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DOUTRINA DO DISCIPULADO

CRISTAO
Significado de Doutrina

O que é Doutrina:

Doutrina é definida como um conjunto de princípios que servem de base a um


sistema, que pode ser literário, filosófico, político e religioso.

Doutrina também pode ser uma fonte do direito.

Doutrina está sempre relacionado à disciplina, a qualquer coisa que seja objeto de
ensino, e pode ser propagada de várias maneiras, através de pregações, opinião de
pessoas conhecidas, ensinamentos, pratica individual.

Doutrina também está presente nas ciências jurídicas, onde também é chamada de
direito científico, que são estudos desenvolvidos por juristas, com o objetivo de
compreender os tópicos relativos ao Direito, como normas e institutos.
Significado de Discípulo

Quem recebe disciplina ou instrução de outra pessoa; aluno.


Quem segue as ideias ou imita os exemplos de
outro: discípulo.

Cópia do Original DOUTRINA DO DISCIPULADO CRISTAO

Critérios para o discipulado segundo Jesus

- Mateus 28:18-20
- Atos 8:25-36 (Filipe e o Eunuco Etíope)
O QUE É DISCIPULADO CRISTAO

Introdução. O conceito de discípulo e discipulado não teve


início com Jesus nem com o cristianismo. Seguir um mestre e
aprender com ele remonta aos filósofos gregos Sócrates e
Platão que, séculos antes, já tinham seus discípulos.

Todavia, diferente deles, Jesus revolucionou a relação entre


um mestre e discípulos, porque, enquanto os mentores de
filosofia eram procurados por seus virtuais discípulos, agora é
Jesus quem soberanamente convoca seus seguidores (Mt
4:18-22; 9:9).
As origens bíblicas do discipulado cristão\
(Nm 11:28; 27:18-23; II Rs 2:1,2,4,6,11-14).

Embora a palavra discípulo apareça poucas vezes no Antigo Testamento,


surge em Isaías 8:16 com o sentido de “ensinados” e “instruídos”.

Contudo, podemos afirmar que discipulado na Bíblia remonta ao Antigo


Testamento. Josué, filho de Num, que era “auxiliar de Moisés desde a
juventude” (Nm 11:28), foi treinado como bom discípulo do mestre e
líder para depois sucedê-lo na missão de levar o povo a Canaã (Nm
27:18-23). “A relação entre o mestre e o discípulo era uma característica
comum do mundo antigo, onde os filósofos gregos e os rabinos judeus
reuniam em torno de si grupos de aprendizes e discípulos”.
A chamada para o discipulado cristão tem como ponto de partida a conversão -
Mateus 28:18-20

Como já vimos, Jesus é quem chamou seus primeiros discípulos ele mesmo declarou:
”Não fostes vós que me escolhestes; pelo contrário, em vos escolhi e vos designei a ir
e dar fruto” (Jo 15:16a).

Portanto, para dar frutos é necessária a regeneração proveniente de Deus, cuja


resposta humana à chamada divina é a conversão.

A salvação que nos torna discípulos de Cristo também nos torna novas criaturas (II Co
5:17).

O discipulado cristão tem seu início na regeneração efetuada pelo Espírito Santo,
continua na santificação, processo contínuo ao seguirmos a Cristo.

“Ser cristão significa ser discípulo de Jesus. Não há cristão que não seja discípulo”.
Em Princípio, Como Funciona o Discipulado?

Essencialmente, o discipulado funciona através de instrução e imitação.

A ferramenta de sucesso para o discipulado eficaz e o amor.

À medida que nós amorosamente instruímos crentes mais novos no caminho da


piedade e vivemos de maneira recomendável, eles crescem em semelhança a Cristo
por imitarem nossa vida e doutrina (ver 1Timóteo 4.16).

Discipulado como Imitação: Cristãos são imitadores, primeiro de Cristo, depois uns
dos outros. Nós crescemos na graça de Deus por ouvirmos e imitarmos Jesus o seu
filho.
Considere as seguintes passagens:

“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1Co 11.1);

“Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e,


considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram” (Hb 13.7);

“O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai;


e o Deus da paz será convosco” (Fp 4.9);

“Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé,
longanimidade, amor, perseverança” (2Tm 3.10);

“Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom” (3Jo 11).
NOVOS CONVERTIDOS HOJE

A maioria da nova safra de novos convertidos, nesses últimos tempos, não tem idéia
do que seja o verdadeiro discipulado cristão.

Ora estão caindo em um cristianismo raso sem compromisso, sem doutrina.

