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APRIMORAMENTO

ESPECIAL SOBRE
SHINSEN-KYO
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

ÍNDICE

APRIMORAMENTO ESPECIAL SOBRE SHINSEN-KYO .................................................... 1


ÍNDICE .......................................................................................................................................... 2
PRÓLOGO ................................................................................................................................... 5
APRIMORAMENTO ESPECIAL SOBRE SHINSSEN-KYO PARA CORRESPONDER AO
DIVINO PROGRAMA DO DEUS CRIADOR ............................................................................. 5
ESTUDOS ASSÍDUOS DOS ENSINAMENTOS ....................................................................... 9
I - O SIGNIFICADO ESPIRITUAL DO SHINSSEN-KYO DE HAKONE, QUE TEM NO SEU
CENTRO O KANZAN-TEI ......................................................................................................... 14
II - O PROGRAMA DIVINO É EXTREMAMENTE MÍSTICO .................................................. 24
1 - MODELO E ORDEM ............................................................................................................... 24
2 - DESTRUIÇÃO E CONSTRUÇÃO .............................................................................................. 29
III - ATÉ A CONSTRUÇÃO DO PARAÍSO TERRESTRE TENDO COMO REFERÊNCIA O
KANZAN-TEI .............................................................................................................................. 33
IV - KOOMYO-DAI, SEDE PRINCIPAL RELIGIOSA E SHINSSEN-KYO, PROTÓTIPO DO
PARAÍSO TERRESTRE ............................................................................................................ 46
DOCUMENTO DE APOIO AO CURSO ESPECIAL DE SHINSSENKYO............................. 55
PRIMEIRA PARTE .................................................................................................................... 55
A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (1) ............................................................................ 56
Tokyo se converterá num mar de fogo ................................................ 56
O benfeitor que descobriu Meishu-Sama ............................................ 57
Predição de Meishu-Sama ..................................................................... 59
A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (2) ............................................................................ 60
Na reunião de poemas de humor .......................................................... 60
A grande perspicácia e o Joorei ........................................................... 63
A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (3) ............................................................................ 64
O milagre de OTESHIRO ........................................................................ 64
Vencer com um por cento de força ...................................................... 66
Possuído por Deus Supremo ................................................................ 67
A inevitável criação do Paraíso Terrestre, pleno de Verdade, Bem e
Belo ........................................................................................................... 67
A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (4) ............................................................................ 69
Previu os atentados à bomba do Partido Comunista ........................ 69
Será reprovado se estiver distraído ..................................................... 69
O "rolo pendente" da princesa OTOHIME ........................................... 70
Logo choverá dinheiro ........................................................................... 70
Mudou seu nome artístico para "AKEGARASU AHO” (corvo
madrugador) ............................................................................................ 71
Renascer mediante o Joorei de Meishu-Sama ................................... 73
A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (5) ............................................................................ 75
Preparação para separar-se da religião Oomoto ............................... 75
Advertência de Deus .............................................................................. 76
Luz violeta e espiritual, emitida por uma pipa .................................... 76
Se adorarmos as divindades DAIKOKU e EBISU (Deus da
prosperidade), a fortuna nos chegará .................................................. 77
Ahodara kyo: a literatura extravagante e cômica ............................... 78
Previu a grande guerra entre o Japão e o mundo .............................. 79

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Realizar o Plano Mundial através de um pequeno modelo ............... 81


A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (6) ............................................................................ 82
Trasladar-se a Oshindo .......................................................................... 82
Meishu-Sama e Senju Kannon (Kannon de mil braços) .................... 83
A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (7) ............................................................................ 87
A fotografia do anel de Luz e do deus Dragão Dourado ................... 87
Uma pessoa que nunca terá verdadeira fé .......................................... 89
O dinheiro me chegou graças ao Kototama de Meishu-Sama ......... 90
Preparação para a Cerimônia inaugural da DAI NIPPON KANNON
KAI ............................................................................................................. 92
A cerimônia de consagração da deusa SENJU KANNON (Separação
da religião Oomoto) ................................................................................ 93
A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (8) ............................................................................ 94
A inauguração da Dai Nippon Kannon Kai .......................................... 94
Construção do mundo de Dai Koomyo (1ª parte)............................... 97
A PERSPICÁCIA DEMEISHU-SAMA (9) ........................................................................... 101
A Construção do Mundo de Dai Koomyo (2ª parte) ......................... 101
A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (10) ........................................................................ 106
A construção do Mundo de Dai Koomyo (3ª e última parte)........... 106
A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (11) ........................................................................ 111
Entramos na etapa de grande ação .................................................... 111
...escrito com as suas próprias letras e marcado com o seu próprio
polegar .................................................................................................... 112
Uma lição a dois dirigentes ................................................................. 112
Chamá-lo de Grande Mestre ................................................................ 114
O protótipo do Grande Plano Divino .................................................. 115
TEXTO PARA O CURSO DE SHINSSENKYO - SEGUNDA PARTE- ................................ 117
1 - HORÁRIO DE ATIVIDADES DE MEISHU-SAMA NO KANZAN-TEI (AO REDOR DO ANO 1935) ... 117
2 - MEISHU-SAMA E O SHINSSENKYO - RECORDAÇÕES DOS PRECURSSORES: EPISÓDIOS
............................................................................................................................................... 122
1) Joorei, prova de que é o Salvador ................................................. 122
Recebi o Joorei de Meishu-Sama à meia-noite ......................................................................... 123
Gemidos que rompem o silêncio da noite .................................................................................. 124
Cinco tratamentos de Joorei, em um só dia ............................................................................... 126
Salvar-se-á pela dedicação ......................................................................................................... 127
Recebi o Joorei no Shinzan-so ................................................................................................... 129
Meishu-Sama como o Senhor do perdão ................................................................................... 129
O grande poder das caligrafias de Meishu-Sama ...................................................................... 131
O que temos que levar em conta no Joorei ................................................................................ 132
Sobre o inteligente e o tolo .......................................................................................................... 133
2) Sobre o Kanzan-tei ........................................................................... 134
"Que saiam daqui aqueles que não podem me chamar de Messias" ....................................... 134
Vinda do Messias......................................................................................................................... 135
Meishu-Sama escrevendo até as duas da madrugada ............................................................. 136
Mesmo sendo Deus, não tenho olhos atrás ............................................................................... 137
Massageando os ombros de Meishu-Sama, enquanto Ele desfrutava vendo os fogos de
artifícios, no parque Gora ............................................................................................................ 138
Entrevista no Kanzan-tei ............................................................................................................. 139
O que me disse o Sr. Kashiwagui (carpinteiro) .......................................................................... 139
Recebi um manuscrito diretamente de Meishu-Sama ............................................................... 140
3) Entrevista outorgada por Meishu-Sama ........................................ 141
1 - Entrevista no Shinzan-so ....................................................................................................... 141
Histórias sobre Deus ............................................................................................................. 141
Recebendo a Força Divina na entrevista............................................................................ 141
"O essencial para difundir a Sekai Messia Kyo é formar pessoas úteis e valiosas" .. 142
Lembranças das entrevistas ................................................................................................ 143
Em um trem cheio de gente, transmiti Joorei a um oficial .............................................. 146

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Palavras garantidas pela certeza......................................................................................... 148


As apreciáveis palavras de Meishu-Sama: ........................................................................ 149
"És como a coluna de um templo; esforçastes-te muito" ............................................... 149
A baixela de Deus .................................................................................................................. 150
2 - Entrevista no Nikko-den ......................................................................................................... 151
O Joorei: a sensação de ter recebido um vento quente .................................................. 151
Nunca nos deixou de dar conselhos .................................................................................. 152
Leia os Ensinamentos sobre "as causas da pobreza" ..................................................... 152
Desapareceu a mancha do rosto após a entrevista ......................................................... 153
Pé-de-atleta, produto das toxinas ............................................................................................... 153
Um bom castigo para as crianças que choram durante sua prática ......................................... 154
A rápida execução de um arranjo floral ...................................................................................... 154
A intensa Luz de Meishu-Sama .................................................................................................. 155
Como se estivessem lendo o meu coração ................................................................................ 155
As gravuras de Shinsenkyo ......................................................................................................... 156
Meishu-Sama realizava arranjos florais antes de assistir as entrevistas .................................. 156
"Devido a uma severa purificação, haverá abundância de moradias no futuro" ...................... 157
Palavras que parecem um sonho ............................................................................................... 157
"Falta do poder de Joorei" ........................................................................................................... 158
A família Kyussei em torno de Meishu-Sama............................................................................. 159
Meishu-Sama como diretor do Museu de Belas-Artes de Hakone............................................ 161
"Fazer todo o possível para salvar a humanidade" .................................................................... 162
Uma cena na entrevista ............................................................................................................... 162
4) Sobre a construção .......................................................................... 163
Um milagre durante a dedicação ................................................................................................ 163
Um rosto inolvidável .................................................................................................................... 163
O musgo das ruínas do bombardeio atômico............................................................................. 164
Grande emoção pela presença de Meishu-Sama ...................................................................... 164
Atenção especial para os trabalhadores .................................................................................... 165
Sua voz alegre ............................................................................................................................. 166
5) Outros ................................................................................................. 166
Profunda satisfação pelo vaso de Glicíneas .............................................................................. 166
TEXTO PARA O CURSO DE SHINSSENKYO ..................................................................... 167
-TERCEIRA PARTE- ............................................................................................................... 167
1 - O PROJETO DE MEISHU-SAMA SOBRE O ZUISEENKYO ................................................... 167
1) Idéia geral do Zuissenkyo ............................................................... 167
2) O plano de obras da nossa Instituição .......................................... 169
3) Sobre o Zuissenkyo .......................................................................... 170
4) O projeto de Zuissenkyo .................................................................. 174
5) O terreno de Zuissenkyo ................................................................. 175
6) Exploração agrícola do sítio de trinta e cinco hectares, confiando
no êxito do cultivo sem fertilizantes .................................................. 176

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

PRÓLOGO

APRIMORAMENTO ESPECIAL SOBRE SHINSSEN-KYO PARA


CORRESPONDER AO DIVINO PROGRAMA DO DEUS
CRIADOR

Este aprimoramento foi proposto pelo Presidente Teruaki


Kawai, no Koomyo-dai. Em 1° de maio de 1989, nós recebemos
como presidente do Movimento de Reconstrução da Igreja o
então Conselheiro Teruaki Kawai, e demos os primeiros passos
acreditando na Divindade de Meishu-Sama e depositando a fé
absoluta Nele. Esse ato não foi outro senão a atitude de corrigir a
ordem sobre a Divindade de Meishu-Sama.

Passado o tempo, no dia 30 de setembro de 1992, com a


posse do IV Líder Espiritual Yoichi Okada, os passos para se
voltar integralmente a Meishu-Sama, tomando como base a
doutrina desta entidade, vieram dando os seus frutos, um a um,
como se estivesse concorde com o progresso do Programa
Divino Mundial de Meishu-Sama.

Em 4 de fevereiro de 1993, por ocasião do Culto do Início


da Primavera, foi anunciado por Kyoshu-Sama o estabelecimento
da Imagem da Luz Divina, como sendo o "Dai Koomyo"
caligrafado pelo próprio Meishu-Sama. Em 29 de maio, por
ocasião da entronização dessa imagem "Dai Koomyo", no Nikko-
den, o Presidente Teruaki Kawai se referiu à chegada do tempo
de Shinssen-kyo ressurgir como algo que está concorde com a
Divina Vontade de Meishu-Sama. No dia 1° de junho do ano
seguinte houve o estabelecimento do Divino Nome de Meishu-
Sama com sendo "Meishu-no-Mikami", e houve a retificação do
nome "Gusse no Mikami", do Zenguen-Sanji, para "Meishu-no-
Mikami" e, passou a ser este entoado a partir do Culto do Paraíso
Terrestre.

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

No dia 30 do mesmo mês, foi entronizado o "Koomyo"


caligrafado por Meishu-Sama no altar dos antepassados no
Sorei-sha, concretizando-se, assim, finalmente, a forma da
Transição para o Mundo do Dia no Mundo Espiritual. Depois, no
dia 1º de setembro, houve a determinação de que a foto de
Meishu-Sama passaria a ser entronizada como Sua Divina
Imagem, junto com a Imagem "Dai Koomyo", passando também
a ser objeto de nossa oração, no Shissei-den do Santuário
Koomyo, e com esse fim teve início a obra de reforma do Shissei-
den. O modelo desse projeto é o Kanzan-tei.

No dia 19 de novembro, de forma renovada, recebemos a


Divina Imagem de Meishu-Sama junto à Imagem "Dai Koomyo".

E, em 23 de dezembro, tivemos o encontro do século com


o Salvador "Meishu-no-Mikami", no "Culto da Vinda de Meishu-
no-Mikami", no Shissei-den do Koomyo-dai de Hakone, que é o
centro espiritual do mundo, como indica as próprias palavras de
Meishu-Sama.

Assim, a Sekai Kyussei Kyo / MOA renasceu na forma de


Ultra-religião, ou seja, o órgão que efetiva a revelação recebida
diretamente do Supremo Deus Criador, isto é, a doutrina desta
entidade, que é a construção do Paraíso Terrestre. O Presidente
Kawai considerou esse acontecimento como a "3ª Fundação da
Sekai Kyussei Kyo", dentro do processo do Divino Programa de
Meishu-Sama.

Com o advento de Meishu-no-Mikami, no centro espiritual


do mundo, essa nossa caminhada dentro da 3ª Fundação, na
qual nós nos voltamos integralmente a Meishu-Sama, atinge, por
fim, o Shinssen-kyo.

No primeiro Culto do Paraíso Terrestre após o "Culto do


Advento de Meishu-no-Mikami", ouvimos a leitura do
Ensinamento "O Grande Significado do Paraíso Terrestre de

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Shinssen-kyo", e Kyoshu-Sama disse na sua saudação: "Quero


deixar claro que o local central do protótipo do Paraíso Terrestre
de Shinssen-kyo, diante da doutrina e do Processo de Programa
Divino, é o Kanzan-tei".

Isto é, pelo fato de Meishu-Sama ter vindo como Meishu-


no-Mikami e entrado, novamente, no processo do Seu Programa
nesta Terra, o Shinssen-kyo, tendo como marco esse dia,
renasceu como o protótipo, o modelo do Paraíso Terrestre, sob
direção de Meishu-no-Mikami.

Contudo, em que estado se encontrava o Shinssen-kyo


após a ascenção de Meishu-Sama? Ainda, como todos
buscavam esse Shinssenkyo? E, como o apresentava a outras
pessoas?

O Kanzan-tei (Solar da Contemplação da Montanha) e o


Shinzan-soo (Solar da Montanha Divina) vieram sendo
considerados como casas em memória do Fundador; o Nikko-
den, como local de realização de eventos diversos desta
entidade; o Sanguetsu-an (Sala de Chá Sanguetsu-an) como
local especial para a realização de cerimônia de chá para os
mestres de cerimônia de chá; e o Museu de Artes de Hakone
como algo que tivesse uma linha divisória clara com o Kanzan-tei
e o Shinzan-soo, fazendo amotras de obras de arte como a sua
atividade principal; quanto aos jardins, eram mostrados como
uma existência interessante onde harmoniza a beleza natural e o
artificial, mas nenhum deles tinha a verdadeira forma de
Shinssen-kyo, que esteja inserido na Vontade Divina de Meishu-
Sama. A verdade é que veio sendo apenas apresentado e
procurado em dimensão material.

Conforme está expresso no início da Doutrina da Sekai


Kyussei Kyo: "Cremos que, desde o início da Criação, o Deus
Criador do Universo tem realizado o Seu Divino Programa a fim
de estabelecer o Paraíso nesta Terra". Meishu-Sama, no estado

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

de perfeita União Deus-Homem, concluiu o protótipo do Paraíso


Terrestre de Shinssen-kyo, de Hakone, a fim de transmitir a toda
a humanidade e concretizar o Divino Programa do Deus
Supremo.

O Presidente Kawai, que registrou no seu coração o


ressurgimento da verdadeira forma de Shinssen-kyoo, propôs
este aprimoramento, numa convicção de que pelo fato de ser
permitido o aprendizado sob o aspecto espiritual da Obra Divina
aqui contido, este protótipo do Paraíso Terrestre, concluído pelas
próprias mãos de Meishu-Sama, se expandirá como tal para o
mundo inteiro.

No presente momento, quando a Divindade de Meishu-


Sama tornou-se clara, temos a permissão de ter a oportunidade
de estudar sobre o "O Grande Significado do Paraíso Terrestre
de Shinssen-kyo" e o signiificado do "Culto Comemorativo da
conclusão do Paraíso Terrestre de Hakone" centralizado no
Kanzan-tei, que se relaciona espiritualmente com o Shissei-den,
do Santuário Koomyo.

Gostaríamos que todos, desde os dirigentes, integrantes e


membros, acatassem este aprimoramento como algo
imprescendível para o progresso do Divino Programa de Meishu-
no-Mikami.

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

ESTUDOS ASSÍDUOS DOS ENSINAMENTOS

Gostaríamos de, antes de iniciar o aprimoramento, mais


uma vez, fazer uma revisão sobre a forma de promover os
estudos assíduos dos Ensinamentos. O ponto chave está na
maneira com que buscamos os Ensinamentos de Meishu-Sama.

"O Deus do meu ventre é o Deus de mais alto nível.


Portanto, o que eu digo e o que eu faço é a própria ação de
Deus. Isto é, o próprio Deus quem atua. (...) O Deus em mim
alojado é o Supremo Deus".

(05 de abril de 1952)

Estas palavras, além de deixarem claro sobre a Divindade


do próprio Meishu-Sama, tornam algo decisivo os Seus
Ensinamentos, isto é, como Ele próprio fala em "Goshinsho"
(Escrita Divina), significa a revelação recebida diretamente do
Supremo Deus, Criador do Universo. Mesmo que as palavras
escritas sejam iguais, com a elevação da Divindade de Meisbu-
Sama, elas atuam vivamente, transpondo as barreiras de tempo
e espaço.

Mesmo falando que os Ensinamentos são as revelações


recebidas diretamenle do Deus Supremo, se se tentar
compreender apenas com a cabeça, é algo impossível de serem
entendidos. Contudo, o próprio Meishu-Sama indica a forma de
estudo profundo dos Ensinamentos. Isto porque os seus
Ensinamentos são revelações sobre a Verdade Universal,
comprovadas pelos resultados alcançados através da
intervenção do Mundo Divino, por intermédio da voz de Deus
invisível alojado na esfera de Luz do Seu ventre.

Por isso, crendo na natureza Divina de Meishu-Sama e


tendo-a como núcleo, buscamos os Ensinamentos e os
colocamos em prática. O resultado alcançado é confrontado

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

novamente com os Ensinamentos e assim os reconfirmamos.


Desta maneira podemos aprofundar o nível de convicção nos
Ensinamentos.

"Às vezes, as pessoas me fazem perguntas sobre


assuntos que estão bem claros nos meus Ensinamentos. Isso
acontece porque elas estão faltando com o dever diário de os ler.
Os Ensinamentos devem ser lidos tanto quanto possível; quanto
mais os lerem, mais os fiéis aprofundarão sua fé e elevarão seus
espíritos. Aqueles que negligenciam sua leitura, vão perdendo a
força gradativamente. Quanto mais sólida for sua fé, mais a
pessoa terá vontade de ler, e é bom que o façam repetidas
vezes, até que os Ensinamentos se fixem bem em sua mente. À
medida em que forem lendo, mais clara será a compreensão da
Vontade Divina".

(Leia o mais possível os meus Ensinamentos — 29 de novembro


de 1950)

Este Ensinamento indica o ponto de origem de estudo


assíduo de Ensinamentos.

É importante realizar esforços em busca da Vontade


Divina, tendo a consciência neste propósito: "Para que?".
Contudo, isso não significa que os textos de Meishu-Sama
estejam desenvolvidos na forma: para uma pergunta uma
resposta. Assim sendo, torna-se de vital importância a busca de
Ensinamentos correlacionados, e procurar os pontos-chaves, de
forma a assimilar exatamente qual é a Vontade Divina de
Meishu-Sama. Com isso, torna-se clara a tarefa prática que está
una com a vontade de Meishu-Sama, que aqui atua, e tem-se a
permissão de um julgamento preciso e sem perda de tempo
sobre os resultados, tornando-se, também, claro o seguinte
passo a ser dado. Deste modo, não há perigo de ter que
retroceder e nem de equívocos, bem como, também, consegue-
se rapidamente a modificação da sua rota. Além disso, os

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Ensinamentos de Meishu-Sama estão dentro da lógica e, com a


prática de cada um desses Ensinamentos, consegue-se a sua
comprovação pelos resultados obtidos. Portanto, iniciando-se a
prática por um indivíduo, isto passa a alcançar numerosas
pessoas, obtendo aí uma compreensão em comum. As
atividades Mini Jooin e as atividades MOA são provas distos.

Este presente aprimoramento também tem como base a


consciência de que cada participante foi chamado por Meishu-
Sama e que é fundamental aprender diretamente Dele, que
construiu o Shinssenkyo. E estando presente realmente em
Shinssen-kyo, e baseado nos Ensinamentos, ajustar o
pensamento no protótipo.

Conforme foi falado anteriormente, o próprio Meishu-Sama


deixa claro que os Ensinamentos são "Goshinsho" (Escritas
Divinas) e possuem o Kototama (espírito das palavras) do
Paraíso Supremo do 181º nível da camada do Mundo Espiritual;
portanto, se narrarmos sobres os Ensinamentos como algo
absoluto, se fizermos a sua leitura proferindo as palavras, aí
surgirá o Mundo Paradisíaco conforme esse Kototama.

Todos os Ensinamentos existem para a construção do


Paraíso Terrestre e, na verdade, o protótipo do Paraíso Terrestre
de Shinssen-kyo, também, é Ensinamento e a concretização da
Verdade, por Meishu-Sama. Através da leitura dos Ensinamentos
relativos ao Shinssen-kyo, centralizado no Kanzan-tei, é-nos
permitida a atuação através do Elo Espiritual, de Meishu-no-
Mikami, possibilitando-nos o recebimento de sabedoria e da força
para a construção, do Mundo invisível, para o Branch e a área
local.

Ademais; pelo fato de pisar o solo do protótipo, o espírito é


purificado, enfraquecendo o espírito secundário e ativando a
atuação do espírito primário, abrindo-se, assim, o caminho para
corresponder a Meishu-no-Mikami. Por outro lado, aqui se cria a

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

forma concorde com o "O Paraíso é o Mundo da Arte". Além


disso, ela possui a missão de, de acordo com o progresso do
Programa Divino, ir se expandindo. As novas atividades artísticas
e culturais, também, têm como ponto de origem o Kanzan-tei, o
centro do Shinssen-kyo.

Outro ponto de máxima importância é que o Shinssen-kyo


é o modelo de dedicação na construção do protótipo, mostrado
pessoalmente por Meishu-Sama. A construção do Kanzan-tei é
realmente o seu modelo original. Poderão compreender, do fundo
da alma, que a construção do protótipo é um trabalho
desenvolvido pelo Mundo Divino, invisível aos nosso olhos, e
que, distante de Shinssen-kyo, não há caminho para a dedicação
na construção do Paraíso Terrestre.

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Deste modo, o objetivo do estudo assíduo dos


Ensinamentos, esta em o quanto compreenderemos o
pensamento de Meishu-Sama, isto é, a Vontade Divina e o
Diivino Programa de Deus, e este surgirá como modelo no
Mundo Espiritual de cada um,e tornnr-se-á o ponto de origem da
prática dessa pessoa.

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

I - O SIGNIFICADO ESPIRITUAL DO SHINSSEN-KYO DE


HAKONE, QUE TEM NO SEU CENTRO O KANZAN-TEI

O Culto de ontem foi a Cerimônia Comemorativa da


Conclusão do Protótipo do Paraíso Terrestre de Hakone, e este
possui um significado espantoso, isto é, que, finalmente, nasceu
o Mundo de Miroku no mundo. Como escrevi a esse respeito
pedirei que leiam.

O grande significado do Paraíso Terrestre de Shinssen-kyo

Finalmente, ficará pronto o tão aguardado protótipo do


Paraíso Terrestre de Shinsen-Kyo, sobre as montanhas de Hakone.
Desnecessário é mencionar que uma obra como estes Jardins
Sagrados não apenas desconhece similares no próprio Japão, mas
também no exterior. No topo de um monte assim elevado, usei
abundante e livremente rochas e pedras dos formatos mais
exóticos, pus em ordem, entre elas, árvores, flores e plantas
alpinas, e fiz serpentear por aqui e acolá arroios rápidos: a
paisagem proporcionada pela beleza natural que a contento se
saboreia, juntamente com o sussurar da água, dá a sensação de
que se passeia por um paraíso distante da vulgaridade do mundo,
segundo o veemente elogio de todos os que o vêem. Ademais,
como a abrilhantar o conjunto, tem-se um templo de beleza
fulgurante, de maneira que penso poder sentir orgulho desta como
uma obra de arte que conjuga, no todo, a beleza natural à artificial.

Tal impressão, contudo, provém da perspectiva humana. Do


ponto de vista espiritual, encerra-se aqui um significado enorme,
muito além do que se pode supor. Passarei a elucidar isso com
detalhes. De posse dessa compreensão, vislumbrar-se-á quão
profundos, sutis e insondáveis são os desígnios divinos, como
transcendem a inteligência humana e o quão grandiosos são. Como
sempre digo, nos desígnios de Deus, as coisas são inicialmente
feitas extremamente pequenas, vão expandindo-se gradativamente
e, por fim, alcançam âmbito mundial — fato deveras misterioso. Tal

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

também vem aplicar-se ao mundo material. Quer dizer, quando o


homem vai fazer algo grande, constrói primeiramente o protótipo;
isso feito, passa à sua execução. Pode-se, por conseguinte,
considerar que o Paraíso Terrestre de Shinsen-Kyo, ora acabado,
está a sugerir o Paraíso Terrestre mundial do futuro. No tocante a
essas considerações, passo a revelar a razão profunda da minha
escolha pelas montanhas de Hakone.

Da perspectiva espiritual, o centro do mundo é o Japão, e o


Monte Fuji, o pilar central do Globo Terrestre. Reparem no formato
dessa montanha — a graciosidade do contorno é ímpar no mundo
inteiro. Tido desde a Antigüidade como montanha divina e pico
espiritual, os estrangeiros a consideram mesmo o símbolo do
Japão: há um sentido profundo oculto aqui. O futuro deste país é
tornar-se o centro do Paraíso Terrestre, tendo isso sido
estabelecido como Lei Divina, desde os primórdios da criacão do
Universo. Reparem na beleza da paisagem, na variedade da sua
flora, nas vistas características das quatro estações, nas
transformações operadas nas coisas, consoante a mudança do
clima... Essa abundância de dádivas divinas torna o país por si
mesmo dono de uma beleza paradisíaca. Não é por menos que o
Imperador Shih-Huang, da dinastia Ch'in, da China, tenha chamado
o Japão de lha de Horai (Paraíso) do Oriente. Outrossim, a índole
do nosso povo prima especialmente por seu senso estético (opinião
também vigente no exterior) a ponto de nenhuma outra etnia poder
conosco igualar. É de se admirar, ademais, que no Japão, desde
tempos remotos, se encontre uma coleção de obras de arte de
vários países do mundo. É o Japão, assim profusamente
abençoado, o país que, pela vontade de Deus, traz em si os
elementos formadores do Paraíso. A razão de eu sempre afirmar
que o Japão é o parque e o museu de belas-artes do mundo reside
nesse fato.

Desta maneira, o território japonês é um parque mundial,


sendo o seu centro Hakone, que é, por sua vez, o parque do Japão,
além de posicionar-se, no ponto central deste, o que é evidente,

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

quando se considera que a porção oriental do país, tomando-se


Hakone como referencial, é chamada de Região Leste, e a
ocidental, de Região Oeste. Do ponto de vista cultural, também, não
existirá país que tenha assimilado tanto a cultura oriental como a
ocidental, controlando-as; o país que tem a missão de criar uma
cultura pacifista e ideal é o Japão. Ouvi dizer que, recentemente,
em determinados círculos intelectuais norte-americanos, surgiram
indivíduos que defendem tal tese. Realmente, penso que deve ser
assim. O centro do Japão é, pois, Hakone, que por sua vez tem o
seu centro em Gora. Quando daí levantamos nosso olhar, a
montanha que se ergue detrás do Monte So-un é a Kamiyama
(Montanha de Deus), o pico mais alto da Cordilheira de Hakone — o
seu centro verdadeiro. Desnecessário dizer, então, que este é o
ponto divisório do leste e do oeste do Japão. Isto sim é algo
verdadeiramente místico, sendo justa a denominação "Montanha de
Deus".

Na realidade, portanto, eu deveria construir o Paraíso


Terrestre sobre essa montanha, mas pela inviabilidade, escolhi o
presente local. Nomeei a minha primeira moradia, em Gora, de
Shinzan-So (Solar da Montanha Divina), tomando esta montanha
por modelo. De forma idêntica, batizei inicialmente o atual Nikko-
Den de Alojamento So-un, em virtude do monte do mesmo nome. A
seguir, outro fato interessante. Foi a Companhia Tozan Dentetsu
que deu início à exploração de Gora. Onde, hoje, se situa este
Shinsen-Kyo, ela construíra o Parque Japonês; mais abaixo, no
atual Parque de Gora, o Parque Ocidental, o que também é
misterioso. Assim, o Japão é o parque do mundo; o parque do
Japão, Hakone, e o de Hakone, Gora. O centro de Gora é o
Shinsen-Kyo, que é o verdadeiro centro do mundo.

