi desenvolvido um protocolo seqüencial de
atendimento, sendo utilizada uma sequência de letras representando as etapas do socorro.
Estamos falando da sequência C-A-B, da diretriz 2010 da American Heart Association, onde:
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A – Liberação das Vias Aéreas
B – Respiração
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• Os dedos devem estar entrelaçados, preferencialmente mantidos afastados da caixa
torácica.
• Os cotovelos assim como o braço devem estar estendidos formando um ângulo reto (90 grau)
com a parede do tórax da vítima.
3.2 Na criança
Pulso em lactentes.
O pescoço curto e gorducho dos lactentes abaixo de 1 ano de vida faz com que a rápida
localização de pulso na artéria carótida seja difícil, tornando a palpação da artéria braquial torna-
se uma opção. O pulso braquial é palpável na face interna do braço, entre o cotovelo e o ombro do
lactente. Com o polegar na face externa do braço,
pressione gentilmente o indicador e dedo médio
até sentir o pulso.
Outra local freqüentemente palpado por
profissionais de saúde é a artéria femural, onde
levemente o socorrista irá apalpar a região
utilizando o dedo indicador e médio.
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Verificação do pulso em crianças.
Em crianças acima de 1 ano de idade, a artéria carótida, na lateral do pescoço, é a artéria central
mais acessível à palpação. A artéria carótida fica na região lateral do pescoço entre a traquéia e o
músculo esternocleidomastóideo. Para sentir a artéria:
• Localize a cartilagem cricóide da vítima (pomo de Adão) com 2 ou 3 dedos de uma das mãos
enquanto mantém a cabeça inclinada com a outra mão.
• Deslize seus dedos até o sulco na lateral do pescoço mais próximo a você, entre a traquéia e
o músculo esternocleidomastóideo.
• Palpe a artéria suavemente.
• Forneça respiração de salvamento sozinho com uma freqüência de 20 respirações por minuto
(1 vez a cada 3 segundos) para o lactente ou criança até que a respiração espontânea
retorne.
• Após fornecer aproximadamente 20 respirações, ative o SME (vide “Ativação do SME”
abaixo).
Se o pulso não é palpável ou a freqüência cardíaca é menor que 60 e estão presentes sinais
de perfusão periféricas pobre:
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Compressões torácicas
As compressões torácicas são periódicas e, sendo rítmicas, devem fazer circular o sangue
contendo oxigênio para os órgãos vitais (coração, pulmões e cérebro), até que o suporte
avançado de vida seja providenciado. As compressões torácicas devem sempre ser
acompanhadas por ventilações.
Para atingir ótimas compressões:
A criança deve estar em posição supina sob uma superfície lisa e rígida.
Para o lactente, a superfície rígida pode ser a mão ou o antebraço do socorrista, com a
palma suportando o dorso do lactente. Esta manobra efetivamente eleva os ombros do lactente,
permitindo a inclinação da cabeça ligeiramente para trás, em posição de perviabilidade das vias
aéreas.
Compressão torácica no lactente.
3. No fim de cada compressão, libere a pressão sem remover os dedos do tórax. Permita
que o esterno retorne brevemente a sua posição normal. Deve ser realizado um ritmo
suave de compressão-relaxamento sem movimentos bruscos, com tempos iguais para
compressão e relaxamento.
4. Atividade o SME após ter realizado aproximadamente 1 minuto de RCP (20 ciclos).
5. Se a vítima retornar à respiração efetiva, coloque-o em posição de recuperação.
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Compressão torácica na criança. Qualquer criança por volta de 1 ano até 8 anos
considerada uma criança para fins de SBV. Se a criança é maior ou mais velha que 8 anos, as
compressões torácicas deverão ser como as descritas para adultos.
1. Use uma das mãos para manter a posição da cabeça da criança de forma que seja
possível ventilar sem reposicionar a cabeça.
2. Usando 2 dedos da outra mão, trace a margem inferior da caixa torácica da vítima, do
lado do tórax mais próximo a você, até o local de encontro entre costelas e esterno.
3. Marque este local (onde costelas e esterno se encontram) e evite comprimir sobre este
local, que inclui o xifóide.
4. Coloque a região hipotênar da sua mão sobre a metade inferior do esterno (entre a
linha mamilar e xifóide), evitando o apêndice xifóide. O eixo mais longo da região
hipotênar da mão deve ficar sobre o eixo mais longo do esterno.
5. Comprima o tórax aproximadamente em 1/3 a 1/2 de sua profundidade.
− A freqüência de compressão é de 100 vezes por minuto.
6. As compressões devem ser coordenadas com ventilações numa relação de 30:2
7. As compressões devem ser rápidas e profundas. Mantenha seus dedos fora das
costelas, enquanto a região hipotênar da mão permanece no esterno.
8. Possibilite o retorno do tórax para sua posição de repouso após cada compressão, mas
não levante a mão do tórax. Compressão e relaxamento devem ter igual duração.
9. Ative o SME após realizar aproximadamente 2 minutos de RCP (5 ciclos).
10. Se a vítima retorna à respiração efetiva, coloque-a na posição de recuperação.
Se o socorrista está sozinho, o SME deve ser ativado cerca de 1 minuto após o suporte de
socorro (ventilações / compressões torácicas, se necessário). Se não houver trauma de cabeça
ou de pescoço e a vítima tiver respiração espontânea, o socorrista deve virar a vítima inconsciente
de lado (posição de recuperação) antes de deixá-la para ativar o SME. SE há suspeita de trauma
craniano ou de pescoço, a vítima não deve ser virada.
Se vítima é pequena e não há suspeita de trauma, é possível carregá-la (mantendo
cuidadosamente a cabeça e o pescoço) até o telefone, enquanto a RCP é realizada de forma que
o SME, a RCP deve continuar até que chegue socorro ou o socorrista esteja exausto demais para
continuar.
O socorrista que chama o SME deve estar preparado para dar as seguintes informações:
• O local da emergência, incluindo endereço, nomes de ruas e pontos de referência.
• O número do telefone de onde a chamada está sendo feita.
• O que aconteceu, por exemplo: acidente de carro, afogamento.
• O número de vítimas.
• Condições da(s) vítima(s).
• A natureza do atendimento que está sendo dado.
• Qualquer outra informação requerida.
Aquele que chama só deve desligar o aparelho depois que aquele que o atende terminar a
conversa ou especificamente, instruí-lo a fazê-lo.
