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PLANIALTIMETRIA

MÉTODOS DE LEVANTAMENTOS

• Quadriculação de Terreno

• Seções Transversais

• Irradiação Taqueométrica (em Poligonal Aberta)

MÉTODOS DE REPRESENTAÇÃO

• Perfis Topográficos

• Planta Planialtimétrica
QUADRICULAÇÃO DO TERRENO
QUADRICULAÇÃO DO TERRENO

CARACTERÍSTICAS

• É o mais preciso dos métodos,

• Recomendado para pequenas áreas com relevo relativamente


plano.

• Também é o mais demorado e dispendioso.


QUADRICULAÇÃO DO TERRENO

DEFINIÇÃO

O método consiste em:

• Dividir o terreno em quadriculados regulares, orientados em


relação a um sistema de eixos ortogonais, materializados com
piquetes de madeira e devidamente identificados; e

• Nivelar os piquetes, ou seja, determinar suas cotas ou altitudes


em relação a um referencial altimétrico.
QUADRICULADO

Cada vértice do quadriculado é


chamado de ponto topográfico,
ao qual serão determinadas as
cotas ou altitudes.

Quanto menor o comprimento


do lado do quadriculado, mais
densa será a malha de pontos
topográficos, ou seja, mais bem
representado será o relevo.

Em áreas relativamente planas,


adota-se 20m para as laterais
desses quadrados. Em áreas
mais acidentadas, pode-se
utilizar, por exemplo, 5m ou
10m.
QUADRICULADO

A orientação do quadriculado é
feita tomando como base um
sistema imaginário de eixos
ortogonais XY, de tal maneira
que as abscissas indicam colunas
e as ordenadas indicam linhas.

Dessa forma, um ponto


topográfico assinalado como 34
pertence à terceira coluna e à
quarta linha.

Os eixos x e y devem ser


materializados de tal forma que
os próprios eixos sejam os
limites da área a ser levantada.
QUADRICULADO

O comprimento do lado do
quadrilátero é definido em
função:

• da sinuosidade da superfície;
• das dimensões do terreno;
• da precisão requerida; e
• dos detalhes a serem
identificados;
MATERIALIZAÇÃO

A materialização dos quadriculados é feita com piquetes de


madeira. Sua orientação pode ser feita de duas formas:

1)Com Trena, através do método do Triângulo Retângulo (ou


Esquadro); ou

2)Com Teodolito e Trena.


MATERIALIZAÇÃO COM TEODOLITO E TRENA

Na materialização do quadriculado, seja por qualquer dos métodos,


o eixo x é previamente definido e materializado, através da
marcação de dois piquetes: o primeiro é a origem do sistema, o
ponto 11 (1° coluna e 1° linha) e o segundo é um ponto auxiliar,
distante da origem e localizado na direção x.
MATERIALIZAÇÃO COM TEODOLITO E TRENA

Com o teodolito instalado no ponto origem, faz-se uma visada no


ponto auxiliar, zerando o ângulo horizontal, ou seja, definindo a
direção x. A partir deste ponto, são implantados os piquetes na
direção x, de 20m em 20m, com uso da trena e orientados com a
visada do teodolito.

Após implantar os piquetes do eixo x, são implantados os piquetes


do eixo y, de 20m em 20m, com uso da trena e orientados com o
teodolito. Nesse caso, o ângulo horizontal do teodolito, zerado no
eixo x, deve sofrer uma rotação de 90° para definir a direção do
eixo y.
MATERIALIZAÇÃO COM O TRIÂNGULO RETÂNGULO

O método do Triângulo Retângulo consiste na implantação de um


alinhamento perpendicular ao eixo x já existente. Para demarcar
um ângulo reto, utilizam-se 12m de trena, dispostos 3, 4 e 5m de
lado.

Um auxiliar no ponto C, sobre a reta AB (eixo x), a 3m do ponto A,


por onde deve passar um novo alinhamento, segura o 0m e o 12°m
da trena, enquanto o outro segura o 3°m sobre o ponto A e um
terceiro o 7°m. Ao se esticar a trena, o auxiliar que segura o 7°m
irá ocupar uma posição que define o ângulo de 90° com o
alinhamento AB.

