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EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA

Experimentos sobre
Pilhas e a Composição dos Solos
A seção “Experimentação no ensino de química” descreve semicélulas é:
experimentos cuja implementação e interpretação contribuem para a Cu2+ + 2e- Cu0
construção de conceitos científicos por parte dos alunos. Os
materiais e reagentes usados são facilmente encontráveis, (ganho de massa na placa de Cu)
permitindo a realização dos experimentos em qualquer escola. Esta Eo = 0,34 V
edição traz experimentos que têm como tema a construção de pilhas
Zn0 Zn2+ + 2e-
e a análise da composição do solo.
(perda de massa da placa de Zn)
Eo = - 0,76 V
Pilhas modificadas empregadas no ∆Eo = 1,10 V
acendimento Noboru Hioka
Conforme ilustrado nas equações
acima, o zinco metálico sofre oxidação
de lâmpadas Florângela Maionchi
Danil Agar Rocha Rubio enquanto o cobre sofre redução, per-
36 Patrícia Akemi Goto mitindo vislumbrar que o fluxo de elé-
Odair Pastor Ferreira trons no fio externo vai do eletrodo de
zinco para o de cobre. Conseqüente-
Neste trabalho sugerimos a construção de duas pilhas mente, na solução íons negativos mi-
eletroquímicas a partir de materiais de fácil acesso e que permitem gram para o compartimento de zinco
acender lâmpadas de pequeno consumo por intervalo de tempo (neutralizando o excesso de íons Zn2+
razoável. A primeira delas é uma adaptação da ‘pilha de Daniell’ e a formados) e, ao mesmo tempo, íons
segunda uma modificação da ‘pilha seca’ ou de ‘empilhamento’, que positivos migram para o de cobre (su-
envolve o mesmo conjunto de reações da primeira. prindo o consumo de íons Cu2+). Neste
caso mantém-se a eletroneutralidade
pilhas, corrente, voltagem, lâmpadas do sistema e o fechamento do circuito.
Tanto o fio como a ponte salina são
condutores (um eletrônico e o outro

O
tópico ‘pilhas’ faz parte do chegam a demonstrar, com o auxílio iônico) que permitem a passagem de
conteúdo programático das de um voltímetro, a transformação corrente elétrica entre os eletrodos me-
disciplinas de química minis- espontânea de energia química em tálicos; dos dois condutores, o que ti-
trado nas escolas do ensino médio. energia elétrica. Alguns livros adotados ver maior resistência elétrica (usual-
Como exemplo maior, comumente cita- no ciclo básico sugerem a possibili- mente a ponte salina) praticamente
se a pilha de Cuo|Cu2+||Zn 2+|Zno, dade de o sistema permitir acender determinará o valor da corrente que
conhecida como ‘pilha de Daniell’. lâmpadas pequenas — de voltagem poderá circular pela pilha. Daí a impor-
Esse dispositivo é constituído basica- ao redor de 1,5 V (Fonseca, 1993; tância de que a resistência elétrica da
mente por semicélulas de Cuo|CuSO4 Nehmi, 1993; Dorin e col., 1988). Va- ponte salina (conhecida como resis-
1,0 mol/L e Zno|ZnSO4 1,0 mol/L, em mos então tecer comentários sobre es- tência ôhmica) seja a menor possível.
compartimentos isolados, e unidas por se caso. Porém a questão é: a lâmpada real-
meio de ponte salina; esta última é feita Ao se conectar os dois eletrodos mente acende?
com um tubo de vidro, em forma de U metálicos com um fio externo contendo Resposta: geralmente não. Isso
invertido, contendo solução de ágar- uma lâmpada, tem-se uma pilha fun- ocorre porque a ponte salina, em geral
ágar saturada com um eletrólito forte cionando como fonte de corrente, isto montada inadequadamente (com alta
ou apenas solução aquosa saturada é, realizando um trabalho: acendendo resistência ôhmica), pode apresentar
de eletrólito, tapada nas extremidades uma lâmpada. O fio externo e a ponte dificuldades para que flua a corrente
por chumaços de algodão. salina permitem que o circuito elétrico necessária, limitando a corrente resul-
Devido à relativa facilidade para entre os dois eletrodos seja fechado. tante. Somente pontes salinas com
montar essa pilha, alguns professores No caso, a reação em cada uma das altas concentrações de eletrólitos e