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O Desfibrilador Automático Externo (DEA), utilizado em parada
cardiorrespiratória, tem como função identificar o ritmo cardíaco
"FV" ou fibrilação ventricular, presente em 90% das paradas
cardíacas. Efetua a leitura automática do ritmo cardíaco através
de pás adesivas no tórax. Tem o propósito de ser utilizado por
público leigo, com recomendação que o operdor faça curso de
Suporte Básico em parada cardíaca. Hoje, são utilizados
equipamentos em Unidade de Emergencia, UTI, Unidade Móvel
Emergência, Shoping Center, Aeroporto, etc.
O DEA, Desfibrilador Automático Externo, é equipamento capaz
de efetuar desfibrilação com leitura automática, independente do conhecimento prévio do
operador.
4. HEMORRAGIAS
4.1 Definição:
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A hemorragia é definida como uma perda aguda de sangue circulante. Normalmente o
volume de sangue corresponde a 7% do peso corporal do adulto. Por exemplo, um homem de 70
Kg tem aproximadamente 5 litros de sangue. Na criança o volume é 8 a 9% do peso corporal.
É classificada de duas formas: Interna e Externa. Na hemorragia interna o sangue perdido
não é visível e pode ser devido a lesões traumáticas de vísceras internas ou grandes vasos.
A suspeitar desta forma de hemorragia ocorre quando existe: Acidente por desaceleração;
Ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente no tórax e abdome.
4.2 Diagnóstico:
• Deitar a vítima;
• Se não houver contra-indicação, elevar os membros inferiores;
• Verificar V.R.C.N. (vias aéreas, respiração, circulação, sistema nervoso);
• Transportar a vítima ao hospital.
Observação: Caso um sangramento externo em extremidade não possa ser controlado por
pressão, a aplicação de um torniquete é a etapa lógica seguinte para o controle da hemorragia.
Observar técnica de colocação de torniquete e controle do mesmo.
A hemorragia nasal ou epistaxe é causada pela ruptura dos vasos da mucosa nasal que
pode ser produzida por traumatismos, hipertensão arterial, etc...
Nestes casos, devemos colocar a vítima com a cabeça inclinada para trás, deixando-a
nesta posição por 5 minutos e fazendo compressão com os dedos nas narinas. Caso a
hemorragia não cesse com estas manobras, o paciente deve ser conduzido a um hospital.
5. FERIMENTOS
5.1 Definição:
Ferimento é uma agressão à integridade tecidual, produzindo solução de continuidade
entre o meio externo e o interno. O ferimento é sempre produzido por um agente lesivo que
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alberga micróbios próprios e, desta forma, contamina a ferida, como também leva os micróbios
que vivem na pele para o interior da ferida. Esta contaminação, se não for adequadamente
tratada, pode levar a uma infecção localizada da ferida.
Tipo de
Causa Características
Lesão
Puntiforme Instrumentos pontiagudos, . orifício de entrada de diâmetro menor que o objeto,
longos e com diâmetro graças à elasticidade dos tecidos cutâneos.
transverso pequeno. Ex.: . pouco sangramento
estilete, furador de gelo e . pode causar graves lesões na profundidade do corpo,
compasso. apesar de pouco comprometimento da pele.
Cortante Instrumentos com gume . agem por deslizamento do gume afiado sobre os
afiado. tecidos
. possuem bordas regulares
. hemorragia abundante quase sempre
. maior comprimento que profundidade
. centro da ferida mais profundo que a extremidade
Contundente Objetos de superfície ampla, . sua ação se faz por pressão, explosão, compressão ou
de natureza bem variada. Ex.: deslizamento
barras de ferro, pedras, tocos . assumem variados aspectos dependentes do tipo de
de madeira, etc. objeto contundente (escoriação, equimose, hematoma,
fraturas, etc.)
Perfuro- Instrumentos de ponta e gume . atuam por mecanismo misto, penetrando com a ponta e
cortante afiados. Ex.: faca-peixeira, e perfurando com a borda cortante
canivete (um gume), punhal (2 . são geralmente graves
gumes) e lima (3 gumes). . instrumentos de 1 gume produzem lesões em forma de
botoeira, com um lado regular em ângulo agudo e outro
arredondado. Os que possuem 2 gumes, produzem uma
ferida com as bordas iguais e ângulos agudos. Os de 3
gumes dão origem a lesões de forma triangular ou
estrelada.
Perfuro- Arma de fogo. Ex.: pistolas, . orifício de entrada geralmente arredondado ou ovalado,
contundente rifles, metralhadoras. dependendo da incidência da penetração do projétil.
Bordas invertidas e, às vezes, sinais cutâneos devidos à
explosão da pólvora, que dependerão da distância do tiro
. quando há orifício de saída, este possui forma irregular,
bordas invertidas e é geralmente maior que o orifício de
entrada.
Corto- Instrumentos de gume afiado. . forma bastante variável, dependendo do peso, gume e
contundente Possuem ação contundente, força atuante
quer pelo seu próprio peso, . são lesões graves, profundas, determinando várias
quer pela força ativa de quem formas de ferimentos, inclusive fraturas.
o maneja. Ex.: facão, foice,
machado, enxada, dente, etc.
6. CHOQUE
6.1 Definição:
7. FRATURAS
7.1 Definição:
Fratura é a ruptura total ou parcial da estrutura óssea. Pode ser classificada em fechada
ou exposta. Nas fraturas fechadas não há rompimento da pele e nas expostas sim. Isto é, o osso
fraturado fica com contato com o meio externo (a ruptura da pele muitas vezes é causada pelo
próprio fragmento ósseo). Com esta exposição ao meio ambiente o osso fica em contato com
bactérias, aumentando o risco de infecção.
Como geralmente a fratura de extremidade não causa risco imediato de vida, ela deve
merecer atenção após a avaliação inicial e a correção dos problemas mais graves.
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As vítimas que apresentam trauma isolado de extremidade deverão receber a mesma
atenção inicial de um politraumatizado, isto é, avaliação inicial global e secundariamente o
tratamento específico da fratura.
7.2 Diagnóstico:
Para uma avaliação adequada é importante comparar o membro onde se suspeita haver
fratura com o correspondente não comprometido.
Verifique se há:
• Dor à manipulação delicada;
• Crepitação;
• Enchimento capilar lento;
• Comprometimento da sensibilidade;
• Redução da temperatura do membro fraturado.
