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Questão 1 – Podemos considerar Ritmo como:

a) Grupo de versos que formam geralmente sentido completo num poema.


b) É a sucessão de sons fortes (sílabas tônicas) e sons fracos (sílabas átonas),
repetidas com intervalos regulares ou variados que dão musicalidade (melodia)
ao poema.

Questão 2 – Rima: é recurso usado nos poemas para dar sonoridade. Consiste
em colocar palavras com sons iguais a partir da última vogal tônica no meio
(rima interna) ou no fim (rima final) do verso.
O significado acima está correto.
Responda sim ou não.

Questão 3 – Sobre as características do gênero textual poema, estão corretas


as seguintes proposições:
a) O poema caracteriza-se por ser centrado em um trabalho peculiar com a
linguagem. Em geral, reflete o momento e o impacto dos fatos sobre o homem.
b) O poema diferencia-se dos demais gêneros por ser escrito em versos e por
possuir um ritmo mais marcado que o ritmo da prosa.
c) A poesia não é exclusividade do poema: ela é uma atitude subjetiva que pode
estar nas mais variadas manifestações artísticas.
d) O poema deve ser construído sob forma fixa, sempre preservando elementos
como a métrica e a musicalidade dos versos.

Questão 5 –
AQUI MORAVA UM REI

“Aqui morava um rei quando eu menino


Vestia ouro e castanha no gibão,
Pedra da sorte sobre meu destino,
Pulsava junto ao meu, seu coração.
Para mim, o seu cantar era divino,
Quando ao som da viola e do bordão,
Cantava com voz rouca, o Desatino,
O sangue, o riso e as mortes do sertão.
Mas mataram meu pai. Desde esse dia
Eu me vi, como cego sem meu guia
Que se foi para o sol, transfigurado.
Sua efígie me queima. Eu sou a presa.
Ele a brasa que impele ao fogo acesa
Espada de ouro em pasto ensanguentado.

(Ariano Suassuna)

6. Analisando o poema de Ariano Suassuna, pode-se identificar esse rei como:


a) o rei que governava aquele lugar.
b) a mãe que era sua eterna companheira.
c) o pai que era o seu guia.
d) um amigo imaginário da época de menino.
e) o sol que a tudo iluminava.
7. Leia o texto para responder às questões.
INFÂNCIA
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
– Psiu… Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
Carlos Drummond de Andrade

8. Mesmo em forma de poesia, pode-se afirmar que o texto “Infância” é um


relato? Justifique.
Comprove com um trecho do texto.

9. De acordo com o texto:


a) Como o eu lírico (narrador) ocupava seu tempo?
b) O que a mãe do eu lírico fazia na fazenda? E o pai?

10. A vida na fazenda era tranquila? Comprove com trecho do texto.

FAMÍLIA
Três meninos e duas meninas,
sendo uma ainda de colo.
A cozinheira preta, a copeira mulata,
o papagaio, o gato, o cachorro,
as galinhas gordas no palmo de horta
e a mulher que trata de tudo.
A espreguiçadeira, a cama, a gangorra,
o cigarro, o trabalho, a reza,
e a goiabeira na sobremesa de Domingo,
o palito nos dentes contentes,
o gramofone rouco toda noite
e a mulher que trata de tudo.
O agiota, o leiteiro, o turco,
o médico uma vez por mês,
o bilhete todas as semanas
branco! Mas a esperança sempre verde.
A mulher que trata de tudo
e a felicidade.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1978.

11. Sobre o poema NÃO é CORRETO afirmar


A) O poema descreve a vida de uma família.
B) Na família há cinco filhos.
C) Pode-se deduzir que os familiares levam uma vida feliz.
D) A mulher não possui um papel importante na família.

12. Leia o poema a seguir, de Florbela Espanca, para responder às questões 01 a


05.

FANATISMO

Minh’alma de sonhar-te anda perdida,

Meus olhos andam cegos de te ver!

Não és sequer razão do meu viver,

Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...