Nesse sentido, o fato de ter-se chegado ao término do


Shinsen-Kyo significa que o Paraíso Terrestre surgiu no centro do
mundo. Em outras palavras, é o nascimento do Paraíso Terrestre,
tratando-se, então, do maior evento comemorativo desde o início do
mundo, e uma data a ser festejada mundialmente por toda a

16
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

eternidade. O dia quinze de junho virá a ser, no futuro, o dia do


Culto do Nascimento do Paraíso Terrestre. A propósito, tenho um
importante fato a comunicar. A partir de hoje, a atividade espiritual
será implementada, e um enorme redemoinho, centrado aqui e
avançando da direita para a esquerda, expandir-se-á
gradativamente pelo mundo, trazendo uma mudança sem
precedentes: a grande reforma da sociedade.”

(08 de julho de 1953)

"Conforme foi lido e como já me referi anteriormente, no


Kototama "Gora", o "Go" é "fogo", que por sua vez é "espírito",
portanto, o prolongamento da sua pronúncia significa a
continuidade do fogo; "Ra" é "redemoinho" e "espiral". No Mundo
Espiritual, finalmente, tem-se início a atividade de “sashin-utai"
(precedência do espiritual sobre o material). Qual será o seu
resultado? Sendo a energia espiritual do fogo o elemento fogo,
trata-se da intensificação da ação de purificação. Desta forma, o
redemoinho de "sashin-utai" atinge tudo o que existe, e aqueles
que se apresentarem purificados, até certo porrto, poderão entrar
para dentro; contudo, os que não estiverem limpos serão
repelidos para fora. É a grande ação de purificação. Sendo, por
conseguinte, os que restarem, o bem; e os que foram repelidos, o
mal; havendo uma separação natural entre o bem e o mal. A Fé
da Kyussei Kyo é a de formar pessoas que não sejam repelidas,
passando de forma natural por esse redemoinho. Provavelmente
os senhores não sejam repelidos, porém, é perigoso caso haja
presunção ou erro na interpretação; assim, devem tomar
cuidado. Existem pessoas que entram facilmente, mas existem
também aquelas que, mesmo entrando, sofrem bastante por
ficarem enganchados. E isso aparece mais em forma de
doenças. Com a prática contínua do Joorei a purificação vai se
acelerando mais e mais, e conseqüentemente, torna-se mais
rápido para que lado penderá, isto é, torna-se claro se será salvo
ou fenecerá. Com a passagem do tempo percebe-se melhor esse
fato. Dessa forma, o resultado correto ou errado sai com maior

17
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

rapidez; de agora em diante os acontecimentos tornam-se muito


mais interessantes e, ao mesmo tempo, temíveis. Contudo, se
ouvirem bem o que eu digo e lerem os Ensinamentos, não será
tão difícil compreender. Diferente da religião 'Shoojo" (de
pensamento estreito), rígida e exigente, ao conhecer o
verdadeiro significado das coisas é possível ultrapassar a crise
com falicidade. O essencial é não decidir as coisas de forma
''shoojo", isto é, estar ciente de que está fora de alcance do
pensamento humano. As pessoas de pensamento estreito
procuram uma razão para tudo e acabam por pensar que essa é
a verdade, razão pela qual, mesmo se esforçando ao máximo,
acabam incorrendo ao erro. No "Ofudessaki" (Ensinamento) da
religião Oomoto está escrito o seguinte: "Aos olhos de Deus
existem muitos erros nos atos praticados pelo homem, mesmo
pensando serem certos".Muitas vezes o que o homem considera
como o melhor, o bem, na realidade, acaba obstruindo a ação de
Deus, pois trata-se de uma ação efetuada pensando ser a
verdade. Esse pensamento não passa de simples presunção. É
sobre esse aspecto de presunção e erro de interpretação do
homem que o "Ofudessaki" adverte. Diz ainda: "A Obra de Deus
não se trata de algo tão compreensível aos olhos do homem.
Quem pensa não entender sobre coisas do Mundo Divino é quem
possui verdadeira compreenção". Realmente, ao ler os
Ensinamentos, em algum local, está escrito o que se quer saber;
portanto, se tomar as decisões atentando a esse ponto, não
haverá nenhuma dificuldade, ou seja, tudo correrá facilmente.
Sendo assim, quem sofre muitas dificuldades está fazendo algo
errado, pois, na verdade, deveria tudo correr bem. A diferença
entre a nossa e a religião de até agora está nesse ponto. As
religiões eram infernais e não conseguiam efetuar a salvação de
forma paradisíaca, por lhes faltar a força. À Kyussei Kyo, como
formadora de Paraíso, é necessário que o seu modo de agir,
também, seja paradisíaco. Tudo se resume a um só fator:
"Força". As religiões não possuíam a "Força". Nem Cristo e nem
Buda possuíam "Força"; assim, explanam de forma teórica, mas
por não possuírem a "força verdadeira", não ensinaram como

18
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

proceder. Por se tratar do Mundo da Noite, com a aluação da lua,


a sua força era muito fraca. Fato pelo qual, mesmo que se
pensasse em construir o Paraíso, nada saía a contento, por
sofrer as obstruções do Mal. Entretanto, agora, Deus me
concedeu essa "Força", como podem observar claramente pelos
milagres, iguais aos de Cristo, manifestados pelos meus
discúpulos. É algo grandioso, pois trata-se de uma "Força" capaz
de criar Cristos. A "Força" se manifesta quando existe a
concordância entre o espírito e a matéria. A "Concordância
Espírito / Matéria" é a união perfeita entre o "fogo e a água",
daqui surgindo a "verdadeira força". Como até hoje não havia
essa concordância, não existia também essa união. Ou seja, os
Ensinamentos explanados por Cristo eram horizontais e os de
Buda, verticais, sendo muito distintos um do outro, e não se
uniam, razão pela qual não manifestavam a "Força". Assim, para
se escrever a palavra "Força" (tikara), faz-se um traço vertical e,
em seguida, um traço horizontal, formando uma cruz; com essa
união é que, finalmente, surge a "força"; depois ocorre a
atividade da rotação da esquerda para a direita ("sashin-utai"). As
letras são criadas por Deus e é realmente interessante a
estrutura da letra "tikara", ja que o movimento espiral de "Sashin-
utai" se inicia depois da união (vertical com a horizontal) No caso
do ser humano, a letra de “hito" ou "ninguen" representa o
espírito e o corpo, ainda que atualmente se escreva ao
contrário...

Hakone, como leram há pouco, é o centro entre o leste e o


oeste. Sendo o leste o vertical e o oeste o horizontal, o centro da
cruz é Hakone. Como no centro da cruz surgiu o protótipo do
Paraíso Terrestre, finalmente, este se formará também no
mundo. A sua expansão atingirá o mundo. Enfim, formou-se algo
esplêndido, jamais visto desde a criação do mundo; um
acontecimento extremamente comemorativo. O dia de ontem foi,
portanto, o dia comemorativo de fundação do Mundo, equivalente
ao dia nacional de fundação do Japão ou o dia do Início da Nova
Era. Assim, deveria, na verdade, encerrar-se o ano de 1953 e dar

19
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

início ao ano de uma nova era. No poema de outro dia escrevi


sobre a construção de uma nova era e, se conseguirem entendê-
lo, poderão considerar algo bastante interessante, ou melhor,
ficará claro o seu significado. Esses acontecimentos também já
estavam determinados previamente por Deus. Podem observar
que, mesmo em termos de pedras, para a construção do Paraíso,
não existe outro local, em todo Hakone, onde exista tanta
quantidade. Deus assim o preparou. Os tipos de pedras,
também, são bem variados. Mais abaixo, no Parque de Gora,
também, existem grandes quantidades de pedras, mas são todas
do mesmo tipo, de mesma cor. Como as pedras aqui são
variadas, a construção tornou-se muito interessante. Mesmo as
correntes de água da montanha e outras coisas estão
preparadas de modo a se ajustarem exatamente ao local. Ao
subir gradativamente desde Gora, ao chegar a este local, pela
primeira vez, avistam-se terras amplas e planas. Trata-se de uma
forma preparada por Deus há milhões ou bilhões de anos.
Pensando bem, esses são fatos, realmente, profundos e
delicados.

Hakone é "fogo" e corresponde ao número "5" (mi); Atami,


é a "matéria" e corresponde ao número "6" (ro), por isso tem o
mar. Kyoto é "7" (ku). Deste modo temos a palavra "Miroku"
(estado de perfeito equilíbrio, paraíso) A ordem é que,
concluindo-se este local (Hakone), a construção, em Atami, irá
progredir rapidamente. Deve ser do conhecimento de todos a
opografia de Atami, e o que considero interessante é o fato de o
verão em Hakone ser fresco e o inverno em Atami ser moderado.
A distância é pouca, mas, mesmo tão próximas, existe tanta
diferença no clima. Não sei sobre o exterior, mas creio que no
Japão não existe outro local que, estando tão próximos, possuam
temperaturas diferentes no verão e no inverno. É extraordinário
como Deus preparou bem essas terras, pois, além disso, em
ambas existem águas termais e paisagens magníficas. Estes
locais, Hakone e Atami são, também, a linha divisória entre o
Keihin (Tóquio e Yokohama) e o Keihan (Kyoto e Osaka) do

20
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Japão, exatamente entre grandes centros de compras e


entretenimentos da região "Kanto” e “Kansai". Ou seja, é muito
bem feito, com a facilidade de locomoção, de modo a poder ir a
passeio ao Paraíso, de ambas as regiões. A "KyusseiKyo" ter
levado esta construção do Paraiso Terrestre neste local é
realmente uma atuação de Deus. Iniciou-se em Gora, e a ordem
é a seguir Atami, Kyoto e o mundo. Será um projeto enorme a
nível mundial. Construir-se-á algo como esse Shinssen-kyo
ampliado em escala mundial. Sei aproximadamente como será;
de resto, no tempo certo os preparativos serão feitos com
perfeição. É algo realmente jubiloso e interessante".

(16 de junho de 1953)

Expandir-se-á daqui (Kanzan-tei) e formar-se-á o Paraíso


Terrestre Já me referi várias vezes sobre Hakone. — A missão
do Japão é tornar-se o jardim do mundo. Naturalmente, o jardim
do Japão é Hakone, que fica no centro entre o leste e o oeste. O
jardim de Hakone é Gora, que antigamente se chamava Jardim
Japonês, e o centro deste é o atual Kanzan-tei. Portanto,
expandir-se-á daqui e formar-se-á o Paraíso Terrestre.

(13 de junho de 1949)

"Vou trabalhar neste Kanzan-tei. Quando eíe ficar pronto,


a humanidade será salva. Se deixarmos os trabalhadores
passarem fome, a obra atrasará. Por isso forneço o arroz a eles".

("Luz do Oriente")

“Todas as obras de Deus são formas. Formas do Todo


Poderoso. É o tyon 1 e este vai-se expandindo gradativamente.
No mundo existem coisas estranhas como guerras e questões
ideológicas, mas esses não acontecem de repente. Em primeiro
lugar, surge algo no centro da Terra — no centro do mundo. Esse
1
Ponto centrai, a essência, ou seja, a alma.

21
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

aigo, que em caso de plantas seria exatamente a semente, vai se


ampliando. Dessa forma constante o mundo vai-se
transformando. Quanto a esse ponto central, existe o centro do
centro. Em se tratando do sol seria a mancha solar, que seria
como sua semente, e se dilata a cada 11 anos, razão pela qual
torna-se visível, depois, vai novamente se comprimindo. Esse é o
seu ciclo. Essa mancha é o centro geral do sol, que ativa aquela
poderosa força do fogo. Da mesma forma, existe o centro do
mundo, o qual, Deus não havia levado ao conhecimento do
homem até agora. Com o passar do tempo esse centro tornou-
se conhecido, apesar de ser eu o único a conhecê-lo, no
momento, mas, um dia, tonar-se-á conhecido no mundo inteiro.
Esse centro do mundo é o Kamiyama (Montanha Divina) de
Hakone, que até agora esteve oculto. Na Era da Noite, por causa
da obscuridade, não se podia ver — ou seja, Deus não o
mostrou. Como é impossível fazer algo num local tão alto como
Kamiyama, Gora, que fica aos seus pés, é considerado o centro”.

(25 de setembro de 1952)

"O fato de iniciar a atividade de rotação da esquerda para


a direita, tendo este protótipo do Paraíso Terrestre como centro,
significa a Força verdadeira. Assim, pode-se dizer que a Kyussei
Kyo é a religião da Força. Trata-se da verdadeira Força Divina,
as energias do fogo e da água unidas vertical e horizontalmente.
É Força de Kami (Deus), pois Ka é "fogo" e Mi é "água". Não
existe ninguém, desde o início do mundo, que fizesse o uso
desta Força. Pelo "tamagaeshi", o espírito da palavra shin é Su
(Todo Poderoso, Senhor), portanto Shinriki (Força Divina) pode
ser dita como "Força do Senhor". Sempre se escreve o Su , com
círculo e tyon, sendo este último o elemento fogo e o anterior
água; portanto, a mancha solar seria o tyon. Os cientistas fazem
pesquisas sobre a mancha solar, mas como expliquei, não existe
nenhuma necessidade de se fazer investigações. Esse tyon é
algo extraordinário, isto é, é a alma do Universo. Seria a parte da
semente de uma fruta. O mundo de até agora encontrava-se sem

22
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

esse tyon, existindo apenas o círculo, ou seja, estava oco. Deste


modo, eu irei colocar esse tyon no mundo, que é este Shinssen-
kyo. Nesse sentido, este local é de extrema importância. E o dia
de hoje, quando se tem o início, possui um enorme significado".

(15 de junho de 1953)

23
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

II - O PROGRAMA DIVINO É EXTREMAMENTE MÍSTICO

1 - Modelo e ordem

"Como sempre digo, no Programa Divino as coisas são


inicialmente feitas extremamente pequenas, vão expandindo-se
gradativamente e, por fim, alcançam o âmbito mundial — fato
deveras misterioso".

(O Grande Significado do Paraíso Terrestre de Shinssen-kyo - 08


de julho de 1953)

"Escreverei, agora, o quão profunda, delicada e grandiosa


é a nossa Kyussei Kyo. Todos os fiéis que lerem a este respeito
não encontrarão palavras de tanta admiração.

Em primeiro lugar, deve-se saber que a Administração de


Deus é algo inimaginável pela sabedoria humana. Pode-se dizer
o mesmo em relação ao Paraíso Terrestre, no momento em
construção na cidade de Atami. Como os senhores fiéis vêem
sempre, à medida que avança a obra de construção, começa a
haver uma mudança na configuração da montanha, na posição
das árvores, na área reservada para a construção, quer seja no
panorama geral que se descortina ao longe, quer seja no aspecto
das redondezas, nota-se uma transformação a cada vez que se
observa. Principalmente a existência de inúmeros muros de
pedras que podemos considerar os primeiros do Japão. As
pedras necessárias provêm de modo incalculável de um só local.
Por mais que se escave, parece que nunca se esgotam. Por mais
que se procure na cidade de Atami, não se encontra um local
onde haja tal acúmulo de pedras como neste. Realmente, é um
fato misterioso, e não há quem não se espante. Somente por
este fato, não há nenhuma dúvida de que Deus já o havia
planejado e preparado há milênios.

24
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Ao observar também o atual panorama ao redor desse


Protótipo, a beleza harmoniosa do posicionamento das árvores e
o formato da montanha, ficamos extasiados. Misterioso é, ainda,
o fato de conseguirmos adquirir os terrenos necessários, um
após o outro, e estes não são terrenos separados, vão se
ampliando ordenadamente em áreas contíguas, isto sem contar o
fator tempo, no momento propício, quando se fazia necessário,
surgiam vendedores. Tudo transcorre conforme o planejado. Eu o
percorro de vez em quando, e, a cada vez, surgem na minha
mente novos projetos, o que me dispensa o esforço de pensar. É
por demais fácil!...

Falando, agora, do surpreendente Grandioso Processo do


Programa Divino, citado inicialmente, é sobre o local mais
pitoresco do Japão, que se chama Atami. Como sempre digo,
aqui se reúnem todas as condições primorosas: a beleza, o
clima, as termas, facilidade de transportes e outros, talvez não
exista outro que se compare no Japão. E, pensando
profundamente no porquê, podemos entender que o Criador,
quando construiu a Terra, havia traçado um projeto que
sobrepuja o tempo. Provavelmente, este acontecimento tenha
ocorrido há milhões ou bilhões de anos atrás. Na ocasião em que
construiu a Terra, determinara um local paradisíaco como futuro
parque mundial que é, atualmente, o Japão, estabelecendo
excelentes condições climáticas, geográficas, belezas naturais,
etc. e esperou pelo tempo oportuno. Sem dúvida, Atami é esse
local escolhido, e, tanto Hakone quanto o Monte Fuji, têm o
mesmo significado. Sobretudo Atami, deve ter sido objetivado
para Solo Ideal de suprema beleza. Como o progresso da cultura
material finalmente atingiu um grau adequado à construção do
Paraíso, Ele me fez nascer neste mundo e, passando por vários
lugares, fez com que me fixasse em Atami e iniciasse a
edificação do protótipo do Paraíso Terrestre, que era Seu
propósito.

25
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Galgando o Monte Zuiun e apreciando a paisagem, penso


sempre na época mais remota, quando eu era Deus, com certeza
tracei o projeto planejando o futuro. Ao longe, vê-se as ilhas
Hatsushima e Ooshima tal como uma paisagem em miniatura; os
cinco promontórios, o Cabo de Manazuru, a Cordilheira de
Jukkokutogue, o mar calmo como espelho que se confunde com
o lago, destacam o encanto das montanhas de Atami. O que
poderia ser tudo isto, senão a obra máxima de Deus? ; E, agora,
neste Século XX, eu nasci como homem e estou executando o
plano tal como havia projetado inicialmente. Portanto, é natural
que haja tantos milagres. Assim sendo, o que lexecuto não se
limita a este pequeno Paraíso Terreste. Pode-se imaginar que
todos os outros empreendimentos também foram preparados
quando foram criadas todas as coisas.

A este respeito, gostaria de abordar um fato de extrema


importância. Seria um auto-elogio, mas quando as pessoas
fazem um amuleto com papel escrito por mim, este evidencia
uma maravilhosa força de cura. Como todos já sabem, posso
escrever 500 folhas por hora, à razão de sete segundos por
folha. Com essa obra feita de papel e sumi (tinta à base de
carvão), salvo a vida de milhares e milhões de pessoas; não
encontro palavras para explicar a grandiosidade desta força
divina. Não é que eu seja um gênio. Trata-se do magnífico poder
divino do Super Deus que me concede esta força.”

(Processo de Programa Divino - 20 de junho de 1951)

Finalmente concluiu-se o Shinssen-kvo e, isso possui um


significado extraordinariamente grande. Isto é, um significado
universal. Esse é o Divino Programa de Deus para com a Terra
— inédito desde o princípio da Terra — exatamente como o
círculo e o ponto central, ou talvez, como quando se joga uma
pedra no lago, e conseqüentemente, o círculo aí formado vai se
ampliando. Portanto, Deus começa uma forma pequenina, e esta
vai-se ampliando, surgindo daí inúmeras transformações. Deus

26
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

me instruiu sobre esse significado e, ao observar sempre os


acontecimentos, percebe-se bem esse fato. Cerca de 20 anos
atrás, por volta de 1931 a 1932, pude perceber inúmeras
pequeninas formas do mundo. Percebi claramente que, por essa
razão, um dia o mundo se transformará desta forma, ou que meu
trabalho é deste tipo. Vislumbrei os acontecimentos. Naquela
época percebi claramente sobre a grande transformação do
Japão, também sobre a modificação da posição do Imperador,
mas como seria temerário referir-me a esse respeito naquela
época, tive que me calar. Quanto à forma em que isso iria
ocorrer, não me foi dado a conhecer; não sabia, mas com o
término da II Guerra, entendi com efeito. Nesse sentido, a
conclusão de Shinssen-kyo — como sempre digo, construiu-se a
primeira maquete do Paraíso Terrestre no mundo, e com a sua
expansão mundial advirá o Paraíso Terrestre. Sendo assim,
concomitante a expansão deste local, desta vez, será
materialmente — este é o centro espiritual, passando para Atami.
O Processo de Programa Divino deste local é de ser o Mundo
Espiritual e, Atami, o Mundo Material. Portanto, após a conclusão
de Atami, haverá a sua gradativa expansão em termos materiais.

(26 de setembro de 1952)

Não só em termos da Fé, mas é assim com tudo. Sem a


conclusão deste local não haverá progresso. Dando exemplo do
homem seria exatamente como se tivesse se vestido muito bem,
mas que ainda se encontra sem meias. Como não pode andar
descalço é necessário calçar os sapatos e também pôr a gravata.
Assim, estando tudo em ordem é que, finalmente, pode
fanfarronear em frente às pessoas. Desta forma, onde não está
concluído existem imperfeições, portanto, não há o progresso.
Deste modo, se a Sede Principal deste tamanho ampliar-se até
ficar assim, haverá uma expansão concomitante na linha de
divulgação. Fala-se em Lei de Concordância e, em especial,
Deus é muito rigoroso nesses assuntos. Além disso, Atami é
matéria e horizontal, e Hakone é espírito e vertical. Fato pelo

27
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

qual, sem que haja a conclusão de Hakone, Atami não ficará


pronto. Está bem claro que sem terminar a construção deste local
não haverá a construção em Atami. Logo depois do Zuiun-kyo há
um local que também gostaria de possuir, mas não é possível
obter antes. Realmente segue-se de forma bem ordenada,
gradativamente de terreno vizinho para vizinho, de modo que até
nisso existe uma excessiva ordem, pois fala-se que "Deus é
Ordem". Por não seguir a ordem é que o mundo atual se
encontra tão desordenado. Mas o homem não tem conhecimento
disso.

Por isso, Atami não ficará pronto sem a conclusão deste


local. Inclusive comprei aqui um local para construir uma grande
Sede Principal no futuro, mas para isso também existe uma
ordem. Ficando pronto este local, passa-se a Atami, e depois
novamente aqui (Sede Principal); após isso, pode ser em
Odawara, ou talvez Quioto venha antes, mas esta é uma grande
ordem.

(28 de agosto de 1951)

Tudo que Deus faz trata-se de modelo. E, na mesma


proprorção em que este se cria existe a sua expansão no Mundo
Espiritual. Este é o ponto que difere bastante do trabalho
promovido pelo homem.

Trata-se de ordem e de modelo. Se ficar a observar, capto


isso; inclusive, procuro proceder para que seja assim, motivo
pelo qual não tenho nada a temer nem me sentir confuso. Como
existe o plano e a ordem estabelecidos por Deus, se seguir-se,
tudo irá correr bem.

(16 de outubro de 1953)

28
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

2 - Destruição e construção

Como sempre digo, a Obra Divina, desta vez, apresenta


dois aspectos: destruição e construção. O chamado Juízo Final
ou Paraíso significa que vai haver destruição e construção, ao
mesmo tempo...

A destruição acontecerá junto á construção. Pode-se dizer


também que, à medida que se constrói, vai se destruir. A
construção corresponde ao despontar do sol, ao aumento de Luz.
E, à medida que a Luz aumentar, a escuridão vai diminuir, na
mesma proporção. A cultura atual, por ser da era noturna, irá
sumindo...

Dessa maneira, as impurezas devem ser removidas e,


assim, tudo ficará limpo. O Japão logo vai entrar no Processo do
Programa Divino da Era do Dia, do Sol. Por causa disso, a Luz
do sol aumentará e desaparecerão, gradualmente, as coisas
sujas em nível mundial.

(02 de janeiro de 1953)

Deste modo, o fato de ter concluído o Shinssen-kyo neste


centro significa que chegará, em breve, a época em que o mundo
inteiro será como o Shinssen-kyo. Esse é o Paraíso Terrestre.
Isto é, haverá a expansão gradativa do protótipo do Paraíso
Terrestre. Para esta construção foi necessário de todas as
formas — era local acidentado com matagal e cheio de pedras
esparramadas por todos os lados, irreconhecivelmente sujo.
Assim, pouco a pouco, quebraram-se as pedras; cortaram-se as
árvores e gramíneas desnecessárias, tonando-o apreciável. O
mundo também irá se transformando dessa forma. Como no
mundo existem ervas daninhas, árvores que são estorvos, rochas
que têm de ser partidas, e esse método de grande higiene— a
grande limpeza, terá início. Ou seja, a ampliação do protótipo do
Paraíso Terrestre e a limpeza procedem ao mesmo tempo. Na

29
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

medida em que se conseguiu limpar, estou construindo casas


variadas, dando forma de jardins e, por último, será construído
algo belo, bonito como um museu de artes. Assim, a conclusão
do Shinssen-kyo significa que, de toda a forma, já se formou o
Paraíso Terrestre, e este está se expandindo no Mundo
Espiritual. Dentro em breve isso refletir-se-á também no Mundo
Material, ocasião em que tornar-se-á realidade a dita destruição e
a construção. Provavelmente aí ocorrerá a III Guerra Mundial e
também haverá a morte em abundância por grandes surtos de
epidemias. Essas pessoas serão salvas pela Kyussei Kyo.
Contudo, não significa que todos serão salvos. Por exemplo, as
árvores que aqui ficaram são as que, após excelentes cuidados,
ficarão apreciáveis, mas, ao contrário, as árvores sujas e que
estorvam tornam-se frondosas em demasia. Esse tipo de vítima
— mesmo em árvores, surgirão. Ou talvez sejam mais
abundantes as árvores que serão cortadas.

(25 de setembro de 1952)

Finalmente foi concluído o Shinssen-kyo. Como sempre


digo, signiíica que ficou pronto o protótipo do Paraíso Terrestre, e
este irá expandir para o mundo. No centro do Mundo Espiritual já
esta estabelecido o Paraíso Terrestre e, refletindo pouco a pouco
no Mundo Material, irá expandindo para o mundo inteiro; é um
acontecimento muito venturoso a formação de algo maravilhoso
e de qualidade superior, mas em contrapartida, para a sua
expansão é necessário retirar as coisas sujas que são
obstáculos. Deste modo, por parte de Deus é algo muito bom,
mas para os demônios e Forças do Mal é aterrorizante, pois
serão expulsos do local onde estavam tranqüilos até agora. E,
como isso ocorrerá mundialmente, por parte dos demônios há o
pavor, e o bem se sente gratificado — enfim, torna-se
interessante. Nesse sentido é que se processa, ao mesmo
tempo, a destruição e a construção. (...) Pela razão de se
processar a construção, é inevitável que ocorra a destruição. A
rapidez da sua velocidade irá aumentando gradativamente. Deste

30
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

modo, o Shinssen-kyo possui um significado extremamente


grande.

(23 de setembro de 1952)

De acordo com a minha inspiração, a base para a


construção do Mundo de Miroku já está pronta no Mundo
Espiritual. Portanto, não há nenhuma dúvida de que, num futuro
bem próximo, concretamente, ela aparecerá sobre a Terra. Como
nós nascemos numa época tão privilegiada! Quando penso
nisso, fico transbordante de júbilo!

O que todos devem saber a respeito disso é o seguinte:


supondo que vamos construir, aqui, agora, um grandioso edifício,
teremos que destruir, antes, a velha casa aí existente.
Naturalmente, dentre os materiais antigos, serão poupados os
que forem úteis para a nova construção; estes passarão por uma
lavagem, limpeza, e serão raspados para serem utilizados.
Provavelmente, um semelhante fenômeno ocorrerá na
construção do Mundo de Miroku.

Em relação a tal fenômeno, todos os acontecimentos que


surgirão daqui por diante poderão refíetir, na visão do homem,
como algo que não se enquadrará na lógica, ou parecer inútil e
destrutivo, etc; é preciso, porém, que todos saibam que este
processo constitui uma grande limpeza das impurezas.
Entretanto, tudo faz parte da concretização da Vontade Divina;
portanto, se levarmos em conta que nada poderá ser discernido
pela visão comum do homem, é seu dever seguir, com toda
humildade, a evolução de todos os acontecimentos. Nós, que
obtivemos este conhecimento, através de inspiração espiritual,
devemos sempre nos preocupar em não desvirtuarmos a
grandiosa Vontade Divina, tendo uma correta a visão de Deus;
devemos também aguardar o tempo certo, aceitando como
privilégio atribuído aos que têm fé quaisquer acontecimentos
excepcionais e ações destrutivas que virão a ocorrer — algo

31
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

inédito na experiência da humanidade —, num estado de


tranqüilidade e segurança vivendo com alegria.

Esta maneira muito vaga de falar explica-se pelo fato de


que não há permissão de serem revelados concretamente os
profundos mistérios de Deus, neste presente momento.

Em síntese, expliquei apenas a preparação que deverá ter


o homem para tomar medidas no processo que se seguirá
naturalmente, ante a realização do Mundo de Miroku.

(Construção do Mundo de Miroku — 30 de janeiro de 1950)

32
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

III - ATÉ A CONSTRUÇÃO DO PARAÍSO TERRESTRE TENDO


COMO REFERÊNCIA O KANZAN-TEI

Entretanto, a partir de 1931, o Mundo Espiritual vem


gradualmente se transformando em Dia, facilitando a construção
do Paraíso na Terra. Sendo Deus o construtor, a obra progride à
mercê do tempo, bastando os homens agir de acordo com a Sua
Vontade. Deus traçou o plano, fiscalizando e utilizando
livremente um número considerável de criaturas.

A idéia exata que se pode ter da minha função é a de


mestre-de-obras local. Os nossos fiéis sabem perfeitamente que
estou construindo o Protótipo do Paraíso Terrestre, como parte
dessa função.