Exemplos:
• Esmagamento com fratura e contaminação (terra, graxa,...);
• Fratura de fêmur bilateral;
• Fratura próxima ao joelho ou cotovelo resulta em trauma vascular associado;
• Amputação traumática do braço ou perna.
Tipos de bandagens
7.3 Conduta:
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• Imobilizar com talas ou material rígido (a imobilização deve atingir uma articulação
acima e outra abaixo da lesão);
• Usar macas para a remoção.
Expostas:
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7.4 Fratura de crânio (Traumatismo Crânio Encefálico):
Todas as vítimas de traumas violentos, como já dissemos na avaliação inicial, deverão ser
considerados como portadores de fratura de coluna até se provar o contrário. Tal afirmativa é
particularmente importante para todos os doentes que estejam inconscientes. As fraturas de
coluna mal conduzidas podem produzir lesões graves e irreversíveis da medula com
comprometimento neurológico definitivo da região atingida. Todo o cuidado deverá ser tomado
nestes pacientes para não produzirmos lesões adicionais à vítima.
São sinais de suspeita de fratura de coluna:
• Dor regional;
• Incapacidade de movimentar-se;
• Sensação de formigamento dos membros;
• Perda da sensibilidade tátil nos braços e/ou nas pernas.
O transporte destes pacientes deverá ser feito sem mobilizar a coluna traumatizada (em
plano duro como: maca, folha de porta, prancha etc.) e em bloco. É por causa desta razão que
nas manobras de respiração não devemos estender a cabeça da vítima.
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7.6 Fratura de costela:
Contusão: é uma lesão provocada por um impacto qualquer, produzindo lesão no tecido
subcutâneo e/ou muscular. Geralmente resulta em equimose (mancha arroxeada) sob a pele. A
dor é moderada e não impede a movimentação da parte atingida. O tratamento é feito a base de
compressas frias e repouso, após a consulta médica.
Entorse: é uma lesão produzida por estiramento dos ligamentos articulares submetidos a
uma deformação. Manifesta-se por dor de grande intensidade, edema e equimose localizada na
região articular. É um acidente muito comum em prática desportiva, principalmente em jogadores
de futebol. Ocorre com mais freqüência nos joelhos, tornozelos e punhos. O tratamento consiste
em imobilização, após orientação médica.
Luxação: deslocamento das estruturas da cavidade articular (articulação sinovial). Deve
ser feito de imediato: compressas frias, repouso e imobilização.
9. QUEIMADURAS
9.1 Definição:
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9.2 Classificação:
Podemos dividir a queimadura em graus, de acordo com a profundidade:
Primeiro Grau - Atinge somente a epiderme. Caracteriza-se por dor local e vermelhidão da área
atingida.
Segundo Grau - Atinge a epiderme e a derme. Caracteriza-se por dor local, vermelhidão e
formação de bolhas d'água.
Terceiro Grau - Atinge todo o tecido de revestimento, alcançando o tecido gorduroso, ou
muscular, podendo chegar até o ósseo. Caracteriza-se por pouca dor - devido à destruição das
terminações nervosas da sensibilidade - pele escurecida ou esbranquiçada ladeadas por vezes
por área de eritema.
Não devemos nos esquecer da possibilidade de queimadura das vias aéreas superiores
quando o acidente ocorre em locais fechados, como por exemplo, nos incêndios de prédios.
Queimaduras Térmicas
• Controlar a situação, apagando o fogo da vítima com água fria, cobertor ou rolando a
vítima no chão. Não use gelo.
• Cubra a queimadura com um pano limpo.
• Remova anéis, braceletes, tornozeleiras, cintos, sapatos e roupas antes que o corpo
inche.
• Caso a roupa grude na pele, não remova. Corte cuidadosamente e retire a parte que
não grudou.
• Queimaduras no rosto, mãos e pés devem sempre ser consideradas sérias e receber
imediata atenção médica.
Queimaduras Químicas
Queimaduras Elétricas
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• Não toque na vítima. Desligue a corrente elétrica.
• Todas as lesões elétricas necessitam atenção médica.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
10. INTOXICAÇÕES
10.1 Definição:
Eliminação do tóxico : vômitos e lavagem gástrica, se a ingestão foi pela boca. Para
provocar vômito podemos estimular a úvula ou a faringe pela introdução do cabo de uma colher,
lenço ou pela ingestão de água morna não estimular a úvula com o dedo para evitar mordida.
Quando se trata de venenos cáusticos (ácidos ou álcalis), está contra-indicada a lavagem gástrica
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e o vômito. (A lavagem gástrica só pode ser feita por especialistas)
Muitas vezes, mesmo adotando os cuidados de prevenção, podem ocorrer acidentes com
cobras. Como medida de primeiros socorros, até que se chegue ao serviço de saúde para
tratamento, recomenda-se:
• Não se amarrar ou fazer torniquete.O garrote impede a circulação do sangue, podendo
produzir necrose ou gangrena. O sangue deve circular normalmente. Também, não se deve
colocar na picada folhas, pó de café, terra, fezes, pois podem provocar infecção;
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• Não se deve cortar o local da picada. Alguns venenos podem provocar hemorragias. Os
cortes feitos no local da picada com canivetes e outros objetos não desinfetados favorecem
as hemorragias e infecções;
• Deve-se evitar dar ao acidentado para beber querosene, álcool, urina e fumo, pois além de
não ajuda pode causar intoxicação;
• Manter o acidentado deitado em repouso, evitando que ele nade, corra ou se locomova pelos
seus próprios meios. A locomoção facilita a absorção do veneno e, em caso de acidente com
jararacas, caiçaras, jararacuçu etc., os ferimentos se agravam. No caso da picada ser em
pernas ou braços, é importante mantê-los em posição mais baixa;
• Colocar gelo no local para diminuir a circulação;
• Levar o acidentado imediatamente para centros de tratamento ou serviço de saúde mais
próximo para tomar o soro próprio.
Escorpionismo
A remoção ou movimentação de doentes e feridos deve ser feita com o máximo de cuidado
para não agravar as lesões existentes ou produzir outras lesões.
Antes de iniciarmos o transporte dos pacientes, devemos proceder à avaliação inicial e
controlar todas as situações críticas. Se no local existirem várias vítimas, o socorrista deverá
solicitar reforço.
Como no local do acidente não temos condições de diagnóstico preciso, devemos sempre
transportar a vítima sobre maca ou tábua rígida, tomando os cuidados de imobilizar a coluna e as
fraturas existentes e fazer revisões periódicas das condições vitais (VRCN) durante o transporte.
