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PÓS EM INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA

Planos de Zona de
Proteção (PBZPA,
PZPANA e PZR)
Prof.ª Tiago Marques direção1@iposespecializacao.com.br
Especialista AGA e ATM (81) 99775-1901

https://www.linkedin.com/in/tiago-marques-931a7b1a1/
Agenda:

📚 Módulo 10: Plano de Zona de Proteção


👩‍🏫 Prof. Tiago Marques
⏰Data 20 a 22 de Janeiro de 2023

Sexta das 19h às 22h – 3 horas


Sábado das 08h às 18h – 9 horas
Domingo das 08 às 12h – 4 horas

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Introdução
Legislação Aplicável em Vigor
Portal AGA
Conceitos Básicos

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Utilização do Espaço Aéreo

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ENTORNO AEROPORTUÁRIO

RBAC 153
- Termos e definições:
Entorno do aeródromo significa o espaço compreendido
pela Área de Segurança Aeroportuária – ASA, à exceção
da área compreendida pelo sítio aeroportuário.
(Incluído pela Resolução nº 611, de 09.03.2021)

https://www.youtube.com/watch?v=3PclwuHUWiU&t=5981s&ab_channel=IPOS-InstitutodeEspecializa%C3%A7%C3%A3o

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Constituição Federal (Texto compilado até a Emenda Constitucional nº 93 de 08/09/2016)
• Título III - Da Organização do Estado
• Capítulo IV - Dos Municípios
• Art. 30. Compete aos Municípios:
• VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo
urbano;
LEI Nº 7.565, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1986 (Dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica)
• TÍTULO III - Da Infra-Estrutura Aeronáutica
• CAPÍTULO II - Do Sistema Aeroportuário
• SEÇÃO V - Das Zonas de Proteção
• Art. 43. As propriedades vizinhas dos aeródromos e das instalações de auxílio
à navegação aérea estão sujeitas a restrições especiais.
• Art. 44. § 4° As Administrações Públicas deverão compatibilizar o zoneamento
do uso do solo, nas áreas vizinhas aos aeródromos, às restrições especiais,
constantes dos Planos Básicos e Específicos.

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O Modelo Brasileiro para Aviação Civil

ANAC

Autoridade de Aviação Civil


Órgão Ministerial

Autoridade Aeronáutica
SAC COMAER
• Políticas para o • Zonas de • Características
desenvolvimento proteção; físicas;
do setor de • Interferência na • Sinalização
aviação civil; circulação aérea. horizontal e
• Viabilidade de luminosa;
aeródromos de uso • Zoneamento de
público; ruído aeronáutico.
• Coordenação da
atuação de
COMAER e ANAC.

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Contexto histórico

USOAP Portaria
MAER 957/GC3
ICAO

1941 1987 2009 2011 2015 2020

Portaria Portaria
ICA 11/408
1.141/GM5 256/GC3

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BASE NORMATIVA – PLANOS DE ZONA DE PROTEÇÃO

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BASE NORMATIVA – PLANOS DE ZONA DE PROTEÇÃO

ICA 11-408 (Restrições aos objetos projetados


no espaço aéreo que possam afetar
adversamente a segurança ou a regularidade
das operações aéreas)

Dispõe sobre as restrições impostas pelo Plano Básico de Zona de Proteção de


Aeródromo, Plano Básico de Zona de Proteção de Heliponto, Plano Específico de
Zona de Proteção de Aeródromo, Plano de Zona de Proteção de Rotas Especiais de
Aviões e Helicópteros e pelo Plano de Zona de Proteção de Auxílios à Navegação
Aérea aos objetos projetados no espaço aéreo que possam afetar adversamente a
segurança ou a regularidade das operações aéreas.

