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o lado
invisível
do design
ebook
por diana coe.
e-book - o lado invisível do design - @dianacoedesign
Então, meu nome é Diana Coe, sou Designer de Marcas Humanas e tento
tro
sempre fazer do design uma área mais colaborativa. Tento mostrar pras
pessoas o enorme potencial e a enorme responsabilidade que os designers
têm hoje nas mãos e o quanto de impacto eles podem trazer pro mundo!
du
Por favor, não levem nada daqui que eu falar como verdade absoluta! Eu
estou apenas contando um pouco da minha forma de trabalhar, das minhas
experiências e do que aprendi no meio do caminho com muitas pessoas
incríveis! Quero que vocês tenham uma visão mais ampla do design
conheçam um pouquinho mais da profundidade e da intensidade que essa
ção
área tem na sua essência!
Eu espero que vocês curtam o conteúdo desse ebook e que ele possa te
ajudar de alguma forma, seja nos seus projetos, na sua relação com o design,
na sua trajetória, com seus clientes ou com vocês mesmos!
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o que
de fato
é design?
O que é design pra você? Mesmo?
O Design é tão simples e tão complexo ao mesmo tempo que uma
única descrição dele limitaria toda sua essência, profundidade e
toda sua capacidade de transformação.
Então eu vou falar pra vocês como foi a minha linha do tempo
enxergando o design, tá bem?
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estética
& beleza.
forma &
Primeiro eu pensava no design
como um adjetivo, apenas. Era
estética, beleza, tinha que
encher os olhos.
função.
Depois eu aprendi que o
solução de
design era projeto, se resumia
a forma e função. Ele deveria
ser simples, direto, funcionar
e devia ser belo.
problemas.
Mais tarde aprendi que o design era
mais que isso, era um verbo! Era
uma ação, ele era um solucionador
de problemas.
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o que é design
pra mim?
O Design é poder, como diz Gustavo Grecco. O Design é futuro. Ele é uma enorme ferramenta de
transformação socioambiental, ele carrega a responsabilidade de termos a capacidade de projetar
futuros melhores, mais humanos, mais inclusivos, mais sustentáveis, futuros diferentes.
O design é troca, é humano e é empático. Sem empatia não há design. O design coloca o ser
humano no centro do processo e melhora a vida das pessoas. Tudo que há de serviços e produtos
visa melhorar a vida de alguém, solucionar algum problema. É feito por pessoas e para pessoas.
O design certo deve vir do coração, tem a ver com personalidade, conexão, inspiração e emoção.
Um bom design é capaz de modificar e criar culturas, mover pessoas e abrir horizontes da forma
mais próxima, emocional e humana possível. O mundo está mudando, as pessoas e as
mentalidades também e com isso o design se transforma, sempre mutável, com esses novos
caminhos. Ele evolui conforme vamos evoluindo, ele acompanha todas as mudanças de mundo e
tecnologias, pensamentos, nos mostrando que podemos viver em harmonia com o meio
ambiente e com as diferenças.
Num conceito Cradle to Cradle, podemos dizer que não queremos acabar com os prazeres desse
mundo, mas podemos sim reprojetar esses prazeres para um mundo melhor.
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Não importa se você é designer de marcas, designer de eventos, UI designer, UX designer, designer de tudo, designer
editorial, etc. Não importa... Você é uma pessoa com sonhos, medos, dores e experiências e você projeta algo pra uma pessoa
com sonhos, medos, dores e experiências e isso não vai mudar, apenas a forma com que tudo é projetado. Por isso o design
é humano e pode ter grande impacto no mundo.
Por isso projete sempre tendo a certeza que o seu design vai ter alguma influência na vida de alguém e no mundo, não
importa se você é um estudante, um freelancer, um empreendedor ou um grande estúdio. Você vai estar de alguma forma
impactando as pessoas, então queira impactar as pessoas de forma positiva e transformadora, dando seu melhor e faça tudo
de coração.