(05 de outubro de 1949)

Passarei a escrever a respeito da construção do Paraíso


Terrestre, desde seu início, empreendimento único de nossa
Igreja. Confesso que, mesmo em se tratando apenas do seu
protótipo, a empreitada não é facil. É plausível afirmar que a
construção de algo de semelhante envergadura não acha quase
precedente algum no Japão; quanto ao exterior, desconheço. No
que T´ange a mim próprio, confesso que nutria minhas
esperanças, mas na hora de agir, experimentei certa vacilação.
Contudo, do lado do Senhor Deus, que quer que de qualquer
maneira eu execute esta obra, tanto a manifestação de variados
milagres como todas as circunstâncias pareciam me impelir a tal
empreendimento, de modo que minha maneira de pensar
gradativamente se modificou, e eu ganhei certa autoconvicção,
passando a aguardar a época oportuna. Isso foi por volta de
1943. A guerra com os Estados Unidos, então, intensificava-se
mais e mais. Com o perigo representado pelo bombardeamento
aéreo de Tóquio (caso isso se verificasse, tudo estaria perdido),
acabei por me ver obrigado a mudar-me. O que percebi, então,
foi que a citada oportunidade havia finalmente chegado. Assim,

33
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

pus-me a espreitar Hakone. A razão é que, há muito, eu já me


simpatizava demais com Hakone e Atami.

No caso de Hakone, entretanto, eu me restringia à região


de Gora. Assim, mandando procurar um imóvel aí, fiquei sabendo
que a casa de campo do Sr. Raita Fujiyama estava,
oportunamente, à venda. Fui vê-la, de imediato, e agradou-me
extraordinariamente. No dia seguinte, combinei adquiri-la.
Conquanto fosse bem antigo, o prédio nada deixava a desejar. A
área do terreno tinha 1.980 metros quadrados. O prédio media
330 metros quadrados, com a entrada voltada para o sudeste.
Vencida uma escadaria de pedra natural de mais de dezoito
metros, chega-se a um alpendre, onde, por sua vez, há uma
escada de três degraus. Subindo estes e dobrando um vasto
corredor, dá-se novamente com outra escada de oito degraus.
Segue-se a ela um salão adequado para a instalação do altar. O
panorama que se descortina ao redor é realmente encantador:
decerto o primeiro de Hakone. Esta casa, ademais, do ponto de
vista da sua fisionomia arquitetônica, possui excelentes traços. A
entrada do sudeste é a melhor possível; tem-se um suave aclive
do portão em diante; do alpendre até o salão há, como já
mencionei, duas escadas. Outrossim, a ala esquerda foi
construída no estilo japonês, distinta da direita, que o foi nos
moldes ocidentais. Nomeia-se esse traço de “asas de grou” — o
melhor deles. Além de tudo, a ala no estilo ocidental tem o
formato de um navio, significando o avançar rasgando as ondas:
tudo é ideal, de fio a pavio. Vale ressaltar que o prédio, no
conjunto, sobreergue-se sobre um rochedo — é isso que deve
apontar o trecho das orações xintoístas: “erguendo os grossos
pilares do templo sobre a rocha enraizada na terra”. Sendo a
casa apropriada à moradia divina, torna-se muito claro que o
Deus já a tinha providenciado para tal fim.

A este prédio dei o nome de Shinzan-So (Solar da


Montanha Divina), por ter o monte Kamiyama (Montanha de
Deus), o mais elevado de Hakone, na sua parte de trás. Na sua

34
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

frente, um pouco mais baixo, está o monte Soun-Zan. Tão logo


me transferi para Shinzan-So, adquiri da Companhia Ferroviária
Tozan Dentetsu o terreno vizinho de 6.000 metros quadrados.
Nele, existia um pequeno parque chamado Nihon Koen (parque
japonês), construído há vinte anos pela citada companhia. Por
este, há espalhadas algumas casas de campo de aluguel. Na
verdade, porém, de casa de campo só o nome: estão em ruínas,
impróprias para se habitar. Toda essa área encontrava-se
desleixada há anos, de modo que a erva daninha cresceu ao
sabor da natureza, tornando, mesmo durante o dia, o local
umbroso, a ponto de não se poder discernir sequer a passagem.
Naturalmente, inexistia qualquer superfície plana aí, mas, como
eu pretendesse construir um anexo na parte central do parque,
corrigi o seu relevo acidentado, conseguindo, finalmente, uma
área de cerca de cem metros quadrados. Na época, por ser
impossível construir área superior a cinquenta metros quadrados,
limitei-me a essa dimensão. Encontrávamo-nos, então, no auge
da guerra, sendo impossível adquirir material de construção. No
entanto — por feliz coincidência — eu reunira anos antes
madeira de qualidade muito boa, a fim de construir um anexo nos
jardins de Hozan-So em Tóquio. Faltava apenas erguer os
esteios, quando recebi ordem judicial sustando a construção, por
causa do processo que nos foi movido. Desde então, esse
material esteve intacto. Lembrei-me repentinamente dele,
pensando que viera bem a calhar com a ocasião. O problema,
agora, era o transporte, uma vez que não se podia lançar mão de
caminhões particulares. Entrementes, um fiel ligado às Forças
Navais tomou conhecimento do fato, oferecendo-se para carregar
o material. Iniciada, afinal, a construção, quando as obras já
haviam avançado um terço do total, os bombardeios aéreos
tornaram-se cada vez mais violentos, passando a ser inviável a
obtenção mesmo do arroz para a alimentação dos operários. Vi-
me obrigado a interromper, momentaneamente, a construção. Foi
quando — que maravilha! — certo fiel chegou de repente
carregando de caminhão seis sacas de arroz e fez-nos a doação
delas. "Muito bem! Deus não permite a interrupção das obras" —

35
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

pensei. O serviço continuou assim, sem ser interrompido. Em


agosto de 1946, ficou pronto o atual Kanzan-Tei (Pavilhão de
Contemplação da Montanha).

Com o término da guerra, em 15 de agosto de 1945, como


eu pensasse em construir uma casa maior, mandei, no mês
seguinte, que um meu subordinado fosse à província de Akita,
com o propósito de adquirir 180 metros cúbicos de cedro. Na
época, o preço da madeira era ainda barato: aproximadamente
mil e setecentos ienes o metro cúbico. Esse material foi obtido
de, aproximadamente, cinquenta pés de cedro da floresta de um
templo. Entrementes, soube que um terreno de dois mil metros
quadrados, situado na parte mais baixa do Shinsen-Kyo, havia
sido posto à venda. Adquiri-o logo, imensamente satisfeito, pois,
já há algum tempo, eu o queria muitíssimo. De posse dele,
aprestei a encosta, obtendo, assim, uma área plana de várias
centenas de metros quadrados, para construir um templo.
Quando eu me encontrava prestes, então, a passar para as
obras, graças à apresentação de certa pessoa, recebi
inesperadamente a visita do professor de artes Isoya Yoshida,
autoridade máxima dos círculos arquitetônicos do Japão
contemporâneo. (No momento, ele se encarregava do projeto do
Teatro Nacional de Kabuki). Por nosso diálogo, percebi que ele
era inteligentíssimo e suas idéias se coadunavam com as
minhas, sentindo positivamente que me fora enviado por Deus.
Desta maneira, seja o material de construção, seja o terreno ou o
arquiteto, Deus arranjava-me inteiramente o que era preciso, no
exato momento. Foi uma sucessão de milagres, do princípio ao
fim. Esse prédio é o atual, que hoje tem o seu nome alterado
para Nikko-Den (Templo da Luz do Sol).

Foi nessa época que batizei os Jardins Sagrados de Gora


de Shinsen-Kyo. Situam-se em seu interior as seguintes
construções: o Shinzan-so, prédio adquirido primeiramente, e o
Kanzan-Tei, que construí a seguir. Destinei este último para
minha moradia, mas, em virtude de ter ficado pequeno em

36
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

demasia, acabei de ampliá-lo este ano. O prédio localiza-se bem


no centro do Shinsen-Kyo. Dele avista-se excelente panorama,
circundado que está em seus três lados por montes — origem do
seu nome: Pavilhão de Contemplação da Montanha. A casa de
chá construída no terreno plano abaixo dele chama-se
Sanguetsu-an, tendo também ficado pronta este ano. Ela foi
concluída em três anos, pelo famoso carpinteiro Seibee Kimura,
que, em sua construção, dedicou corpo e alma. Ao lado da casa
de chá abri uma trilha ladeada de trevos, construindo em
comemoração uma casinha a que chamei de Hagui-no-ya (Casa
dos Trevos). Quero abrir parênteses para citar um episódio a
respeito dela. Há mais de vinte anos — quando aqui era ainda o
Nikon Koen (jardim japonês) — existiam várias casas de campo
de aluguel. Como eu já gostasse de Gora desde há muito e
tivesse vontade de aqui morar algum dia, aluguei um desses
bangalôs e passei nele um verão. As recordações desse tempo
são-me inesquecíveis e levaram-me a reformar aquele bangalô: a
presente Hagui-no-ya. Construí, um pouco adiante do caminho
que passa defronte da Hagui-no-ya, um bosque de bambu, no
qual dispus rochas, à maneira chinesa. Quem por ele passeia,
elogia-o, comparando uma viagem a um recanto mágico. Daí,
subindo alguns degraus de pedra, chega-se a uma área
relativamente ampla. Atualmente, esse terreno passa por obras
de correção do relevo, para a construção do Museu de Belas-
Artes.

Já escrevi uma vez que o Shinsen-Kyo constitui um


empreendimento inovador, jamais experimentado por alguém.
Uma vez que eu o estou construindo por ordem de Deus, seria
plausível chamá-lo de Arte Divina. Seu alvo é a criação de uma
obra de arte em que as belezas paisagísticas naturais e as da
jardinagem artificial coexistam em perfeita harmonia. No sentido
de acrescentar maior brilho ao conjunto, planejei o mencionado
Museu. Somente o belo paisagístico e o da jardinagem deixariam
algo a desejar. A mostra de objetos de arte exclusivos deste país
é imprescindível para a idealização do verdadeiro Paraíso. Há

37
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

mais um objetivo. Calculando o imenso serviço que se prestaria


em prol da apresentação da arte nipônica, caso franqueasse o
Shinsen-Kyo ao visitante estrangeiro que, em futuro próximo,
viria a Hakone em passeio, resolvi tornar tal fato uma realidade.
O mesmo se aplica, evidentemente, à casa de chá. Por
intermédio disso, quero, pois, mostrar, em âmbito mundial, o
quão profunda é a compreensão do japonês diante da Arte, o
quão elevada é a sua capacidade de julgamento e superior a sua
técnica. Acredito estar, com tal empreendimento,
desempenhando um papel importante na execução das diretrizes
da política nacional.

Passarei a descrever, aqui, o histórico e uma miscelânea


de fatos referentes ao Shinsen-Kyo. Quando se estende o olhar
de algum ponto elevado do Jardim Sagrado, delineiam-se diante
do apreciador as curvas azuladas e brandas dos picos Myojin e
Myojo, ligando Kintoki ao desfiladeiro de Otome. A suavidade do
contorno montanhoso peculiar de Hakone não deixa de abrandar
o coração de quem o contempla. Comparando o pico Myojin à
manga esquerda de uma veste larga, tem-se que a direita é o
monte Asama. Do vão que se abre um pouco entre ambas as
mangas, avista-se, ao longe, no fundo da névoa, como um
imenso lago, a placidez do mar. Nem é preciso dizer que é a
parte do Golfo de Sagami, próximo a Odawara. Quando o céu
está aberto, a Península de Miura surge aí como um fio. Um
pouco mais acima, nos limites da linha do horizonte, a cadeia
nebulosa de montes que se estende flutuante é a Península de
Boso: o contorno em zigue-zague característico do monte
Nokoguiri é visto com nitidez. Olhando na direção oposta, o
monte Asama parece-se com uma tigela emborcada, alargando-
se ao longe, até o monte Soun. A grande montanha que parece
dominá-la é a Kurogatake, famosa como ponto de excursões.

Deixando o panorama distante por aqui, passemos, agora,


a vaguear pelos jardins. Como estamos no sopé do monte Soun,
ao erguermos a vista, este monte oferece a sensação de integrar

38
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

o jardim, tal a sua proximidade. Por toda a parte encontram-se


imensos rochedos e pedras exóticas, interessantes tanto no
formato como no colorido, sem haver uma única semelhante às
demais: também aqui é possível detectar a refinada habilidade
divina. Além disso, cercando a parte sudoeste do Kanzan-Tei,
enfileiram-se rochas de mais de três metros de altura, a proteger
o prédio dos ventos que sopram do monte Kamiyama,
característica da região de Hakone. Esse também é mais um
fenômeno misterioso. É de se notar, em especial, a gigantesca
pedra que se ergue em frente ao alpendre, como a escondê-lo,
lembrando a pedra fundamental que assentam nas construções
com a finalidade de afastar os malefícios.

Vale frisar, ainda, que, em toda a região de Hakone, Gora


é o local rochoso por excelência, podendo-se afirmar que o seu
pólo central, onde se localiza o nosso Shinsen-Kyo, é o núcleo
onde essas pedras e rochas se concentram. Escavando-se a
terra nestas cercanias, vemos aflorar rochedos e rochedos, sem
fim. Contudo, uma quadra mais além, o que se acha é quase só
terra, sendo muito raro o descobrimento de alguma pedra, fato
este que não se pode qualificar senão de estranho. Ademais, é
infinita a gama de tais rochas, estando à vontade quem pretende
elaborar um jardim. As espécies principais são, primeiramente,
uma de cor cinzenta, ângulos agudos e duríssima; a seguir, tem-
se uma de consistência algo mais branda, de um colorido cinza
com matizes azul-escuras. O fato de esta se apresentar com
reentrâncias e fendas provém, decerto, do sem-número de
choques a que foi submetida durante a sua vertedura. O terceiro
tipo é similar à lava, vermelho escuro; o quarto é de tonalidade
limonística, anguloso e duro. É evidente que todas elas foram
vertidas aqui, durante a erupção do monte Soun. Essa erupção
aconteceu com o rompimento do leito rochoso da crosta terrestre,
mediante a liberação de gases, ou seja, uma exploração
vulcânica.

39
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

O curioso é que há sinais de que, com essa erupção,


depositou-se um volume exorbitante de cinzas vulcânicas. Isto
porque, no vilarejo Miyaguino, nesta proximidade, ainda hoje,
quando se escava a terra, desenterra-se troncos de cedros de 6
a 9,09m de altura, que, com o passar dos anos, se petrificaram e
endureceram, sendo ótimos para a manufatura de artesanatos.
Dizem que, antigamente, os agricultores da região os escavavam
lucrando bastante com a sua venda. Daí deduziu-se que a
camada de cinzas vulcânicas acumuladas era de quase 15m. O
cedro maior de todos media 1,80m de diâmetro, e eu também o
vi.

Olhando o Monte Sooun, percebe-se bem o sinal da


cratera no centro, pela sua depressão e pela tonalidade
avermelhada da terra. A terma do Vale Oowakutani,
provavelmente, surgiu nessa ocasião, e a água termal desse
local constitui a Terma de Gora. Uma vez, escalei os montes
Sooun, Kamiyama e Komaketake. Todos são cobertos de
arbustos. Não havendo árvores grandes, percebe-se que a
erupção se deu em época não muito remota, pois as cinzas
vulcânicas estão impregnadas de enxofre. Em suma, em todas
as montanhas de Hakone não se vê árvores de grande porte;
talvez as referidas cinzas tenham atingido pontos distantes. A
razão, talvez, pela qual a região de Hakone não conte, em sua
maior parte, com árvores de grande porte, provém da dispersão
dessas cinzas num amplo raio geográfico.

Mas, retornando ao assunto anterior, digo que não há uma


mera rocha, árvore ou planta do jardim Sagrado que não esteja
consoante minhas instruções. Curiosamente, quando eu desejo
determinada pedra, ou ela se acha pelas cercanias, ou, em se
cavando por aqui, ela aparece, sem falta. Compreende-se
perfeitamente, por mais esse fato, que Deus faz com que, hoje,
eu edifique estes jardins segundo a Sua Vontade, orientando-me
a tal, após ter criado, há milhares de anos, este leito rochoso,
solidificando-o convenientemente, e depois reduzindo-o, pela

40
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

ação de uma erupção vulcânica, a pedaços adequados, os quais


foram depostos ao redor do Shinsen-Kyo. É, pois, por demais
óbvio que Deus me faz construir o Paraíso Terrestre do qual
sempre falo, tomando-me como o Seu instrumento. Digo mais:
toda árvore, planta ou flor necessária, ou chegam a mim
gratuitamente, ou ainda, caso existam em alguma arboricultura
ou jardim de chácara das cercanias, vêm a mim floricultores,
querendo vendê-las. É simplesmente estranho e maravilhoso.
Em geral, quando se pretende realizar uma obra um pouco maior
ou um empreendimento custoso, dizem que se enfrentam
dissabores e dificuldades. Comigo, no entanto, nada disso
acontece. Como já mencionei, consigo, normalmente, tudo o que
quero ou necessito. O mesmo se dá com o dinheiro: não me
preocupo, pois amealho sempre o preciso. Sem falta ou excesso;
na medida exata. O primeiro passo foi dado em maio de 1944,
decorrendo apenas meros seis anos desde então. Nesse
intervalo, não obstante os transtornos ocasionados pela guerra,
as obras de Atami e Hakone progrediram de tal forma que não se
permite jamais imaginar terem sido feitas em espaço de tempo
tão curto. Assim, é até inevitável que a sociedade crie caso e
faça alarde em torno de mim. Todavia, como disse antes, uma
vez que tudo está sendo posto em prática exatamente de acordo
com as indicações de Deus, não há razão para tropeços nem
fracassos. Tudo corre perfeitamente.

Não posso deixar de descrever aqui outro milagre. Nesses


seis anos passados, não houve sequer, até hoje, um único morto
ou ferido, durante o deslocamento daquelas rochas imensas para
a sua distribuição nos jardins. Notem que as maiores atingem até
1,80 metro de diâmetro e chegam a pesar acima de 75
toneladas. Segundo o depoimento de profissionais no assunto,
na execução de obras de semelhante porte, é normal que haja
alguns mortos ou muitos feridos. Acrescentam sempre: "Em uma
obra como esta, é simplesmente inacreditável". Eles acabaram
por perceber que existe a atuação de uma força sobre-humana,
passando a acreditar na existência de Deus e a conscientizar-

41
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

me, ao que parece, da minha missão. Hoje todos abraçam a


nossa Fé.

Esta é a súmula do ocorrido desde o início até o dia de


hoje. Atualmente, excetuando-se o Museu de Belas-Artes, quase
todo o restante se encontra próximo da conclusão. Por
conseguinte, pretendo realizar a inauguração simultaneamente à
celebração do Culto de Outono. Essas cerimônias estender-se-
ão de 21 a 27 de novembro próximo, por uma semana,
consecutivamente pela ordem de associações. Na realidade, eu
queria concentrá-las em três dias. Entretanto, o espaço do Nikko-
Den é por demais exíguo para comportar todos os participantes,
mesmo com a instalação de um toldo provisório nos jardins.
Tornou-se inevitável, então, alongá-las por uma semana. Além
das cerimônias, haverá entretenimentos, durante os sete dias,
cuja programação prevê proporcionar aos presentes uma
atmosfera inteiramente paradisíaca, contando com a participação
de artistas de primeira categoria, os quais diariamente
encarregar-se-ão de espetáculos únicos. Como sempre afirmo, o
Paraíso Terrestre é o Mundo da Arte, não estando perfeito, caso,
além das belezas natural e artificial já mencionadas, não contar
com entretenimentos que deleitem os olhos e os ouvidos, como a
música e a dança.

Termino, então, o relato dos antecedentes da construção


do protótipo, ainda em pequena escala, do Paraíso Terrestre. Em
síntese, quero proclamar que o culto e as celebrações próximas,
como o passo inicial desta obra, constituem evento memorável e
de extrema importância.

Até a Conclusão do Paraíso Terrestre — 21 de setembro de 1950

Ademais, é lógico que eu estou executando tudo, a


começar do projeto de construção, passando pelas instalações
internas, a decoração e outros aspectos mais, conforme a
orientação divina. Por conseguinte, quando o museu ficar pronto,

42
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

apresentará efeitos diversos dos outros.

Assim, o Shinsen-Kyo ficará praticamente pronto. Na


alvorada da sua conclusão, a Obra Divina ingressará na etapa de
efetivo desenvolvimento. E não é só. A edificação do Paraíso de
Atami também passará para uma etapa de progresso vertiginoso.
Deus faz com que tudo se processe ordenadamente: esta é a
Verdade.

A respeito do jardim sagrado de Shinsenkyo — 19 de setembro


de 1951

Passarei a escrever, aqui, sobre o Museu de Artes de


Hakone, considerado atualmente o primeiro do Japão. Creio que
a leitura do presente texto nos induzirá à compreensão de que o
citado museu não se trata de obra realizada pelo engenho do
homem. É que ele ficou pronto por meio de uma completa
sucessão de milagres. Particularmente, no que diz respeito à sua
rapidez. Não haverá, em absoluto, neste vasto mundo, caso
algum de museu cuja construção tenha ocorrido a tal velocidade
e cujo vasto acervo de obras de primeira categoria tenha sido
reunido em tão curto espaço de tempo. Quem quer que o veja —
como é fato conhecido — expressa não elogios superficiais, mas,
sim, emite palavras de sincera admiração. Se isso não for obra
de Deus, o que será então? Embora eu ainda desconheça sobre
o exterior, no tangenteaos museus de arte espalhados pelo
território nacional, com exceção dos grandes museus globais e
das coleções particulares, foram todos formados pelos amantes
das artes provenientes dos zaibatsu e das classes abastadas, os
quais dispenderam neles toda uma vida.

Contudo, o nosso Museu de Arte de Hakone é um


prodígio. Ficou pronto em pouquíssimos anos, depois de traçado
o seu projeto, o que é fascinante, porque os fundos necessários
amealharam-se com as doações dos fiéis, e as obras de arte
acumularam-se aos poucos, após o final da guerra, ou foram

43
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

tomadas emprestadas; eu jamais as busquei com base no meu


pensamento. Em suma, foi tudo deixado inteiramente à livre
vontade de Deus, inclusive quanto ao gênero. Outrossim, aquilo
que eu queria foi comprado a um preço relativamente baixo, além
das obras doadas por fiéis, as quais, curiosamente, também,
tratavam-se do que era preciso. Desta maneira, arranjou-se
justamente a quantidade suficiente de objetos para serem
exibidos em um museu de artes. Por mais que se medite, tal
acontecimento não pode ser considerado obra humana. Tudo, do
princípio ao fim, correu perfeitamente, como se Deus me fizesse
agir de acordo com a Sua intenção. Foi cômodo para mim. Caso
não fosse obra divina, não haveria motivo para as coisas irem tão
bem assim.

No tocante aos planos para o corrente ano, como se


poderá verificar, são bastante distintos dos do ano passado.
Basta dizer que se ajuntaram tantas peças de arte antiga de
países estrangeiros — egípcias, gregas, persas, hindus e
chinesas —, que uma só sala não é suficiente para comportá-las.

Contudo, isso não significa que, desde o princípio, eu


tivesse esse propósito, mesmo em sonhos, de reunir peças
assim. Em primeiro lugar, eu não possuía conhecimento algum a
respeito da arte ocidental antiga, quando, logo no limiar do ano
novo, essas peças começaram a chegar uma atrás da outra.
Como, naturalmente, no Japão, não se conhece muito sobre tais
obras, foi possível coletá-las com facilidade, a preços módicos, o
que não apenas me proporcionou alegria, como também percebi,
conforme crescia minha compreensão acerca do assunto, que as
citadas obras são ricas em atrativos, algo que não permite pô-las
de lado. Novamente, não pude deixar de admirar-me com a
profundidade dos desígnios divinos. Ademais, como obra desse
gênero ainda não foi coletada por ninguém, inclusive pelos
grandes museus, o Museu de Artes de Hakone tomou a
vanguarda.

44
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

A seguir passarei a relatar acerca do prédio anexo, que


recentemente ficou pronto, e para o qual se programa, a partir do
dia primeiro de junho, uma mostra de xilogravuras ukiyo-e.
Também aqui há mistério. Explico: no outono do ano passado,
dirigi-me a Quioto para ver uma exposição das citadas gravuras
no seu Museu Municipal de Artes. Nessa oportunidade, eu, que
até então não tinha muito interesse por tal tipo de arte,
reconsiderei o seu valor. Felizmente, apresentaram-me ainda o
senhor Ichitaro Kondo, do Museu Nacional de Tóquio —
especialista no assunto e responsável por aquela exposição —,
de quem tive uma preleção variada, captando a síntese dessa
modalidade de arte. Posteriormente, tendo explicações de outro
entendido, adquiri certo grau de conhecimento e, ao mesmo
tempo, sem que eu pedisse, vieram facilmente ajuntar-se peças
raras e ótimas.

Sentindo ser esta a manifestação da vontade de Deus, a


de ordenar a realização de uma mostra de xilogravuras de ukiyo-
e, percebi ao mesmo tempo que eu deveria, portanto, edificar
logo um anexo, porque o edifício inicial era pequeno para o
propósito. Com a conclusão das obras, convenci-me da minha
percepção: o panorama, naquele lugar, ganhou maior vida com o
prédio anexo.

Como se pode concluir do relato acima, os desígnios


divinos, com sua profundidade e sutileza, em todos os pontos,
são imperscrutáveis, e, por isso, trago o meu íntimo sempre
pleno de comoção. Por mais que eu medite, sempre confirmo a
sapiência de Deus, admirando-me com a perfeição dos Seus
planos.

(O Museu idealizado por Deus - 06 de maio de 1953)

45
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

IV - KOOMYO-DAI, SEDE PRINCIPAL RELIGIOSA E


SHINSSEN-KYO, PROTÓTIPO DO PARAÍSO TERRESTRE

- Ação da "Força de Concordância Espírito Matéria", que une


o vertical e o horizontal -

Como podem perceber, o protótipo do Paraíso Terrestre


de Hakone esta praticamente concluído. Em especial, encontro-
me muito satisfeito pelo museu ter ficado conforme o planejado.
O significado da nossa Kyussei Kyo é a de construir o Paraíso
Terrestre, isto é, o seu primeiro protótipo. O Processo de
Programa Divino, ou seja, o Divino Programa de Deus, trata-se
de algo muito interessante. É exatamente como a semente de
uma fruta. Esta pode ser de ameixa ou de pêssego, e na verdade
a sua parte da polpa é como o mundo, e a semente, o seu
centro. Não posso esclarecer no momento, mas no centro da
semente há a origem da semente. Deste modo, as variedades de
acontecimentos no mundo é porque há transformações nessa
minúscula parte da semente. Como quando se joga uma pedra
no lago e esta provoca os círculos concêntricos. Assim, para
fazer deste mundo o Paraíso, deve-se transformar o minúsculo
centro extremo do centro. Essa transformação é a construção do
Paraíso. Serei eu o Deus que fará isso, portanto, sou eu o mais
diminuto centro do mundo. O centro é o poti. Assim,o círculo e o
tyon é a forma do universo, O círculo é o Universo, mas a parte
essencial é o tyon. Meu trabalho de salvação é o que citei
anteriormente. Sendo algo extremamente místico, se contar os
pormenores seria muito interessante, mas como ainda não é
chegada a hora, estou a aguardar o tempo certo. A obra de Deus
é, realmente, muito profunda.

(16 de junho de 1952)

Saibam que em tudo, mesmo numa pequena parcela


Da Obra por mim realizada,
Encerra-se a profunda Vontade de Deus

46
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

(Livro de Oração)

Nessa colina (Koomyo-dai) pretendo futuramente construir


a Sede Principal. A atual Terra Divina (Shinsen-Kyo) não é a
Sede Principal, mas sim uma representação do Paraiso
Terrestre. É um modelo. Tem sido utilizada como sendo a Sede
Principal e o Santuário da Luz do Sol (Nikko-Den) também tem
sido utilizado nesse sentido, mas, na realidade, a sua essência
seria o protótipo do Paraíso Terrestre. Quanto à colina a que me
refiro, denominarei "Koomyo-Dai".

(24 de março de 1952)

Tenho o plano de futuramente construir aqui (Koomyo-dai)


a Sede Principal. Será cerca de dez vezes maior que o Nikko-
den, com espaço suficiente para caber 10 mil cadeiras. O
Shinssen-kyo será considerado o protótipo do Paraíso Terrestre;
a terra que adquiri há pouco, como a Sede Principal Religiosa; e
o Nikko-den, utilizado como local de entretenimento artístico
diverso.

(15 de junho de 1951)

Segundo o kototama, o Ha da palavra Hakone significa


"abrir-se" e é "fogo", o “ko” "solidificar" e ne "fundamental".
Conseqüentemente, seria a "origem da massa de fogo". Hakone
é o elemento fogo e Atami, água, e os dois, o fogo e a água,
unem-se no Jyukkoku-toogue (Desfiladeiro Jyukkoku). Fala-se
que este nome, Jyukkoku-toogue, provém do fato de se poder
avistar os 10 antigos feudos desse local, mas na realidade
significa unir em cruz o vertical e o horizontal. Hakone é fresco no
verão, e Atami tem um inverno cálido. Ao passar pelo Jyukkoku-
toogue sente-se a diferença da temperatura. Deus, assim, os
preparou habilmente.

(13 de junho de 1949)

47
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

O topo das montanhas de Hakone


É o laço que une o leste e o oeste
Do país do Sol Nascente

(Livro de Orações)

E esse local em que se situa o Koomyo-Dai, o ponto médio


entre Leste e Oeste - localiza-se sobre a Colina de Hakone. Em
suma, Leste e Oeste representam o vertlcal e o horizontal. Leste
é o vertical e Oeste o horizontal. Leste é o fogo e Oeste é a água.
Assim, trata-se do ponto de intersecção da vertical com a
horizontal. E Hakone situa-se nesse ponto. Por lsso,
espiritualmente falando, significa que a Luz Divina surgiu no
Centro do Mundo.