É compreensível que nos acidentes que tenham sofrido somente lesões simples (queda
com fratura de braço, por exemplo) o transporte não precisará ser desta forma. Em dúvida, é
melhor errar por excesso de cuidado do que por omissão.
Utilizando 2 pessoas
Utilizando 4 pessoas
A movimentação da vítima com suspeita de lesão de coluna vertebral deve ser feita por 4 ou mais pessoas, em
superfície dura, com coxins nos locais das curvaturas, e fixar a vítima antes do transporte.
Desmaio
Epilepsia
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A epilepsia é uma doença do sistema nervoso central que se caracteriza por causar crises
de convulsões (ataques) em sua forma mais grave.
Existem 2 tipos básicos de epilepsia que são denominados de pequeno mal e grande mal:
O tipo pequeno mal se caracteriza por causar crises de ausência (desligamento do meio
ambiente) que podem ser breves (10 a 15 segundos) e passarem despercebidos ou às vezes,
mais duradouras. Muitas crianças na idade escolar apresentam esse tipo de comportamento e são
comumente taxadas de desatenciosas.
O tipo grande mal causa os ataques ou convulsões que se caracterizam por queda
abrupta,
Perda da consciência, contração de toda musculatura corporal, aumento da atividade glandular
com salivação abundante e vômitos. Pode ainda ocorrer o relaxamento dos esfíncteres com
micção e evacuação involuntários.
Ao despertar, o doente não se recorda de nada do que aconteceu durante a crise e sente-
se muito cansado, indisposto e sonolento.
A conduta do socorrista no ataque epilético consiste principalmente em proteger o doente e
evitar complicações. Deve-se deixar o paciente com roupas leves e desapertadas (as contrações
musculares aumentam a temperatura corpórea) e virá-lo de lado para que não aspire as
secreções ou o vômito para os pulmões. Um cuidado especial deve ser dado à boca pois o doente
pode ferir-se, mordendo a língua ou as bochechas; para tanto, interpõe-se um calço (pedaço de
pano por exemplo) entre os dentes superiores e inferiores para impedir que eles se fechem. Esta
manobra, entretanto, deve ser cuidadosa pois o socorrista poderá ser mordido. Cessada a crise, o
doente deverá receber limpeza corporal, ingerir líquidos e repousar em ambiente silencioso. É
preciso que os curiosos sejam afastados do local, pois esta doença acarreta um grande senso de
inferioridade e presença de estranhos apenas contribui para a acentuação do problema
psicológico.
Devemos orientar o paciente que volte a procurar o seu médico, pois haverá necessidade
de ajustar a dose da droga em uso.
Os familiares e amigos do epiléptico devem contribuir para com o seu tratamento, no
sentido de ajudá-lo a levar a sua vida o mais próximo da normalidade, embora sabendo que
determinadas atividades não podem ser exercidas, como dirigir, pilotar ou mesmo permanecer
desacompanhado próximo ao mar, piscina, fogo, etc...
14. AFOGAMENTO
14.1 Definição:
Define-se por afogamento, o acidente causado pela obstrução das vias respiratórias por
meio de líquidos. A obstrução pode ser por inundação das vias aéreas ou por fechamento da
glote, estimulada pela presença do líquido (espasmo de glote). Nos dois casos, o resultado final
será a asfixia resultante da privação do oxigênio ao corpo. As células nervosas são as primeiras a
sofrerem com a falta de oxigênio, morrendo em poucos minutos.
O afogamento é um acidente muito comum em todo o mundo, principalmente no verão,
quando o afluxo de banhistas às praias é bem maior. A incidência de mortes por afogamento varia
muito de um país para outro, acreditando-se que seja maior nas ilhas japonesas, onde a pesca
constitui-se numa grande atividade da população.
A crescente popularidade dos esportes aquáticos e o desenvolvimento de atividades
comerciais e científicas no mar têm aumentado a exposição do homem aos riscos de acidentes
por afogamento.
Um indivíduo que nada em águas profundas está sempre sujeito a esses acidentes, que
podem ser causados por estafa física, cãibras, síncopes e queimaduras por animais marinhos
(água-viva).
Outras circunstâncias que podem causar afogamento são os acidentes com veículos
aquáticos, traumatismos por mergulho em águas rasas e com pedras no fundo, abusos de álcool
antes de entrar no mar e choque elétrico durante o banho em banheira.
Uma outra causa muito temida de afogamento é o acidente que pode surgir após uma
refeição exagerada, quando grande quantidade de sangue acumula-se nos vasos do aparelho
digestivo. O esforço físico exigido na natação aumenta as necessidades de oxigenação do corpo,
que não será suficiente, principalmente ao cérebro, devido à sobrecarga funcional dos órgãos
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digestivos. Disto resulta a deficiência no funcionamento normal do cérebro, que poderá causar um
desmaio. A asfixia decorrente do afogamento vai agravar o quadro, aumentando ainda mais a
deficiência de oxigênio ao cérebro e, daí, sobrevém lesões graves ou a morte.
14.2 Condutas:
A primeira providência a ser tomada é atirar à vitima um objeto flutuante (bóia, tábua), de
preferência amarrado a uma corda. Se for preciso nadar até a vítima, para isto, deve-se estar em
perfeitas condições físicas e ser um bom nadador. O mais seguro é manter-se também ligado por
uma corda presa ou segura por alguém na margem. Se este estiver muito agitado, convém
segurá-lo pelo punho e virá-lo de costas, tendo o cuidado para que sua cabeça permaneça fora
d'água. A seguir, deve-se nadar até a margem, utilizando as pernas e braço que estiver livre.
Se a vítima estiver inconsciente, o melhor é transportá-lo mantendo a sua cabeça para fora
da água.
Se houver necessidade, e se o socorrista for experiente, pode-se aplicar a respiração
artificial ainda dentro da água, por meio de algumas insuflações boca a boca.