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Experimentos de Pilhas N° 8, NOVEMBRO 1998


com altas áreas de contato com as so- em água (sal de cozinha) Apóie o bocal de garrafa (com a
luções dos dois eletrodos (por exem- • Sulfato de cobre (CuSO4. 5H2O), membrana) no suporte de madeira/iso-
plo, tubo em U com diâmetro maior 1 mol/L (12,5 g em 50 mL de por. Adicione, pelo bocal, a solução de
que 2 cm) têm resistências ôhmicas água), encontrado em lojas de ar- CuSO4. Introduza o conjunto no recipi-
suficientemente baixas para reduzir es- tigos de jardinagem e casas ente plástico contendo a solução de
ta limitação. Alguns autores (Fel- agropecuárias NaCl saturado. A seguir coloque a pla-
tre,1988) citam, corretamente, o uso de • Lâmpada de 1,5 V (farolete pe- ca de cobre na solução de sulfato de
vela de filtro d’água (parede porosa) queno) com os pólos ligados a cobre e a placa de zinco diretamente
na semicélula de cobre, pois esse fios na solução de NaCl (use o outro orifício
material permite a rápida passagem de • 1 garrafa plástica descartável de do suporte); conecte os fios da lâm-
íons, levando a correntes maiores, sufi- refrigerante 2 L pada às placas metálicas com fita ade-
cientes para acender a lâmpada. Esse • 1 placa de madeira ou isopor, siva, conforme mostrado na Figura 2.
sistema, de acesso um pouco mais com dois orifícios (3,5 cm de diâ- Observe o efeito.
difícil, desestimula o professor a efe- metro) separados por 1,5 cm (es-
tuar a demonstração prática do fenô- sa peça serve somente para su- Lâmpada
meno. porte)
Outro exemplo de pilha é a que usa • Fita adesiva
duas lâminas de zinco, duas de cobre • Elástico
e quatro tiras de papel-filtro, sendo du- • Multímetro (opcional) Suporte
as embebidas em solução de sulfato
de cobre e duas em solução de sulfa- Pilha 2 Zn
0
Cu
0

to de zinco (Boff e Frison, 1996). A • 2 placas de cobre e 2 de zinco


montagem da pilha é feita por empilha- (lixadas)
Membrana
mento, seguindo a seqüência: placa • 4 tiras de feltro (tecido) CuSO4
porosa
de cobre, papel com sulfato de cobre, • 2 tiras de papelão (usado em
papel com sulfato de zinco, placa de confeitarias na embalagem de Sol. NaCl (sat)
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zinco; a seguir, repete-se a mesma se- bolos), todas as tiras medindo 10
qüência. Conectando-se uma lâmpa- cm x 2 cm Figura 2: Ilustração da pilha de Daniell mo-
da às placas de zinco e cobre, a mes- • Sulfato de cobre (CuSO4.5H2O), dificada
ma acende, porém mantém-se acesa 1 mol/L (aproximadamente 6,2 g
por pouco tempo. Quando em funcio- em 25 mL de água) Pilha 2
namento, o fechamento do circuito • Aproximadamente 100 mL de
Monte a pilha com a seguinte se-
ocorre de maneira similar à da outra solução saturada de NaCl em
qüência de empilhamento: placa de
pilha, isto é, íons Zn2+ e íons Cu2+ mi- água (sal de cozinha)
cobre, feltro encharcado com a solu-
gram na direção dos eletrodos de • Fita adesiva
ção de sulfato de cobre; papelão en-
cobre, enquanto íons sulfato migram • Lâmpada de 1,5 V com os pólos
charcado com a solução de NaCl; fel-
na direção dos eletrodos de zinco. ligados a fios
tro encharcado com a solução de
Este trabalho propõe a construção
Detalhes experimentais NaCl; placa de zinco (Figura 3); conti-
de duas pilhas com as quais é possível
nua-se o empilhamento repetindo-se
manter uma lâmpada acesa por tempo
Pilha 1 a mesma seqüência. Conecte os fios
prolongado: pilha de Daniell modifica-
da lâmpada às placas laterais (de co-
da (pilha 1) e pilha de empilhamento A compartimentalização da semi-
bre e de zinco). Observe.
(pilha 2). célula de cobre é feita na casca, que é
uma membrana porosa e permite o
Materiais empregados fluxo de íons. Lave muito bem a mem-
brana com água
Pilha 1 e detergente; cor- Inverter
• 1 membrana de casca de salsi- te a garrafa plás-
cha (de celulose regenerada) ou tica a uma altura
casca de lingüiça (tripa seca bo- de 15 cm da base Elástico
Bocal da
vina), ambas existentes em casas (formando um re- garrafa
frigoríficas, de 13 cm de compri- cipiente) e corte o Transpassar
mento bocal, conectan- Membrana a membrana
Amarrar com
• Fio de náilon (linha de pesca) do uma das extre- pela boca
fio de nailon
• 1 placa de cobre e 1 de zinco (li- midades da cas-
xadas), de aproximadamente 10 ca a este, confor-
cm x 2 cm x 0,1 cm me mostra a Fi- Figura 1: Ilustração da seqüência de adaptação da casca (membra-
• 1 L de solução saturada de NaCl gura 1. na) ao bocal de garrafa.