(27 de março de 1952)

É o derradeiro instante em que está para se formar a cruz


que une o vertical e o horizontal. Este é também o momento do
início. O blazão do Kannon-kai é algo que existe deste a
Antigüidade, e este sinal de manji ( ), simboliza esse fato.
Unindo-se em cruz, as suas pontas estão quebradas; é essa
forma significando que, após a união, ela começa a girar. Esse
girar é o Programa Divino, no sentido sashin-utai (precedência do
espiritua] sobre o material), da esquerda para a direita. Com essa
união em cruz do Programa Divino ocorrerá algo extraordinário.
Aqui nasce a Força ilimitada, chamada de "Força de
Concordância Espírito Matéria". Dá-se a ela o nome de Força de
Kannon, ou de Luz do Oriente.

("Construção do Mundo da Grandiosa Luz" - 1º de janeiro de


1935)

Esta é a força gerada pelo cruzamento do horizontal com o


vertical. Em termos budistas, é o Poder Kannon ou Poder da
Inteligência Superior; em termos cristãos, é o Poder do Messias.

48
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Atualmente, esta força manifesta-se mais no sentido


espiritual, mas um dia atuará no sentido material. Nessa ocasião,
será alcançado o objetivo de Deus, nascendo a verdadeira
cultura, resultante do cruzamento da cultura espiritual do Oriente
e a cultura material do Ocidente. Esta é a Vontade Divina. Será,
portanto, executada a maior obra de salvação da humanidade
desde a criação do mundo.

(A Força Absoluta — 16 de janeiro de 1952)

Kannon une o vertical e o horizontal. Eu nasci neste


mundo com a finalidade de unir o vertical com o horizontal, pois,
até agora, esses se encontravam separados.

(13 de setembro de 1953)

Fala-se sobre a vinda de Messias, não? Pois o Messias


nasceu. Nao são apenas palavras, é realidade mesmo. Eu
próprio fiquei surpreso. E não se trata de renascer, mas de um
novo nascimento.

(...) E, no tocante a isso, ocorreram grandiosos milagres


que não podem ser apenas considerados simples milagres. Na
medida do possível, irei publicando os pontos que não causem
transtornos.

Este Messias tem a posição mais elevada na hierarquia do


mundo. No Ocidente, ele é considerado Rei dos Reis. Assim, a
minha vinda reveste-se da maior importância, pois, graças a ela,
a humanidade será salva.

(05 de junho de 1954)

Com a chegada do momento


Me manifestarei como Messias
Para a salvação de todos os seres viventes

49
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Ecoam mudas vozes de alegria


Pelo surgimento do Messias
Nos três Mundos: Divino, Espiritual e Material

Homens! Vindes a mim!


Abram os olhos
Que o Paraíso se aproxima

(Salmo do Culto da Vinda de Meishu-no-Mikami - 23 a 25 de


dezembro de 1993)

O Juízo Final significa a separação entre o dia e a noite.


Em primeiro lugar, o que não é necessário será guardado ou,
talvez, eliminado. Depois, gradativamenle vai-se construindo
coisas alegres. (...)

O Mundo Espiritual tornando-se claro, as pessoas


possuidoras de alma que não estejam em concordância com
essa luminosidade terão as suas máculas eliminadas, de modo a
poder corresponder com ela. Mesmo que se diga eliminar, não
significa que as máculas possam ser eliminadas
deliberadamente, mas irão sendo purificadas naturalmente. As
coisas sujas vão-se transformando em algo limpo. As pessoas de
almas impuras, no mesmo passo em que o Mundo Espiritual vai-
se clareando, sofrem a ação de limpeza. Este é o sofrimento. O
Princípio da Doença também se refere a este ponto. Com isso
consegue-se saber melhor o que é a doença.

(22 de maio de 1951)

Direi apenas um coisa. Finalmente a Obra Divina entrou no


seu verdadeiro estágio de ação. Deste modo, de agora em diante
surgirão inúmeros fatos estranhos, mas não fiquem aturdidos...

A qualificação de ministro será outorgada, escolhendo-se


as pessoas com base nos três seguintes itens: que possua maior

50
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

força de Johrei; que tenha salvado e encaminhado muitas


pessoas; que tenha dedicado consideravelmente no servir a
Deus.

(11 de dezembro de 1934)

Pelos fatos relatados, fica bem claro que Deus pretende


formar o protótipo do Paraíso como primeiro passo para a
construção do Paraíso Terrestre. Mas isso não é o bastante.
Cada homem deve tornar-se um ente celestial, e é chegado esse
momento. Naturalmente, seu lar será paradisíaco e todos os
componentes da família virão a ter uma vida celestial. Somente
assim poderão ser salvas as pessoas que sofrem no "inferno".

Daí a razão por que aconselho os fiéis a criarem uma vida


sem sofrimentos, que é a Vontade do Altíssimo. Enquanto o
homem não conseguir eliminar as três desgraças — doença,
pobreza e conflito — não poderá ser salvo. Isso era impossível
na Era das Trevas, mas hoje é possível. Terminou a época de
sofrimento a que se referiu Sakyamuni. Se os leitores
compreenderem o sentido dessa verdade, sentir-se-ão
dominados por uma alegria infinita, ainda desconhecida na
experiência da humanidade.

("Característica da Salvação pela Igreja Sekai Kyussei Kyo" - 05


de outubro de 1949)

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

53
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

54
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

DOCUMENTO DE APOIO AO CURSO ESPECIAL DE


SHINSSENKYO

PRIMEIRA PARTE

Por ocasião da significativa cerimônia do Paraíso


Terrestre, correspondente a este ano, a primeira que teve lugar
depois da Cerimônia do Advento de Meishu no Mikami, outorgou-
se a cada área a caligrafia "Kinmanji". Como é do conhecimento
de todos, esta caligrafia somente o Sr Shinjiro Okaniwa possuía,
porque Meishu-Sama a entregou somente a ele. Desde o início, o
Sr. Okaniwa, esteve a serviço de Meishu-Sama e foi um de seus
fiéis mais próximos.

Os documentos que aparecem aqui são os artigos


completos publicados pelo Sr. Okaniwa, entre setembro de 1952
a agosto de 1953. São os mesmos qua apareceram na série de
11 números da revista "Paraíso Terrestre".

Trata-se de testemunhos valiosos, nos quais estão


descritas, tais como são, as obras divinas realizadas por Meishu-
Sama durante a época de Oomori, e que vão desde o período
"Taisho" até o ano 10 da Era "Showa". Este é o período
imediatamente anterior à fundação da nossa instituição.

Com o advento de Meishu-Sama como Meishu-no-Mikami,


os artigos do Sr. Okaniwa apresentam um enorme significado
para nós, que veneramos Meishu-Sama e buscamos Sua
Natureza Divina. Por isso desejamos que os leiam com
determinação e exaustivamente.

Nota: Ao preparar esta edição, os editores agregaram os


subtítulos que precedem cada artigo.

55
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (1)

"Quando iniciei a escrever este artigo pensei em como


intitulá-lo. E o único que me ocorreu nesse momento foi: “A
perspicácia de Meishu-Sama”; assim, com o mais profundo
respeito, permito-me utilizar este titulo.

Existem histórias que datam, aproximadamente, de 1929,


quando Meishu-Sama começou a especializar-se em religião e
no tratamento de enfermidades; na época ainda vivia em Oomori.
Também se incluem os feitos que mostram a sua grande
perspicácia, se me pemitem dizer assim, com a qual demonstrou
seu poder mais relevante, inclusive ao período mencionado.
Assim tomei a decisão de escrever estes extraordinários
acontecimentos que ouvi como Seu servidor.

Tokyo se converterá num mar de fogo

Em maio de 1923, no mesmo ano em que aconteceu o


terremoto de Kanfo, Meishu-Sama, então presidente de uma
empresa de vendas, cuja loja estava localizada em Makimachi,
vendeu sua casa focalizada em Daikyo-cho, ao preço de 36.500
ienes (o vaior corrente naquela época era mais de 50.000 ienes)
e comprou outra casa em Oomori Hakkeien, para onde se mudou
imediatamente. Seus familiares, surpreendidos por esta mudança
inesperada, o recriminaram, dizendo: “Por que vendeu a casa por
um preço tão baixo?”. Meishu-Sama respondeu tranqüilamente:
“Ainda que reclamem, tarde ou cedo, todos virão para cá!” Diante
disso, os seus familiares ficaram assombrados e se retiraram
sem dizer nada. Entretanto, devido ao grande terremoto de
Kanto, que todos já ouviram falar, no dia primeiro de setembro
Tokyo ficou reduzida a cinzas, em um só dia, ocasionando uma
grande catástrofe que vitimou inúmeras pessoas. .A grande
cidade de Tokvo desapareceu: não havia casas aonde pudessem
alojar as pessoas e nenhuma comida para mitigar a fome; os
desabrigados foram obrigados a deixar a cidade somente com as

56
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

coisas salvas e foram para o interior em busca de familiares e


conhecidos.

Posto que Meishu-Sama conhecia de antemão a revelação


de Deus que dizia: “Tokyo se converterá num mar de fogo”,
tratou de não armazenar mercadorias em sua loja; somente
fabricava conforme os pedidos, o que lhe permitiu escapar de um
enorme prejuízo. No entanto, todos os seus familiares que se
opuseram a ele perderam suas casas no incêndio; chegaram à
casa de Oomori somente com a roupa do corpo e carregando as
mercadorias que conseguiram salvar do fogo. Cabisbaixos,
disseram: “Afinal ocorreu o que tu falastes.” E quando Deus
revelou a Meishu-Sama que Tokyo iria se tornar um mar de fogo,
em maio desse ano, ele efetuou preparativos, como a compra de
mantimentos, entre outras coisas, que diminuíram suas agruras.
Posto que Meishu-Sama tinha recebido a revelação de Deus,
preocupou-se com os habitantes em geral, porém não pôde
informá-los devidamente, pois naquela época havia repreensão
exercida pelos militares e burocratas de então. Ademais, supôs
que não conseguiria fazê-Ios acreditar, pois eles não acreditavam
em Deus. Lamentou muito por não ter uma maneira de salvar
aquela gente.

Quando penso no grande beneficio e salvação de


inúmeros mortos e feridos se a metade da população de Tokyo
acreditasse e levasse a sério a revelação, fico muito triste. O que
haveria acontecido se Meishu-Sama tivesse anunciado a
catástrofe? Com certeza seria preso e severamente punido pelas
autoridades que eram violentas. Ao pensar nos japoneses que
não conhecem Deus, mas que falam do Japão como um país
divino, quase por costume, fico triste pelos problemas que virão.

O benfeitor que descobriu Meishu-Sama

No periodo anterior a estes acontecimentos, ou seja,


apartir de 1914 aproximadamente, Meishu-Sama começou a

57
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

receber revelações de Deus, às quais tomava notas e casos em


que passava oralmente à sua esposa e esta as anotava. Naquela
época já havia chegado a uma posição que o permitia conhecer
acontecimentos sucedidos há 500 mil anos, assim como prever
acontecimentos futuros, inclusive sobre a própria Natureza
Divina. Entretanto, pareceu-lhe muito estranho, e todas as vezes
que lia seus escritos os contemplava ou os guardava duvidando,
ele mesmo, de sua missão. Devido a tantas dúvidas, chegou a
jogar os escritos debaixo do assoalho de sua casa. Mas logo
depois tornou a apanhá-los e perguntou-se: “Será ou não será?”
e tornou a jogá-los. Por isso, me contou, denominou-os de “Será
ou não será?”. Neste ínterim, veio a ler o anúncio da religião
Oomoto que lhe despertou o interesse, pois se tratava de algo
semelhante a seu Deus. Após assistir a uma conferência, o seu
interesse aumentou ainda mais e foi a Ayabe, conseguindo uma
entrevista com o Mestre Onisaburo Deguchi.

Ao ver Meishu-Sama, o Mestre Deguchi, um personagem


com natureza espiritual de primeira ordem, descobriu de imediato
que Meishu-Sama era uma pessoa de grande Natureza Divina e
lhe disse: “Senhor Okada, se você colocar água em um vaso e
disser para tomá-la porque é um remédio, a água tornar-se-á
remédio.”

Então, repentinamente, Meishu-Sama se deu conta disso


e foi quando teve certeza. Assim, ao escutar as palavras de
Meishu-Sama: “O Mestre Deguchi é o benfeitor que me
descobriu”, penso que Meishu-Sama tinha razão. O Mestre
Deguchi, devido à sua posição, não desejou participar do projeto
de Meishu-Sama e passou a última etapa de sua vida de maneira
lastimosa, não havendo nada que pudesse ajudá-lo. Em 1935,
finalmente surgiu uma reprensão contra ele e caiu em desgraça,
arruinando-se. Assim, em 1947 o Mestre Deguchi faleceu em
completa solidão. Já antes havia ouvido que o Mestre Deguchi
era uma pessoa que constituía os modelos dos países e pessoas

58
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

importantes do mundo e me convenci que ele era um modelo de


xxx.

Predição de Meishu-Sama

Ja que Meíshu-Sama é o mensageiro designado por Deus


para realizar as predições de Shakyamuni e de Cristo neste
mundo, a concretização do Paraíso Terrestre é definitiva e é
somente questão de tempo. Em maio de 1930, meu irmão
Michiaki adoeceu de pleura; era a terceira vez que adoecia, e o
médico me alertou da gravidade. Por esse motivo, fui à casa de
Meishu-Sama, que vivia em Oomori, para pedir-lhe ajuda. Há um
ditado que diz: “Os desesperados se agastam em cravos
ardentes”. Aquela vez, em primeiro lugar, ele leu a Amatsu Norito
para acalmar a alma e logo deu o tratamento ao meu irmão. Na
manhã do segundo dia encontrei-me com Meishu-Sama que,
olhando-me, disse: “Senhor Okaniwa, logo você se encarregará
deste local (a Clínica de Oomori)”. Entetanto, como isto foi na
manhã do dia seguinte que o conheci e ainda tinha dúvidas,
distraidamente respondi: “Ah, sim?” sem saber o que fazer, e foi
uma descortesia. Meishu-Sama , dizendo: “Vamos iniciar”,
acalmou a alma do meu irmão Michiaki e disse a seguir: “Com
isto já te curaste.” Eu, surpreso, levei o meu irmão ao quarto e
lhe perguntei como se sentia, então ele respondeu: “Já não tenho
nada. Estou tão grato que desejo que me contrate para que me
encarregue da limpeza.” Logo solicitei a Meishu-Sama. Já com a
permissão de Meishu-Sama, a partir do dia seguinte o meu irmão
começou a dedicar. Desde então jamais ficou doente em seus 48
anos e está trabalhando na mina de Minakami. Agora, quanto a
mim, entretanto, visitava a casa à noite para escutar suas
experiências, enquanto o meu irmão fazia sua dedicação. Em 22
de janeiro de 1932 tive a honra de efetivar a minha dedicação
exclusivamente a Deus em sua casa, como havia previsto
Meishu-Sama; pouco mais de um ano e oito meses de receber
suas palavras, que se confirmaram de verdade. As palavras que
saem da boca de Meishu-Sama sempre se cumprem.

59
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

("O Paraíso Terrestre"' nº 40 - 25 de setembro de 1952)

A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (2)

Na reunião de poemas de humor

Enquanto visitava a casa de Meishu-Sama, em 22 de


janeiro de 1932, perdi a minha casa e comecei a dedicar
exclusivamente a Deus, como tinha sido previsto por Meishu-
Sama. Desde que havia recebido esta predição, haviam
transcorridos um ano e oito meses, durante os quais, quase
todas as noites, havia ido ouvir suas experiências. Então
sucedeu algo surpreendente.

Em agosto de 1930 anunciou que a partir do mês seguinte


iria formar um grupo chamado Tenjin: nele se apresentariam
poemas de humor que enviássemos; assim que propôs o tema.
Apesar disto, decidi não mandar poemas na primeira vez e sim
ouvir os de outros, pois não sabia como compor. Em 10 de
setembro. quando os apresentou, foram tão graciosos que
Meishu-Sama chorou de tanto rir; e, também, nós, os membros,
rimos muito.

Estimulado por isso, eu comecei a enviar os poemas, um


após outro, a partir da segunda reunião. Ademais, me deram o
nome artístico de Chimpo (Tesouro curioso) e com o primeiro
poema que enviei me presentearam um certificado como prêmio.
Pela alegria que sentia, levei à reunião o dono de um comércio
chamado lzumiya, que era nosso vizinho. Neste dia, também, a
reunião esteve muito alegre. Ao terminar a leitura, pedi ao dono
do comércio lzumiya que fosse primeiro, pois fiquei ouvindo as
experiências até meia-noite. Enquanto ouvia sua experiência,
Meishu-Sama me disse, de repente, como se houvesse
recordado algo: “Ah, Sr, Okaniwa, o Sr. lzumiya não esté bem de
saúde.” Estas palavras me assustaram, porque o comerciante se
sentia saudável e forte nesse momento. A dizer a verdade, eu

60
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

estava duvidando de que um homem tão saudável estivesse mal.


Não obstante, depois de alguns meses, numa manhã, o
primogênito daquele comerciante, o Sr. Kiichiro, entrou
preciptadamente à minha casa e disse: “Senhor, senhor, teu pai
é muito teimoso e se nega ir ao médico apesar de estar resfriado
e sem voz. Aconselhe-o, pois eu não sei o que fazer.” Por sorte,
meu irmão havia chegado e disse: “Bem, eu o levo ao médico”, e
o acompanhou ao consultório do Dr. Honda, que era em Guinza.

Segundo o diagnóstico médico, estava com câncer na


laringe e necessitava de imediata cirurgia, de tal forma que ele
abriu um buraco na parte inferior da laringe, por onde poderia
respirar. Ele emagreceu muito devido à agonia e dor; seu rosto
se converteu em algo parecido à cabeça de uma galinha e
finalmente veio a falecer. A sua loja vendia frutas, verduras
ocidentais para a cozinha européia e aves; e como afogava as
aves, ele foi atacado por uma enfermidade da laringe; pelo
acontecido se viu claramente que até o seu rosto ficou parecido
com o de uma ave.

Através de sua perspicácia, Meishu-Sama exemplificou


uma pessoa que não era membro e que somente estivera
presente uma vez na reunião de poemas; sem dúvida, previu a
sua morte. Apesar de tudo, devido à minha ignorância, não pude
ajudá-lo, e sinto que não tenho nenhuma desculpa justificável.
Um dia antes de sua morte, um pouco depois das onze e meia, o
Sr. Kiichiro veio correndo, outra vez, e disse tristemente: “Senhor,
senho, já não há esperança; mas como todos os parentes moram
longe, não teremos tempo de avisá-los, mesmo através de
telegrama. Não sei o que fazer”. Então, de repente me ocorreu
algo: eu pediria à Deusa Kannon para prolongar sua vida; assim,
subi imediatamente ao primeiro piso para fazer tal pedido.
Quando terminei de orar e desci, o relógio estava a marcar doze
horas. Então declarei aos empregados da loja: “A vida do vizinho
está assegurada ate as doze horas do dia de amanhã. Mas
amanhã, quando o relógio marcar doze horas, teremos que dar

61
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

graças à Deusa Kannon, assim todos estarão preparados.”


Pouco depois, o Sr. Kiichiro apareceu outra vez: perguntei-lhe
como estava o seu pai. Respondeu-me que estava melhor. Então
lhe disse: “Não te preocupes; pedi à Deusa Kannon para
prolongar a sua vida até ao meio-dia de amanhã.” Ele se retirou
com uma cara estranha. Enfim, a Deusa ouviu a minha prece. No
dia seguinte, quando o relógio marcou doze do meio dia, subi ao
primeiro piso para expressar minha gratidão. Quando desci, o Sr.
Kiichiiro entrou precipitadamente, dizendo: “Senhor, senhor! Já
não aguentará mais!”...

Quando cheguei à sua casa, a alma já havia deixado o


corpo do Sr. Kamejiro Katayama, para sempre; havia partido para
outro mundo. No entanto, seu rosto continuava parecendo como
o de uma galinha. Como afogava as galinhas para matá-las e
vendê-las, morreu com o rosto de galinha, atacado de
enfermidade na garganta pelo espírito das aves. Ao escrever isto,
as pessoas dependentes da cultura moderna talvez rissem; mas,
em primeiro lugar, evidencia a perspicácia de Meishu-Sama que
anunciou a morte do Sr. Katayama, com alguns meses de
antecedência, sem que a medicina pudesse imitá-lo.

Ainda que digam que a ciência é onipotente, é mais


inexplicável a teoria dos estudiosos modernos que não
conhecem a verdade do Universo. Antes de mais nada, quem
produz o ar que não pode faltar a vocês, nem por um minuto ou
sequer por um segundo? Os seres humanos respiram o ar
absorvendo o oxigênio e liberando o gás carbônico. Este gás
carbônico é aspirado pelas plantas. Até aqui está claro, mas de
onde se gera o ar que nunca se acaba?

Também, no ar existem muitos micróbios que a gente, hoje


em dia, teme muito. A nós, que não temos medo deles, não
passa nada, e os homens cultos que os temem se adoentam.
Ademais, os que antes falavam do país divino, o Japão, país de
Deus, de repente se calaram quando o país perdeu a guerra e,

62
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

ao contrário, afirmaram que não existia Deus, o que é


verdadeiramente um ato ridículo.

Por outro lado, o avião fabricado por meio da ciência, a


qual reúne os conhecimentos mais modernos, desapareceu
fugazmente nas fraldas do Monte Minara, em um só dia. Olhem o
movimento do Universo. Desde dezenas de milhares de anos,
sempre tem havido o mesmo movimento, sem ter nenhuma
pequena diferença tanto nos dias de grandes tormentas e de
ventos contrários, como nos dias de ventos favoráveis e de céu
limpo. Como poderia explicar isto somente com a teoria da
gravidade? Imagino-me que Deus, quem criou o mundo, esteja
rindo com amargura.

A grande perspicácia e o Joorei

Enquanto Meishu-Sama se dedicava ao seu negócio,


sucederam a crise financeira de 1920 e o grande terremoto de
Kanto; devido a estes dois acontecimentos, decidiu deixar o
negócio e dedicar-se exclusivamente à Obra Divina. Desde então
foi reduzindo gradualmente as atividades do comércio e
finalmente deixou-o para os seus empregados. Assim, a partir de
1928, começou a dedicar-se exclusivamente à Obra de Deus.
Isto aconteceu porque precisamente nesse momento chegou a
hora e reconheceu que se tratava de uma revelação divina. Ainda
que Meishu-Sama fosse livre de fazer qualquer coisa, se absteve
de fazer algo que pudesse contrariar a ordem Divina. Como
exemplo, um dia de 1932, aborrecido com a chuva,saiu e repetiu
duas vezes: “Quero que pare a chuva, que pare a chuva!” Disse-
o em voz baixa; então cessou a chuva. Fiquei surpreso com esse
poder divino tão inacreditável. Entretanto, mais tarde perguntei-
lhe: “Por que às vezes não pára a chuva, apesar de você ter
tanto poder?”. Ele respondeu: “Tanto a chuva como a tormenta e
o furacão dependem da vontade de Deus, e detê-los atenta
contra a Sua vontade; por isso não o faço.” Senti um grande
respeito por suas palavras. Naquele tempo houve ocasiões em

63
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

que curava enfermidades por meio de kototama (espírito das


palavras); era um poder divino realmente maravilhoso. Por
exemplo, no caso de qualquer dor de cabeça, ou de estômago,
ou por muito que esteja sofrendo o paciente, assoprava duas
vezes, dizendo: “Acabe com a dor de cabeça ou de estômago de
fulano”, e terminava com a dor imediatamente, de tal maneira
que era realmente simples. Um dia chegou o Sr. Yoshihide Takei,
que dava tratamento em Omiya, e Meishu-Sama lhe disse:
“Senhor Takei, somente uma vez lhe permitirei dar tratamento
pelo Kototama, por isso fique atento!”. Assim, lhe deu permissão.
Precisamente nesse momento chegou o dono de uma vinhateria
(comércio de vinhos), o Sr. Yuzo Hida, com uma forte dor de
estômago.

Assim que o Sr Takei lhe ordenou amenamente: “Senhor


Hida, vieste aqui. Agora vou curá-Io.” Sussurrou duas vezes,
dizendo: “Acabe a dor de estômago de Yuzo Hida!” Quando
perguntou-lhe como se sentia, já que a dor havia sumido,
imediatamente ele exclamou: “Ah! Inclusive tu podes curar-me?
Então deixarei a vinhateria.” Foi assim que ele deixou a
vinhateria e se fez discípulo. Posteriormente chegou a ser
assistente de Meishu-Sama, em Kojimachi. Dado ao caso de que
Meishu-Sama dissera por sua própria boca: “Permito kototama
somente uma vez”, isto poderia ser feito com pessoas comuns;
por ele poderia imaginar a grandiosa natureza divina de Meishu-
Sama e o seu enorme poder, que é um poder divino realmente
venerável.

O Paraíso Terrestre nº41 - 25 de outubro de 1952

A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (3)

O milagre de OTESHIRO

Como foi mencionado no número anterior, Meishu-Sama


começou a dar tratamento através do kototama. Embora falasse

64
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

simplesmente o seu kototama, “Suma-te, dor” ela de imediato


sumia; mas o que ele desejava, principalmente, era a eliminação
das toxinas. Por isso deixou o tratamento através de kototama, e
voltou novamente ao tratamento normal. Naquele tempo Meishu-
Sama não tinha o amuleto que teve depois. Então, em um leque
OTESHIRO, que era substituto da mão de Meishu-Sama,
escreveu: “Leque que purifica todo o espírito e a matéria do
Universo” e afixou o dorso com um papel japonês fino, colocando
o seu nome artístico Kigetsu (Lua resplandescente), escrito em
letras grandes. Eu o recebi com gratidão diretamente das mãos
de Meishu-Sama, em 11 de outubro de 1930. Fiz uma bolsa
bordada com fios-dourados e o guardei colocando-a junto ao
peito. Assim, me foi concedida a permissão de tratar os
enfermos. Normalmente, nós, os discípulos, não dávamos
tratamento, mas com este OTESHERO se curavam muito bem os
enfermos. Em 15 de junho de 1931, Meishu-Sama,
acompanhado de sua esposa e numerosos fiéis, partiu para o
Templo Nihon-ji, localizado-em Boshu, para receber Amaterassu
Oomikami.

Nessa manhã, levantei-me às quatro horas e, enquanto


fazia a limpeza, vi um fenômeno estranho: tudo-estava nublado;
mas havia uma linha reta de, aproximadamente, vinte e quatro
centímetros de largura, que dividia o espaço em dois, e por aí
aparecia o azul do céu. Como pensei que fosse um fato divino,
contei a Meishu-Sama, logo que ele regressou naquela noite. Ele
me respondeu: “Você não foi conosco, mas Deus considera
como tivesse ido. Por isso teve a visão dessa maravilha.” Ao
ouvir suas palavaras, me dei conta, impressionado pela
profundidade do amor de Deus. Esse dia me ensinou que o fato
da França ter ser rendido era um resultado de afinidade
espiritual. Naquela época, a sobrinha de meu irmão de Ginza,
Mihoko Ooki, estava enferma do pulmão e começou a tossir
escarros de sangue. Assim, pedi a Meishu-Sama que a curasse e
logo ela melhorou. Por isso, ela também se tornou membro. No
dia 1° de janeiro de 1932, meu irmão de Ginza, ao ver a sua

65
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

sobrinha com uma medalha presa em seu peito, perguntou-lhe o


que era. Eu respondi que era a imagem da Deusa Kannon.
Então, com violência, arrancou a medalha e jogou num braseiro,
dizendo: “Como consegues usar esta porcaria?”

Após isto, iniciou a lançar impropérios e calúnias contra a


Associação, dizendo coisas realmente desrespeitosas e lançando
pragas a Meishu-Sama até ir embora, mais tarde.No entanto, na
manhã de 02 de janeiro, seu filho primogênito, que repousava em
Kamakura devido à enfermidade de pulmão, sentiu-se muito mal,
repentinamente, e veio a falecer. Os empregados que conheciam
o caso, porém que não tinham fé, ficaram inquietos e diziam: “Foi
um castigo da Deusa Kannon.” Após este acontecimento, cada
vez que o meu irmão falava da Deusa Kannon ou de Meishu-
Sama, imediatamente sofria de um castigo. Apesar de tudo isto,
o meu irmão, como era anti-religioso, não se regenerou.

Ademais, Meishu-Sama abriu o caminho para um futuro


triunfal a partir de um protótipo pequeno. Ainda que o protótipo
fosse sumamente pequeno, o triunfo que se alcançaria
posteriormente seria muito grande. O esforço com que se
dedicou para salvar a humanidade foi verdadeiramente
memorável.

Vencer com um por cento de força

Em certa ocasião chegou, da região de Tohoku, um


enfermo grave, possuído por um espirito. Era um homem feroz
que numa só noite era capaz de comer uma caixa de maçãs ou
de pêras. Chamava-se Misawa. Quando Meishu-Sama nos
contou que tal homem estava possuído de espírito de aranha,
todos o chamavam de aranha, na sua ausência. Esta aranha se
comunicava com as nuvens e não deixava passar a luz, de modo
que, na realidade, ele molestava a todos. O fato é que muitos
homens como ele se aproximaram de Meishu-Sama, a fim de
atrapalhá-lo, como enviados peio diabo e impedir a dedicação a

66
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Deus. Assim, isto não foi fácil para Meishu-Sama, que se


empenhava na dedicação a Deus, dia e noite. Por muito que ele,
o diabo, atrapalhasse, no final Meishu-Sama vencia. E dizia: “O
diabo tem noventa e nove por cento de forças e Deus um por
cento, mas Deus pode vencê-lo com este um por cento.” Assim,
por mais que se esforce, o diabo, como de costume, sempre
perde e se retira. Em 30 de agosto de 1932, Meishu-Sama se
dignou a contar somente a mim sobre a afinidade espiritual,
sobre os assuntos de Deus, assim como sobre as coisas
importantes da dedicação a Deus.