Ao chegar à margem, observa-se a respiração da vítima; se estiver fraca ou inexistir, deve-
se colocá-la em decúbito dorsal, com a cabeça mais baixa que o corpo e iniciar respiração
artificial. Esta não deve ser interrompida, mesmo durante o transporte, até que o paciente seja
atendido num serviço de emergência. Enquanto se aguarda o transporte, manter a vítima
aquecida com um agasalho. E ainda:
• Use drenagem postural para retirar a água aspirada;
• Limpe a boca e as vias aéreas;
• Comece a ventilação artificial;
• Fique preparado para o vômito;
• Previna aspiração;
• Se pulso carotídeo ausente, comece RCP;
• Vítima submersa o tempo suficiente para ficar
inconsciente, que tenha ficado debaixo d’água por
menos de uma hora, deverá ser ressuscitado;
• Se o tempo de submersão não for conhecido,
deveremos considerar como menos de uma hora;
• A vítima afogada em água fria tem maior chance de
sobrevida;
• Verificar lesões associadas.
Várias medidas preventivas podem ser tomadas para diminuir o número de acidentes por
afogamento. São elas:
• Programas de educação e treinamento de natação nas escolas e clubes;
• Alertar a população dos perigos da prática da natação e outros esportes aquáticos
após a ingestão de grande quantidade de alimentos ou bebidas alcoólicas;
• Como vários casos de afogamento ocorrem com indivíduos portadores de epilepsia,
estes devem ser orientados para que não tome banho em praias perigosas, com ondas
fortes e fundo irregular;
• Uso de equipamentos de segurança (bóias, coletes, salva-vidas), nos trabalhos em alto
mar e práticas esportivas;
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• Conhecimento das técnicas de recuperação em respiração artificial pela população em
geral.
Primeiros Socorros:
• Levar a vítima para um local bem arejado e fresco e colocá-la deitada com tronco
ligeiramente elevado;
• Desapertar suas roupas para refrescá-la mais e aplicar compressas úmidas e frias sobre a
cabeça. Se houver possibilidade, o socorrista poderá ligar um ventilador, dirigindo-o para
o corpo da vítima. Uma outra medida de resfriamento é o banho de água fria. A
temperatura corporal deve ser medida a cada 15 minutos, para evitar o resfriamento
brusco do corpo.
Casos Moderados:
• Roupa leve, quarto ventilado, oferta generosa de líquidos e repouso relativo.
• Antitérmicos.
Casos Graves:
• Despir a criança, envolvendo-a apenas com um lençol e colocar compressas frias em
sua fronte; se isso não for suficiente, enrolar a criança toda em uma toalha úmida e
morna, renovar freqüentemente a compressa ou a toalha para que não sequem ou se
aqueçam.
• Friccionar delicadamente o corpo da criança com esponjas umedecidas em água fria
ou morna. A fricção deve ser feita em partes sucessivas: primeiro um braço, depois o
outro, as pernas, o peito e as costas; a duração total deve ser de 30 minutos
aproximadamente.
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• Banho de imersão – usar água morna (temperatura um pouco inferior à do paciente);
prolongar o banho por 10 minutos ou mais, deixando a água esfriar gradualmente. Ao
mesmo tempo, colocar compressas frias na fronte da criança.
Atenção
1. Não usar álcool (perigo de intoxicação).
2. Se surgirem tremores ou calafrios, suspender imediatamente o banho e as
compressas, enxugar e agasalhar o paciente.
Nota: os tremores elevam a febre, por aumento da atividade muscular.
3. É erro grave colocar a criança com febre alta em banho frio ou toalhas geladas.
Checar sempre:
• Queimaduras e sinais Vitais.
Conduta:
• Desligar a fonte de eletricidade;
• Separar a vítima da fonte de eletricidade
protegendo-se com cabo de vassoura,
jornal, revistas, almofada, emborrachados,
nada que esteja molhado;
• RCP se necessário;
• Encaminhamento ao médico.
18.1 Em Adultos
Causas e Precauções
A obstrução das vias aéreas pode causar perda de consciência e parada
cardiorrespiratória; porém, com muito mais freqüência a perda de consciência e a parada
cardiorrespiratória são as causadoras da obstrução das vias aéreas.
O paciente inconsciente pode desenvolver obstrução das vias aéreas, quando a língua cai
para trás, na faringe, obstruindo a via aérea superior. Pode ocorrer regurgitação do conteúdo
gástrico para a faringe, durante uma parada cardiorrespiratória ou durante as tentativas de
ressuscitação, causando obstrução. O sangramento do crânio e os ferimentos faciais também
podem obstruir as vias aéreas, especialmente, se o paciente estivar inconsciente.
A obstrução das vias aéreas por corpo estranho deve ser considerada em qualquer vítima,
especialmente as mais jovens, que subitamente param de respirar, tornam-se cianóticas e perdem
a consciência, sem nenhuma razão aparente. Este tipo de obstrução ocorre, em geral, durante as
refeições. Em adultos, a carne é a principal causa de obstrução, muito embora uma série de
outros alimentos e corpos estranhos tenham sido causa de sufocação em crianças e alguns
adultos. Os fatores mais comuns associados ao sufocamento com alimentos incluem pedaços de
alimentos de tamanho grande e mal mastigado, níveis elevados de álcool no sangue e dentaduras
postiças. Nos restaurantes, esta emergência tem sido confundida com infarto do miocárdio, dando
origem ao termo “café coronário”.
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Pode-se prevenir contra a obstrução das vias aéreas com as seguintes condutas:
• Cortar os alimentos em pedaços pequenos e mastigá-los bem, vagarosamente,
especialmente se a pessoa usa dentadura postiça.
• Evitar rir e conversar enquanto estiver mastigando e engolindo.
• Evitar a ingestão excessiva de álcool.
• Não deixar que as crianças andem, corram ou brinquem com alimentos na boca.
• Manter objetos estranhos (como bolinhas de gude, contas, percevejos) fora do
alcance de bebês e crianças.
• Não oferecer amendoins, creme de amendoim, pipocas, cachorros quentes e
outros alimentos que devam ser bem mastigados a crianças que ainda não
desenvolveram a mastigação por completo.
Como o diagnóstico rápido da obstrução das vias aéreas é a chave para o sucesso no
tratamento, é importante distinguir esta emergência de uma sincope, um acidente vascular cerebral,
um infarto, epilepsia, overdose de drogas, ou qualquer outro quadro que cause súbita insuficiência
respiratória, mas que deve ser tratado de maneira diferente.