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BASE NORMATIVA – PLANOS DE ZONA DE PROTEÇÃO

ICA 11-3 (Processos da área de aeródromos


(AGA) no âmbito do COMAER)

Estabelece os processos para análise de planos diretores aeroportuários, de inscrição


e alteração no cadastro de aeródromos da ANAC, de exploração de aeródromo civil
público e de objetos projetados no espaço aéreo

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BASE NORMATIVA – PLANOS DE ZONA DE PROTEÇÃO

ICA 63-19 (Critérios de análise técnica da


área de aeródromos (AGA)

Define o efeito adverso e estabelece critérios de desenvolvimento de estudo


aeronáutico.

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BASE NORMATIVA – PLANOS DE ZONA DE PROTEÇÃO

ICA 11-4 (Processos para análise de projetos


de construção ou modificação de
aeródromos militares)

Estabelece os processos para análise de projetos de construção ou


modificação de aeródromos militares, bem como, as responsabilidades
quanto às análises pertinentes à emissão dos respectivos pareceres.

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BASE NORMATIVA – PLANOS DE ZONA DE PROTEÇÃO

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ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS PARTICIPANTES DOS PROCESSOS AGA NO BRASIL

Secretaria de Aviação
Civil do Ministério dos
Comando da Agência Nacional de
Transportes, Portos e
Aeronáutica (COMAER) Aviação Civil (ANAC)
Aviação Civil (SAC-
MTPA)

Prefeituras Municipais e
Advocacia Geral da
Governo do Distrito
União (AGU).
Federal (GDF)

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COMPETENCIAS

a) Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA)


• Elaborar conjunto de normas complementares do COMAER para
detalhamento dos dispositivos estabelecidos na ICA 11-408;
Comando da • coordenar e supervisionar, junto aos seus Órgãos Regionais, as
diversas atividades necessárias à manutenção da segurança das
Aeronáutica operações aéreas no entorno dos aeródromos brasileiros; e
• orientar, a seu critério, a confecção dos PEZPA.
(COMAER)

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COMPETENCIAS

b) Órgãos Regionais do DECEA


• confeccionar os PEZPA e PZPREAH, em coordenação com o DECEA;
• emitir a decisão final do processo de análise de objetos projetados no
Comando da espaço aéreo;
• coordenar com a Administração Municipal/Distrital a observância das
Aeronáutica restrições impostas pelos Planos de Zona de Proteção;
• analisar os dados enviados pela Administração Municipal/Distrital ou pelo
(COMAER) Operador de Aeródromo referentes a objetos que possam contrariar os
dispositivos previstos na ICA 11-408 e adotar as medidas operacionais
necessárias à manutenção da segurança e da regularidade das operações
aéreas, conforme o caso;

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COMPETENCIAS

b) Órgãos Regionais do DECEA


• lavrar auto de embargo de objetos, de qualquer natureza, temporária ou
permanente, fixa ou móvel, quando constatado que esse objeto contraria
os dispositivos previstos na ICA 11-408, bem como nas normas
Comando da complementares do COMAER, e comunicar à Administração
Municipal/Distrital responsável;
Aeronáutica • informar via ofício à Advocacia-Geral da União sobre os objetos que
contrariem as restrições impostas na ICA 11-408 e nas normas
(COMAER) complementares do COMAER; e
• publicar os obstáculos que interferem nos limites verticais das superfícies
limitadoras de obstáculos identificados nos processos de regularização um
PBZPA, PBZPH ou PZPANA, bem como nos processos de OPEA autorizados
em grau de recurso por interesse público.

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COMPETENCIAS

c) Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA)


• verificar a correta definição dos Municípios impactados pelos Planos de
Comando da Zona de Proteção;
• publicar a Portaria dos Planos de Zona de Proteção;
Aeronáutica • disponibilizar os Planos de Zona de Proteção no Portal AGA;
(COMAER) • revogar os Planos de Zona de Proteção; e
• disponibilizar as listas de obstáculos no Portal GEOAISWEB
(https://geoaisweb.decea.gov.br/).

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COMPETENCIAS

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COMPETENCIAS

• formular políticas para o desenvolvimento do setor de aviação civil no âmbito


nacional (PNAC);
SAC/MTPA • aprovar análises de viabilidade de construção de aeródromos de uso público;
e
• coordenar a atuação do COMAER e da ANAC.

