É com grande prazer que agora posso publicar novamente uma entrevista que o co-editor da ASH

Magazine, Dave Hunt, produziu para a edição do verão de 1992 da revista. A entrevista já tem 15
anos, por isso tenha isso em mente ao lê-la! O Tarô da Madeira Selvagem de Chesca infelizmente
está esgotado, mas um guia online está disponível aqui: Tarô da Madeira Verde

Este, o segundo em nossa série ocasional de entrevistas com personalidades da cena esotérica, nos
leva a conhecer um dos principais “Artistas Mágicos” do país. Dave Hunt é o homem com as
perguntas.

Dave: Quando e como você se envolveu com o esotérico?

Chesca: Sempre tive uma mente mística, mas um interesse mais profundo começou há cerca de 10
anos. Três ocasiões específicas vêm à mente.

1. Quando me mudei para Kings Cross e comecei a ter visões de uma enorme Deusa verde e dourada
chamada Elen, de pé sobre a velha igreja de St Pancras. Passei anos tentando entender o que ou
quem tinha visto, enquanto pesquisava a mitologia perdida de Londres, parte da qual está escrita no
livro que editei “Londres Lendária” e em meu livreto “Kings Cross Misteriosos”.

2. Enquanto ainda morava em Lancaster, tirei um livro da Biblioteca chamado “The Silbury Treasure”
de Michael Dames. Posso dizer honestamente que aquele livro mudou minha vida, não apenas corri
para Avebury e Silbury, mas mudou minha maneira de ver a natureza. Eu parecia ser capaz de
acessar uma espécie de memória em alguns lugares antigos e interagir com eles, agora no presente.
Às vezes vejo lugares com uma espécie de história de raios-X, vendo quem ou o que foi “adorado” lá
em tempos pré-históricos e como as culturas sucessivas mudam e adaptam seu “culto” dependendo
de seu sistema de crenças culturais.

3. A terceira influência inicial para mim foi ouvir sobre a saga Green Stone de Andrew Collins.
Aprendi muito com ele, sobre a interação entre o mundo físico e o psíquico.

Dave: Quais são suas crenças pessoais?

Chesca: Eu realmente não sei como responder isso. Não sou um fundamentalista, o que significa que
não tenho um sistema de crenças rígido. Tendo explorado muitos aspectos dos mistérios, acredito
que parte do meu propósito é redescobrir e tornar públicas as muito antigas mitologias “verdes”,
atualizando sua relevância, para que novas pessoas possam meditar e contatar antigos espíritos da
terra a fim de fortalecer a floresta e natureza.

Dave: Você teve algum treinamento formal?

Chesca: Eu treinei em Edimburgo em história da arte e impressão.

Dave: Quem são seus artistas favoritos?

Chesca: Meus artistas favoritos são a chamada tradição da paisagem mística britânica, William Blake,
Samuel Palmer, Turner. Também gosto de gravuras do século 18 de locais antigos e gravuras
coloridas à mão de história natural

Dave: De onde você tira inspiração para sua arte?

Chesca: A inspiração para minhas obras de arte vem de lugares sagrados e de meu contato psíquico
ou imaginativo com os espíritos da terra.

Dave: Quais são suas aspirações artísticas?

Chesca: Só consigo pensar em alguns anos de cada vez. No momento, estou trabalhando no Tarô da
Madeira Verde. Redesenhar e reestruturar o sistema de tarô para ser baseado na roda do ano. Meu
sonho é ser um “guardião local” de um pequeno bosque e nascente, e zelar em todos os níveis, da
história natural e ecológica, e garantir que os espíritos do lugar sejam fortes e felizes.

Dave: Quais são suas opiniões sobre o futuro do movimento pagão britânico?

Chesca: Eu realmente não sei para onde o movimento pagão britânico irá no futuro. Eu gostaria de
ver menos ênfase na experiência individual, no desenvolvimento pessoal e na satisfação. A terra está
em crise e eu sinto que os pagãos deveriam assumir muito mais responsabilidade mágica pelos
efeitos de seus ritos na terra. Acho que alguns pagãos estão destruindo sítios antigos porque
presumem que qualquer ritual pagão é bom para eles, mas na verdade, se os seres que eles chamam
não pertencem ao lugar, ou não conhecem o lugar, isso pode desequilibrar as energias. Acho que as
pessoas estão drenando o poder de lugares sagrados por não alimentá-los com esse poder!

Arte de Chesca Potter, conforme enviada para a entrevista original. Perguntas de Dave Hunt.