Corpos estranhos podem causar obstrução parcial ou total das vias aéreas. No caso de
uma obstrução parcial, a vítima pode ter uma “boa troca de ar” ou uma “troca de ar ruim”. No caso
da primeira, quando a troca de r é adequada, a vítima se mantém consciente e pode tossir com
força, muito embora apresente chiado entre as tossidas. Enquanto a troca de ar adequada se
mantiver, a vítima deve ser encorajada a continuar a tossir e a manter esforços respiratórios
espontâneos. Até este momento não se deve interferir nas tentativas da vítima em expelir o corpo
estranho, mas deve-se ficar ao seu lado e monitorar tais tentativas. Se persistir, deve-se ativar o
sistema de SME. Esc. “Dr. Gualter Nunes”
No início, pode ocorrer uma troca de ar inadequada ou uma troca adequada pode passar
a inadequada, indicada por uma tosse fraca e ineficaz, ruído agudo ao inspirar, dificuldade
aumentada em respirar e, possivelmente, cianose. A obstrução parcial com troca de ar
inadequada deve ser tratada como se fosse obstrução total.
Na obstrução total, a vítima não consegue falar, respirar ou tossir e pode segurar o
pescoço com o polegar e os dedos ( as pessoas em geral devem ser encorajadas a utilizar este
sinal, que é o sinal universal de sofrimento, quando sentirem que estão se sufocando). Deve-se
perguntar à vítima se está sufocada. Não haverá movimento de ar se for uma obstrução total. A
saturação de oxigênio no sangue cai rapidamente, porque a obstrução das vias aéreas impede a
entrada de ar nos pulmões, levando a perda de consciência. Se as providências não forem
rápidas, a vítima morre rapidamente.
A varredura digital
Esta manobra deve ser utilizada apenas para a vítima inconsciente e nunca vítima de convulsão.
• Com a vítima em decúbito dorsal, abrir sua boca segurando a língua e a mandíbula entre o
polegar e os dedos, levantar a mandíbula (elevação da língua e da mandíbula). Este
movimento afasta a língua da parte posterior da garganta e também do corpo estranho que
pode estar alojado lá. Apenas este procedimento já pode aliviar parcialmente a obstrução.
• Coloque o dedo indicador da outra mão no lado interno da bochecha e até o fundo da
garganta, na base da língua.
• Faça um gancho com o indicador para desalojar o corpo estranho e remova-o para a boca,
a fim de que possa ser retirado.
Às vezes é necessário usar o dedo indicador para empurrar o corpo estranho contra o lado
oposto da garganta para desalojá-lo e removê-lo. Tenha cuidado para não fazer com que ele se
aprofunde, ainda mais, nas vias aéreas. Se o corpo estranho estiver ao alcance, pegue-o e retire-
o.
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Seqüência recomendada para a vítima que está ou se torna inconsciente
• Abra a boca da vítima inconsciente. Se você foi testemunha de uma vítima perdendo a
consciência e suspeitar que um corpo estranho esteja presente, faça o procedimento da
varredura digital.
• Se a vítima já estiver inconsciente quando o socorrista chegar, ou se não se suspeita
de obstrução das vias aéreas por corpo estranho, quando a perda de consciência foi
presenciada, deve-se realizar a respiração de resgate.
• Se não foi possível ventilar mesmo após tentativas de reposicionamento da cabeça,
realiza a manobra de Heimlich (até 5 vezes).
• Abrir a boca e realizar varredura digital.
• Tentar a ventilação.
• Se não foi possível ventilar, reposicionar a cabeça e tentar ventilar novamente.
• Repetir a seqüência da manobra de Heimlich, da varredura digital e tentar ventilar.
• Insistir em tais procedimentos, enquanto necessário.
• Se a vítima retomar a respiração, coloca-la na posição de recuperação e monitoriza-la
atentamente.
• Conseguir atendimento médico adequado.
Mais de 90% das mortes por aspiração de corpo estranho, na faixa etária pediátrica,
ocorrem em crianças menores de 5 anos de idade; 65% das vítimas são lactentes. Com o
desenvolvimento dos padrões de segurança dos produtos de consumo, regulando o tamanho
mínimo dos brinquedos e partes de brinquedos para crianças pequenas, a incidência de aspiração
de um corpo estranho diminui. Entretanto, brinquedos, balões e pequenos objetos, especialmente
alimentos (por exemplo: cachorros quentes, balas, castanhas, uvas,etc), podem ainda se
aspirados. Uma obstrução das vias aéreas por corpo estranho deve ser suspeita naqueles
lactentes e crianças que demonstrarem desconforto respiratório de início súbito associado a tosse,
náuseas, estridor (ruído barulhento, alto) ou chiado.
Os sinais e sintomas de obstrução das vias aéreas também podem ser causados por
infecções, como epiglotite e crupe, que produzem edema das vias aéreas. A infecção deve ser
suspeitada como causa de obstrução das vias aéreas, se a criança tem febre, particularmente,
acompanhada de congestão, ronquidão, sialorréia, letargia e fraqueza. As crianças com causa
infecciosa de obstrução das vias aéreas devem ser levadas, rapidamente, a um serviço de
emergência. Não deve ser desperdiçado tempo em tentativas fúteis, e provavelmente perigosas,
de liberar esta forma de obstrução.
Tentativas de liberar as vias aéreas devem ser consideradas, quando a aspiração de corpo
estranho é presenciada ou fortemente suspeitada, ou ainda quando as vias aéreas permanecerem
obstruídas (sem expansão torácica) durante as tentativas de realizar respirações de salvamento
na criança ou lactente inconsciente e sem respiração. Se a aspiração de um corpo estranho é
vista ou fortemente suspeitada, o socorrista deve encorajar a criança a continuar tossindo,
espontaneamente, e com esforço respiratório, enquanto a tosse é vigorosa. A liberação da
obstrução das vias aéreas deve ser tentada somente se são observados sinais de obstrução
completa das vias aéreas. Estes sinais incluem tosse ineficaz (sem som), aumento da dificuldade
respiratória, acompanhada de estridor, desenvolvimento de cianose e perda da consciência. O
SME deve ser ativado, tão rapidamente quanto possível, por um segundo socorrista.
A manobra de Heimlich (compressão abdominais subdiafragmáticas) é recomendada para
a liberação de obstrução completa das vias aéreas superiores de crianças maiores de 1 ano.