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COMPETENCIAS

• normatizar e aprovar Plano de Zoneamento de Ruído (PZR);


• regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e
Agência Nacional de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária;
Aviação Civil (ANAC): • conceder autorização prévia para a construção de
aeródromos; e
• realizar o cadastro de aeródromos no Brasil.

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COMPETENCIAS

• compatibilizar o ordenamento territorial com os PZP e demais restrições


estabelecidas na ICA 11-408;
• fiscalizar os objetos projetados no espaço aéreo e o desenvolvimento de
atividades urbanas quanto à sua adequação aos Planos de Zona de Proteção;
• receber e apurar denúncias sobre a existência de objetos que possam vir a
contrariar os dispositivos previstos na ICA 11-408, bem como nas normas
complementares do COMAER;
• encaminhar ao Órgão Regional do DECEA os elementos necessários à análise
Administração de denúncias de objetos que possam contrariar os dispositivos previstos:
Municipal/Distrital: ❖tipo do objeto;
❖localização por coordenadas geográficas;
❖elevação do terreno na base do objeto; e
❖altura do objeto.
• exigir a apresentação da decisão final do COMAER, para aprovação de
projetos de novos objetos ou de alteração de objetos existentes
• emitir a declaração de ciência da Administração Municipal/Distrital sobre os
impactos causados pelos Planos de Zona de Proteção.

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COMPETENCIAS

• definir o código de referência de aeródromo, a categoria de performance da


aeronave de projeto, e a classe de performance do helicóptero de projeto
para efeito de estabelecimento das dimensões dos Planos de Zona de
Proteção do aeródromo ou heliponto sob a sua administração;
• confeccionar o PBZPA, o PBZPH e o PZPANA, conforme o caso, realizar
levantamento topográfico na área de abrangência desses planos, com
Operador de identificação de eventuais obstáculos, e submetê-los à análise do COMAER;
• definir os Municípios impactados pelos Planos de Zona de Proteção;
Aeródromo • solicitar a emissão da declaração de ciência da Administração
Municipal/Distrital sobre os impactos causados pelos Planos de Zona de
Proteção.
• avaliar, quando consultada pelo Órgão Regional do DECEA, o impacto de
possíveis medidas mitigadoras, decorrentes da existência ou da intenção de
construção de objetos, na operação do aeródromo;

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COMPETENCIAS

• estabelecer, implementar e apresentar, ao Órgão Regional do DECEA, um


Plano de monitoramento na área de abrangência dos Planos de Zona de
Proteção do Aeródromo, com vistas a identificar objetos que possam causar
efeito adverso à segurança ou à regularidade das operações aéreas e, ainda,
eventual inobservância das diretrizes de sinalização e iluminação de objetos
previstas nesta Instrução, o qual deverá conter, no mínimo, os seguintes
elementos:
Operador de ❖a periodicidade da atividade de monitoramento;
❖metodologia utilizada, considerando pessoal, veículos, equipamentos,
Aeródromo meios de comunicação e percurso, dentre outros; e
❖identificação e assinatura do responsável técnico pelas informações
apresentadas.
• encaminhar ao Órgão Regional do DECEA, por meio do SysAGA, o relatório
contendo os obstáculos identificados na atividade de monitoramento, os
quais não haviam sido informados no levantamento topográfico do
aeródromo;

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COMPETENCIAS

• caso sejam identificados obstáculos às Zonas de Proteção, realizar e


apresentar ao COMAER um estudo aeronáutico, cujo objetivo será
determinar o impacto desses obstáculos na operação do aeródromo e
definir as medidas necessárias para garantir a segurança das operações, bem
como aplicar imediatamente aquelas de sua competência;
Operador de • realizar levantamento junto à Administração Municipal/Distrital dos dados
citados na alínea D do item 11.5, da ICA 11-408, para os objetos
Aeródromo identificados no monitoramento, bem como da confirmação se o objeto
possui autorização daquela Administração para construção ou
funcionamento;
• informar ao Órgão Regional do DECEA, bem como à Administração
Municipal/Distrital, a existência de possíveis objetos que contrariem as
restrições impostas nesta Instrução, logo que tomar conhecimento; e

