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PLANO DE ESTUDOS

 
Ano COMPONENTE
PROFESSOR(A) BIMESTRE
Escolaridade CURRICULAR

9º Geografia

Nome do Aluno:_________________________________________________
Turma: ________________                                       Data: _____/_____/_____
 

ATIVIDADES – 3º Bimestre

TEMA1: O Processo de Industrialização Mundial

A Primeira Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, em meados do século XVIII,


significou um período de grandes mudanças. Essas mudanças, ao longo dessa fase, estavam
limitadas ao domínio inglês. Contudo, ao longo do desenvolvimento de novas tecnologias e
aprimoramentos de técnicas, essas transformações espalharam-se pelo mundo todo, sendo,
portanto, fundamental para entender a atual configuração da sociedade.

Geograficamente, a Inglaterra era também privilegiada, sendo, dessa forma, um dos


fatores mais decisivos para que o país progredisse nesse período. A Inglaterra possuía acesso
ao comércio marítimo, facilitando a exploração de novos mercados e aumentando a zona de
livre comércio. Ao tornar-se uma grande potência marítima, o país acabou acumulando capital
que passou a ser investido nas fábricas.

A principal característica dessa fase é a mudança do processo produtivo.


Anteriormente, o trabalho era feito por artesãos, mulheres, homens e crianças, que o
desenvolvia em suas casas ou em oficinas. Com a Revolução Industrial, esse trabalho passou
a ser desenvolvido em fábricas (observe a imagem a seguir), com a utilização de máquinas.
Antes, a execução de trabalho que era feita manualmente demandava muito tempo, visto que
os trabalhadores precisavam realizar todas as etapas do sistema produtivo.

Figura1- Imagem de uma indústria em funcionamento. Fonte: Google Imagens.

Com o avanço tecnológico, foi possível desenvolver máquinas capazes de otimizar o


tempo, possibilitar a produção em maior escala e, consequentemente, o aumento dos lucros.
Nesse período, passa a existir o que conhecemos por “divisão do trabalho”. Cada
trabalhador passa, então, a exercer apenas uma etapa da produção e não todas as etapas (da
matéria-prima à comercialização), como era feito anteriormente.

Podemos destacar alguns fatores que fizeram com que a Revolução Industrial fosse
iniciada na Inglaterra foram:

 A abundância de recursos naturais, como o ferro, lã, carvão.


 A política dos cercamentos, que mudou a configuração das áreas rurais, introduzindo
cercas para a criação pecuária e para a produção de matéria-prima. Essa política provocou um
intenso êxodo rural, visto que exigia dos pequenos proprietários títulos das propriedades.
Muitos não possuíam e acabavam sendo expulsos de suas terras. A política de cercamentos foi
responsável também pela grande disponibilidade de mão de obra e sua consequente
desvalorização.

 As políticas econômicas liberais adotadas passaram a possibilitar o progresso


tecnológico e o aumento da produtividade.

1.1-Características principais da 1º Revolução Industrial e suas


consequências

Uma das características que podemos mencionar, nesse primeiro estágio do processo
de industrialização mundial, é a emergência da indústria têxtil. Nesse período, surgiram
diversas indústrias de tecidos de algodão que utilizavam o tear mecanizado. A produção
desses tecidos era destinada à exportação, sendo um dos maiores impulsionadores da
economia inglesa.

A Primeira Revolução Industrial provocou intensas transformações no sistema


produtivo. Surgiram as indústrias e um novo modo de produção: a manufatura deu lugar à
maquinofatura. Houve aumento da mão de obra e sua consequente desvalorização. Novas
relações de trabalho, surgiram mediante a existência de duas classes: a burguesia e o
proletariado. Os trabalhadores passaram a exercer funções específicas. Os salários
recebidos eram baixos e as cargas horárias extenuantes.
A Inglaterra industrializou-se em um primeiro momento e posteriormente outras nações.
As máquinas introduzidas nas fábricas possibilitaram o aumento da produção em menos
tempo, aumento dos lucros e o desenvolvimento da economia. Nessa fase, foram utilizadas as
máquinas de fiar nas indústrias têxteis; o tear mecanizado para a produção de tecidos e a
máquina a vapor utilizada nas indústrias têxteis, nas usinas de carvão e de ferro, nos meios de
transporte, como o navio a vapor e a locomotiva.

Figura 2- Imagem que retrata uma locomotiva em funcionamento. Fonte: Google Imagens.
Posteriormente, ao longo do século XIX, outros países europeus seguiram o mesmo
caminho em busca de riqueza e lucro proporcionados pelos avanços dos meios de produção.
Não obstante, nos países emergentes esse processo de industrialização ocorreu mais
tardiamente e levou a algum nível de dependência em relação aqueles que foram os pioneiros
da Revolução Industrial.