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Feltro com solução de NaCl exemplo, com tubos em U de peque- contato fazendo emergir/imergir par-
Placa de Zinco no diâmetro), a eletroneutralidade nos cialmente as placas metálicas da pilha
compartimentos não consegue ser 1 e medindo-se, durante esse proce-
mantida por muito tempo, o que leva a dimento, a tensão (lembre-se de medir
uma polarização da pilha (excesso de sem a lâmpada).
cargas negativas no compartimento do 2. Nas pilhas apresentadas, real-
eletrodo de cobre e de cargas posi- mente é a corrente o fator limitante pa-
tivas no lado do eletrodo de zinco) e, ra o acendimento da lâmpada? Suge-
conseqüentemente, à redução da cor- re-se emergir/imergir as placas metáli-
rente para valores insuficientes para cas da pilha 1 e observar a intensidade
Placa de Cobre acender a lâmpada. luminosa.
Feltro com solução de CuSO4 3. Nas pilhas propostas, em vez de
Pilha 2 soluções contendo íons Zn2+ utiliza-
Papelão com solução de NaCl
A lâmpada acende com uma inten- ram-se soluções de NaCl. Tal fato gera
Figura 3: Ilustração de parte da pilha de sidade razoavelmente grande e man- tensões ligeiramente diferentes de 1,1
empilhamento. tém-se por aproximadamente 40 minu- V. Por que os resultados qualitativos
tos. A corrente medida foi de 204 mA são os mesmos?
e a voltagem, 2,0 V. Dois problemas 4. Na pilha 1, após uma hora de fun-
Resultados e discussões interligados podem surgir nessa pilha: cionamento e conhecendo-se a cor-
o primeiro ocorre quando os feltros não rente gerada pela mesma, calcule: i) a
Pilha 1 estão suficientemente carregados de quantidade de elétrons que circulou
A tensão elétrica da pilha sem a íons Cu2+, caso em que a lâmpada pela lâmpada e ii) a massa de cobre
lâmpada, medida com voltímetro, re- apagará em pouco tempo devido ao depositada no eletrodo de cobre. Com-
sultou em aproximadamente 0,9 V. decréscimo de corrente, ocasionado pare com o valor experimental, deter-
Apesar da baixa voltagem, a lâmpada pela diminuição de concentração des- minando a massa da placa de cobre
38 acende e mantêm-se acesa por mais ses íons. O segundo problema ocorre antes e depois do experimento.
de duas horas. quando os feltros estão demasiada-
A corrente medida foi de aproxima- mente encharcados, caso em que os Sugestão
damente 190 mA, suficiente para acen- íons Cu2+ podem difundir-se na direção Para introduzir o conceito de pilha,
der a lâmpada, e é conseguida pela da placa de zinco, levando à formação o professor pode efetuar um experi-