E não esqueça, você tem um poder nas mãos, mesmo e com grandes poderes vem grandes responsabilidades (RISOS). Mas
é sério gente, é uma responsabilidade grande a nossa! Hahahaha
Vou dar um exemplo aqui do simples ao mais complexo:
1. exemplo:
Você é um designer que faz tudo! Você faz marca, mídias, sites, cardápios, folders,
cartão de visitas, etc. Você pode achar que seu design não significa nada no
mundo.
Mas você sabia todo processo químico que um papel passa para ser branco?
Quanta água se gasta? Quanta química há na tinta que será estampada no papel
que você escolheu? O cartão de visita que você faz para seu cliente pode tanto
ser descartado por alguém e poluir quanto ser visto por uma pessoas que
precisava tanto daquele serviço que a vida dela foi completamente transformada
por aquele cartão, que ela viu em cima de uma bancada qualquer que alguém
esqueceu. Aqui já temos tanto um impacto ambiental causado por sua escolha
de materiais quanto um impacto social da vida de uma pessoa que mudou pois
seu cartão chamou a atenção dela pra aquilo que ela tanto precisava.
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2. exemplo:
Você é um designer de marcas? Então sua responsabilidade
também é enorme. Somos bombardeados por marcas há
todo o momento, não importa aonde vamos. Praticamente
tudo que olhamos, pegamos e até ouvimos, está
relacionando a alguma marca. Olha que responsabilidade!
Você não precisa apenas chamar atenção das pessoas e
grudar na memória delas. Que marca é essa? Quem precisa
dela? Qual as dores que esse público tem? Quais as dores
desse meu cliente? Se essa marca não vingar o que pode
acontecer com esse meu cliente? E com os clientes dele que
ele poderia ajudar? E se ela crescesse e gerasse mais
empregos? E se tivesse um forte viés social e ajudasse
pessoas? Eu posso durante o processo mostrar pro meu Tudo que você faz
cliente as diferentes possibilidades pra ele impactar as
pessoas positivamente? Ele faz ideia do poder que uma impacta, seja de forma
marca tem de mudar a vida de alguém, inclusive a dele? Ele direta ou indireta,
pode ficar ciente do impacto ambiental que a divulgação
dele pode causar? São muitas coisas gente, muitas mesmo. tangível ou intangível,
Estou falando por cima, mas a coisa é muito mais profunda
que isso.
então projete sempre
tendo a consciência disso!
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empatia
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Temos a tendência de achar que a empatia se resume a A Tati Fukamati, criadora da Revolução da Empatia diz:
se colocar no lugar de outra pessoa, mas ela é muito “porque podemos imitar, podemos empatizar”. Isso diz
mais complexa que isso e pode ser entendida sob que nós, como espécimes, somos empatas naturais, já
diversos ângulos e áreas. nascemos com a capacidade de empatia.
Pesquisas de um neurofisiologista italiano, Fiacomo
Imagine você arranhando um quadro negro com as Rizzolatt, nos mostram que nosso cérebro possui o que
unhas, ou você cortando a pele entre seus dedos num chamamos de “sistema de neurônios espelho”, que
papel, ou alguém enfiando o dedo dentro do olho de serve para auxiliar a reprodução de movimentos, ações e
alguém... hehehe. Estranho imaginar isso né? Te deu sentimentos, é nossa capacidade de aprender, imitar até
nervoso? Se não deu pense em algo que dá! conseguir reproduzir. Por isso, se sentimos que não
temos empatia o suficiente, podemos fingir até que de
Nosso cérebro pode espelhar sensações, interpretando fato tenhamos, é um mecanismo natural do nosso
dentro dele a situação e reproduzindo nele mesmo o cérebro. Sempre que ouvimos uma história triste, vemos
que pensamos ou vimos no outro. Não precisa ser algo um filme, lemos um livro, quando nos emocionamos
ruim, pode ser algo bom também, qualquer emoção assim estamos tendo um espelhamento empático.
mais intensa. Isso se chama a Neurociência da empatia! Há muitos estudiosos e médicos pesquisadores que
estudam a empatia através da neurociência e
descobriram que as áreas que são ativadas quando
sentimos empatia são as mesmas de quando passamos
por experiências físicas.