Muitos vivem um evangelho baseado em legalismo estéril, infecundo e improlífero


que se esfacela diante das provações e das tentações no decorrer da caminhada cristã
(Cl2:23).

Jesus nos diz que para vivermos um evangelho consistente é preciso que observemos
alguns aspectos decisivos para experimentarmos uma caminhada feliz e bem
sucedida.
Base Joao 15

O primeiro aspecto do discipulado cristão é a FRUTIFICAÇÃO QUE DEUS ESPERA EM


VER EM NÓS COMO CRENTES (Jo15:1-8).

Nessa primeira fase, é necessário que aprendamos duas coisas importantes: em


primeiro lugar, não há verdadeiro discípulo sem dar fruto. O fruto é o produto final da
ação de Deus em nossas vidas, que ele procura (Mt21:19; Lc13:7).

Fruto e boas obras nas Escrituras Sagradas são palavras que tem significados
intercambiáveis, revelando os resultados que devem ser evidenciados na vida do
crente.

Deus preparou de antemão as boas obras para que andássemos nelas (Ef2:10). Temos
a obrigação de nos destacar em boas obras (Tt3:14), e, capacitados por Deus,
transbordar em frutos/boas obras em todas as coisas (IICo9:8) e devemos fazer
notório o fruto do Espírito em nossa vida (Gl5:22,23).
Em segundo lugar, devemos permanecer no Filho, A Videira Verdadeira.

A palavra permanecer ecoa por doze vezes em João, no capítulo quinze.

Mas importante mesmo é entender que, em uma primeira instância, devemos fazer
nossa parte, nos esforçando ao máximo em permanecer na Videira, mas por outro
lado, não depende absolutamente de nosso esforço, da nossa religiosidade ou de
qualquer concorrência humana, visto que é o próprio Jesus quem nos escolhe e
designa (estabelece, fundamenta, constitui, nomeia, ordena) para que déssemos
fruto e para que nosso fruto permaneça (Jo15:16).

Lembremo-nos, no entanto, que para sermos considerados discípulos verdadeiros,


devemos entender que todo fruto que venhamos a produzir é para a glória exclusiva
do nome de Jesus (Jo15:8).
O segundo aspecto do discipulado cristão é O AMOR PRÁTICO QUE DEVEMOS EVIDENCIAR
NA NOSSA VIDA COMO CRENTES (Jo15:9-17).

A evidência do mais elevado padrão de amor é essencial e prioritário no viver o evangelho.

Não adianta espernear e argumentar, tentando justificar nossos julgamentos impiedosos,


nossas grosserias, nosso temperamento difícil e a fofoca disfarçada de necessidades
compartilhadas.

Se não tiver amor genuíno em todos os nosso atos, nada seremos ou nada aproveitaremos
(ICo13:1,2).

Devemos amar porque o Pai ama o Filho (Jo15:9,10) e o Filho ama Seus discípulos
(15:9,10,11).

Os discípulos, por sua vez, devem amar de todo coração os outros discípulos (15:12). A prova
e o exemplo maior a ser seguido é o que Jesus fará por Seus discípulos: Ele dá Sua vida por
eles (15:13) e os chama de Seus amigos, não servos (15:14,15), revelando Seu desejo
incontido de estar com aqueles que ama (Mc3:14; Lc22:15; Ap3:20).
O terceiro aspecto do discipulado cristão é O SOFRIMENTO QUE ACOMPANHA A
NOSSA VIDA COMO CRENTES (Jo15:18-25).

O sofrimento é extremamente importante para nossa própria sobrevivência. Sem dor,


nossas vidas estariam correndo constantes perigos.

Exemplo: Não receberíamos o aviso de um apêndice supurado, de um enfarto ou de


um tumor cerebral.

A entrada do sofrimento no mundo foi através do pecado deliberado do homem, em


decidir não se submeter mais a autoridade de Deus. Devemos, no entanto, em Cristo,
aprender a nos submeter humildemente à poda do Pai, O Agricultor amoroso
(Jo15:2,3), sabendo que isso vai doer, mas é necessário.

