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Neville Goddard 1948 Lições - Lição Um

Instrução Classe
Neville Goddard – Lições 1948 consiste de 5 lições e uma sessão de perguntas e
respostas. Essa série também foi publicada por Margaret Ruth Broome, uma ávida
estudante de Neville, como O Milagre do Livro da Imaginação.
A série Neville Goddard Lições 1948 tem o formato de um guia de estudo, e o formato
original era o de um pequeno livreto encadernado, que você pode ver na imagem abaixo,
e originalmente chamado “Neville – Class Instruction”.
Neville Goddard – Lições 1948 Introdução
É minha esperança que cada um de vocês saiba exatamente o que quer, pois eu estou
convencido que cada desejo de seu coração pode ser realizado aplicando a técnica que
darei a você nessas lições. A fim de que você receba o total benefício dessas instruções,
deixe-me expor minha plataforma claramente.
A Bíblia não tem nenhuma referência a qualquer pessoa, ou pessoas que já existiram, ou
a qualquer evento que tenha ocorrido na Terra. Os antigos historiadores não estavam
escrevendo história, mas uma lição num quadro alegórico, de certos princípios básicos,
vestidos em trajes de história. Elas foram adaptadas à limitada capacidade da maioria do
povo menos exigente e crédulo.
Neville Goddard 1948 Lições
Instrução Classe Lição Um
Consciência é a Única Realidade
Esse vai ser um curso muito prático. Portanto, eu espero que todos nessa classe tenham
muito claro o que desejam, pois eu estou convencido que você pode realizar seus desejos
através das técnicas que vai receber aqui nessa semana, nessas cinco lições. Para que
possa receber o completo benefício dessas instruções, deixe-me dizer agora que a Bíblia
não tem nenhuma referência a qualquer pessoa que tenha existido, ou a qualquer evento
que tenha ocorrido na Terra.
Os antigos historiadores não estavam escrevendo história, mas uma lição num quadro
alegórico, de certos princípios básicos, vestidos em trajes de história. Elas foram
adaptadas à limitada capacidade da maioria do povo menos exigente e crédulo.
Através dos séculos as personificações registradas nas escrituras foram erroneamente
tomadas por pessoas; suas lições em quadros alegóricos para a história; o veículo que
transmitiu a instrução para a instrução; e o primeiro sentido bruto apurado no seu sentido
último pretendido.
A diferença entre a forma da Bíblia e sua substância é tão grande quanto a diferença
entre um grão de milho e o germe de vida dentro desse grão. Assim como nosso sistema
digestivo faz a discriminação entre a comida que pode ser assimilada em nosso
organismo e a que deve ser descartada, também nossas faculdades intuitivas despertas
descobrem nas alegorias e parábolas, a psicológica vida-germe da Bíblia; e, alimentados
nisso, nós também, rejeitamos a forma como a mensagem é transmitida.
O argumento contra a historicidade da Bíblia é muito longo; consequentemente, sua
inclusão não é adequada nessa interpretação psicológica prática de suas histórias.
Por isso, eu não vou perder tempo tentando convencê-lo que a Bíblia não é um fato
histórico.
Essa noite eu pegarei quatro histórias a mostrarei a você o que o antigo historiador
pretendia que eu e você víssemos nessas histórias. Os antigos professores ligaram
verdades psicológicas a fálicas e solares alegorias. Eles não conheciam muito da
estrutura psicológica do homem como os modernos cientistas, nem conheciam muito a
respeito dos céus como nossos modernos astrônomos. Mas o pouco que sabiam, eles
usaram sabiamente e construíram estruturas fálicas e solares, às quais ligavam as
verdades psicológicas que tinham descoberto.
No Antigo Testamento você vai encontrar muito do culto Fálico. Por não ser útil, eu não
vou enfatizar isso. Eu apenas mostrarei a você como interpretar.
Antes de irmos ao primeiro dos dramas psicológicos que você e eu podemos usar em um
sentido prático, deixe-me dizer os dois nomes excepcionais da Bíblia: um deles você eu
traduzimos como DEUS ou JEOVÁ, e o outro que nós chamamos seu filho, o temos como
JESUS.
Os antigos soletravam esses nomes usando pequenos símbolos. A língua antiga,
conhecida como língua Hebraica, não era uma linguagem que você explorava com a
respiração. Era uma linguagem mística nunca proferida pelo homem. Aqueles que a
entendiam, o faziam como os matemáticos entendem os símbolos de matemática
avançada. Não é algo que qualquer pessoa usava para transmitir pensamentos, como
agora eu utilizo a língua Inglesa.
Eles disseram que o nome de Deus foi escrito, JOD HE VAU HE. Tomarei estes símbolos
e em nosso normal, à linguagem da terra, os explico dessa maneira.
A primeira letra, JOD no nome de DEUS é uma mão ou uma semente, não apenas uma
mão, mas a mão do diretor. Se há um órgão no homem que o discrimina e o mantém
separado de toda a criação do mundo é sua mão. O que chamamos de uma mão no
macaco antropoide não é uma mão. Ela é usada somente com o propósito de levar
comida à boca ou para se balançar de galho em galho. O formato da mão do homem, ela
molda. Você não pode realmente se expressar sem sua mão. Esta é a mão do construtor,
a mão do diretor; dirige e molda, e constrói dentro de seu mundo. Os antigos historiadores
chamavam a primeira letra JOD, a mão, ou a semente absoluta de onde toda a criação
virá.
Para a segunda letra, HE, eles deram o símbolo de uma janela. Uma janela é um olho ... a
janela é para a casa o que o olho é para o corpo.
A terceira letra, VAU, eles chamavam de prego. O prego é usado com o propósito de
manter duas coisas juntas. A conjunção "e" na língua hebraica é simplesmente a terceira
letra, ou VAU. Se eu quero dizer "homem e mulher", eu coloco o VAU no meio, isso os
mantém ligados juntos.
A quarta e última letra, HE, é outra janela ou olho. Nessa moderna linguagem da nossa
terra, você pode esquecer os olhos e janelas e as mãos, e olhar para isso desse modo.
Você está sentado aqui agora.
Essa primeira letra, JOD, é o seu EU SOU, sua consciência. Você está ciente de estar
consciente...essa é a primeira letra. Por essa consciência, todos estados de consciência
vêm.
A segunda letra, HE, chamada de olho, é sua imaginação, sua habilidade para perceber.
Você imagina ou percebe algo que parece ser diferente de Você. Como se você estivesse
perdido em devaneios e contemplasse os estados mentais de uma forma individual,
fazendo do pensador e seus pensamentos entidades separadas.
A terceira letra, VAU, é a sua capacidade de sentir que você é o que você deseja ser.
Como você sente que é isso, você se torna consciente de ser isso. Para andar como se
você fosse o que você quer ser é preciso levar o seu desejo para fora do mundo
imaginário e colocar o VAU sobre dele. Você completou o drama da criação. Estou ciente
de alguma coisa. Então eu me torno consciente de ser realmente aquilo de que eu estava
ciente.
A quarta e última letra do nome de Deus é outra HE, outro olho, que significa o mundo
objetivo visível, que constantemente dá testemunho daquilo que estou consciente de ser.
Você não faz nada sobre o mundo objetivo; ele sempre se molda em harmonia com o que
você está consciente de ser. Foi dito a você que este é o nome pelo qual todas as coisas
são feitas, e sem ele nada do que foi feito se fez.
O nome é simplesmente o que você tem agora que está sentado aqui. Você está
consciente de ser, não está? Certamente você está. Também está consciente de coisas
que são diferentes de si mesmo: a sala, os móveis, as pessoas. Você pode se tornar
seletivo agora. Talvez você não queira ser diferente do que você é, ou possuir o que você
vê. Mas você tem a capacidade de sentir o que seria como se você fosse agora diferente
do que é. Conforme você assumir que você é o que você quer ser, você completou o
nome de Deus ou JOD HE VAU HE.
O resultado final, a objetivação da sua pretensão, não deve preocupar você. Isso será
visível automaticamente quando você assumir a consciência de ser isso.
Agora, vamos voltar ao nome do Filho, pois ele dá ao filho domínio por através do mundo.
Você é aquele Filho, você é o grande Joshua, ou Jesus, da Bíblia. Você conhece o nome
Joshua ou Jehoshua que nós anglicizamos como Jesus. O nome do Filho é quase como o
nome do Pai. As primeiras três letras do nome do Pai são as primeiras três letras do nome
do Filho, JOD HEVAU, então adicione o SHIN e o AYIN, fazendo com que o nome escrito
do Filho seja, JOD HEVAU SHIN AYIN.
Você já ouviu que as três primeiras são: JOD HE VAU.
JOD significa que você está consciente; HE significa que você está consciente de algo; e
VAU significa que você se tornou consciente de ser aquilo do qual estava ciente. Você
tem o domínio, porque tem a capacidade de conceber e tornar-se aquilo que você
concebe. Esse é o poder da criação. Mas por foi colocado o SHIN no nome do Filho? Por
causa da infinita misericórdia do nosso Pai. Lembre-se, o Pai e o Filho são um. Mas
quando o Pai se torna consciente de ser homem, ele coloca dentro da condição chamada
humana o que ele não deu a si mesmo. Ele coloca o SHIN com essa finalidade; o SHIN é
simbolizado como um dente. O dente é o que consome, o que devora. Eu devo ter dentro
de mim o poder de consumir o que eu agora não gosto. Eu, em minha ignorância, trouxe
para o nascimento certas coisas que agora eu não gosto e gostaria de deixar para trás.
Não estavam dentro de mim as chamas que consumiriam isso, eu deveria estar
condenado para sempre a viver no mundo de todos os meus erros. Mas há o SHIN, ou
chama, no nome do Filho, que permite que o Filho se torne separado das situações que
Ele formalmente expressa no mundo. O homem é incapaz de ver o que não seja o
conteúdo de sua própria consciência. Se agora eu começo a me desligar desta sala para
voltar minha atenção para longe daqui, então, eu não estou mais consciente dela. Há algo
em mim que a consome dentro de mim. Ela só pode viver dentro do meu mundo objetivo
se eu a mantiver em minha consciência. Isso é o SHIN, ou o dente, no nome do Filho que
lhe dá o domínio absoluto. Por que ele não poderia existir no nome do Pai? Por uma
simples razão: nada pode deixar de ser no Pai. Mesmo as coisas desagradáveis não
podem deixar de ser. Se eu alguma vez dei expressão, para todo o sempre permanece
trancado dentro do dimensionalmente Eu Maior que é o Pai. Mas eu não gostaria de
manter vivos dentro do meu mundo, todos meus erros. Então eu, em minha infinita
misericórdia dei a mim mesmo, quando me tornei homem, o poder de começar a me
desconectar dessas coisas que eu, em minha ignorância, trouxe como manifestações em
meu mundo. Esses são os dois nomes que lhe dão o domínio. Você tem o domínio se,
conforme caminha pela terra, souber que sua consciência é Deus, somente a única
realidade.
Você se torna consciente de algo que você gostaria de expressar ou possuir. Você tem a
habilidade de sentir o que você é e possuir aquilo, mas um momento antes era imaginário.
O resultado final, a corporificação de sua pretensão, está completamente fora das funções
da mente tridimensional. Ele surge de uma forma que ninguém conhece. Se esses dois
nomes estão claros nos olhos de sua mente, você verá que eles são seus nomes eternos.
Assim como você se senta aqui, você é esse JOD HEVAU HE; você é o JOD HEVAU
SHIN AYIN.
As histórias da Bíblia preocupam-se exclusivamente com o poder da imaginação. Elas
são realmente dramatizações da técnica da oração, pois a oração é o segredo para
mudar o mundo. A Bíblia revela a chave pela qual o homem entra em um mundo
dimensionalmente maior com a finalidade de alterar as condições do mundo menor em
que vive. Uma oração concedida implica que algo é feito em consequência da oração, que
de outra forma não teria sido feito. Portanto, o homem é a fonte de ação, a mente que
direciona, e aquele que concede a oração. As histórias da Bíblia contêm um poderoso
desafio à capacidade de raciocínio do homem. A verdade fundamental que, elas são
dramas psicológicos e não fatos históricos, exige reiteração, na medida em que é a única
justificativa para as histórias. Com um pouco de imaginação, podemos facilmente traçar o
sentido psicológico em todas as histórias da Bíblia. “E Deus disse, Façamos o homem à
nossa imagem e segundo nossa semelhança; e que ele tenha domínio sobre os peixes do
mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e mais
todo réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de
Deus o criou. ” Gen. 1:26,27.
Aqui no primeiro capítulo da Bíblia os antigos mestres lançaram as bases de que Deus e
o homem são um, então Deus nunca pode estar afastado, mesmo para estar perto, pois
proximidade implica separação. Surge a pergunta: O que é Deus? Deus é o conhecimento
do homem, sua consciência, seu EU SOU. O drama da vida é o psicológico em que
trazemos circunstâncias para passar através de nossas atitudes, ao invés de nossos atos.
A pedra angular sobre a qual todas as coisas são baseadas é o conceito do homem sobre
si mesmo. Ele age da forma que faz, e tem as experiências que tem, porque isso é o seu
conceito de si mesmo, e por nenhuma outra razão. Se ele tivesse um conceito diferente
de si mesmo, ele agiria de forma diferente e teria experiências diferentes. O homem, ao
assumir o sentimento de seu desejo totalmente realizado, modifica seu futuro em
harmonia com sua pretensão, pois, suposições ainda que falsas, se mantidas, vão
cristalizar e formar o fato.
A mente indisciplinada tem dificuldade de assumir um estado que é negado pelos
sentidos. Mas os professores antigos descobriram que o sono, ou um estado semelhante
ao sono, ajudam o homem a transformar sua pretensão. Portanto, eles dramatizaram o
primeiro ato criativo do homem como aquele em que o homem estava em um profundo
sono.
Isto não só estabelece o padrão para todos os futuros atos criativos, mas mostra-nos que
aquele homem tem apenas uma substância que é verdadeiramente sua, para usar na
criação de seu mundo, e que é ele mesmo.
"E o Senhor Deus (homem) causou um profundo sono a cair sobre Adão e ele dormiu: e
tomou uma das suas costelas, e fechou a carne em seu lugar; e da costela que o Senhor
Deus tomou do homem, formou uma mulher "Gn. 2: 21, 22. Antes de Deus formar esta
mulher para o homem, ele traz a Adão os animais do campo e as aves do céu, e Adão
tem que nomeá-los. "Tudo quanto Adão chamou a toda a alma vivente, esse foi o seu
nome." Se você vai tomar uma concordância ou um dicionário bíblico e procurar pela
palavra coxa, usada na presente história, você vai ver que ela não tem nada a ver com a
coxa. Ela é definida como as partes moles que são criativas em um homem, que pendem
sobre a sua coxa. Os antigos contadores de histórias usaram este quadro fálico para
revelar uma grande verdade psicológica.
Um anjo é um mensageiro de Deus. Você é Deus, como você acabou de descobrir a sua
consciência é Deus, e você tem uma ideia, uma mensagem. Você está lutando com uma
ideia, pois não sabe que você já é aquilo que contempla, tampouco acredita que você
poderia tornar-se isso. Você gostaria de ser, mas não acredita que pode. Quem lutou com
o anjo? Jacó. E a palavra Jacó, por definição, significa suplantar. Você gostaria de
transformar-se e tornar-se aquilo que a razão e seus sentidos negam. Enquanto você luta
com o seu ideal, tentando sentir que você é isso, é isso que acontece.
Quando você sente realmente que você é isso, algo sai de você. Você pode usar
palavras, “Quem me tocou, pois percebo virtude indo para fora de mim? ” Você torna-se,
por um momento, depois de uma meditação bem-sucedida, incapaz de continuar no ato,
como se fosse um ato físico criativo. Você fica tão impotente depois de ter orado com
sucesso como fica após o ato criativo físico. Quando você está satisfeito, você não está
mais desejoso disso. Se o desejo persistir, você não explodiu a ideia dentro de você,
realmente não teve sucesso em tornar-se consciente de ser o que você queria ser. Havia
ainda aquela avidez quando você saiu do profundo. Se eu posso sentir que eu sou,
embora alguns segundos atrás, eu sabia que não era, mas desejava ser, então eu não
estou mais desejoso de ser isso. Eu já não estou ávido, porque me sinto satisfeito nesse
estado. Quando algo diminui dentro de mim, não fisicamente, mas em meus sentimentos,
em minha consciência, essa é a criatividade do homem. Ele então diminui o desejo, ele
perde o desejo de continuar nesta meditação. Ele não interrompe fisicamente,
simplesmente não tem vontade de continuar o ato de meditação.
Quando você ora, acredita que recebeu, e deve receber. Quando o ato criativo físico é
concluído, o nervo que está sobre a juntura da coxa do homem encolhe, e ele se encontra
impotente ou descansando. De modo semelhante, quando um homem ora com sucesso,
ele acredita que já é o que desejava ser, portanto, ele não pode continuar desejando ser o
que ele já está consciente de ser. No momento de satisfação, física e psicológica, algo sai
para fora, que por sua vez dá testemunho ao poder criativo do homem.
A nossa próxima história está no capítulo 38 do livro de Gênesis. Aqui está um Rei cujo
nome é Judá, cujas três primeiras letras do nome também começam com JOD HE VAU.
Tamar é sua nora. A palavra Tamar significa palmeira, ou a mais bonita, a mais digna. Ela
é graciosa e bonita para se olhar e é chamada de palmeira. Alta, imponente palmeira
floresce mesmo no deserto – onde quer que ela esteja é um oásis. Quando você vê uma
palmeira no deserto, é encontrado o que você mais procura nessa terra árida. Não há
nada mais desejável a um homem que se move através do deserto, do que a visão de
uma palmeira. No nosso caso, para ser prático, o nosso objetivo é a palmeira. Ela é a
imponente beleza que nós procuramos. Seja o que for que você e eu queiramos, o que
verdadeiramente desejamos, é personificado na história como Tamar, a bela.
Nos contam que ela se vestiu com os véus de uma prostituta, e se sentou em uma praça
pública. Seu sogro, o Rei Judá, quando passou, ficou tão apaixonado por essa mulher
que estava coberta pelos véus, que lhe oferece um filho para ter intimidade com ela. Ela
responde: “O que você me dará como garantia de que me darás um filho? ”olhando ao
redor ele disse, “O que você deseja que eu dê como garantia? ” Ela respondeu, “Me dê
seu anel, me dê seus braceletes, e me dê seu pessoal. ” Diante disso, ele tomou de sua
mão o anel, e a pulseira, e deu a ela juntamente com seu cetro. E ele se deitou com ela e
a reconheceu, e ela deu-lhe um filho. Essa é a história. Agora para a interpretação. O
homem tem um dom que é verdadeiramente seu para dar, e que é ele mesmo. Ele não
tem outra dádiva, como disse a você no primeiro ato criativo de Adão gerando a mulher
para fora de si mesmo. Não havia nenhuma outra substância no mundo, senão a si
mesmo com o qual ele poderia moldar o objeto de seu desejo.
De modo semelhante Judá tinha apenas um presente que era verdadeiramente seu para
dar - ele próprio, como o anel, as pulseiras e os empregados simbolizaram, pois estes
eram os símbolos de seu reinado.
O homem oferece o que não é ele mesmo, mas a vida exige que ele dê a única coisa que
o simboliza. “Me dê seu anel, me dê seu bracelete, me dê seu cedro”. Essas coisas fazem
o rei. Quando ele as dá então ele dá a si mesmo. Você é o grande Rei Judá. Antes que
você possa conhecer sua Tamar e fazê-la nutrir sua semelhança no mundo, você deve ir
até ela e dar a si mesmo. Suponha que eu queira segurança. Eu não posso obtê-la por
saber que pessoas a têm. Eu não posso obtê-la puxando as cordas. Eu devo tornar-me
consciente de ser seguro. Vamos dizer que eu quero ser saudável. Pílulas não vão fazer
isso. Dietas ou clima não vão fazer isso. Eu preciso ter consciência de ser saudável,
assumindo a sensação de ser saudável. Talvez eu queira ser elevado neste mundo.
Apenas olhando para reis e presidentes e pessoas nobres, e vivendo em seus reflexos,
não vai me fazer digno. Eu devo tornar-me consciente de ser nobre e digo, e caminhar
como se eu fosse o que eu agora quero ser.
Quando eu entro nesse aspecto, dou a mim mesmo a imagem que infesta minha mente, e
com o tempo ela me nutre com a criança; o que significa que eu objetivo um mundo em
harmonia com o que estou consciente de ser. Você é o Rei Judá e também é Tamar.
Quando você se torna consciente de ser o que você quer ser você é Tamar. Então você
cristaliza seu desejo dentro do mundo que o cerca. Não importa qual história você leu na
Bíblia, não importa quantos personagens os antigos historiadores introduziram no drama,
há somente uma coisa que você e eu devemos sempre ter em mente – todas elas têm
lugar dentro da mente do homem individual. Todos os personagens vivem na mente do
homem individual. Conforme você lê a história, a torna padrão de si mesmo. Saiba que a
sua consciência é a única realidade. Então, saiba o que quer ser, assuma o sentimento de
ser o que você quer ser, e mantenha-se fiel à sua pretensão, vivendo e agindo em sua
convicção. Sempre aplique esse padrão.
Nossa terceira interpretação é a história de Isaac e seus dois filhos: Esaú e Jacó. O
quadro é desenhado por um homem cego sendo enganado por seu segundo filho dando a
ele a bênção que pertencia ao primeiro filho.
A história enfatiza que o engano foi realizado através do sentido do tato. E Isaac disse
junto a Jacó, “Chegai, peço-te que eu possa sentir-te, meu filho, se és verdadeiramente
meu filho Esaú ou não. ” E Jacó foi para junto de seu pai Isaac; e ele o apalpou...e
sucedeu que, assim que Isaac tinha acabado de abençoar Jacó, e Jacó ainda estava
saindo da presença de seu pai Isaac, Esaú seu irmão chegou de sua caçada. “Gen.
27:21, 30. Esta história pode ser muito útil se você a renovar agora. Novamente mantendo
na mente que todos os personagens da Bíblia são personificações de ideias abstratas e
devem ser cumpridas no homem individual. Você é o pai Isaac e os dois filhos. Isaac é
velho e cego, e sentindo a proximidade da morte, chama seu primeiro filho Esaú, um
rapaz rude e peludo, e o manda à floresta para que possa trazer um pouco de carne de
veado. O segundo filho, Jacó, um rapaz de pele lisa, ouviu secretamente o pedido de seu
pai.
Desejando o direito de primogenitura de seu irmão, Jacó, o rapaz de pele lisa, abateu um
cabrito do rebanho de seu pai e lhe tirou a pele. Então, vestido com as peles do animal
que ele abateu, chegou com muita sutileza e traiu seu pai fazendo-o acreditar que ele era
seu filho Esaú. O pai disse: “chegue perto meu filho para que eu possa sentir você. Eu
não posso ver, mas venha para que eu possa senti-lo. ” Note a importância que é
colocada sobre o sentimento nessa história.
Ele chegou perto e seu pai lhe disse: “A voz é a voz de Jacó, porém as mãos, são as
mãos de Esaú. ” E sentindo a aspereza, realmente de seu filho Esaú, ele pronunciou a
bênção e a deu a Jacó.
Está dito na história que, assim que Isaac pronunciou a bênção e Jacó mal tinha saído da
sua presença, o seu irmão Esaú chegou da sua caça. Essa é uma parte importante. Não
fique angustiado com a nossa abordagem prática disso, enquanto está sentado aqui você,
também, é Isaac. Essa sala na qual está sentado é seu Esaú presente. Este é o mundo
áspero ou sensivelmente conhecido, pela razão de seus órgãos corporais. Todos os seus
sentidos testemunham o fato de que você está aqui nesta sala. Tudo lhe diz que você
está aqui, mas talvez você não queira estar aqui. Você pode aplicar isso em direção a
qualquer objetivo. A sala em que você está sentado em qualquer momento - o ambiente
em que você está colocado, esse é o seu mundo áspero ou sensivelmente conhecido ou
filho, que é personificado na história como Esaú. O que você gostaria no lugar do que
você tem ou está é o seu estado de pele lisa ou Jacó, o suplantador. Você não manda seu
mundo visível para a caça, como muitas pessoas, pela negação. Dizendo que isso não
existe você torna isso tudo mais real. Ao invés, você simplesmente remove sua atenção
da área sensível que neste momento é a sala ao redor de você, e concentra sua atenção
no que quer colocar nesse lugar, que você quer tornar real. Concentrando-se no seu
objetivo, o segredo é trazê-lo aqui. Você deve criar outro lugar aqui, e então agora,
imagine que seu objetivo está tão perto que você pode senti-lo. Suponha que nesse
momento eu queira um piano aqui nesta sala. Não fazer isso, mas ver um piano no olho
da minha mente existindo em qualquer lugar, visualizar nessa sala como se estivesse aqui
e colocar minha mão mental sobre o piano e o sentir solidamente verdadeiro, é levar esse
estado subjetivo personificado como meu segundo filho Jacó e trazer tão perto que eu
posso sentir. Isaac é chamado de homem cego. Você está cego porque não pode ver seu
objetivo com seus órgãos físicos, você não pode ver com seus sentidos objetivos. Você só
percebe com sua mente, mas traz para tão perto que pode sentir isso como se estivesse
aqui solidamente real agora. Quando isso for feito e você se perder nessa realidade e
sentir que isso é real, abra seus olhos. Quando você abre seus olhos o que acontece? A
sala que havia ficado para fora momentos atrás retorna da caça. Você deu a bênção mais
cedo – sentiu o estado imaginário como real – então o mundo objetivo, que
aparentemente era irreal, retorna. Ele não fala com você em palavras como registrado por
Esaú, mas a própria sala ao redor de você lhe diz pela sua presença que você tem sido
auto enganado.
Ela fala a você que quando estava perdido em sua contemplação, sentindo que você era
agora o que queria ser, sentindo que agora você possuía o que deseja possuir, que você
estava simplesmente se enganando. Olhe esta sala. Ele nega que você está em outro
lugar. Se você conhece a lei, agora diz: “Embora seu irmão tenha vindo até mim com
sutileza, me traído e tomado seu direito de primogetura, eu dei a ele minha bênção e não
posso me retrair. ” Em outras palavras, você permanece fiel a essa realidade subjetiva, e
não tira dela o direito de nascimento. Você deu a ela o direito de nascer e ela vai se tornar
objetiva dentro de seu mundo. Não há espaço nesse seu espaço limitado para que duas
coisas ocupem o mesmo lugar ao mesmo tempo. Ao fazer o subjetivo real, ele ressuscita
dentro de seu mundo. Pegue a ideia que você quer incorporar, e assuma que você já é
isso. Perca-se no sentimento de que essa pretensão é solidamente real. Como você lhe
dá essa sensação de realidade, você está dando a bênção que pretende ao mundo
objetivo, e você não tem que ajudar no seu nascimento mais do que você tem que ajudar
o nascimento de uma criança ou uma semente que você planta no solo.