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COMPETENCIAS

• realizar estudos de viabilidade necessários e submeter à aprovação do Órgão


Regional do DECEA a documentação relativa à inscrição e alteração do
Operador de cadastro de aeródromos, bem como ao Plano Diretor Aeroportuário,
conforme estabelecido na ICA 11-3, de maneira a manter os Planos de Zona
Aeródromo de Proteção atualizados e, consequentemente, as operações aéreas do
aeródromo sob a sua administração protegidas de objetos que possam
causar efeito adverso à segurança ou à regularidade das operações aéreas.

A segurança das operações em face da existência de O Plano de monitoramento deverá constar do Manual de
obstáculos ao Plano Básico de Zona de Proteção de Operações do Aeródromo (documento de exigido pela ANAC
Aeródromos (PBZPA) é de responsabilidade do operador do como requisito condicionante para a certificação de um
aeródromo e dos operadores de aeronave. aeroporto).

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COMPETENCIAS

• tomar conhecimento, por meio das publicações aeronáuticas e/ou contato


com o operador de aeródromo, dos obstáculos no entorno dos aeródromos
nos quais pretende operar;
Piloto em comando: • em voo VFR, providenciar sua própria separação em relação a obstáculos e
demais aeronaves por meio do uso da visão; e
• em voo IFR, cumprir os procedimentos de navegação aérea.

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COMPETENCIAS

• realizar a avaliação necessária para em qualquer momento do procedimento


de decolagem, em caso de falha de um motor crítico, a aeronave tenha a
possibilidade de interromper a decolagem e parar nos limites da ASDA ou TORA
ou, ainda, continuar a decolagem e livrar os obstáculos no entorno da
trajetória de voo com adequada margem de segurança para continuar o voo
em rota;
• realizar a avaliação necessária para em qualquer momento do voo em rota ou
desvio programado, em caso de falha de um motor crítico, a aeronave tenha a
Operador aéreo possibilidade de continuar seu voo até um aeródromo em que consiga realizar
adequado procedimento de pouso sem que tenha que voar, em nenhum
momento, abaixo da altitude mínima de separação de obstáculos estabelecida;
e
• realizar a avaliação necessária para realizar o procedimento de pouso até a
parada completa da aeronave, no aeródromo planejado ou em outra
alternativa, após ter realizado a trajetória de aproximação com adequada
margem de segurança dos obstáculos existentes.

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PROCESSOS NO ÂMBITO DO COMAER
De acordo com a ICA 11-3, os processos AGA no âmbito do COMAER, são os
seguintes:

aplicado aos aeródromos públicos com voos regulares de


Plano Diretor Aeroportuário empresas aéreas que prestam serviço de transporte aéreo regular
ANAC
(PDIR) de passageiros ou carga, submetida à aprovação da ANAC tendo o
COMAER como elemento do processo de aprovação do PDIR

aplicados em construção de aeródromos e a modificação de


Inscrição e Alteração no
características físicas ou operacionais de aeródromos, dependem COMAER
Cadastro;
de análise do COMAER quanto aos temas de sua competência.
PROCESSOS NO ÂMBITO DO
COMAER
são aqueles que fazem parte do processo de obtenção de outorga
para exploração de aeródromos civis públicos que é coordenado
Exploração de Aeródromo
pela SAC-MTPA, onde a análise do COMAER, quanto aos temas de SAC-MTPA
Civil
sua competência, constitui uma das etapas para que o Operador
Aeroportuária obtenha essa outorga

são aqueles onde novos objetos ou extensões de objetos já


existentes devem ser submetidos à análise do COMAER os quais são
Objeto Projetado no Espaço
descritos no Capítulo 10 da ICA 11-408, que dispõe sobre as COMAER
Aéreo (OPEA)
restrições aos OPEA que possam afetar adversamente segurança ou
a regularidade das operações aéreas

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EFEITO ADVERSO OPEA E CAG

A análise do efeito adverso avalia o impacto na segurança e na regularidade das operações aéreas de um determinado
aeródromo ou espaço aéreo em decorrência da implantação, modificação ou existência de:

um objeto projetado no espaço aéreo (efeito adverso OPEA); ou

EFEITO ADVERSO

um aeródromo (efeito adverso CAG - Circulação Aérea Geral).