A dor e o sofrimento também são ferramentas necessárias para o nosso


aperfeiçoamento espiritual enquanto estivermos aqui nessa terra. A foice afiada que
esse Agricultor se utiliza, é a Sua Palavra (Jo13:10,11; 15:3), que poda, limpando de
nossas folhas secas, as ervas daninhas e insetos indesejáveis, para que produzamos a
abundância de frutos que Ele deseja ver em nós (Jo15:8).
No texto que ora estudamos, verificaremos os fatos que nos ajudarão a passar pela
poda do Agricultor, vendo seus aspectos realistas. Aprendemos então, que todo
discípulo será odiado e perseguido como Cristo (Jo15:18,19) e nenhum servo é maior
ou melhor que seu Senhor, para esperar um tratamento diferenciado de seu Mestre
(Jo15:20,21) e veremos que o motivo para tal ódio e tanta perseguição é a pregação
destemida de Jesus contra o pecado (15:22-24).
O quarto e último aspecto do discipulado cristão é O TESTEMUNHO EFICAZ QUE DEVEMOS
GUARDAR DIANTE DE DEUS E DO MUNDO (15:26-27).

A missão primordial do Espírito Santo é testemunhar a respeito de Jesus e revelá-lO aos


discípulos (Jo15:26).

O Espírito Santo, sendo o Consolador, traz nesse nome precioso a função fundamental de
encorajar e reanimar o crente.

O testemunho relacionado aos discípulos é que estes deverão testemunhar ao mundo que
Jesus é o Salvador (15:27).

A palavra martírio significa em ser uma testemunha, alguém que afirma ter visto, ouvido ou
experimentado algo, ou recebido por revelação ou inspiração divina, bem como também,
aquele que por seu exemplo povou a força e genuinidade de sua fé em Cristo por sofrer
morte violenta (conforme o dicionário de Strong) nossa grande obrigação é falar de Cristo e
testemunhar, quer os homens creiam ou não.

Não devemos nos envergonhar em sustentar a verdade do Evangelho de Cristo, na capital, no


interior, individual ou publicamente, temos o dever de confessar a Jesus com ousadia,
aproveitando cada oportunidade (IITm4:2).
Ferramentas poderosas do discipulado

Amor: As pessoas imitarão a sua vida mesmo quando você não as ama. Mas um líder
que lidera com amor apresenta a melhor imagem de Cristo, e as pessoas irão segui-lo
melhor quando você as ama.

Amizade: Em um certo sentido, discipulado é simplesmente amizade e


relacionamento, mas amizade com uma direção Cristocêntrica.

Igreja e Gente que Cuida de Gente e que vao juntos ao mesmo lugar.

O que amigos fazem? Eles imitam uns aos outros. No discipulado, nós nos
aproximamos de outros para crescermos em semelhança a Cristo e para ajudá-los a
crescerem em semelhança a Cristo.

Como ser um discípulo? Ouça e veja como cristãos mais maduros trabalham,
descansam, constroem uma família, lidam com conflitos, evangelizam seus vizinhos,
perseveram nas aflições, servem na igreja, ou lutam contra o pecado. Imite-os!
Na Prática, Como Discipular Outro Cristão?

Faça parte de uma igreja.

Participe intensamente das reuniões. Chegue cedo aos encontros da igreja e fique até
tarde.

Pratique a hospitalidade para com os membros de sua igreja.

Peça a Deus por amizades estratégicas.

Se possível, inclua um item em seu orçamento familiar ou pastoral para um tempo


semanal com companheiros cristãos. Discuta esse assunto com sua esposa. Se possível,
estipule no orçamento um item semelhante para a sua esposa também.

Agende regularmente cafés-da-manhã, almoços, ou algum outro compromisso social


culturalmente aceitável com indivíduos ensináveis (do mesmo sexo). Dependendo da
pessoa, você pode decidir encontrá-la uma vez, ou indefinidamente, ou por um número
preestabelecido de vezes (cinco, por exemplo). Se você e o indivíduo têm algum
passatempo em comum, pense em maneiras de fazerem isso juntos.
Pergunte-lhes sobre suas vidas. Pergunte-lhes sobre seus pais, esposa, filhos, testemunho,
trabalho, caminhada com Cristo, e assim por diante. Ao fazer essas perguntas, porém, faça-o
de uma maneira que seja apropriada ao seu contexto cultural (não os assuste!).

Compartilhe sobre sua própria vida.

Procure maneiras de ter conversas espirituais. Talvez vocês decidam ler a Bíblia ou algum
outro livro cristão juntos.

Considere as necessidades físicas ou materiais deles. Eles se beneficiariam da sua ajuda?

Ore com eles.

Dependendo da situação no seu lar, convide a pessoa para visitar sua casa ou passar tempo
com sua família. Deixe que ela veja como você vive.

Procure maneiras de orar pela pessoa durante a semana, individualmente e/ou com sua
esposa.
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