Ademais, permitiu-me ver o seu valioso diário, do qual


anotei quase tudo do que recordo; assim, permito-me a escrever
o resumo.

Possuído por Deus Supremo

A partir de 1927, Deus iniciou a expor formalmente Sua


vontade, tanto de forma oral como por escrito, através de
Meishu-Sama. Também se deu conta da importância da
dedicação a Deus, a partir de 4 de fevereiro de 1927, ou seja, na
véspera do primeiro dia da primavera, cedeu a sua loja aos
empregados para dedicar-se à religião. Nesse ínterim realizava
sua dedicação a Deus, visitava a loja em tempo livre e dava
instruções pessoalmente. A atenção com que atendia
amavelmente os assuntos da loja que já não era sua é realmente
memorável.

A inevitável criação do Paraíso Terrestre, pleno de Verdade,


Bem e Belo

Meishu-Sama decidiu escrever um diário a partir de 1927.


Desde então, todas as noites ele escrevia, sem falta; sua
disciplina era realmente admirável. Nós, que não somos
disciplinados, não temos excusas. Eu tive a honra de ver o seu
antigo diário e estou tão grato que as lágrimas me escorrem dos

67
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

olhos, de tanta emoção. No diário se consignavam aspectos


diários da vida de Meishu-Sama, precisamente quando Deus
começou a atuar junto a ele e que iniciou a anotar as
mensagens. Não há dúvidas que o Deus que atuou nele foi o
supremo Deus.

A razão de Meishu-Sama comparar-se a uma flor de


ameixeira é que a Deusa Kannon, que está no Monte Fuji, se
chama Ani no Hana no Hime no Mikoto e é uma invocação
feminina. Ani no Hana se refere à primeira flor da ameixeira que
abre suas pétalas, na primavera. Esta deusa é venerada no
templo xintoísta de Asama, ao pé do Monte Fuji, e chama-se
Kono Hana Sakuya Hime no Mikoto. Kono Hana é flor de
cerejeira e no Mundo Espiritual foi estabelecido que a flor de
ameixeira se compara ao Japão e a flor de cerejeira aos países
estrangeiros. Por outra parte, o Monte Fuji é considerado uma
montanha espiritual, desde os tempos remotos, e pode-se
chamar de Corpo Divino da Deusa Kannon, pois é uma
montanha sagrada. A história todavia continua. “Não e tão difícil
criar o Paraíso Terrestre. Se relacionar o Bem e o Mal, o Mal
sempre perderá e se retirará, ficando, assim, o melhor! Por fim
chegará o momento em que se eliminará do mundo a maldade,
cuja existência se tem permitido até hoje; mesmo que, ainda
hoje, homens malvados se tenham prosperado neste mundo,
Deus não permitirá a continuidade. Portanto, se se faz algo
errado, daqui em diante, será detectado imediatamente e será
castigado. É assim que o homem se dará conta de que não se
permitirá o errado". Para isto, a Deusa Kannon criará o mundo de
Dai Koomvo (Grande Luz Divina) e indicará o Japão como ponto
de origem, conforme o desejo de Deus Supremo. Isto significa
que será criado um Paraíso tal que seria impossível de imaginar
e no qual coexistiriam o Bem e o Mal, pois nesse Paraíso
estariam ambos em recíproca relação. Diante disto ficará claro o
fato de que até hoje, efetivamente, foram necessários o Bem e o
Mal. Também o tempo é algo temível, pois na época mudou de
nome; agora se chama Era Showa. Segundo Meishu-Sama, os

68
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

ideogramas com que se escreve Showa têm aquele significado.


Ao tomar em consideração os antes citados, recebi agradecido
os seus Ensinamentos que asseguram a criação do Mundo de
Dai Koomvo (Grande Luz Divina), o Paraíso Terrestre da
Verdade, do Bem e do Belo.

(O "Paraíso Terrestre" nº 42 -25 de novembro de 1952)

A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (4)

Previu os atentados à bomba do Partido Comunista

Na noite de 20 de abril de 1932 houve uma aula especial


de Meishu-Sama, na qual ele expressou: “O Partido Comunista
atuará com explosões, em diferentes locais." Sem demora, no dia
29 de abril, descobriu-se o plano do Partido Comunista, que
propunha a destruição de templos, entre outras coisas. Em
Shangai, a sala onde se realizava a cerimônia de aniversário do
Imperador foi atacada com uma bomba e ocasionou uma grande
catástrofe; como conseqüência, saíram machucados alguns altos
funcionários do nosso pais e finalmente faleceu o chefe do grupo
dos residentes.

Será reprovado se estiver distraído

No dia 18 de agosto de 1932, quando regressava à casa


de Oomori, depois de cumprir uma missão, apanhei um bonde
municipal de Tokvo para descer em Shio-machi; por distração,
acabei passando do ponto e fui até a estação de Okido. Sem
problemas, desci ali com um pressentimento de que se tratava de
uma dedicação a Deus. Enquanto caminhava, fui olhando as
vitrines das lojas e encontrei uma Deusa Kannon antiga, de boa
qualidade. Pensei: “Deus me fez passar aqui.” Comprei-a e fui
para casa. Quando encontrei com Meishu-Sama, contei o
ocorrido, e ele me disse que essa imagem pertencia ao período
Kamakura e que era a Deusa Kannon do Plano Divino, destinada

69
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

a proteger o ambiente, tanto de Choman, como de Chokan.


Enquanío o ouvia, prestei atenção com respeito. Disse-me,
também: “O fato de passar da estação e chegar de Okido
efetivamente se trata de prestar um serviço a Deus. Se vai à
casa distraído, numa ocasião como essa, não poderá efetuar sua
dedicação a Deus e será reprovado.” Neste momento estava
presente o pintor Makoto Watanabe, especialista em arte budista.
Ele elogiou a obra, dizendo: “É uma obra muito antiga.”

O "rolo pendente" da princesa OTOHIME

No dia 26 de agosto, Meishu-Sama colocou um "rolo


pendente" da princesa OTOHIME junto a uma imagem de Deus.
Ambos foram postos no Tokonoma do anexo da Clínica Oomori.
Depois da solenidade, todos os fiéis receberam o tema “plantas
outonais” para ser composto num determinado tempo. Meishu-
Sama selecionou rapidamente alguns poemas e logo os
apresentou. Também leu os poemas cômicos do grupo Shova.
Nós rimos muito pelo excelente tom humorístico. A reunião
terminou em gargalhadas.

Logo choverá dinheiro

Em outro dia, Meishu-Sama anunciou, por fim, que a partir


do mês seguinte iria atender aos enfermos no anexo da clínica
(naquele tempo a casa de Oomori tinha como sede o pavimento
térreo, e a sala anexa era o anexo da clínica); mais tarde, na
noite do dia 30, explicou-me o que significava isto. Em sua aula,
me contou que havia se adiantado muito o momento. Naquele
tempo não recebia muito dinheiro, já que o tratamento não se
efetuava abertamente entre todos os fiéis; mas chegamos à
conclusão de que era desrespeitoso pedir-lhe que atendesse
gratuitamente; assim, decidimos gratificar-lhe com 50 sens
(décima fração de um yen, utilizada nos tempos de Meishu-
Sama), por cada tratamento.

70
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Naquele tempo Meishu-Sama me disse: “Senhor Okaniwa,


agora vivo pobre, porém logo choverá dinheiro.” Suas palavras
se cumpriram, finalmente.

Mudou seu nome artístico para "AKEGARASU AHO” (corvo


madrugador)

A partir de 16 de julho de 1933, Meishu-Sama, que


utilizava o nome artístico de Asanebo aho (dorminhoco) para
suas atividades artísticas, decidiu mudar o seu pseudônimo para
Akegarasu aho (Corvo madrugador). Significava que estava
próxima a aurora em que corvo madrugador grasnaria. Desde
então, Meishu-Sama esforçou-se para corrigir gradualmente o
seu hábito de levantar-se tarde. Desta maneira, Meishu-Sama
mudava o seu nome artístico conforme a ocasião. Naquela época
utilizava, também, o nome artístico de Kigetsu (Lua
resplandescente) para assinar obras de caligrafia e literatura; isto
me estranhou muito, pois Meishu-Sama odiava os militares, as
guerras e as vinganças, e utilizou um ideograma composto de
duas partes que significavam Japão e Militar. Um dia me explicou
o significado deste apelido: “O caracter Ki, de Kigetsu, é militar
japonês, ou seja, agora sou um militar japonês. Ni, de Nipon, é
Deus; assim, também, se converte em militar divino. Como eu
tenho que lutar contra o Diabo, me converti em Kigetsu. Ademais,
ja que Ki significa resplandescente e é Sol, Kigetsu significa
Izunome no Mikoto (o Sol e a Lua).” Assim, foi como me explicou
e fiquei impressionado. Sendo tão ignorante como qualquer
homem vulgar, me senti triste por ter esse tipo de dúvidas. Existe
um Ensinamento que diz: A diferença entre Deus e o ser humano
é que um é Criador e outro é criado, mas é diticil a
superficialidade humana entender esta expressão tão profunda e
sutil. Meishu-Sama deixou de utilizar o dito nome artístico desde
que se retirou na religião Oomoto. Naquele tempo, época em que
haviam divulgações de calúnias e maldições, por todos os lados,
promovidas pelo demônio, foi criada com a finalidade de polir as
nossas almas, o grupo Showa, que impulsionava muito a

71
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

composição de poemas de humor. Desse modo, tanto Meishu-


Sama como nós iríamos desafogar os ressentimentos reprimidos,
graças ao riso que os poemas causavam. Aquela noite (16 de
julho), no conjunto de poemas da 17ª reunião mensal de Showa,
Meishu-Sama, na qualidade de juiz, usou o novo pseudônimo de
Akegarasu aho (Corvo madrugador), ao invés de Asanebo aho
(dorminhoco). No prefácio pôs o seguinte poema: Shojo Nippon
Iyoiyo Iwato mo Akegarasu (No Japão virginal, afinal aparece o
corvo madrugador à entrada da caverna). E com outros dois
temas, Zama miro (Disse-te) e Okini osewa sama (Não é assunto
teu!), Meishu-Sama agregou outro poema: Zama miro to ittaino o
kusogaman shiteiru watashi de wa aru (não aguento o enorme
desejo de dizer: Te disse!) Imagino-me que com estes poemas
vocês poderão observar bem o tanto que suportava os insultos
vindos de todas as partes.Também havia outo poema: Zama mira
to iwanai uchi ni garakutadomo minna tanizoko e goro goro goro
(Antes que diga, digo eu! Toda a porcaria da gente cairá rodando
ao fundo do vale). Logo, na edição final, pôs o seguinte, como
uma menção especial: “Ao homem sincero chamam-no de
Demônio, ao tipo astuto, dizem: Eu te disse! Vão ver; pronto o
céu se despejará e se revelará todo. Então, cairão surpreendidos
por seu grande equívoco e se pararão sobre as mãos e se
extenuarão.

Ainda que venham a desculpar-se, tontos, não poderá


perdoá-los a essas alturas, já que tudo se origina da própria
culpa e que nâo haverá remédios para curar. Não podem estar
dizendo: não é assunto teu Todavia, estão a tempo de
arrepender-se. Deverão ter o máximo de cuidado.” Desta
maneira, desafogou o seu rancor secreto dessas pessoas que o
molestavam, naquela época, e ao mesmo tempo nos deu uma
lição a nós,os fiéis. Deste modo, na noite do dia 16 de cada mês,
quando se celebrava a reunião do grupo Showa, Meishu-Sama e
todos os membros desafogávamos nossos ressentimentos. Por
outra parte, incitado pelo excelente humor de Umata, se fez
ainda mais alegre, pelo qual nós nos desafogamos em risos e

72
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

passamos tão bem que sequer demos conta de que a noite


estava tão avançada. Às pessoas cujas obras foram
selecionadas, Meishu-Sama presenteou com Shikishi (tiras de
papel quadradas) e tanzaku (tira de papel forte = papelão), com
sua própria caligrafia. Regressamos à casa à meia-noite,
gozando ainda das emoções daquele encontro e rememorando
os poemas.

Nós acreditávamos na Natureza Divina de Meishu-Sama e


tínhamos tanta certeza de que iríamos conseguir uma vitória
decisiva sobre as injúrias e mentiras, assim como na intervenção
insaciável e fastidiosa das autoridades; a maneira de eliminarmos
as irritações diárias eram os poemas cômicos do grupo Showa, o
qual se tornou uma agradável e boa recordação.

Às vezes os poemas de humor mexiam com Meishu-


Sama, porém ele os aceitava sem discriminar os autores.
Obviamente que entre nós, os crentes, havia suficiente confiança
a ponto de apresentar poemas que faziam criticas dos nossos
assuntos privados. Isto era característica da reunião e assim
desafogávamos dos problemas causados pelas pessoas de fora.
Portanto, não havia algo tão divertido como isto; mas por outro
lado, mesmo que fosse criticado, podia-se rir e, em meio às
gargalhadas, refletir muito para aprender. Assim, era um evento
magnifico e digno de agradecimento. Só de recordá-lo me dá
vontade de rir.

Renascer mediante o Joorei de Meishu-Sama

Creio que foi naquela época. Ainda que tivesse


conseguido anotar, não poderia encontrá-lo. Sinto muito que este
fato desapareça, mas, com sua permissão, permitir-me-ei
descrever como aconteceu. Um dia chegou a internar-se uma
senhora chamada Takeda. Embora tivesse sido submetida ao
tratamento médico por um bom tempo, chegou cambaleando-se
à Clínica de Oomori. Lá, a senhora foi denominada de Wajitsu

73
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

por Meishu-Sama, pois o seu nome não soava bem e recebeu o


Joorei diariamente. Mesmo assim continuava débil e enferma,
por isso Meishu-Sama estava muito preocupado. O Joorei
ministrado diariamente não estava dando resultado. Por fim, um
dia, a senhora Takeda veio a falecer. Nós ficamos muito
preocupados, mas Meishu-Sama, tranqüilo e sem se alterar, não
deixava de mirar a sua mão que transmitia o Joorei. Embora
estivéssemos preocupados, Meishu-Sama seguia ministrando a
energia espiritual com a mão posta na Senhora Takeda. Não
entendíamos, em absoluto, do que se tratava. Somente
estávamos perturbados. Seguiu com o Joorei por um tempo a
mais; então, de repente, a Senhora Takeda abriu os olhos. Todos
se levantaram surpresos: “Ah, ressuscitou!” E todos suspiraram
de alívio. Poderia dizer que todos expulsamos subitamente o ar-
que tínhamos preso e que nos causava tensão. Mas a Senhora
Tekeda permaneceu completamente como um bebê.

Estava estranha, sem dizer uma só palavra. Então,


Meishu-Sama fez um cometário, pelo qual agradecemos: “Neste
momento, a Senhora Takeda morreu e ressucitou. Está nova;
assim, a partir de hoje, crescerá cada dia o correspondente a um
ano e em vinte e oito dias chegará a terá a condição física de
antes. Como agora é um bebê que acaba de nascer, não pode
falar nada. Ademais, para os que têm toxinas em demasia, este é
um método mais rápido para curar. Posto que seria muito tardio
para eliminar as toxinas, Deus teve a bondade de curar rápido
através de uma graça especial.” Desta maneira, essa pessoa
teve realmente uma grande sorte. Também disse: “Como morreu
e voltou a nascer, não ficará enferma. Somente ao transcorrer
esses vinte e oito dias poderá voltar completamente à sua
condição original; entretanto, ela se comportará como uma
criança. De modo que se alguém que a criou pudesse observá-la,
diria que assim sucedeu quando esta mulher era uma criança de
tantos anos, porque haverá momentos em que repetirá o que
fazia no passado.” Nesse dia, a Senhora Takeda somente tomou
leite. Mas, como havia sido mencionado, cresceu repetindo o que

74
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

havia feito aos dois anos, no segundo dia; o que havia feito aos
três anos, no terceiro dia. Por fim, no vigésimo oitavo dia
converteu-se completamente em uma senhora e regressou à sua
casa. alegremente.

("O Paraíso Terrestre" - n°43 - 25 de dezembro de 1952)

A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (5)

Preparação para separar-se da religião Oomoto

No dia 1º de janeiro de 1934, conforme instrução de


Meishu-Sama, houve a inversão da ordem no cerimonial:
"Primeiro devíamos reverenciar a Deusa Kannon e depois o Deus
da religião Oomoto". Eu supus que por fim se estava preparando
para abandonar a Religião Oomoto e senti uma imensa alegria. A
partir disso, o Momotaro da era Show se levantou e iniciou a
vender periódicos com mensagens de virtude e amor pela
humanidade, para conquistar a ilha do Diabo, em Tokyo.
Evidentemente, Meishu-Sama é o Momotaro da Era Showa,
posto que a Deusa Kannon é Momotaro. E nós, que nos
colocamos ao serviço de sua bandeira, obviamente somos o
cachorro, o macaco e o faísão. Tudo isto foi o resultado da
revelação do Plano Divino, em Tokyo, a partir do dia 1º de
janeiro. Até então, os fiéis que vendiam os periódicos se
chamavam de "Grupo de amor e virtude", mas a partir desse dia
foi denominado de "Grupo Kannon". Este grupo foi tomado de
grande ânimo e a nossa sede regional de Oomori veio a ocupar o
primeiro lugar, no Japão, vendendo uma tiragem completa de 14
mil exemplares por semana. Sobretudo, estabelecemos um
recorde vendendo os 14 mil exemplares em três dias. Por isto
assistimos à grande Cerimônia de Miroku, realizada na sede de
Ayabe, da religião Oomoto, onde Meishu-Sama recebeu um
diploma de reconhecimento pelo acesso no primeiro grau de
missionário em publicidade, diante do Mestre Deguchi e do
segundo dirigente máximo da religião Oomoto, o Mestre

75
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Hidemaro. Foi realmente irônico, pois apesar de todas as injúrias


e mentiras de que fomos vítimas, foi-nos outorgado o acesso,
ainda que tenhamos mostrado a capacidade. No dia 2 de janeiro,
Meishu-Sama nos dirigiu as seguintes palavras de admoestação:
“Daqui em diante deverão ter mais cuidado com as palavras.
Caso contrário, atrapalharão a Deus.” Isto era dirigido a nós
porque nós deixamos escapar muitas palavras por despeito. Nós
estávamos muito irritados e sem pensar ralamos algumas
palavras pesadas; assim, agradecemos seus conselhos tão
afetuosos.

Advertência de Deus

Havia ouvido de Meishu-Sama que aqueles que não


seguem a Deus, embora Ele sempre os tenha ajudado, cedo ou
tarde receberão a advertência divina. Em 3 de janeiro, um fiel, o
Sr. Seizaburo Uchiyama, devido à não-obediência a Deus, não
conseguiu pôr-se de pé, como se fosse uma advertência de
Deus; e sem poder fazer nada enviou uma pessoa a Meishu-
Sama, afim de Lhe pedir uma graça. Por instrução de Meishu-
Sama, eu fui atendê-lo e, em virtude de sua grande
generosidade, pôde levantar-se somente com um tratamento.
Assim, os que não se dedicam a Deus tenderão a receber o
castigo, o qual será mais severo no futuro.

Luz violeta e espiritual, emitida por uma pipa

Em 4 de janeiro, Meishu-Sama, após terminar um


tratamento, saiu ao jardim e começou a soltar uma pipa. A pipa
de Meishu-Sama era grande e tinha pintada a imagem de
Daruma. Uma vez decidi ajudar as pessoas que arrancavam
ervas no jardim; Meishu-Sama, então, advertiu-me, dizendo:
“Senhor Okaniwa, o capitão não deve fazer o trabalho dos
soldados.” Por isso quase não ia ao jardim; mas nesse dia, por
casualidade, fui. Meishu-Sama estava manejando ativamente o
fio da pipa. De repente, ao mirar a pipa, tive uma visão

76
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

maravilhosa. Uma divina luz espiritual, de cor violeta, irradiava


majestosamente da pipa; lançava faíscas em todas as direções,
iluminando os arredores. A cena era tão imponente que lembrei
da frase: A grandiosidade irradia em todos os arredores. Vista de
baixo, a Luz espiritual tinha cerca de 180 centímetros de
espessura. Pela forma que brotavam com impulsos
extraordinários, se viam como se fossem fogos de artifícios que
explodiam em todas as direçoes. Eu fiquei olhando com
veneração, sem ter palavras para me expressar. Chamei todos
gritando que viessem para ver esse fenômeno. E todos o viram!
Houve um momento em que Meishu-Sama entregou a pipa à sua
filha, dizendo: “Itsuki, segure-a por um instante enquanto vou ao
banheiro.” Então a grande Luz espiritual desapareceu.
Entretanto, ao regressar e retomar a pipa, outra vez iniciou a
resplandescer como antes. Posto que parecia ser tão venerável,
perguntei a Meishu-Sama: “O que significa isto?” Respondeu-me:
“Isto não é nada. Simplesmente a Luz espiritual gerada do meu
corpo foi transmitida peio fio até a pipa, daí brotou e expandiu-se
em todo o seu contorno porque não havia onde se expandir.”
Assim explicou Meishu-Sama de maneira resumida, sem dar
muita importância. No entanto, todos nós ficamos
impressionados com este fato tão maravilhoso; inclusive
derramamos lágrimas por conta da emoção. Como temos visto, o
corpo de Meishu-Sama irradia, sempre, uma luz espiritual, mas
era difícil vê-la por conveniência de Deus. Somente neste dia se
pemitiu vê-la, por isso ficamos realmente gratos.

Se adorarmos as divindades DAIKOKU e EBISU (Deus da


prosperidade), a fortuna nos chegará

Em 7 de janeiro, Meishu-Sama, juntamente com a sua


esposa, nos agraciou ao vir assistir a cerimônia mensal, em
nossa casa. Após o término da cerimônia, ele comentou que, se
adorarmos as divindades Daikoku e Ebisu, a fortuna nos
chegaria, e com isto a nossa vida seria mais folgada
economicamente. Agradeci as suas palavras e nesse dia, antes

77
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

de mais nada, lhe solicitei entronizar as divindades Daikoku e


Ebisu. Como casualmente eu tinha um vaso com as Sete
Divindades da Boa Fortuna, as reverenciei com respeito. Em 8 de
janeiro, ao entardecer, depois da prática de Meishu-Sama, foi
concluído o primeiro concurso de oratória, do qual eu participei;
cada orador apresentou um discurso fervoroso. Assim, a reunião
teve um grande êxito. Depois, em 11 de janeiro, quando se
realizou a reunião na Sede , houve uma frase de admoestação
do deus Oomoto". “A Luz ilumina a árvore e iniciam a transportar
os homens da pequena aldeia". Meishu-Sama nos explicou, em
seguida, o seu significado: “A Luz ilumina a árvore significa
oriente, porque combinando a letra de sol (hi) e a letra árvore (ki)
se compõe a Ietra com que se escreve (toohoo).”

Por outro lado, "Os homens da aldeia” significa “a Capital",


porque combinando o ideograma com que se escreve a palavra
"homens" com a partícula que significa "aldeia", se compõe a
letra que significa “Capital". Em resumo, esta frase quer dizer que
a capital do Oriente começará a mover-se com a aparição de
Meishu-Sama Foi assim como ele explicou.

Ahodara kyo: a literatura extravagante e cômica

Em 6 de janeiro realizou-se uma reunião literária, na qual,


antes de apresentar os poemas de humor do grupo Showa,
iniciamos com a literatura extravagante e cômica, ahodara kyo,
criada por Meishu-Sama.

Permitam-me mostrar-lhes o que ali foi apresentado:


"Mazu wa sonjo aokora ni hasshu kyushu aru, shinja o katappashi
kara kono aho, chikagoro shirabe age te mirya, osore itta no
kishimojin, odoroki momonoki sanshonoki. Surikogibo o mitayo ni,
atomodori shite wa mata sussumi, sussumu to moeba atomodori,
nenga nenju hitotokoro, ittari kitari suruyona, shinja ga uyouyo
shite gozaru. Sorya mata ahome keshikaranu, koto mosuna to
orippuku nasarazu mune o ochitsuke te, aho no iu koto hitotori,

78
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

kiite kudasare hontoni. Wakatta naraba konnani mo arigarai


shinko attanoka to, heso o kamazunya irarenai. (Não faz muito
que este tonto investigou para todos os crentes de oito ou nove
religiões que existem por aqui e acolá. Então, que a deusa
Kishimojin!, surpresa, o pessegueiro e a árvore de pimenta. É
como um formigueiro cheio de crentes que retrocedem e
avançam, avançam e retrocedem, e vão e vêm todo o tempo com
um pau de madeira para moer vocês, porque os tem visto. E é
que se enojam, e dizem: “Ah, que idiota era; não digas estupidez!
Mas calmamente ouçam o que realmente disse este tonto.
Porque se o entenderam, não poderiam senão morder o próprio
umbigo, posto que descobriu a religião mais venerável) Era tão
cheio de humor que todo mundo deu gargalhadas; e logo
também com os poemas cômicos. Entretanto, composições como
estas eram precisamente admoestações com as quais podíamos
aprender os Ensinamentos sumamente profundos dentro do
humor.

Assim mesmo, era uma literatura preciosa que iniciou


mediante à vontade Divina com a qual podíamos expulsar os
maus pensamentos e purificarmos através de gargalhadas. Ah,
ah, ah!

Previu a grande guerra entre o Japão e o mundo

No dia seguinte, 17, na cerimônia mensal que se realizou


na residência Sango, Meishu-Sama anunciou sua previsão da
grande guerra entre o Japão e o mundo. Falou detalhadamente,
colocando muitos exemplos. Como nos explicou através de
modelos, ficou muito claro. Tudo que Meishu-Sama anuncia
sempre se cumpre; de modo que sinto-me muito agradecido. Se
pudesse descrever todos os exemplos que nos deu, seria muito
interessante; mas como isto pode ser incoveniente, limitar-me-ei
a expor em um breve resumo. Disse que se aliariam Inglaterra,
Estados Unidos, França, Rússia, China, etc, e que tratariam de
derrotar o Japão. Também disse que finalmente chegaria o

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Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

momento em que o Japão perderia o controle sobre a Coréia,


Manchuria, Sakalin, Laiwan e as ilhas do Pacífico Meridional.
Ademais, o exército japonês dasapareceria, e sobretudo os
senhores feudais e nobres, como os milionários, teriam grandes
dificuldades.

Explicou que logo poderia iniciar-se um bloqueio


econômico e com isto o Japão estava-próximo à crise. Anunciou
que se aproximava uma grande guerra entre o Japão e o mundo,
ou seja, uma situação sumamente difícil. Disse que seria uma
crise muito séria para o isolado Japão. Assegurou que ocorreriam
acontecimentos graves. Assim nos contou. Em continuação, nos
explicou que dentro do trabalho divino, também, há alegrias e
tristezas. E vocês se perguntaram, por que será? Por que ainda
que todos nós façamos o mesmo esforço, Deus se mostra
imparcial? Entretanto, na Oomoto existe um modelo japonês e
outro modelo estrangeiro, e assim existem o Bem e o Mal. Se
dentro da religião Oomoto existem duas concepções de Deus,
como foi dito, então se deduz como seria o mundo e o
conhecimento. Como existe um modelo japonês e outro
estrangeiro dentro do mesmo Japão, não há remédio, posto que
se tratam de diversas afinidades espirituais. Meishu-Sama disse
que a sua Obra Divina era o verdadeiro Oomoto dentro do
Oomoto. É o Japão dentro do Japão. Em conseqüência, se o
Japão melhorasse, o estrangeiro piorava. Se o Japão ganhasse,
o estrangeiro perderia. Se a nossa religião progredisse, outras
religiões perderiam suas presenças. Quando finalmente Oomori
unificar Tokyo, os crentes deste lugar cairão e não terão mais
remédio a não ser ingressar em nossa fé. Ademais, disse que, se
se chegasse à unificação dos crentes do Japão, pela primeira
vez, aconteceria uma grande desgraça dentro do Japão. Seria
um grande desastre para o país, ou seja, a guerra entre o Japão
e o mundo. Assim nos falou. E o Japão sofreu tudo o que
Meishu-Sama havia dito. Mas em nosso país, as pessoas da
época não deram atenção; apesar da preocupação de Meishu-
Sama, somente falavam mal dele.

80
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Entretanto, se tudo isto houvesse chegado aos ouvidos


dos militares e das autoridades, não imaginam quanta desgraça
teria atingido Meishu-Sama, devido à arbitrariedade militar
existente na época.

Ao observar muitos casos que aconteceram no passado,


nós imaginamos quantos sofrimentos e aflições passaram os
grandes homens que se preocuparam por sua pátria e que
trataram em salvá-la das desgraças, expressando opiniões,
advertências e previsões; sentimos uma imensa tristreza e
lamentamos. Não obstante, como nós oferecemos as nossas
dedicações a Deus, estando a serviço de Meishu-Sama, nos
sentimos alegres e contentes por assim fazer. Ficamos gratos e
nos sentimos verdadeiramente felizes nesse aspecto.