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EFEITO ADVERSO OPEA
identificar aquilo que pode interferir em cada aspecto desse efeito adverso

Serviço de Controle de • é caracterizado pela obstrução da visão do controlador da Torre de Controle, seja parcial
ou totalmente, da área de manobras ou de outras áreas consideradas importantes para a
Aeródromo prestação desse Serviço ATC

Características físicas • é caracterizado quando ocorrem violações em uma Zona Desimpedida (Clearway – CWY)
de aeródromo
• é caracterizado quando há violações em uma Superfície Limitadora de Obstáculos de um
Auxílios à navegação auxílio à navegação ou quando houver interferência nos sinais eletromagnéticos ou
luminosos transmitidos pelo auxílio decorrente da dimensão, estrutura física, material
aérea empregado, radiação eletromagnética ou condição inercial, ainda que não ultrapasse os
limites verticais de uma OLS de auxílio à navegação

• é determinado pela interferência de um objeto nos limites verticais das superfícies ...
Operações aéreas

• é determinado pela implantação de um objeto caracterizado como de natureza perigosa


Segurança de voo dentro dos limites laterais das superfícies de aproximação, decolagem ou transição, ainda
que não ultrapasse os seus limites verticais

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EFEITO ADVERSO CAG
O objetivo da análise do efeito adverso CAG é avaliar se um determinado
aeródromo causa impacto à segurança ou à regularidade das operações aéreas:

• é caracterizado pela interferência em aerovias do espaço aéreo inferior; em


procedimentos de chegada, saída e aproximação por instrumentos; e pela redução dos
em um espaço aéreo valores mínimos de separação horizontal e vertical entre espaços aéreos condicionados
(EAC)

na circulação aérea de • é caracterizado pela sobreposição das superfícies de proteção de circulação aérea
aeródromos vizinhos

• é caracterizado pela redução na capacidade ATC e/ou na capacidade de pista; pelo


na capacidade de pista ou de aumento significativo na complexidade do espaço aéreo e/ou na carga de trabalho do
controlador de tráfego aéreo; e pela superação do número máximo de movimentos de
espaço aéreo aeronaves previstos na capacidade do órgão ATS competente

ATS – Serviços de Tráfego Aéreo.


ATC – Controle de Tráfego Aéreo.
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Portal AGA

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Portal AGA
O Portal AGA (https://aga.decea.mil.br/) é o local eletrônico onde há opções de
consulta sobre informações e documentações oficiais da Área AGA.
O Portal é gerido pelo DECEA por meio da Assessoria de Transformação Digitais (ATD).

No Portal AGA o usuário poderá fazer consultas e ter acesso:


Aos Plano de Zona de Proteção publicados;

Às documentações, modelos de documentações e material de apoio aos processos da área AGA;

Às legislações em vigor referente à área de aeródromos;

Às dúvidas mais frequentes;

Ao SysAGA;

Aos Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) em vigor;

Às Pré-análises; e

Ao Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC).

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Sysaga
O Sistema de gerenciamento de processos da área AGA (SysAGA) é o sistema desenvolvido
pelo DECEA para gerenciamento dos processos definidos na ICA 11-3 no âmbito nacional.

Por meio do SysAGA, poderão ser preenchidos: Além do carregamento de arquivos em formato digital, o
sistema permite a realização de consultas sobre o
Requerimentos;
andamento dos processos sob a responsabilidade de um
determinado usuário ou empresa.
Ficha Informativa de Aeródromos ou Helipontos;

Ficha Informativa de Auxílios à Navegação Aérea;

Planilha das Elevações do Perfil Longitudinal;

Informações Topográficas e os municípios impactados; e

Listas de verificação de documentos.