A semente que você planta cresce sem a ajuda de um homem, pois ela contém dentro de
si mesma todo o poder e todo o planejamento necessário para sua auto expressão. Você
pode esta noite reviver o drama de Isaac abençoando seu segundo filho e ver o que
acontece no futuro imediato em seu mundo. Seu ambiente atual desaparece, todas as
circunstâncias da vida mudam e abrem caminho para a vinda daquilo para o qual tem
dado sua vida. Como você caminha, sabendo que você é o que queria ser, você objetiva
isso sem qualquer outra ajuda.
A quarta história desta noite é retirada do último dos livros atribuídos a Moises. Se você
precisa de provas que Moises não escreveu isso, leia a história cuidadosamente. Pode
ser encontrada no capítulo 34 do livro de Deuteronômio. Pergunte a qualquer padre ou
rabino, “quem é o autor deste livro? ”, e eles lhe dirão que Moises o escreveu. No capítulo
34 do livro de Deuteronômio você vai ler sobre um homem escrevendo seu próprio
obituário, isto é, Moises escreveu esse capítulo. Um homem pode se sentar e escrever o
que ele gostaria que fosse colocado sobre seu túmulo, mas aqui está um homem que
escreveu seu próprio obituário. Então ele morre, e tão completamente apaga a si mesmo,
que ele desafia a posteridade a encontrar onde ele enterrou a si próprio. “Assim Moisés,
servo do Senhor, morreu na terra de Moabe, conforme a palavra do Senhor. E o sepultou
num vale, na terra de Moabe, defronte Bethpoer:
Mas ninguém conhece da sua sepultura até hoje. Tinha Moisés cento e vinte anos de
idade quando morreu: seu olho não era fraco, nem lhe fugira o vigor. "Deut. 34: 5, 6,7.
Você deve esta noite - não amanhã - aprender a técnica de escrever o seu próprio
obituário, e tão completamente morrer para quem você é que ninguém neste mundo pode
dizer onde você enterrou o velho homem.
Se você está agora doente e você se torna bem, e eu sei que, em virtude do fato de que
você está doente, onde você pode apontar e dizer-me que enterrou o doente? Se você é
pobre e pede emprestado a cada amigo que você tem, e então de repente você rola na
riqueza, onde você enterrou o homem pobre? Você limpou tão completamente a pobreza
no olho de sua mente, que não há nada neste mundo que você pode apontar e reivindicar,
que é onde eu deixei. A transformação completa de consciência limpa todas as evidências
de que qualquer coisa que não seja isso já tenha existido no mundo. A técnica mais bonita
para a realização dos objetivos no homem é dada no primeiro versículo do capítulo 34 do
livro de Deuteronômio: “Então subiu Moisés das planícies de Moabe até o monte Nebo, ao
cume de Pisgah, que está defronte de Jericó. E o Senhor mostrou-lhe toda a terra desde
Gilead até Dan.”
Você lê esse versículo e diz, “e daí? ” Mas pegue a concordância e procure as palavras. A
primeira palavra, Moisés, meios para extrair, para resgatar, para levantar para fora, para ir
buscar. Em outras palavras, Moisés é a personificação do poder no homem que pode tirar
do homem o que ele procura, pois tudo vem de dentro, não de fora. Você desenha a partir
de dentro de si mesmo o que você agora quer expressar como algo objetivo para si
mesmo. Você é Moisés saindo das planícies de Moabe. A palavra Moabe é a contração de
duas palavras Hebraicas, Mem e Ab, que significam mãe-pai. Sua consciência é mãe-pai,
não há outra causa no mundo. Seu EU SOU, sua consciência, é esse Moabe ou mãe-pai.
Você está sempre desenhando algo fora dele. A próxima palavra é Nebo. Em sua
concordância Nebo é definida como uma profecia. Uma profecia é algo subjetivo. Se eu
digo, “Assim-e-assim será”, essa é a imagem na mente; não é ainda um fato. Nós temos
que esperar e provar ou refutar essa profecia.
Em nossa linguagem Nebo é seu anseio, seu desejo. Ele é chamado de montanha,
porque é algo que parece difícil de subir e é, portanto, aparentemente impossível de
realização. Uma montanha é algo maior do que você é, ele domina você. Nebo
personifica o que você quer ser em contraste com o que você é. A Palavra Pisgah, por
definição, é contemplar. Jericó é um odor perfumado. E Gilead significa colinas de
testemunhas.
A última palavra é Dan, o Profeta.
Agora, coloque todos juntos, em um sentido prático, e veja o que os anciãos tentaram nos
dizer. Como eu estou aqui, tendo descoberto que a minha consciência é Deus, e que eu
posso simplesmente sentindo que eu sou o que eu quero ser, me transformar à
semelhança do que eu estou supondo que eu sou, eu sei agora que eu sou tudo o que é
preciso para escalar esta montanha. Eu defino meu objetivo. Eu não o chamo de Nebo,
eu o chamo de meu desejo. O que quer que eu queira, isso é meu Nebo, essa é minha
grande montanha que eu vou escalar. Agora eu começo a contemplar isso, pois eu devo
escalar até o pico de Pisgah. Eu tenho que contemplar meu objetivo de uma tal maneira
que eu tenha a reação que cause satisfação. Se eu não tiver a reação que satisfaz, então
Jericó não é visto, pois Jericó é um odor perfumado. Quando eu sinto que eu sou o que
eu quero ser, eu não posso suprimir a alegria que vem com esse sentimento. Eu devo
sempre contemplar meu objetivo até atingir o sentimento de satisfação personificado
como Jericó. Então eu não preciso fazer nada para tornar isso visível em meu mundo;
pois as montanhas de Gilead, que significa homem, mulher, criança, todo o vasto mundo
que me rodeia, serão testemunhas. Eles vêm testemunhar que eu sou o que eu mesmo
assumi ser, e estou sustentando dentro de mim. Quando meu mundo está de acordo com
a minha suposição a profecia se cumpriu. Se agora eu sei o que quero ser, e assumo que
eu sou isso, e caminho como se eu fosse, eu me torno isso e me tornando isso eu morro
tão completamente para meu antigo conceito de ser, que eu não posso apontar para
nenhum lugar nesse mundo e dizer: esse é o lugar onde meu antigo eu está enterrado. Eu
morri tão completamente que desafio a posteridade a sempre tentar encontrar onde está
enterrado meu velho eu.
Deve haver alguém nesta sala que vai transformar-se tão completamente neste mundo,
que seu círculo de amigos mais próximos não vai reconhecê-lo. Por dez anos eu fui um
dançarino, me apresentando em shows na Broadway, em teatros de variedades, clubes
noturnos, e na Europa. Houve um tempo em minha vida que eu pensei que não poderia
viver sem determinados amigos em meu mundo. Eu devia preparar uma mesa todas as
noites após o teatro e todos tínhamos que jantar bem. Eu pensava que nunca poderia
viver sem eles. Hoje eu confesso que não poderia viver com eles. Não temos mais nada
em comum atualmente. Quando nos encontramos, não andamos propositadamente em
lados opostos da rua, mas é sempre um encontro frio porque nós não temos nada para
conversar. Eu morri completamente para aquela vida, que quando eu encontro aquelas
pessoas eles nem mesmo podem falar dos velhos tempos. Mas há pessoas hoje em dia
que ainda vivem nesse estado, ficando cada vez mais pobres. Eles sempre gostam de
falar dos velhos tempos. Eles nunca enterram absolutamente aquele homem, ele está
muito vivo dentro de seus mundos. Moisés tinha 120 anos, completos, idade maravilhosa
como indica: 1 mais 2 mais zero é igual a três, o número símbolo da expressão. Eu estou
totalmente consciente de minha expressão. Meus olhos estão claros e as funções naturais
de meu corpo não estão diminuídas. Estou plenamente consciente de ser o que eu não
quero ser. Mas conhecendo esta lei com a qual o homem se transforma, eu assumo que
eu sou o que quero ser e caminho na suposição que isso está feito.
Tornando-se isso, o velho homem morre e tudo o que era relacionado ao antigo conceito
de seu ser, morre com ele. Você não pode levar nenhuma parte do velho homem para
dentro do novo homem. Você não pode colocar vinho novo em garrafas velhas ou novo
remendo numa roupa gasta. Você deve ser um novo ser completamente. Como assume
que você é o que quer ser, você não precisa da ajuda de outros para fazer isso também.
Nem precisa da ajuda de ninguém para enterrar o velho homem para você. Deixe que os
mortos enterrem os mortos. Nem sequer olhe para trás, pois nenhum homem tendo posto
a mão no arado e olha para trás é apto para o reino dos céus. Não se pergunte como
essa coisa vai ser. Não importa se sua razão negar isso. Não importa se todo o mundo ao
seu redor negar isso. Você não tem que enterrar o velho. “Deixe os mortos enterrarem os
mortos. ” Você enterrará o passado mantendo-se fiel ao seu novo autoconceito, que você
vai desafiar todo o grande futuro a encontrar onde você o enterrou. Até o dia de hoje
nenhum homem em toda Israel descobriu a sepultura de Moises.
Essas são as quatro histórias que eu prometi a você esta noite. Você deve aplica-las
todos os dias em sua vida. Mesmo que a cadeira na qual esteja sentado agora pareça
dura e não se presta à meditação, você pode, pela imaginação, fazer a cadeira mais
confortável do mundo. Deixe-me agora definir a técnica como eu quero que você a
empregue. Eu acredito que cada um de vocês veio aqui esta noite com uma imagem clara
de seu desejo. Não diga que isso é impossível. Você quer isso? Você não tem que usar
seu código moral para realizar isso. Está totalmente fora do alcance do seu código.
Consciência é a única realidade. Portanto, devemos formar o objeto de nosso desejo em
nossa própria consciência.
As pessoas têm o hábito de menosprezar a importância das coisas simples, e a sugestão
de criar um estado semelhante ao sono, a fim de ajudá-lo a assumir o que razão e seus
sentidos negam, essa é uma das coisas simples que você poderia estar desprezando.
Contudo, esta simples fórmula para mudar o futuro, que foi descoberta pelos antigos
professores, e dada a nós através da Bíblia, pode ser provada por todos.
O primeiro passo para mudar o futuro é Desejar, que é, definir seu objetivo – saber
definitivamente o que você quer. Segundo: idealize um evento no qual acredita que
poderia encontrar SEGUINDO a realização de seu desejo - um evento que implica a
realização de seu desejo – algo que terá a ação do Ser predominante. O terceiro passo é
imobilizar o corpo físico e induzi-lo a um estado próximo ao sono. Então mentalmente
sinta você mesmo diretamente na ação proposta, imagine todo o tempo que você está
executando a ação AQUI E AGORA. Você deve participar da ação imaginária, não apenas
ficar atrás observando, mas SINTA que você está realmente executando a ação, de modo
que a sensação imaginária seja real para você. É importante sempre lembrar que a ação
proposta deve ser aquela que segue o cumprimento de seu desejo, uma que implica a
realização. Por exemplo, suponha que você deseja uma promoção no escritório. Então,
estar sendo parabenizado seria um evento onde você poderia encontrar a realização de
seu desejo. Tendo selecionado esta ação como a que você vai experimentar na
imaginação para a promoção no escritório, imobilize seu corpo físico e o induza a um
estado beirando o sono, um estado sonolento, mas que ainda seja capaz de controlar a
direção de seus pensamentos, um estado em que você está atento, sem esforço. Então
visualize um amigo em pé na sua frente. Coloque sua mão imaginária nele. Sinta isso
sólido e real, e continue a conversa imaginária com ele em harmonia com a SENSAÇÃO
DE TER SIDO PROMOVIDO. Não visualize você mesmo num ponto distante do espaço e
num ponto distante do tempo sendo congratulado em sua boa fortuna. Ao invés disso,
você FAZ qualquer lugar AQUI e o futuro AGORA.
A diferença entre SENTIR você mesmo na ação, aqui e agora, e visualizar você mesmo
na ação, como se estivesse numa tela de cinema, é a diferença entre sucesso e fracasso.
A diferença será percebida, se você agora visualizar-se subindo uma escada. Então, com
as pálpebras fechadas imagine que uma escada está bem na sua frente e SINTA-SE
REALMENTE SUBINDO OS DEGRAUS.
A experiência me ensinou a restringir a ação imaginária que implica realização do desejo,
para condensar a ideia em um único ato, e decretá-lo uma e outra vez até que ele tenha a
sensação de realidade. Caso contrário, sua atenção vai vaguear ao longo de uma trilha
associativa, e hóspedes de imagens associadas irão se apresentar à sua atenção, e em
poucos segundos elas vão levar você a centenas de milhas distante se seu objetivo no
ponto do espaço, e anos distante no ponto do tempo.
Se você decide subir um lance de escadas em particular, porque esse é o provável evento
para seguir a realização de seu desejo, então você deve restringir a ação a subir esse
particular lance de escadas. Caso sua atenção se desvie, traga-a de volta para a tarefa de
subir aquele lance de escadas, e continue a fazê-lo até que a ação imaginária tenha toda
a solidez e distinção da realidade. A ideia deve ser mantida em sua mente sem qualquer
esforço sensível de sua parte. Você deve, com o mínimo empenho, permear a mente com
o sentimento do desejo realizado. Sonolência facilita a mudança porque favorece a
atenção sem esforço, mas isso não deve ser empurrado para o estado de sono no qual
você já não é capaz de controlar os movimentos de sua atenção. Mas um grau moderado
de sonolência em que você ainda está apto para direcionar seus pensamentos. A maneira
mais eficaz para encarnar um desejo é assumir o sentimento de realizado e então, num
estado relaxado e sonolento, repita uma e outra vez como uma canção de ninar, qualquer
frase curta que implica a realização de seu desejo, tais como: "Obrigado, obrigado,
obrigado" como se você tivesse falado com um poder superior por ter dado a você aquilo
que desejou. Eu sei que quando este curso chegar ao fim na sexta-feira muitos de vocês
aqui serão capazes de me dizer que realizaram seus objetivos. Duas semanas atrás eu
deixei a tribuna de orador e fui até a porta para apertar as mãos do público. Eu estou
seguro que pelo menos 35 pessoas de uma classe de 135, me disseram tinha realizado o
de desejavam quando se juntaram a essa classe. Isso aconteceu há apenas duas
semanas atrás. Eu não fiz nada para influenciar isto, a não ser dar a eles esta técnica de
oração. Você não tem que fazer isso acontecer – a não ser aplicar essa técnica de
oração. Com seus olhos fechados e seu corpo imóvel, induza um estado próximo ao sono
e entre na ação como se você fosse um ator desempenhando um papel. Experiencie na
imaginação o que você experienciaria na carne se estivesse agora de posse de seu
objetivo. Faça de outro lugar AQUI e AGORA. E o você maior, usando um largo foco irá
utilizar todos os meios, e chamá-los de bons, os quais tendem para a produção do que
você assumiu. Você está aliviado de toda responsabilidade de fazer isso, porque assim
como você imagina e sente que isso é, seu eu dimensionalmente maior determina os
meios. Não pense nem por um momento que alguém vai ser ferido, a fim de que isso
aconteça, ou que alguém irá ficar desapontado. Isso não deve preocupá-lo. Eu devo dirigir
esta casa. Para muitos de nós, educados em diferentes caminhos da vida, somos muito
preocupados com os outros. Você pergunta: "Se eu conseguir o que quero será que não
implica prejuízo para o outro? Há caminhos que você não conhece, portanto, não se
preocupe.
Feche seus olhos agora porque nós vamos entrar em um longo silêncio. Logo você vai
ficar tão perdido na contemplação, sentindo que você é o que quer ser, que vai ficar
totalmente inconsciente para o fato de que está nesta sala com outras pessoas.
Você vai ter um choque quando abrir os olhos e descobrir que nós estamos aqui. Deverá
ser um choque quando você abrir os olhos e descobrir que você não é realmente aquilo
que, um momento antes, você sentiu que era, ou sentiu que possuía.
Agora vamos para o profundo.
PERÍODO DE SILÊNCIO... (Estado de Imaginação)
Não preciso lembrá-lo de que você é agora o que você assumiu que é. Não discuta com
ninguém, nem mesmo com você.
Você não pode ter um pensamento relativo ao COMO se você já sabe que VOCÊ JÁ É.
Seu raciocínio tridimensional, que é um raciocínio muito limitado, de fato não deve ser
trazido para esse drama. Ele não sabe. O que você simplesmente sente como verdade é
verdade.
Que ninguém venha lhe dizer que você não pode ter isso.
!!!O que você sente que tem, você terá!!!
E eu prometo a você, que depois que tiver realizado seu objetivo, refletindo, você terá que
admitir que essa sua mente racional consciente nunca poderia ter planejado o caminho.
Você é isso e tem isso no exato momento em que se apropriou. Não discuta isso. Não
olhe para os outros buscando encorajamento porque a coisa poderia não acontecer. Ela
vai acontecer.
Deixe os negócios de seu Pai fazendo tudo normalmente e permita que essas coisas
aconteçam em seu mudo.
Fim da primeira aula.
Neville Goddard
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Neville Goddard 1948 Lições - Lição Dois
Suposições cristalizam em verdade Esta nossa Bíblia nada tem a ver com a história.
Alguns de vocês ainda estão inclinados esta noite a acreditar que, embora possamos
darlhe
uma interpretação psicológica, ela ainda poderia ser deixada na sua forma atual e ser
interpretada literalmente. Você não pode fazer isso. A Bíblia não tem nenhuma referência
a pessoas ou eventos como vocês foram ensinados a acreditar. Quanto mais cedo você
começar a apagar essa imagem, melhor.
Vamos tomar algumas histórias esta noite, e mais uma vez eu vou lembrá-lo que deve
reencenar todas essas histórias dentro de sua própria mente.
Tenha em mente que, embora elas pareçam ser histórias de pessoas totalmente
despertas, o drama é realmente entre você, aquele que dorme, o mais profundo você, e o
consciente você desperto. Elas são personificadas como pessoas, mas quando você
chegar ao ponto de aplicá-las, deve lembrar da importância do estado sonolento.
Toda criação, como falamos na noite passada, tem lugar no estado de sono, ou aquele
estado que é semelhante ao sono - estado inerte sonolento.
Nós falamos a noite passada que o primeiro homem ainda não está desperto.
Você é Adão, o primeiro homem, ainda em profundo sono.
O você criativo é a quarta dimensão, cuja casa é simplesmente o estado chamado
adormecido no qual você entra.
As Histórias:
Nossa primeira história para esta noite é encontrada no Evangelho de João. Conforme a
ouve desdobrar-se perante você, eu quero que a compare nos olhos de sua mente, com a
história que você ouviu na noite passada, do Livro do Gênesis. No primeiro livro da Bíblia,
o Livro do Gênesis, os historiadores afirmam que é o registro dos eventos que ocorreram
na terra aproximadamente 3.000 anos antes dos eventos registrados no Livro de João. Eu
peço que você seja racional a respeito disso e veja que não pode pensar que o mesmo
historiador escreveu ambas as histórias.
Você deve ser o juiz quanto a saber que o mesmo homem inspirado não poderia contar a
mesma história e contar de forma diferente.
Essa é uma história muito familiar, a história do julgamento de Jesus. No Evangelho de
João está registrado que Jesus foi levado perante Pôncio Pilatos, e a multidão clamava
por sua vida, eles queriam Jesus. Pilatos voltou-se para eles e disse:
"Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela Páscoa; quereis, pois, que
vos solte o Rei dos Judeus? Então todos tornaram a clamar, dizendo: Este não, mas
Barrabás. Barrabás era um ladrão. " João 18:39, 40. Está dito que Pilatos não teve
escolha nesse assunto, ele apenas era o juiz interpretando a lei, e essa era a lei. As
pessoas receberam o que solicitaram. Pilatos não poderia liberar Jesus contra os desejos
da multidão, e por isso ele soltou Barrabás e entregou-lhes Jesus para ser crucificado.
Agora tenha em mente que sua consciência é Deus. E foi dito que Deus tem um filho cujo
nome é Jesus. Se você vai se dar ao trabalho de procurar a palavra Barrabás na sua
concordância, verá que é a contração de duas palavras Hebraicas: BAR, que significa
filha ou filho – ou criança, e ABBA, que significa pai. Barrabás é o filho do grande pai. E
Jesus na história é chamado o Salvador, o Filho do Pai.
Nós temos dois filhos nessa história. E temos dois filhos da história de Esaú e Jacó.
Tenha em mente que Isaac era cego, e a justiça deve ser cega para ser verdadeira.
Embora neste caso Pilatos não está fisicamente cego, a parte dada a ele implica que ele
é cego, porque é um juiz. Em todos os grandes edifícios de advocacia do mundo, vemos a
mulher ou o homem que representam a justiça estando com os olhos vendados.
"Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo o reto juízo. "João 7:24. Aqui
encontramos Pilatos fazendo o mesmo papel que Isaac. Há dois filhos. Todos os
personagens que aparecem nesta história podem ser aplicados em sua própria vida.
Você tem um filho que está lhe roubando neste momento o que você poderia ser.
Se você veio para esse encontro esta noite consciente de que está querendo algo,
desejando algo, você andou na companhia de Barrabás. Desejar é confessar que você
não possui agora o que você quer, e porque todas as coisas são suas, você rouba de si
mesmo, vivendo no estado de desejar. Meu salvador é o meu desejo. Como eu quero
algo, estou olhando para dentro dos olhos de meu salvador. Mas se eu continuo querendo
isso, eu nego meu Jesus, meu salvador, assim como eu quero eu confesso que não sou e
“se não credes quem EU SOU, morrereis em vossos pecados”.
Eu não posso ter e ainda continuar a desejar o que eu tenho. Eu posso apreciá-lo, mas
não posso continuar querendo isso.
Essa é a história. Essa é a festa da Páscoa dos Judeus*.
(*o autor faz um trocadilho com as palavras “Passover”, que em português significa
Páscoa dos Judeus, e “passover”, ou pass over, significando atravessar, ou passar por
cima. NT)
Alguma coisa vai mudar exatamente agora, alguma coisa vai passar por cima. O homem
é incapaz de passar de um estado de consciência para outro a menos que ele libere a
partir da consciência que ele agora entretém, pois isso o ancora aonde ele está. Você e
eu podemos ir a festas físicas ano após ano assim como o sol entra no grande signo de
Áries, mas isso não significa nada para a verdadeira Páscoa mística. Para manter a festa
da Páscoa, a festa psicológica, eu passo de um estado de consciência para outro. Eu faço
isso libertando Barrabás, o ladrão e salteador que me rouba o estado que eu poderia
incorporar dentro do meu mundo.
O estado que eu procuro incorporar é personificado na história como Jesus o Salvador.
Se eu me tornar o que eu quero ser, então estou salvo pelo que eu era. Se eu não me
torno isso, eu continuo a manter trancado dentro de mim um ladrão que me rouba de ser
o que eu poderia ser.
Essas histórias não fazem referência a quaisquer pessoas que viveram, nem a qualquer
evento que já ocorreu na Terra. Estes personagens são eternas características na mente
de cada homem no mundo. Você e eu perpetuamente mantemos vivos tanto Barrabás ou
Jesus. Você sabe em cada momento do tempo que você está entretendo. Não condene
uma multidão por clamar que deveriam liberar Barrabás e crucificar Jesus. Não é uma
multidão de pessoas chamada Judeus. Eles não tinham nada a ver com isso.
Se formos sábios, nós também devemos clamar pela libertação desse estado de espírito
que nos limita de ser o que queremos ser, que nos restringe, que não permite que nos
tornemos o ideal que buscamos e nos esforçamos para atingir neste mundo.
Não estou dizendo que você esta noite não está incorporando Jesus. Apenas lembrando,
que se neste exato momento você tem uma ambição não satisfeita, então você está
entretendo o que nega o cumprimento da ambição, e o que nega isso é Barrabás.
Para explicar a transformação mística, psicológica, conhecida como Páscoa, ou a
travessia, você deve agora começar a se identificar com o ideal que serviria, e deve
manter-se fiel a ele. Se você permanecer fiel a ele, você não só o crucifica por sua
fidelidade, mas você o ressuscita sem a ajuda de um homem. Como a história vai,
nenhum homem poderia levantar cedo o suficiente para rolar a pedra. Sem a ajuda de um
homem a pedra foi removida, e o que aparentemente estava morto e enterrado
ressuscitou sem ajuda de um homem.
Você anda na consciência de ser o que você quer ser, ninguém ainda vê isso, mas você
não precisa de um homem para rolar os problemas e obstáculos de sua vida, afim de
expressar o que você está consciente de ser. Esse estado tem a sua própria maneira
original de se tornar encarnado neste mundo, de se tornar carne que o mundo inteiro
pode tocar.
Agora você pode ver a relação entre a história de Jesus e a história de Isaac e seus dois
filhos, onde um transpunha o outro, onde um era chamado de Suplantador do outro.
Por que acha que aqueles que compilaram os sessenta livros de nossa Bíblia fizeram de
Jacob antepassado de Jesus? Eles pegaram Jacó e o chamaram Suplantador, e fizeram
dele pai de doze, em seguida, eles tomaram Judá ou louvor, o quinto filho e fizeram dele
antepassado de José, que supostamente gerou por um caminho estranho esse chamado
Jesus. Jesus deve suplantar Barrabás como Jacó deve suplantar e tomar o lugar de Esaú.
Hoje à noite você pode sentar aqui e conduzir o julgamento de seus dois filhos, um dos
quais você quer libertado. Você pode se tornar a multidão que clama pela libertação do
ladrão, e o juiz que voluntariamente soltou Barrabás, e condenou Jesus para preencher o
seu lugar. Ele foi crucificado no Gólgota, o lugar do crânio, a sede da imaginação.
Para experimentar a Páscoa ou passagem do velho para o novo conceito de si mesmo,
você deve liberar Barrabás, o seu conceito atual de si mesmo, que o rouba de ser o que
você poderia ser, e deve assumir o novo conceito que você deseja expressar.
A melhor maneira de fazer isso é concentrar sua atenção acerca da ideia de se identificar
com seu ideal. Assuma que você já é o que procura ser e sua suposição, embora falsa, se
sustentada, irá se tornar verdade.
Você saberá que conseguiu libertar Barrabás, seu antigo conceito de si, e quando teve
sucesso em crucificar Jesus, ou fixado o novo conceito de si, simplesmente olhando
MENTALMENTE as pessoas que você conhece. Se você as vê como normalmente vê,
você não mudou seu conceito de si, porque toda mudança de conceito interno resulta em
modificações nos relacionamentos de seu mundo.
Nós sempre olhamos os outros e personificamos o ideal que inspiramos.
Portanto, na meditação, nós devemos imaginar que os outros nos veem como nos veriam
se estivéssemos onde gostaríamos de estar.
Você pode libertar Barrabás, crucificar e ressuscitar Jesus se primeiro você definir seu
ideal. Então relaxe em uma confortável poltrona, induza um estado de consciência
semelhante ao sono e experimente na imaginação o que experimentaria na realidade
onde você já seria o que deseja ser.
Por este simples método de experimentar na imaginação o que você experimentaria na
carne, que foi a personificação do ideal que você apresenta, você libertou Barrabás que
roubou você de sua grandeza, crucificou e ressuscitou seu salvador, ou o ideal que deseja
expressar.