Estas compressões aumentam a pressão intratorácica, criando uma tosse artificial que força o ar,
forçando a saída do corpo estranho das vias aéreas. Ainda que haja uma escassez de dados
sobre a liberação das vias aéreas por corpo estranho em lactentes, os dados científicos existentes
não sugerem que os golpes no dorso e as compressões torácicas sejam ineficazes para este
grupo etário. Desde a introdução das primeiras normas de SAV da AHA, recomendando os
golpes no dorso e as compressões torácicas, as mortes por obstrução das vias aéreas por corpo
estranho em lactentes e crianças entre 0 e 4 anos, diminuíram em 60% nos Estados Unidos,
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caindo de mais 450 por ano para menos de 170 por ano. Não tem sido descritas complicações em
artigos científicos, nem mesmo falhas desta técnica quanto usada em lactentes. Ao contrário, há
descrições de ruptura de estômago, diafragma, esôfago e jejuno com a técnica de Heimlich. Já
que o fígado do lactente é grande e não está protegido pela caixa torácica, o risco de lesão
hepática pode ser alto se a manobra de Heimlich for recomendada para lactentes. As alterações
hepáticas fatais em vários lactentes têm sido relacionadas com a aplicação de trauma abdominal
fechado súbito durante abuso de crianças. Por estas razões o uso de golpes no dorso e as
compressões torácicas são recomendadas para a liberação da obstrução completa das vias
aéreas por corpo estranho em lactentes. Mais dados são necessários para diferenciar opiniões e
experiências isoladas de fatos.
Após as manobras de liberação da obstrução das vias aéreas, as vias aéreas são abertas
usando a elevação da língua e da mandíbula. Se o material que causa a obstrução é visível, deve
ser removido. Se não há respiração espontânea, as via s aéreas são abertas e a respiração de
salvamento é realizada. Se o tórax não se expandir, a cabeça é reposicionada, as vias aéreas são
abertas e a respiração de salvamento é novamente realizada. Se a respiração de salvamento
ainda não obtiver sucesso, as manobras para liberação das vias aéreas obstruídas por corpo
estranho devem ser repetidas.
A procura com o dedo sem visualização não deve ser feita em lactentes e crianças, já que
o corpo estranho pode ser empurrado para dentro das vias aéreas causando mais obstrução.
Quando as vias aéreas são abertas na vítima inconsciente e sem respiração, é usado a manobra
de elevação da língua e mandíbula:
• Apreenda ambas, língua e mandíbula, entre o polegar e os de dos e eleve-as;
• Se avistar o corpo estranho, remova-º
A seqüência a seguir é usada para liberar as vias aéreas de um lactente de uma obstrução
por corpo estranho. Os golpes (pequenas pancadas) no dorso são dados enquanto o lactente é
segurado em posição prona (com a face para baixo) sobre o antebraço do socorrista, com as
pernas separadas uma de cada lado do braço, com a cabeça mais baixa que o tronco. As
compressões torácicas são realizadas enquanto o lactente está em posição supina, seguro e
apoiado sobre o antebraço do socorrista, e a cabeça do lactente encontra-se mais baixa que o
tronco. O socorrista deve tornar as seguintes medidas para liberar as vias aéreas obstruídas no
lactente consciente:
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Golpes no dorso ( à direita) e compressões torácicas (à esquerda) para liberação das
vias aéreas obstruídas por corpo estranho no lactente.
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5. Se a vítima perder a consciência, a abra as vias aéreas usando a elevação da língua e
mandíbula e se você vir o objeto que causa a obstrução, remova-o com o dedo.
6. Tente a respiração de salvamento. Se o tórax não se expandir, reposicione a cabeça e
tente novamente a respiração de salvamento. Se as vias aéreas permanecerem
obstruídas na vítima inconsciente, repita a manobra de Heimlich.
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Devem ser grandes o suficiente para não serem engolidos, fortes para não serem
quebrados e nem terem peças facilmente destacáveis. Pontas arestas ou tintas solúveis na boca,
devem ser evitadas.
Objetos
Não deixe ao alcance da criança objetos cortantes ou pontiagudos, como alfinetes e
agulhas, e objetos pequenos como botões e moedas, fáceis de serem engolidos.
Berço
O berço e o cercadinho devem ter grades altas com intervalos pequenos para evitar que o
bebê introduza a cabeça entre eles (os de malha são os mais seguros).
Queimaduras
Controle a temperatura da água do banho. Não beber líquidos quentes com a criança no
colo; aquecedores, garrafas térmicas, ferro de passar roupa também devem ser mantidos fora do
alcance da criança. Em tomadas elétricas coloque um esparadrapo ou protetor próprio, e atenção
com os fios elétricos soltos. A área próxima ao fogão deve ser proibida à criança.
Viagens de automóvel
Ao sair não segurar a criança no colo no banco dianteiro, use uma cadeirinha infantil ou
quando transportá-la no colo sente sempre no banco traseiro. Ofereça líquidos à criança em
viagens prolongadas.
Medicamentos e produtos tóxicos
Remédios, produtos químicos, produtos de limpeza, venenos para insetos e ratos devem
ser mantidos fora da visão e alcance das crianças, pois elas não têm nenhuma noção do perigo
destas substâncias e por curiosidade acabam levando tudo à boca. Mantenha estes produtos em
local alto ou fechado onde a criança não pode ter acesso, e em caso de ingestão acidental faça
contato o mais depressa possível com o seu médico.
Escadas e portas
Escadas devem permanecer cercadas, as portas devem ser travadas com um peso ou
presilha para impedir a eventualidade de esmagamentos, quando mexidas por crianças, vento ou
mesmo adultos distraídos.
2º ao 4º ano de vida
A criança se desenvolve e começa a ganhar mais autonomia em seus movimentos, sem
com isso diminuir os riscos de acidentes. Pelo contrário, nesta fase a criança quer investigar e
imitar tudo, sem ter a noção do perigo.
Banho / Afogamento
Os cuidados quanto ao banho da criança devem permanecer os mesmos do primeiro ano
de vida. Mantenha-se sempre a uma distância que lhe permita controlar todos os movimentos do
bebê. A atenção com tanques, piscinas, banheiras e poços de água devem ser redobradas. A
criança não pode ser deixada sozinha nas proximidades de um destes lugares em circunstância
alguma.
Asfixia
Os cuidados para deixar fora do alcance fios, cordões, sacos plásticos devem continuar. A
tendência a imitar e a curiosidade os levam a se esconder em armários ou em locais com pouca
ventilação, além do fascínio pelo fogo que pode levar a intoxicação com a fumaça, isto exige uma
atenção redobrada.
Queda
À medida que aumentam as áreas de exploração da criança, dentro e fora de casa,
também aumentam os riscos de acidentes e quedas. Nesta fase, surge o perigo das janelas e
escadas, onde, por segurança, devem ser instaladas grades ou redes de proteção e, atenção com
as cadeiras próximas às janelas ou as que possam ser arrastadas.
