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CALIBRAÇÃO DE USINAS

GRAVIMÉTRICAS
C D T - CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

Setembro de 2014

DESIGNAÇÃO - ARTERIS ET- 002

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09/2014 ET 002 pg1 - Centro de Desenvolvimento Tecnológico -ARTERIS
Especificação Técnica Para

Calibração de Usinas Gravimétricas


Designação ARTERIS ET 002

1. ESCOPO

Este documento, que é uma norma técnica, contém o procedimento para calibração de Usinas de
Asfalto do tipo Gravimétricas de Fluxo Intermitente (Dosagem em Traços Individuais). Define
os passos necessários à obtenção do resultado.

2. DEFINIÇÃO

Esta norma decorreu da necessidade de se unificar os procedimentos de calibração de usinas


de asfalto para obras do grupo ARTERIS, com a finalidade de obtenção de massas asfálticas
homogêneas e de acordo com as especificações pertinentes.

3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIAS

Para elaboração desta norma foram consultados os seguintes documentos, que também devem
ser consultados:

ARTERIS ES-001 - Especificação Particular para Execução de Concreto Asfáltico - CA


DNIT 031-ES - Pavimentos flexíveis – Concreto asfáltico - Especificação de serviço
DNIT 031/2004-ES - Pavimentos flexíveis – Concreto asfáltico - Especificação de serviço
ARTERIS ET-003 - Especificação Técnica para Coleta de Amostras de Misturas Asfálticas e
Agregados em Caminhões e Pilhas de Estocagem
DNIT-PRO 0199 - Redução de amostra de campo de agregados para ensaios de laboratório
ARTERIS T-27 Agregados – Análise Granulométrica de Agregados Finos e Graúdos -
AASHTO T-27
ARTERIS T-11 - Agregados – Análise Granulométrica de Agregado passante na peneira de
0,075mm (nº200), por lavagem - AASHTO T-11

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta norma e contêm
disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta norma. As edições

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apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que
sempre sejam consideradas as edições mais recentes, quando da consulta desta norma.

4. PROCEDIMENTOS PARA CALIBRAÇÃO

4.1 Calibração dos Silos Frios da Usina

4.1.1 Medir o comprimento total (L) em metros (volta completa) da correia principal (que leva o
agregado ao secador).

4.1.2 Fazer uma marca na correia ou aproveitar a emenda da correia como referencia e medir o
tempo ( T ) em segundos (s) que leva para a correia dar uma volta total. (A marca voltar ao
mesmo ponto).

4.1.3 Fazer 3 medições e tirar a média.

4.1.4 Calcular a velocidade ( V ) em m/s da correia transportadora.

4.1.5 Calcular a velocidade em m/h da correia transportadora (multiplicar m/s por 3600).

EXEMPLO (NÃO MANDATÓRIO):

L = 20m T= 18s

20
V   1,1.m / s 1,1 x 3600 = 3960m/h
18

4.1.6 Abrir a comporta do silo frio de brita 1, numa abertura (a) e deixar a brita 1 vazar para o
secador da usina.

4.1.7 Parar a correia que leva a brita 1 para o secador carregada.

4.1.8 Medir na correia transportadora exatamente 1 metro de brita 1, isolar e recolher este metro
de brita 1 num recipiente, tomando o cuidado de recolher tudo, inclusive com o auxílio de um
pincel.

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4.1.9 Pesar com precisão de 10g toda a brita 1 assim recolhida, anotar como (Pa).

4.1.10 Calcular a vazão (vza) em tonelada por hora ( t/h) do silo de brita 1 na abertura (a)
conforme segue:
Pa..V
vza 
1000

PARA O EXEMPLO:

Para abertura (a) = 3cm - Pa= 5,010kg

5,010 x3960
vza   19,8.t / h
1000

Na abertura de 3 cm da comporta de brita 1, a vazão é de 19,8 t/h.

4.1.11 Repetir este processo para aberturas (2a) ; (3a) e (4a).

4.1.12 Proceder da mesma forma para os outros silos, de Pedrisco, Pó de Pedra e outros
porventura existentes.

4.1.13 Com os dados obtidos desta forma, construir gráficos do tipo mostrados abaixo, que
servirão de base para a produção diária da usina.

