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ATENDIMENTO DE
ACIDENTES
Brasília - DF
Janeiro 2017
Versão 3.0
ATENDIMENTO DE ACIDENTES
M-015
DIRETORA-GERAL
MARIA ALICE NASCIMENTO SOUZA
FICHA TÉCNICA
ORGANIZAÇÃO:
AUGUSTUS CUNHA CUTRIM PENHA
DIAGRAMAÇÃO:
FÁBIO SAADE SANTOS BARROS
1. INTRODUÇÃO 4
1.1. Doutrina 4
1.2. Definições 4
2. DINÂMICA DO ACIDENTE 11
2.1. Tipos de Acidentes 11
2.2. Fatores Contribuintes 12
2.3. Causas Presumíveis 12
3. ATENDIMENTO E SINALIZAÇÃO 15
3.1. Preparação 15
3.2. Recebimento e Despacho 15
3.3. Sinalização do Sítio do Acidente 15
3.4. Atendimento e Auxílio 19
3.5. Comunicação da ocorrência à polícia judiciária e tco 21
3.6. Acidente de trânsito com veículo oficial e assemelhados 21
3.7. Acidente de trânsito com viatura PRF 21
4. LEVANTAMENTO E REGISTRO 23
4.1. Levantamento do sítio do acidente 23
4.2. Elaboração do Croqui 25
4.3. Amarração 25
4.4. Elaboração da Narrativa 27
4.5. Identificação dos Danos decorrentes de acidentes 29
4.6. Registro de Acidente 30
5. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS 32
5.1. Processo administrativo relacionado ao BAT 32
5.2. Processo de retificação de BAT 33
5.3. Processo de confecção de BAT 35
5.4. Recurso de retificação e de confecção de BAT 35
5.5. Validação e retificação de E-DAT 36
5.6. Processo de cópia de BAT 38
5.7. Avaliação Gerencial do BAT 39
ANEXOS 43
3 | M-015 ATENDIMENTO DE ACIDENTES
1. INTRODUÇÃO
17. DEPRESSÃO: local situado nas baixadas en- mais leitos carroçáveis.
tre uma elevação e um plano ou entre duas elevações. 22. LOMBADA: concordância entre rampas em
Não confundir com a depressão sinalizada por placas aclive e declive, caracterizada por pequena distância de
A-19, cujo objetivo é a redução de velocidade ou de visibilidade. Não confundir com saliência ou lombada re-
alertar quanto a um dano no pavimento. gulamentada por resolução do CONTRAN, cujo objetivo
18. ESTRADAS FEDERAIS: vias federais não pa- é a redução de velocidade.
vimentadas, com circunscrição federal, que conectam 23. MEIO FIO: é uma fileira de pedra ou concreto,
áreas urbana e industrial, pontos de geração e atração ao longo do pavimento, mais elevada que este, que o
de tráfego e pontos significativos dos segmentos mo- reforça e o protege, e limita a área destinada ao trânsi-
dais, podendo atravessar áreas urbanas ou rurais. to de veículos, mais usada para proteger o trânsito dos
19. FAIXAS DE TRÂNSITO: qualquer uma das pedestres.
áreas longitudinais em que a pista pode ser subdividida, 24. MURO: obra de arte que serve para conten-
sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que ção de material terroso ou para separar locais, neste
tenham uma largura suficiente para permitir a circulação caso, obstruindo a passagem de unidades de tráfego
de veículos automotores. de um lado para o outro, podendo ser de concreto, al-
20. FAIXA DE DOMÍNIO: é a base física onde se venaria etc.
assenta uma rodovia, constituída pelas pistas de rola- 25. PERFIL DA VIA: linha que representa de for-
mento, canteiros, obras de arte, acostamentos, sinali- ma contínua a situação altimétrica do alinhamento com a
zação, faixas laterais de segurança, até normalmente o rodovia. Classifica-se em nível, aclive ou declive.
alinhamento das cercas que separam a via dos imóveis
marginais ou da faixa de recuo, conforme projeto da via. 26. PISTA: parte da via normalmente utilizada para
a circulação de veículos, identificada por elementos
21. LEITO CARROÇÁVEL: consiste na porção separadores ou por diferença de nível em relação aos
da plataforma da rodovia compreendendo a pista e os acostamentos, às calçadas, às ilhas ou aos canteiros
acostamentos, quando existirem. Considera-se que as centrais. Também conhecida como pista de rolamento.
rodovias com pistas duplas ou múltiplas tenham dois ou
28. PISTA DUPLA: quando a via tiver duas pistas separadas por defensa, canteiro ou outro elemento físico que
impeça ou dificulte a transposição, independentemente dos sentidos estabelecidos para o trânsito. Não são conside-
radas como pistas duplas aquelas separadas por rios, canteiros extremamente largos e outros casos em que as mãos
de direção contrárias se afastam totalmente.