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empatia
cognitiva
A empatia cognitiva é a capacidade de compreender o que o outro
está sentindo e de fazer os outros compreenderem o que você está
sentindo. É uma questão mais de lógica, mental, racional. É o pensar
sentimentos ao invés de senti-los. Uma natureza questionadora
contribui para uma empatia cognitiva, entender por que as pessoas
se comportam de tal forma, ou se sentem de tal forma, ou falam de
tal forma, etc.
empatia
afetiva.
A empatia afetiva é a habilidade de sentir o que o outro sente em nível
emocional. Eu sinto sua dor, eu sinto sua tristeza, eu sinto sua
felicidade, eu sinto sua raiva. É o que acontece quando choramos em
algum filme, ou quando acontece uma injustiça numa série e
sentimos raiva. Nós estamos nos conectando com uma história, com
um personagem em nível emocional e somos capazes de sentir isso
como se fosse nosso, despertam reações psicológicas e físicas em nós.
interesse
empático.
O interesse empático é a habilidade de perceber o que as outras
pessoas querem e esperam de você. É o que desejamos encontrar nas
pessoas a nossa volta, em nossos clientes, nossos amigos, etc. Ele é
como uma faca de dois gumes, nós experimentamos de forma
intuitiva o sentimento dos outros, mas ao mesmo tempo, escolhemos
se vamos atender aquelas necessidades e desejos. Por isso devemos
ter muito cuidado com o excesso do sentir.
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Quantos de vocês já trabalharam em empresas onde tiveram medo de errar e serem demitidos ou julgados ou repreendidos?
Como era esse sentimento? Fazia vocês trabalharem felizes? Imagino que muita gente tenha respondido não, né? (Sempre há
exceções, tá, gente? Hehe). E quantos de vocês já se sentiram frustrados pelo cliente responder o briefing de uma forma ou
falar uma coisa e depois no final falar que quer outra? E quantos de vocês já julgaram um designer por cobrar um valor abaixo
do mercado?
Tudo isso acontece pela falta de uma abordagem e uma gestão empáticas.
A vulnerabilidade é uma incrível ferramenta de empatia. Se deixar vulnerável requer uma enorme força, e isso causa um
espelhamento empático. Você se abrir faz com que a outra pessoa também se abra e entenda sua realidade, gerando uma
colaboração. Isso é essencial pras relações interpessoais, seja com clientes, empresas ou parceiros de profissão.
Quando algum erro ocorre, devemos parar, refletir e abordar da forma mais humana e empática possível, sem explodir, julgar,
ameaçar ou brigar. Parece óbvio né? Mas não é o que acontece.
A reação empática nos traz resultados melhores, aumentam a lealdade, confiança e a admiração da outra pessoa, seja em
qualquer situação. Isso faz com que não haja medo, portanto deixa as pessoas mais à vontade para experimentar, aprender,
inovar; e isso causa uma profunda transformação em diversas áreas. A empatia gera um desempenho muito melhor, uma
produtividade muito mais efetiva.
Eu super aconselho um entendimento mais profundo sobre essa área extensa e bonita! Ela é essencial pra alavancarmos na
nossa carreira e na nossa vida!
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cria
tivi
dade
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A criatividade é algo que nos acompanha desde o início dos tempos e mesmo assim
continua sendo uma habilidade do futuro. E sempre vai ser! Ela é uma ferramenta de
sobrevivência nossa e até dos animais.
E ainda mais quando trabalhamos na área criativa, né? É pressão atrás de pressão e por
isso é um assunto delicado e que precisa muito ser falado da forma correta. Porque pra
nós é uma ferramenta tanto de criação quanto de destruição.
A criatividade é um sentimento,
uma força, um segredo, uma
fonte, uma energia que flui
através de nós e também é capaz
de nos carregar.
Jonathan Tilley.
A criatividade é como o design, ela não só visa solucionar problemas, sejam eles dos
mais comuns aos mais complexos, ela abre caminhos, amplia nossas possibilidades e
desbloqueia nosso potencial.