Realizar o Plano Mundial através de um pequeno modelo

Em 23 de janeiro, ao acompanhar Meishu-Sama, assisti a


inauguração da Sede Regional Suguinami, encabeçada pelo
Senhor Sayuhiko Nakajima. Neste exato dia, o Ministro do
Exército, Sr Araki, renunciou ao Ministério, e o Capitão Senjuro
Hayashi tomou a posse do mesmo. Este militar era uma pessoa
muito interessante, porém me abstenho de comentar. No dia 23
de fevereiro, foi determinado que o Sr Shiguenori Matsushita
estabeleceria uma nova sede regional, na região de Saigahara,
recebendo o nome de Sede Regional "TOKO" de Meishu-Sama.
Sobre isto, Ele nos disse: “Saigahara significa criar um modelo
para a zona Ocidental. A razão porque denominei "Toko" à Sede
Regional é que a Luz do Oriente, ou seja, a Luz de Deus, iniciará
a iluminar o Ocidente. Portanto, é sinal de que, por fim, o
Ocidente, também, terá sedes regionais, as quais se
desenvolverão para impulsionar esta região".

Depois deste fato, no final de fevereiro, Meishu-Sama


queimou uma parte do jardim da casa de Omori. Então Mihomaro
construiu uma barraca muito pequena num canto do jardim. Tudo

81
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

isto me parecia estranho; mas, aproximadamente, um mês


depois ocorreu o grande incêndio de Hakodate e, por fim, tiveram
que construir barracas. Em 31 de março, Meishu-Sama, auxiliado
por Mihomaro e o Sr. inoue, arrancou as plantas do jardim, as
replantou e abriu um caminho. Com esta ação, além do caminho
que se havia aberto anteriormente, ficaram estabelecidos dois
caminhos. O caminho feito primeiramente é o caminho ao Mundo
Espiritual, e o segundo, que foi aberto nesse dia, era o caminho
do Mundo Material. E o fato de ter arrancado as árvores aonde
havia bambus significava que as plantou no "estrangeiro''. Desta
maneira Meishu-Sama modelava o Plano Divino do mundo
através de um pequeno protótipo.

A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (6)

Trasladar-se a Oshindo

Como era de seu desejo, no dia 1º de maio de 1934,


Meishu-Sama instalou a sua Clínica em Oshindo, localizado em
Hirakawa-cho, distrito de Kojimachi, no centro de Tokyo. Ali ele
colocou um cartaz: "Clínica Central Shinreido, estilo Okada".
Enfim, aproximava-se o momento de seu desenvolvimento. Eu,
conforme sua instrução, solicitei com urgência a instalação de um
telefone, e posteriormente realizei a cerimônia de consagração.
Após o término serviram pratos maravilhosos, que todos os
presentes comeram, e Meishu-Sama nos presenteou diretamente
com uma pintura maravilhosa, de nome Fuji, e uma obra
caligráfica para marcar o evento. Essa noite acompanhei-o à
cerimônia mensal da sucursal de Kojimachi. Após o término,
acompanhei-o de volta a Oshindo, onde o ouvi sobre palestras
que fez sobre diversas coisas.Também permitiu-me morar em
sua casa de Oomori e deu-me a autorização, algo realmente
extraordinário, a de colocar um outro cartaz: "Clínica Anexa
Oshindo". Em relação a isto, tive um sonho interessante e, na
manhã de 20 de fevereiro, contei a Meishu-Sama: “No sonho
aparece um Okaniwa que morre, mas há outro no ataúde vestido

82
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

de azul, porém este Okaniwa não pode morrer.” Meishu-Sama


deu-me a seguinte indicação: "Quando sonhar algo raro como
isto, deve-me contar, sem falta, e transmitir aos outros". No
entanto, explicou-me o significado do sonho: "Okaniwa (quer
dizer, eu) enfim receberá outra missão e se encarregará de uma
parte da minha dedicação a Deus". Agradeci com toda a
sinceridade. O fato de eu ter chegado a realizar serviços na casa
de Oomori, como sucede atualmente, aconteceu dois meses e
dez dias depois do sonho. Meishu-Sama comentou: "O que
morreu foi um espírito secundário de Okaniwa". Foi um evento
feliz digno de agradecimento, mas este fato tirou-me o cargo da
Clínica Anexa Oshindo.

Meishu-Sama e Senju Kannon (Kannon de mil braços)

O dia 15 de junho de 1934 era o dia do grande festival do


templo xintoísta imperial de Hie. Desde o dia 1º de maio, Meishu-
Sama havia se mudado a Kojimachi, um local dentro da zona de
influência do templo Hie, pelo que se havia convertido em um dos
seus paroquianos. Na ocasião do festival e como parte do Plano
Divino, Meishu-Sama visitou o templo acompanhado por trinta e
seis fiéis; entre eles o meu irmão Michiaki Okaniwa, que estava a
serviço de Meishu-Sama. Assim, Michiaki foi em frente, abrindo o
caminho para Meishu-Sama, como na lenda, segundo a qual um
deus chamado Sarutahiko ia preparando o caminho para o deus
Tenson, que havia vindo à Terra para cumprir a missão
estabelecida pela deusa Amaterasu Oomikami, a grande deusa
do Sol. Assim, liderando-nos na visita ao templo Hie, Meishu-
Sama recitou uma oração xintoísta. Precisamente três anos
depois de 15 de junho de 1931, quando Meishu-Sama recebeu a
deusa Amaterasu Oomikami, no templo Nihon, de Boshu, o
templo Hie foi consagrado a esta divindade. Depois de render
culto, todos o acompanhamos a Oshindo e saboreamos pratos
saborosos. Desta maneira, a Obra Divina se desenvolveu
firmemente, passo a passo, sem a gente se dar conta.

83
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

O dia 15 de setembro de 1934 é uma data significativa


porque Meishu-Sama nasceu, nesse dia, como Momotaro. De tal
maneira que a sua Obra Divina progrediu ainda mais, o que se
constituiu em grande felicidade. Nessa ocasião, Meishu-Sama
recebeu a indicação divina de que pintaria um retrato de Senju
Kannon; assim, decidiu fazê-lo em um grande formato; 5 "shaku"
(150 cm) de largura e 6 “shaku" (180) cm de altura. No entanto,
como havia muitos visitantes em Oshindo e o espaço era
limitado, pintar uma obra desse tamanho parecia totalmente
impossível. Quando se estava pensando como se poderia
resolver, uma senhora chamada Maki Kanetaka, que no passado
havia recebido uma grande graça divina, em relação à sua antiga
enfermidade, entre outras coisas, e havia se tornado uma
fervorosa fiel, oferecu um quarto, dizendo: "Ampliarei minha casa
com um segundo pavimento e prepararei um quarto de seis
tatami* para dedicar à Deusa Kannon; por favor, utilize-o para
pintar o retrato de Senju Kannon". Meishu-sama ficou muito
contente e de imediato o arrumou. Assim, em 5 de outubro,
começou a pintar a grande imagem de Senju Kannon sobre um
fundo de flores de lótus acima das nuvens. Entretanto, quando
havia pintado aproximadamente dois terços, em 11 de outubro do
ano 9 da era Showa (1934), em torno das duas da tarde (é
curioso a ordem consecutiva destes números: o ano 9, o décimo
mês, o dia 11 às 14 horas) chegou a Oshindo uma pessoa
apresentando-se como Mitsuo Azuma e solicitou uma entrevista
com Meishu-Sama. Quando Meishu-Sama viu este nome, ficou
muito interessado, pois a sua presença tinha relação com a Obra
Divina. Em seguida, permitiu-se a entrevista. Então o Sr. Azuma
comentou o seguinte: "Eu soube de antemão que no Japão
apareceria um possuidor do Poder de Kannon. Soube por meio
de uma inspiração, quando me preparava no monte Godai, a
sede da Chugoku-do-in. Mas, entretanto, há pouco tive outra
inspiração, segundo a qual a dita pessoa se encontrava na região
leste da minha casa. Portanto, julguei que a leste de Shibuya
poderia ser Kojimachi. Vim aqui e perguntei a um conhecido: Não
vive aqui uma pessoa que tenha o poder de Kannon? Então, ele

84
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

me informou: Não sei se possui o poder de Kannon, mas há uma


pessoa que cura as enfermidades através do poder divino da
Deusa Kannon. Assim, vim visitá-lo". Ao ouví-lo, Meishu-Sama
lhe disse: “Quem você anda procurando sou Eu. Chegou o
momento da Deusa Kannon revelar o Seu poder através do meu
corpo físico". O Senhor Azuma ficou muito alegre e perguntou se
Ele permitiria tirar uma foto. Meishu-Sama perguntou: "Aonde ele
queria tirar a foto?" Eu sugeri: "Retire o quadro pendurado no
tokonomá e sente-se aí". Imediatamente foi tirado o quadro e Ele
se sentou ereto no Tokonoma. O homem tirou uma foto e se foi.
Nesse momento eram precisamente três e meia da tarde. O
Tokonoma de 9 “shaku” (uns 270 cm) estava no primeiro piso da
casa de Oshindo, localizado na 2-banchu, 1-chome, Hirakawa-
cho, Kojimachi-ku. No dia seguinte, dia 12, o Senhor Azuma
trouxe a foto revelada. Na foto, uma intensa luz espiritual ,emitida
do lado esquerdo do ventre de Meishu-Sama, se elevava até o
teto e espalhava até o lado direito.

Nesse ínterim, ou seja, exatamente acima da cabeça de


Meishu-Sama, aparecia a imagem da Deusa Senju Kannon que
flutuava sobre as flores de lótus nas rochas. Para nós isto
constituiu o máximo de reverência. Antes deste acontecimento
Meishu-Sama nos havia comentado: "Em meu ventre se aloja a
Deusa Kannon", o que foi confirmado diante de nossos olhos.
Desde antes eu havia sentido uma grande alegria quando ouvi,
pela primeira vez, essas palavras, mas a ategria que senti neste
dia supera toda a narrativa; assim, foi imensa a minha alegria.
Tinha muita vontade de mostrar a foto às pessoas que falavam
mal de Meishu-Sama. Essa noite, o dono da casa, Sr. Kanetaka,
chegou embriagado e rasgou, em pedaços, a imagem da Deusa
Senju Kannon que havia sido pintada por Meishu-Sama. Nesse
momento Meishu-Sama se deu conta de algo: a imagem que
desenhou era muito diferente da que surgiu na fotografia. Em
primeiro lugar, Meishu-Sama esboçou uma deusa meio desnuda,
mas a da fotografia estava coberta de vestimenta. Na Índia não
há problemas que esteja desnuda, posto que lá faz calor o ano

85
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

todo, mas no Japão, definitivamenfe, tem-se que vesti-la. A


imagem está nas nuvens e o correto seria que Ela estivesse
sentada na rocha. Como se trata de Deusa Kannon que veio ao
Mundo Material para salvá-lo, era impróprio que venha das
nuvens; a imagem real deve estar em um cenário baixo, como
das raízes sinuosas. Outra coisa: no primeiro esboço, uma
luminosa auréola rodeava a cabeça da imagem; mas na foto
aparecia uma grande Luz que envolvia todo o corpo, o que
corresponde à realidade. Foi assim que Deus enviou o dono da
casa para rasgar a pintura. No inicio, nós ficamos surpresos pela
irreverência e acreditamos que, sem falta, receberia o castigo de
Deus. Mas Meishu-Sama nos ensinou o seguinte: "Não, Deus fez
com que o esposo da Senhora Kanetaka rasgasse a imagem
para que eu a repintasse. Assim, não haverá castigo divino. Ao
contrário, ele fez um bem para mim". Meishu-Sama esboçou
imediatamente a nova imagem, tal como havia aparecido na
fotografia espiritual, e terminou de pintá-la em uma semana.

Esta fotografia da Deusa Senju Kannon revelou fielmente


o grande poder de Kannon. Quando se tirou a foto, como se usou
a radiação de magnésio, aquela Luz espiritual, assim como a
imagem divina da Deusa Senju Kannon e a imagem de Meishu-
Sama, tiveram que revelar rapidamente e na mesma placa, pelo
qual não se pode chamar senão o poder milagroso da Deusa
Kanzeon Bossatsu. Foi um acontecimento que desafiava a
imaginação e que jamais havia sido visto na história da fotografia
espiritual do mundo, nem se verá no futuro.

Entretanto, dez dias depois, no dia 21, vimos novamente o


Sr. Mitsuo Azuma e nessa ocasião ele pediu a Meishu-Sama que
lhe permitisse tirar uma foto no salão do segundo piso da casa do
Sr. Kanetaka, em Akasakata-cho. Outra vez se retirou o quadro
que estava pendurado no Tokonoma e tirou-se a foto sentado. E,
enquanto conversavam, Meishu-Sama adormeceu com as mãos
postas na mesinha e a cabeça em cima delas. Não sei o que
aconteceu com o Sr. Azuma, mas em seguida tirou uma foto e se

86
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

foi. A fotografia captou justamente o momento em que Meishu-


Sama adormecia.

(O Paraíso Terrestre - n ° 46 - 25 de março de 1953)

A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (7)

A fotografia do anel de Luz e do deus Dragão Dourado

Como tirou duas fotos de Meishu-Sama, o Sr. Azuma se


encarregou de imediato a revelá-las e levou a um estúdio
fotográfico; então, o encarregado do estúdio chegou e lhe disse:
"É absolutamente impossível para mim revelar fotos tão terríveis
como estas". Então, o Sr Azuma perguntou por que, ao que o
encarregado lhe respondeu: "Quando tratei de revelá-las, o meu
corpo e as mãos começaram a tremer e a luz se apagou. Me deu
tanto medo que não pude fazer a revelação". E se negou a fazê-
las. Sem ter outro remédio, o próprio Senhor Azuma iniciou a
revelar, após ter feito abstinência e purificação. No dia 23 as
trouxe; no entanto, desta vez a imagem estava turva e borrada
como se houvesse desaparecido e havia um círculo luminoso
que refletia nitidamente. Este fenômeno aconteceu porque a
capa da Luz espiritual que irradiava do corpo de Meishu-Sama
era tão grossa que mesmo o magnésio não pôde peneirar nela;
isto dá idéia da grossura de sua envoltura espiritual e a
intensidade da sua Luz espiritual. Sobretudo nessa foto, na qual
Meishu-Sama está rezando com as mãos juntas, é realmente
curioso que aparecesse uma luz circular que rodeava o seu rosto
e suas mãos. Todo o mundo acreditava que a luz circular
dourada que tinha as imagens e as pinturas budistas dos tempos
antigos era uma imaginação dos autores; mas com esta
fotografia se reconheceu, pela primeira vez, que o dito fenômeno
existia na realidade. Esta Luz circular era mais luminosa e se
podia observar sua intensidade comparando-a com a bandeja
que aparece colocada em frente à Meishu-Sama e com as
imaculadamente brancas figuras da almofada em que se

87
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

sentava; tais objetos saíram muito mais escuros que a aura


luminosa.

Quanto à foto que se tirou enquanto Meishu-Sama


adormecia, Ele mesmo tinha comentado há tempos atrás: "Como
o Dragão Dourado sempre me protege, nenhum demônio pode
me prejudicar. Uma vez, quando caminhava por uma rua, uma
carroça veio sobre mim a toda velocidade. Nesse instante, me
dei conta e inconscientemente levantei as mãos abertas. Então a
carroça parou subitamente. Normalmente uma carroça que vinha
com tanta velocidade passaria sobre mim devido à inércia. No
entanto, aquela carroça parou de imediato". Isto sucedeu graças
à proteção do Dragão Dourado que detinha tudo o que poderia
prejudicar Meishu-Sama. O mesmo aconteceu anteriormente,
quando um tal Yoshikawa, um ex-comunista degenerado
pertencente à religião Oomoto, tentou, fracassadamente,
apunhalar Meishu-Sama. Mas em referência ao meu assunto,
naquela foto apareceu tal como é a imagem do deus Dragão
Dourado, que protegia Meishu-Sama.

Ao falar sobre o mesmo tema relacionado ao deus Dragão,


Meishu-Sama disse em outra ocasiao: "Um dragão normal engole
a gente e outras coisas, de modo que tem seu estômago muito
dilatado; mas como é Dragão Dourado não engole; do pescoço à
barriga é do mesmo tamanho. Assim mesmo, a imagem de
outros deuses dragões infundem medo à primeira vista, mas o
Dragão Dourado não dá nenhuma impressão terrível".
Precisamente como Ele disse, nesta fotografia espiritual o
Dragão está enrolado, com sua cabeça no alto, desde o pescoço
até a costa de Meishu-Sama que aparece deitado; entretanto, o
Dragão Dourado olha em todas as direções e, além disso,
aparecem cinco linhas de luzes espirituais que saem de cima.
Desta maneira, o Dragão Dourado sempre protegia Meishu-
Sama, por isso nenhum diabo e nem demônio lhe podia fazer
nada. Portanto, as palavras de Meishu-Sama sempre se
concretizavam. Por isso é lógico que o mundo foi se

88
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

desenvolvendo conforme suas predições. Em 30 de outubro ficou


pronta a foto da Deusa Senju Kannon que aparece com Meishu-
Sama e, em primeiro de novembro, quando cheguei a Oshindo
com os poemas que seriam publicados na revista "Shofu" e os
manuscritos dos poemas do Kinran-kai (grupo de poetas), as
fotos espirituais da aura luminosa e do Dragão Dourado já
estavam lá; Meishu-Sama me presenteou com um jogo de
cópias. Esse dia, apesar de um tempo estupendo, começou a
chover fortemente. Então, Meishu-Sama me explicou o
acontecimento, com as seguintes palavras: "Começou a chover
pelo deus Dragão desta foto espiritual". Pouco tempo depois, o
céu se abriu de novo, assim imaginei que o deus Dragão estava
informando algo, mas se tratava de um assunto somente entre
ele e Meishu-Sama, do qual não podem saber as pessoas
comuns como nós.

Uma pessoa que nunca terá verdadeira fé

Em 4 de novembro, ao terminar o Joorei, como tinha


tempo livre, saí para dedicar à venda de jornais. Fui até
Umagome, onde estava a casa de um senhor chamado Ryuzo
XX.

Comprou-me um exemplar e me solicitou que falasse


sobre Deus. Mostrou-se tão interessado que inclusive convidou-
me a sentar. Como gostava muito da minha conversa e escutava-
me com grande atenção, eu ia lá com freqüência. No transcurso
das conversas, por fim me disse que desejava conhecer Meishu-
Sama. Então, convidei-o a ir a Oshindo; na oportunidade, ouviu
Meishu-Sama fafar sobre diferentes asuntos religiosos e voltou
satisfeito. Mas, mais tarde, Meishu-Sama comentou: "Aquele
senhor Ryuzo XX não tem fé, porque o nome XX significa tal
coisa e Ryuzo, como suas letras mostram, tem um dragão, ou
seja, tem oculta uma grande serpente de XX. Assim, é seu nome;
por isso, ainda que pareça desejar ingressar à religião, nunca
terá verdadeira fé". Com efeito, ele ingressou num grupo que

89
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

tumultuava e no fim acabou deixando, como havia dito Meishu-


Sama. Certamente, a grande serpente de XX veio molestá-lo e
nós não fizemos mais esforços em vão para manter qualquer
pessoa à religião. A propósito de tudo isto, senti que o nome é
coisa muito importante.

O dinheiro me chegou graças ao Kototama de Meishu-Sama

Faz algum tempo, em uma reunião de poemas cômicos,


Meishu-Sama me outorgou o primeiro lugar pelo seguinte poema;
Hikigaeru no hoshika no yoona karazaifu ("Minha carteira está tão
vazia como um sapo seco"). Aconteceu que após a apresentação
do dito poema, minha situação econômica começou a ser
exatamente como a seguir descrevo. Entretanto, em uma reunião
posterior, realizada em 16 de novembro, recebi outra vez o
primeiro lugar e como prêmio recebi um livro assinado por
Meishu-Sama, na qual escreveu-me o seguinte: "Um mundo de
dinheiro". Três dias depois, o Senhor Inoue me entregou o livro
assinado. Dias depois, em 28 de novembro, tive uma grande
surpresa: de repente me chegaram três mil e trezentos ienes,
qua na época representava uma boa quantidade de dinheiro.
Fiquei totalmente maravilhado com o poder que emanava do
espírito das letras (kototama) plasmadas por Meishu-Sama.

Esse dinheiro havia sido depositado numa conta a prazo


fixo em um banco, em nome de duas pessoas: um era o meu e o
outro era de certo senhor. Mas este senhor me havia dito: "Não
poderá tocar nesse dinheiro até que o meu filho alcance a
maioridade". Assim, não havia nenhum poder humano que
permitisse sacar este dinheiro. Entretanto, graças ao poder que
possuía e a alma das letras criadas por Meishu-Sama, pude
sacar com a maior facilidade. Era algo verdadeiramente
assombroso e quase incrível, posto que eu não havia entrado em
contato com esta pessoa nos últimos dois anos; foi uma surpresa
ser chamado, no dia 27 de novembro, para receber o dinheiro,
sem que tivesse pedido.

90
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

A respeito, Meishu-Sama me disse: "Por mais


obstinadamente que a pessoa resista a deixar o seu dinheiro,
terá que liberá-lo se Deus decidir a mudar esta pessoa. Quando
isto sucede, tal pessoa experimenta uma sensação de bem-estar
que a converte em um ser generoso. Assim aconteceu e aquele
homem foi forçado a ceder o dinheiro. Entretanto, uma vez que o
propósito foi cumprido, Deus devolve a liberdade a essa pessoa".
Foi isto que realmente aconteceu. Quando visitei este senhor
depois que ele havia me chamado pelo telefone, ele estava de
bom humor; isto me pareceu estranho, porque se tratava de
alguém sempre mal humorado. E quando me viu disse: “Está
necessitando de dinheiro? Porque não o retira?".Eu deixei o
carimbo da minha assinatura e lhe disse que voltaria amanhã
para receber o dinheiro. Mas, quando o vi novamente, no dia 28,
ele estava de mal humor; e até lançou uma maldição.
Precisamente como foram prognosticadas pelas palavras de
Meishu-Sama, no dia 27 ele foi tomado de generosidade a ponto
de oferecer o dinheiro com muita satisfação, porque Deus o havia
mudado; mas no dia seguinte, quando o objetivo foi alcançado e
Deus o voltou à normalidade, ele tornou-se de novo mal
humorado. Fiquei verdadeiramente surpreendido.

Esse 28 de novembro foi um dia feliz, pois na mesma data


foi estabelecido, em Oshindo, o regulamento da Dai Nippon
Kannon Kai; este era o primeiro passo para a inauguração da
Sociedade Kannon. Com Meishu-sama liderando, assistiram
somente sete pessoas: Ryuzo Takemura, Shinjiro Okaniwa,
Sayuhiko Nakajima, Shiguenori Matsuhisa, Seitaro Shimizu,
Mitsuo Masaki e a Sra. Maki Kanetaka. Meishu-Sama eslava
muito alegre e disse: "Agora vocês são em sete, incluindo uma
dama, a senhora Kanetaka; são justamente como as Sete
Divindades da Boa Fortuna. Se me incluo, então, seremos em
oito, o que também é um número de bom augúrio para se
empreender alguma coisa". Depois de ter estabelecido o
regulamento, o Sr. Takemura se retirou, mas logo após
chegaram, um a um, quatro pessoas: Shigueyassu Kanetaka,

91
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Shiguetomo Okaniwa, Yoshihiko Kihara e Motokichi Inoue.


Éramos onze no total; e este número significa a unificação. Deste
modo, aludindo ao simbolismo de cada número, Meishu-Sama
nos falou sobre o desenvolvimento que a Sociedade Kannon teria
no futuro; também disse: “É um acontecimento realmente feliz.
Nesta ocasião Deus mostrou-nos algo maravilhoso através dos
números". Na noite de 4 de dezembro de 1934, me chamou para
pedir que lhe levasse as regras de Kannon e eu atendi,
imediatamente, levando a Oshindo. Logo nos disse que propunha
compor duas orações (norito) e queria ditá-las em voz alta; o Sr.
Inoue tomou a pena e eu fiquei ao seu lado. A primeira oração
que ditou foi Shingen Norito e a segunda foi Zenguen Sanji.
Durante um tempo se utilizou a oração Shinguen Norito, mas
depois se simplificou a maneira do que a conhecemos hoje;
desde então, Amatsu Norito se entoa pela manhã e o Zengen
Sanji ao entardecer.

(Nota: O entoar da oração Amatsu Norito se manteve até o


dia 3 de fevereiro de 1998).

Preparação para a Cerimônia inaugural da DAI NIPPON


KANNON KAI

Em 18 de dezembro realizou-se a cerimônia mensal de


Oshindo e, por fim, a Deusa Kannon Branca, que até então havia
sido a imagem divina, foi mudada ao término da cerimônia. Em
seu lugar colocou-se o rolo pendente da Deusa Senju Kannon,
com o seu adorno maravilhosamente preparado para o evento.
No dia seguinte, 19, celebramos à noite a reunião da Sociedade
Miroku, nas instalações da Editora Tookousha (Luz do Oriente).
Esta reunião era muito efetiva para o treinamento, naquele
tempo. Os presentes naquela noite eram 12 pessoas, e ao centro
do círculo de 12 pessoas que estavam sentados, surgiu
claramente sobre a esteira uma sombra redonda e grande, de cor
parda, que desapareceu pouco a pouco depois de um certo
tempo. Quando terminou a reunião fui a Oshindo e em seguida

92
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

perguntei a Meishu-Sama sobre o acontecido. Imediatamente me


respondeu: "A cor parda é a cor da terra. Por isso significa a
grande Terra; e o fato de estarem em doze ao redor dela é um
aviso de que o mundo será de doze paises". De acordo com as
suas palavras, um protótipo tão pequeno como este previa o
futuro, pelo qual unicamente esta religião tem verdadeiramente
algo digno de agradecer.

A cerimônia de consagração da deusa SENJU KANNON


(Separação da religião Oomoto)

O dia 23 de dezembro de 1934 era o aniversário de


Meishu-Sama e foi quando se realizou a primeira cerimônia da
consagração da Deusa Senju Kannon. Quando tudo estava
preparado, foi iniciada a cerimônia e foi estendido o grande
"rolo'', no qual estava desenhada a imagem do Senju Kannon,
cuja imagem era tão ingênua e graciosa que ofuscava todos os
que estavam ao seu redor.

Era, nem mais e nem menos, o Momotaro da época, o


Momotaro do período Showa. Meishu-Sama nos informou: "Esta
Deusa Senju Kannon é precisamente Momotaro, aquele que
conquistou a Ilha do Diabo. De maneira cortez, se chama Senko
Sengan Kanzeon Bossatsu (a Deusa Kannon de Mil Luzes, dos
Mil Olhos e dos Mil Braços). Tem quarenta e duas mãos, das
quais duas estão juntas para rezar e sob elas estão outras duas
mãos com um jarro. Uma mão de cada par está em seu ofício,
assim são exatamenre quarenta braços. Como cada um deles
tem vinte e cinco existências, completam os mil braços". Nesse
dia fazia um tempo muito bom e o clima era aprazível. Para a
cerimônia de consagração da Deusa Senju Kannon e, também,
da festa de aniversário de Meishu-Sama, se utilizou pela primeira
vez a nova oração Shinguen Norito, assim como a Zenguen
Sanji.

93
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Que solene e venerável era aquela oração! Tudo era novo


e nos sentimos gratos por realmente ser salvos. Sua nova obra
de salmos (atualmente Gosanka), também, era para Senju
Kannon, e o cântico que os acompanhou com a harpa japonesa,
"yagumogato", tão diferente das cerimônias anteriores, também,
era uma obra nova de Meishu-Sama. Ficamos todos comovidos
com a sua força espiritual. Desta maneira, a cerimônia de
consagração terminou com o sentimento de gratidão e emoção
de todos. Começou o Naorai (retira-se as oferendas e se
repartem o saquê sagrado e o doce, entre outras coisas) e
Meishu-Sama nos deu a conhecer: "Por fim romperei a relação
com a religião Oomoto. Posto que nasceu agora a Deusa Senju
Kannon, é natural e lógico separar-se, finalmente, da origem".
Nessa noite se definiram os membros do Conselho diretivo e se
determinou que a partir deste fato se iria entoar o novo Norito, ao
invés do Norito da Oomoto. Embora ainda não tivesse entregue a
notificação da separação, entendia-se que de fato abandonamos
a religião Oomoto, nesta noite. Em realidade, até sentimos o
coração puro e encerramos a cerimônia depois de expressar
nosso agradecimento.

A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (8)

A inauguração da Dai Nippon Kannon Kai

Pensei que, também, era interessante o fato de que


naquele dia, 25 de dezembro de 1934, o número de participantes
houvesse sido de cinquenta e três pessoas, o que se interpretava
como Izunome. No mesmo dia houve uma pessoa que
presenteou Meishu-Sama com uma moeda de um rin (décima
parte de um sen, denominação empregada nos tempos de
Meishu-Sama) com a imagem de Senju Kannon, o qual também
era interessante, pois a Deusa Senju Kannon corresponde a esse
rin (um por cento) e o mundo corresponde ao resto, ou seja, o
noventa e nove por cento. Isto também significa que Meishu-

94
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Sama se converteu em Deusa Senju Kannon, de modo que a


moeda era realmente de bom augúrio.

No dia 26, Meishu-Sama nos informou: "O dia 31 de


dezembro de 1934, às doze horas da noite, será o noventa e
nove por cento. Senju Kannon, que nasceu no dia 23 de
dezembro, terá um ano a mais a cada dia a partir deste fato e, no
dia 23 de janeiro próximo, por fim completar-se-á em Deusa,
completando exatamente 30 anos". No dia 28, na cerimônia
mensal, coube ao Sr. Zenkichi Tanaka realizar pela primeira vez
ao estilo da Sociedade Kannon; na volta passei em Oshindo.
Havia comprado uma divindade Kaikokuten, esculpida em
madeira, que pesava cerca de 20 kg. Esta imagem foi a que
posteriormente se chamaria de Miroku Daikokuten.