1.2-Características principais da 2º Revolução Industrial e suas


consequências

A Segunda Revolução Industrial iniciou-se na segunda metade do século XIX, entre


1850 e 1870, e finalizou-se no fim do Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945. Essa fase
da Revolução Industrial representa o início de um novo período da industrialização, vivida
inicialmente na Inglaterra, mas que se expandiu para outros países.
As fases da Revolução Industrial simbolizam um novo patamar alcançado no
desenvolvimento da civilização humana, no que diz respeito aos avanços tecnológicos, ao
surgimento de novas indústrias, bem como à capacidade produtiva de cada uma delas. Sendo
assim, não se pode considerar que houve rupturas ao longo da Revolução Industrial, mas sim o
alcance de novos níveis de industrialização. Esse movimento foi dividido em fases apenas
em termos didáticos.
Nessa segunda Revolução ocorrerá um aprimoramento de técnicas, o surgimento
de máquinas e a introdução de novos meios de produção, que deram início a um novo
momento. A industrialização que, antes, limitava-se à Inglaterra, expandiu-se para outros
países, como Estados Unidos, França, Rússia, Japão e Alemanha.
Vale destacar, que as principais fontes de matérias- primas empregadas: O ferro,
o carvão e a energia a vapor, característicos da primeira fase da Revolução Industrial, agora
dão lugar aos representantes da segunda fase: o aço, a eletricidade e o petróleo.

Figura 2- Demonstra a exploração de petróleo .Fonte: Google Imagens.

As tecnologias introduzidas nesse período possibilitaram a produção em massa,


a automatização do trabalho e o surgimento de diversas indústrias, em especial
as indústrias elétrica e química. Houve também um aumento considerável de empresas e o
aprimoramento das indústrias siderúrgicas.
As ferrovias expandiram-se, possibilitando o escoamento dos bens produzidos e o
aumento do mercado consumidor. Surgiram, durante a Segunda Revolução
Industrial, diversos inventos que modificaram toda a organização social e criaram novas
relações, sejam essas sociais, de trabalho e até mesmo entre o ser humano e o meio.
A inserção de novas técnicas, o aprimoramento de novos meios de produção e o
aumento das fábricas, apesar de terem impulsionado o desenvolvimento industrial e
aumentado a produtividade e os lucros, acabaram gerando bastante desemprego naquele
período, empobrecendo a classe trabalhadora.
A mão de obra foi substituída por máquinas, processos automatizados e correias
transportadoras. Ou seja, a manufatura deu lugar à maquinofatura.
Essa nova realidade fez com que a classe trabalhadora não fosse capaz de consumir tudo que
era produzido, o que acabou gerando um grande excedente na produção, diminuindo os
lucros e causando diversos prejuízos.
Os países capitalistas, como Alemanha e Estados Unidos, necessitavam então
ampliar seu mercado consumidor, expandindo-o geograficamente para além dos territórios
europeus. Além disso, precisavam também buscar matéria-prima suficiente para suprir a
produção. Surge, nesse momento, o que ficou conhecido como: imperialismo.
O imperialismo corresponde às ações e medidas tomadas por países que pretendiam expandir
seus territórios por meio da dominação de outros territórios. Essa dominação pode ser de
ordem cultural, política ou econômica.
Houve a substituição do ferro pelo aço, que passou então a ter um papel
fundamental nas indústrias. O aço passou a ser utilizado nas ferrovias, na indústria naval e na
fabricação de armamentos, por exemplo.

Apesar dos inúmeros avanços alcançados, a Segunda Revolução Industrial provocou


algumas  consequências, mediante o maior avanço tecnológico, o aumento da produção em
massa em bem menos tempo, a especialização da produção ( o trabalhador não conhece todo
o processo produtivo, produz uma parte da peça de um carro, por exemplo, não tendo domínio
todo), consequentemente o aumento do comércio e modificação nos padrões de consumo;
muitos países passaram a se industrializar, especialmente os mais ricos, dominando, então,
economicamente diversos outros países (expansão territorial e exploração de matéria-prima).

Um exemplo foi o intenso êxodo rural motivado pela substituição da mão de obra por


máquinas, fazendo com que muitos trabalhadores deixassem o meio rural e dirigissem às
cidades. Iniciou-se, nesse momento, o processo de urbanização, e, com ele, começaram alguns
problemas, como o inchaço urbano e a favelização. O desemprego, que significou muita mão
de obra disponível, desencadeou o aumento da pobreza, da violência e da desvalorização do
trabalho.

1.3-Características principais da 3º Revolução Industrial e suas


consequências

A Terceira Revolução Industrial e a nova integração entre ciência, tecnologia e


produção possibilitaram avanços na medicina; a invenção de robôs capazes de fazer trabalho
extremamente minucioso e preciso; houve avanços na área da genética, trazendo novas
técnicas que melhoraram a qualidade de vida das pessoas; bem como diminuição das
distâncias entre os povos e a maior difusão de notícias e informações por meio de novos
meios de comunicação; o capitalismo financeiro consolidou-se e houve aumento do número de
empresas multinacionais.