Agora vamos voltar à história de Jesus no jardim do Getsêmani. Tenha em mente que um
jardim é um terreno devidamente preparado na terra, não é um deserto. Você está
preparando este solo chamado Getsêmani por vir aqui estudar e fazer algo sobre sua
mente. Passe algum tempo diariamente na preparação de sua mente, lendo boa literatura,
ouvindo boa música e entrando em conversas que enobrecem.
É dito nas Epístolas, “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo,
tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude,
e se há algum louvor, pensai nisso. " Phil. 4: 8. Continuando com a nossa história, como
disse no capítulo 18 de João, Jesus está no jardim e de repente uma multidão começa a
procurá-lo. Ele está lá no escuro e diz: "A quem buscais?" O porta-voz chamado Judas
responde e diz: "Procuramos Jesus de Nazaré." Uma voz responde: "Eu sou Ele". Nesse
instante, todos eles caem no chão, milhares deles tombaram. Isso por si só deve parar
você ali mesmo, e deixá-lo saber que isso não poderia ser um drama físico, porque
ninguém poderia ser tão ousado em sua afirmação de que ele é o único procurado, que
poderia causar milhares de pessoas que o procuram a caírem ao chão.
Mas os historiadores nos contam que todos caíram no chão. Então quando recuperaram a
compostura, fizeram a mesma pergunta. "Jesus respondeu: Já vos disse que eu sou Ele;
portanto, a mim que buscais, deixai ir estes em seu caminho." João 18: 8. "Então disselhe
Jesus: que fazes, faze-o depressa." João 13:27.
Judas, que fez isso rapidamente, sai e comete suicídio.
Agora o drama. Você está em seu jardim do Getsêmani ou preparou a mente se puder,
enquanto está num estado próximo ao sono, controle sua atenção e não deixe que ela se
afaste deste propósito. Se pode fazer isso, você está definitivamente no jardim.
Muitas poucas pessoas podem sentar-se calmamente e não introduzir um devaneio ou
um estado de pensamento sem controle. Quando você pode restringir a ação mental e
permanecer fiel à sua vigília, não permitindo sua atenção perambular por outro lugar, mas
mantendo sem esforço dentro de um campo limitado de apresentação para o estado que
você está contemplando, então você tem definitivamente essa atitude disciplinada no
jardim do Getsêmani.
O suicídio de Judas nada mais é do que mudar seu conceito de si mesmo. Quando sabe
o que quer ser, você encontrou seu Jesus ou salvador. Quando assume que você é o que
quer ser, você morreu para o seu antigo conceito de ser (Judas cometeu suicídio) e agora
está vivendo como Jesus.
Você pode querer começar a se separar do mundo ao seu redor, e liga-se ao que você
deseja incorporar dentro de seu mundo.
Agora que você me encontrou, agora que encontrou o que iria salvá-lo de quem você é,
deixe ir o que você é e tudo o que isso representa no mundo.
Torne-se completamente separado disso. Em outras palavras, vá e cometa suicídio. Você
morre completamente para o que antes expressou neste mundo, e agora vive
completamente para o que ninguém viu como verdadeiro para você antes. É como se
você tivesse morrido por suas próprias mãos, como se tivesse cometido suicídio. Você
tirou sua própria vida, tornando-se separado da consciência do que você anteriormente
manteve vivo, e começou a viver para o que descobriu em seu jardim. Você encontrou
seu salvador.
Não são homens caindo, não um homem traindo outro, mas você desligando sua atenção,
e reorientando sua atenção para uma direção totalmente nova. Deste momento em diante
você anda como se fosse o que antes queria ser. Mantendo-se fiel ao seu novo conceito
de si mesmo, você morre ou comete suicídio. Ninguém tomou sua vida, você mesmo fez
isso.
Você deve ser capaz de ver a relação desta com a morte de Moisés, onde ele morreu tão
completamente que ninguém conseguiu encontrar onde ele foi enterrado. Você deve
perceber a relação com a morte de Judas. Ele não é um homem que traiu o homem
chamado Jesus.
A palavra Judah é elogio; isso é Judas, elogiar, dar graças, a explodir de alegria. Você não
pode explodir de alegria a menos que se identifique com o ideal que busca e quer ver
incorporado em seu mundo. Quando se identifica com o estado que contempla, você não
pode suprimir sua alegria. Ele se eleva como o odor perfumado descrito como Jericó no
Antigo Testamento.
Eu estou tentando lhe mostrar que os antigos contaram a mesma história em todas as
histórias da Bíblia. Tudo o que eles tentaram contar para nós é como nos tornamos o que
queremos ser. E eles indicam em todas as histórias que nós não precisamos da
assistência de ninguém. Você não precisa de outra pessoa para se tornar agora o que
realmente quer ser.
Agora nos voltamos para uma estranha história no Antigo Testamento; uma que muito
poucos sacerdotes e rabinos vão ser ousados o suficiente para mencionar em seus
púlpitos.
Aqui está alguém que vai receber a promessa como você agora a recebe. Seu nome é
Jesus, apenas os antigos o chamavam Joshua, Jehoshua Ben Num, ou salvador, filho de
peixe, o Salvador do grande abismo. Nun significa peixe, e peixe é o componente do
abismo, o profundo oceano. Jehoshua significa Jeová salva, e Ben significa
descendência, ou filho de. Então ele é chamado como aquele trouxe a era do peixe.
Esta história está no sexto livro da Bíblia, o livro de Josué. A promessa é feita a Josué
como é feita a Jesus na forma inglesa nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João.
No Evangelho de João, Jesus disse, "Todas as coisas que me tens dado são de ti." João
17: 7. "E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas." João 17:10.
No Velho Testamento no livro de Josué isso está dito nestas palavras: “Todo lugar que a
planta dos vossos pés pisarem Eu vos dou. ” Josué 1:3. Não importa onde isso está;
analize a promessa e veja se você pode aceitar isso literalmente. Não é uma verdade
física, mas é uma verdade psicológica. Onde quer que você possa estar nesse mundo,
mentalize que você pode realizar. Josué é assombrado por esta promessa de que onde
quer que ele possa colocar o pé (o pé é o entendimento), por onde quer que a planta de
seu pé pise, isso será dado a ele. Ele quer a mais desejada condição no mudo, a cidade
perfumada, a encantadora condição chamada Jericó.
Ele encontra-se barrado pelas paredes intransitáveis de Jericó.
Ele está do lado de fora, assim como você está agora do lado de fora.
Você está atuando tridimensionalmente e você não consegue alcançar o mundo
quadridimensional onde o seu desejo presente já é uma realidade objetiva concreta. Você
não consegue ver como alcançar isso porque seus sentidos barram você para fora disso.
A razão diz que isso é impossível, todas as coisas ao redor dizem que isso não é verdade.
Agora você contrata os serviços de uma meretriz e espiã, e seu nome é Raabe. A palavra
Raabe significa simplesmente o espírito do pai. RACE significa a respiração ou espírito e
ABE o pai. Portanto, nós achamos que esta meretriz é o espírito do pai e o pai é a
consciência do homem de estar consciente, o Eu Sou consciente do homem, a
consciência do homem.
Sua capacidade de sentir é o grande espírito do pai, e esta capacidade é Raabe nesta
história. Ela tem duas profissões, de espiã e meretriz.
A profissão de espiã é esta: para viajar secretamente, para viajar tão silenciosamente que
você não pode detectar. Não há um único espião físico neste mundo que pode viajar tão
silenciosamente que vai ser completamente invisível para os outros. Ele pode ser muito
sábio em esconder os seus caminhos, e ele nunca pode ser realmente apreendido, mas a
cada momento do tempo, ele corre o risco de ser detectado.
Quando você está sentado em silêncio com seus pensamentos, não há homem no mundo
tão sábio que pode olhar para você e lhe dizer onde você está morando mentalmente.
Posso ficar aqui e colocar-me em Londres. Conhecendo Londres muito bem, eu posso
fechar meus olhos e assumir que na realidade estou em pé em Londres. Se eu
permanecer dentro deste estado por tempo suficiente, eu serei capaz de me cercar com o
ambiente de Londres como se fosse um fato objetivo concreto sólido.
Fisicamente eu ainda estou aqui, mas mentalmente eu estou a milhares de quilômetros
distante, e eu fiz outro lugar aqui. Eu não vou lá como espião, eu mentalmente faço outro
lugar aqui, e agora. Você não pode me ver habitando lá, então você pensa que eu apenas
fui dormir e que estou ainda aqui neste mundo, este mundo tridimensional que agora é
San Francisco. Embora distante como eu esteja interessado, eu estou aqui, mas ninguém
pode me dizer onde eu estou quando eu entro no momento de meditação.
A próxima profissão de Raabe era a de uma meretriz, que consiste em dar aos homens o
que eles pedem a ela, sem consultar o direito do homem de pedir. Se ela for uma
completa meretriz, como seu nome indica, então ela possui tudo e pode conceder tudo
que o homem pede a ela. Ela está lá para servir, e não para questionar o direito do
homem de buscar o que ele procura nela.
Você tem dentro de si a capacidade de se apropriar de um estado sem conhecer os meios
que serão utilizados para realizar esse fim, e assumir o sentimento do desejo realizado
sem ter qualquer um dos talentos que os homens afirmam que você deve possuir a fim de
fazê-lo. Quando apropria isso na consciência você usou o espião, e pela razão de você
poder incorporar aquele estado dentro de si por estar, efetivamente, dando isso a si
mesmo, você é a meretriz, pois a meretriz satisfaz o homem que pede a ela.
Você pode satisfazer a si mesmo apropriando-se da sensação de que você é o que você
quer ser. E essa pretensão, embora falsa, quer dizer, embora a razão e os sentidos
neguem, se persistir vai cristalizar-se na realidade.
Por realmente estar incorporando o que você assumiu que você é, você tem a capacidade
de se tornar completamente satisfeito. A menos que se torne uma realidade tangível,
concreta, você não ficará satisfeito; você ficará frustrado.
Foi dito nesta história que quando Raabe entrou na cidade para conquistá-la, a ordem
dada a ela foi para entrar no coração da cidade, o centro da questão, o verdadeiro centro
disto, e lá permanecer. Não ir de casa em casa, não deixar o lugar mais elevado da casa
dentro da qual você entra. Se você deixa a casa e lá existe sangue sobre sua cabeça, isto
está sobre sua cabeça. Mas se você não deixa a casa e há sangue, ele deve estar sobre
minha cabeça.
Raabe entra dentro da casa, sobe até o andar superior, e lá permanece enquanto as
paredes desmoronam. Isto é, nós devemos manter um estado de espírito elevado, se
quisermos andar com o superior. De uma maneira velada, a história nos conta que
quando as paredes desmoronaram e Josué entrou, o único que foi salvo na cidade foi o
espião e a meretriz cujo nome era Raabe.
Esta história conta que você pode fazer isso em seu mundo. Você nunca perde a
capacidade de colocar-se em outro lugar e fazer disso aqui. Você nunca perde a
habilidade de dar a si mesmo o que é corajoso o suficiente para apropriar-se como
verdadeiro para você. Não tem nada a ver com a mulher que representou essa parte. A
explicação para o desmoronamento das paredes é simples.
Está dito que ele tocou a trombeta sete vezes e na sétima explosão as paredes
desmoronaram e ele entrou vitoriosamente para o estado que ele buscou. Sete é a
calmaria, o descanso, o Sabbath. É o estado em que o homem é completamente
indiferente em sua convicção de que a coisa é.
Quando eu posso assumir o sentimento de meu desejo realizado e ir dormir,
despreocupado, imperturbável, eu estou em repouso mental, e estou mantendo o Sabbath
ou estou tocando a trombeta sete vezes. E quando eu alcanço este ponto as paredes
desmoronam. Circunstâncias mudam e então se remodelam em harmonia com minha
pretensão. Como elas caem, eu ressurjo naquilo em que eu tenho me apropriado. As
paredes, os obstáculos, os problemas, desmoronam sobre seu próprio peso se eu posso
chegar ao ponto de quietude dentro de mim.
O homem que pode corrigir dentro dos olhos da sua própria mente uma ideia, mesmo que
o mundo negue isso, se ele permanecer fiel a essa ideia, ele a verá manifestada. Há toda
diferença no mundo entre segurar a ideia, e ser mantido pela ideia. Tornar tão dominado
pela ideia que isso infesta a mente como se fosse isto.
Então, independentemente do que os outros possam dizer, você está andando na direção
de sua atitude fixada na mente. Você está andando na direção da ideia que domina a
mente.
Como dizemos na noite passada, você tem apenas um dom que é verdadeiramente seu
para dar, e que é você mesmo. Não há outro presente; você deve pressioná-lo para fora
de si mesmo por uma apropriação. Ele está dentro de você agora para a criação ser
finalizada. Não há nada a ser que não é agora. Não a nada a ser criado pois todas as
coisas são suas, tudo já está terminado.
Embora o homem pode não ser capaz de ficar fisicamente em uma condição, ele pode
sempre estar mentalmente em qualquer estado desejado. Por estar mentalmente quero
dizer que agora você pode, neste momento, fechar os olhos e visualizar um lugar
diferente do que seu presente, e assumir que você está realmente lá. Você pode sentir
que isto seja tão real que ao abrir os olhos, você será surpreendido ao descobrir que não
está fisicamente lá.
Esta jornada mental dentro da condição desejada, com o subsequente sentimento de
realidade, é tudo o que é necessário para produzir a sua realização. Seu Ser maior
dimensional tem os caminhos que o menor, ou seu ser da terceira dimensão, não conhece
sobre isso. Além disso, para o você maior, todos os meios são bons para promover a
realização da sua pretensão.
Permaneça na condição mental definida como seu objetivo até que ela tenha a sensação
de realidade, e todas as forças do céu e da terra vão correr para apoiar sua
materialização. Seu Eu maior irá influenciar as ações e palavras de todos os que podem
ser usados para auxiliar a produção da sua atitude fixa mental.
Agora voltemos ao Livro dos Números e aqui encontramos uma estranha história. Eu
acredito que alguns de vocês tenham tido esta experiência descrita no Livro dos
Números. Ela fala da construção de uma tenda sob o comando de Deus; que Deus
ordenou a Israel para lhe construir um local de adoração.
Ele deu a eles todas as especificações para a tenda. Tinha que ser longa, um lugar móvel
para culto, e tinha que ser coberta com peles. Preciso dizer mais alguma coisa? Não é
aquele homem? "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus
habita em vós? "I Cor. 03:16
Não há outro templo. Não é um templo feito por mãos, mas um templo eterno nos céus.
Este templo é alongado, e é coberto com pele, e move-se através do deserto.
“No dia em que foi levantado o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo, isto é, a
própria tenda do testemunho; e desde a tarde até pela manhã havia sobre o tabernáculo
uma aparência de fogo” Num. 9:15,16. Assim acontecia de contínuo: a nuvem o cobria, e
de noite havia aparência de fogo.
O comando dado a Israel era que permanecesse até que a nuvem subisse de dia, e de
fogo à noite. "Se fosse por dois dias, ou um mês, ou um ano, que a nuvem se detinha
sobre o tabernáculo, mantendo-se a mesma, os filhos de Israel se alojavam, e não
partiam; mas quando ela se levantava, eles partiam." Num. 09:22
Você sabe que você é o tabernáculo, mas você pode se perguntar, o que é a nuvem. Na
meditação muitos de vocês devem ter visto isso. Na meditação, estas nuvens, como as
águas no subsolo de um poço artesiano, saltam espontaneamente para sua cabeça e se
formam em anéis de ouro pulsantes. Então, como um suave rio elas fluem de sua cabeça
em uma corrente de anéis de vida de ouro.
Em um estado de espírito meditativo beirando o sono a nuvem sobe.
É neste estado sonolento que você deve assumir que você é o que você deseja ser, e que
você tem o que você procura, pois, a nuvem irá assumir a forma de sua suposição e
moldar um mundo em harmonia consigo mesma.
A nuvem é simplesmente o vestuário de sua consciência, e onde a sua consciência é
colocada, lá você vai ser na carne também.
Esta nuvem de ouro vem em meditação. Há um certo ponto, quando você estiver se
aproximando do sono que é muito, muito denso, muito fluido e muito vivo e pulsante. Ela
começa a subir à medida que atingir o estado sonolento, meditativo, na fronteira com o
sono. Você não ataca o tabernáculo, nem o move até que a nuvem começa a subir.
A nuvem sempre sobe quando o homem se aproxima do entorpecimento do sono. Pois
quando um homem vai dormir, se ele sabe ou não, ele desliza de um mundo
tridimensional para um mundo quadridimensional e o que é ascendente é a consciência
desse homem em um foco maior; esse é o foco na quarta dimensão.
O que você vê ascendendo é o seu Eu maior. Quando começa a ascender você entra no
atual estado de sentir o que quer ser. Este é o momento no qual você vai estar no estado
de espírito de ser o que você quer ser, também experimentando na imaginação o que
você iria experimentar na realidade, se já fosse o que quer ser, ou repetindo muitas e
muitas vezes a frase que implica que você já fez o que você quer fazer. Uma frase como:
"Não é maravilhoso, não é maravilhoso", como se alguma coisa maravilhosa tivesse
acontecido a você.
“Em sonho ou em visão noturna, quando cai sono profundo sobre os homens, e
adormecem na cama. Então o revela ao ouvido dos homens, e lhes sela a sua instrução”
Jó 33:15,16
Use sabiamente o intervalo anterior sono. Assuma o sentimento de desejo realizado e vá
dormir neste estado de espírito. Durante a noite, no mundo dimensional maior, quando cai
sono profundo sobre os homens, eles olham e jogam as peças que irão mais tarde jogar
no jogo na terra. E o drama é sempre em harmonia com o que os seus próprios seres
dimensionalmente maiores olham e jogam através deles. Nossa ilusão do livre arbítrio é
apenas ignorância das causas que nos fazem agir. A sensação que domina a mente do
homem enquanto ele adormece, embora falsa, vai cristalizar em verdade. Assumir o
sentimento do desejo realizado enquanto caímos no sono, é o comando para esse
processo de corporificação, dizer a seu modo, “Seja real”. Desta forma, nos tornamos
através de um processo natural, o que desejamos ser.
Posso lhe contar dezenas de experiências pessoais onde parecia impossível ir a outro
lugar, mas colocando-me em outro lugar mentalmente enquanto eu estava prestes a ir
dormir, circunstâncias mudaram rapidamente, o que me obrigava a fazer a viagem. Eu
tinha feito isso além do oceano, colocando-me à noite em minha cama como se eu
estivesse dormindo onde eu queria estar.
À medida que os dias se desenrolavam as coisas começaram a moldar-se em harmonia
com essa suposição e todas as coisas que deveriam acontecer para obrigar a minha
viagem aconteceram. E eu, apesar de mim mesmo, ficava pronto para ir ao encontro do
lugar que eu assumi que estaria quando me aproximasse do sono profundo.
Conforme minha nuvem ascende, eu assumo que eu sou agora o homem que eu quero
ser, ou que eu já estou no lugar que eu quero visitar. Eu adormeço neste lugar agora.
Então, a vida atinge o tabernáculo, atinge meu ambiente e remonta meu ambiente através
dos mares ou sobre a terra e o remonta à semelhança de minha pretensão. Não tem nada
a ver com os homens que andam através de um deserto físico. Toda o vasto mundo ao
seu redor é o deserto.
Do berço à sepultura você e eu andamos como se caminhássemos no deserto. Mas
temos um tabernáculo vivo, onde Deus habita, e é coberto por uma nuvem que pode e
ascende quando vamos dormir ou estamos em um estado semelhante ao sono. Não
necessariamente em dois dias, pode ascender em dois minutos. Por que eles lhe dão dois
dias? Se agora eu me torno o homem que eu quero ser, eu posso me tornar insatisfeito
amanhã.
Eu deveria pelo menos dar-lhe um dia antes de eu decidir seguir em frente.
A Bíblia diz em dois dias, um mês ou um ano: sempre que você decidir seguir em frente
com este tabernáculo deixe a subir nuvem. Conforme ela sobe você começa a se mover
para onde a nuvem está.
A nuvem é simplesmente a vestimenta de sua consciência, a sua pretensão. Onde a
consciência é colocada você não tem que ter o corpo físico; isso gravita lá, apesar de
você. As coisas acontecem para obrigá-lo a se mover na direção em que você está
consciente de habitar.
“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou
preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei
para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. ” João 14:2,3
As muitas moradas são inumeross estados dentro de sua mente, pois você é a casa de
Deus. Na casa de meu Pai há inúmeros conceitos do ser. Você não poderia na eternidade
esgotar o que é capaz de ser.
Se eu me sentar calmamente aqui e assumir que estou em outro lugar, eu fui e preparei
esse lugar. Mas se eu abrir meus olhos, a bi locação que eu criei desaparece e eu estou
de volta aqui na forma física que eu deixei atrás de mim enquanto eu fui preparar o lugar.
Mas eu preparei o lugar, no entanto, e com o tempo, habitarei ali fisicamente.
Você não tem que se preocupar com as formas e os meios que serão utilizados para se
mover através do espaço, para o lugar onde você tem ido e mentalmente preparado.
Basta sentar-se calmamente, não importa onde você está, e mentalmente realizar isto.
Mas eu vou lhe dar um aviso, não trate isso levianamente, pois estou consciente do que
isto vai fazer com as pessoas que tratarem isso despreocupadamente. Tratei-o
levianamente uma vez, porque eu só queria ficar longe, baseado somente na temperatura
do dia. Foi no profundo inverno em Nova York, e eu assim desejei estar no clima quente
das Índias, no qual dormi naquela noite como se eu dormisse sob as palmeiras. Na
manhã seguinte, quando acordei ainda estava muito frio.
Eu não tinha intenção de ir para as Índias naquele ano, mas chegou uma notícia
angustiante que me obrigou a fazer a viagem. Foi no meio da guerra quando os navios
estavam a ser afundados a torto e a direito, mas eu zarpei de Nova York em um navio 48
horas depois de ter recebido esta notícia. Era a única maneira que eu poderia chegar a
Barbados, e cheguei mesmo a tempo de ver minha mãe e dizer um tridimensional "Adeus"
para ela.
Apesar do fato de que eu não tinha intenções de ir, o mais profundo Ser observou onde a
grande nuvem desceu. Coloquei-a em Barbados e este tabernáculo (meu corpo) tinha que
ir e fazer a viagem para cumprir o comando, “Todo lugar que a planta dos vossos pés
pisarem Eu vos dou”. Onde quer que a nuvem desça no deserto, lá você monta o
tabernáculo.
Eu naveguei de Nova York à meia-noite em um navio sem pensar em submarinos ou
qualquer outra coisa. Eu tinha que ir. As coisas aconteceram de uma maneira que eu não
poderia ter inventado.
Eu o adverti, não trate isso levianamente. Não diga: "Vou experimentar e me colocar em
Labrador, só para ver se funciona." Você vai para seu Labrador e então você vai saber
porque você nunca chegou a esta classe. Isso irá funcionar se você ousar assumir o
sentimento de seu desejo realizado enquanto você for dormir.
Controle seu estado de espírito enquanto você vai dormir. Eu não consigo encontrar
nenhuma maneira melhor para descrever esta técnica do que chamar de "sonho desperto
controlado." Em um sonho você perde o controle, mas tente antes de seu sono, um
completo sonho desperto
controlado, entre nele como você faz em sonho, em um sonho você está sempre muito
dominante, você sempre desempenha o papel.
Você é sempre o ator no sonho, nunca a plateia. Quando você tem um sonho desperto
controlado, você é o ator e entra em ação no sonho controlado. Mas não faça isso de
forma leviana, pois você deve reencenar isso em seu mundo tridimensional.
Agora, antes de ir para o nosso momento de silêncio existe algo que eu preciso deixar
muito claro, e que é este esforço que discutimos ontem à noite. Se há uma razão em todo
este vasto mundo pela qual as pessoas falham é porque eles não têm conhecimento de
uma lei conhecida por psicólogos hoje em dia como a lei do esforço reverso.
Quando você assume o sentimento de seu desejo realizado é com um mínimo de esforço.
Você deve controlar a direção dos movimentos de sua atenção. Mas você deve fazer isto
com o mínimo de esforço. Se há um esforço no controle, e você está forçando isso em
uma determinada forma, você não está a caminho de obter os resultados. Você vai obter
os resultados opostos, o que nunca pode ser.
É por isso que insistimos em estabelecer a base da Bíblia enquanto Adão dormia. Esse é
o primeiro ato criativo, e não há nenhum registro onde ele já foi despertado deste sono
profundo. Enquanto ele dorme a criação para.
Você muda melhor o seu futuro quando você está no controle de seus pensamentos,
enquanto em um estado semelhante ao sono, pois o esforço é reduzido ao mínimo. Sua
atenção parece relaxar completamente, e então você deve praticar segurando a sua
atenção dentro desse sentimento, sem usar a força, e sem o uso de esforço.
Não pense por um momento que é a força de vontade que faz isso.
Quando você solta Barrabás e torna-se identificado com Jesus, você não vai mesmo ser
ele, você imagina que é ele. Isso é tudo o que você faz.
Agora, como nós vamos para a parte vital da noite, o intervalo dedicado à oração,
deixeme
novamente esclarecer a técnica. Saber o que quer. Em seguida, construir um único
evento, um evento que implica a realização de seu desejo. Restringir o evento para um
único ato.
Por exemplo, se eu destacar como um evento, estar apertando a mão de um homem, em
seguida, é a única coisa que eu faço. Eu não vou apertar a mão, e depois, acender um
cigarro e fazer mil outras coisas. Eu simplesmente imagino que estamos realmente
apertando as mãos e mantenho a ação novamente e novamente, até que o ato imaginário
tenha toda a sensação de realidade. O evento deve implicar sempre realização do desejo.
Sempre construir um evento que você acha que aconteceria naturalmente após o
cumprimento de seu desejo. Você é o juiz de qual evento você realmente deseja realizar.
Há uma outra técnica que lhe dei ontem à noite. Se você não pode concentrar-se em um
ato, se você não pode se aconchegar em sua cadeira e acreditar que a cadeira está em
outro lugar, como se outros lugares estivessem aqui, então faça o seguinte: Reduza a
ideia, condense a uma única frase, simples como, "Não é maravilhoso? ", ou" Obrigado. ",
ou" Está feito. ", ou" Está terminado. "
Não deve haver mais do que três palavras. Algo que implica que o desejo já está
realizado. "Não é maravilhoso", ou "Obrigado", certamente, implica isso. Estas não são
todas as frases que você poderia usar. Certifique-se em seu próprio vocabulário a frase
que melhor lhe convier. Mas torne-a muito, muito curta e sempre use uma frase que
implica o cumprimento da ideia.
Quando você tem sua frase em mente, levante a nuvem. Deixe a nuvem subir
simplesmente induzindo o estado que beira o sono. Basta começar a imaginar e sentir
que você está sonolento, e nesse estado assuma o sentimento do desejo realizado.
Então repita a frase de novo e de novo, como uma canção de ninar.
Qualquer que seja a frase, permiti-la implica que a suposição é verdadeira, que é
concreta, que já é um fato, e você sabe disso.