Por fim chegou o dia 31 de dezembro de 1934. Como


Meishu-Sama nos avisou que iríamos iniciar a cerimônia quando
o relógio marcasse às doze horas da noite, imediatamente nos
preparamos. Neste dia choveu incessantemente. Todos estavam
prontos; faltava somente esperar o momento. Reuniram-se
aqueles que iriam render o culto, cujos corações estavam plenos
de alegria. O celebrante estava preparado. À zero hora do
primeiro dia de janeiro de 1935, a chuva que caía torrencialmente
parou e senti uma sensação agradável. A imagem sagrada da
Deusa Kannon Bosatsu era a imagem de Momotaro, valente e
heróico, que iria conquistar a Ilha do Diabo. Depois de ter
oferecido e entoado o Norito, ofereceram-se donativos. Com a
orientação de Meishu-Sama, entoaram-se a Shinguen Norito e a
Zenguen Sanji. Quanto à sua nova obra de salmos, os fiéis
seguiam a excelente voz do Sr. Inoue, como de costume.
Durante a cerimônia tocou o "yagumogoto" e a cerimônia
terminou majestosamente. Retiraram-se as oferendas e, no final,
foram repartidas. Assim, aconteceu a inauguração da Dai Nippon
Kannon Kai.

95
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

No Mundo Espiritual, devido ao que se marcou o primeiro


passo do mundo do Sol, a Lua e a Terra, Tokoyo no Kami no
Kimi, que submetia o mundo sob seu poder, foi encerrado à força
e, em troca, se rompeu a entrada da cova celestial e apareceu
Amaterassu Oomikami, resplandescente e brilhante, por cujo
presságio todo o mundo terminou extasiado. Meishu-Sama nos
ensinou que o mundo de Miroku se realizaria espontaneamente
quando chegasse a hora. Ao terminar a repartição das oferendas,
segui ouvindo suas palavras: “Até hoje, a Deusa Kannon, tendo
ao lado o amor próprio, não havia eliminado e nem castigado os
demônios que pululam neste mundo. Mas, apesar disto, havia
exercendo uma proteção de maneira discreta e revelando o
poder da paz. Assim, cuidava ocultamente para que as coisas
não piorassem damasiado. Mas no fim chegou o momento do
Céu e se decidiu iniciar a criação do Paraíso, a partir de hoje.
Tudo isto é assunto do Mundo Espiritual, o qual aparece no
Mundo Material até depois de que sucedeu o primeiro. Portanto,
para qualquer coisa, Deus demonstra primeiro o protótipo através
das pessoas e logo faz com que isto apareça em uma escala
maior". Assim, nos ensinou. Cerca de seis e meia da manhã
todos nós demos graças e regressamos às nossas casas, com
muita alegria. Já era manhã do Ano Novo. Levantei-me às onze
horas e, ao terminar as atividades do dia do Ano Novo, me
apresentei, outra vez, à sede provisória, por volta das duas horas
da tarde. Comecei a preparar as coisas para a inauguração
oficial, que começaria às seis da tarde. Nesta cerimônia
participaram todos os fiéis; a cerimônia da meia-noite foi somente
para os dirigentes e fiéis especiais. Quando terminou a
celebração, Meishu-Sama nos faiou sobre o seguinte tema: “A
construção do Mundo de Dai Koomyo (Grande Luz Divina)".

96
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Construção do mundo de Dai Koomyo (1ª parte)

"Feliz Ano Novo para todos! Com a graça de Deus,


instituímos a Dai Nippon Kannon Kai, fato que me parece muito
promissor. Eu desejava fazer esta inauguração mais adiante,
mas Kannon tinha muita pressa. No dia 23, em Oshindo, se
celebrou a inauguração da Sociedade Kannon, a qual foi
assistida por um pequeno número de diretores e pessoas que
futuramente serão diretores de nossas sedes. Até este momento
não estava definida a localização da Sede Geral, mas nesse
mesmo dia 23, à noite, recebi um aviso de Kannon-Sama. A
mesma indicou que neste lugar, que antes foi uma sede da
religião Oomoto, se devia realizar a cerimônia de inauguração.

Isso me surpreendeu, ja que nem em sonhos houvera


pensado. Assim sendo, creio que seguramente havia motivos
para que a cerimônia de inauguração da Sede Geral tivesse que
ser realizada neste local, no dia 24, e sem perda de tempo se
iniciaram os preparativos; creio que a realização tenha sido algo
bom. Agora gostaria de falar, de forma geral, acerca dos
objetivos da Sociedade Kannon, de suas atividades, de seus
programas, etc. Mas antes desejo comentar-lhes algo. Está
planejado publicar um informativo chamado "A Luz do Oriente",
que será o boletim da Sociedade Kannon, e o seu primeiro
número circulará no dia 23. Uma vez pronto, será enviado a
todos. Outra publicação será uma revista mensal chamada
"Koomyo Sekai" (O Mundo de Koomyo), cujo primeiro número,
também, será publicado à véspera do primeiro dia da primavera,
ou seja, 4 de fevereiro. Assim que puderem, os utilizem da
melhor forma como propaganda. "A Luz do Oriente" penso em
oferecer gratuitamente. Caso requeiram uma quantidade maior,
como umas dezenas ou centenas de exemplares, para a
propaganda, possivelmente se cobre o custo de uns dois sens
(fração monetária usada nos tempos de Meishu-Sama), por
exemplar. A "Koomyo Sekai", no momento, está programada a
sua distribuição ao custo de vinte ou trinta sens (no fim o preço

97
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

ficou em vinte e cinco sens). No início será de cinquenta páginas,


aproximadamente, de tamanho carta e, conforme vá aumentando
o número de exemplares, penso em aumentar para até cem
páginas.

Esta noite gostaria de falar da construção do Mundo de


Dai Koomyo, que é o objetivo da Sociedade Kannon. Como seu
nome indica, trata-se de um mundo sem trevas, construido
através da Luz de Kannon; é um mundo sem trevas, sem
sofrimentos, sem pecados e nem mal. Com o desejo de ver surgir
um mundo assim, desde milhares de anos atrás, santos, grandes
religiosos e outros mentores têm difundido muitos ensinamentos
e desenvolvendo grandes esforços. Entretanto, esse mundo não
foi concretizado até hoje, nem sequer surgiu algo semelhante.
Considerando que isto não passou de um ideal da humanidade,
até a presente data se duvidava acerca de sua concretização.
Mas eu afirmo que este mundo haverá de se concretizar. Agora
mesmo já foi iniciado este processo e se desenvolve a uma
velocidade enorme. Isto foi-me indicado diretamente por Kannon,
isto é, por Deus Izunome, faz justamente sete anos, em 1928.
Todavia, neste momento, tenho que confessar, não foram poucas
as minhas dúvidas acerca de que pudesse ter êxito ou não. Mas
desde esse tempo até agora, me foi mostrada uma infinidade de
milagres, fatos que não se podem compreender pela inteligência
humana e nem experimentados anteriormente; casos
surpreendentes. O aparecimento destes milagres me fortaleceu
gradualmente a convicção de que "não há nenhuma dúvida
quanto à construção do Mundo de Dai Koomyo"; esses milagres
reforçaram minha convicção e compreendi que, por meu
intermédio, esse mundo será possível, que em realidade não
havia nenhuma dúvida que Kannon, utilizando o meu corpo,
como meio, construirá esse mundo.

Por natureza, eu tenho um caráter muito cauteloso e ainda


que aparentemente pareço descuidado, sou muito detalhista. Sou
tão cauteloso que até me consideram pouco empreendedor.

98
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Apesar de ser assim, me vejo obrigado a encarregar-me de um


trabalho tão grande e tenho que dar a conhecer a verdade à
humanidade para salvá-la. Assim mesmo, a Deusa Kannon me
outorgou o Seu poder para fazer isto e por isto fui informado
sobre diversas coisas do futuro. Por isso mesmo, eis-me aqui
sem nemhum equívoco. Desde os tempos remotos há profecias
de que o "O Mundo de Miroku", o "Paraíso Terrestre", o "Mundo
Kanrodai" (a colina do Orvalho Doce), o " Mundo da Agricultura
Correta" chegarão, e agora compreendi que isto é verdade.
Entendi claramente que me toca a realizá-los, ou seja, criá-los
precisamente. Então, qual é o fundamento? A resposta está na
força de Kannon; e a força de Kannon, na realidade, não havia
aparecido no mundo, até agora. Shakyamuni difundiu a
misericórdia; Cristo ensinou o amor e vários santos indicaram
aos seres humanos o caminho correto. Eles puderam difundir
seus ensinamentos, mas não tinham a força para executá-los.
Puderam avançar até certo grau, mas foi impossível, em
absoluto, realizar para a humanidade. Por isso tudo se limitou em
predições e ideais e o mundo objetivo não foi realizado até agora.
E a razão porque a humanidade ou o mundo tem-se pervertido e
confundido é que as religiões ou as pregações morais tinham
muita força, porém não torça absoluta. É dizer, foram vencidos
porque faltava força. Mas, enfim, chegou o momento do Céu, e
agora o poder absoluto aparecerá na Terra. Como surgirá uma
força nunca vista pelo homem, daqui em diante podem suceder
várias coisas inimagináveis. Agora podemos ver que nenhuma de
outras religiões, existentes ate hoje, tem sido completa. Por
exemplo, o que são Daijo e Shojo, no caso do budismo, Shojo se
interpreta como uma fé egoísta e Daijo como uma fé altruísta, e
esta interpretação não é verdadeira. Mas ainda que
supuséssemos que assim fosse, na realidade tanto Shojo como
Daijo estão equivocados. No caso da fé Shojo atual, busca-se o
próprio beneficio; é dizer: basta que se viva comodamente, ou
que sua família viva feliz, sem mostrar o menor interesse pela
sociedade, a nação ou humanidade. Existem formas de fé nas
quais somente um espera a graça de Deus; tal é o caso dos que

99
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

rezam pela segurança, a saúde e a felicidade de sua família ou


pela prosperidade de seus negócios, é a fé Shojo, que somente
leva em conta os interesses próprios como a maior prioridade.
Seguidamente o que se chama de fé Daijo é algo totalmente
contrário. Neste caso os objetivos são maiores, tais como a
sociedade, a nação e a humanidade, mas se ignora a si próprio;
se dedica a um serviço ao mundo separando-se de seus irmãos
e de seus pais e sacrificando sua família. Aparentemente, isto se
vê com muito respeito. Com efeito, é muito dramático e admirável
sacrificar-se a si mesmo para uma grande salvação, mas está
equivocado do ponto de vista da verdade. Ainda que seja muito
raro que isto se suceda, somente acontece em casos muito
especiais, ou seja, só em momentos em que alguém se encontra
em circunstâncias inevitáveis. Portanto, é evidente que nem
Shojo e nem Daijo são corretas. Então, qual a forma correta de
atuar? Não ser Shojo e nem Daijo, e ser Shojo e Daijo, por sua
vez.

Quer dizer que em alguns casos devemos atuar de acordo


com a fé Shojo e em outros casos de acordo com a fé Daijo.
Significa ter atitude adequada segundo os casos. Por exemplo,
quando faz calor veste-se uma roupa leve; quando o tempo está
fresco, se usa uma roupa sarja; e quando faz frio se usa uma
roupa de Iã mais grossa. Desta maneira, variar segundo o
propósito e a circunstância, ou seja, de acordo com o tempo, a
posição e o lugar é o correto. Portanto, com a fé Shojo, com a fé
egoísta, é impossível salvar a humanidade, pois os egos de cada
um se chocam originando conflitos. E se isto aumenta se
converte numa guerra. Por outra parte, a fé Daijo, na qual um se
sacrifica para o mundo e a humanidade, pareceria correta; mas
muita gente tem trabalhado duramente em diferentes épocas
baseada neste tipo de fé ou desta maneira e, apesar de tudo,
não concretizaram um mundo ideal, o qual demonstra claramente
que esta não serviu.

100
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

(Esta dissertação é longa, por isso irei apresentando-a nos


próximos números)

("O Paraíso Terrestre" - n ° 48 - 25 de maio de 1953)

A PERSPICÁCIA DEMEISHU-SAMA (9)

A Construção do Mundo de Dai Koomyo (2ª parte)

(Continuação do discurso de Meishu-Sama pronunciado


na cerimônia de inauguração, no dia 1º de janeiro)

"Assim, ao invés de comentar as razões, creio que se


entenderá melhor observando os resultados. Está bem que se
sacrifique em benefício do mundo e da humanidade, mas cair ao
extremo é chegar ao ponto morto, no qual, finalmente, se envolve
inclusive os pais, os filhos, irmãos e parentes, e assim inicia a
reinar a discórdia no seio da família. Ainda assim, crendo em sua
própria solidariedade, se isola de pessoas vizinhas; o crente
dessa fé Daijo segue dizendo que todo esse sacrifício é para
Deus e que tudo é uma prova de manter sua fé obstinadamente.
Entretanto, mais assim seguindo, provoca mais o mau
entendimento entre as pessoas. Assim, permanecendo excluído,
se encontra em um caminho sem saída e chega o momento em
que, em vez de salvar as pessoas, ele mesmo necessita ser
salvo, pois fica sem capacidade sequer de alimentar-se. Este é
um modelo que pode-se observar em diversas religiões, mas
atuando assim estamos distantes de criar o Paraíso.

Se pensamos nas unidades mínimas que compõem o


mundo, compreenderemos como poderá concretizar-se o
Paraíso. Tratam-se dos seres humanos. No mundo as pessoas
se agrupam em nações, e estas, por sua vez, estão formadas de
cidades, e estas, por sua vez, de famílias. Finalmente as famílias
se compõem de indivíduos. Por isso, se não salvarmos a unidade
que é o indivíduo, não haverá forma de salvar o mundo. É por

101
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

isso que estão equivocadas tanto a fé Shojo, que busca


unicamente o benefício do indivíduo, como a fé Daijo, que se
sacrifica pelo indivíduo. É dizer que ambas visões devem
melhorar para salvar a totalidade. Quando a salvação e
consolidação dos indivíduos estiverem concretizadas, isto se
estenderá e o mundo inteiro estará salvo e consolidado. Por isso
é necessário levar ao fim a salvação e consolidação do indivíduo.
Se considerarmos cada lugar como Protótipo do Mundo, ao criar
um Paraíso em cada lugar, o mundo inteiro estará salvo e
consolidado. Até agora uma teoria assim, ainda que existisse,
havia sido resignada, considerando-a como algo impossível de
realizar. Isto se deve aos fundadores e às religiões em si que não
tinham força, mas daqui em diante, com o poder de Kannon, isto
se consolidará sem deixar dúvidas. Explicando de maneira
simples, criar-se-á um mundo sem doenças, sem pobreza e nem
conflitos. Doença, miséria e conflito são os mesmos que as três
pequenas desgraças de fome, doença e guerra; mas penso que
é mais adequado chamar de doença, miséria e conflito. Estas
desgraças desaparecerão. Mas realmente é possível conseguir?
É absolutamente possível se tivermos fé em Kannon. Até agora
não se pôde realizar, por mais admirável que tenha sido a fé, não
se pôde conseguir um lugar sem doença, pobreza e conflito, mas
de agora em diante será possível. De fato, muitas pessoas que
ingressaram na Socieadade Kannon têm conseguido. Existe uma
infinidade de pessoas que tem conseguido ou que estão a ponto
de conseguir, e outros estão se aproximando disto. A construção
do Mundo de Dai Koomyo parece difícil, mas não impossível. É
questão a qual o mundo fique cheio de lugares sem doenças,
miséria e conflito. Quando isto suceder, o mundo poderá gozar
de verdadeira paz, pela primeira vez. O poder de Kannon se
refere à chamada Luz do Oriente, citada desde os tempos
remotos. É um fato muito misterioso que uma expressão como
essa tenha surgido sem nenhuma precisão de quando e nem de
onde.

102
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Eu, também, faz sete anos, na véspera do dia do início da


primavera, em fevereiro de 1928, quando fui informado acerca de
diversas coisas sobre a Luz do Oriente., por Kannon. Esperei
pacientemente a chegada do momento certo. Ou, melhor
dizendo, estava-me preparando. Enquanto isto, um senhor
chamado Mitsuo Azuma, que se encontra entre vocês e creio que
todos o conhecem bem, solicitou-me uma entrevista
apresentando o seu cartão de visitas. Dei-me conta, ao ver o
cartão, de que as letras de seu nome correspondiam com os
caracteres Oriente, Luz e Homem, o que me surpreendeu à
primeira vista. Era uma pessoa que nunca havia visto antes, mas
veio visitar-me, repentinamente, no dia 11 de outubro do ano
passado. Faz vinte anos, e foi informado por Deus que iria
aparecer uma pessoa com a força de Kannon; também, se
inteirou, por uma percepção espiritual, que este ano com certeza
iria encontrar esta pessoa. Ademais, conheceu o possuidor do
poder de Kannon que estava a leste de sua casa (o Sr. Azuma
tinha o seu domicílio em Shibuya-ku) e o estava buscando em
Kojimachi. Entretanto, por casualidade, alguém comentou sobre
mim ao Sr. Azuma, e ele veio ao Oshindo. Então lhe disse que
seguramente se tratava de mim, e ele solicitou tirar uma foto: É a
fotografia espiritual de Senju Kannon (Kannon de mil braços) que
todos conhecem. Este foi o primeiro passo do Plano Divino
surgindo da Luz do Oriente e o primeiro trabalho desta Luz do
Oriente foi o surgimento e atuação de Senju Kannon. Foi, em
setembro de ano passado, quando a Deusa Kannon, instalada
em meu ventre, me indicou que pintaria a imagem de Senju
Kannon; assim, imediatamente preparei-me e iniciei a pintá-la a
partir de 5 de outubro. E quando tinha pintado a terça parte dela,
o Sr. Azuma, de quem acabo de faiar, chegou com a foto e
mostrou-me, e foi através dessa foto que mostrava como deveria
pintar a Deusa Senju Kannon. Assim, em seguida voltei a pintar.
Agora, a razão por que surgiu a Luz do Oriente é que toda a
civilização e a cultura atual foram introduzidas do Ocidente. A
cultura chinesa, também, é do Ocidente, a qual imagino que se
compreenda através do poema que li antes: Sai ho no bunmei

103
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

osameshi eien ni, sakayyru higashi no michi tatsuru nari


("Retificando a civilização do Ocidente, vou construir no Oriente
um caminho que prosperara eternamente").

A civilização oriental é espiritual e vertical e a civilização


ocidental é material e horizontal. Portanto, até agora se fizeram
modelos das duas civilizações maiores, a vertical e a horizontal.
Ademais, da visão de Daijo e Shojo, se pode considerar que o
Oriente é uma civilização Shojo, entretanto o Ocidental é uma
civilização Daijo. Creio que, observado o fato de que a ideologia
oriental é arbitrária e independente, tanto que o pensamento
ocidental vai ampliando muito, o que clareará o antes
mencionado. Não obstante, qualquer das civilizações, uma vez
que se desenvolva o suficiente e entra numa etapa de
maturidade, chega a um caminho sem saída, sem possibilidade
de sair. Precisamente esta é a condição em que se encontra
atualmente a civilização ocidental. O que disse antes, acerca de
que nem Shojo e nem Daijo funcionam, refere-se a isto. Em
conseqüência, a união destas duas grandes civilizações é o
Plano Divino estabelecido por Deus. O ponto de união é o nosso
país, o Japão, e o momento da união é de hoje em diante, e se
formará uma parceria matrimonial: o noivo, chamado Oriente, se
casa com a noiva, chamada Ocidente; o mediador é Kannon e o
filho que haverá de nascer é a verdadeira civilização, o mundo
ideal anseado peia humanidade, ou seja, o Paraíso Terrestre, o
Mundo de Miroku. O poder que pode levar ao fim a grande obra,
sem precedentes, de realizar este matrimônio e fazer nascer
essa jóia é o poder de Kannon. Os momentos críticos que se
vivem nestes dias são as dores que estão gerando o nascimento
da dita civilização. É o último e a vez primeira em que se forma a
figura da cruz, que une a vertical com a horizontal. O emblema
da Sociedade Kannon, este emblema de Manji ( ), que existe
desde a Antigüidade, é o símbolo deste significado .Esta forma
de cruz, cujos extremos estão dobrados, quer dizer que se unem
e logo começam a girar; é dizer que se trata de um giro sashin
utai (movimento em espiral horário).

104
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Agora, se se unem o vertical e a horizontal formando uma


cruz, será extraordinário. Gerar-se-á uma grandiosa força que se
chama a força da Concordância entre o Espírito e a Matéria. A
isto se denomina o poder de Kannon e a Luz do Oriente. A
civilização que veio desde o Ocidente, ao chegar até os noventa
e nove por cento, através da Luz (Koomyo) que surgiu no centro
do extremo Oriente, ou seja, a Luz do Oriente, através dela, essa
civilização ocidental que avançava para o Oriente e teria como
destino final a sua destruição, será reavivada e purificada,
surgindo uma civilização ideal onde o vertical e a horizontal
estejam totalmente harmonizados e unidos, transformando em
um caminho de eterna prosperidade, e avançará em forma
retrospectiva em direção ao Ocidente. O fato de que ele foi
anunciado desde os tempos remotos, há mais de mil ou dois mil
anos passados com a expressão Luz do Oriente, é realmente
misterioso.

O início do Plano Divino da Luz do Oriente corresponde à


inauguração de hoje, pelo que imagino que de agora em diante
irá se desenvolver com a força extraordinária. A Senju Kannon
(Kannon de Mil Braços) tem outro nome: Senju Sengan Kanzeon
(Kannon de Mil Braços e Mil Olhos); como esse nome indica,
através de Seus Mil Braços dá a vida a todos e, ressucitando
com seus Mil Braços, salva iluminando com a luz que emite de
Seus Mil Olhos.

Quando a civilização Ocidental chegar ao caminho sem


saída, o seu noventa e nove por cento, surgirá a força de um por
cento capaz de dar vida, pelo qual se entende claramente se o
compararmos com uma espiral. Até agora a civilização ocidental
tem avançado girando da direita; mas próximo do noventa e nove
por cento, de repente muda o giro para a esquerda. Ushin satai
(movimento espiral horário), ou seja, o giro da direita,
inevitavelmente se destrói. Por exemplo, se se amalgamam
bolinhas de carvão ou bolinhas de farinha de arroz, praticando o

105
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

movimento Sashin utai, terão boa forma e boa consistência; mas


se rompem com facilidade se se amalgamam utilizando o
movimento Ushin satai. Também o caso de uma chave é o
mesmo: quando se fecha, é Sachin utai, e quando se abre, é
Ushin satai. A corda de um relógio é igual. Creio que se
esclarece a coisa aplicando esta teoria a respeito. Enfim, a
civilização ocidental é uma civilização destrutiva, Ushin satai. De
hoje em diante se dará início a uma civilização que gira da
esquerda, partindo do centro do Japão, aqui em Kojimachi, em
nossa Sociedade Kannon.

(Este discurso ainda continua. Terminarei de apresentá-lo


no próximo número)

("O Paraíso Terrestre" – nº 49 - 25 de junho de 1943)

A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (10)

A construção do Mundo de Dai Koomyo (3ª e última parte)

(Sigo transcrevendo a continuação do discurso de Meishu-


Sama, na inauguração do dia 1° de janeiro)

"E como se irá construir um mundo perfeitamente


civilizado, o qual é o nosso objetivo principal, o mundo de Dai
Koomyo, será um grande acontecimento jamais acontecido na
história do mundo. É algo inimaginável. Por sua parte, Deus
estava preparando minuciosamente, há milhares ou dezenas de
milhares de anos, e agora chegou o momento. Pois bem, como
acabo de mencionar a porcentagem de um por cento, será a
atuação de Senju Kannon, e tem ocorrido algo interessante a
respeito. Trata-se do seguinte: no dia 23 de dezembro, entronizei
Senju Kannon, em Oshindo. No dia seguinte, uma pessoa que
jamais tinha visto, casualmente me trouxe uma moeda de um rin.
Na face anversa dessa moeda tinha impresso, em relevo, a
Senju Kannon. Mostrei-a a um antiquário que lida com moedas

106
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

antigas há trinta ou quarenta anos. Ele disse que era a primeira


vez que via este tipo de moeda. Portanto, penso que é algo raro.
Creio que Deus me mostrou, através de um fato tão pequeno
como esse, que Senju Kannon é a atuaçâo de um por cento,
como acabo de comentar. Coisas tão estranhas como esta têm
me acontecido diariamente. Originalmente, Kannon, cuja imagem
divina é pequena, tem muita força; imagino que isto se entende
pelo fato de Kannon de Asakusa, que mede 1 (um) sun e 8 (oito)
bun (aproximadamente 5,4 cm), consagrada numa capela
quadrada de 18 ken (uns 33 m, de lado), é a mais visitada, no
Japão. A propósito dessas medidas, desejo dizer que todos os
números relacionado a Kannon se confluem ao número 18, como
1 sun, 8 bun e 18 ken de lado; isto se deve ao verdadeiro caráter
de Miroku, que é Kannon. Miroku se escreve com três números
5, 6 e 7 (em ideograma japonês), e estes três números somam
18, e a multiplicação 3x6 =18. Também a soma de 3, 6 e 9 (que
escrito em ideograma japonês, também se lê Miroku) é 18.
Quanto ao número 10 (em ideograma) é Deus e, juntando os dois
traços do número 8, escrito em ideograma, formam-se os
caracteres que significam pessoa. Portanto, o número 18 quer
dizer pessoa divina. Assim, enquanto o 18, em ideograma que se
escreve o número 10, tem a figura de união e a 8 a figura de
expansão, pelo que, também, significa que se unem a vertical e a
horizontal, e logo se expandem. Ainda que a força de um por
cento seja pequena, tem um poder tão extraordinário que força
nenhuma de demônio pode com ela e, pela primeira vez, tudo
existente no mundo será salvo por esta força.

Além disso, extermina as três grandes desgraças: o vento,


a água e o fogo; e também as três pequenas desgraças: a fome,
a doença e a guerra. Portanto, estabelecerá a paz perpétua, sem
doença, pobreza e nem conflito, e construirá o Mundo de Dai
Koomyo, eternamente próspero. Neste sentido, a inauguração de
hoje tem um significado importante com nunca houvera antes,
desde milhares de anos passados".

107
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Esta foi a primeira vez em que Meishu-sama discursou tão


longamente. Todos os dirigentes e os fiéis ficaram
profundamente emocionados. Com o estabelecimendo da Sede
provisória, Meishu-Sama começou a dar tratamento neste local.

Com esta cerimônia marcou-se o primeiro passo do


período de Miroku, no Mundo Espiritual. Finalmente chegou o
momento do Céu e Kannon começou a construir o Paraíso, ou
seja, o Reino de Miroku. Desta maneira, se nos anunciou, no
altar, em uma atmosfera aconchegante, pelo que nós, também,
nos animamos e prometemos realizar nossa dedicação a Deus.
Que cerimônia tão alegre e jovial! Assim, o feliz dia do Plano
Divino estava em ambiente harmonioso e não parecia findar.
Após o dia 3 de janeiro, Meishu-Sama comentou-me o seguinte:
"A minha dedicação atual consiste em assumir todas as funções
de todos os deuses. A razão porque devo fazer é para se obter a
purificação do corpo e alma das pessoas que ainda não se
purificaram. Quando chegar o momento, pela primeira vez lhes
pedirei realizar dedicações diversas. Primeiro com as pessoas
cujo corpo e alma estejam purificados, a cada um designarei uma
tarefa, de acordo com a sua própria afinidade espiritual. Aqueles
que têm afinidade espiritual, terão a honra de receber diferentes
dedicações pela primeira vez" Também comentou que,
dependendo de cada pessoa, se lhe outorgara sua Natureza
Divina.

Em 4 de janeiro, o Sr. Yamada e eu tivemos uma


entrevista com Meishu-Sama, que deu o Ensinamento ao Sr.
Yamada, com muita atenção.Por sua vez, o Sr. Yamada disse
que o aniversário de Meishu-Sama era precisamente o primeiro
dia do Ano Novo, de acordo com o cálculo solar, posto que o dia
seguinte ao solstício de inverno é 23 de dezembro, e
efetivamente, tinha razão. Nesse dia, Meishu-Sama nos disse
que a dedicação de cada fiel mudaria segundo suas virtudes e
defeitos.

108
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

No dia 6 de janeiro, quando me apresentei em Oshindo,


Meishu-Sama, que considerava as atividades de "literatura
humoríslica e absurda" como uma diversão de menor
importância, estava escrevendo artigos sobre temas como
política, religião, educação, etc., os quais me pareceu que iriam
se tornar usuais. Esta noite, um pouco depois das doze, me
outorgou o nome artístico de Shintei, e ao Sr. Shimizu, o de
Runsai.

Em 9 de janeiro se celebrou a primeira reunião Miroku,


desse ano, na Sede Provisória, e nós nos pusemos de acordo
sobre diferentes assuntos. No entanto, houve algo que não me
convenceu, pelo que, ao terminar a reunião, o comentei com
Meishu-Sama, para pedir a sua opinião. Então me respondeu: "É
bom crer em Deus, mas não no ser humano. O ser humano se
equivoca, assim basta cumprir as minhas ordens como são". Eu
o agradeci.

O que sucede é que naquela época havia certa tendência


intra-partidária em certas pessoas. Por isso, imagino que vocês,
também, compreenderem que a verdadeira forma de praticar a fé
se ajusta às palavras de Meishu-Sama: assim, nos indicou que,
somente cumprindo com assiduidade, de acordo com as ordens,
nunca nos equivocaríamos. Graças às suas palavras, apesar de
minhas preocupações, pude etetuar minhas dedicações a Deus
com alegria; ao desaparecer completameníe as dúvidas que
havia em minha mente, passei o tempo agradavelmente, todos
os dias. "Não creia na pessoa. Creia em Deus. Não confie nas
palavras das pessoas. Cumpra a minha ordem". Digo a todos
vocês: Não temos outra maneira de fazer as coisas, a não ser
com a fé. Unicamente com a fé desaparecerão as desorientações
e preocupações. Para isto, o mais importante é visitar a Sede de
vez em quando e receber os Ensinamentos de Meishu-Sama.