30. REGISTRO DE ACIDENTE: é o lançamento das informações do acidente de trânsito, com vistas a gerar um
documento público sobre a ocorrência, BAT ou e-DAT.
31. RODOVIAS FEDERAIS: são vias pavimentados, com circunscrição federal, que conectam áreas urbana e
industrial, pontos de geração e atração de tráfego e pontos significativos dos segmentos modais, podendo atravessar
áreas urbanas ou rurais.
32. SARJETA: dispositivo de drenagem, construído lateralmente ao leito carroçável destinado a interceptar e
conduzir, para um local próprio, a água.
33. SÍTIO DO ACIDENTE: área que abrange todos os vestígios mediatos e imediatos do acidente.
34. SÍTIO DE COLISÃO: é a área do local em que os veículos colidiram, ou a área do local em que o veículo
se chocou com qualquer obstáculo, inclusive pedestre, animal, ou a própria via. Portanto assinala o lugar onde houve
interação, geralmente indicado por fragmentos de vidros provenientes dos para-brisas ou lentes de faróis e lanternas,
lascas de pintura, poeira e outros elementos que se desagregam das carrocerias dos veículos e, principalmente, por
marcas de pneumáticos deixadas no pavimento. Também chamado sítio de impacto.
35. SUPERELEVAÇÃO: inclinações existentes nas curvas, cuja função é neutralizar a força centrífuga.
37. Talude: terreno com superfície inclinada, resultante de aterro ou escavação, formando um ângulo com o
plano vertical.
51. • Dores em geral em área sem órgãos vitais. 68. • Carbonização do corpo;
52. • Lacerações leves, contusões e abrasões 69. • Esmagamento de crânio com perda de mas-
(primeiros socorros: simples curativos). sa encefálica e ausência de sinais vitais. Não confundir
com trauma de crânio com perda de massa encefálica,
53. • Todas as queimaduras de lº grau. (até 10% quando se deve tentar a reanimação;
da superfície corporal).
70. • Presença de “rigor mortis”: inicia-se entre 1 e
54. • Fratura dos dentes. 6 horas apos a morte, pelos músculos da mastigação, e
avança no sentido crânio caudal;
55. • Dores ou rigidez muscular da parede toráci-
ca, abrasão por cinto de segurança ou por outras partes 71. • Presença de “livor mortis”: estase sanguínea
do veículo. que depende da posição do cadáver; inicia-se entre
1h30 e 2 horas, atingindo o máximo entre 8 e 12 horas.
56. • Pequenas hemorragias externas, pequenas
Presença de “livor mortis”: estase sanguínea que depen-
entorses, luxações e/ou fraturas fechadas e/ou abertas
de da posição do cadáver; inicia-se entre 1h30 e 2 ho-
dos dedos.
ras, atingindo o máximo entre 8 e 12 horas.
57. • Contusão cerebral leve, com dores de cabe-
72. IGNORADO: quando não há informações a
ça, tonturas, mas sem perda de consciência.
respeito do estado físico do envolvido, após esgotadas
58. • Queixas de dores de pescoço aos movimen- todas as possibilidades de verificação.
tos, sem alterações anatômicas ou radiológicas.
59. • Contusão e abrasão dos olhos e seus ane-
xos.
107. INGESTÃO DE ÁLCOOL: sempre que o con- 113. OBSTÁCULO ESTÁTICO SOBRE A VIA:
dutor apresentar indícios de ingestão de álcool, sendo quando, por exclusão, se chegar a conclusão de que o
comprovada por meio de odores, halitose etílica, postu- acidente não teria ocorrido se não existisse um obstá-
ra, movimentos, comportamento e outros, independen- culo estático sobre a via. Consideram-se também, para
temente de testes e que essa condição tenha contri- os efeitos desta definição, veículos em pane mecânica,
buído com supremacia em relação a outras causas na acidentados ou abandonados, não se aplicando nos
ocorrência do acidente. casos em que o local estiver devidamente sinalizado.
149. A sinalização completa é dividida em zonas (setores) de atendimento, iniciando no sítio de colisão dos veícu-
los para suas adjacências.
150. As necessidades provenientes de cada zona e/ou suas subdivisões deverão ser transmitidas ao policial res-
ponsável, bem como dele advirão as instruções de controle, prezando sempre pela unidade de comando.
