Na dinâmica proposta na classe, fiquei responsável por cuidar do irmão
Orlando. Para mim foi um desafio, cuidar de alguém que tanto respeito e admiro.
Nos primeiros momentos, cuidar do irmão Orlando representado no ovo
foi bem incômodo, isso porque estava acostumada a uma rotina, e agora precisaria levar ele para todos os lados que eu fosse. Comecei a me sentir incomodada com a situação, tive que providenciar uma bolsinha para carregá- lo, e já na tarde da segunda feira não via a hora de poder devolvê-lo.
No segundo dia eu já estava mais contente em poder participar da
dinâmica, não via mais aquilo como algo chato, que me atrapalhava, comecei a cuidar do irmão Orlando e não do ovo. Porém, no horário do almoço, ele caiu da minha mão e trincou. Fiquei chocada. Não tive nem reação para pegá-lo, uma das meninas que o fez pra mim, quando vi ele todo quebradinho minha vontade foi de chorar, fui para o alojamento e comecei a fazer o curativo nele, e o interessante é que esse foi o momento que mais fiquei com ele, o momento que mais o toquei, quando estava cuidando das rachaduras produzidas nele.
Nessa dinâmica pude aprender muitas coisas, dentre elas:
Somos co-responsáveis pela pessoa que cuidamos;
As rachaduras e quebraduras só ocorrem mediante um contato. Os momentos que gastamos para cuidar dessas rachaduras e quebraduras são muitas vezes a hora que mais nos aproximamos da pessoa. Quando andamos com alguém as nossas atitudes boas ou más espirram nas pessoas que cuidamos
Acho que a dinâmica pôde representar de modo significativo o cuidado
pastoral, pretendo realizá-la em minha igreja com o grupo de jovens, a fim de mostrar a importância de cuidarmos das pessoas.