Passo no mundo, meu Amor, a ler

No misterioso livro do teu ser

A mesma história tantas vezes lida!


“Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”

Quando me dizem isto, toda a graça

Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:

“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,

Que tu és como Deus: princípio e Fim!”...

12 – Que estrofe do poema expressa mais claramente o entusiasmo e paixão do


eu lírico pela pessoa amada?

13 – O ponto de exclamação presente no último verso de cada estrofe, acentua


uma ideia de

(A) raiva e ansiedade.


(B) pavor e sofrimento.
(C) admiração e emoção.
(D) saudade e rancor.

14 – O poema, escrito no começo do século XX, apresenta uma linguagem


comum a essa época. O verso que mais evidencia essa linguagem é

(A) Não vejo nada assim enlouquecida.


(B) Minh’alma de sonhar-te anda perdida.
(C) Que tu és como Deus: Princípio e Fim!
(D) Tudo no mundo é frágil, tudo passa...

15 – Dos verbos destacados nos versos a seguir, o ÚNICO conjugado na 2ª


pessoa do singular é
(A) Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
(B) Ah! Podem voar mundos, morrer astros.
(C) Meus olhos andam cegos de te ver!
(D) Pois que tu és já toda a minha vida!

16 – O eu lírico do poema é masculino ou feminino? Cite um verso do poema


que justifique sua resposta.

Leia o poema a seguir, de Sérgio Capparelli, para responder às questões 06 a 09.

EU E OS BOMBONS

Mariana passa sempre pela praça


só hoje é que não passa
e eu, aflito, com essa caixa de bombons!
Oh, Mariana, aparece, vê se passa,
dê o ar de sua graça
pois já se derretem os bombons
melam, viram pasta,
que desgraça!
E eu de guarda
com a caixa,
olho a esquina
e tu não passas, Mariana,
e gentes me olham
refletido na água
quem o bobo?
O palhaço com a caixa?
e eu não ligo
e vejo se tu passas, Mariana,
mas nada, ela não passa,
só de pirraça.

17 – O eu lírico do poema se sente aflito. O verso que mais acentua essa aflição é

(A) “e vejo se tu passas, Mariana”.


(B) “pois já se derretem os bombons”.
(C) “e eu não ligo”.
(D) “E eu de guarda”.
18 – Em um dos versos do poema, o eu lírico revela toda a sua decepção diante
da situação. O verso que mais acentua essa decepção é

(A) “que desgraça!”.


(B) “dê o ar de sua graça”.
(C) “quem o bobo?”.
(D) “e eu não ligo”.

19 – Considerando as informações do poema, assinale (V) para a alternativa


VERDADEIRA e (F) para a FALSA.

I.   (   ) O eu lírico não se importam para o que os outros pensam sobre ele.
II.  (   ) O eu lírico conta a história de um amor correspondido.
III. (   ) O poema ilustra uma decepção amorosa, contada por um eu lírico
masculino.

20 – Informe o NÚMERO e a PESSOA dos seguintes verbos retirados do poema.

a) passa:
b) derretem:
c) ligo:r
d) passas:

21. Sobrenome
Como vocês sabem
Frankenstein foi feito
Com pedaços de pessoas diferentes:
A perna era de uma, o braço de outra
A cabeça de uma terceira
E assim por diante.
Além de o resultado
Ter sido um desastre
Houve um grave problema
Na hora em que Frankenstein
Foi tirar carteira de identidade.
Como dar identidade
A quem era uma mistura
De várias pessoas?
A coisa só se resolveu
Quando alguém lembrou
Que num condomínio
Cada apartamento
É de um dono diferente.
Foi assim que Frankenstein Condomínio
Ganhou o nome e sobrenome
Como toda gente.
Paes, José Paulo. Lê com crê. São Paulo: Ática, 1996.

21. O assunto abordado no poema é


a) o surgimento dos sobrenomes.
b) a formação do condomínio de um prédio.
c) como as pessoas resolvem seus problemas.
d) como as pessoas tiram carteira de identidade.
e) o modo como Frankenstein ganhou um sobrenome.

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