151. Essa sinalização não é estanque. As zonas (setores) poderão ser alteradas à medida que novas variáveis ou
necessidades surjam ou se modifiquem, cabendo ao policial responsável a tomada dessa decisão. Divide-se em cinco
setores, conforme a seguir:
152. ÁREA DO EVENTO (VERMELHA OU QUENTE) – SETOR 1 (S1): sítio do acidente. No caso de produtos
perigosos, seu tamanho ou extensão dependerá do tipo de substância química perigosa, de acordo com sua classifi-
cação e numeração da ONU;
153. ÁREA OPERACIONAL (AMARELA) – SETOR 2 (S2): Local do trabalho da(s) equipe(s);
154. ÁREA DE SEGURANÇA (AZUL OU FRIA) – SETOR 3 (S3): Local livre, destinado à segurança da(s) equi-
155. ÁREA DE ACUMULAÇÃO – SETOR 4 (S4): Local destinado à parada dos veículos;
156. ÁREA DE TRANSIÇÃO – SETOR 5 (S5): Local da primeira sinalização de advertência e desvio do fluxo de
veículos. Objetiva alertar os usuários de perigo à frente. Dispondo os cones sobre a via, canalizando o tráfego para a
área livre ou de acumulação, conforme já visto na sinalização emergencial.
157. • Para o dimensionamento das zonas (setores), deverão ser observados os seguintes critérios:
158. • Velocidade máxima permitida para o local;
159. • Volume de veículos por hora no local;
160. • Tipo de veículo que trafega no local;
161. • Largura da seção transversal que se deseja interditar;
162. • Características da rodovia.
163. • Área do evento (S1): É determinada pela abrangência do sítio do acidente;
164. • Área Operacional (S2): É determinada pela logística necessária ao atendimento do acidente;
165. • Área de Segurança (S3): É determinada pela seguinte fórmula:
S3 = | Vv | / 2, onde:
Vv = velocidade da via
* O cálculo matemático utiliza o módulo da velocidade da via com resultado na unidade metro.
Vv = velocidade da via
3.4. ATENDIMENTO E AUXÍLIO das corporações presentes, além das possíveis altera-
ções na posição final dos vestígios presentes no local
169. Atendimento de acidente é o conjunto de atos do evento e nas unidades de tráfego, para posterior re-
realizados pelo PRF no local da ocorrência, com a fina- gistro no sistema.
lidade de auxiliar os usuários diretamente envolvidos e
garantir a segurança destes e dos demais usuários da 173. d) Nos casos de acidentes graves, isolar o lo-
via. Inclui-se no atendimento a coleta das informações cal visando a preservação dos vestígios, em atendimen-
necessárias a subsidiar qualquer tipo de registro que a to ao prescrito na legislação vigente, além dos casos de
ocorrência demandará (BAT ou e-DAT). No local, o PRF acidentes com derramamento/vazamento de produtos
deverá adotar as seguintes ações: perigosos. Para o isolamento, recomenda-se o uso de
fitas zebradas delimitando o espaço a ser isolado. Este
170. a) Dimensionar a cena. Avaliar a amplitude do é determinado pela área em que se encontram os vestí-
acidente, verificar os riscos existentes e as condições gios ou pela recomendação do MPO-040 (Atendimento
de segurança do local. às Emergências Envolvendo Produtos Perigosos). Nos
acidentes com veículos oficiais, observar a necessidade
171. b) Providenciar a sinalização do local, confor-
de isolamento do local.
me doutrina adotada neste manual, para garantir a se-
gurança e evitar ocorrências de novos acidentes. No 174. e) Havendo riscos à segurança viária ou pre-
caso de envolvimento de veículo transportando produto juízo ao tráfego, providenciar a imediata remoção de
perigoso, adotar medidas iniciais conforme MPO-040 pessoas que tenham sofrido lesões, bem como dos
(Atendimento às Emergências Envolvendo Produtos Pe- veículos para fora da pista. Antes, porém, é necessário
rigosos), acionando, se necessário, os órgãos compe- ter o cuidado de registrar – com fotografias e marcações
tentes, tais como: Corpo de Bombeiros, Ibama, Defesa no pavimento – a posição de imobilização das unidades
Civil etc. de tráfego, objetivando a amarração e a elaboração do
croqui. (Ver Lei nº 5.970/1970 e Lei nº 6.174/1974).
172. c) Estabilizar os veículos, verificar o estado
das vítimas, se houver, prestando o devido socorro e, 175. f) Deverá ser realizada a fiscalização da alte-
quando necessário, acionar os órgãos competentes. ração da capacidade psicomotora nos condutores,
Caso haja equipes ou representantes de outros órgãos pedestres, ciclistas e cavaleiros envolvidos, conforme
prestando atendimento, socorrendo vítimas, sinalizando critérios estabelecidos. Registrar a numeração do apare-
e isolando o local, anotar os nomes dos responsáveis
182. m) Informar e atualizar imediatamente à Unida- 186. Nos casos em que o PRF comparecer ao local
de Operacional mais próxima sobre o atendimento do da ocorrência e verificar que o acidente se enquadra
acidente do qual tiver conhecimento – mesmo que se- como e-DAT, ele deverá orientar o usuário a fazer o re-
4.1. LEVANTAMENTO DO SÍTIO DO ACIDENTE relevação, superlargura, curva vertical, taludes, terreno
marginal, defensa, barreira etc.