Apenas relaxe e entre no sentimento de realmente ser o que você quer ser.
Conforme faz isso você está entrando em Jericó com seu espião que tem o poder de lhe
dar isso. Você está libertando Barrabás e sentenciando Jesus para ser crucificado e
ressuscitado. Todas estas histórias você está reencenando se agora começa a soltar e
entrar no sentimento de realmente ser o que você quer ser. Agora nós podemos ir...
PERÍODO DE SILÊNCIO… (Imaginando)
Se suas mãos estão secas, e se a sua boca está seca no final desta meditação, esta é
uma prova positiva de que você conseguiu levantar a nuvem. O que você estava fazendo
quando a nuvem se levantou é inteiramente seu negócio. Mas você fez a nuvem se
levantar e suas mãos estão secas.
Vou lhe dar um outro fenômeno que é muito estranho e que eu não posso analisar. Isso
acontece se você realmente vai para o fundo. Você vai perceber ao acordar, que você tem
o par de rins mais ativo do mundo. Eu discuti com os médicos e eles não podem explicar.
Outra coisa que você pode observar na meditação é uma bela luz azul líquida. A coisa
mais próxima na terra para que eu possa comparar é estar queimando álcool. Você sabe
quando coloca álcool no pudim de ameixa na época do Natal, e ascende o fogo, a bela
chama azul líquida que envolve o pudim até que você apague. Essa chama é a coisa
mais próxima da luz azul que vem na testa de um homem em meditação.
Não fique aflito. Você saberá quando ver isso. É parecido com dois tons de azul, um
escuro e outro azul mais claro em constante movimento, apenas como álcool queimando,
é diferente da chama constante de um jato de gás. Esta chama está viva, assim como o
espírito estaria vivo.
Outra coisa que pode vir a você como veio para mim. Você vai ver pontos diante dos seus
olhos. Eles não são pontos vivos como algumas pessoas vão lhe dizer e que não sabem
nada sobre isso. Estes são pequenas coisas que flutuam no espaço como uma malha,
pequenos círculos amarrados todos juntos. Eles começam com uma única célula e vêm
em grupos em diferentes padrões geométricos, como minhocas, como trilhos, e eles
flutuam por todo seu rosto. Quando você fecha seus olhos você pode vê-los, provando
que eles não são de fora, eles são de dentro.
Quando você começa a expandir a consciência todas essas coisas veem.
Eles podem ser seu fluxo de sangue objetivado por algum estranho truque do homem, e
que o homem não entendo muito bem. Não estou negando que é seu fluxo de sangue
feito visível, mas não se angustie por pensar que são pontos vivos, ou alguma outra coisa
boba que as pessoas vão lhe dizer.
Se estes vários fenômenos veem para você, não pense que está fazendo algo errado. É a
expansão normal, natural que vem a todos os homens que se levam a tiracolo e tentar
desenvolver o jardim do Getsêmani.
O minuto que você começar a disciplinar sua mente, observando seus pensamentos e
vigiando seus pensamentos durante todo o dia, você se torna o policial de seus
pensamentos. Recuse-se a entrar em conversas que são desagradáveis, recuse-se a
ouvir atentamente a tudo o que derruba.
Comece a construir dentro do olho da sua própria mente a visão da virgem perfeita em
vez da visão da virgem louca. Escute apenas as coisas que trazem alegria quando você
ouvir. Não dê ouvidos àquilo que é desagradável, que não desejaria ter ouvido. Isso é
ouvir e ver coisas sem óleo em sua lâmpada, ou a alegria em sua mente.
Existem dois tipos de virgens na Bíblia: cinco virgens tolas e cinco prudentes. O minuto no
qual você se tornar a virgem prudente, ou tentar fazer um esforço para fazer isto, você vai
descobrir que todas essas coisas acontecem. Você vai ver essas coisas, e elas lhe
causam interesse, portanto você não tem tempo para desenvolver uma visão tola, como
muitas pessoas fazem. Espero que ninguém aqui o faça. Porque ninguém deveria se
identificar com tão grande obra e ainda poder achar graça numa discussão com outra
pessoa que é desagradável.
Fim da segunda aula.
Neville Goddard
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Neville Goddard 1948 Lições - Lição Três
Pensando Quarta Dimensão
Existem duas perspectivas reais no mundo possuídas por cada homem, e os antigos
contadores de histórias estavam plenamente conscientes destes dois aspectos. Eles
chamavam um de “a mente carnal”, e o outro de “a mente de Cristo”.
Nós reconhecemos esses dois centros de pensamentos na afirmação: “Mas quem não
tem o Espírito de Deus não pode receber os dons que vêm do Espírito e, de fato, nem
mesmo pode entendê-los. Essas verdades são loucura para essa pessoa porque o
sentido delas só pode ser entendido de modo espiritual” I Cor. 2:14.
Para a mente natural, a realidade se limita ao instante chamado agora; este mesmo
momento parece conter toda a realidade, todo o resto é irreal. Para a mente natural, o
passado e o futuro são puramente imaginários. Em outras palavras meu passado, quando
eu uso a mente natural, é somente uma imagem de memória das coisas que foram. E
para o limitado foco da mente carnal ou mente natural o futuro não existe. A mente natural
não acredita que poderia revisitar o passado e vê-lo como algo que está presente, algo
que é objetivo e concreto para si, também não acredita que o futuro existe.
Para a mente de Cristo, a mente espiritual, que em nossa linguagem nós chamaremos de
mente da quarta-dimensão, o passado e o futuro da mente natural estão todos no
presente. Ele pega toda a ordem de impressões sensoriais que o homem encontrou, está
encontrando e irá encontrar.
A única razão para você e eu funcionarmos como fazemos hoje, não estando conscientes
da perspectiva maior, é simplesmente porque nós somos criaturas de hábitos, e hábitos
nos tornam totalmente cegos para o que, de outra maneira, poderíamos ver; mas hábito
não é lei. Ele age como se fosse a força mais convincente no mundo, mas não é lei.
Podemos criar uma nova abordagem à vida. Se você e eu dispendêssemos alguns
minutos todos os dias para retirar a nossa atenção da área da sensação e nos
concentrássemos em um estado invisível e permanecêssemos fiéis a esta contemplação,
sentindo e percebendo a realidade de um estado invisível, nós poderíamos com o tempo
nos tornarmos conscientes deste grande mundo, este dimensionalmente mundo maior. O
estado contemplado é agora uma realidade concreta, deslocado no tempo.
Hoje à noite nós voltamos para a nossa Bíblia, seja você o juiz a respeito de onde você
está em seu desdobramento presente.
As Histórias:
Nossa primeira história para esta noite vem do Capítulo 5 do Evangelho de Marcos. Neste
capítulo, há três histórias separadas contadas como se fosses experiências separadas
dos personagens dominantes.
Na primeira história foi dito que Jesus veio até um homem louco, um homem nu que vivia
num cemitério e se escondia atrás dos túmulos. Este homem pediu a Jesus que não
expulsasse os demônios que o perturbavam. Mas Jesus disse a ele: “Sai deste homem,
espírito imundo” Marcos 5:8. Assim, Jesus expulsou os demônios que agora podiam
destruir-se, e nós encontramos este homem, pela primeira vez, vestido e em perfeito
juízo, sentado aos pés do Mestre.
Nós vamos pegar o senso psicológico deste capítulo mudando o nome de Jesus para a
razão iluminada, ou pensamento da quarta-dimensão.
À medida que progredimos neste capítulo nos é dito que Jesus agora chega até o Sumo
Sacerdote, cujo nome é Jairo, e Jairo, o Sumo Sacerdote da Sinagoga tem uma filha que
está morrendo. Ela tem 12 anos, e Jairo apela a Jesus para vir e curar a criança. Jesus
consente e, assim que ele começa a ir em direção à casa do Sumo Sacerdote uma
mulher no mercado tocou nas suas vestes. “No mesmo instante, Jesus percebeu que dele
havia saído poder, virou-se para a multidão e perguntou: "Quem tocou em meu manto?"
Marcos 5:30.
A mulher foi curada de um fluxo de sangue que tinha há 12 anos, e confessou que foi ela
quem o tocou. "E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz. " Marcos 5:34.
Conforme ele continua em direção à casa do Sumo Sacerdote, é informado de que a
criança está morta e não há necessidade de ir para ressuscitá-la. Ela não está mais
dormindo, mas agora está morta.
“Não fazendo caso do que eles disseram, Jesus disse ao dirigente da Sinagoga: "Não
tenha medo; tão somente creia". Marcos 5:36.
Com isso toda a multidão zombou e riu, mas Jesus, fechando as portas contra a multidão
zombeteira, levou consigo para a casa de Jairo, seus discípulos, o pai e a mãe da criança
morta. Eles entraram no quarto onde a menina estava deitada. “Tomou-a pela mão e lhe
disse: ‘Talita cumi! ‘, que significa “menina, eu lhe ordeno, levante-se! ” Marcos 5:41. "A
partir deste sono profundo, ela acordou e se levantou e andou, e o Sumo Sacerdote e
todos os outros ficaram espantados. Ele deu ordens expressas para que não dissessem
nada a ninguém e mandou que dessem a ela alguma coisa para comer. ” Marcos 5:42,43.
Você é nesta mesma noite, conforme está sentado aqui, retratado neste 5º Capítulo de
Marcos. O cemitério é para um propósito: é a simples recordação da morte. Você está
vivendo no passado morto? Se você está vivendo entre os mortos, seus preconceitos,
suas superstições, suas falsas crenças, que você mantém vivos, são as lápides atrás das
quais se esconde. Se você se reusa a deixá-los ir, você é justamente um louco, como o
homem louco da Bíblia, que alegou uma razão iluminada para não os expulsar.
Não há diferença. Mas a razão iluminada é incapaz de proteger o preconceito e a
superstição contra as incursões da razão.
Não há um homem neste mundo que tem um preconceito, independentemente da
natureza do preconceito, que pode mantê-lo à luz da razão. Diga-me que você é contra
uma determinada nação, uma certa raça, um certo “ismo”, um certo qualquer coisa – eu
não me importo o que seja isso – você não pode expor essa sua crença à luz da razão e
mantê-la viva. A fim de que ela possa ser mantida viva em seu mundo, você deve
escondê-la da razão. Você não pode analisá-la à luz da razão e mantê-la viva. Quando
este foco da quarta-dimensão vem e mostra uma nova abordagem à vida e expulsa de
sua própria mente todas essas coisas que atormentam você, então você está limpo e
vestido em sua mente certa. E você se senta aos pés do entendimento, chamados de os
pés do Mestre.
Agora, vestido e no seu perfeito juízo pode ressuscitar os mortos. O que morreu? A
criança na história não é uma criança. A criança é a sua ambição, deu desejo, os sonhos
não realizados de seu coração. Essa é a criança que mora dentro da mente do homem.
Como eu especifiquei antes, todo o drama da Bíblia é psicológico. Na Bíblia não há
referência a qualquer pessoa que tenha existido, ou a qualquer evento que tenha ocorrido
na terra. Todas as histórias da Bíblia se desdobram nas mentes individuais dos homens.
Nesta história, Jesus é o intelecto desperto do homem.
Quando sua mente funciona fora do alcance de seus sentidos presentes, quando sua
mente está curada de todas as limitações anteriores, então você não é mais um homem
insano; mas você é esta presença personificada como Jesus, o poder que pode
ressuscitar os anseios do coração do homem.
Você é agora a mulher com o fluxo de sangue. O que é este fluxo de sangue? Um útero
que está sangrando não é um útero produtivo. Ela manteve isso por 12 anos, era incapaz
de conceber. Ela não podia dar forma a seu desejo por causa do contínuo fluxo de
sangue. Foi dito que sua fé curou isso. Conforme o útero encerrou, pôde dar forma à
semente ou ideia.
Conforme sua mente está limpa do seu antigo conceito de Si, você assume que é o que
você quer ser, e permanecendo fiel a essa pretensão, você dá forma à essa sua
pretensão ou ressuscita seu filho. Você é a mulher limpa do fluxo de sangue, e se move
em direção à casa da criança morta.
A criança, ou o seu estado desejado, é agora o seu firme conceito de si mesmo
Mas agora assumindo que eu sou o que anteriormente desejava ser, eu não posso
continuar desejando isso que eu estou consciente de ser. Então eu não discuto isso. Não
falo com ninguém sobre o que eu sou. É tão óbvio para mim que eu sou o que eu queria
ser que eu ando como se eu fosse.
Andando como se eu fosse o que anteriormente queria ser, meu mundo de foco limitado
não o vê e acha que eu já não o desejo.
A criança está morta em seu mundo; mas eu, que conheço a lei, digo: “A criança não está
morta”. A menina não está morta, mas ela está adormecida. Eu agora a desperto. Eu, por
minha pretensão, acordo e faço visível em meu mundo o que eu assumo, pois,
pretensões se sustentadas, invariavelmente despertam o que elas afirmam.
Eu fecho a porta. Que porta? A porta dos meus sentidos. Eu simplesmente fecho
completamente tudo o que os meus sentidos revelam. Eu nego as evidências de meus
sentidos. Eu suspendo a razão limitada do homem natural e caminho nessa corajosa
declaração de que eu sou o que meus sentidos negam. Com a porta de meus sentidos
fechada, o que eu levo para este estado disciplinado? Eu não levo ninguém para dentro
desse estado, além dos pais da criança e meus discípulos. Eu fecho a porta contra o
zombador, e a multidão que ri. Eu já não olho para as provas. Eu nego totalmente a
evidência dos meus sentidos, que zombam da minha pretensão e não discuto com os
outros se a minha pretensão é possível ou não.
Quem são os pais? Nós descobrimos que o pai e a mãe de toda criação são a
consciência EU SOU do homem. A consciência do homem é Deus. Estou consciente do
estado. Eu sou a mãe-pai de todas as minhas ideias e minha mente permanece fiel a este
novo conceito de ser. Minha mente é disciplinada. Eu levo para dentro deste estado os
discípulos, e eu fecho para fora daquele estado tudo o que negaria isso.
Agora, a criança, sem a ajuda de um homem, é ressuscitada. A condição que eu desejava
e assumi que eu tinha, torna-se objetivada dentro do meu mundo e testemunha o poder
da minha pretensão. Você é o juiz, não posso julgá-lo. Ou está vivendo agora no passado
morto, ou está vivendo como a mulher cujo fluxo de sangue foi estancado. Você
realmente poderia me responder se eu perguntasse:
“Você acredita agora que, sem a ajuda de ninguém, necessita somente assumir que é o
que você quer ser, para fazer essa premissa ser realidade em seu mundo? Ou você
acredita que deve primeiro cumprir uma determinada condição imposta a você pelo
passado, que deve ser de uma determinada condição, ou de uma certa coisa? ”
Eu não estou sendo crítico com certas igrejas ou grupos, mas há aqueles que acreditam
que ninguém fora de suas igrejas ou grupos jamais será salvo. Eu nasci protestante.
Você conversa com o protestante, só há um cristão, o protestante. Você conversa com o
católico, porque não há ninguém no mundo que é cristão, mas sim católicos. Você
conversa com um judeu, e os cristãos são pagãos, e os judeus são os escolhidos. Você
conversa com um muçulmano, os judeus e os cristãos são infiéis. Você fala com alguém e
todos estes são os intocáveis. Não importa a quem você fala, eles são sempre os
escolhidos.
Se você acredita que você deve ser um destes, a fim de ser salvo, você ainda é um
homem insano se escondendo por trás dessas superstições e esses preconceitos do
passado, e você está implorando para não ser purificado.
Alguns de vocês me dizem, "Não me peça para desistir de minha crença em Jesus o
homem, ou Moisés, o homem, ou Pedro, o homem. Quando você me pede para desistir
de minha crença nessas personagens, você está pedindo demais. Deixe-me com essas
crenças, porque elas me confortam. Eu acredito que eles viveram sobre a terra e ainda
sigo a interpretação psicológica das suas histórias ".
Eu digo: Saia do passado morto. Saia desse cemitério e caminhe, sabendo que você e
seu Pai são um, e seu Pai, que os homens chamam de DEUS, é a sua própria
consciência. Essa é a única lei criativa no mundo. Do que você está consciente de ser?
Embora você não possa ver seu objetivo com o foco limitado de sua mente tridimensional,
você agora é o que assumiu que é. Caminhe nessa premissa e permaneça fiel a ela.
O tempo nesta dimensão do seu ser, bate devagar e você não pode, mesmo depois de
objetivar sua pretensão, lembrar que houve um tempo quando esta realidade presente era
apenas uma atitude de espírito. Devido à lentidão da batida do tempo aqui, você muitas
vezes não consegue ver a relação entre a sua natureza interior e o mundo exterior que
serve de testemunha a ele.
Você é o juiz da posição que agora ocupa neste 5º capítulo de Marcos. Você está
ressuscitando a criança morta? Você ainda está na necessidade de ter o ventre de sua
mente cerrado? Ainda está sangrando e, portanto, não pode ser fértil? Você é agora o
homem insano vivendo no passado morto? Só você pode ser o juiz e responder a estas
perguntas.
Agora nós vamos para a história do Capítulo 5 de João. Ele vai mostrar a você como os
antigos historiadores nos contaram lindamente sobre as duas perspectivas distintas neste
mundo, uma, o limitado foco tridimensional, e a outra, o foco da quarta-dimensão.
Esta história fala de um homem impotente que é rapidamente curado.
Jesus vem a um lugar chamado Bethesda, que por definição significa a Casa dos Cinco
Pórticos. Nesses Cinco Pórticos está um incontável número de aleijados, cegos, mancos,
mirrados entre outros. A tradição dizia que em certas épocas do ano um anjo descia e
agitava a água da piscina que ficava perto destes cinco alpendres. Conforme o Anjo
agitava a água da piscina, o primeiro era sempre curado. Mas apenas o primeiro, nunca o
segundo.
“E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo,
disse-lhe: Queres ficar são? ” João 5:6
O impotente homem respondeu a ele, “Senhor, não tenho homem algum que, quando a
água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim”.
João 5:7
“Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda. ” João 5:8
“E imediatamente aquele homem ficou são; e tomou o seu leito, e andou. E aquele dia era
sábado”. João 5:9
Você leu essa história e pensou que algum homem estranho que possuía poder milagroso
de repente disse ao coxo: "Levanta-te e anda." Eu não posso repetir com demasiada
frequência que a história, mesmo quando introduz individualidades inumeráveis, ocorre
dentro da mente do homem individual.
A piscina é sua consciência. O anjo é a ideia, chamado de mensageiro de DEUS.
Consciência sendo Deus, quando você tem uma ideia, está entretendo um anjo. O minuto
que você está consciente de um desejo sua piscina foi agitada. Desejo mexe com a
mente do homem. Para querer algo, isso deve ser agitado.
No mesmo momento que você tem uma ambição, ou um objetivo claro definido, a piscina
foi agitada pelo anjo, que era o desejo. Foi dito que o primeiro que está dentro da piscina
agitada é sempre curado.
Meus companheiros mais próximos neste mundo, minha esposa e minha pequena filha,
então para mim quando eu falo com elas, em segundo lugar.
Eu devo falar com minha esposa como, “você é”. Eu devo falar com qualquer um, não
importa tão próximo seja, como “vocês são”. E depois na terceira pessoa, “ele é”. Há
apenas uma única pessoa neste mundo com quem eu posso usar a primeira pessoa no
presente e sou eu mesmo. “Eu sou”, pode apenas ser dito por mim mesmo, não pode ser
sito por outra pessoa.
Portanto, quando estou consciente de algum desejo que quero ser, mas aparentemente
não sou, a piscina é agitada, quem pode entrar nesta piscina antes de mim? Apenas eu
possuo o poder da primeira pessoa. Eu sou aquilo que eu quero ser. A não ser que eu
acredite que eu sou o que quero ser, eu permaneço como antes eu era e morro nessa
limitação.
Nesta história você não precisa de nenhum homem para colocá-lo na piscina conforme
sua consciência é agitada pelo desejo. Tudo que você precisa fazer é assumir que já é
aquilo que anteriormente queria ser, e que está nisso, e nenhum homem pode entrar
antes de você. Que homem pode entrar antes de você quando se torna consciente de ser
o que você deseja ser? Ninguém pode ser antes de você quando você sozinho possui o
poder de dizer EU SOU. Estas são as duas perspectivas. Você é agora o que seus
sentidos deveriam negar. Você é forte o suficiente para assumir que já é o que deseja
ser? Se você ousa supor que já é aquilo que a sua razão e seus sentidos agora negam,
então você está na piscina e, sem a ajuda de nenhum homem, você também vai subir e
tomar o seu leito e andar.
Foi dito que isso aconteceu no Sábado. O Sábado é apenas o sentido místico de
quietude, quando você não se preocupa, quando não está ansioso, quando não está à
procura de resultados, sabendo quais sinais seguir e não anteceder.
O sábado é o dia de quietude em que não há trabalho. Quando você não está trabalhando
para fazer isso, então você está no sábado. Quando você não está todo preocupado com
a opinião dos outros, quando você anda como se fosse, você não pode levantar um dedo
para fazer acontecer, você está no sábado. Eu não posso estar preocupado quanto à
forma de como isso será, e ainda dizer que estou consciente de ser isso. Se estou
consciente de ser livre, seguro, saudável e feliz, eu sustento esses estados de
consciência sem esforço ou trabalho da minha parte. Portanto, eu estou no sábado; e
porque era o sábado ele se levantou e andou.
Nossa próxima história vem do Capítulo 4 do Evangelho de João, e é uma que você ouviu
uma e outra vez.
Jesus veio para o poço, e havia uma mulher chamada mulher de Samaria, e ele disse a
ela, “Dê-me de beber”. João 4:7
“Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que
sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos) ”.
João 4:9
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz:
Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. ”João 4:10
A mulher vendo que ele não tem nada com que tirar a água, e sabendo que o poço é
fundo, diz: “És tu maior do que o nosso Pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele
próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado? ” João 4:12
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer um que beber desta água tornará a ter sede;
mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe
der se fará nele uma fonte de água que salta para a vida eterna” João 4:13,14
Em seguida, ele diz a ela tudo a respeito de si mesmo e pede que ela vá chamar seu
marido. A mulher respondeu, e disse: “Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem:
Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto
disseste com verdade”. João 4:17,18
A mulher, sabendo que isso é verdade, vai para o mercado e diz aos outros: "Eu conheci
o Messias". Eles perguntam a ela, "Como você sabe que encontrou o Messias?" "Porque
ele me disse tudo que eu já fiz". Ela responde. Aqui é um foco que leva a todo o passado,
pelo menos, e diz a ela agora sobre o futuro.
Continuando com a história, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: "Mestre,
come." João 4:31, "Mas ele lhes disse: Uma comida tenho para comer que vós não
conheceis. "João 04:32.
Quando falam de uma colheita em quatro meses, Jesus responde: “Não dizeis vós que
ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos
olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” João 4:35
Ele vê coisas que as pessoas esperam por quatro meses, ou esperam por quatro anos;
ele vê como agora em um mundo dimensionalmente maior, existente agora, a ter lugar
agora.
Vamos voltar para a primeira parte da história. A mulher de Samaria é o você
tridimensional, e Jesus junto ao poço é você na quarta dimensão. O argumento começa
entre o que você quer ser, e o que a razão lhe diz que é. Quanto maior você se diz ser, se
você se atrever a supor que já é o que quer ser, você deveria se tornar isso.
O você menor, com seu foco limitado, lhe diz: "Porque você não tem um balde, você não
tem uma corda e o poço é fundo. Como você alguma vez poderia alcançar a profundidade
deste estado sem os meios para esse fim?" Você responde e diz: “Se apenas souber
quem pede a você para beber, responderia a ele. ”
Se apenas souber o que em você mesmo está impulsionando sobre si a personificação do
estado que agora busca, você iria suspender a sua pouca visão e deixá-lo fazer isso por
você.
Então, ele diz que você tem cinco maridos, e você nega. Mas ele sabe muito melhor do
que você que seus cinco sentidos o impregnam de manhã, no meio-dia e à noite com
suas limitações. Lhe diz que crianças você vai cuidar esta noite, amanhã, e nos dias por
vir. Pois seus cinco sentidos agem como cinco maridos que constantemente impregnam
sua consciência, que é o grande ventre de DEUS; e de manhã, à tarde e à noite, eles
sugerem para você, e ditam o que você deve aceitar como verdade.
Ele lhe diz que o que você gostaria de ter como seu marido não é seu marido. Em outras
palavras, o sexto ainda não impregnou você. O que gostaria de ser é negado por esses
cinco, e eles têm o poder, eles ditam o que deve aceitar como verdade. O que gostaria de
aceitar ainda não penetrou e impregnou sua mente com esta realidade. Aquele a quem
você chama marido não é realmente o seu marido. Você não está tendo sua aparência.
Ter sua aparência é a prova que você é sua esposa, ao menos deve conhecê-lo
intimamente. Você não está tendo a aparência do sexto; você está apenas tendo a
aparência dos cinco.
Então alguém se vira para mim e me diz tudo o que eu já conheci. Eu volto na visão da
minha mente e a razão me diz que durante toda a minha vida eu sempre aceitei as
limitações dos meus sentidos, eu sempre olhei para eles como fatos, e de manhã, à tarde
e à noite eu tenho sido testemunha dessa aceitação.
A razão me diz que eu só conheci estes cinco a partir do momento em que nasci. Agora
eu gostaria de sair da limitação dos meus sentidos, mas eu ainda não encontrei dentro de
mim a coragem de assumir que eu sou o que estes cinco negam que eu sou. Então aqui
eu permaneço, consciente de minha tarefa, mas sem coragem de ir além das limitações
de meus sentidos, e do que a minha razão nega.
Ele disse: “Eu tenho carne, vós não sabeis. Eu sou o pão que caiu do céu. Eu sou o
vinho. ” Eu sei o que quero ser, porque eu sou este pão, eu festejo sobre isso. Eu assumo
que eu sou e, em vez de festejar o fato de que estou nesta sala falando com vocês e
vocês estão me ouvindo, e que estou em Los Angeles, eu festejo o fato de que estou em
outro lugar e eu ando aqui como se estivesse em outro lugar.
E, gradualmente, me torno o que eu festejo.
Deixe-me contar duas histórias pessoais. Quando eu era menino, eu vivia em um
ambiente muito limitado, em uma pequena ilha chamada Barbados.
Nos alimentarmos de animais era muito, muito escasso e muito caro, porque tínhamos
que importá-los. Eu sou de uma família de 10 filhos e minha avó morava conosco fazendo
13 pessoas na mesa. Uma e outra vez eu me lembro da minha mãe dizendo ao cozinheiro
no início da semana, “Eu quero que você arranje três patos para o jantar de domingo. "
Isso significava que ela iria pegar do rebanho no quintal três patos e colocá-los em uma
pequena gaiola e os alimentar, os enchendo de manhã, de tarde e à noite com milho e
todas as coisas que ela queria com que os patos se alimentassem. Esta era uma dieta
totalmente diferente da qual normalmente dávamos aos patos, porque mantínhamos as
aves vivas, alimentando-as com peixes. As mantínhamos vivas e engordando com peixes,
porque os peixes eram muito baratos e abundantes; mas você não podia comer uma ave
que se alimentou de peixe, não como você e eu gostamos de uma ave.