Temos a criatividade sendo eficaz tanto nas nossas famosas gambiarras pra consertar
algo quanto pra desenvolver um projeto de marca, quanto pra fazermos um caminho
diferente que costumamos fazer pra chegar em casa.
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Q UE ST ION E!
Uma essência questionadora e uma visão mais profunda trabalham nossa
criatividade diariamente. Entender o porquê das coisas e abusar da nossa
natureza investigativa e experimentadora.
O ME D O.
Aprendi com o Henrique Szklo, criador da escola nômade para mentes criativas, que nós temos
medo da criatividade. E isso é muito verdade! Temos medo de inovar pois temos medo do
desconhecido, temos medo do erro, do julgamento, das outras pessoas e do nosso próprio.
O medo é normal, ele é nossa ferramenta de sobrevivência, nos vulnerabiliza. Mas essa
vulnerabilidade contribui para a inovação, para os desafios, para questionarmos. Nós esquecemos
que o erro faz parte do processo e que sem erro não há a experimentação e sem experimentação
não há erro e não podemos reduzir falhas e seguir por um caminho corajoso sem isso.
Temos medo de desbloquear nosso potencial criativo e andar por um caminho desconhecido,
podemos achar que não somos o suficiente praquilo. Isso é um padrão engessado em nossas
cabeças que devemos quebrar.
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como podemos
quebrar esses padrões?
O Henrique Szklo tem uma teoria chamada Neurocriatividade Subversiva, que é a Investigação divertida sobre o
funcionamento do nosso cérebro em relação à criatividade.
É entender por que existe essa criatividade, porque temos bloqueios criativos, aonde temos que mexer para
sermos mais criativos, como transformamos e trabalhamos melhor nosso pensamento, nossa mente. Por que
algumas pessoas tem mais facilidade em serem criativas e outras não? Como mudar esse cenário de bloqueio?
A criatividade pode ser desconstruída em nós, podemos burlar esse nosso mecanismo automático e linear do
cérebro de forma que ele comece a despertar seu lado holístico e sistemático (onde tudo está conectado). Nós
já temos essa criatividade dentro de nós, só precisamos aprender a acessá-la. Precisamos improvisar.
Devemos lembrar que a criatividade não é caos. É estrutura, metodologia e experimentação.
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exemplo /
exercício: Agora vamos pro design.. Procure sobre um artigo de física,
um de química, um de história e um de biologia. Agora
quero que você faça uma ponte com o design! Como esse
Vamos começar com algo bem artigo poderia ser aplicado num conceito pra uma marca?
simples! Que marca poderia ser? Qual segmento? Qual público? Qual
Vocês vão dar 3 novas utilidades pra poderia ser a identidade dessa marca?
cada um desses objetos abaixo:
Treine seu cérebro para fazer associações ser disruptivo,
treine seu cérebro para sair do comum. Estamos num
1. Garfo.
momento de mundo que as pessoas estão buscando se
2. Celular.
conectar com o diferente, com algo a mais, com algo que
3. Site. nos fisgue emocionalmente e reflita nossos valores e
4. Notebook. personalidades, nossa cultura.
5. Pendrive.
o sustento da
vida criativa.
Temos mania de ver o bloqueio criativo como um inimigo a ser
destruído. Mas o bloqueio pode ser um grande aliado nosso,
um amigo. Que mostra que nós somos pessoas e também
precisamos parar e descansar, que precisamos desapegar e
fazer coisas novas, que não somos máquinas de produção.
A criatividade, como muitas outras coisas, tem seus ciclos
também e nosso cérebro e nossa mente precisam sempre estar
renovadas e recicladas.
os três
direção. No momento em que chegou a porta seu lampião se apagou e ele caiu
no chão desmaiado.
cabelos De dentro da casa saiu uma velha, que o segurou nos braços e o levou pra perto
da lareira. Ali, ela o embalou e o balançou em seu colo a noite inteira.
mas que
diabos isso
significa?