211. Para a PRF, o levantamento do sítio de aciden-
te consiste na obtenção dos dados necessários ao re- 218. • Tipo de superfície das vias de tráfego: asfal-
gistro do boletim de acidente de trânsito e/ou do laudo to, concreto, paralelepípedo, terra e pedra/areia.
pericial/laudo de investigação de acidente de trânsito. 219. • Sinalização das vias: horizontal, vertical, se-
Tais registros serão utilizados nos estudos de prevenção mafórica etc.
de acidentes e, se for o caso, nas reproduções simula-
das, atendendo às demandas legais. 220. • Iluminação artificial das vias.
212. O policial deverá colher todas as informações 221. • Regime de tráfego das vias.
referentes ao caso: as diretamente acessíveis no lo- 222. • Condição física da superfície das vias de trá-
cal, as recebidas dos envolvidos e das testemunhas, fego: seca ou molhada, polida ou rugosa e limpa ou
se houver, e as decorrentes dos vestígios e materiais contaminada.
encontrados. Ele deverá também observar detalhada-
mente as sedes de impacto das unidades de tráfego 223. • Defeito na superfície das vias de tráfego: re-
envolvidas, a conformação dos danos e orientação das calque, buraco e/ou vala, degrau entre pista e acosta-
avarias, quanto às direções longitudinal e transversal. mento, infraestrutura de drenagem, superelevação ne-
gativa em curva.
213. Nessa fase, o policial deverá ficar atento quan-
to à idoneidade dos vestígios encontrados, priorizando 224. • Restrições físicas à visibilidade nas vias de
tráfego.
os vestígios transitórios, pois desaparecem rapidamen-
te. São exemplos de vestígios transitórios: imobiliza- 225. • Posição de imobilização das vítimas, em
ção das vítimas, posição de imobilização dos veículos, caso de óbitos.
fragmentos de vidros e de material plástico e metálico,
partes metálicas, lascas de pintura, rastros de fluidos, 226. • Posição de imobilização dos veículos.
poças de fluidos e porções de terra desprendidas de 227. • Vestígios móveis: fragmentos de vidros e de
veículos e marcas de pneumáticos. material plástico e metálico, partes metálicas, lascas de
pintura, rastros de fluidos, poças de fluidos e porções de
4.1.1. ITENS REFERENTES AO AMBIENTE VIÁRIO:
terra desprendidas de veículos.
214. Deverão ser observados os seguintes itens 228. • Atritamentos superficiais (estrias e fricções).
para a confecção do boletim de acidente trânsito:
229. • Sulcagens por partes metálicas.
215. • Identificação do local do evento (endereço) e
coordenadas geográficas (latitude e longitude). As co- 230. • Marcas de pneumáticos: frenagem, derrapa-
ordenadas geográficas do acidente são medidas a partir gem, aceleração, pneumático vazio etc.
do ponto central do sítio de colisão e obrigatoriamente
231. • Transferências de tintas e/ou impregnação
devem ser registradas no BAT.
de outras substâncias.
216. • Caracterização (descrição) do local do even-
232. • Trilhas em terrenos marginais.
to, incluindo o trecho de aproximação, segundo o des-
locamento dos veículos. 233. • Marcas de choque em estruturas estáticas,
veículos imobilizados.
217. • Elementos das vias de tráfego: traçado retilí-
neo ou curva horizontal, plataforma em nível ou desnível, 234. • Condições meteorológicas.
número de pistas, número de faixas de tráfego, acos-
235. • Restrições ambientais à visibilidade: luz solar
tamento, canteiro central, inclinação transversal, supe-
238. • Caracterização: tipo, marca, modelo e cor 255. Deverão ser observados os seguintes itens re-
predominante. ferentes aos envolvidos:
242. • Intrusão de partes metálicas para o interior 257. • Oferecer aos envolvidos a possibilidade de
do habitáculo. se pronunciarem por escrito sobre o acidente, preen-
chendo o Termo de Declaração do Envolvido – TDE.
243. • Diagnose/análise de contato com corpo rígi- Caso algum dos envolvidos se recuse ou esteja impos-
do ou semirrígido. sibilitado de preencher o TDE, isso deverá ser informado
244. • Transferências e/ou impregnação de tintas e no boletim de acidente.
de outras substâncias. 258. • Tipos, região, possíveis causas e gravidade
245. • Avarias induzidas: quando é decorrente de das lesões e ferimentos verificados.
outra avaria. 259. • Em casos de óbito, os seguintes itens serão
246. • Marcas de esfregadura, inclusive em cintos aplicados:
de segurança. 260. • Posicionamento das vítimas: posicionada em
247. • Marcas de projeção dos ocupantes no inte- decúbito dorsal, ventral, lateral esquerdo ou lateral direi-
rior do habitáculo. to, sentada ou em suspensão.