alta concentração de eletrólito e a gran- de cobre metálico nesta, modificando mento simples, isto é, colocar uma pla-
de área de contato da membrana com sua superfície e conseqüentemente ca de zinco em contato com uma so-
as soluções. Fechado o circuito elé- arruinando a pilha. lução de íons cobre (será visível a redu-
trico, a principal migração iônica é a ção para cobre metálico na placa), ou
dos íons Na+ em direção ao com- Conclusão
partimento do eletrodo de cobre (su- As modificações sugeridas para as Referências bibliográficas
prindo a redução de íons Cu2+). A duas pilhas permitem um fluxo razoá- BOFF, E.T.O, FRISON, M.D. Quí-
presença dos íons Cl- do lado de fora vel de elétrons, suficiente para garantir mica Nova na Escola. n. 3, p. 11-14,
da casca de salsicha ajuda a contraba- o funcionamento de uma lâmpada de maio 1996.
lancear a formação de íons Zn2+. Além baixo consumo por tempo relativa- DORIN, H, GABEL, D, DEMMIN,
dos íons Na+ que migram para dentro, mente grande, e utilizam-se materiais P. Chemistry: the study of matter. En-
íons sulfato migram para fora da mem- facilmente encontrados no comércio. glewood Cliffs: Prentice Hall, 1988.
brana na direção do eletrodo de zinco A pilha 2 é mais fácil de manusear p. 642-644.
e, dependendo do tempo de funciona- e a intensidade luminosa é maior que FELTRE, R. Química (2o Grau).
mento, os íons Zn2+ formados acabam a da pilha 1, entretanto esta última per- São Paulo: Moderna, 1988. v. 2, p.
atravessando a membrana na direção mite um tempo de iluminação superior. 331-336.
do eletrodo de cobre. Essas migrações Os sistemas propostos permitem FONSECA, M.R.M. Química inte-
fazem com que a eletroneutralidade ainda ao professor demonstrar a con- gral, 2o Grau. São Paulo: FTD, 1993.
seja mantida nos compartimentos dos versão de energia química em energia p. 535-537.
dois eletrodos. Por outro lado, nessa elétrica, mostrar a importância do prin- NEHMI, V.A. Química. São Paulo:
pilha não podem ser evitados os pro- cípio da eletroneutralidade e aplicar Ática, 1993. v. 2, p. 208.
cessos de difusão de íons (provocados conceitos teóricos no cotidiano dos
pelas diferenças de concentração), co- alunos. Para saber mais
mo por exemplo a lenta saída de íons MAHAN, B.M., MYERS, R.J. Quí-
Cu2+ da casca ou a entrada de íons Cl- Questões propostas
mica: um curso universitário. Tradu-
. 1. A tensão da pilha depende da ção da 4a. edição. São Paulo:
Em pilhas de Daniell montadas com superfície de contato entre placa e Edgard Blucher, 1993.
pontes salinas inadequadas (por solução? Sugere-se alterar a área de