O cozinheiro pegava três patos, colocava em uma gaiola e durante sete dias os enchia
com o milho, leite azedo e todas as coisas que queríamos provar nas aves. Então,
quando eles eram abatidos e servidos no jantar sete dias depois, eles estavam deliciosos,
aves alimentadas com leite e milho.
Mas, ocasionalmente, o cozinheiro esquecia de arrumar as aves, e meu pai, sabendo que
tínhamos patos, e acreditando que ela havia realizado o comando, não trazia qualquer
outra coisa para o jantar, e três peixes vinham à mesa. Você não podia tocar as aves, pois
eram muito a personificação do que se alimentaram.
O homem é um ser psicológico, um pensador. Não é o que ele se alimenta fisicamente,
mas o que ele se alimenta mentalmente que ele se torna. Nós nos tornamos a
personificação daquilo que mentalmente alimentamos.
Agora, esses patos não poderiam ser alimentados com milho na parte da manhã e peixe
no período da tarde e outra coisa durante a noite. Tinha que ser uma completa mudança
de dieta. No nosso caso, não podemos ter um pouco de meditação da manhã, praguejar
ao meio-dia, e fazer outra coisa à noite. Nós temos que ter uma dieta mental, por uma
semana devemos mudar completamente a nossa comida mental.
"Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto tudo o que é justo, tudo o que é puro,
tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. "Phil.
4: 8
Como um homem pensa em seu coração assim ele é. Se eu pudesse agora destacar o
tipo de alimento mental que quero expressar dentro do meu mundo e festejar sobre ele,
eu me tornaria isso.
Deixe-me dizer porque estou fazendo o que estou fazendo hoje. Foi em 1933, na cidade
de Nova York, e meu velho amigo Abdullah, com quem estudei hebraico por cinco anos,
foi realmente o início da alimentação de todas as minhas superstições. Quando fui até ele,
eu estava cheio de superstições. Eu não podia comer carne, eu não podia comer peixe,
eu não podia comer frango, eu não podia comer qualquer uma dessas coisas que
estavam vivendo no mundo. Eu não bebia, eu não fumva, e estava fazendo um tremendo
esforço para viver uma vida celibatária. Abdullah disse-me: "Eu não vou dizer a você que
você é louco Neville, mas você sabe. Todas estas coisas são estúpidas. "Mas eu não
podia acreditar que elas eram estúpidas.
Em novembro de 1933, eu dei adeus aos meus pais na cidade de Nova Iorque enquanto
eles navegavam para Barbados. Eu tinha estado nesse país por 12 anos, sem o desejo
de ver Barbados. Eu não era um sucesso, e estava envergonhado de voltar para casa,
para os mebros bem-sucedidos da minha família. Após 12 anos na América eu havia
falhado aos meus próprios olhos. Eu estava no teatro e ganhava o dinheiro de um ano e
gastava no mês seguinte. Eu não era o que eu chamaria por seus padrões nem pelos
meus de uma pessoa bem-sucedida.
Lembre-se que, quando eu disse adeus aos meus pais em novembro, eu não tinha o
desejo de ir a Barbados. O navio foi puxado para fora do cais, e enquanto eu subia a rua,
algo se apoderou de mim com o desejo de ir a Barbados.
Era o ano de 1933, eu estava desepregado e não havia lugar para ir exceto um pequeno
quarto na Rua 72. Fui direto para o meu velho amigo Abdullah e disse-lhe "Ab, o
sentimento mais estranho está me possuindo. Pela primeira vez em 12 anos, eu quero ir a
Barbados. ”
"Se você quiser ir Neville, você foi." Ele respondeu.
Essa era uma linguagem estranha para mim. Eu estou em Nova Iorque, na Rua 72 e ele
me disse que eu fui a Brabados. Eu disse a ele, “O que você quis dizer, eu fui, Abdullah? ”
Ele disse, “Você realmente quer ir? ” Eu respondi “Sim”.
Então ele me disse, “Conforme você caminhar através desta porta agora, você não vai
estar andando na Rua 72, vai estar andando em ruas cobertas de palmeiras, ruas
cobertas de cocos; isso é Barbados. Não me pergunte como você está indo. Você está
em Barbados. Não diga “como” “quando”, você “está lá”. Você está lá. Agora você
caminha como se estivesse lá.
Eu saí da sua casa em um torpor. Estou em Barbados. Eu não tenho dinheiro, não tenho
emprego, não estou mesmo bem vestido, e ainda estou em Barbados. Ele não era o tipo
de pessoa com quem você poderia argumentar, não Abdullah. Duas semanas mais tarde,
eu não estava mais perto meu objetivo do que no dia em que eu lhe disse pela primeira
vez, que eu queria ir para Barbados.
Eu disse a ele, “Ab, eu confio em você cegamente, mas aqui eu não vejo como isso está
funcionando. Eu não tenho um centavo para minha viagem”, eu comecei a explicar. Você
sabe o que ele fez. Ele era tão negro como o ás de espadas, meu velho amigo Abdullah,
com sua cabeça de turbante. Como eu estava sentado em sua sala de estar, ele se
levantou da cadeira e dirigiu-se para o seu escritório e bateu a porta, o que não era um
convite para segui-lo. Enquanto ele passava pela porta, ele me disse: "Eu já disse tudo o
que tenho a dizer."
No dia 3 de dezembro eu parei diante de Abdullah e disse-lhe novamente que eu não
estava mais perto da minha viagem. Ele repetiu sua declaração, "Você está em
Barbados."
Realmente o último navio que ia para Barbados, que me levaria para lá pela razão que eu
queria ir, que era estar lá para o Natal, zarpou ao meio dia em 6 de dezembro, o velho
Nerissa.
Na manhã do dia 4 de dezembro, eu não tinha emprego, não tinha lugar para ir, eu dormi
até tarde. Quando me levantei, havia uma carta do correio aéreo de Barbados debaixo da
minha porta. Quando abri a carta um pequeno pedaço de papel caiu no chão. Apanhei-o e
era uma ordem de pagamento de US $ 50,00. A carta era de meu irmão Victor e dizia o
seguinte, “Eu não estou pedindo que venha, Neville, isso é uma ordem. Nunca tivemos
um Natal quando todos os membros de nossa família estivessem presentes ao mesmo
tempo. Isso poderia acontecer neste Natal se você vier. ”
Meu irmão mais velho Cecil saiu de casa antes que o mais novo nasceu, e então
começamos a nos mudar para longe de casa várias vezes, e nunca na história da família
nós estivemos todos juntos ao mesmo tempo.
E a carta continuava, “Você não está trabalhando, sei que isso não é motivo para não vir,
então você deve estar aqui antes do Natal. Os US $50 em anexo são para comprar
algumas camisas ou um par de sapatos, que possa precisar para a viagem. Você não vai
precisar pagar; use o bar se quiser beber alguma coisa. Eu irei encontrar o navio e
pagarei todas as gorjetas e despesas incluídas. Eu telegrafei para Furness, Withy & Co.
em Nova York e disse-lhes para emitir um bilhete quando você aparecesse em seu
escritório. Os US $ 50,00 são simplesmente para comprar alguns pequenos itens
essenciais. Você pode assinar o você quiser a bordo do navio. Vou encontrá-lo e cuidar
de todas as obrigações. "
Eu fui para Furness, Withy & Co. com a minha carta e deixei que lêssem. Eles disseram:
“Nós recebemos a correspondência Mr. Goddard, mas infelizmente não há nenhum lugar
vazio na viagem de 6 de dezembro. O único lugar disponível é de 3ª classe entre Nova
York e St. Thomas. Quando chegarmos a St. Thomas, temos alguns passageiros que irão
sair. O senhor pode então viajar de 1ª classe de St. Thomas para Barbados. Mas entre
Nova York e St. Thomas você deve ir na 3ª classe, embora possa ter os privilégios da sala
de jantar e caminhar pelas plataformas da 1ª classe ".
Eu disse, “Eu aceito. ”
Voltei para o meu amigo Abdullah, na tarde de 04 de dezembro e disse: "Isso funcionou
como um sonho." Eu disse a ele o que eu tinha feito, pensando que ele ficaria feliz.
Você sabe o que ele me disse? Ele disse, “Quem disse a você que vai viajar na 3ª classe?
Eu lhe vi em Barbados, o homem que é, indo de 3ª Classe? Você está em Barbados e
você foi para lá de 1ª Classe ".
Eu não tive um momento para vê-lo novamente antes de eu navegar no meio dia de 06 de
dezembro. Quando cheguei ao cais com meu passaporte e meus papéis para entrar a
bordo daquele navio, o agente disse-me: “Temos boas notícias para você, Sr. Goddard.
Houve um cancelamento e o senhor vai de 1ªclasse. ” Abdullah me ensinou a importância
de permanecer fiel a uma ideia e não comprometer. Hesitei, mas ele se manteve fiel à
pretensão de que eu estava em Barbados e tinha viajado na 1ª classe.
Agora voltemos ao significado de nossas duas histórias Bíblicas.
O poço é fundo e você não tem balde, você não tem nenhuma corda.
São quatro meses para a ceifa e Jesus diz, "Eu tenho carne para comer, vós não
conheceis. Eu sou o pão do céu. "
Festeja na ideia, identifique-se com a ideia de que você já é aquele estado incorporado.
Caminhe na pretensão de que você é o que deseja ser. Se você festejar isso e
permanecer fiel a essa dieta mental, você vai cristalizar isso. Você vai se tornar isso neste
mundo.
Quando voltei a Nova York em 1934, depois de três meses divinos em Barbados, eu bebi,
eu fumei, e fiz tudo o que eu não tinha feito em anos.
Eu lembrei o que Abdullah havia dito para mim, "Depois de ter provado esta lei você vai
se tornar normal, Neville. Você vai sair desse cemitério, você vai sair desse passado
morto, onde você acha que está sendo santo. Por tudo o que você está realmente
fazendo você sabe, você está sendo tão bom, Neville, você é bom para nada ".
Eu voltei a caminhar nesta terra como uma pessoa completamente transformada. Desde
aquele dia, em fevereiro de 1934, eu comecei a viver mais e mais. Eu não posso dizer
honestamente que eu sempre fui bem-sucedido. Meus muitos erros neste mundo, minhas
muitas falhas iriam me condenar se eu lhe dissesse que eu tenho dominado
completamente os movimentos da minha atenção, e que eu possa permanecer sempre
fiel à ideia que eu quero incorporar. Mas posso dizer como o antigo professor, embora eu
pareça ter falhado no passado, eu segui em frente e me esforcei dia após dia para
tornarme
o que eu quero para encarnar neste mundo.
Suspender o julgamento, se recusar a aceitar o que a razão e os sentidos agora ditam, e
se você permanecer fiel à nova dieta, você vai se tornar a personificação do ideal para o
qual você permanecer fiel.
Se há um lugar no mundo que é diferente de minha pequena ilha de Barbados, é Nova
York. Em Barbados o edifício mais alto é de três andares, e as ruas estão repletas de
palmeiras e coqueiros e todos os tipos de coisas tropicais. Em Nova York você deve ir
para um parque para encontrar uma árvore. No entanto, eu tinha de andar pelas ruas de
Nova York como se eu andasse pelas ruas de Barbados.
Para a imaginação todas as coisas são possíveis. Eu caminhava, sentindo que eu estava
realmente andando pelas ruas de Barbados, e nesse pressuposto eu quase podia sentir o
cheiro das alinhadas alamedas de coco. Comecei a criar dentro da minha visão mental a
atmosfera eu fisicamente deveria me encontrar em Barbados. Como eu permaneci fiel a
esta hipótese, alguém cancelou a passagem e eu a recebi. Meu irmão em Barbados, que
nunca pensou na minha volta para casa, tem um desejo que o ordena a me escrever uma
carta estranha. Ele nunca tinha escrito para mim, mas desta vez ele escreveu, e ele
pensou que deu origem à ideia da minha visita.
Fui para casa e tive três meses divinos, voltei de 1ª classe, e trouxe comigo uma grande
soma de dinheiro no bolso, um presente. Minha viagem, se eu tivesse pago por ela, teria
sido de US $ 3.000, mas eu fiz isso sem um níquel no bolso.
"Eu tenho maneiras que vós não conheceis. Meus caminhos são quase incompreensíveis
". O dimensionalmente eu maior, levou minha pretensão como um comando e influenciou
o comportamento de meu irmão para escrever aquela carta, influenciou o comportamento
de alguém que cancelou aquela passagem de 1ª classe, e fez todas as coisas
necessárias que cuidaram para a produção da ideia com a qual eu estava identificado.
Eu estava identificado com o sentimento de ser aquilo. Eu dormia como se eu estivesse
lá, e todo o comportamento do homem foi moldado em harmonia com a minha suposição.
Eu não tive necessidade de ir até Furness, Withy & Co. e implorar por uma passagem,
pedindo a eles que cancelassem a de alguém que estivesse na 1ª classe. Eu não tive a
necessidade de escrever ao meu irmão e suplicar a ele para me mandar algum dinheiro
ou comprar a passagem para mim. Ele pensou que foi ele quem originou a ação. Na
verdade, até hoje, ele acredita ter iniciado o desejo de me levar para casa.
Meu velho amigo Abdullah simplesmente me dizia, “Você está em Barbados Neville. Você
quer estar lá; qualquer lugar que queira estar, lá você está. Viva como se estivesse e você
estará. ”
Estas são as duas perspectivas. No mundo possuído por cada homem. Eu não quero
saber quem você é. Cada criança que nasce de uma mulher, independentemente de raça,
nação ou credo, possui duas perspectivas distintas no mundo.
Ou você é o homem natural que não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque
para você no foco natural elas são loucura, ou você é o homem espiritual que percebe as
coisas fora das limitações dos seus sentidos, porque todas as coisas são agora
realidades em um mundo dimensionalmente maior.
Não há necessidade de esperar quatro meses para a colheita.
Você é ao mesmo tempo a mulher de Samaria e Jesus no poço.
Você é o homem esperando nos Cinco Pórticos pela agitação e por alguém para
empurrálo
para dentro? Ou você é o único que pode comandar a si mesmo a subir e caminhar,
apesar das outras pessoas que esperam?
Você é o homem por trás das lápides no cemitério esperando e implorando para não ser
limpo, porque não quer ser purificado de seus preconceitos? Uma das coisas mais difíceis
para o homem desistir são suas superstições, seu preconceito. Ele os segura como se
fossem o tesouro dos tesouros.
Quando você se tornar limpo e ficar livre, então o útero, sua própria mente é
automaticamente curada. Ela se torna o solo preparado onde as sementes, seus desejos,
podem criar raízes e crescer em manifestação.
A criança que agora você tem em seu coração é seu objetivo presente. Seu presente
anseio é uma criança, como se estivesse doente. Se você assumir que é agora o que
gostaria de ser, a criança por um momento se torna morta, porque não há nenhum
distúrbio mais.
Você não pode ser perturbado quando sente que é o que quer ser, porque se você sentir
que é o que queria ser, você está satisfeito nessa pretensão. Para outros que julgam
superficialmente que você já não parece desejar, assim para eles o desejo, ou a donzela
está morta. Eles pensam que você perdeu a sua ambição porque já não discute a sua
ambição secreta. Você ajustou-se completamente com a ideia. Você deve supor que você
é o que deseja ser. Você sabe, "Ela não está morta, mas ela está adormecida." "Eu vou
para despertá-la." Eu ando na pretensão de que eu sou, e como eu ando, eu a desperto
calmamente. Então, quando ela desperta vou fazer a coisa normal, natural, vou dar-lhe de
comer. Não vou vangloriar e dizer aos outros, eu simplesmente vou e não digo a ninguém.
Eu alimento esse estado agora com a minha atenção. Eu mantenho vivo dentro do meu
mundo, tornando-me atento a ele.
Coisas das quais eu não estou atento desvanecem-se e murcham dentro do meu mundo,
independentemente do que elas são. Elas simplesmente não estão nascendo e
permanecem em jejum. Eu lhes dei o nascimento por causa do fato de que eu me tornei
consciente de ser elas. Quando eu as incorporo dentro do meu mundo não é o fim. Isso é
o começo. Agora eu sou uma mãe que deve manter vivo este estado por estar atenta a
ele. O dia em que eu não estou atento, eu retirei o meu leite dele, e ele desaparece do
meu mundo, visto que eu me torno atento a qualquer outra coisa no meu mundo.
Você pode estar atento às limitações e alimentá-las e torná-las montanhas, ou você pode
estar atento aos seus desejos; mas para se tornar atento você deve assumir que você já é
aquilo que você queria ser.
Embora hoje falamos de foco na terceira e quarta-dimensão, não pense por um momento
que esses antigos professores não estavam plenamente conscientes destes dois centros
distintos de pensamento dentro das mentes de todos os homens. Eles personificaram
estes dois, e eles tentaram mostrar que a única coisa que rouba o homem do que ele
poderia ser, é o hábito.
Embora não seja lei, todo psicólogo irá dizer-lhe que o hábito é a força mais inibidora do
mundo. Ele restringe completamente homem e o prende, o torna totalmente cego ao que
de outra forma ele deve ser.
Comece agora a ver mentalmente e sinta-se como aquilo que você quer ser, e
banqueteie-se com essa sensação de manhã, à tarde e à noite. Eu percorri a Bíblia por
um intervalo de tempo maior que três dias e eu não encontrei negativa a isso.
“Jesus respondeu e lhes disse. Destrua este templo, e em três dias eu o levantarei” João
2:19
"Prepare-lhe víveres; porque dentro de três dias haveis de atravessar este Jordão, para ir
a possuir a terra que o Senhor vosso Deus vos dá para possuí-la. "Josué 01:11
Se eu pudesse saturar completamente a minha mente com uma sensação e andar como
se já fosse um fato, estou prometido (e eu não consigo encontrar nenhuma negação a
isso neste grande livro) que eu não preciso mais do que uma dieta de três dias se eu
permanecer fiel a ele. Mas devo ser honesto sobre isso. Se eu mudar minha dieta no
decorrer do dia, eu aumento o intervalo de tempo. Você me pergunta: "Mas como é que
eu sei sobre o intervalo?" Você, você mesmo determina o intervalo.
Nós temos hoje em nosso mundo moderno uma pequena palavra que confunde a maioria
de nós. Eu reconheço que me confundiu até que eu cavei mais fundo. A palavra é “ação”.
Ação é supostamente a coisa mais fundamental no mundo. Não é um átomo, é mais
fundamental. Não é uma parte de um átomo, como um elétron, é mais fundamental do
que isso. É chamado de unidade quadri-dimensional. A coisa mais fundamental no mundo
é ação.
Você pergunta: "O que é ação?" Nossos físicos nos dizem que é uma energia multiplicada
pelo tempo. Tornamo-nos mais confusos e dizemos, "Energia multiplicada pelo tempo, o
que significa isso?". Eles respondem: "Não há nenhuma resposta a um estímulo, não
importa o quão intenso o estímulo, a menos que perdure por um determinado período de
tempo." Deve haver um mínimo de persistência ao estímulo ou não há nenhuma resposta.
Por outro lado, não há resposta do tempo a menos que haja um grau mínimo de
intensidade. Hoje a coisa mais fundamental no mundo é chamada de ação, ou
simplesmente energia multiplicada pelo tempo.
A Bíblia dá isso como três dias; a duração é de três dias para a resposta neste mundo. Se
eu fosse agora assumir que eu sou o que eu quero ser, e se eu sou fiel a isso e ando
como se eu fosse, o período mais longo para a sua realização é de três dias.
Se há algo esta noite que você realmente quer neste mundo, então, experimente na
imaginação o que você experimentaria na carne, se você realizasse seu objetivo e
tapasse seus ouvidos, e cegasse seus olhos para tudo o que nega a realidade de sua
pretensão.
Se você fizer isso, você seria capaz de me dizer antes de eu deixar esta cidade de Los
Angeles que você realizou o que era apenas um desejo quando você veio aqui. Será
minha a felicidade de me alegrar com você no conhecimento de que a criança que estava
aparentemente morta agora está viva. A donzela não estava realmente morta, ela apenas
dormia. Você a alimentou em silêncio porque tem o alimento que ninguém mais conhece.
Você lhe deu comida e ela se tornou uma realidade viva ressuscitada dentro de seu
mundo. Então você pode compartilhar sua alegria comigo e eu posso me alegrar com a
sua alegria.
O objetivo destas aulas é para lembrá-lo da lei de seu próprio ser, a lei da consciência;
você é essa lei. Você só estava inconsciente de seu funcionamento. Você alimentou e
manteve vivas as coisas que não deseja expressar dentro deste mundo. Pegue meu
desafio e teste esta filosofia. Se não funcionar, você não deve usá-la como um consolo.
Se não for verdade, você deve descartá-la completamente. Eu sei que é verdade.
Você não saberá até que você tente, quer para provar ou refutar isso.
Muitos de nós juntamos "ismos" e temos medo de colocá-los em prática porque sentimos
que podemos falhar; e então, onde estamos? Não querendo realmente saber a verdade
sobre isso, hesitamos em sermos ousados o suficiente para colocar à prova. Você diz: "Eu
sei que isso iria trabalhar de alguma outra forma. Eu não quero realmente testar. Embora
eu ainda não tenha reprovado, eu posso talvez ser consolado por isso.
Agora não se engane, não pense por um segundo que você é sábio.
Provar ou refutar essa lei. Eu sei que se você tentar refutar, você vai provar isso, e eu
serei recompensado por você provar isto, não em dólares, não em coisas, mas porque
você se torna o fruto vivo do que eu acredito que estou ensinando neste mundo. É muito
melhor ter você, uma pessoa satisfeita com sucesso depois de cinco dias de instrução do
que sair insatisfeito. Eu espero que você seja ousado o suficiente para desafiar esta
instrução e provar ou refutar isso.
Agora, antes de irmos para o período de silêncio, vou explicar a técnica de forma breve
novamente. Temos duas técnicas na aplicação desta lei. Cada um aqui têm agora que
saber exatamente o que quer. Você deve saber que se você não obter isso hoje à noite,
amanhã você ainda estará desejando este objetivo.
Quando você souber exatamente o que quer, construa com sua visão mental um único
evento, simples, que implica a realização de seu desejo, um evento onde você próprio
seja predominante. Ao invés de se sentar e olhar para si mesmo como se estivesse na
tela, você é o ator no drama. Restrinja o evento para uma única ação. Se você vai apertar
a mão de alguém, porque isso implica o cumprimento de seu desejo, em seguida, faça
somente isso. Não dê o aperto de mãos e em seguida, distraia-se em sua imaginação
para um jantar ou para algum outro lugar. Restrinja sua ação para o aperto de mãos
simplesmente apertando e fazendo uma e outra vez, até que isso assuma a solidez e a
distinção da realidade.
Se você sente que não pode permanecer fiel a uma ação, eu quero você agora defina o
seu objetivo e, em seguida condense a ideia, que é o seu desejo, em uma única frase,
uma frase que implica a realização de seu desejo, alguma frase como, "não é
maravilhoso?"
Ou se eu me senti grato, porque pensei que alguém foi fundamental para levar o meu
desejo adiante, eu poderia dizer, "Obrigado", e repetir com sentimento uma e outra vez
como uma canção de ninar, até que minha mente fique dominada pela única sensação de
gratidão.
Vamos agora nos sentar calmamente nestas cadeiras, com a ideia que implica a
realização de nosso desejo, condensada para uma única frase, ou para um único ato.
Vamos relaxar e imobilizar nossos corpos físicos. Então, vamos experimentar na
imaginação a sensação que a nossa frase ou ação condensada afirma.
Se você se imaginar apertando a mão de outra pessoa, não use sua mão física, deixe-a
permanecer imobilizada. Mas imagine que o que mora dentro de sua mão é mais sutil,
uma mão mais real, que pode ser extraída na sua imaginação. Coloque sua mão
imaginária na mão imaginária do seu amigo que está diante de você, e sinta o aperto de
mão. Mantenha o seu corpo físico imobilizado mesmo que você se torne mentalmente
ativo no que está agora prestes a fazer.
PERÍODO DE SILÊNCIO… (Imaginando)
Fim da terceira aula.
Neville Goddard
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Neville Goddard 1948 Lições - Lição Quatro
Ninguém para Mudar
Somente Si Mesmo
Posso levar apenas um minuto para esclarecer o que foi dito na noite passada.
Uma senhora sentiu do que eu disse na noite passada, que eu sou contrário a uma
nação. Eu espero não ser contrário a qualquer nação, raça ou crença. Se por ventura eu
usei uma nação, foi apenas para ilustrar um ponto.
O que tentei dizer foi isso – nos tornamos o que contemplamos. Pois essa é a natureza do
amor, como é a natureza do ódio, para nos transformar naquilo que contemplamos. Na
noite passada eu simplesmente interpretei um novo item para mostrar a vocês que,
quando tentamos destruir nossa imagem quebrando o espelho, estamos apenas
enganando a nós mesmos. Quando, por meio da guerra ou revolução, destruímos títulos
que para nós representam arrogância e ganância, tornamo-nos no tempo, a
personificação daquilo que pensamos que havíamos destruído. Então hoje as pessoas
que pensavam ter destruídos os tiranos, são eles mesmos o que pensavam ter destruído.
Para que eu não seja mal interpretado, deixe-me novamente lançar a base deste
princípio. Consciência é a única realidade. Nós somos incapazes de ver o que não seja o
conteúdo de nossa própria consciência.
Portanto, ódio nos trai na hora da vitória e nos condena a ser aquilo que condenamos.
Todas as conquistas resultam em uma troca de características, de modo que o
conquistador se torna como o conquistado. Nós odiamos os outros por causa do mal que
está em nós mesmos. Raças, nações e grupos religiosos tem que nos mudar para a
semelhança daquilo que contemplamos.
Nações agem em relação a outras nações como os cidadãos agem em relação uns aos
outros. Quando há escravidão em um estado e esta nação ataca uma outra, é com a
intenção de escravizar. Quando há uma competição econômica acirrada entre os
cidadãos, estão em guerra com outra nação, o objeto da guerra é destruir o comércio do
inimigo. Guerras de dominação são provocadas pela vontade daqueles que, dentro de um
estado, são dominantes sobre o destino dos restantes.
Nós irradiamos o mundo que nos cerca pela intensidade da nossa imaginação e
sentimento. Mas neste mundo tridimensional nosso tempo tem ritmo lento. E assim nós
nem sempre observamos a relação entre o mundo invisível e nossa natureza interior.
Agora isso é o que eu realmente quis dizer. Eu pensei ter dito isso. Que eu não possa ser
mal interpretado. Este é o meu princípio. Você e eu podemos contemplar um ideal, e nos
tornarmos apaixonados por ele.
Por outro lado, podemos contemplar algo que sinceramente não gostamos, e ao
condenar, nos tornamos isso. Mas por causa da lentidão do tempo neste mundo
tridimensional, quando nós nos tornamos aquilo que contemplamos, nos esquecemos que
antigamente nos propusemos a adorá-lo ou destruí-lo.