248. • Fratura e oxidação das lâmpadas dos faróis. 261. • Posicionamento dos membros inferiores e
superiores das vítimas: distendidos ou fletidos, entrea-
249. • Estado de conservação dos pneumáticos, bertos ou unidos.
principalmente quanto ao desgaste das bandas de ro-
dagem. 262. • Estado de conservação das vítimas: flacidez
ou rigidez muscular.
250. • Aparelho registrador instantâneo e inalterável
de velocidade e tempo (tacógrafo), incluindo-se suas 263. • Descrição e localização das lesões das víti-
instalações e mídia de gravação e registro. mas.
251. • Fratura de componentes dos veículos com 4.1.4. ROTEIRO PARA O LEVANTAMENTO DO SÍTIO
potencial para causar o evento. DE ACIDENTES:
271. • Realizar amarração, observando os casos e 281. Deverá constar no croqui se o local foi preser-
métodos estabelecidos. vado, parcialmente desfeito ou desfeito.
272. • Realizar medições da via e outras relaciona- 282. Local preservado é caracterizado quando os
das ao sítio do acidente. veículos e corpos envolvidos permanecem na posição
de repouso ou final.
273. • Observar as condições meteorológicas, a
fase do dia, bem como o estado de conservação do 283. Local parcialmente desfeito é caracterizado
pavimento e da sinalização. pela permanência de parte dos envolvidos, veículos e
corpos envolvidos.
274. • Registrar a velocidade regulamentar da via no
sítio do acidente. 284. Local desfeito é caracterizado pela ausência
da posição de repouso dos veículos e pessoas envol-
275. É obrigatório o registro fotográfico do sítio do
vidas.
acidente em visão panorâmica de ambos os sentidos, a
partir do eixo central da pista. As fotos deverão ser inse- 4.3. AMARRAÇÃO
ridas no sistema de registro de acidentes disponibilizado
pela PRF, fundamentando a não inserção. 285. É o procedimento realizado pelo policial para
a obtenção das distâncias dos elementos do sítio do
276. Quanto aos vestígios, devem ser medidos – acidente em relação a um referencial determinado. Este
minimamente – se levantados no sítio do acidente: a referencial pode ser elementos da via como marco qui-
distância de projeção de vítimas; a extensão de marcas lométrico, poste, placas de sinalização, cabeceira de
de pneumáticos; o diâmetro e profundidade de buracos ponte, pilares, ponto de escoamento de água, entrada
na via; a altura do desnível; a extensão de danos a patri- de propriedade (especificar) etc.
mônio e a extensão de marcas de fricção e sulcamento.
286. Onde não existir um referencial próximo ao sítio
4.2. ELABORAÇÃO DE CROQUI do acidente, ele será criado pelo PRF (preferencialmente
numa das linhas longitudinais ao longo da rodovia) e re-
277. O croqui é um desenho esquemático repre-
presentada a sua localização no croqui.
sentativo do sítio onde ocorreu o acidente. É obrigató-
rio para todos os BAT, inclusive para aqueles em que 287. Devem ser amarrados, minimamente, os se-
os veículos tenham sido retirados da posição final (local guintes elementos, se levantados no sítio do acidente:
desfeito). unidades de tráfego e vítimas mortas (na posição de
inércia); e centro do sítio de colisão. Podem ainda ser
278. Deve ser elaborado como se o observador es-
amarrados outros elementos relevantes, como início e
tivesse posicionado sobre o alto do sítio do acidente,
fim de marcas de pneumáticos, material biológico, bura-
devendo permitir o entendimento apropriado do evento
cos, fragmentos, poças de fluidos, carcaças de animais,
e das condições físicas locais, tendo coerência com o
dentre outros demais vestígios.
texto narrativo.
288. A amarração tem como finalidade principal
279. Representa o local do acidente de forma es-
289. É obrigatória nos casos de acidentes graves e em acidentes com veículos oficiais da união em que a perícia
foi acionada e não compareceu. Na impossibilidade da amarração ser realizada nesses casos, o policial deve justificar
em campo específico ou na narrativa do acidente.
290. Pode ser realizada por dois métodos: coordenadas cartesianas e triangulação. O policial, após receber o
treinamento adequado, deverá utilizar a metodologia de medição por coordenadas cartesianas. Na impossibilidade de
utilização dessa metodologia, ou em curva, poderá utilizar a da triangulação.
291. Partindo-se de um referencial, traçam-se dois eixos perpendiculares (x, y). A partir dos eixos, cada ele-
mento terá sua distância obtida e registrada na forma de um par ordenado. Para facilitar o trabalho, pode-se escolher
uma das linhas da rodovia como um dos eixos. A figura abaixo ilustra a aplicação do método:
292.