Esse conto, junto com outros (inclusive eu acho a leitura desse livro quase obrigatória) nos fala sobre a
perda da nossa energia criativa. Quando a perdemos tentamos equivocadamente correr para
alcança-la. Mas não é o que devemos fazer. Devemos sentar e balançar. A paciência, a paz e voltar para
si renovam as ideias. Devemos entreter essa ideia, com paciência, sem peso, sem desgasta-la.
Podemos fazer uma analogia ao bloqueio criativo ser um aviso do nosso desgaste, precisamos nos
reconstruir. Perder a criatividade momentaneamente faz parte do nosso ciclo natural. Bloqueios vêm e
voltam como estações do ano. (com exceção de forte bloqueios psicológicos, podemos falar disso
depois). Essa história nos mostra todo o ciclo da criatividade. Ela nos mostra que também precisamos
nos preocupar com nós mesmos, porque nós cansamos e isso é natural. Devemos nos renovar dentro
desses ciclos, precisamos ser embalados. Não devemos entrar em pânico, devemos as vezes só soltar.
Os três fios de cabelos jogados no chão são como um alívio de peso. Precisamos jogar pensamentos
no chão para nos fortalecermos. Como um escritório removendo o mármore para revelar formas
ocultas.
Se você segurar essa ideia, embalá-la, manter uma parte dela e a outra jogar fora, ela se renovará.
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design
emocional
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projetando para
emoções:
O Design emocional só surgiu a partir de meados da década de 1990, quando surgiu uma necessidade do
mercado pela criação deste campo. Esta área não tem como objetivo despertar ou evitar determinadas
emoções nos consumidores através de um produto ou serviço, ela possui uma complexidade muito além.
De certa forma, os designers já tinham esse objetivo “emocional” antes desse campo receber um nome
apropriado, se baseando no desejo das pessoas e em seu comportamento. Fazer com que seus designs tragam
prazer e bem-estar aos usuários sempre foi a intenção de todas peças criadas, mas de forma superficial.
No passado, não houve tantos profissionais com propriedade no assunto pois as emoções desejadas possuem
um caráter extremamente subjetivo de cada pessoa. Cada pessoa possui uma expectativa diferente, uma
trajetória de vida diferente e isso faz com que suas emoções sejam muito individuais e quase únicas, e como os
designers normalmente não são os usuários finais de seus próprios produtos ficava difícil se colocar no lugar
do consumidor que realmente iria usufruir de suas criações.
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modernismo x
pós-modernismo.
Estamos ainda em um momento de transição,
de ruptura e quebra de antigos padrões.
Não vemos no pós-modernismo um único estilo como víamos ao longo da
história do mundo e do design. Por quê? Porque ele não reflete a experiência e
a busca de cada indivíduo, de forma individual em si e coletiva, reflete a busca
por experiências, intensifica nossos sentidos e nossas inspirações e
personalidades. Ele rompe com antigos padrões engessados e reforça a
descoberta, a busca, os desafios, a intuição, a totalidade e a inclusão, não
importa o quão diferente você seja e o quão deslocado você já foi.
design
positivo
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o design para o
bem-estar subjetivo.
Assim como falar do Design Emocional, falar do Design Positivo resumidamente também é muito difícil, pois me
empolga tanto quanto e é um conceito maravilhoso!
O Design Positivo pensa na felicidade e bem-estar subjetivo das pessoas de forma individual e coletiva. Trazendo
sua carga do Design Emocional, ele também tem a ver com inspiração, personalidade, conexão, identificação,
significados, a imagem do pós modernismo que falamos, de forma estratégica, processual e organizada, baseada
numa teoria que une a psicologia, o design e as pessoas.
O design pode permitir, estimular e inspirar o engajamento em atividades significativas. É uma forma de fazer com
que o design de algum produto ou serviço aumente o bem-estar subjetivo das pessoas que os estão utilizando.
Sua intenção é aumentar a apreciação das pessoas pelos produtos/serviços a longo prazo e se possível fazer com
que os mesmos modifiquem sua forma de viver trazendo perspectivas positivas em suas vidas e em seu cotidiano.
