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CONCEITO
MATÉRIAS-PRIMAS:
Devem conter Ca (cálcio), Si (silício), Al (alumínio) e Fe (ferro) sob a
forma de óxidos: CaO (cal – representada pela letra C), SiO2 (sílica –
representada pela letra S), Fe2O3 (hematita – representada pela letra F) e Al2O3
(alumina – representada pela letra A).
O FORNO ROTATIVO:
O forno rotativo é um equipamento de grande porte, de forma cilíndrica,
com movimento rotativo por produzido por acionadores, ligeiramente inclinado,
tendo na extremidade mais baixa a entrada dos gases quentes, gerados na
queima do combustível e, na extremidade mais alta, a entrada das matérias-
primas e saída dos gases de combustão, os quais passam por um sistema
recuperador de energia, passam, a seguir, por um sistema retentor de
particulados, para minimizar o impacto ambiental e, por meio de chaminé, são
finalmente descarregados na atmosfera. Deste modo, à medida que as matérias-
primas vão seguindo pelo interior do forno, são submetidas a um gradiente
crescente de temperaturas, com valor máximo de 1500 oC provocando as reações
químicas entre os componentes do calcário e da argila e dos produtos entre si,
bem como dos corretivos, se houver necessidade do uso deles.
A Figura 1 mostra uma vista de um forno rotativo para produção de
cimento Portland.
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Figura 1 – Vista parcial de um forno rotativo para produção de cimento
Portland.
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REAÇÕES QUÍMICAS NO FORNO ROTATIVO:
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PRODUTO DO FORNO ROTATIVO:
Calcáreo
Corretivos
Adição de
B Resfriamento Moagem Estocagem
Gesso
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Figura 3 – Vista esquemática do sistema de um forno rotativo horizontal.
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Tabela 3: Composição da matéria-prima para fabricação de cimento Portland.
Exemplo:
Relacionar a produção de clínquer com a quantidade de cru, a partir da composição
porcentual em massa, dada pela Tabela 2, usando a modelagem indicada na Figura 4.
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Figura 4 – Modelagem para o balanço de massa dos sólidos no sistema do forno
rotativo.
A Tabela 4 identifica as correntes da Figura 4.
m m m m
(CRU) (H O) (CO ) (CLQ)
2 2
m p .m
(H O) (H O) (CRU)
2 2
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Tabela 6 – Geração de CO2 pela decomposição do MgCO3.
Reagente Produtos
MgCO3 MgO CO2
84 kg 40 kg 44 kg
p(MgCO3).m(CRU) kg 0,476. p(MgCO3).m(CRU) kg 0,524. p(MgCO3).m(CRU) kg
m
(CLQ)
m
(CRU) 1 p 0,44.p 0,523.p
(H2O) (CaCO3) (MgCO3)
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As reações com a H2O são exotérmicas (liberam calor), e a Tabela 8 mostra alguns dos
calores liberados.
C3A 207
C3S 120
C2S 62
C4AF 100
3 50
7 60
28 90
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Se fosse o caso,por exemplo, calor liberado à idade de 15 dias, deve-se interpolar na
Tabela 9.
Outros materiais podem, também, ser usados na fabricação do cimento Portland, sendo
adicionados ao clínquer.
Tais materiais podem ser:
a) a: escória de alto forno de indústrias siderúrgicas, (apresentando cálcio,
magnésio, silício, alumínio e oxigênio);
b) materiais pozolônicos (material formado por pozolona, que é um tipo de produto
de origem piroclástica que se encontra nas imediações de Pozzuoli, na Itália,
tendo composição silicosa ou sílico-aluminosa) e
c) fíleres (material proveniente da moagem fina de calcário) e outros.
Assim, há os diversos tipos de cimento Portland, com adições nas mais diversas
concentrações, conforme apresentado na Tabela: 10.
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Tabela 10 – Tipos de cimento Portland.
Clínqu
Tipos Adição Nomenclatur Escóri Pozolona Fíler
er +
a a
gesso
alta
resistência com CP V ARI 95-100 - - 0-5
inicial
BIBLIOGRAFIA
1) Materiais de Construção
L.A. Falcão Bauer, 1o volume, capítulo 3, página 35;
2) El Cemento Portland y Otros Aglomerantes
F. Goná. Editores Técnicos Asociados S.A. Barcelona. España.
3) Manual do Concreto
Eng. Salvador Giamnusso
Biblioteca da UNISANTA – 624.183 – G362m.
4) Cimento Votoran
4.1) Fabricação e Utilização do Cimento Portland. Apostila, 17 folhas.
4.2) Cimento Votoran. CD da Votorantim/Cimentos, fornecido pelo Prof. Ramos, do
Curso de Engenharia Civil/UNISANTA.
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