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Sysaga

• O cadastramento no Sistema de gerenciamento de processos da área AGA deverá ser


realizado pelo próprio interessado no link do Portal AGA.
• Após o cadastramento, o usuário receberá o seu LOGIN e SENHA por e-mail e estará
apto a submeter um dos processos estabelecidos na ICA 11-3 à análise dos Órgãos
Regionais do DECEA.
• Os diversos Anexos da ICA 11-3 deverão ser preenchidos, assinados e enviados
eletronicamente ao Órgão Regional do DECEA responsável, por meio do Sistema de
gerenciamento de processos da área AGA (SysAGA).
• Após o preenchimento de todas as informações e do carregamento dos arquivos
digitais solicitados pelo Sistema de gerenciamento de processos da área AGA
(SysAGA), o usuário receberá um NUP COMAER, que dará início ao trâmite
processual, e este deverá ser usado para consultas futuras sobre a situação do
processo no próprio sistema até o seu arquivamento.

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Sysaga

• Durante a tramitação do processo, se for necessário alterar qualquer informação do interessado, do


representante legal ou do responsável técnico, a referida solicitação deverá ser formalizada ao Órgão
Regional do DECEA por meio do Sistema de gerenciamento de processos da área AGA.
• Durante a tramitação do processo, se for necessário alterar qualquer dado do empreendimento ou do
aeródromo, a referida solicitação deverá ser formalizada ao Órgão Regional do DECEA por meio do
Sistema de gerenciamento de processos da área AGA e, após o carregamento das novas informações,
o processo ingressará no final da fila e uma nova contagem de prazo será iniciada.
• A qualquer momento o interessado poderá solicitar o cancelamento do processo por meio do Sistema
de gerenciamento de processos da área AGA.
• O SysAGA poderá ser acessado via Portal AGA, aba SYSAGA, onde o usuário poderá fazer um cadastro
para obter seu login de acesso ao sistema. Com este login o usuário poderá abrir processos, gerenciá-
los e anexar documentos para encaminhamento eletrônico dos processos.

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CONCEITUAÇÕES

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AERONAVE CRÍTICA
Aeronave em operação, ou com
previsão de operar em
determinado aeródromo, que
demande os maiores requisitos
em termos de configuração e
dimensionamento da
infraestrutura aeroportuária, em
função de suas características
físicas e operacionais

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COMPRIMENTO BÁSICO DE PISTA DE
AERONAVE
Comprimento mínimo de pista
necessário para a decolagem com
peso máximo de decolagem
certificado, ao nível do mar, em
condições atmosféricas normais, ar
parado e declividade nula de pista,
conforme apresentado no manual de
voo da aeronave, determinado pela
autoridade de certificação ou nas
informações equivalentes do
fabricante da aeronave. Comprimento
básico de pista significa o
comprimento balanceado de pista
para aeronaves, quando aplicável, ou o
comprimento de pista para
decolagem, em outros casos

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Pista para operação visual
Pista de pouso e decolagem para a operação de aeronaves utilizando
procedimento de aproximação visual ou procedimento de aproximação por
instrumento a um ponto além do qual a aproximação possa continuar em
TIPOS DE PISTAS condições meteorológicas visuais (VMC).

• Pista para operação visual


• Pista para operação por Pista de aproximação de não precisão
instrumentos Pista provida de auxílios visuais e não-visuais que suporta procedimentos de
▪ Pista de aproximação de não-precisão aproximação por instrumento com altura mínima de descida (MDH) igual ou
(NPA) superior a 75 metros (250 pés).
▪ Pista de aproximação de precisão (PA)
✓Categoria I
Pista de aproximação de precisão
✓Categoria II
Pista provida de auxílios visuais e não-visuais que suporta procedimentos de
✓Categoria III aproximação por instrumentos com uma altura de decisão (DH):
• Categoria I - não inferior a 60 m (200 pés).
• Categoria II - não inferior a 30 m (100 pés).
• Categoria III - menor que 30 m (100 pés) ou sem altura de decisão (DH).