O Design positivo possui três elementos essenciais que compõem seu núcleo e ele é representado pela figura de
um triângulo, onde em cada uma de suas pontas estão: o design para o prazer, o design para significado pessoal e o
design para a virtude, o Design Positivo começa onde esses três elementos fazem sua intercessão, e é nesse
momento que ocorre a prosperidade das pessoas.
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os pilares?
misture os três:
Quando misturamos esses três pilares citados acima
estamos projetando para uma abordagem do design
para a prosperidade humana. Prosperidade no sentido
de um ótimo funcionamento humano em todas as DESIGN
PA R A A
design
thinking !
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EMPATIA.
VALORES
DO DESIGN COLABORAÇÃO.
THINKING EXPERIMENTAÇÃO.
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AMBIENTES ADAPTÁVEIS.
PILARES
DO DESIGN ABORDAGEM.
THINKING MULTIDISCIPLINARIDADE.
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duplo diamante.
Ele é de natureza iterativa e
flexível, onde o erro é visto
como parte do processo.
O momento de encontrar
soluções só começa após um
mergulho profundo no
contexto, entendimento,
observação, pesquisas,
pessoas, em tudo... só ai
começa a parte de abertura
das possibilidades e soluções.
human
centered
design. financeiramente
possível
o design centrado
no ser humano
No centro dos processos, metodologias e conceitos
HCD técnicamente
mais humanos, o HCD é uma metodologia
viável
projetada para ampliar o escopo de soluções
criativas que os problemas complexos nos trazem,
ele coloca as pessoas no centro do processo, desejável
fazendo com que tenhamos que entender em
todos os níveis os problemas, as dores, obstáculos,
sonhos, desejos, etc delas.
mapa de
empatia! modelo tradicional
PENSA E SENTE
Meus projetos todos se iniciam com o mapa de
VÊ ESCUTA
empatia. Ele é uma ferramenta linda e
maravilhosa que auxilia a gente a entender de
forma mais profunda nossos clientes, gerar
conexão com eles, descontrair a reunião de
forma que o cliente se sinta confortável em se
abrir e falar mais verdadeiramente e livre e nos
ajuda a interpretar o que ele realmente quer e FALA E FAZ
como iniciar
o mapa?
Muita gente me pergunta como iniciar o mapa, a conversa.
Eu gosto de duas formas:
o desafio
de design!
Após o mapa, temos que encontrar o desafio de Por exemplo (um exemplo também da escola),
design. Ele nos orienta muito durante o projeto, entender o papel do cobrador de ônibus no
mas não nos engessa, é um bom guia! contexto das novas tecnologias.
Os desafios de design começam sempre com
“Como podemos”. Ele não pode ser nem muito Um desafio limitado seria: Como podemos acabar
amplo, nem muito limitado, ele nos faz criar cada com a função do cobrador de ônibus. Ele já dá uma
vez mais perguntas, é uma fase de divergência. solução, e normalmente as primeiras soluções
nunca são as melhores pois são superficiais.
A Escola de Design Thinking nos ajuda a elaborar
um bom desafio de acordo com 3 perguntas: Um desafio amplo seria: Como podemos reprojetar
o sistema de transporte público? Meldels!
1. O DESAFIO É CENTRADO NO SER HUMANO? Um bom desafio seria: Como podemos ressignificar
o papel do cobrador de ônibus?
2. O DESAFIO PERMITE UM ESCOPO DIVERSO DE
SOLUÇÕES? Um desafio que gostei muito de elaborar foi o da
Waya, marca de bolsas artesanais que projetei. O
3. POSSUI UM RAZOÁVEL GRAU DE INCERTEZA desafio era “Como podemos ressignificar o conceito
PARA ONDE SEGUIR? das bolsas na vida das pessoas”? E foi muito
divertido esse processo!
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vamos falar
um pouquinho
sobre cada etapa?
Vou falar um pouquinho de cada etapa pra vocês se
familiarizem e entenderem mais sobre!