Brinquedos/Objetos
Eles precisam resistir aos movimentos da criança e devem ter um tamanho que não lhes
permita serem engolidos. Não devem ter cantos vivos ou pontas, sendo confeccionados com
substâncias atóxicas. A criança já brinca com uma variedade muito maior de objetos. Ë importante
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ensinar-lhe sobre o perigo dos objetos cortantes, principalmente quando junto a outras crianças e,
também, sobre os riscos de se perseguir uma bola perdida na rua. Armas como facões, canivetes
ou revólveres e objetos como tesouras, agulhas, estiletes, ferramentas e tintas, devem ficar
seguramente trancados.
Berço/Cama
O berço deve ter grades altas, com intervalos pequenos que não possibilite a criança enfiar
a cabeça entre elas. Ele ainda evita que a criança saia por conta própria, em momentos em que
não está sendo monitorada, mas logo deverá ser trocado por cama infantil aberta.
Veículos Motorizados
Não permita que a criança brinque em áreas onde possam transitar veículos. É muito
importante ensiná-la sobre o perigo do tráfego de veículos e de atravessar a rua sozinha (regras
elementares de trânsito já podem ser ensinadas).
Ao transportar uma criança dentro de um automóvel, nunca colocá-la no banco da frente,
mesmo no colo. Use sempre uma cadeirinha ou cinto de segurança
Queimaduras
Além das tomadas, fios elétricos e aparelhos domésticos, começam a se tornar perigosos
os fósforos, velas e isqueiros, devido ao fascínio que o fogo provoca nas crianças. Os produtos
químicos e de limpeza que são facilmente inflamáveis também representam um grande perigo.
Ingestão de Produtos Tóxicos
Existe um grande risco de intoxicação pela ingestão de produtos químicos, principalmente
remédios, muitas vezes coloridos e com formas atraentes. As conseqüências da ingestão
acidental de um destes produtos pode ser fatal. Mantenha todos os remédios trancados em um
mesmo armário, longe delas. Mantenha também à distância os produtos de limpeza e os
cosméticos. Em caso de ingestão acidental procure imediatamente um médico.
Escadas e Portas
Para evitar acidentes em escadas, mantê-las cercadas: a criança já se locomove sozinha
sem dificuldades, mas os degraus ainda representam uma empreitada difícil para ela. As portas
devem ser travadas, pois soltas representam perigo quando movimentadas rapidamente pela
ação do vento ou de pessoas.
20. PARTOS
Definição:
Após a fecundação, a união do óvulo com o espermatozóide, o novo ser começa a se
desenvolver dentro do útero materno. Após nove meses de gestação, haverá a expulsão do
concepto para o meio externo através do parto. A grande maioria dos casos se resolve
espontaneamente, apenas sendo assistido pelo médico ou parteira. No entanto, em situações em
que não haja condição de transporte da parturiente ao hospital, devemos ter um certo treinamento
na assistência ao parto para que possamos assisti-lo, até mesmo dentro da viatura.
Sinais de Parto:
No final da gestação, a parturiente começa a apresentar sinais e sintomas que são
indicativos do inicio do trabalho de parto, são eles:
• Contração uterina de forte intensidade e freqüente;
• Saída de pequena secreção vaginal sanguinolenta;
• Saída de água pela vagina (ruptura da bolsa das águas);
• Sensação intensa de evacuação.
20.3 Conduta:
Nestas condições, o trabalho de parto está se iniciando, então devemos tomar as
seguintes condutas:
• Quando as dores se intensificarem e passarem a ocorrer em intervalos menores,
deveremos pedir à parturiente para evacuar e urinar, pois no momento da expulsão a
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bexiga será comprimida, juntamente com o reto, propiciando a saída de urina e material
fecal, aumentando o risco de infecção;
• Colocar a parturiente deitada de costas, com os joelhos elevados e as pernas
afastadas uma da outra e pedir-lhe para conter a respiração e fazer foça de expulsão
cada vez que sentir uma contração uterina;
• Quem vai assistir ao parto, deverá lavar bem as mãos;
Devemos cobrir o ânus da parturiente com um pano limpo para diminuir a possibilidade
de contaminação com material fecal;
• À medida que o parto progride, ver-se-á cada vez mais a cabeça do feto em cada
contração. Devemos ter paciência e esperar que a natureza prossiga o parto. Nunca
devemos tentar puxar a cabeça da criança para apressar o parto;
• À medida que a cabeça for saindo, devemos apenas ampará-la com as mãos, sem
imprimir nenhum movimento, apenas de sustentação;
• Depois de sair totalmente, a cabeça da criança fará um pequeno movimento de giro e,
então, sairão rapidamente o ombro e o resto do corpo. Sustente-o com cuidado. Nunca
puxe a criança, nem o cordão umbilical; deixe que a mãe expulse naturalmente o bebê;
• Nascida a criança, limpe apenas o muco do nariz e boca com gaze ou pano limpo e
assegure-se de que começou a respirar. Se a criança não chorar ou respirar, segure-a
para baixo pelas pernas, com cuidado para que não escorregue. Dê alguns tapinhas
nas costas para estimular a respiração. Desta forma, todo líquido que estiver impedindo
a respiração sai;
• Se o bebê ainda assim não respirar, faça respiração artificial delicadamente, insuflando
apenas o volume suficiente para elevar o tórax da criança como ocorre em um
movimento respiratório normal;
• Prepare-se para cortar o cordão umbilical. Deite a criança de costas e com um fio,
previamente fervido, faça dois nós no cordão umbilical. O primeiro a aproximadamente
quatro dedos da criança e o segundo nó distante 5 cm do primeiro. Corte entre os dois
nós com uma tesoura, lâmina ou outro objeto esterilizado;
• O cordão umbilical sairá, junto com a placenta, cerca de 20 minutos após o
nascimento;
• Após a saída da placenta devemos fazer massagem suave sobre o abdome para
provocar a contração espontânea do útero e diminuir a hemorragia que é normal após
o parto;
• Transportar a puérpera e a criança ao hospital para completar a assistência médica. A
placenta também deverá ser transportada para que possa ter certeza de que ela saiu
completamente ou se ainda sobraram
restos dentro do útero materno.
Posição para o parto: Mecanismo do parto: apresentação da cabeça
deitada com as pernas fletidas
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Referências
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