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CÓDIGO DE REFERÊNCIA DE
AERÓDROMO
O código é composto por dois elementos
relacionados às características de
desempenho e dimensões das
aeronaves.

O elemento 1 é um número baseado no


comprimento básico de pista da
aeronave e o elemento 2 é uma letra
baseada na envergadura da aeronave.
Ao aplicar o RBAC nº 154, primeiramente serão identificadas as aeronaves
servidas pelo aeródromo e, em seguida, os dois elementos do código
CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS DO
AERÓDROMO Para o planejamento de um projeto aeroportuário, a primeira etapa do
São aquelas referentes ao tipo de planejador é definir que tipos de aeronaves operarão naquela infraestrutura.
operação realizada no aeródromo. A partir dessa premissa, adicionado ao tipo de operação desejado, será possível
definir as dimensões necessárias para a construção da pista de pouso e
decolagem e das superfícies limitadoras de obstáculos aplicáveis.

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CATEGORIA DE PERFORMANCE DA AERONAVES
Categorização de aeronaves que leva em
consideração a velocidade de cruzamento da
cabeceira.

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• Ponto de Referência do Aeródromo
A localização geográfica designada de um aeródromo.

• Elevações de aeródromos e pistas


Altitude do ponto mais elevado na área de pouso.

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FAIXA DE PISTA
Área definida que inclui a pista de pouso e decolagem e as zonas de parada, se
disponíveis, destinada a reduzir o risco de danos à aeronave, caso esta saia dos limites
da pista, e proteger aeronaves sobrevoando a pista durante pousos e decolagens.

RBAC 154

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FAIXA DE PISTA
Área definida que inclui a pista de pouso e decolagem e as zonas de parada, se
disponíveis, destinada a reduzir o risco de danos à aeronave, caso esta saia dos limites
da pista, e proteger aeronaves sobrevoando a pista durante pousos e decolagens.

RBAC 154

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FINAL DE PISTA PARA DECOLAGEM (DER)
Final da porção de pista utilizável para decolagem

INÍCIO DE PISTA PARA DECOLAGEM


Início da porção de pista disponível para decolagem.

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ZONA DE PARADA (STOPWAY)
Área retangular definida no terreno, situada no prolongamento do eixo da pista no
sentido da decolagem, destinada e preparada como zona adequada à parada de
aeronaves.

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• NATUREZA PERIGOSA • OBJETO FRANGÍVEL
Constitui um objeto ou atividade de natureza perigosa toda Um objeto de pouca massa concebido para quebrar-se,
aquela que produza ou armazene material explosivo ou distorcer-se ou ceder, quando submetido a impacto, de forma
inflamável; que cause perigosos reflexos, irradiações, a minimizar o dano às aeronaves.
fumaça ou emanações; bem como outras que possam
proporcionar riscos à segurança de voo. • OBJETO TEMPORÁRIO
• OBJETO Todo objeto cuja permanência esteja planejada por um
Objeto, de qualquer natureza, temporária ou permanente, período de tempo preestabelecido.
fixa ou móvel, sujeito à análise sob os aspectos de uso do
espaço aéreo nacional, utilizando-se os parâmetros • OBSTÁCULO
estabelecidos nesta Instrução (ICA 11-408) e em norma Todo objeto de natureza permanente ou temporária, fixo ou
complementar do COMAER. móvel, ou parte dele, que esteja localizado em uma área
• OBJETO EXISTENTE destinada à movimentação de aeronaves no solo, ou que se
Objeto implantado com observância de todas as normas estenda acima das superfícies destinadas à proteção das
em vigor à época de sua implantação e que tenha passado aeronaves em voo, ou ainda que esteja fora ou abaixo dessas
à condição de obstáculo pelo estabelecimento ou superfícies definidas e cause efeito adverso à segurança ou
modificação de uma Superfície Limitadora de Obstáculo regularidade das operações aéreas.
(OLS).
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• OPERADOR AÉREO
Pessoa, organização ou empresa que se dedica à operação de aeronave.