E não menos importante, todas essas transformações possibilitadas pela Revolução


Industrial como um todo transformaram o modo como o homem relaciona-se com o meio.
A apropriação dos recursos naturais para viabilizar as produções e os avanços
tecnocientíficos tem causado grande impacto ambiental.
Atualmente, as alterações provocadas no meio ambiente têm sido amplamente discutidas
pelas comunidades internacionais, órgãos e entidades, que expressam a importância de mudar
o modelo de desenvolvimento econômico que explora os recursos naturais sem pensar nas
gerações futuras.
A tecnologia se refina, aprimorando antigas invenções, criando novas ou
estabelecendo conexões inusitadas entre os diferentes ramos da ciência. A informática produz
computadores e softwares; a microeletrônica, chips, transistores e inúmeros produtos
eletrônicos. Surge a robótica. As telecomunicações, utilizando os satélites, viabilizam
transmissões de rádio e televisão em tempo real. A telefonia - fixa e móvel -, conjugada à
Internet, transforma a comunicação em um processo instantâneo. A indústria aeroespacial
fabrica satélites e leva homens e robôs a novas fronteiras no espaço. Medicamentos, plantas e
animais são transformados pela biotecnologia.
TEMA 2: Urbanização Mundial e suas principais

A urbanização corresponde ao processo de transformação dos espaços rurais em


espaços urbanos, com o crescimento das cidades e das práticas inerentes a elas, como as
atividades industriais e comerciais. O urbano não se restringe à cidade, mas é principalmente
nela que ele se materializa, fato que associa o processo de urbanização ao crescimento das
cidades em relação ao campo.

Os países desenvolvidos foram os primeiros a urbanizar-se, com a maior presença de


fatores atrativos. Fatores atrativos: ocorrem pela urbanização causada pela atração da
população do campo para as cidades em busca da maior oferta de emprego gerada pela
industrialização, além da existência de melhores condições de renda e de vida. O rápido e fácil
acesso a produtos, bens de consumo e serviços, como escolas e hospitais, além de uma maior
interação cultural, também pode ser listado como um fator atrativo da urbanização.

Fatores repulsivos: ocorrem quando a urbanização acontece pela “expulsão” ou


afastamento da população do campo para as cidades, com uma migração em massa que
chamamos de êxodo rural ou “migração campo-cidade”. Dentre os fatores repulsivos da
urbanização, podemos citar a concentração fundiária (muita terra nas mãos de poucos), os
baixos salários do campo, a mecanização das atividades agrícolas com a substituição da mão
de obra, entre outros.

Com a Revolução Industrial, ao longo do século XVIII, cidades como Londres e Paris
transformaram-se em grandes centros urbanos, porém com uma grande carga de problemas
sociais e miséria acentuada, questão que só veio a ser atenuada pelas reformas urbanas no
século seguinte.

Os países desenvolvidos foram os primeiros a urbanizar-se, com a maior presença de


fatores atrativos. Com a Revolução Industrial, ao longo do século XVIII, cidades como Londres
e Paris transformaram-se em grandes centros urbanos, porém com uma grande carga de
problemas sociais e miséria acentuada, questão que só veio a ser atenuada pelas reformas
urbanas no século seguinte.

Já os países subdesenvolvidos e emergentes só conheceram uma urbanização mais


intensificada a partir de meados do século XX, e muitos territórios ainda estão em fase inicial
desse processo. Os principais fatores são os repulsivos, como a mecanização do campo e
concentração de terras, além de alguns fatores atrativos, como a industrialização realizada,
predominantemente, pela instalação de empresas multinacionais estrangeiras.

Em muitos casos, conheceu-se a formação de grandes centros urbanos chamados


de metrópoles, com uma área urbana que abrange o espaço de várias cidades. As principais
cidades do mundo, atualmente, são as chamadas cidades globais (conhecidas também como
metrópoles mundiais, são centros de influência internacional.) Elas também são conhecidas
como metrópoles mundiais, são grandes aglomerações urbanas que funcionam como centros
de influência internacional. Estão no topo da hierarquia urbana, com destaque para Nova
Iorque, Tóquio, Londres, Berlim e, nos países emergentes, Cidade do México, São Paulo
(maior metrópole brasileira), Rio de Janeiro, Bombaim e Buenos Aires, além de muitos outros
exemplos.

Vale destacar, que a urbanização dos países subdesenvolvidos, apresentam como


características principais os muitos impactos ambientais nas áreas urbanas podemos
destacar as enchentes, lixos urbanos, poluição do ar, poluição sonora e despejo de esgoto
sanitário nos rios, problemas que afetam diretamente os recursos naturais e a qualidade de
vida das pessoas que residem nas cidades.

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