As histórias:
A lição de hoje é a pedra angular da Bíblia, então me dê sua atenção. A mais importante
questão na Bíblia é encontrada no capítulo 16 do Evangelho de Matheus.
Como vocês sabem, todas as histórias da Bíblia são suas histórias; seus personagens
vivem apenas na mente do homem. Elas não fazem referência a qualquer pessoa, que
tenha vivido no tempo e espaço, ou a qualquer evento que tenha ocorrido na Terra.
O drama relatado em Matheus ocorre quando Jesus se volta a seus discípulos e
pergunta: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem? Matheus 16:13.
“E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos
profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo,
disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe:
Bemaventurado
és tu, Simão Barjonas, porque não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai,
que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei
a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” Mateus 16:14-18.
Jesus voltando-se para seus discípulos é um homem se voltando à sua mente
disciplinada na auto-contemplação. Você se faz a pergunta: "Quem dizem os homens que
eu sou?" Em nossa língua, "Eu me pergunto, o que os homens pensam de mim?"
Sua resposta, “Alguns dizem que João volta novamente, alguns dizem Elias, outros dizem
Jeremias, a outros ainda que o antigo Profeta volta novamente. ”
É muito lisonjeiro para dizer que você é, ou como se assemelha, aos grandes homens do
passado, mas a razão iluminada não é escravizada pela opinião pública. Ele só se
preocupa com a verdade por isso pede-se uma outra questão, "Mas vós, quem dizeis que
eu sou?" Em outras palavras, "Quem sou eu?"
Se eu sou ousado o suficiente para assumir que eu sou o Cristo Jesus, a resposta vai
voltar, "Tu és Cristo Jesus."
Quando eu puder assumir isso e audaciosamente viver isso, eu direi a mim mesmo:
“Carne e sangue não podem me explicar isso. Mas meu Pai que está no Céu, revelou-se
em mim”. Então eu faço este conceito de Ser a rocha sobre a qual eu estabelecerei a
minha igreja, meu mundo. "Se não crerdes que Eu sou Ele, morrereis nos vossos
pecados." João 8:24.
Porque a consciência é a única realidade, devo assumir que eu já sou o que eu desejo
ser. Se eu não acredito que já sou o que eu quero ser, então eu permaneço como eu sou
e morro nesta limitação.
O homem está sempre procurando por algum sustentáculo para se inclinar. Ele está
sempre procurando uma desculpa para justificar o fracasso. Essa revelação não dá ao
homem desculpas para o fracasso. Seu conceito de si mesmo é a causa de todas as
circunstâncias de sua vida. Todas as mudanças primeiro devem vir de dentro de si; e se
ele não mudou no externo, é porque não mudou dentro de si. Mas o homem não gosta de
sentir que ele é o único responsável pelas condições de sua vida.
"Desde então muitos dos seus discípulos voltaram para trás e já não andavam com ele."
"Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?" "Então Simão Pedro
respondeu-lhe: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna "João
6: 66-68.
Eu posso não gostar do que acabei de ouvir, que eu devo voltar para minha própria
consciência como a única realidade, a única base sobre a qual todos os fenômenos
podem ser explicados. Era uma vida mais fácil quando eu podia culpar o outro.
Era uma vida muito mais fácil quando eu podia culpar a sociedade para os meus males,
ou apontar um dedo através do mar. E culpar outra nação. Era uma vida mais fácil quando
eu podia culpar as condições meteorológicas pelo que eu sinto.
Mas me dizer que eu sou a causa de tudo o que acontece comigo, que eu estou
eternamente moldando meu mundo em harmonia com minha natureza interior, isso é mais
do que o homem está disposto a aceitar.
Se isso for verdade, a que eu deveria ir? Se estas são as palavras da vida eterna, eu
devo retornar a elas mesmo que pareçam difíceis de digerir.
Quando o homem entende isso completamente, ele sabe que a opinião pública não
importa, para dizer a ele quem ele é.
O comportamento do homem constantemente me diz quem eu tenho que conceber a mim
mesmo para ser.
Se eu aceitar esse desafio e começar a viver por ele, eu finalmente chego ao ponto em
que é chamado de a grande oração da Bíblia. Ela é contada no capítulo 17 do Evangelho
de São João, "Acabei a obra que me deste a fazer." João 17: 4.
“Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha
contigo antes que o mundo existisse. João 17: 5
“Enquanto eu estava com eles, eu os guardava no teu nome que me deste; e os
conservei, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição. ” João 17: 12.
É impossível para qualquer coisa estar perdida. Nesta economia divina nada pode ser
perdido, não pode sequer passar. A pequena flor que floresceu uma vez, floresce para
sempre. É invisível para você aqui com o seu foco limitado, mas ela floresce para sempre
na maior dimensão do seu ser, e amanhã você vai encontrá-la.
Tudo o que tu me deste eu tenho mantido em teu nome, e ninguém tem que salvar o filho
da perdição. O filho da perdição significa simplesmente a crença na perda. Filho é um
conceito, uma ideia. Perdido é a perda. Só tenho realmente que perder o conceito de
perda, pois nada pode ser perdido.
Eu posso descer da esfera onde a coisa em si agora vive, e como eu desço em
consciência para um nível dentro de mim mesmo, isso passa através do meu mundo. Eu
digo: "Eu perdi minha saúde. Perdi a minha riqueza. Perdi a minha posição na
comunidade. Eu perdi a fé. Perdi mil coisas. "Mas as coisas em si, depois de terem sido
reais no meu mundo, não podem deixar de ser. Elas nunca se tornam irreais com a
passagem do tempo.
Eu, por minha descida de consciência a um nível inferior, causo essas perdas aos meus
olhos, e eu digo, "Elas se foram; elas estão acabadas, tanto quanto o meu mundo vai.
"Tudo que eu preciso fazer é subir até o nível onde elas são eternas, e mais uma vez elas
irão objetivar-se e aparecer como realidades dentro de meu mundo.
O ponto crucial de todo o capítulo 17 do Evangelho de São João é encontrado no
versículo 19: "E por causa deles eu me santifico, para que também eles sejam
santificados na verdade."
Até aqui eu pensei que poderia mudar os outros através do esforço. Para modificar
alguém dentro do meu mundo, eu tenho que mudar meu conceito deste outro; e fazendo
isto bem, eu mudo meu autoconceito. Pois foi o auto-conceito que eu mantive, que me fez
ver os outros como eu vi.
Tendo eu um nobre e digno conceito sobre mim, eu nunca poderia ver o desagradável nos
outros. Em vez de tentar mudar os outros através da argumentação e da força, deixe-me
apenas ascender em consciência a um nível mais alto, e eu vou mudar automaticamente
os outros mudando a mim mesmo.
Não há ninguém a mudar exceto a si mesmo; esse si mesmo é simplesmente sua
consciência, sua percepção, e o mundo no qual vive é determinado pelo conceito que tem
de si mesmo.
É à consciência que devemos nos voltar como a única realidade. Pois não há nenhuma
concepção clara da origem dos fenômenos, exceto que a consciência é tudo e tudo é
consciência.
Você não precisa de ajudante para produzir o que você busca. Não acredite nem por um
segundo que eu estou defendendo a fuga da realidade quando eu peço para,
simplesmente, assumir que você é agora o homem ou a mulher que você quer ser.
Se você e eu pudermos sentir como seria, sermos agora o que queremos ser, e vivermos
nessa atmosfera mental como se isso fosse real, então, por um caminho desconhecido
para nós, nossa pretensão se manifestaria de forma real. Isto é tudo o que precisamos
fazer, a fim de ascender para o nível onde a nossa pretensão já é um objetivo, realidade
concreta.
Eu não preciso mudar ninguém, eu me santifico e ao fazê-lo eu santifico os outros. Para
os puros todas as coisas são puras. “Nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser
para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda”. Rom. 14:14.
Não há nada em si mesmo impuro, mas você, pelo seu conceito de si mesmo, vê as
coisas limpas ou sujas.
"Eu e meu Pai somos um." João 10:30.
“Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis. Mas, se as faço, e não credes em
mim, crede nas obras; para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim e eu nele”.
João 10:37, 38.
Ele fez a si mesmo um com Deus, e não achava estranho ou um roubo, fazer as obras de
Deus. Você sempre suporta o fruto em harmonia com quem você é. É a coisa mais natural
do mundo para a árvore de peras suportar as peras, e a macieira suportar as maçãs, e
para o homem moldar as circunstâncias de sua vida em harmonia com sua natureza
interior.
Eu sou a videira, vós os ramos”. João 15:5
Um ramo não tem vida, a não ser enraizado na videira. Tudo o que eu preciso para mudar
o fruto é mudar a videira.
Você não tem vida em meu mundo exceto que eu tenha consciência de você. Você está
enraizado em mim e, como um fruto, dá o testemunho da videira que eu sou. Não há
nenhuma outra realidade no mundo que não seja sua consciência. Embora você possa
agora parecer o que não quer ser, tudo o que precisa fazer para mudar isso, e provar a
mudança das circunstâncias em seu mundo, é tranquilamente assumir que você é o que
agora quer ser, e de uma forma que você desconhece, você se tornará isso.
Não há outra maneira de mudar este mundo. “Eu sou o caminho. ” Minha consciência Eu
Sou, minha consciência é o caminho pelo qual eu mudo meu mundo. Conforme eu mudo
meu próprio conceito a meu respeito, eu mudo o meu mundo.
Quando homens e mulheres nos ajudam ou nos prejudicam, apenas fazem a parte que
nós, por nosso autoconceito, redigimos para eles, e eles jogam automaticamente. Eles
precisam atuar como estão fazendo, porque somos o que somos.
Você vai mudar o mundo apenas quando se tornar a personificação daquilo que você quer
que o mundo seja. Você tem apenas um presente neste mundo que é verdadeiramente
seu para dar, e que é você mesmo. A menos que você mesmo seja o que quer que o
mundo seja, você nunca verá isso no mundo. “Por isso vos disse que morrereis em
vossos pecados; porque, se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados. ”
João 8:24.
Você sabe que não há dois nesta sala vivendo no mesmo mundo. Nós estamos indo para
casa, para mundos diferentes esta noite. Nós fechamos nossas portas em mundos
completamente diferentes. Nós acordamos de manhã e vamos para o trabalho, onde nos
encontramos uns com os outros, e conhecemos pessoas, mas vivemos em mundos
mentais diferentes, diferentes mundos físicos.
Eu apenas posso oferecer o que eu sou, eu não tenho outra dádiva a oferecer. Eu quero
que o mundo seja perfeito, e quem não quer, eu falhei apenas porque não sabia que
nunca poderia vê-lo perfeito até que eu me tornasse perfeito. Se eu não sou perfeito não
posso ver perfeição, mas no dia que me torno isso, eu embelezo meu mundo porque eu
vejo perfeição através dos meus olhos. "Ao puros todas as coisas são puras". Tito 1:15.
Não há duas pessoas aqui que possam me dizer que ouviram a mesma mensagem em
qualquer noite. A única coisa que você deve fazer é ouvir o que eu digo através daquilo
que você é. Isso deve ser filtrado através de seus preconceitos, suas superstições, e seu
autoconceito.
Qualquer coisa que você seja, deve vir através disso, e ser colorido pelo que você é.
Se você está confuso e gostaria que eu fosse diferente do que eu pareço ser, então você
deve ser o que quer que eu seja. Nós devemos nos tornar o que queremos que os outros
sejam ou nunca os veremos ser assim.
Sua consciência, minha consciência, é a única verdadeira fundação no mundo. Isso é o
que é chamado Pedro na Bíblia, não o homem, essa fidelidade que não pode se tornar
qualquer pessoa, que não pode ficar lisonjeado quando lhe é dito pelos homens que você
é João que voltou novamente.
É muito lisonjeiro dizer que você é João o Batista que veio novamente, ou o grande
Profeta Elias, ou Jeremias.
Então eu ensurdeço meus ouvidos a esses muito lisonjeiros homens de notícias, que
iriam me dar algo, e pergunto a mim mesmo, “Mas honestamente, quem sou eu? ”
Se eu puder negar as limitações do meu nascimento, meu ambiente, e a crença de que
eu sou apenas a extensão da minha árvore genealógica, e sentir dentro de mim mesmo
que eu sou Cristo, e manter esta suposição até que ele tenha um lugar central e forme o
centro habitual da minha energia, eu irei fazer as obras atribuídas a Jesus. Sem
pensamento ou esforço eu moldarei um mundo em harmonia com a perfeição que eu
assumi e senti brotando dentro de mim.
Quando abro os olhos dos cegos, desobstruo os ouvidos dos surdos, dou alegria aos
enlutados, e beleza para cinzas, então e só então, que eu verdadeiramente demonstro
esta videira profundamente dentro. Isto é o que eu automaticamente deveria fazer, se eu
fosse realmente consciente de ser Cristo. Diz-se de sua presença, Ele provou que Ele era
o Cristo por Suas obras.
Nossas alterações ordinárias de consciência, à medida que passamos de um estado para
outro, não são transformações, porque cada uma delas é tão rapidamente sucedida por
outra no sentido inverso; mas sempre que a nossa pretensão crescer tão estável quanto a
expulsar definitivamente seus rivais, então, esse conceito habitual central define o nosso
caráter e é uma verdadeira transformação.
Jesus, ou a razão iluminada, não viu nada impuro na mulher apanhada em adultério. Ele
disse a ela, “Ninguém te condenou? ”João 8:10.
E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e
não peques mais” João 8:11.
Não importa o que é trazido diante da presença de beleza, que só vê beleza. Jesus
estava tão completamente identificado com o belo que ele era incapaz de ver o
desagradável.
Quando você e eu realmente nos tornamos conscientes de ser Cristo, também iremos
endireitar os braços da secura, e ressuscitar as esperanças mortas dos homens. Vamos
fazer todas as coisas que não poderíamos fazer enquanto nos sentimos limitados pela
nossa árvore genealógica. É um passo ousado e não deve ser dado levianamente, porque
fazer isso é morrer.
João, o homem de três dimensões é decapitado, ou perde seu foco tridimensional para
que Jesus, o quadri-dimensional Ser possa viver. Qualquer ampliação de nosso
Autoconceito envolve um pouco de dolorosa separação com os fortes conceitos
enraizados de nossas concepções hereditárias. Os ligamentos são fortes e nos mantém
no ventre das limitações convencionais.
Tudo o que acreditava anteriormente, já não acredita mais. Você sabe agora que não há
poder fora da sua própria consciência. Portanto, você não pode se voltar a qualquer
pessoa fora de si mesmo.
Você não tem ouvidos à sugestão de que algo mais tem poder. Você sabe que a única
realidade é Deus, e Deus é sua própria consciência. Não há outro Deus. Portanto sobre
esta pedra você constrói a igreja eterna e corajosamente assume que você é este Ser
Divino, autogerado porque você se atreveu a se apropriar daquilo que não foi dado a você
em seu berço, um conceito de Si que não foi formado no ventre de sua mãe, um conceito
de Si concebido fora das estâncias do homem.
A história é lindamente contada na Bíblia usando os dois filhos de Abraão: um
bemaventurado,
Isaque, nascidos fora das obrigações do homem e o outro, Ismael, nascido
em cativeiro.
Sara estava muito velha para gerar uma criança, então seu marido Abraão foi até sua
serva Agar, o peregrino, e ela concebeu do velho homem e lhe deu um filho chamado
Ismael. A mão de Ismael era contra todos e a mão de todos contra ele.
Cada criança que nasce de uma mulher nasce em cativeiro, nasce dentro de tudo o que
seu ambiente representa, independentemente de ser o trono da Inglaterra, a Casa
Branca, ou qualquer lugar importante no mundo. Cada criança que nasce da mulher é
personificada como este Ismael, o filho de Agar.
Mas adormecido em cada criança é o bendito Isaque, nascido fora das obrigações do
homem, e nasce por meio da fé. Esta segunda criança não tem pai terreno. Ele é
Autogerado.
O que é o segundo nascimento? Encontro-me homem, eu não posso voltar para o ventre
de minha mãe, e eu ainda devo nascer uma segunda vez. “Aquele que não nascer de
novo, não pode entrar no reino de Deus." João 3: 3.
Eu calmamente me aproprio do que nenhum homem pode me dar, nenhuma mulher pode
me dar. Atrevo-me a supor que eu sou Deus. Isto deve ser de fé, isso deve ser da
promessa. Então eu me tornei o abençoado, eu me torno Isaque.
Quando eu começo a fazer as coisas que só esta presença poderia fazer, eu sei que
nasci fora das limitações de Ismael, e eu devo me tornar o herdeiro do reino. Ismael não
poderia herdar nada, embora seu pai fosse Abraão, ou Deus.
Ismael não têm ambos os pais divinos; sua mãe era Agar, a mulher escrava, e por isso ele
não poderia participar da propriedade de seu pai.
Você é Abraão e Sara, e contido dentro de sua própria consciência há alguém à espera de
reconhecimento. No Antigo Testamento é chamado Isaque, e no Novo Testamento é
chamado Jesus, e nascem sem o auxílio do homem.
Ninguém pode dizer a você que você é Jesus Cristo, ninguém pode falar com você e
convencê-lo de que você é Deus. Você deve se ocupar levemente da ideia e se
maravilhar com o que seria como ser Deus.
Nenhuma concepção clara da origem dos fenômenos é possível, exceto que a
consciência é tudo e tudo é consciência.
Nada pode se desenvolver do homem que não foi potencialmente desenvolvido em sua
natureza. O ideal que apresentamos e esperarmos atingir nunca poderia ser desenvolvido
a partir de nós se não fosse potencialmente desenvolvido em nossa natureza.
Deixa-me recontar e enfatizar uma experiência gravada por mim há dois anos sob o título,
A BUSCA. Eu penso que isso vai ajudar você a entender esta lei de consciência, e
mostrar que você não tem ninguém para mudar senão a si mesmo, pois você é incapaz
de ver o que não seja o conteúdo de sua própria consciência.
Certa vez em um ocioso intervalo no mar, eu meditei no “estado perfeito”, e perguntei o
que eu seria se estivesse de olhos muito puros para ver a iniquidade, se para mim todas
as coisas fossem puras e eu estivesse sem julgamentos. Conforme eu ficava perdido
nesta ardente reflexão, eu me encontrei elevado acima do ambiente escuro dos sentidos.
Tão intenso o que estava sentindo, que era como um ser de fogo que habita em um corpo
de ar. Vozes, a partir de um coro celestial, com a exaltação dos que tinham sido
vencedores, em um conflito com a morte, estavam cantando, "Ele ressuscitou - Ele se
levantou", e intuitivamente, eu sabia o que eles queriam me dizer.
Então eu parecia estar andando no meio da noite.
Logo me veio uma cena que poderia ter sido o antigo tanque de Betesda pois neste lugar
jazia grande multidão de pessoas impotentes - cegos, mancos e mirrados - não
esperando o movimento da água como na tradição, mas esperando por mim.
Conforme eu cheguei perto, sem pensamento ou esforço da minha parte, eles foram um
após o outro, moldados pela Magia da Beleza. Olhos, mãos, pés - todos os membros
perdidos – eram retirados de algum reservatório invisível e moldados em harmonia com a
perfeição que eu senti brotando dentro de mim. Quando todos foram aperfeiçoados o coro
exultou: "Está consumado". Eu sei que esta visão foi o resultado de minha meditação
intensa sobre a ideia de perfeição, pois as minhas meditações, invariavelmente, trazem
união com o estado contemplado. Eu tinha sido tão completamente absorvido dentro da
ideia que por um tempo eu tinha me tornado o que eu contemplava, e o elevado propósito
que eu tinha naquele momento me identificado, atraiu a companhia de coisas elevadas e
moldou minha visão em harmonia com a minha natureza interior.
O ideal com o qual estamos trabalhando unidos por associação de ideias, despertam mil
maneiras para criar um drama de acordo com a ideia central.
Minhas experiências místicas me convenceram que não há nenhuma maneira de
trazermos a perfeição que buscamos a não ser pela nossa própria transformação. Assim
que conseguirmos transformar a nós mesmos, o mundo vai derreter magicamente diante
de nossos olhos e remodelar-se em harmonia com o que a nossa transformação afirma.
Nós moldamos o mundo que nos rodeia pela intensidade da nossa imaginação e
sentimento, e nós iluminamos ou escurecemos as nossas vidas pelos conceitos que
temos de nós mesmos. Nada é mais importante para nós do que o conceito que temos de
nós mesmos, e sobretudo é verdadeiro devido ao nosso conceito do profundo,
dimensionalmente grande Eu dentro de nós.
Aqueles que nos ajudam ou nos prejudicam, saibam eles disso ou não, são os serventes
da lei que molda as circunstâncias externas em harmonia com nossa natureza interior. É o
conceito que temos a nosso respeito que nos prende ou liberta, embora utilize agentes
materiais para atingir esse propósito. Porque a vida molda o mundo exterior para refletir o
arranjo interior de nossas mentes, não há nenhuma maneira de trazer a perfeição exterior
que buscamos, que seja diferente da transformação em nós mesmos. Sem socorro que
venha de fora: as colinas para as quais nós levantamos nossos olhos são as de um
alcance interno.
É, portanto, a nossa própria consciência que devemos transformar como a única
realidade, a única fundação na qual todos os fenômenos podem ser explicados. Podemos
confiar absolutamente na justiça desta lei para dar-nos apenas aquilo que é da natureza
de nós mesmos.
Tentar mudar o mundo antes de mudarmos nosso conceito a nosso respeito é lutar contra
a natureza das coisas. Não pode haver nenhuma mudança externa até que haja primeiro
uma mudança interior.
Como é dentro, será fora.
Não estou defendendo indiferença filosófica quando sugiro que devemos nos imaginar
como já o que queremos ser, vivendo em uma atmosfera mental de grandeza, em vez de
usar meios físicos e argumentos para trazer as mudanças desejadas.
Tudo o que fazemos, sem o acompanhamento de uma mudança de consciência, é
apenas reajuste fútil de superfícies.
Por mais que trabalhemos duramente ou lutemos, não podemos receber mais que afirma
o conceito que temos a respeito de nós mesmos. Protestar contra algo que está nos
acontecendo é protestar contra a lei de nosso ser ou o navio governante sobre nosso
destino.
As circunstâncias da minha vida estão intimamente relacionadas com a concepção de
mim mesmo, e não por terem sido formadas pelo meu próprio espírito, a partir de algum
dimensionalmente grande celeiro de meu ser. Se houver dor para mim nestes
acontecimentos, eu devo procurar dentro de mim pela causa, pois eu sou movido aqui e
ali e feito para viver em um mundo em harmonia com o conceito que tenho de mim
mesmo.
Se quisermos nos tornar tão emocionalmente despertos sobre as ideias de como nos
tornamos mais de nossos desgostos, deveríamos ascender ao plano de nosso ideal tão
facilmente como descemos para nível de nossos ódios.
Amor e ódio tem um mágico poder transformador, e crescemos através de seu exercício à
semelhança do que contemplamos.
Pela intensidade do ódio criamos em nós mesmos o personagem que imaginamos em
nossos inimigos. Qualidades morrem por falta de atenção, então condições
desagradáveis poderiam ser melhor apagadas imaginando “beleza para cinzas e alegria
para tristeza” ao invés de ataques diretos sobre a situação a partir do qual poderíamos ser
livres.
"Tudo o que é amável e de boa fama, nisso pensai" para nos tornarmos aquilo com o que
estamos em harmonia.
Não há nada para mudar, exceto o nosso conceito de si mesmo. Assim que conseguirmos
transformar a nós mesmos, o mundo vai derreter magicamente diante de nossos olhos e
remodelar-se em harmonia com o que a nossa transformação afirma.
Eu, por descer em consciência, trouxe a imperfeição que eu vejo. Na organização divina,
nada está perdido. Não podemos perder nada salvo pela descida na consciência da
esfera onde a coisa tem a sua vida natural.
“E agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo
antes que o mundo existisse. ”João 17:5
Conforme eu ascender em consciência o poder e a glória que eram minhas retornam para
mim, e eu também direi “Eu terminei a obra que tu me deste para fazer”. A obra é retornar
de minha descida em consciência, a partir do nível onde eu acreditava ser filho do
homem, para a esfera onde eu sei que eu sou um com meu Pai e meu Pai é Deus.
Eu sei, além de qualquer dúvida, que não há nada para o homem fazer, exceto mudar seu
próprio conceito de si mesmo, para assumir a grandeza e sustentar essa pretensão. Se
andarmos como se já fôssemos o ideal que servimos, nós nos elevamos ao nível de
nossa pretensão, e encontramos o mundo em harmonia com ele. Nunca teremos que
levantar um dedo para fazer isso assim, pois já é assim. Sempre foi assim.
Você e eu temos descido em consciência até o nível no qual nos encontramos agora, e
nós vemos imperfeições porque nós descemos! Quando começamos a ascender
enquanto estamos aqui neste mundo de três dimensões, nós descobrimos que nos
movemos em um ambiente totalmente diferente enquanto ainda vivemos aqui. Nós
conhecemos o grande mistério da declaração: "Eu estou no mundo, mas não sou dele."
Ao invés de mudar as coisas, eu sugeriria a todos se identificarem com o ideal que
contemplam.
Qual seria a sensação de ser, onde você tivesse olhos tão puros para observar a
iniquidade, se para você todas as coisas fossem puras e você estivesse sem críticas?
Contemple o estado ideal e se identifique com isso, e ascenderá até a esfera onde você,
como o Cristo, tem sua vida natural. Você ainda está nesse estado onde estava antes que
o mundo existisse. A única coisa que caiu é o seu conceito de si mesmo.
Você vê as peças quebradas que realmente não estão quebradas. Você as vê através de
olhos distorcidos, como se estivesse em um destes parques de diversão, onde um
homem caminha em frente a um espelho e é alongado, embora seja o mesmo homem.
Ou ele olha para outro espelho e fica grande e gordo. Essas coisas são vistas hoje em dia
porque o homem é o que ele é.
Brinque com a ideia de perfeição. Não peça ajuda a ninguém, mas deixe a oração do
capítulo 17 do Evangelho de São João ser a sua oração. Aproprie-se do estado que era
seu antes do mundo ser.
Compreenda a verdade na declaração: “Nenhum deles se perdeu, a não ser aquele que
estava destinado à perdição”. Nada está perdido em todo meu Santo Monte.
A única coisa que você perde é a crença na perda ou o filho da perdição.
“Em favor deles eu me santifico, para que também eles sejam santificados pela verdade. ”
João 17:19
Não há nada a ser mudado exceto você mesmo. Tudo o que precisa fazer para que
homens e mulheres sejam santificados neste mundo é fazer de você mesmo um santo.
Você é incapaz de ver qualquer coisa que é desagradável, quando você estabelece
dentro do olho da sua própria mente o fato de que você é agradável.
É muito melhor saber isso do que saber qualquer outra coisa no mundo. É preciso
coragem, coragem sem limites, porque muitos nesta noite, depois de terem ouvido esta
verdade, ainda vão estar inclinados a culpar os outros por sua situação. O homem acha
tão difícil mudar a si mesmo, para sua própria consciência ser a única realidade. Ouça
estas palavras:
“Nenhum homem pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer. ” João 6:44
“Eu e o Pai somos um” João 10:30
"Um homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu." João 3:27
"Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida, para que eu possa levá-la novamente.
Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou. ” João 10:17,18
"Você não me escolheu, eu vos escolhi a vós." João 15:16
Meu conceito a meu respeito molda um mundo em harmonia com ele, e atrai os homens
para me dizerem constantemente, pelo seu comportamento, quem eu sou.
A coisa mais importante neste mundo para você é o conceito que tem de si mesmo.
Quando você não gosta de seu ambiente, das circunstâncias da vida e do comportamento
dos homens, pergunte-se: “Quem eu sou? ” A resposta a esta questão é a causa de seus
desgostos.
Se você não condena a si mesmo, não haverá homem em seu mundo para condená-lo.
Se você está vivendo na consciência do seu ideal, não verá nada para condenar. "Para os
puros todas as coisas são puras."
Agora eu gostaria de passar um pouco de tempo fazendo tão claramente o que faço
quando oro, o que eu faço quando quero trazer mudanças para o meu mundo. Você vai
achar isso interessante, e vai descobrir que isto funciona. Ninguém aqui pode me dizer
que não consegue fazer isso. É muito simples, todos conseguem fazer.
Nós somos o que imaginamos que somos.
Não é difícil seguir esta técnica, mas você deve querer isso. Você não deve abordá-la
com a seguinte atitude na mente: “ Oh, bem, eu vou tentar isso”. Você deve querer fazer
isso, porque a mola mestra da ação é o desejo.
Desejo é a mola mestra da ação. Agora, o que eu quero? Eu devo definir meu objetivo.
Por exemplo, suponha que eu queria agora estar em outro lugar. Neste momento eu
realmente desejo estar em outro lugar. Eu não preciso passar pela porta, não preciso
sentar. Eu não preciso fazer nada exceto ficar justamente onde estou e, com meus olhos
fechados, assumir que estou realmente onde desejo estar. Então, eu permaneço neste
estado até ele ter a sensação de realidade. Fosse eu agora a outros lugares, não poderia
ver o mundo como agora o vejo a partir daqui.
O mundo muda em sua relação comigo conforme eu mudo minha posição no espaço.
Então eu fico aqui mesmo, fecho meus olhos, e imagino que estou vendo o que eu veria
se estivesse lá. Eu permaneço nisso tempo suficiente para sentir como real. Eu não posso
tocar as paredes daquela sala a partir daqui, mas quando você fecha seus olhos e
começa a se tornar o que pode imaginar e sentir, você toca isso. Você pode ficar onde
está e imaginar que está colocando sua mão na parede. Para provar que você realmente
está lá, ponha sua mão na parede e deslize para cima e sinta a madeira. Você pode
imaginar-se fazendo isso sem sair de sua cadeira.
Você pode fazer e vai realmente sentir isso, sempre que se torna o suficiente e
intensamente suficiente.
Eu fico onde estou e permito o mundo que eu quero ver, entro fisicamente para que venha
diante de mim como se eu estivesse lá agora. Em outras palavras, eu trago qualquer lugar
aqui assumindo que eu estou lá.
Isso está claro? Eu deixo isso vir, eu não faço vir. Eu simplesmente imagino que eu estou
lá e então deixo que aconteça.
Se eu quero a presença física, eu imagino que ele está aqui, e eu o toco. Por toda a Bíblia
eu encontro estas sugestões, “ELE pousou suas mãos sobre eles. ELE os tocou. ”
Se quiser confortar alguém, qual é o sentimento automático? Colocar sua mão sobre a
pessoa, você não pode resistir a isso. Você encontra um amigo e a mão vai
automaticamente, vocês se cumprimentam com um aperto de mão ou você coloca sua
mão sobre o ombro dele.
Suponha que foi agora encontrar um amigo que você não via há um ano, e ele é um
amigo muito querido. O que você faria? Iria abraçá-lo, não iria? Ou você colocaria sua
mão sobre ele.
Em sua imaginação traga seu amigo perto o bastante para pôr sua mão sobre ele e o
sentir, solidamente real. Restrinja a ação a apenas isso.
Você vai ficar maravilhado com o que acontece.
A partir de então as coisas começam a se mover. Seu eu dimensionalmente maior vai
inspirar, tudo, as ideias e ações necessárias para trazer você até o contato físico. Isso
funciona desta forma.
Todos os dias eu me coloco no estado de adormecimento; isso é muito fácil de fazer. Mas
hábito é uma coisa estranha no mundo dos homens.
Não é uma lei, mas o hábito atua como se fosse a lei mais convincente no mundo. Nós
somos criaturas de hábito.
Se você criar um intervalo todos os dias no qual se colocar no estado de adormecimento,
diga que às 3 horas da tarde, você sabe que naquele momento, todos os dias você vai se
sentir sonolento. Experimente por uma semana e veja se eu não estou certo.
Você deve se sentar com o propósito de criar um estado semelhante ao sono, como se
estivesse dormindo, mas não mova a sonolência para longe demais, apenas o suficiente
para relaxar e o deixar no controle da direção de seus pensamentos. Tente isso por uma
semana, e todos os dias no mesmo horário, não importa o que esteja fazendo, você
dificilmente será capaz de manter seus olhos abertos. Se você sabe de um horário em
que estará livre, pode criar isso. Eu sugiro que não faça levianamente, porque vai se
sentir muito, muito sonolento, e você pode não querer.
Eu tenho outra forma de rezar. Neste caso eu sempre me sento e encontro a poltrona
mais confortável que se possa imaginar, ou me deito de costas e relaxo completamente.
Sinta-se confortável. Você não deve ficar em uma posição onde o corpo se sinta
angustiado. Sempre se coloque em uma posição onde você tenha grande conforto. Esse
é o primeiro estágio.
Saber o que se quer é o início da oração. Em seguida você constrói em seus olhos
mentais um único evento que significa que você realizou seu desejo. Eu sempre deixo
minha mente vagar sobre muitas coisas que poderiam significar minha oração respondida,
e eu destaco um que seja o mais parecido com a realização de meu desejo. Uma coisa
simples como um aperto de mãos, abraçar uma pessoa, receber uma correspondência,
escrever um cheque, ou qualquer coisa que implica a realização de seu desejo.
Depois de ter decidido qual ação implica que seu desejo foi realizado, então, sente-se em
sua maravilhosa e confortável poltrona ou deite de costas, feche seus olhos, pelo simples
motivo de isso ajudar a induzir o estado próximo ao sono.
No momento que sentir esse adorável estado sonolento, ou o sentimento de tudo estar
reunido, em que você sente – eu poderia me mover se eu quisesse, mas eu não quero, eu
poderia abrir meus olhos se eu quisesse, mas eu não quero. Quando você alcança este
sentimento pode ter a certeza de que está no perfeito estado para orar com sucesso.
Neste sentimento é fácil atingir qualquer coisa no mundo. Você pega a simples e restrita
ação que implica a realização de sua oração e a sente, ou decreta isso.
Seja o que for, você entra na ação como se fosse um ator em uma peça de teatro. Você
não deve se sentar e se visualizar fazendo isso. Você faz isso.
Com o corpo imobilizado você imagina que o seu Eu maior dentro de seu corpo físico está
vindo para fora e que você está realmente realizando a ação proposta. Se você está indo
caminhar, imagine que você está caminhando. Não veja a si mesmo caminhando, SINTA
que está caminhando.
Se você está indo subir escadas, SINTA que está subindo as escadas. Não visualize a si
mesmo fazendo isso, sinta-se fazendo isso. Se estiver apertando a mão de um homem,
não visualize você mesmo apertando a mão, imagine seu amigo parado na sua frente e
aperte sua mão. Porém deixe suas mãos físicas imobilizadas e imagine sua mão maior,
que é sua mão imaginária que está, na verdade, apertando a mão dele.
Tudo o que precisa fazer é imaginar que você está fazendo isso. Você está alongado no
tempo, e o que está fazendo, e que se parece com um sonho controlado, é uma ação real
na maior dimensão de seu ser. Você está na realidade, encontrando um evento de quarta
dimensão e antes de encontrá-lo aqui, nas três dimensões do espaço; e você não tem
que levantar um dedo para fazer esse estado a acontecer.
Minha terceira forma de rezar é simplesmente sentir gratidão. Se eu quero algo, para mim
ou para outra pessoa, eu imobilizo o corpo físico, então eu produzo o estado próximo ao
sono e neste estado eu apenas sinto felicidade, sinto gratidão, sendo que gratidão implica
na realização do que eu quero. Eu assumo o sentimento do desejo realizado e com minha
mente dominada por essa simples sensação eu vou dormir. Não preciso fazer mais nada
além disso, porque isso é tudo. Meu sentimento de desejo realizado implica que isso está
feito.
Todas essas técnicas você pode usar e modificar de acordo com seu temperamento. Mas
eu enfatizo a necessidade de induzir ao estado de sonolência, onde você pode se tornar
atencioso sem esforço. A única sensação domina a mente, se você orar com sucesso.
O que eu deveria sentir, agora, eu fui o que eu quero ser? Quando eu sei qual sentimento
deveria ser, eu então fecho meus olhos e me perco nesta simples sensação e meu Eu
dimensionalmente maior então constrói a ponte de circunstância para me levar deste
momento presente para a
realização de meu estado de espírito. Isso é tudo o que precisa fazer. Mas as pessoas
têm o hábito de desprezar a importância das pequenas coisas.
Nós somos criaturas de hábitos e estamos aprendendo devagar a abandonar nossos
conceitos anteriores, mas as coisas que nós vivemos anteriormente, ainda podem
influenciar nosso comportamento. Aqui está uma história da Bíblia que ilustra meu ponto.
Está registrado que Jesus disse aos seus discípulos para irem até um cruzamento e lá
iriam encontrar um potro, um potro jovem ainda não montado por um homem. Deveriam
trazer o potro até ele e se algum homem perguntasse, “Por que estão levando esse
potro? ”, deveria dizer, “Por que o Mestre está precisando dele. “
Eles foram até o cruzamento e encontraram o potro e fizeram exatamente como foi
explicado a eles. Trouxeram o descontrolado jumento para Jesus e ele o montou
triunfalmente em Jerusalém.
A história não tem nada a ver com um homem montando um pequeno potro. Você é Jesus
na história. O potro é o estado de espírito que está assumindo. Esse é o animal vivo ainda
não montado por você. Qual seria a sensação de ser como se tivesse realizado o seu
desejo? Um novo sentimento, como um potro jovem, é muito difícil de montar a menos
que você o faça com a mente disciplinada. Se eu não permanecer fiel ao estado de
espírito, o potro jovem me joga para fora. Toda vez que você se tornar consciente de que
não está sendo fiel a este estado de espírito, você terá sido jogado para fora do potro.
Discipline sua mente, de que pode permanecer fiel a esse elevado estado de espírito e
cavalgue triunfante para dentro de Jerusalém, que é a realização, ou cidade da paz.
Esta história precede a festa de Páscoa. Se quisermos passar de nosso presente estado
interior para o do nosso ideal, devemos assumir que já somos o que desejamos ser e
permanecermos fiéis à nossa pretensão, pois devemos manter um alto estado de espírito
se quisermos caminhar com o elevado.
Uma atitude fixa da mente, o sentimento que isso está feito fará isso acontecer. Se eu
caminhar como se isso já fosse, mas de vez em quando eu olhar para ver se isso
realmente é, então eu caio no meu estado de espírito, ou do potro.
Se eu suspender o julgamento como fez Pedro, eu poderia caminhar sobre a água. Pedro
começa a andar sobre a água, e então ele começa a olhar para sua própria compreensão,
e começa a afundar. A voz diz, “Olhe para cima, Pedro”. Ele olha para cima e sobe
novamente, e continua a caminhar sobre a água.
Ao invés de olhar para baixo para ver se essas coisas estão realmente se cristalizando na
realidade, você simplesmente sabe que elas já estão, sustente este estado de espírito e
você irá montar o jumento desenfreado para dentro da cidade de Jerusalém. Todos nós
devemos aprender a montar o animal, direto até Jerusalém, sem ajuda de ninguém. Você
não precisa que outros o ajudem.
A coisa mais estranha é que conforme mantemos o elevado estado de espírito e não
caímos, os outros amortecem os golpes. Eles espalham as folhas de palmeira à minha
frente para suavizar e amortecer minha jornada. Eu não preciso me preocupar. Os golpes
serão suavizados conforme eu me movo para a realização de meu desejo. Meu elevado
estado de espírito desperta nos outros, ideias e ações que tendem para a personificação
de meu estado de espírito. Se você caminhar fiel a um elevado estado de espírito, não
haverá oposição ou competição.
O teste de um professor, ou de um ensinamento, encontra-se na fidelidade do estudante.
Eu estou deixando aqui nesta noite de domingo. Permaneça fiel a esta instrução. Se
procurar por causas externas da consciência humana, então eu não o terei convencido da
realidade da consciência.
Se procurar por desculpas para os fracassos, você sempre irá encontrá-las, pois você
encontra o que procura. Se você procurar uma desculpa para o fracasso, você vai
encontrá-la nas estrelas, nos números, no copo de chá, ou em qualquer lugar. A desculpa
não vai estar lá, mas você vai encontrá-la para justificar o seu fracasso.
Homens e mulheres de sucesso profissional e nos negócios sabem que essa lei funciona.
Você não vai encontrar isso nos grupos de fofocas, mas irá encontrar nos corações
corajosos.
A eterna jornada do homem é para um propósito: revelar o Pai. Ele vem para tornar visível
o seu Pai. E seu Pai, torna-se visível em todas as coisas lindas deste mundo. Todas as
coisas que são adoráveis, o que é de boa fama, cavalgue sobre estas coisas, e não tenha
tempo para o desagradável neste mundo, independentemente do que seja.
Permaneça fiel ao conhecimento para que sua percepção, seu Eu Sou, sua consciência
de ser, desperte para a única realidade. Esta é a rocha sobre a qual todos os fenômenos
podem ser explicados. Não há outra explicação além desta.
Sei que não há concepção clara sobre a origem do fenômeno, salvo que consciência é
tudo e tudo é consciência. O que você procura já está alojado dentro de você. Se não
fosse agora dentro de você, a eternidade não poderia evoluir. Nenhum intervalo de tempo
seria suficientemente longo para evoluir o que não estivesse potencialmente envolvido em
você.
Deixe isso simplesmente à existência, assumindo que já está visível em seu mundo, e
permaneça fiel à sua pretensão. Ele irá cristalizar na realidade. Seu Pai possui
inumeráveis caminhos para revelar seu desejo. Grave isso em sua mente e sempre se
lembre, “Uma suposição, embora falsa, se sustentada vai cristalizar na realidade. "
Você e seu Pai são um e seu Pai é tudo o que já foi e tudo o que será.
Portanto o que você procura, você já é, nunca pode ser tão longe ou até mesmo para
estar perto, pois proximidade implica separação.
A grande Pascal diz, “Você nunca teria me procurado se já não tivesse me encontrado”. O
que você deseja agora você já tem, e só o procura porque já encontrou. Encontrou-o na
forma de desejo. É tão real na forma de desejo, como vai ser a seus órgãos corporais.
Você já é o que procura e você não tem que mudar ninguém, exceto Você mesmo, a fim
de expressar isso.
PERÍODO DE SILÊNCIO… (Imaginando)
Fim da quarta aula.
Neville Goddard

Neville Goddard – lições 1948 – Lição Cinco


Mantenha-se fiel à sua ideia
Esta noite teremos a quinta e última lição deste curso. Primeiro vou lhe dar uma espécie
de resumo do que aconteceu antes.
Então, já que muitos de vocês me pediram para aprofundar a lição 3, vou lhes dar
algumas ideias mais sobre o pensamento em quarta dimensão.
Eu sei que quando um homem vê uma coisa claramente ele pode dizer, ele pode explicar
isso. No inverno passado, em Barbados, um pescador, cujo vocabulário não passava de
mil palavras, me contou mais em cinco minutos, sobre o comportamento do golfinho, do
que Shakespeare com seu vasto vocabulário poderia ter me dito, embora ele não
conhecesse os hábitos do golfinho.
Este pescador me contou como os golfinhos amam brincar com pedaços de madeira
flutuantes, e para apanhá-los, você joga a madeira na água e os atrai, como atrairia uma
criança, porque eles gostam de fingir que estão saindo da água. Como eu disse, o
vocabulário deste homem era muito limitado, mas ele conhecia seus peixes, e conhecia o
mar. Por ele conhecer os golfinhos, ele pode me contar sobre seus hábitos e como
capturá-los.
Quando você diz que conhece uma coisa, mas não consegue explicar isso, eu digo que
você não conhece, pois quando realmente sabe, você naturalmente expressa isso.
Se eu perguntasse a você como definiria oração, e dissesse: “Como você poderia, através
da oração, realizar um objetivo, qualquer objetivo? ” Se puder me dizer, então você
conhece isso; mas se não puder me dizer, então você não conhece isso. Quando vê
claramente em seus olhos mentais, o seu Eu maior irá inspirar as palavras que serão
necessárias para revestir a ideia e expressá-la lindamente, e você irá expressar a ideia
muito melhor do que um homem com um vasto vocabulário, que não vê isso com a
clareza que você vê.
Se você tem ouvido cuidadosamente nos quatro dias passados, você sabe como a Bíblia
não tem referência a nenhuma pessoa que já tenha existido, ou a qualquer evento que
tenha ocorrido na terra.
Os autores da Bíblia não estavam escrevendo a história, eles estavam escrevendo o
grande drama da mente que eles vestiram com o traje de história, e então adaptaram à
limitada capacidade das massas não críticas, não pensantes.
Você sabe que cada história na Bíblia é sua história, então quando os escritores
introduzem doze dos personagens na mesma história, eles estão tentando presentear
você com diferentes atributos da mente que você pode usar. Você viu isso enquanto eu
peguei uma dúzia ou mais de histórias e as interpretei para você.
Por exemplo, muitas pessoas se perguntam como Jesus, o mais gracioso, o mais
amoroso homem no mundo, pôde dizer à sua mãe, o que é suposto que tenha dito à ela
como registrado no segundo capítulo do Evangelho de João. Jesus é obrigado a dizer à
sua mãe: "Mulher, que tenho eu contigo? "João 2: 4.
Você e eu, que ainda não identificamos a qual ideal servimos, não faríamos tal declaração
para nossa mãe. No entanto aqui estava a encarnação do amor dizendo à sua mãe,
“Mulher, que tenho eu contigo? ”
Você é Jesus e sua mãe é sua própria consciência.
Pois consciência é a causa de tudo, portanto, é o grande pai-mãe de todo o fenômeno.
Você e eu somos criaturas de hábito. Temos o hábito de aceitar como final a evidência de
nossos sentidos. Vinho é necessário para os hóspedes e meus sentidos me dizem que
não há mais vinho, e eu por hábito estou prestes a aceitar essa carência como final.
Quando eu me recordo que minha consciência é primeira e única realidade, portando se
eu negar a evidência de meus sentidos e assumir a consciência de ter vinho o suficiente,
eu em certo sentido, repreendi minha mãe ou a consciência que sugeriu a falta; e
assumindo a consciência de ter o que eu desejo para meus convidados, vinho é
produzido de uma forma que nós desconhecemos.
Acabei de ler uma nota aqui de um amigo meu na audiência. No domingo passado, ele
tinha um compromisso em uma igreja para um casamento; o relógio lhe dizia que estava
atrasado, tudo lhe dizia que estava atrasado.
Ele estava parado na rua esperando por um táxi. Não havia nenhum à vista. Ele imaginou
que, em vez de estar na esquina da rua, ele estava na igreja. Nesse momento, um carro
parou à sua frente. Meu amigo falou ao motorista sobre sua situação, e o motorista disse
a ele, “Eu não estou indo para
aquele caminho, mas eu o levo até lá”. Meu amigo entrou no carro e estava na igreja a
tempo para o casamento.
Esta é a aplicação correta da lei, não aceitação da sugestão de atraso. Nunca aceite a
sugestão de falta.
Nesse caso, eu disse a mim mesmo, “O que tenho eu contigo? ” O que eu tenho que fazer
com a evidência dos meus sentidos? Traga-me todos os potes e os encha. Em outras
palavras, eu assumo que eu tenho todo o vinho que desejo. Então meu dimensionalmente
Eu Maior inspira tudo, os pensamentos e ações que ajudarão a encarnação de minha
pretensão.
Não é um homem dizendo à sua mãe, “Mulher, o que tenho eu contigo? ” É todo homem
que conhece esta lei que dirá a si mesmo, quando seus sentidos sugerirem falta, “O que
tenho eu contigo? Fique atrás de mim. ” Nunca mais ouvirei uma voz como aquela,
porque se eu o fizer, ficarei impregnado dessa sugestão e irei nutrir o fruto da falta.
Agora nós voltamos para outra história no Evangelho de Marcos, onde Jesus estava com
fome.
“Vendo à distância uma figueira com folhas, foi ver se encontraria nela algum fruto.
Aproximando-se dela, nada encontrou, a não ser folhas, porque não era tempo de figos.
Então lhe disse: "Ninguém mais coma de seu fruto". E os seus discípulos ouviram-no
dizer isso. ” Marcos 11:13,14
E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes”.
Marcos 11:20
Que árvore estou explodindo? Não uma árvore do lado de fora. É a minha própria
consciência. “Eu sou a videira” João 15:1. Minha consciência, meu Eu Sou, é a grande
árvore, e o hábito mais uma vez sugere o vazio, sugere a pobreza, sugere quatro meses
antes que eu possa festejar. Mas eu não quero esperar quatro meses. Eu dei a mim
mesmo esta poderosa sugestão que nunca mais eu vou, nem mesmo por um momento,
aliviar que isso levará quatro meses para realizar meu desejo. A crença na falta deve, a
partir deste dia, ser infértil e nunca mais se reproduzir em minha mente.
Não é um homem destruindo uma árvore. Tudo na Bíblia tem lugar na mente do homem:
a árvore, a cidade, as pessoas, tudo. Não há uma declaração feita na Bíblia que não
represente algum atributo na mente humana. Elas são todas personificações da mente e
não coisas no mundo.
Consciência é a única realidade. Não há ninguém a quem possamos nos voltar depois de
descobrir que nossa própria consciência é Deus. Pois Deus é a causa de tudo e não há
nada como de Deus. Você não pode dizer que o diabo faz algumas coisas e Deus faz
outras. Ouça estas palavras.
“Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater
nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis; para abrir diante dele as
portas, e as portas não se fecharão; eu irei adiante de ti, e tornarei planos os lugares
escabrosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro. Dar-te-ei
os tesouros das trevas, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o
Deus de Israel, que te chamo pelo teu nome. ” Isaías 45:1-3
“Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço
todas estas coisas. ” Isaías 45:7
Eu é que fiz a terra, e nela criei o homem; as minhas mãos estenderam os céus, e a todo
o seu exército dei as minhas ordens.
“Eu o despertei em justiça, e todos os seus caminhos endireitarei; ele edificará a minha
cidade, e libertará os meus cativos, não por preço nem por presentes, diz o Senhor dos
exércitos. ”Isaías 45:12,13
“Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cinjo, ainda que tu não
me conheças. ” Isaías 45:5
Leia estas palavras cuidadosamente. Elas não são minhas palavras, elas são palavras
inspiradas do homem que descobriu que consciência é a única realidade. Se eu estou
ferido, eu feri a mim mesmo. Se há escuridão em meu mundo, eu criei a escuridão e a
melancolia e a depressão. Se há luz e alegria, eu criei a luz e a alegria. Não há ninguém a
não ser este Eu Sou que faz tudo.
Você não pode achar a causa fora de sua própria consciência. Seu mundo é um grande
espelho constantemente dizendo a você quem você é. Quando encontra pessoas, elas
dizem a você, pelo modo como se comportam, que você é.
Suas orações não serão menos devotas, porque você se volta para sua própria
consciência para obter ajuda. Eu não acho que qualquer pessoa em oração sinta mais a
alegria, a devoção, e o sentimento de adoração do que eu, quando me sinto grato, e
assumo o sentimento de meu desejo realizado, sabendo ao mesmo tempo que foi para
mim mesmo que me voltei.
Na oração você é chamado a acreditar que você possui o que sua razão e seus sentidos
negam. Quando você ora acredite que você tem, e você receberá. A Bíblia declara desta
forma:
“Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis. ”
“E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que
vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas. ”
“Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as
vossas ofensas. ” Marcos 11:24,25,26
Isso é o que devemos fazer quando oramos. Se eu tiver alguma coisa contra outra
pessoa, seja a crença em doença, pobreza, ou qualquer outra coisa, eu devo soltar e
deixar ir, não usando palavras de negação, mas acreditando que ele é o que deseja ser.
Desta forma eu o perdoo completamente. Eu mudo minha concepção a seu respeito. Eu
tinha uma obrigação com ele e o perdoei. Completo esquecimento é perdão. Se eu não
esqueci, então não perdoei.
Eu apenas perdoo alguma coisa quando eu verdadeiramente esqueço. Eu posso dizer a
você até o fim dos dias, “eu perdoo você”. Mas se cada vez que eu olho ou penso em
você, eu me lembro do que eu tinha contra você, eu não perdoei nada. Perdão é completo
esquecimento. Você vai ao médico e ele lhe dá algo para sua doença. Ele está tentando
dar isso a você, então, ele está dando a você algo no lugar da doença.
Dê a si mesmo um novo conceito de si para o velho conceito. Desista do velho conceito
completamente.
Uma oração concedida implica que algo foi feito em consequência da oração que, de
outra forma, não teria sido feito. Portanto, eu mesmo sou a fonte da ação, a mente
direcionadora e aquele que concede a oração.
Qualquer pessoa que reza com sucesso se volta para dentro e se apropria do estado
procurado. Você não tem sacrifício para oferecer. Não deixe ninguém lhe dizer que você
deve lutar e sofrer. Você não precisa lutar pela realização do seu desejo. Leia o que diz na
Bíblia.
“De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto
dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de
sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes.
Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que
viésseis a pisar os meus átrios?
Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e
os sábados, e a convocação das assembleias; não posso suportar iniquidade, nem
mesmo a reunião solene.
As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são
pesadas; já estou cansado de as sofrer. ” Isaías 1:11-14
“Um cântico haverá entre vós, como na noite em que se celebra uma festa santa; e
alegria de coração, como a daquele que vai com flauta, para entrar no monte do Senhor, à
Rocha de Israel. ” Isaías 30:29
“Cantai ao Senhor um cântico novo, e o seu louvor desde a extremidade da terra; vós os
que navegais pelo mar, e tudo quanto há nele; vós, ilhas, e seus habitantes. ” Isaías 42:10
“Cantai alegres, vós, ó céus, porque o Senhor o fez; exultai vós, as partes mais baixas da
terra; vós, montes, retumbai com júbilo; também vós, bosques, e todas as suas árvores;
porque o Senhor remiu a Jacó, e glorificou-se em Israel. ” Isaías 44:23
Assim voltarão os resgatados do Senhor, e virão a Sião com júbilo, e perpétua alegria
haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, a tristeza e o gemido fugirão. ”
Isaías 51:11 “
O único dom aceitável é um coração alegre. Vindo com cantar e louvor.