4.2 Calibração do Panelão de Asfalto

4.2.1 Colocar a alavanca do panelão em uma posição ( p ) e descarregar todo o asfalto em um


vasilhame.

4.2.2 Pesar o asfalto recolhido com precisão de 10 g.

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4.2.3 Repetir o procedimento com a alavanca nas posições ( 2p ) ; ( 3p ) e ( 4p ).

4.2.4 Com os dados obtidos, construir um gráfico semelhante aos dos agregados.

Se a usina tiver balança para pesagem de asfalto, a dosagem será direta no painel de controle da
usina (NOTA 1).

Estes procedimentos devem ser revistos a cada 6 meses de operação da Usina, ou mudança
de agregados.

5 OPERAÇÃO DIÁRIA DA USINA

5.1 Regulagem dos Silos Frios da Usina

5.1.1 Colher amostras de cada silo frio.

5.1.2 Fazer a granulometria do agregado de cada silo frio pelo método de ensaio T-27.

5.1.3 Em função da curva granulométrica da dosagem, fazer a composição (por tentativas ou


método analítico) e definir a porcentagem com que cada silo frio vai contribuir para a
granulometria pretendida.

5.1.4 Em função das porcentagens de cada agregado na dosagem, e da velocidade de produção


pretendida, abrir as comportas com as aberturas lidas nos gráficos.

PARA O EXEMPLO:

Velocidade de produção pretendida = 80 t/h.

Dosagem (traço seco):

80 x30
Porcentagem de Brita 1 = 30% vazãoB1   24,0.t / h
100

80 x30
Porcentagem de Pedrisco = 30% vazãoPd   24,0.t / h
100

80 x40
Porcentagem de Pó de Pedra = 40% vazãoPó   32,0.t / h
100

5.1.5 No gráfico de cada silo de agregados, ler as aberturas correspondentes às vazões


calculadas, e abrir as comportas com estas aberturas.

5.2 Regulagem dos Silos Quentes e Panelão da Usina

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5.2.1 Estando as comportas dos silos frios com as aberturas definidas, ligar a usina e operar
como se estivesse produzindo normalmente por 5 a 10 minutos.
5.2.2 Parar a usina e descarregar completamente cada silo quente (normalmente são 4 silos) na
caçamba da carregadeira ou caminhão basculante.

5.2.3 Pesar cada agregado na balança rodoviária (NOTA 2).

5.2.4 Colher amostras e fazer a granulometria do agregado de cada silo quente pelo método de
ensaio T- 27.

5.2.5 Em função da curva granulométrica da dosagem, fazer a composição (por tentativas ou


método analítico) e definir a porcentagem com que cada silo quente vai contribuir para a
granulometria pretendida.

5.2.6 Em função do peso da batelada pretendida, e das porcentagens definidas, calcular o peso
de agregado de cada silo quente.

PARA O EXEMPLO:

Teor ótimo de asfalto = 5,1 %

Porcentagem de agregados = 100 - 5,1 = 94,9 %

Batelada Pretendida = 1100 kg

1100 x5,1
Peso do asfalto = PesoASF   56,1kg
100

Colocar a alavanca do panelão na posição lida no gráfico relativa a 56 kg, ou pesar diretamente
se for balança ( NOTA 1).

Peso de agregados = 1100 – 56,1 = 1043,9 kg

1043,9 x25
Porcentagem de Silo Quente 1 = 25% PesoSQ1   261.kg
100

1043,9 x22
Porcentagem de Silo Quente 2 = 22% PesoSQ 2   230.kg
100

1043,9 x18
Porcentagem de Silo Quente 3 = 18% PesoSQ3   188.kg
100
1043,9 x35
Porcentagem de Silo Quente 4 = 35% PesoSQ 4   365.kg
100

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NOTA 1 – As balanças da usina devem ser periodicamente calibradas por empresas
credenciadas.

NOTA 2 – Em função dos pesos obtidos de cada agregado na balança rodoviária, calcular a
porcentagem que cada silo quente tinha no momento que a usina foi parada. Estas porcentagens
devem ser bem próximas das calculadas em 5.2.

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