Depois de materializado o Triângulo Retângulo,


os piquetes são implantados de 20 em 20 m, a
partir da origem, nas direções x e y, com uso de
trena com baliza.
NIVELAMENTO

Após fixar todos os piquetes é feito o


nivelamento, que consiste nas leituras de
mira necessárias para determinar suas
cotas ou altitudes.

Existem dois métodos de nivelamento: o


geométrico e o trigonométrico.

Na quadriculação do terreno, o método


mais indicado é o geométrico, devido à alta
precisão relativa.
SEÇÕES TRANSVERSAIS

NIVELAMENTO

No Nivelamento Geométrico, as leituras da mira são feitas com a


luneta do instrumento posicionada em um plano horizontal de visada
e através do reticulo médio.

A primeira leitura deve ser feita sobre uma Referência de Nível,


para que se possa calcular a cota do plano de visada do aparelho,
através a soma da cota da RN com a leitura da mira.

A partir daí, pode-se calcular a cota de qualquer ponto topográfico,


subtraindo-se sua leitura de mira da altura do plano de visada do
instrumento.
SEÇÕES TRANSVERSAIS

NIVELAMENTO

Se a área for muito grande ou muito inclinada e não der para visar
todos os pontos de um só local, muda-se a posição do instrumento
e, da nova posição, faz-se uma leitura de mira em qualquer um dos
piquetes visados da posição anterior, para dar condição de se
calcular a nova altura do plano de visada.

Na caderneta de anotações, costuma-se assinalar com o sinal


positivo (+) aquelas leituras de mira feitas com o intuito de
determinar alturas dos planos de visada.
NIVELAMENTO

O nivelamento da Quadriculação de Terreno segue as seguintes


fases:

(1) Com o nível em N1, visa-se a RN (ré) e, em seguida, as estacas


dos quadriculados (vante) que puderem ser visualizadas desta
estação.
NIVELAMENTO

(2) Muda-se de estação e instala-se o nível em N2, visa-se (visada


de ré) uma das estacas levantadas na estação anterior (N1),
estabelecendo assim a ligação com o nivelamento anterior. A seguir
nivela-se todas as estacas que puderem ser vistas desta estação.
NIVELAMENTO

(3) Ao esgotar as estacas visíveis, muda-se de estação e instala-se


o nível em N3, visa-se (visada de ré) uma das estacas levantadas na
estação anterior (N2), estabelecendo assim a ligação com o
nivelamento anterior. A seguir nivela-se todas as estacas que
puderem ser vistas desta estação.
EXERCÍCIO EM SALA DE AULA

Cálculo de uma Caderneta de campo de um Nivelamento Geométrico


em Quadriculação de Terreno.
Estaca Lm(m) PR(m) Cotas (m) OBS.
RN +0,300 100,000 Espaçamento de
11 0,730 20 x 20m
12 0,980
13 1,110 RN é uma pedra
23 1,400 Localizada no
22 1,160 Lado esquerdo
21 0,920 Da cancela
31 1,180
32 1,460 Cota do RN
33 1,590 arbitrada
43 1,880
42 1,610
41 1,400
13 +0,360 Mudança de Nivel
14 0,740
15 1,140
25 1,300
24 0,870
34 1,660
35 2,190
45 2,580
44 1,770
Estaca Lm(m) PR(m) Cotas (m) OBS.
RN +0,300 100,300 100,000 Espaçamento de
11 0,730 100,300 99,570 20 x 20m
12 0,980 100,300 99,320
13 1,110 100,300 99,190 RN é uma pedra
23 1,400 100,300 98,900 Localizada no
22 1,160 100,300 99,140 Lado esquerdo
21 0,920 100,300 99,380 Da cancela
31 1,180 100,300 99,120
32 1,460 100,300 98,840 Cota do RN
33 1,590 100,300 98,710 arbitrada
43 1,880 100,300 98,420
42 1,610 100,300 98,690
41 1,400 100,300 98,900
13 +0,360 99,550 99,190 Mudança de Nivel
14 0,740 99,550 98,810
15 1,140 99,550 98,410
25 1,300 99,550 98,250
24 0,870 99,550 98,680
34 1,660 99,550 97,890
35 2,190 99,550 97,360
45 2,580 99,550 96,970
44 1,770 99,550 97,780
REPRESENTAÇÃO TOPOGRÁFICA:

CURVAS DE NÍVEL E PERFIS


CURVAS DE NÍVEL

Para o traçado da Planta Planialtimétrica, ou seja, a planta com


Curvas de Nível, são geradas 4 plantas : Planimétrica, Pontos
Cotados, Cotas Inteiras, e Curvas de Nível.

Planta Planimétrica

Após o cálculo das cotas, faz-se o desenho planimétrico, em papel


milimetrado e em escala adequada, dos quadriculados levantadas
em campo para que possam ser representadas altimetricamente.

Planta de Pontos Cotados

Os valores das cotas são anotadas ao lado de cada ponto


topográfico nivelado, ou seja, os piquetes dos vértices dos
quadriculados, formando a Planta de Pontos Cotados.
CURVAS DE NÍVEL

Planta de Cotas Inteiras

A partir da Planta de Pontos Cotados, são marcados, nas laterais


dos quadriculados, os valores das cotas inteiras, calculadas por
interpolação linear, determinando assim, a Planta de Cotas
Inteiras,
Planta com Curvas de Nível

A partir da Planta anterior, os pontos de mesma cota inteira são


ligados por linhas contínuas para formarem as curvas de nível,
gerando a Planta com Curva de Nível.
Planta Planimétrica
Planta com Pontos Cotados
Planta com Cotas Inteiras
Planta com Curvas de Nível: Equidistância de 1m
Planta com Curvas de Nível: Equidistância de 0,5m
Planta com Curvas de Nível: Equidistância de 0,25m
Planta com Curvas de Nível: Equidistância de 0,10m
SEÇÕES TRANSVERSAIS

PERFIL TOPOGRÁFICO

Para gerar um perfil Topográfico a partir de um levantamento por


Quadriculação do Terreno, deve-se seguir as seguintes etapas:

a) Definir o Alinhamento Horizontal, o seja, a linha diretriz na qual


se deseja determinar o perfil. Nesse caso, o alinhamento pode ser
qualquer lado dos quadriculados.

b) No papel milimetrado, marcar todas as estacas do alinhamento


horizontal definido, a partir da origem do alinhamento. No eixo x,
marcar as distâncias horizontais entre as estacas (identificar cada
estaca) e no eixo y marcar as cotas ou altitudes das estacas.

b) Ligar todos os pontos do desenho. O desenho final do perfil


deverá compor uma linha que une todos os seus pontos definidores.

.
SEÇÕES TRANSVERSAIS

PERFIL TOPOGRÁFICO

EXEMPLO: Coluna 1 do Quadriculado

.
SEÇÕES TRANSVERSAIS

ESCALA EM PERFIL TOPOGRÁFICO

Devido ao fato da extensão do alinhamento ser bem superior às


diferenças de nível, é comum utilizar-se a escala vertical 10 vezes
maior que a horizontal (exagero de 10x), a fim de proporcionar
maior realce ao perfil.

As escalas mais usadas no traçado de perfis longitudinais são:

H=1/500 e V=1/50
H=1/1.000 e V=1/100
H=1/2.000 e V=1/200
SEÇÕES TRANSVERSAIS

PERFIL TOPOGRÁFICO

No método da Quadriculação, também pode-se gerar perfis


topográficos de alinhamentos diferentes das laterais dos
quadriculados. Para isso, deve-se gerar as Curvas de Nível (Planta
Planialtimétrica). Assim, as cotas ou altitudes dos pontos serão
interpoladas.

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