293. Partindo-se de dois pontos fixos, preferencialmente do projeto da rodovia, cada ponto a ser amarrado terá
sua distância medida em relação a cada um desses pontos fixos. Também deve ser registrada a distância e orientação
entre os dois pontos fixos.
294. Quando da não existência de um ou dos dois pontos fixos no local, pode-se optar pela definição de um ou
dois fictícios, determinando suas posições no croqui e distância em relação ao ponto fixo ou entre eles. A figura abaixo
ilustra a aplicação do método:
295. A narrativa é um texto que descreve a dinâmica 299. Julgar é competência do juiz. Assim, a narrati-
e dá movimento ao croqui, auxilia o leitor na compreen- va não deve trazer os termos como negligência, impru-
são dos fatos que levaram à ocorrência do acidente e dência e imperícia e sinônimos, os quais normalmente
esclarece as circunstâncias relevantes encontradas no são usados em sentenças.
local.
300. Deve haver harmonia entre as provas colhidas
296. Deve ser concisa, técnica, respeitar a norma e a dinâmica do acidente. Informações contrárias às
culta de linguagem, objetiva, imparcial, lógica, cronolo- provas não devem fazer parte da narrativa.
gicamente sequenciada e compromissada com a ver-
301. Quando mencionar frenagens, derrapagens,
dade.
buracos e outras condições, deverá fazer os registros
297. Não deve ter empirismo (conhecimento por também no croqui, posicionando e dimensionando tais
experiência). Deve ser baseada no levantamento do lo- elementos adequadamente conforme observado no lo-
cal por meio da análise dos vestígios, na busca pela cal do acidente.
verdade dos fatos. As declarações dos envolvidos ou
302. É importante registrar na narrativa todas as in-
testemunhas servem como material orientativo durante
formações relevantes sobre o evento, tais como: presta-
a investigação do acidente, e não devem ser mencio-
ção ou omissão de socorro; uso de substâncias psico-
nadas na narrativa, bem como serem utilizadas como
ativas; estado de conservação do veículo; informações
fundamento para a conclusão.
da via (estado da via, estado da sinalização, condições
298. O policial não julga, porém deve ter inferência, do pavimento etc); condições ambientais (neblina, chu-
formar sua convicção de como ocorreu o acidente, ba- va, fumaça, neve, céu claro etc); entre outros.
seado nos vestígios encontrados no local, além de ou-
303. Considerando que a maioria dos interessados
317. No dia dd/mm/aaaa, às xxhxxmin, a equipe 328. No dia dd/mm/aaaa, às xxhxxmin, em Xxxxxx/
PRF foi acionada para atender um acidente ocorrido na UF, no km xxx da BR xxx, constatou-se através dos
BR xxx, km xxx, no município xxxxxx/UF. vestígios, principalmente das marcas de pneumáticos
389. O NURAM deverá analisar o processo, verificar 395. Convocações a serviço no território nacional,
se os requisitos formais foram atendidos. Caso verifica não são considerados afastamentos, com o advento do
da alguma inconsistência, o NURAM, desde logo, infor SEI.
mará o usuário, por meio do contato por ele informado,
396. Na impossibilidade de todos, responsável pela
para que possa sanar a irregularidade. No caso de não
lavratura do BAT e auxiliares, por afastamento superior a
atendimento dos requisitos pelo interessado no prazo
30 (trinta) dias, deverá ser formado um grupo de traba-
de 10 (dez) dias, após ciência, conforme Lei 9.784/99,
lho, de no mínimo dois policiais, de lotação da unidade
artigos 24 e 40, o processo será concluído, sem análise
de circunscrição da ocorrência, indicados pelo Chefe
do mérito, podendo ser arquivado de ofício.
da Delegacia, para análise sobre o pedido de retificação
390. Se o requerimento tratar de boletim de aciden do boletim de acidente, conforme o caso.
te de trânsito ocorrido em outra Regional, o NURAM de-
397. O policial responsável pela análise do requeri-
verá encaminhar o processo via SEI para o Núcleo de
mento, ou designado para tal, terá cinco (5) dias contí-
Registro de Acidentes e Medicina Rodoviária da Regio
nuos, a partir da data de ciência (o prazo conta a partir
nal de ocorrência do acidente.
do dia seguinte), para se manifestar sobre o pedido de
391. O NURAM poderá fazer a instrução do proces- retificação, de acordo com os Artigos 24 e 66 da Lei nº
so com os documentos e cópias, que mesmo não jun- 9.784/99.
tadas pelo requerente, entender necessários para a me-
398. O policial, estando de acordo com as solicita-
lhor análise por parte do PRF ou do grupo de trabalho, e
ções do requerente, providenciará a retificação do bole-
acessíveis via sistemas (sistema de acidente, PDI, SER-
tim de acidente de trânsito.