Eu não utilizo o DT de forma linear, nem um pouco mesmo,
tanto que eu começo com o mapa de empatia. Mas essa é a
beleza! Ele é livre, holístico, um guia! Use-o de acordo com
sua personalidade e necessidade!
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(des)entendimento
Na minha opinião a parte mais divertida! É o mergulho inicial nesse novo
universo que esbarramos! É a hora de fazer um entendimento 360 (o que a
escola de design Thinking chama carinhosamente de (des)entendimento) e abrir
nossa mente e visão para o novo, para as pesquisas que virão. É colher o máximo
de dados que conseguirmos suportar! Hehehe. É onde construímos e
descontruímos o desafio. É quando fazemos perguntas que geram mais
perguntas e por isso é uma fase de divergência.
observação
É hora da empatia! De sair, conhecer,
entender, observar, conversar, sair da
zona de conforto. É hora de se
relacionar com pessoas, já que todo
serviço é feito pras pessoas. Devemos
pensar em todos os aspectos
humanos: comportamental, físico,
cultural, sociológico, psicológico,
emocional, etc.
ponto de vista
Depois de todas as pesquisas e
grandes quantidades de dados e
insights é hora de rever o desafio a
partir do entendimento e pesquisas. O
desafio mudou? Continua o mesmo?
É hora de organizar o caos e a
pesquisa. É hora de convergir e gerar
mais empatia. O mapa de empatia e a
criação de personas se encaixam aqui
como ótimas ferramentas.
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ideação
Agora é hora de por a mão na massa de forma
livre, sem julgamentos, pensando em tudo que
coletamos até agora, baseado nas pesquisas, mas
também com intuição e emoção. É tentar
tangibilizar o caos, as ideias, muitas delas, todas
elas! Brainstorms se encaixam lindamente aqui!
prototipação
Ainda é momento de geração de ideias, de entender
as tangibilizações, de expandir o entendimento.
É uma forma de entendermos de forma rápida, suja e
barata como esse projeto vai funcionar na vida real.
Tiramos a ideia do papel e damos vida a elas. Pensem
em testes de impressão, bonecas de livros e de
folders, esqueletos de sites, protótipo digital de
navegação, montar embalagens com papeis que
temos, maquetes, etc! Ele já nos mostra muita coisa
antes mesmo de a solução existir!
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teste
Prototipe achando que vai dar
certo, teste achando que sempre
está errado!
iteração
É a hora e a oportunidade de refinar e melhorar as
soluções que encontramos nessa trajetória.
e a conclusão
disso tudo?
Vocês viram o mundo que o design nos abre? E que ele vai além do que
imaginamos? Que nosso impacto, nossos projetos e criações vão além mesmo,
têm capacidade de transformar e movimentar muita coisa.
O Design intangível é o design mais importante, aquele que a gente sente, mas
não consegue ver. É esse design que conecta as pessoas, o mundo, ambientes,
marcas, cria filosofias, muda culturas, transforma o mundo e guia nossos
projetos visuais e gráficos.
Espero que vocês tenham curtido esse ebook tanto quanto eu curti escrevê-lo!
Que tenham tirado alguns insights e que ele possa te ajudar nessa jornada tão
linda que é a nossa. Também transformar um pouquinho seus projetos e te levar
pra onde você mais deseja.
quenhé essa
pessoa diana?
Eu sempre fui uma pessoa extremamente indecisa na vida, pois sempre gostei
de tudo! Hahaha
Sempre fui curiosa e estudar as coisas por diversão e não por obrigação
(quando virava obrigação eu não era tão curiosa assim! Hehehe), eu amava
biologia, história e mitologia, gostava de entender a química, a física e a
matemática. Sempre quis fazer algo que causasse um impacto positivo no
mundo e nas pessoas, queria trabalhar com algo que importasse, mas acabei
fazendo vestibular para biologia, história, direito e publicidade (pois é, né?).