Este é o caminho de chegar antes do Senhor – sua própria consciência. Ao assumir o
sentimento de seu desejo realizado, e você traz o único dom aceitável. Todos os estados
da mente que não são o de seu desejo realizado, são uma abominação; eles são
superstição e não significam nada.
Quando você vem diante de mim, alegra-se, porque a alegria implica que algo aconteceu
que você desejou.
Venha diante de mim cantando, glorificando e dando graças, pois estes estados mentais
implicam aceitação do estado solicitado. Coloque a si mesmo no humor apropriado e sua
própria consciência irá incorporá-lo.
Se eu pudesse definir oração para qualquer pessoa, e colocasse isso tão claramente
quanto pudesse, eu simplesmente diria, “É o sentimento de seu desejo realizado”. Se
você me pergunta, “o que você quer dizer com isso? ”, eu diria, “eu me sentiria na
situação da oração respondida e viveria e agiria sob esta convicção”. Eu iria tentar
sustentar isso sem esforço, quer dizer, eu viveria e agiria como se isso já fosse um fato,
sabendo que conforme eu caminho nessa atitude fixa, minha suposição se cristalizaria em
verdade.
O tempo não me permite ir mais longe no argumento de que a Bíblia não é história. Mas
se você ouviu atentamente minha mensagem nestas quatro noites passadas, eu não acho
que você quer mais nenhuma prova de que a Bíblia não é história. Aplique o que você
ouviu e você realizará seus desejos.
“Eu vo-lo disse agora antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis”.
João 14:29
Muitas pessoas, inclusive eu, tem observado eventos antes que eles ocorram; isso é,
antes que aconteçam neste mundo de terceira dimensão. Desde que o homem possa
observar um evento antes que ele ocorra neste espaço tridimensional, então a vida na
terra procede de acordo com o plano; e este plano deve existir em outra parte em outra
dimensão e está se movendo lentamente através de nosso espaço. Se os eventos
ocorridos não estavam neste mundo quando foram observados, então para ser
perfeitamente lógico, eles devem ter estado fora deste mundo. E qualquer que seja o LÁ,
para ser visto antes que ocorra AQUI, deve ser pré-determinado a partir do ponto de vista
do homem desperto no mundo de terceira dimensão.
No entanto, os antigos professores nos ensinaram que poderíamos alterar o futuro, e
minha própria experiência confirma a verdade de seu ensino.
Portanto, meu objetivo ao dar este curso é indicar possibilidades inerentes ao homem,
para mostrar que o ele pode alterar o seu futuro, mas deste modo alterado, forma
novamente uma determinística sequência partindo do ponto de interferência – o futuro
que será consistente com a alteração.
A característica mais notável do futuro do homem é a sua flexibilidade. O futuro, embora
preparado com antecedência em cada detalhe, tem vários resultados. Nós temos em cada
momento de nossas vidas a escolha, antes de nós, de diversos futuros nós teremos.
Há duas perspectivas reais sobre o mundo possuído por todos – uma visão natural e uma
visão espiritual. Os antigos professores chamavam o primeiro de “mente carnal” e o outro
de “mente de Cristo”. Podemos diferenciá-los como uma consciência desperta comum,
governada por nossos sentidos, e uma imaginação controlada, governada pelo desejo.
Reconhecemos esses dois centros distintos de pensamento na afirmação:
“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe
parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. I
Coríntios 2:14
A visão natural confina a realidade ao momento chamado AGORA. Para a visão natural, o
passado e o futuro são pura imaginação. A visão espiritual, por outro lado, vê o conteúdo
do tempo. O passado e o futuro são um presente completo à visão espiritual. O que é
mental e subjetivo ao homem natural é concreto e objetivo ao homem espiritual.
O hábito de ver apenas o que nossos sentidos permitem nos fazem totalmente cegos para
o que, de outra forma, nós poderíamos ver. Para cultivar a faculdade de enxergar o
invisível, nós devemos frequentemente, deliberadamente desembaraçar nossas mentes
da evidência dos sentidos e focarmos nossa atenção no estado invisível, mentalmente
sentindo isso e sentir até que isso tenha a nitidez da realidade.
Sério, pensamento concentrado focado em uma direção particular desliga outras
sensações e as fazem desaparecer. Nós apenas temos que nos concentrar no estado
desejado a fim de vermos isso.
O hábito de se retirar a atenção da região da sensação e a concentrar no invisível,
desenvolve nossa perspectiva espiritual e nos permite penetrar além do mundo dos
sentidos e ver o que é invisível.
"Pois as coisas invisíveis dele desde a criação do mundo são claramente vistas." Rom.1:
20.
A visão é completamente independente das faculdades naturais. Abra e acelere isso! Um
pouco de prática nos convencerá que podemos, controlando nossa imaginação,
remodelar nosso futuro em harmonia com nosso desejo. Desejo é a mola mestra da ação.
Não podemos mover um simples dedo a menos que tenhamos o desejo de movê-lo. Não
importa o que façamos, seguimos o desejo que no momento domina nossas mentes.
Quando quebramos um hábito, nosso desejo de quebrá-lo é maior do que nosso desejo
de continuar o hábito.
Os desejos que nos impelem à ação são aqueles que nos chamam a atenção. Um desejo
é apenas uma consciência de algo que nos falta e precisamos, para tornar nossa vida
mais agradável. Desejos sempre têm algum ganho pessoal em vista, quanto maior o
ganho antecipado, mais intenso é o desejo. Não há absolutamente desejo altruísta. Onde
não há ganho não há desejo, e consequentemente não há ação.
O homem espiritual fala com o homem natural através da linguagem do desejo. A chave
para o progresso na vida e para a realização dos sonhos reside na pronta obediência a
esta voz.
Obedecer sem hesitação à essa voz é uma suposição imediata do desejo cumprido.
Desejar um estado é tê-lo. Como Pascal disse, "Você não teria me procurado se você já
não tivesse me encontrado."
Homem, assuma o sentimento de seu desejo realizado, e então viva e aja nesta
convicção, alterando o futuro em harmonia com essa suposição. As suposições
despertam o que elas afirmam. Tão logo o homem assuma o sentimento de seu desejo
realizado, seu Eu quadri-dimensional encontra meios para a realização desse fim,
descobre métodos para sua realização.
Não conheço uma definição mais clara dos meios pelos quais realizamos nossos desejos
do que AO EXPERIMENTAR NA IMAGINAÇÃO O QUE NÓS EXPERIMENTAREMOS NA
CARNE, NÓS ALCANÇAMOS NOSSO OBJETIVO. Esta experiência imaginária com a
aceitação final, determina os meios. O Eu quadri-dimensional então constrói, com sua
perspectiva maior, os meios necessários para realizar o fim aceito. A mente indisciplinada
acha difícil assumir um estado que é negado pelos sentidos. Mas aqui está uma técnica
que torna fácil "chamar as coisas que não são vistas como se fossem", ou seja, encontrar
um evento antes que ele ocorra.
As pessoas têm o hábito de diminuir a importância de coisas simples. Mas esta fórmula
simples para mudar o futuro foi descoberta após anos de pesquisa e experimentação.
O primeiro passo para mudar o futuro é DESEJO, ou seja, definir o seu objetivo - saber
com certeza o que você quer.
Em segundo lugar, construa um evento com você. Acredite que encontraria SEGUINDO o
cumprimento de seu desejo - um evento que implica a realização de seu desejo - algo que
terá a ação do Eu predominantemente.
Em terceiro lugar, estou imobilizando o corpo físico e induzindo uma condição semelhante
ao sono, imaginando que você está com sono. Deite-se em uma cama, ou relaxe em uma
cadeira. Então, com as pálpebras fechadas e sua atenção focada na ação que você
pretende experimentar na imaginação, mentalmente sinta-se exatamente na ação
proposta; imaginando o tempo todo que você está realmente realizando a ação aqui e
agora.
Você deve sempre participar da ação imaginária; não apenas ficar para trás e olhar, mas
sentir que você está realmente realizando a ação, para que a sensação imaginária seja
real para você.
É importante sempre lembrar que a ação proposta deve ser aquela que segue a
realização de seu desejo.
Você deve também sentir-se na ação até que ela tenha toda a vivacidade e distinção da
realidade.
Por exemplo, suponha que você deseja uma promoção em seu escritório.
Ser felicitado seria um evento que você encontraria após o cumprimento de seu desejo.
Tendo selecionado esta ação como aquela que você experimentará na imaginação,
imobilize o corpo físico; w induza um estado semelhante ao sono, um estado sonolento,
mas um em que você ainda é capaz de controlar a direção de seus pensamentos, um
estado em que você está atento sem esforço. Então visualize um amigo que está diante
de você. Coloque sua mão imaginária na dele. Sinta ser sólido e real, e continue uma
conversa imaginária com ele em harmonia com a ação.
Você não vai visualizar a si mesmo em um ponto distante no espaço e um ponto distante
no tempo sendo congratulado por sua boa sorte. Ao invés disso, vai fazer de qualquer
lugar AQUI, e o futuro AGORA. O evento futuro é real AGORA, em um mundo
dimensionalmente maior e estranhamente suficiente, agora em um mundo
dimensionalmente maior, é equivalente a AQUI no espaço tridimensional ordinário da vida
cotidiana.
A diferença entre SENTIR a si mesmo na ação, aqui e agora, e visualizar a si mesmo na
ação, como se estivesse em uma tela de cinema, é a diferença entre sucesso e fracasso.
A diferença será apreciada se você agora visualizar subindo uma escada. Então, com as
pálpebras fechadas imagine que uma escada está bem na sua frente, e sinta-se
realmente subindo. O desejo, a imobilidade física que circunda o sono, e a ação
imaginária em que o Eu predomina com sentimento AQUI E AGORA, não são apenas
fatores importantes para alterar o futuro, mas também são condições essenciais para
projetar conscientemente o Eu espiritual.
Quando o corpo físico está imobilizado e nos tornamos possuídos pela ideia de fazermos
algo, se nós imaginarmos que estamos fazendo isso AQUI E AGORA e deixarmos a ação
imaginária sinceramente seguir diretamente até o sono - é provável que despertemos do
corpo físico para nos encontrarmos em um mundo dimensionalmente maior com um foco
dimensionalmente maior e realmente fazendo o que desejamos e imaginamos que
estávamos fazendo na carne.
Mas, quer despertemos ou não, estamos de fato realizando a ação no mundo da quarta
dimensão, e iremos no futuro, reencenar aqui em terceira dimensão.
A experiência me ensinou a restringir a ação imaginária, a condensar a ideia que é o
objeto de nossa meditação em um único ato, e reencenar várias e várias vezes até isso
ser sentido como realidade. Caso contrário, a atenção se afastará ao longo de uma pista
associativa, e imagens associadas serão apresentadas à nossa atenção e, em poucos
segundos, nos conduzirão a centenas de milhas de distância do nosso objetivo em termos
de espaço e anos de distância no ponto de tempo.
Se decidimos subir um lance de escadas, porque esse é o tipo de evento a seguir para a
realização de nosso desejo, então nós devemos restringir a ação a subir este particular
lance de escadas. Se a atenção vagar, traga-a de volta à tarefa de subir aquele particular
lance de escadas, e continue fazendo assim até que a ação imaginária tenha toda a
solidez e distinção da realidade. A ideia deve ser mantida no campo da representação
sem qualquer esforço sensível de nossa parte.
Devemos, com o mínimo de esforço, permear a mente com o sentimento do desejo
cumprido.
A sonolência facilita a mudança porque favorece a atenção sem esforço, mas não deve
ser levado ao estado de sono, no qual já não poderemos controlar os movimentos da
nossa atenção, mas um moderado grau de sonolência em que ainda podemos dirigir
nossos pensamentos.
Uma maneira mais eficaz de encarnar um desejo é assumir o sentimento do desejo
cumprido e, em seguida, em um estado relaxado e sonolento, repita uma e outra vez
como uma canção de ninar, qualquer frase curta que implique a realização do seu desejo,
como, "Obrigado, obrigado, obrigado", até que a única sensação de gratidão domine a
mente. Fale essas palavras como se você tivesse se dirigindo a um poder superior por ter
feito isso por você.
Se, entretanto, buscamos uma projeção consciente em um mundo dimensionalmente
maior, então devemos manter a ação até o momento do sono. Experimentando em
imaginação com toda a nitidez da realidade, o que seria experimentado na carne, se
alcançássemos nosso objetivo, com o tempo, o encontramos na carne conforme a
encontramos em nossa imaginação.
Alimente a mente com premissas - isto é, afirmações presumidas como verdadeiras,
porque suposições, embora falsas, se persistirem até que tenham o sentimento da
realidade, se cristalizarão em realidade.
Para uma suposição, todos os meios que promovem sua realização são bons. Ela
influencia o comportamento de todos, inspirando em todos os movimentos, ações e
palavras que tendem a sua realização.
Para entender como o homem molda seu futuro em harmonia com sua suposição -
simplesmente experimentando em sua imaginação o que ele experimentaria na realidade,
se ele percebesse seu objetivo - precisamos saber o que queremos dizer por um mundo
dimensionalmente maior, pois é para um mundo dimensionalmente maior que vamos para
alterar o nosso futuro.
A observação de um evento antes que ocorra implica que o evento é predeterminado do
ponto de vista do homem no mundo tridimensional. Portanto, para mudar as condições
aqui nas três dimensões do espaço, devemos primeiro mudá-las nas quatro dimensões do
espaço.
O homem não sabe exatamente o que significa um mundo dimensionalmente maior, e
negaria sem dúvida a existência de um Eu dimensionalmente maior. Ele está bastante
familiarizado com as três dimensões de comprimento, largura e altura, e ele sente que, se
houvesse uma quarta dimensão, deveria ser tão óbvio para ele quanto as dimensões de
comprimento, largura e altura.
Agora, uma dimensão não é uma linha. É qualquer forma em que uma coisa pode ser
medida que é inteiramente diferente de todas as outras maneiras. Ou seja, para medir um
sólido em quarta dimensão, simplesmente medimos em qualquer direção, exceto a de seu
comprimento, largura e altura. Agora, há outra maneira de medir um objeto diferente
daqueles de seu comprimento, largura e altura? O tempo mede minha vida sem empregar
as três dimensões de comprimento, largura e altura. Não existe tal coisa como um objeto
instantâneo. Sua aparência e desaparecimento são mensuráveis. Ele perdura por um
período definido de tempo. Podemos medir sua vida útil sem usar as dimensões de
comprimento, largura e altura. O tempo é definitivamente uma quarta maneira de medir
um objeto.
Quanto mais dimensões um objeto tem, mais substancial e real se torna. Uma linha reta,
que se encontra inteiramente em uma dimensão, adquire forma, massa e substância pela
adição de dimensões. Que nova qualidade seria o tempo, a quarta dimensão oferece, que
o tornaria tão vastamente superior aos sólidos, como os sólidos são às superfícies e as
superfícies são às linhas? O tempo é um meio para mudanças na experiência, pois todas
as mudanças levam tempo.
A nova qualidade é a instabilidade. Observe que, se bi seccionarmos um sólido, sua
seção transversal será uma superfície; se bi seccionarmos uma superfície, obtemos uma
linha, e bi seccionando uma linha, obtemos um ponto. Isso significa que um ponto é
apenas uma seção transversal de uma linha; que é, por sua vez, apenas uma seção
transversal de uma superfície; que é, por sua vez, uma seção transversal de um sólido;
que é, por sua vez, se levado à conclusão lógica, apenas uma seção de um objeto de
quatro dimensões.
Não podemos evitar a conclusão de que todos os objetos tridimensionais são apenas
seções transversais de corpos de quatro dimensões.
O que significa: quando eu encontro você, encontro uma seção transversal do você de
quatro dimensões - o Eu de quatro dimensões que não é visto. Para ver o eu de quatro
dimensões, eu preciso ver cada seção transversal ou momento de sua vida desde o
nascimento até a morte, e ver todos eles como coexistentes.
Seu foco deve ter toda a gama de impressões sensoriais que você experimentou na terra,
mais aquelas que você pode encontrar. Eu deveria percebê-las, não na ordem em que
foram experimentadas por você, mas como um todo presente. Porque a MUDANÇA é a
característica da quarta dimensão, eu deveria percebê-las em um estado de fluxo - como
um todo vivo, animado.
Agora, se temos tudo isso claramente fixado em nossas mentes, o que isso significa para
nós neste mundo tridimensional? Significa que, se pudermos nos mover ao longo do
comprimento, podemos ver o futuro e alterá-lo, se assim o desejarmos.
Este mundo, que pensamos tão solidamente real, é uma sombra da qual e para além da
qual podemos, a qualquer momento, passar. É uma abstração de um mundo mais
fundamental e dimensionalmente maior - um mundo mais fundamental abstraído de um
mundo ainda mais fundamental e dimensionalmente maior - e assim por diante para o
infinito. Pois o absoluto é inalcançável por qualquer meio ou análise, não importa quantas
dimensões acrescentamos ao mundo.
O homem pode provar a existência de um mundo dimensionalmente maior simplesmente
concentrando sua atenção em um estado invisível e imaginando que ele o vê e sente. Se
ele permanecer concentrado nesse estado, seu ambiente atual passará e ele despertará
em um mundo dimensionalmente maior onde o objeto de sua contemplação será visto
como uma realidade objetiva concreta.
Eu sinto intuitivamente que, se ele tivesse que abstrair seus pensamentos deste mundo
dimensionalmente maior e se afastasse ainda mais dentro de sua mente, ele novamente
faria uma externalização do tempo. Ele descobriria que, cada vez que ele recua em sua
mente interior e provoca uma externalização do tempo, o espaço torna-se
dimensionalmente maior.
E ele concluiria que tanto o tempo como o espaço são seriais, e que o drama da vida é
apenas a escalada de um bloco de tempo múltiplo dimensional.
Os cientistas irão um dia explicar por que existe um Universo Serial. Mas na prática
COMO nós usamos este Universo Serial para mudar o futuro é mais importante. Para
mudar o futuro, precisamos apenas nos preocupar com dois mundos na série infinita; o
mundo que conhecemos por causa de nossos órgãos corporais, e o mundo que
percebemos independentemente de nossos órgãos corporais.
Afirmei que o homem tem a cada instante de tempo a escolha diante dele que de vários
futuros ele terá. Mas surge a pergunta: "Como isso é possível quando as experiências do
homem, acordadas no mundo tridimensional, são predeterminadas? ” Com a sua
observação de um evento antes que ocorra.
Esta capacidade de mudar o futuro será vista se compararmos as experiências da vida na
Terra com esta página impressa. O homem experimenta eventos na terra sozinho e
sucessivamente da mesma maneira que você está experimentando agora as palavras
desta página. Imagine que cada palavra nesta página represente uma única impressão
sensorial. Para entender o contexto, para entender meu significado, você focaliza sua
visão na primeira palavra no canto superior esquerdo e, em seguida, move seu foco
através da página da esquerda para a direita, deixando-a cair sobre as palavras
individualmente e sucessivamente. No momento em que seus olhos alcançam a última
palavra nesta página você extraiu meu significado.
Mas suponha que ao olhar para a página, com todas as palavras impressas nela
igualmente presentes, você decidiu reorganizá-las. Você poderia, reorganizando-as,
contar uma história inteiramente diferente, na verdade você poderia contar muitas
histórias diferentes.
Um sonho não é mais do que um pensamento não-controlado em quatro dimensões, ou o
rearranjo de impressões sensoriais passadas e futuras. O homem raramente sonha com
eventos na ordem em que os experimenta quando está acordado. Ele geralmente sonha
com dois ou mais eventos que são separados no tempo, fundido em uma única impressão
sensorial; ou então reorganiza tão completamente suas impressões sensoriais acordadas
que não as reconhece quando as encontra em seu estado de vigília.
Por exemplo, eu sonhei que eu tinha entregue um pacote no restaurante no meu prédio. A
recepcionista me disse: "Você não pode deixar isso aí", o ascensorista me deu algumas
cartas e, enquanto eu lhe agradecia, ele, por sua vez, me agradeceu. Neste ponto, o
ascensorista noturno apareceu e fez uma saudação para mim.
No dia seguinte, quando saí do meu apartamento, peguei algumas cartas que tinham sido
colocadas à minha porta. No meu caminho para baixo eu dei uma gorjeta ao ascensorista
e lhe agradeci por cuidar da minha correspondência, e ele agradeceu-me pela gorjeta.
Ao voltar para casa naquele dia, ouvi o porteiro dizer a um homem de entrega: "Você não
pode deixar isso aí". Conforme eu estava prestes a pegar o elevador até meu
apartamento, eu me senti atraído por um rosto familiar no restaurante, e quando eu olhei
a anfitriã me cumprimentou com um sorriso. Naquela noite, acompanhei meus convidados
do jantar até o elevador e, ao despedir-me deles, o operador noturno me cumprimentou.
Simplesmente rearranjando algumas das únicas impressões sensoriais que eu estava
destinado a encontrar, e fundindo duas ou mais delas em impressões sensoriais únicas,
construí um sonho que diferia um pouco da minha experiência de vigília.
Quando tivermos aprendido a controlar os movimentos da nossa atenção no mundo de
quatro dimensões, seremos capazes de criar conscientemente as circunstâncias no
mundo tridimensional. Aprendemos esse controle através do sonho acordado, onde nossa
atenção pode ser mantida sem esforço, pois a atenção com mínimo de esforço é
indispensável para mudar o futuro. Nós podemos, em um sonho acordado,
conscientemente construir um evento que desejamos experimentar no mundo
tridimensional.
As impressões sensoriais que usamos para construir nosso sonho acordado são
realidades presentes deslocadas no tempo ou no mundo de quatro dimensões. Tudo o
que fazemos na construção do sonho acordado é selecionar dentre a vasta gama de
impressões sensoriais aquelas que, quando adequadamente organizadas, implicam que
realizamos nosso desejo. Com o sonho claramente definido, relaxamos em uma cadeira e
induzimos um estado de consciência semelhante ao sono. Um estado no qual, embora no
limite do sono, nos deixa no controle consciente dos movimentos de nossa atenção.
Então nós experimentamos na imaginação o que nós experimentaríamos na realidade, se
este sonho acordado fosse um fato objetivo.
Ao aplicar esta técnica para mudar o futuro, é importante sempre lembrar que a única
coisa que ocupa a mente durante o sonho acordado o SONHO ACORDADO, a ação e a
sensação predeterminadas que implicam o cumprimento do nosso desejo. Como o sonho
acordado vai se tornar um fato físico não é nossa preocupação. Nosso reconhecimento do
sonho acordado como realidade física, inicia os meios para sua realização.
Deixe-me novamente estabelecer o fundamento da oração, que não é nada mais do que
um sonho acordado controlado:
1. Defina o seu objetivo, saiba definitivamente o que você quer.
2. Construa um evento no qual você acredita que encontrará SEGUINDO a realização do
seu desejo - algo que terá a ação do EU predominante - um evento que implica a
realização do seu desejo.
3. Imobilize o corpo físico e induza um estado de consciência semelhante ao sono. Então,
mentalmente sinta a ação proposta, até que uma única sensação de satisfação domine a
mente; imaginando durante todo o tempo que você está realmente realizando a ação
AQUI E AGORA para que você experimente em imaginação o que você experimentaria na
carne se você agora percebesse seu objetivo.
A experiência me convenceu de que esta é a maneira mais fácil de alcançar nosso
objetivo. No entanto, meus próprios muitos fracassos me condenariam se eu sugerisse
que dominei completamente os movimentos de minha atenção. Mas eu posso, com o
professor antigo, dizer:
"Esta única coisa que eu faço, esquecendo-me das coisas que estão por trás, e
estendendo-me àquelas coisas que são antes, eu prossigo para a marca para o prêmio."
Phil. 3: 13,14.
Mais uma vez quero lembrá-los de que a responsabilidade de fazer o que vocês fizeram
de real neste mundo não está nos seus ombros. Não se preocupe com o COMO, você
assumiu que ele é feito, a suposição tem sua própria maneira de objetificar a si mesmo.
Toda a responsabilidade de fazê-lo assim é removida de você.
Há uma pequena afirmação no livro de Êxodo que confirma isso. Milhões de pessoas que
o leram, ou o mencionaram ao longo dos séculos, não o compreenderam completamente.
Ele diz: "Não cozinhem o cabrito no leite da própria mãe. Êxodo 23:19).
Incontáveis milhões de pessoas, entenderam mal esta declaração, até neste mesmo dia
na era iluminada de 1948, não vão comer quaisquer produtos lácteos com um prato de
carne. Simplesmente não fazem isso.
Eles pensam que a Bíblia é história, e quando ela diz: "Não cozinhem o cabrito no leite da
própria mãe”, leite e os produtos de leite, manteiga e queijo, eles não vão fazer ao mesmo
tempo em que fazem o cabrito ou qualquer tipo de carne. Na verdade, eles ainda têm
pratos separados nos quais cozinham sua carne. Mas agora você está prestes a aplicá-lo
psicologicamente. Você tem feito a sua meditação e você assumiu que você é o que você
quer ser. A consciência é Deus, sua atenção é como o próprio fluxo de vida ou o próprio
leite que nutre e torna viva aquilo que mantém sua atenção. Em outras palavras, o que
mantém sua atenção tem sua vida.
Ao longo dos séculos um garoto foi usado como o símbolo do sacrifício. Você deu à luz
tudo em seu mundo. Mas há coisas que você não deseja mais manter vivas, embora
tenha sido mãe e pai delas. Você é um pai ciumento que pode facilmente consumir, como
Cronus, seus filhos. É seu direito consumir o que anteriormente você expressou quando
você não sabia melhor.
Agora você está separado da consciência desse estado anterior. Era sua cria, era seu
filho, você o corporificava e expressava em seu mundo. Mas agora que você assumiu que
você é o que você quer ser, não olhe para trás, para seu estado anterior, e pergunte como
ele vai desaparecer do seu mundo. Pois se você olhar para trás e der atenção a ele, você
está mergulhando mais uma vez aquela criança no leite materno.
Não diga a si mesmo: "Eu me pergunto se estou realmente separado desse estado", ou
"Eu me pergunto se assim e assim é verdade". Dê toda sua atenção à hipótese de que
isso é assim, porque toda a responsabilidade de fazê-lo assim é completamente removida
de seus ombros. Você não tem que fazê-lo assim, É assim. Você apropria o que já é fato,
e anda na suposição de que é, e de uma maneira que você não sabe, eu não sei,
ninguém sabe, ela se torna objetivada em seu mundo.
Não se preocupe com o como, e não olhe para trás para estado anterior. "Ninguém, tendo
posto a mão no arado e olhando para trás, é apto para o reino de Deus." Lucas 9:62.
Basta assumir que está feito e suspender a razão, suspender todos os argumentos da
mente tridimensional consciente. Seu desejo está fora do alcance da mente
tridimensional.
Suponha que você é o que você deseja ser; ande como se fosse; e conforme você
permanece fiel à sua suposição - ela vai cristalizar em verdade.
PERÍODO DE SILÊNCIO… (Imaginando)
Fim da quinta aula.
Neville Goddard

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