PRO, consultas integradas etc), como BAT, bem como,
por solicitação a outros órgãos que tenham participado 399. O policial que se manifestar desfavorável ou
do atendimento (concessionárias, SAMU etc). parcialmente favorável ao requerido, deverá realizar a re-
tificação dos itens que julgar cabíveis e justificar o seu
392. Após a juntada de documentos, análises e
posicionamento com clareza em referência aos itens
considerações do NURAM, o processo será encami-
que não deverão ser retificados, remetendo o processo
nhado à Delegacia de circunscrição do acidente.
ao Chefe da Delegacia.
5.2. PROCESSO DE RETIFICAÇÃO DE BAT
400. Caso o requerimento não seja acolhido em sua
393. A Delegacia responsável pela circunscrição do totalidade, o Chefe da Delegacia apreciará as razões da
trecho de ocorrência do acidente, fará o recebimento do decisão, se manifestando de forma fundamentada, so-
processo administrativo de retificação de acidente, en- bre a manutenção do não acolhimento ou determinará a
caminhando ao PRF responsável pela lavratura do BAT. alteração do boletim de acidente, no que couber. Nesta
Se o PRF tiver sido removido, ou mesmo seja lotado em situação, se o PRF que negou total ou parcialmente o
outra unidade, a Delegacia enviará o processo via SEI a pedido, for lotado em unidade diversa da Delegacia de
esta unidade, para que o PRF faça a análise do requeri- circunscrição do acidente, o Chefe da Delegacia local
mento. Após o processo será devolvido à Delegacia de designará grupo de trabalho de sua unidade, composto
401. Em qualquer dos casos, após a adoção dos procedimentos, a Delegacia enviará o processo ao NURAM, via
SEI.
402. As alterações do boletim de acidentes de trânsito deverão ser comunicadas pelo NURAM do estado de cir-
cunscrição do acidente, ao requerente, ao proprietário ou condutor, e aos pedestres e cavaleiros envolvidos, desde
que conste e-mail ou endereço localizável. Poderá ser comunicado também a todos os envolvidos relacionados, se
constar e-mail ou endereço localizável. A regra será a comunicação por meio de correio eletrônico.
403. O Chefe do NURAM, ou alguém por ele autorizado, poderá realizar a retificação cuja instrução processual
verse somente sobre erro material, este entendido como um simples erro que provém da falsa percepção da realidade,
quando a pessoa se engana por si mesma, sem ser induzida a erro. Erro este facilmente perceptível pela demonstração
documental ou verificação do objeto material. Como exemplo pode-se citar o erro quanto ao nome de um dos envolvi-
dos, por erro de letra, ou mesmo a marcação de um item do relatório de danos que não existe, ou do qual visivelmente
não há dano no veículo, tomado como base o momento do acidente, demonstrado em imagem da época constante
do BAT.
404. A reavaliação do relatório de classificação de danos de veículo envolvido em acidente de trânsito não poderá
ser realizada pelo PRF, exceto quando se configurar nítido o erro material quanto ao preenchimento ou inexistência do
dano ou item.
405. Quando a retificação do BAT se der por alteração da placa do veículo que possuía classificação de danos de
média ou grande monta, o policial responsável pela retificação deverá destacar o fato em seu despacho informativo
no SEI, destinado ao NURAM, o qual tomará as providências para informação ao DETRAN do estado de registro do
veículo.
406. Nos demais casos de retificação do BAT com alteração da monta do relatório de danos, o PRF deverá relatar
tal ocorrência em seu despacho informativo.
407. Diariamente, os NURAM deverão receber relatório eletrônico com a informação dos veículos que se envolve-
ram em acidentes de trânsito, com danos de média e grande monta, resultante do relatório de danos do veículo da Re-
solução 544/2015/CONTRAN. Também devem constar neste relatório de danos em monta a informação dos veículos
que, por retificação da placa ou erro material, tiveram sua classificação reduzida, ou mesmo os que pelo erro verificado,
deixaram de ter dano em monta associado ao veículo. Cada relatório trará a relação dos veículos sinistrados registrados
no DETRAN daquela Regional. O relatório deverá ser em formato de fácil visualização, separado por tipo de veículo,
conforme classificação dos anexos da Resolução 544/2015/CONTRAN, seguindo padrão de informações abaixo.
408. Uma vez retificado o Boletim de Acidente de Trânsito, o novo documento deverá trazer a informação dos BAT
que substitui, bem como o número dos processos relacionados à retificação.
409. Não há um limite de retificações máximo, devendo apenas serem justificadas no processo administrativo a
que se referem.
