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INTRODUÇÃO
Nosso corpo possui atividade elétrica (consegue gerar eletricidade). Exemplos em que se
detecta e registra essa atividade é o eletrocardiograma e o eletroencefalograma.
Já se consegue detectar a atividade elétrica de uma única célula.
Um mesmo estimulo elétrico pode gerar diferentes efeitos.
BIOELETROGÊNESE (EXCITABILIDADE)
É a capacidade de gerar e alterar a ddp elétrico através da membrana.
Propriedade exclusiva de algumas células: Neurônios e Células musculares
(esqueléticas, lisas e cardíacas)
Todas as células possuem ddp elétrico em sua membrana plasmática, porem só os neurônios
e as células musculares conseguem alterar essa ddp elétrico significantemente.
EXCITABILIDADE E DDP
A excitabilidade é causada por movimentos de íons através da membrana citoplasmática.
Internamente a célula sempre haverá eletronegatividade, não importa o tipo celular.
Todas as células do corpo possuem uma ddp no repouso, dependendo do tecido, o valor da
ddp pode (nem sempre) variar.
O que causa a diferença de ddp elétrico entre diferentes tipos celulares: a diferente
constituição da membrana (os elementos da membrana: proteínas, lipídeos, carboidrato são
diferentes em cada tipo celular).
POTENCIAL DE REPOUSO
Diferença no potencial de membrana das células excitáveis na ausência de estimulo (-65
mV).
Membrana Citoplasmática: constitui uma barreira física virtual. Possui diferentes graus de
permeabilidade para as diferentes partículas.
o Formada por BICAMADA LIPÍDICA (fosfolipídios com propriedades anfipáticas-porção
hidrofílica e porção hidrofóbica) e PROTEÍNAS (Canais iônicos, Receptores-recebem
instrução, Sistemas de enzimas e Transportadores-carregadoras e canais iônicos).
CANAIS IÔNICOS
São proteínas inseridas na membrana que, dependendo de um estimulo (químico, físico ou
elétrico) permitem a passagem de íons específicos.
Esses canais podem selecionar a passagem de íons por carga (só passam ânions ou só
cátions) ou por tamanho.
Tipos de canais iônicos:
I) SEM COMPORTA: estão permanentemente abertos.
II) COM COMPORTA (resíduos de aminoácidos): abrem-se mediante estímulos
específicos (físicos, químicos ou elétricos). Divide-se em:
A) Ligante dependente: podem abrir de 2 maneiras:
1) Diretamente: possui um sitio de ligação e 2) Indiretamente: se abre através da
quando reconhece o sinal a comporta se proteína G. Há um receptor de membrana
abre. Ex: músculo estriado esquelético. que ao reconhecer um determinado sinal,
libera a proteína G, alterando canal e
possibilitando sua abertura. Ex: coração,
canal de K+.
K+ 4 140 1 : 35 - 94
Ca+ 10.000 :
2 0,0002 + 246
+ 1
Cl- 150 13 11,5 : 1 - 65
Há muito Ca2+ dentro da célula, mas aprisionado nas organelas (no citoplasma há pouco).
Proteínas negativas ou ânions protéicos não ultrapassam a membrana devido ao peso
molecular e estão presentes em maior quantidade intracelularmente em comparação com o
meio extracelular (mantém a face intracelular da membrana mais eletronegativa).
Quando trabalhamos com íons temos que observar o potencial eletroquímico, nunca haverá
equilíbrio químico ou elétrico, mas um equilíbrio eletroquímico.
POTENCIAL DE NERSNT
Potencial entre as duas faces da membrana, que impede a difusão efetiva de um íon em
qualquer sentido através desta membrana.
O íon transita pela membrana ate ser estabelecido o potencial de Nersnt, a partir dessa ddp
não ultrapassa mais.
Equação de Nersnt ou Potencial de Equilíbrio (E):
E: potencial de equilíbrio
Ci: concentração de íon intracelular (mmol/l)
Ce: concentração de íon extracelular
Cátion: sinal negativo antes do 61 e Anion: sinal positivo.
POTENCIAL DE AÇÃO
Dependendo do estimulo apresentado, a célula como um todo pode apresentar uma
alteração elétrica na sua membrana: Potencial de ação.
Estimulo Limiar: é o estimulo mínimo preciso para gerar o potencial de ação.
POTENCIAL DE AÇÃO: é um fenômeno propagado em que ocorre mudança abrupta do
potencial de membrana, ou seja, um evento elétrico transitório no qual ocorre completa
inversão da polaridade elétrica da membrana.
O potencial de ação é caracterizado por uma rápida despolarização da membrana, seguida
por uma rápida repolarização, depois por uma hiperpolarização e por outra repolarização.
No neurônio o potencial de ação começa no cone do axônio e se propaga por todo o axônio.
o No dendrito e corpo celular há recebimento de vários estímulos, ocorre somação temporal
ou espacial que juntos geram o estimulo limiar, gerando o potencial de ação.
Se o neurônio for estimulado (com corrente elétrica), o voltímetro registrará
respostas de alteração transitória do potencial de membrana, seja em forma de
ondas de despolarização de baixa amplitude ou na forma de um potencial de ação,
conforme a intensidade do estimulo.
Ocorre como conseqüência do influxo de Na+ na célula (causado pela abertura dos canais de
Na+ voltagem dependentes).
O influxo é favorecido pelos gradiente químico do íon e do gradiente elétrico.
O influxo de cátions inverte completamente a polaridade da membrana, até o ENa.
Os canais de Na+ voltagem dependentes tem comportas que estabelecem o estado de
ativação ou inativação do canal de acordo com a alteração da voltagem da membrana
(alteração pré-estabelecida e especifica para cada tipo de canal).
Nesse tipo de canal há uma comporta de ativação e outra de inativação que gera 3 estágios
no canal: fechado, ativado ou inativado.
Quando o canal está fechado (em repouso) a comporta de ativação esta fechada e de
inativação está aberta.
A modificação da voltagem da membrana (despolarização) causa a abertura da comporta de
ativação.
O mesmo evento que abriu a comporta de ativação (mais rápida), fecha a comporta de
inativação (mais lenta).
O intervalo de tempo entre a abertura da comporta de ativação e o fechamento da comporta
de inativação gera um fluxo de cargas que causa a despolarização.
O influxo de Na+ nesse tempo é pequeno, porém a despolarização é perceptível e evidente.
Após o estagio de inativação, devido à voltagem há repolarização e volta ao estado inicial
(fechado).
Depois de determinado valor de ddp, o canal para de funcionar, se inativa e fecha (por isso
ocorre a repolarização).
III) REPOLARIZAÇÃO
IV) HIPERPOLARIZAÇÃO
Ocorre devido à lentidão no fechamento do canal de K+ voltagem dependente.
V) REPOLARIZAÇÃO PÓS-HIPERPOLARIZAÇÃO
Ocorre devido à abertura de outros canais de Na+ e da bomba de Na+/K+ (ATPase).
A ATPase Na+/K+ contribui para a manutenção do potencial de repouso inicial, ela sempre
funciona, mas com a despolarização e hiperpolarização acaba aumentando a velocidade da
sua ação.