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AULA 16/06/21 – HNV

RESUMO ÁUDIO (1:11:56)


 Conexões que se estabeleceram no Teatro de Operações Marítimos na Europa: Galeras
da Antiguidade x Cogas do Mar Báltico (Mar do Norte)
 Cogas: embarcação mais bojuda, de um à três mastros, Castelo de Proa e Popa
 Batalha de Dover: só embarcações à Vela
 Batalha de E’cluse: batalha com canhões abordo, embora não fossem principal
armamento – Transbordo de Infantaria
 Apesar de haver pólvora, o combate era tipicamente medieval. Mesmo na batalha
naval, não havia uma diferença do combate naval e combate em terra
 Caravelas, Naus e Galeões: surgem em Portugal; Lisboa como ponto fulcral de conexão
entre Mar do Norte e Mediterrâneo – Caravelas: Borda Alta, múltiplos mastros, velas
redondas e triangulares, poder para orçar, castelo de proa e popa protegem infantaria
embarcada na hora do combate. Dimensão estratégica inovadora tripulados por
pessoal que manejam um conjunto de conhecimentos complexos: cartografia
(Projeção de Mercator), meteorologia, navegação, além dos novos instrumentos
náuticos – sextante, astrolábio, prumo de mão, bússola.
 Quadro século XVIII – mostra Lisboa em 1553, despedia de São Francisco Xavier para
pregar nas Índias – fortalece papel da Companhia de Jesus (defendia direito de
resistência da população) – trouxe ódio dos governantes, que são expulsos e só
retornam com Marques de Pombal; imagem mostra diversidade das embarcações
(Navios de primeira linha com convés corrido onde não há castelo de proa e popa – o
que importa é o uso dos canhões, outros navios à vela com esporão para operar no
Mediterrâneo, outras Galeras à remo para transporte de pessoas e cargas)
 Quadro de pintor holandês com fundo de uma embarcação – vela redonda imensa,
galera à remo, e embarcações a pano
 Do século XIII ao século XVIII: temos diversos cenários como Teatro de Operações – No
Mediterrâneo as Galeras à Remo se mantém, e no Atlântico: tecnologia dos navios À
pano (Caravelas – exploração geográfica e Naus – navios maiores para questões
mercantis, e Galeões- navios de guerra) que dão dinâmica expansionista as potências
europeias. Lisboa como grande cenário de intercessão entre esses dois Teatros de
Operações.
 Quadro da Batalha Naval de Lepanto – 1571 – Batalha entre muçulmanos e católicos
pela supremacia no comércio marítimo – domínio do mar Mediterrâneo – Católicos
fazem uma aliança em torno de uma Liga Católica, veneziana com interferências do
Papa; Papa se associa à família dos Colona e Felipe II (Rei da Espanha) + Duque de
Veneza = se uniram contra muçulmanos. Representação da Batalha – a última Grande
Batalha que participaram às galeras à remo; não significa que elas não tenham
combatido mais, mas se perdeu sua unanimidade. Embarcações com esporão com as
bandeiras das famílias que patrocinavam o combate garantiram vitória católica.
Entretanto, a Batalha Naval de Lepanto NÃO é uma Batalha Decisiva, pois os
muçulmanos continuaram a atuar no Mar Mediterrâneo, a cidade de Viena foi sitiada
outras vezes – o desfecho da Batalha não foi suficiente para que os muçulmanos
parassem de ameaçar esses domínios.
 Como Lisboa era o elo entre Flandres e o mundo nórdico e o Mediterrâneo – por isso,
a arte portuguesa será o elo entre essas duas influências.
 O Estado depende da Arte, pois essa nasce para legitimá-lo, dramatizando os atos do
Estado – arquitetura, espetáculos na representação da Corte – mostrar aos vassalos a
grandeza do Estado.
 Batalha Naval de Lepanto: Galeras a Remo; Tática de Combate por Linha de Frente;
esporão; tem canhões, mas não são fundamentais para a Guerra Naval. Há Arcos que
foram construídos para enaltecer o triunfo do campo de batalha.
 BOI: Dizer que tem duas dimensões da Guerra Naval a partir do século XVI – Navios
com capacidade de movimento estratégico a longa distância, sem as limitações
logísticas anteriores ou movimentação à remo; navios para projetar poder dependem
apenas do Canhão e do Vento; do ponto de vista logístico, navios com raio de ação
quase ilimitado, sua limitação está na aguada do aprovisionamento e a existência do
conhecimento das correntes, marés, cartografi; vão se estabelecer várias bases
logísticas, como a Bahia de Guanabara, ilhas, Bahia de Todos os Santos; por isso, vai se
estabelecer os Espelhos de Navegantes – Pe. Fernando de Oliveira “A arte de fazer a
guerra no mar”; Manuel Raposo – Tratado de Navegação (1603) – trata de vários
modos de agulha de demarcar (navegação astronômica);
 BOI: Canhões do Século XVI (dois tipos): Men-killers – canhões que matam homens
(pequeno calibre); Ship-killers – canhões que destroem navios (grosso calibre); tubo e
alma raiado, com carregamento pela boca do canhão, com castilho de pólvora no
“ouvido” do canhão. Era necessário reforço da estrutura do navio. Navios pegavam
muito fogo por conta disso. Maior risco para potencial engajamento.
 Imagem Mary Rose (1530) – Henrique VIII – mandou reformar o navio; navio com
canhões de gorsso calibre apontados para fora (Ship-killers) + canhões apontando para
dentro (Men-killers); os primeiros servem para combate de artilharia a longa distância;
os segundos apoiavam combate corpo a corpo que se dava no convés. NAVIO DE
TRANSIÇÃO – ponto de vista da artilharia está entre uso de pequeno e grosso calibre;
navios com castelo de proa e popa também. Construção para possível guerra com
Carlos V por conta do fim do casamento com Catarina de Aragão.
 Imagem Navio Soberano dos Mares – sem castelo de proa/popa; navio com convés
corrido; só tem Ship-Killer; infantaria para proteção nos portos;
 BOI: Infantaria embarcada perde sentido a partir de 1588 – Campanha da Invencível
Armada: nessa campanha, os espanhóis achavam que seriam capazes de fazer o
transbordo da infantaria, desembarcar na Inglaterra e se tivesse batalha naval
conseguiriam fazer transbordo e venceriam a batalha. Navios (Terços) foram
carregados de pessoas dispostas em quadriláteros com as lanças (piques) com grande
poder de letalidade. Os ingleses impediram batalha corpo a corpo, ficando a distância
e engajando a artilharia, além do uso dos navios incendiados (Drull-watch) para atingir
embarcações inimigas. O futuro da guerra naval era a artilharia, e não a infantaria
embarcada: Men-killer perde importância e o Ship-killer toma destaque. Por
consequência, a estrutura do navio muda por essa exigência militar – retirada dos
castelos, tornando os navios mais rápidos e leves, aproximando os canhões da linha
d’àgua (dá maior manobrabilidade e estabilidade aos navios); Batalhas mais distantes,
mas ainda próximos do litoral.
 BOI: Navios de Linha – a direção de ataque é o través; navios formam em coluna e a
direção de ataque é o canhão que atira pelo través o meia-nau. Classificação dos
navios na página 98 do livro (não será cobrado gravar classificação).
 BOI: Desde 1588, distância do combate é ampliado, navios dispostos em coluna (fila) e
ataques da artilharia pelo través (tiros de bordada).

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