Acabou que optei por fazer Publicidade. Eu tive o ENORME privilégio da minha
mãe poder com todo seu trabalho e esforço pagar minha faculdade na ESPM,
que é muito renomada nessa área. Sou extremamente grata por poder estar ali
dentro e completamente ciente desses privilégios. Sei que muitas pessoas não
têm isso, por isso eu tento sempre democratizar conteúdos do design de forma
gratuita pra disseminar essa visão no mundo e mostrar que o design é muito
além do que pensamos.
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Mas eu tive uma ponta de esperança no quinto período. Através de uma querida professora
chamada Beatriz Russo eu finalmente conheci a verdadeira essência do design e ela com
certeza não era nada, absolutamente nada fútil...
Passei por alguns estágios: estúdio de fotografia, secretaria da cultura, uma ong e cheguei
ao meu primeiro emprego numa agência de publicidade; e aí, minha saúde mental
começou a se desintegrar e meu maior medo começou a se concretizar. O medo de que eu
passaria o resto da vida num escritório fechado, com minha criatividade podada, ganhando
mal, sendo tratada mal e super desvalorizada por uma empresa péssima que nem se
importa comigo. Foi aí que eu decidi arriscar tudo, largar tudo e empreender (não façam
isso se não tiverem uma boa reserva financeira de segurança). Meu início foi difícil, estava
morando sozinha pela primeira vez num apartamento alugado e eu não conseguia clientes,
estava fazendo meu tcc e tudo estava desandando. Foi um grande risco que corri, não pude
mais pagar o apartamento em que estava, comecei a comer totalmente a minúscula
reserva que tinha feito e não encontrava meu posicionamento. Foi um grande processo de
teste e erro, teste e erro, teste e erro, até começar a finalmente acertar.
Eu no meu (quase) habitat natural. No meio das plantas e dos livros! hahaha
Conheci o Will do Freela Criativo através de uma live e me
joguei pra fazer o curso dele. Pedi os dinheirinhos do curso
emprestados pra minha mãe, que mais uma vez me ajudou.
Foi aí que tudo, mas tudo mesmo começou a mudar. Conheci
minhas maiores referências que hoje em dia eu tenho a
enorme gratidão em poder chama-las de amigos. Will Baldan,
Marcelo Kimura, Walter Mattos, Pri Nunes, Beth Brands e
muitos outros. Eu os olhava como algo muito distante, hoje
me sinto muito abraçada por eles e por outros.
agradecimentos
para pessoas xuxus.
Primeiro um agradecimento especialzão à equipe marlinda da Orbyka, que ajudou a por essa joça no ar hehehe
Aos professores que me jogaram com carinho nesse mundo: Bia Russo, Fernando Borges, Eliana Formiga, André
Beltrão, Belmonte, Luiz Claudio Franca e muitos outros.
Obrigada às minhas referências (hoje abigos!) que tiveram o saco de ler meu ebook ainda na unha (word) e me
dar opinião hahahaha Marcelo Kimura, Walter Mattos, Renata Caraih, Beth Brands.
Obrigada aos queridos que conheci durante essa trajetória linda e que hoje tenho o maior carinho! Juliana
(ajuquefez), Emanuel Pappis, Kesya Tavares, Renata Santos, Azteca Design, Priscylla Nunes, Nina Talks, Ericles
Batista, Camila Chisini da Okta, Itamara Ferreira, Rafael Maia, Victor Weiss, Pedro Renan, Paulo Nogarol, Gui
Vissotto, Victor Berriel, Richard Eidam, , Gustavo Estevão, Cilene Silveira, André Braga, e muitos, muitos outros
que não cabem aqui, mas que prometo fazer um agradecimento pra todos! hahaha
Ao meu maravilhoso incrível advogado que mata meus nomes, Moysés Remma.
Aos meus mentorados coisas lindas da minha vida, vocês são demais!
A todo mundo que tá sempre me mandando mensagem, comentando, compartilhando e tá pertinho de mim lá
no insta! Cara, eu tenho um carinho desgraçado por cada um de vocês real! hahaha!
Biografia.
Brandjam - O Design Emocional na Humanização das Marcas.