• OPERADOR DE AERÓDROMO
Pessoa física ou jurídica responsável pela administração ou pelo projeto
de um aeródromo público ou privado. No caso dos aeródromos militares,
o operador de aeródromo será exercido pelo Comandante, Chefe ou
Diretor da Organização Militar à qual o aeródromo está ligado ou seu
representante legal.

• ÓRGÃO REGIONAL DO DECEA


Organização do COMAER, subordinada ao DECEA, com jurisdição sobre
uma determinada região do espaço aéreo brasileiro, cujos órgãos ATC,
para efeito de controle de tráfego aéreo, estejam em linha direta de
subordinação operacional. São Órgãos Regionais os CINDACTA e o CRCEA-
SE.

ATC - Controle de Tráfego Aéreo


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Dados do aeródromo

Os dados aeronáuticos para aeródromos devem incluir:


• Ponto de Referência do Aeródromo
• Elevações de aeródromos e pistas
• Temperatura de referência do aeródromo
• Dimensões do aeródromo e informações
relacionadas
• Resistência dos pavimentos
• Pre-flight altimeter check location
• Distâncias declaradas

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DISTANCIAS DECLARADAS
Padroniza o cálculo e o relatório de comprimentos de pista disponíveis publicado para cada direção de pista
de um aeródromo com base nas características da aeronave, requisitos de segurança e ambiente do
aeródromo.

Acelerate-Stop
Take-Off Run Take-Off Distance Landing Distance
Distance
Available (TORA) Available (TODA) Available (LDA)
Available (ASDA)

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TORA

Pista Disponível para Corrida de Decolagem (Take-Off Run


Available – TORA) significa o comprimento declarado da pista,
disponível para corrida no solo de uma aeronave que decola.

TODA

Distância Disponível para Decolagem (Take-Off Distance Available –


TODA) significa o comprimento da pista disponível para corrida de
decolagem, acrescido da extensão da zona desimpedida
(Clearway), se existente.

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ASDA

Distância Disponível para Aceleração e Parada (Accelerate-Stop Distance Available – ASDA):


- significa o comprimento da pista disponível para corrida de decolagem, somado ao comprimento da zona
de parada (Stopway), se existente.

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LDA
Distância Disponível para Pouso (Landing Distance Available – LDA) significa o
comprimento declarado de pista disponível para a corrida no solo de uma aeronave
que pousa.

Onde uma pista tem uma cabeceira deslocada,


então o LDA será reduzido pela distância que a
cabeceira é deslocada.
A cabeceira deslocada afeta apenas o LDA para
aproximações feitas para essa cabeceira

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CLEARWAY

Zona desimpedida (Clearway) significa uma área retangular, definida no solo ou na água, sob controle da autoridade
competente, selecionada ou preparada como área adequada sobre a qual uma aeronave pode realizar sua decolagem.

• Começa no final da TORA. Nenhuma parte do solo ao longo de qualquer linha


• Deve estender-se 75 m de cada lado do prolongamento paralela ao eixo da pista de pouso e decolagem deve se
do eixo da pista. projetar acima de uma inclinação longitudinal medida a
O comprimento será: partir da superfície do solo no início do clearway na linha
em questão, e com uma inclinação ascendente de:
✓ a distância até o primeiro obstáculo vertical (excluindo
objetos leves e frangíveis de 0,9 m ou menos); ou 1,25% (1:80) para pistas código 3 ou 4;
✓ sujeito a um limite de 50% da TORA 2,0% (1:50) para o número de código das pistas é 1
ou 2

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CLEARWAY

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Quando uma pista de pouso e decolagem não for provida de stopway ou
clearway e a cabeceira estiver localizada na extremidade da pista, as quatro
distâncias declaradas normalmente devem ser iguais ao comprimento da pista

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Obrigado pela atenção!

Profº Msc. Geovane Gomes | engcivilgeovanegomes@gmail.com

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