Conexões que se estabeleceram no Teatro de Operações Marítimos na Europa: Galeras da Antiguidade x Cogas do Mar Báltico (Mar do Norte) Cogas: embarcação mais bojuda, de um à três mastros, Castelo de Proa e Popa Batalha de Dover: só embarcações à Vela Batalha de E’cluse: batalha com canhões abordo, embora não fossem principal armamento – Transbordo de Infantaria Apesar de haver pólvora, o combate era tipicamente medieval. Mesmo na batalha naval, não havia uma diferença do combate naval e combate em terra Caravelas, Naus e Galeões: surgem em Portugal; Lisboa como ponto fulcral de conexão entre Mar do Norte e Mediterrâneo – Caravelas: Borda Alta, múltiplos mastros, velas redondas e triangulares, poder para orçar, castelo de proa e popa protegem infantaria embarcada na hora do combate. Dimensão estratégica inovadora tripulados por pessoal que manejam um conjunto de conhecimentos complexos: cartografia (Projeção de Mercator), meteorologia, navegação, além dos novos instrumentos náuticos – sextante, astrolábio, prumo de mão, bússola. Quadro século XVIII – mostra Lisboa em 1553, despedia de São Francisco Xavier para pregar nas Índias – fortalece papel da Companhia de Jesus (defendia direito de resistência da população) – trouxe ódio dos governantes, que são expulsos e só retornam com Marques de Pombal; imagem mostra diversidade das embarcações (Navios de primeira linha com convés corrido onde não há castelo de proa e popa – o que importa é o uso dos canhões, outros navios à vela com esporão para operar no Mediterrâneo, outras Galeras à remo para transporte de pessoas e cargas) Quadro de pintor holandês com fundo de uma embarcação – vela redonda imensa, galera à remo, e embarcações a pano Do século XIII ao século XVIII: temos diversos cenários como Teatro de Operações – No Mediterrâneo as Galeras à Remo se mantém, e no Atlântico: tecnologia dos navios À pano (Caravelas – exploração geográfica e Naus – navios maiores para questões mercantis, e Galeões- navios de guerra) que dão dinâmica expansionista as potências europeias. Lisboa como grande cenário de intercessão entre esses dois Teatros de Operações. Quadro da Batalha Naval de Lepanto – 1571 – Batalha entre muçulmanos e católicos pela supremacia no comércio marítimo – domínio do mar Mediterrâneo – Católicos fazem uma aliança em torno de uma Liga Católica, veneziana com interferências do Papa; Papa se associa à família dos Colona e Felipe II (Rei da Espanha) + Duque de Veneza = se uniram contra muçulmanos. Representação da Batalha – a última Grande Batalha que participaram às galeras à remo; não significa que elas não tenham combatido mais, mas se perdeu sua unanimidade. Embarcações com esporão com as bandeiras das famílias que patrocinavam o combate garantiram vitória católica. Entretanto, a Batalha Naval de Lepanto NÃO é uma Batalha Decisiva, pois os muçulmanos continuaram a atuar no Mar Mediterrâneo, a cidade de Viena foi sitiada outras vezes – o desfecho da Batalha não foi suficiente para que os muçulmanos parassem de ameaçar esses domínios. Como Lisboa era o elo entre Flandres e o mundo nórdico e o Mediterrâneo – por isso, a arte portuguesa será o elo entre essas duas influências. O Estado depende da Arte, pois essa nasce para legitimá-lo, dramatizando os atos do Estado – arquitetura, espetáculos na representação da Corte – mostrar aos vassalos a grandeza do Estado. Batalha Naval de Lepanto: Galeras a Remo; Tática de Combate por Linha de Frente; esporão; tem canhões, mas não são fundamentais para a Guerra Naval. Há Arcos que foram construídos para enaltecer o triunfo do campo de batalha. BOI: Dizer que tem duas dimensões da Guerra Naval a partir do século XVI – Navios com capacidade de movimento estratégico a longa distância, sem as limitações logísticas anteriores ou movimentação à remo; navios para projetar poder dependem apenas do Canhão e do Vento; do ponto de vista logístico, navios com raio de ação quase ilimitado, sua limitação está na aguada do aprovisionamento e a existência do conhecimento das correntes, marés, cartografi; vão se estabelecer várias bases logísticas, como a Bahia de Guanabara, ilhas, Bahia de Todos os Santos; por isso, vai se estabelecer os Espelhos de Navegantes – Pe. Fernando de Oliveira “A arte de fazer a guerra no mar”; Manuel Raposo – Tratado de Navegação (1603) – trata de vários modos de agulha de demarcar (navegação astronômica); BOI: Canhões do Século XVI (dois tipos): Men-killers – canhões que matam homens (pequeno calibre); Ship-killers – canhões que destroem navios (grosso calibre); tubo e alma raiado, com carregamento pela boca do canhão, com castilho de pólvora no “ouvido” do canhão. Era necessário reforço da estrutura do navio. Navios pegavam muito fogo por conta disso. Maior risco para potencial engajamento. Imagem Mary Rose (1530) – Henrique VIII – mandou reformar o navio; navio com canhões de gorsso calibre apontados para fora (Ship-killers) + canhões apontando para dentro (Men-killers); os primeiros servem para combate de artilharia a longa distância; os segundos apoiavam combate corpo a corpo que se dava no convés. NAVIO DE TRANSIÇÃO – ponto de vista da artilharia está entre uso de pequeno e grosso calibre; navios com castelo de proa e popa também. Construção para possível guerra com Carlos V por conta do fim do casamento com Catarina de Aragão. Imagem Navio Soberano dos Mares – sem castelo de proa/popa; navio com convés corrido; só tem Ship-Killer; infantaria para proteção nos portos; BOI: Infantaria embarcada perde sentido a partir de 1588 – Campanha da Invencível Armada: nessa campanha, os espanhóis achavam que seriam capazes de fazer o transbordo da infantaria, desembarcar na Inglaterra e se tivesse batalha naval conseguiriam fazer transbordo e venceriam a batalha. Navios (Terços) foram carregados de pessoas dispostas em quadriláteros com as lanças (piques) com grande poder de letalidade. Os ingleses impediram batalha corpo a corpo, ficando a distância e engajando a artilharia, além do uso dos navios incendiados (Drull-watch) para atingir embarcações inimigas. O futuro da guerra naval era a artilharia, e não a infantaria embarcada: Men-killer perde importância e o Ship-killer toma destaque. Por consequência, a estrutura do navio muda por essa exigência militar – retirada dos castelos, tornando os navios mais rápidos e leves, aproximando os canhões da linha d’àgua (dá maior manobrabilidade e estabilidade aos navios); Batalhas mais distantes, mas ainda próximos do litoral. BOI: Navios de Linha – a direção de ataque é o través; navios formam em coluna e a direção de ataque é o canhão que atira pelo través o meia-nau. Classificação dos navios na página 98 do livro (não será cobrado gravar classificação). BOI: Desde 1588, distância do combate é ampliado, navios dispostos em coluna (fila) e ataques da artilharia pelo través (tiros de bordada).