410. Para as ocorrências registradas no sistema de registro de acidentes de trânsito, a retificação (ou confec-
420. O grupo de trabalho/policial que se manifes- 428. O NURAM, quando entender necessário, po-
tar desfavorável ou parcialmente favorável ao recurso, derá fazer a validação de e-DAT.
deverá justificar o seu posicionamento com clareza, em 429. A validação da e-DAT é uma avaliação mera-
referência aos itens que não deverão ser retificados ou mente formal. O PRF deve verificar se:
dos motivos do não acolhimento do recurso de confec-
ção de BAT, remetendo o processo ao Chefe da Dele- 430. I – O acidente se enquadra dentre as possi-
gacia. bilidades de registro via e-DAT (sem dano social, sem
crime conexo, para viaturas oficiais apenas com registro
421. Caso o recurso não seja acolhido na sua to- em PDI da opção pelo e-DAT etc);
talidade, o Chefe da Delegacia apreciará as razões da
decisão, se manifestando de forma fundamentada, so- 431. II – Há o emprego de termos incompatíveis
bre a manutenção do não acolhimento ou determinará com um documento oficial, especialmente palavras de
a alteração ou a confecção do boletim de acidente de baixo calão, quando deve ser indeferido;
trânsito, no que couber.
432. III – Há afirmações inconvenientes à PRF (impu-
422. Se o recurso tratar sobre pedido de cópia de tação de condutas ilícitas a agentes PRF, afirmações in-
BAT, o prazo de resposta será de 5 (cinco) dias, prorro- juriosas à PRF). O usuário deve ser orientado a procurar
gável por igual período, caso não dependa de instrução, a ouvidoria ou corregedoria, e o e-DAT será indeferido.
o que deverá ser justificado.
433. Não é uma avaliação material. O PRF não ava-
423. Não sendo acolhido o recurso pelo grupo de lia se o conteúdo da e-DAT é ou não verdadeiro, se o
trabalho/policial, negativa mantida pelo Chefe da Dele- acidente ocorreu ou não, se os fatos ocorreram como
gacia, o NURAM se manifestará e despachará o proces- o relatado pelo declarante, nada disso. Isso tudo é res-
so ao Superintendente Regional que decidirá em grau ponsabilidade do declarante.
de recurso.
434. A validação do e-DAT não gera uma presunção
424. O Superintendente Regional analisará os fatos, de veracidade sobre os fatos nela declarados. O docu-
ratificando a decisão do grupo de trabalho/policial ou mento de e-DAT somente adquire força jurídica, depois
determinará o acolhimento do recurso, com a posterior de validado pela PRF, impresso e assinado pelo decla-
retificação ou confecção do BAT pelo grupo de trabalho/ rante.
policial, ou fornecimento de cópia de BAT.
435. O passo a passo da validação deve seguir o
425. Em qualquer dos casos, o NURAM deverá ofi- seguinte roteiro:
ciar o resultado ao requerente e/ou, quando houver, aos
436. I – Acesse o link: www.prf.gov.br/edat.
458. XVIII – Validar significa homologar a declaração. 466. IV – Demais autorizações previstas em Lei.
Já vincular é juntá-las para fins estatísticos, e não signi- 467. O controle das solicitações de cópia de BAT
fica que as declarações foram validadas. São dois pro- ficará a critério do Núcleo de Documentação – NUDOC
cessos independentes. da Regional.
459. O registro de e-DAT iniciado pelo usuário fica-
5.6.1. PROCESSO DE DECLARAÇÃO DE NADA
rá disponível durante 48 horas no sistema para ser en- CONSTA
cerrado, inclusive a retificação. Se for extrapolado este
prazo sem encerramento do registro, o sistema elimina 468. O requerimento com vistas à declaração de
o protocolo de retificação gerado, necessitando o usuá- nada consta em acidente de trânsito, poderá ser requi-
rio reinicializar o novo registro ou retificação. Importante sitado por qualquer cidadão habilitado, junto a Polícia
observar que, enquanto o processo de retificação do Rodoviária Federal. O requerimento deverá ser instruído
e-DAT não for encerrado, continuará válido o registro an- em processo administrativo, conforme regulação do SEI,
terior. e encaminhado ao NURAM, para instrução, e se for o
caso, emissão da respectiva declaração.
460. O sistema de registro de e-DAT gerará estatís-
ticas de acidentes, possibilitando que sejam adotadas 469. O usuário deverá motivar o pedido, anexando
políticas de redução destes acidentes pela PRF, mesmo documentos de identificação (CNH).
para estas ocorrências menos graves.
470. Este documento não deverá ser emitido a pe-
461. A retificação de e-DAT, se for o caso, poderá dido de pessoas jurídicas ou mesmo terceiros, mas so-
ser feita quantas vezes necessário, por no máximo 60 mente no intuito de atender solicitação do próprio usu-
ário habilitado.
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