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ainda, colocar um metal como o ferro de trabalho elétrico. elaboração deste artigo.
em meio ácido (ocorrência de evolu-
ção de hidrogênio). Os dois sistemas Agradecimentos Noboru Hioka, doutor em físico-química, é docente
do departamento de química da Universidade Estadual
evidenciam um fluxo de elétrons es- À Capes/PADCT, Subprograma de Maringá (UEM). Florângela Maionchi, doutora
pontâneo sem que a energia química SPEC, pela construção do Laboratório em físico-química, é docente do Departamento de Quí-
seja aproveitada. Diante desse fato, um de Ensino de Química (LABENQ) da mica da UEM. Danil Agar Rocha Rubio, doutora
sistema, quando montado adequada- UEM. Ao Programa PET/Capes. em química orgânica, é docente do Departamento de
Química da UEM. Patrícia Akemi Goto e Odair
mente, pode ser utilizado para dispo- Agradecimento especial ao prof. Julio Pastor Ferreira, acadêmicos do curso de química
nibilizar energia química na produção Cezar Foschini Lisbôa pelo apoio na da UEM, são bolsistas do grupo PET/Capes.

caso do solo acende também, embora


Experiências sobre solos fracamente, uma lâmpada de 5 watts.
“Laboratório Aberto” - GEPEQ - IQ - USP A água destilada conduz fracamente
a corrente elétrica porque, sendo ele-
trólito fraco, a quantidade de íons é
Este artigo propõe experimentos simples para
muito pequena.
estudar a composição dos solos
Íons Fe3+ no solo

A
formação do solo pela nature- um recipiente limpo e seco, evi- Podemos também verificar a pre-
za leva milhares de anos. As tando solo recém-fertilizado) sença de compostos solúveis de ferro
rochas, expostas à ação do • 1 colher (de chá) de plástico no solo. O elemento ferro é um micro-
sol, dos ventos, das chuvas, com o • Sistema para aquecimento (lam- nutriente dos vegetais, estando relacio-
passar do tempo vão se fragmentando parina ou bico de gás, tripé com nado à formação de clorofila.
e se transformando em outros materi- tela refratária)
ais, como pedra, argila e areia. Da • 1 béquer de 100 mL Material 39
mesma forma e ainda por ação de mi- • 1 sistema elétrico para medir a • Solução de ácido clorídrico 3 mol/
croorganismos, restos de animais e ve- condutibilidade (vide Figura 1) L (cerca de 22 mL)
getais vão sofrendo decomposição, com lâmpadas de diferentes po- • Solução de tiocianato de potássio
formando o húmus, ou seja, a matéria tências (lâmpada de neon, de 5 ou de amônio 0,02 mol/L (pode-
orgânica presente no solo. e 25 W, por exemplo) se usar ‘aspirina’ – veja as notas)
Os solos são formados por quatro • Amostra de solo
componentes principais: os minerais, Procedimento
• 1 béquer de 100 mL
a matéria orgânica, a água e o ar. Estão Coloque água no béquer até meta- • 1 erlenmeyer de 50 mL
presentes ainda muitos microrganis- de de sua capacidade (cerca de 50 • 2 tubos de ensaio
mos importantes na preservação e na mL) e, utilizando o sistema, meça a • 1 funil com suporte
fertilidade do solo. O solo destinado à condutibilidade elétrica, introduzindo • 1 proveta de 25 mL (ou algum
agricultura corresponde a uma cama- os fios desencapados do aparelho na utensílio doméstico como mama-
da de 20 a 40 cm de espessura. A pro- água. Meça novamente, desrosquean- deira, jarra graduada etc.)
dutividade agrícola depende das do as lâmpadas uma a uma. Aqueça • Papel-filtro (ou coador de papel)
característica dessa camada, afetada a água até próximo à ebulição e meça • 1 colher (de chá) de plástico
por fatores como temperatura, acidez a condutibilidade da água aquecida. • 1 bastão de vidro (ou outro mate-
ou alcalinidade, facilidade de infiltração A seguir, adicione quatro colheres da rial que sirva para provocar agita-
de água, estrutura e presença de mi- amostra do solo e misture bem. Aque- ção, como palito de madeira)
croorganismos. ça por mais um ou dois minutos. Re- • 1 conta-gotas
tire do fogo e teste a condutibilidade
Verificação da condutibilidade da solução resultante. Caso
elétrica dos solos nenhuma das lâmpadas acenda, interruptor
A água existente no solo dissolve os desrosqueie a de maior potência
minerais solúveis e dessa maneira tor- e observe.
na-os disponíveis para as plantas. Po- A solução resultante da mis-
demos evidenciar a presença de mine- tura do solo com água apresenta
rais solúveis em água no solo mediante condutibilidade elétrica maior que
medidas de condutibilidade elétrica. a da água destilada, como fica
evidenciado pelo acendimento
Material das lâmpadas. No caso da água fios desencapados
• Água destilada destilada, apenas a lâmpada de
• Amostra de solo (colete o solo em neônio se acende, enquanto no Figura 1: Aparelho de condutibilidade.

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Experimentos sobre Solos N° 8, NOVEMBRO 1998

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