Na manhã de 10 de janeiro de 1935, Meishu-Sama me


perguntou: "Está chovendo agora, é verdade?". Quando respondi

109
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

que sim, comentou o seguinte: “Com isto surgiu o modelo do


vento aos cinco dias e o da chuva aos dez dias", ja que se criou o
Mundo de Dai Koomyo, conforme este modelo, comprovou-se
que até os fenômenos climáticos, como o vento ao quinto dia e a
chuva ao décimo dia, estavam determinados. Em Tokyo, no dia
31 de dezembro, choveu; mas do dia primeiro ao dia quatro fez
um tempo bom. O quinto dia esteve sob vento frio; o sexto,
também, sob o vento frio. O sétimo, o oitavo e o nono sob o
tempo bom; e o décimo dia choveu. Assim, de maneira
excelente, se demonstrou em dez dias o modelo do vento no
quinto dia e da chuva no décimo dia. Em 11 de janeiro, uma
pessoa desconhecida, chamada Fukutaro Moriya, disse que
queria venerar a Deusa Kannon, pelo que de imediato a venerou.
Este "rolo pendente" está adornado com papel e se podia adquirir
ao custo de um yen e cinquenta sen. Foi um preço tão baixo que
agora parece um tanto ridículo.

Esta noite celebrou-se a primeira conferência, a qual


resultou estupenda. Meishu-Sama nos ensinou: “Por fim Kannon
apareceu no Mundo Material, de tal maneira que por meio de Sua
Luz os demônios vão desaparecendo gradualmente e se vai
aproximando o momendo em que a maldade terminará. No
entanto, antes que isto se suceda, os diabos, também, resistirão
com todas as suas forças para não serem vencidos, de modo
que a maldade crescerá mais que nunca. Mas quando chegar o
momento, por mais poderosa que esta o seja, seguramente será
vencida. Os que pedem o dinheiro emprestado e não o
devolvem, os que não pagam o aluguel da casa, os que não
pagam as suas dívidas, os que têm condutas ruins, pouco a
pouco lhes chegará o momento e cairão liquidados. A Inglaterra
vem extorquindo dinheiro de suas colônias, ameaçando-as com
sua força armada, por isso a Índia se tornará independente, num
futuro próximo". Como vocês sabem, atualmente a Índia ja se
tornou independente e ultimamente os países como Irã e Egito
estão rompendo relações diplomáticas com a Inglaterra. Desta

110
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

maneira, denota-se que as palavras pronunciadas por Meishu-


Sama sempre se cumprem, pelo que fico assombado.

Em 12 de janeiro, veio o Sr. Taketomo Mizuno, agente


superior da policia especial, designado na Comissária de Oomori,
e me pediu para explicar a situação da Clínica Anexa Oomori, da
religião Oomoto, assim como o correspondente à Sede regional
Oomori. De minha parte, contei-lhe que, com a formação da Dai
Nippon Kanno Kai, no dia primeiro de janeiro, havíamos rompido
totalmente com a religião Oomoto, e prometi-lhe enviar os
regulamentos da Sociedade Kannon. Também lhe disse que o
avisaríamos quando retirássemos a tabuleta da religião Oomoto
e sobre a instalação das sedes regionais quando fossem
estabelecidas.

O interessante de tudo isto é que nesse mesmo dia à tarde


chegou a Meishu-sama uma carta expressa, datada do dia 11, na
qual era informado que ele tinha sido destituído de todos os
cargos que ostentava na religião Oomoto, tais como membro do
Comitê Missionário de Propaganda, entre outros. Devido a isto, a
facção Oomori obteve sua independência, o que significou um
sucesso feliz.

("O Paraíso Terrestre" – nº 30 - 24 de julho de 1953)

A PERSPICÁCIA DE MEISHU-SAMA (11)

Entramos na etapa de grande ação

Em 14 de janeiro, me apresentei em Oshindo e ouvi, com


gratidão, a lição que Meishu-Sama deu aos súditos que
dedicavam a Ele. Nessa ocasião, disse: "Não é momento de
estarem distraídos. Já entramos na etapa de grande ação. Por
isso, nada se conseguirá se vocês não souberem aproveitar o
tempo".

111
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Também se referiu à conduta que exige o serviço de


Kannon; sobre isto, disse: "E quanto à conduta de Kannon, há
que falar ou seguir sem parcialidade, tanto sobre o bem como
sobre o mal. Esta é a verdadeira conduta de Kannon e do espírito
de Kannon. Tampouco é correto tomar como mal todos os atos
dos oponentes. Sempre encontrarão algo que sirva de referência
nas palavras de pessoas mal intencionadas e de inimigos. Assim,
temos que ver imparcialmente. Caso contrário, se equivocarão".
Este foi um Ensinamento pelo qual fiquei muito impressionado e
grato. Nós mesmos devemos ter cuidado, pois tendemos a cair
na dita condição sem darmos conta. Depois, Meishu-Sama me
contou várias coisas enquanto redigia seus manuscritos; durante
o tempo que o ouvi, escreveu nove folhas, por cuja inteligência
fiquei impressionado, como sempre.

...escrito com as suas próprias letras e marcado com o seu


próprio polegar

Na noite do dia 16 de janeiro, teve lugar uma reunião


literária, na qual se mudou o nome da sociedade para ''SHION-
KAI" . A primeira sessão se realizou precisamente nesse dia e
resultou muito boa. Em reconhecimento aos poemas Waka (de
dezessete sílabas) que apresentei, me outorgaram os: chii (obra
de qualidade média), shuuitsu (obra excelente), e shucho (obra
extraordinária), em papel shikishi e tanzaku. A respeito dos
poemas humorísticos, me foi outorgado o primeiro lugar. O título
desta série de poemas estava escrito com suas próprias letras e
aparecia no livro a marca de seu polegar. Meishu-Sama sempre
marcava com seu polegar.

Uma lição a dois dirigentes

Em 17 de janeiro, quando me apresentei, Meishu-Sama


estava começando a dar uma lição a dois dirigentes, pelo que me
permiti ouví-Io. Dizia: "A Deusa Kannon Se dedica a criar um
mundo sem doenças, pobreza e nem conflitos; portanto, aqueles

112
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

que falam e agem de tal maneira que gerem problemas e


provoquem desgostos são os que fazem o contrário. Ademais,
está fora de toda questão promover ditas condutas. Não ajam de
acordo com as palavras das pessoas. Está absolutamente
proibido reunir-se na casa de alguém depois das doze da noite.
Daqui em diante, se surgir a necessidade de conversar,
organizem uma reunião de chá, na Sede Geral". Isto foi o que ele
disse. Tais palavras se devem a um modelo transcedental do que
ocorreria mais adiante, mas se tratava de algo que nos faria agir
sem que nos déssemos conta. A propósito deste acontecimento,
dois dias depois, ou seja, no dia 19, o chefe da Sede regional de
Omiya, o Sr. Yoshihide Takei, se dignou visitar-me em Oomori.
Nessa ocasião, se enfureceu tanto que me vi obrigado a acalmá-
lo e depois fiz com que fosse embora. Posteriormente, informei a
Meishu-Sama. Então me disse: "Aquele senhor é uma pessoa
importante da Showa Shinsei Kai, e por outro lado, os senhores
Takei e Masaki são pessoas importantes do nosso grupo. Assim,
é um problema que não poderemos evitar no futuro". Este
modelo voltou a ocorrer posteriormente, dentro do mesmo ano, e
sucedeu de maneira evidente, mas sobre isto escreverei mais
tarde. Neste dia se colocou um marco novo da Luz do Oriente, na
sede provisória. Enfim, iniciou a desdobrar-se com grande
atividade a Luz do Oriente. Nesta noite, o Sr. Shimizu retirou a
caligrafia Sangodo, feita por Meishu-Sama, já que havia estado
pendurada ali por muito tempo, e a substituiu por outra caligrafia
A Luz do Oriente, também elaborada pelas mãos de Meishu-
Sama. Finalmente, incinerou o marco da primeira obra, Sangodo,
às onze da noite. Exatamente a essa hora iniciou o eclipse lunar.
O que sucedeu é que, sem que ele se desse conta, Deus fez
com que fosse queimada, posto que acabara de surgir a Luz do
Oriente; assim, a caligrafia Sangodo, que significa "A Lua Cheia”,
teve que ser queimada, e assim iniciou o eclipse lunar.
Precisamente este fato de que brilhará o Sol e se escurece a Lua
foi uma maravilhosa dedicação a Deus. O Sr. Kawabata, que se
graduou na universidade e estudou na Alemanha e na Índia, fazia
tempo que me procurava, e dizia que queria ouvir acerca da

113
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Deusa Kannon. No dia 21, inteirado da conferência que haveria


na madrugada, solicitou-me que o levasse junto. Acompanhou-
me e ficou muito impressionado com o discurso; assim, propôs
efetuar sua dedicação a Deus e deixar os estudos que havia feito
até então. No dia 22, também, teve uma entevista com Meishu-
Sama e ouviu sua fala. Esta noite assistimos juntos à cerimônia
mensal da edição da "A Luz do Oriente". O Sr. Kawabata se
comoveu tanto que expressou o seu desejo de falar ele mesmo
e, ao obter a permissão, fez um discurso acerca de seu estado
emocional. Enquanto o Sr. Kawabata ia a Oshindo para ouvir as
palavras de Meishu-Sama, se sentiu muito feliz por haver visto
três vezes uma Luz espiritual, como a de um arco-íris, sair do
corpo de Meishu-Sama e se deslocar alé o "rolo pendente" da
Deusa Kannon, ponto em que a Luz desaparecia. Estava cheio
de ardor e dizia que no futuro iria propagar as palavras de
Meishu-Sama em diferentes partes da Alemanha e Índia,
traduzidas aos seus respectivos idiomas.

Infelizmente, esta pessoa já não pôde vir devido a um


incidente.

Chamá-lo de Grande Mestre

Em 23 de janeiro de 1935, Meishu-Sama nos deu a


indicação de que a partir de então o chamaríamos com o titulo
honorífico de "Grande Mestre", ao invés de "Mestre".

Em 31 de janeiro, fui ao jornal Aizen (publicado pela


religião Oomoto) e acertei todas as contas. Com isto pus fim à
minha atividade de venda do jornal Aizen. Na oficina do jornal me
disseram que, embora tenha renunciado à Oomoto, o mérito que
tive em contribuir na venda foi verdadeiramente grande, e
passaria à posteridade.

Em primeiro de fevereiro de 1935, devido ao fato que se


iria dissolver a Sede Regional, recorri à vizinhança para que

114
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

assinassem, também, os membros do Comitê. Quando entreguei


a notificação da dissolução, senti-me alegre, e logo assisti à
cerimônia mensal na Sede Geral. Nesse dia, uma pessoa
chamada Yamada (que certa vez trouxe a imagem do grande
Daikokuten, dizendo ter sonhado que, ao oferecer arroz branco a
Daikokuten, tudo se converteu em dourado) trouxe arroz branco
em um recepiente de oferenda, tal como havia sonhado, e o
ofereceu a Daikokuten. A este arroz Meishu-Sama denominou de
arroz de grãos dourados e o repartiu aos fiéis na cerimônia do
início da primavera.

O protótipo do Grande Plano Divino

Em 4 de fevereiro, antes de celebrar a véspera do primeiro


dia da primavera, Meishu-Sama venerou o Deus Ushitora na
casa do Sr. Kanetaka. Assim, pôs em prática o protótipo do
Grande Plano Divino. Era uma festividade importante, porque a
partir daí seria um protótipo para o futuro. Em 12 de fevereiro,
Meishu-Sama nos deu as seguintes orientações: "Enfim chegou o
Mundo de Ushitora. Como diz a predição da Oomoto: Veremos
as flores que florescem somente uma vez em todo o imenso
mundo de Buda; chegou o Paraíso que inicia com muita sorte e
felicidade e prospera trazendo ainda mais sorte e felicidade.”
Assim, pois, chegou o mundo paradisíaco que havia previsto a
religião Oomoto. Agora, em 11 de fevereiro deste ano, quarenta e
quatro anos depois que o fundador da Oomoto iniciara a sua
religião e dezesseis anos depois de eu iniciar a minha, enfim
apareceu o Deus Ushitora. Em conseqüência, também, inicia a
Grande Separação; tal como diz a predição: “Quando aparecer o
Deus Ushitora, será o momento da Grande Separação".
Assim expressou Meishu-Sama. E completou: "É
necessário unir-se à prática com muita virtude e humildade; sem
isto nunca construiremos o Paraíso".

Em 14 de fevereiro, me apresentei em Oshindo e ouvi as


palavras de Meishu-Sama. Ordenou que a partir desta noite

115
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

fossem dadas três palmadas nos momentos da oração. Até então


havíamos dado quatro palmadas, segundo estipulava a religião
Oomoto, mas finalmente se estabeleceu um estilo independente
de três palmadas.

Na prática de 23 de fevereiro, Meishu-Sama nos


comentou: “Os fiéis falam sempre da virtude divina, referindo-se
somente a coisas como receber dinheiro; mas a maior virtude é
estar são e salvo cotidianamente".

("O Paraíso Terrestre" - n ° 52 - 25 de agosto de 1953)

116
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

TEXTO PARA O CURSO DE SHINSSENKYO - SEGUNDA


PARTE-

1 - Horário de atividades de Meishu-Sama no Kanzan-tei (ao


redor do ano 1935)

7:30 h - Despertar

8:00 h - Tomar banho

Imediatamente após levantar-se, toma o banho para limpar


o corpo e o rosto. Tanto em épocas frias como nas de calor, a
temperatura do banho é de 38 graus. Além disso, ouve as
notícias pelo rádio.

8:10 h - Leitura de jornais

Lê os jornais e assinala, com um círculo vermelho, as


notícias que considera importantes e interessantes.

8:20 h - Desjejum

Meishu-Sama, sua esposa (Nidai-Sama) e sua tia fazem o


desjejum; no início o faziam no salão Koomyo; com a ampliaação
da residência, o desjejum era feito no Salão de Bambus.

8:30 h - Recepção de saudação dos dedicantes

Enquanto Meishu-Sama come a batata cozida, a vapor,


como sobremesa, todos os dedicantes o saúdam da seguinte
forma: ''Muito bom dia, Meishu-Sama; hoje, como sempre,
estamos às suas ordens.” Recepção às visitas e asseio pessoal

Barbeia-se a cada três dias. Corta o cabelo semanalmente


Uma pessoa a seu serviço lê livros e faz outras coisas. Quando

117
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

não tem entrevistas, preferencialmente dita e revisa seus


manuscritos sob a luz do sol.

10:00 h -Entrevista

12:00 h - Almoço

Se Meishu-Sama tem visitas especiais, almoça com elas


no refeitório da vila Shinzan-so; mas com o Sr. Kozabu ro
Yoshizumi e sua esposa, com os quais tem um relacionamento
quase familiar, almoça na residência do Kanzan-tei.

Construção do jardim, passeio e apreciação de obras de


arte. Quando não sai, depois do almoço, ele recebe os diretores
ou as pessoas relacionadas com assuntos artísticos; ou indica
uma pessoa a seu serviço para que leia, por exemplo, algum
manuscrito seu ou alguns episódios de gratidão (okage-banashi).
Nos dias em que não há previsão de fazer visitas, dá um passeio
pelo jardim, com suas tesouras.

Depois de haver construído o Museu, em Hakone,


acomoda as obras que exibirá. Quando não sai, dita e revisa
seus manuscritos.

15:00 h - Hora de tomar o chá

Enquanto escuta as notícias, toma o seu chá, com doces.


Sobretudo um doce de arroz envolto com folha de cereja (Kuzu-
zakura), é o seu preferido. Os visitantes especiais são
obsequiados com este doce.

17:00 h - Transmissão de Joorei aos dedicantes

Ouve as notícias das cinco da tarde, pelo rádio; transmite


o Joorei nos dedicantes que se encontram em processo de
purificação.

118
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

17:30 h - Toma o banho

Depois de banhar-se, dá uma olhada na edição vespertina


dos jornais; põe um círculo vermelho nas notícias que considera
importantes e interessantes.

18:00 h - Ceia

19:00 h - Assiste a um filme

No Nikko-den.

19:00 h - Escreve sua caligrafia

Quando não assiste a um filme, pinta e escreve caligrafias,


na Vila de Haginoya, enquanto ouve o rádio.

(Ao redor das 20:30 h) - Estudos sobre arte

21:00 h - Massagens nos ombros

Descansa ouvindo o noticiário do radio. Um dedicante lhe


massageia os ombros, de Nidai-Sama e da tia.

22:30 h - Merenda e recebe informações

Ouve o noticiário tomando uma merenda ligeira (milho


assado, etc). Ao terminar as notícias, todos os dedicantes o
saúdam da seguinte maneira: "Muito boa noite, Meishu-Sama;
estamos terminando o dia de hoje satisfatoriamente, graças à
sua condução. Com sua permissão, nós vamos descansar".
Depois recebe o mordomo para ouvir seus informes. Assim,
todos se retiram.

119
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

23:00 h - Leitura de jornais

Enquanto a pessoa encarregada lê em voz alta as edições


matutina e vespertina dos jornais, Meishu-Sama aprecia objetos
de arte.

24:00 h - Outra merenda

Toma uma sopa doce de feijão vermelho preparada por


sua tia e logo se retira do Shinzan-so

24:00 h - Ditado

No solário, dita seus estudos até a duas da madrugada.

2:00 h da madrugada - Prepara-se para ir à cama

Meishu-Sama fecha as portas da residência com chave.

Hora de descansar:

Pouco depois das 2:00 h da madrugada.

Nota sobre o programa do dia

Este programa foi elaborado com base nas reminiscências


(keigyo), em colaboração com os próximos de então; entre eles
as senhoras Yukiko Ishihara, Tatsue Inoue, Miyoko Tsunoda e o
Sr. Takashi Hon´ami.

Entende-se que Meishu-Sama, com setenta anos, nessa


época, teria uma agenda realmente apertada devido à sua
crescente dedicação à Obra Divina.

"A Deus é urgente que eu faça as coisas”, dizia Meishu-


Sama. Nós, os funcionários que pretendemos ser pequenos

120
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Meishu, devemos portar-nos devidamente e refletir em nós


mesmos a maneira de viver, com a qual Meishu-sama trabalhou
no Plano Divino.

121
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

2 - MEISHU-SAMA E O SHINSSENKYO - Recordações dos


precurssores: Episódios

Em resposta ao chamamento que fez o Presidente para se


conseguirem lembranças e fatos cheios de vivacidade, os
mesmos que permitiriam apreciar a fundo a vida diária de
Meishu-Sama e o processo de construção do Kanzan-tei, muitos
funcionários têm colaborado com recordações ou episódios da
dita natureza, os quais demonstram que Meishu-Sama tem sido o
Salvador do Universo.

A continuação reproduz a maior parte destes relatos.

1) Joorei, prova de que é o Salvador

Em 1946, três anos após ter recebido o "ohikari", tive uma


grande purificação, em Hakone. No lugar onde agora está o
Museu de Belas-Artes de Hakone, antes havia uma vila de
aluguel chamada "Torinoya". Tinha esse nome porque se
encontrava em um local mais alto do que o local onde vivia
Meishu-Sama. Posto que Meishu-Sama era quem representava a
máxima hierarquia, considera-se que viver num lugar acima dele
era algo desrespeitoso, em termos de ordem espiritual: não era
correto nem sequer comer ou descansar ali. Mas Meishu-Sama
modificou este tipo de regra. Ele mesmo denominou esse lugar
de "Torinoya", que significa a "casa dos pássaros”. Nós íamos ali
somente para descansar e, se levássemos algum presente, o
tirávamos da mochila para oferecer a Meishu-Sama.

Nessa época, o Japão passava por um período de


escassez de alimentos. Não obstante, como Niigata, minha terra
natal, era famosa por sua produção de arroz, cada vez que ia
visitar Meishu-Sama levava-lhe um pouco de arroz, juntamente
com outros membros. Num desses dias, depois da entrevista,
pensava em comer no “Torinoya", antes de regressar à casa,
quando de repente passei muito mal e caí.

122
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Recebi o Joorei de Meishu-Sama à meia-noite

Estava queixando-me, quando um senhor me encontrou e


foi rapidamente avisar Meishu-Sama. Naqueles tempos, o Joorei
era considerado como "curador"; assim, Meishu-Sama ordenou:
“Traga-o para que eu o cure". Mas o servidor lhe disse: “Não
creio que esta pessoa possa caminhar." Meishu-Sama o
contestou: “Se não pode caminhar para vir até aqui, então diga-
lhe para que se vá. Se de verdade tem vontade de vir, o fará,
inclusive arrastando-se". Então, o servidor veio imediatamente e
me disse: "Senhor Ogawa, Meishu-Sama disse que lhe ministrará
o Joorei e que vá a Ele ainda que engatinhando". Este homem
não mencionou que não fui por não conseguir caminhar. Fiz um
maior esforço com a vontade de obedecer Meishu-Sama, mas
como não podia caminhar sozinho, fui auxiliado por uma pessoa
próxima e por uma moça que estava em minha companhia. A
febre estava ao máximo e sentia dor no coração; por isso, tão
logo cheguei em frente a Meishu-Sama, me desplumei. Em
seguida Meishu-Sama me honrou com o tratamento de Joorei.
Ministrou por um bom período, o que me aliviou
consideravelmente. Depois me perguntou: “Como estás?". Eu
respondi que já me sentia bastante aliviado e Ele me disse para
dormir no “Torinoya”.

Apesar disso, voltei a passar mal duas ou três horas


depois. Assustada, a minha acompanhante foi pedir ajuda a
Meishu-Sama, e disse: "Está se sentindo mal, outra vez". Dizem
que Ele respondeu que voltasse toda vez que me sentisse mal.
Nessa ocasião já havia recebido Joorei três vezes, e na última,
me disse pessoalmente: "Se sentires mal, pode voltar a qualquer
momento". Fui dormir agradecendo-Lhe, mas às duas da
madrugada comecei a me sentir mal. Dizem que gemia de dores.
O Sr. Kashiwagui, um carpinteiro que vivia na "Torinoya", avisou
Meishu-Sama: "O Sr. Ogawa está sentido-se mal, novamente".

123
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Nesse momento Meishu-Sama respondeu com palavras


generosas: "Ainda estou acordado e trabalhando, traga-o logo".
Como disse, eram duas da madrugada. Meishu-Sama estava
desenhando uma deusa Kannon. Uma servidora, chamada
Hasegawa, avisou-O: "O Sr. Ogawa chegou!", ao que Meishu-
Sama respondeu: "Ah, sim" e deixou o pincel. Veio a mim e
ministrou o Joorei novamente, mas desta vez não melhorei muito.
Normalmente, tão logo Meishu-Sama iniciava o Joorei, me sentia
aliviado, mas nesse dia, em especial, não mostrava melhoria.
Entretanto, Meishu-Sama continuou por um longo tempo. Se
melhorava de um lado, piorava de outro; enfim, tinha dores por
todo o corpo. Era uma purificação muito intensa. Segundo me
disseram depois, o Joorei durou cerca de quarenta minutos.

Quando teminou, Meishu-Sama me disse: "Descanse um


pouco e volte a Torinoya", para continuar o seu trabalho. Já
estava melhor, mas ainda não podia caminhar. Encostei-me a
uma coluna e fiquei descansando por cerca de vinte minutos, até
que Meishu-Sama me perguntou se já poderia caminhar.
Respondi que sim: então me levantei, com certa dificuldade, e
voltei a Torinoya.

Como era no final de maio, amanhecia muito cedo.


Quando cheguei ali, a letra da montanha Daimonji era possível
de ser vista. Agora, quando vejo essa montanha, recordo o
incidente e começa-me brotar incessantes lágrimas; e então
penso: "Não pode haver nada que tenha dado mais trabalho do
que eu a Meishu-Sama".

Gemidos que rompem o silêncio da noite

Às vezes penso o que teria feito se estivesse em seu


lugar. Que faria se alguém me pedisse o Joorei às duas da
madrugada? Algumas vezes a minha esposa tem pedido à meia-
noite: "Dá-me o Joorei porque me sinto mal", Eu tenho chegado a
responder: "Que horas pensa que são?"; mas Meishu-Sama

124
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

nunca me negou desta maneira. Sempre disse que viesse vê-Lo


quando estivesse passando mal. Ele estendia suas mãos e
continuava com o Joorei até que o paciente melhorasse. Na
verdade, Meishu-Sama sempre dizia: "Quando vejo alguém
sofrer, sofro também e não posso ficar tranqüilo". Era realmente
assim.

Recordo-me que O visitei durante dois ou três dias para


receber o Joorei, mas cada vez me sentia pior, a tal ponto que
não podia ir por minha própria força. Então Meishu-Sama vinha
ver-me. Creio que quando Meishu-Sama disse que quando
desejasse vê-Lo deveria ir mesmo que engatinhando, dísse-o
com o propósito de ensinar-me que deveria ir mesmo à custa da
própria vida, se verdadeiramente desejasse ser salvo. Queria
dizer-me que quando se tem força de vontade para ir, irá até
arrastando-se, e Deus me estenderia a Sua mão de salvação e
então Ele, também, me salvaria. Era uma prova. Por isso, alguns
dias depois, quando viu que eu poderia caminhar, o próprio
Meishu-Sama Se mostrou cansado em vir me ver.

Meishu-Sama era uma pessoa que caminhava rápido, e


vinha me ver correndo. Ao deitar-me, sentia dores no coração,
por isso amontoei almofadas para respaldar-me contra as dores.
Como tinha tosses, estava sentado olhando o exterior; então vi
que Meishu-Sama vinha correndo, inclusive arregaçando o
"kimono". A servidora Hasegawa veio antes para avisar-me que
Ele viria. Em seguida Meishu-Sama chegou e perguntou-me:
"Como te sentes?”.

Eu respirava com dificuldades, nem sequer podia


responder. Meishu-Sama me ministrou o Joorei imediatamente.
Isto se repetiu durante vários dias. Não podia mover-me de
nenhuma maneira. Não podia ir ao banho, nem tomar água.
Somente estava deitado nas almofadas amontoadas.

125
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Em Gora daqueles tempos, não havia casas, por isso


parecia que os gemidos eram ouvidos à longa distância,
rompendo o silêncio da noite. À direita da escadaria que se
comunicava com o cemitério, se encontrava o dormitório da
empresa Columbia, cujo porteiro escutava os meus gemidos e às
vezes cometava: "À noite se ouvia mais forte. Será que não
morreu?" Foi um problema que persistiu por 15 dias. Estava tão
grave e as pessoas comentavan muito preocupadas e temiam
que morresse a qualquer momento.

Cinco tratamentos de Joorei, em um só dia

Entre todos os dias que Meishu-Sama veio ministrar-me o


Joorei, teve um dia em que Ele ministrou-me cinco vezes.
Quando um certo professor foi visitar Meishu-Sama, encontrou-O
muito preocupado e Lhe perguntou: "Meishu-Sama, o senhor
está purificando, hoje?” Ele respondeu que sim, dizendo: “É que
Ogawa está num momento crítico. Hoje minstrei o Joorei cinco
vezes". O dito professor me disse posteriormente que nesse
momento Meishu-Sama dirigiu o seu olhar para onde eu estava,
como se estivesse enviando uma onda espiritual da sua sala.
Certamente, eu me encontrava em um estado crítico.

Outra pessoa perguntou a Meishu-Sama: "Como está o Sr.


Ogawa? Está bem?". Dizem que Meishu-Sama respondeu: "Não
posso deixar que Ogawa morra; se morrer, eu terei problemas".
Creio que se tivesse morrido, isto teria sido um obstáculo para a
Obra Divina. O rneu estado de saúde havia chegado a um ponto
crítico, mas as palavras de Meishu-Sama eram absolutas, por
isso todos confiavam em que eu ficaria bem.

No meu caso particular, não podia urinar e estava inchado.


Meu testículo se encontrava tão inchado que tinha um tamanho
de uma cabeça. Mas, depois de quinze dias, eliminei urina com
sangue de maneira desenfreada e empapei os lençóis. Quando
se informou a Meishu-Sama que eu havia tido hemorragia

126
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

abundante, disse: "Muito bem, agora começará a melhorar".


Depois disso comecei a sentir notável melhoria.

Como já podia ir ver Meishu-Sama, fui receber o Joorei.


Entretanto, ainda tinha o testículo tão inchado que não podia
caminhar. A assistente que trabalhava para mim, depois de
terminar o trabalho de enfermeira, ofereceu-me sua ajuda: "Se é
muito pesado, ajudaret-o para que possa carregá-lo". E envolveu
o testículo com um "furoshiki" (um pano de forma quadrada que
se usa como acessório para carregar objetos). Quando cheguei,
Meishu-Sama disse que eu tirrasse o pano. Depois me colocou
um papel, para caligrafia, sobre o testículo, para aplicar o Joorei
através do papel. Isto provocou-me tosses. Ao tossir, expulsei
escarros, e o testículo começou a desinchar. Depois de cada
visita a Meishu-Sama, o tamanho do testículo foi reduzindo e
aliviando pouco a pouco.

Desde então, começou a diminuir a freqüência do Joorei,


de quatro a três vezes ao dia; de três a duas: e assim,
gradualmente, fui sarando. Mas Meishu-Sama me disse que
dormisse ali mesmo para continuar com o Joorei. Enfim, estive
sob os seus cuidados desde o final de maio a princípios de julho;
No total, cerca de dois meses.

Salvar-se-á pela dedicação

O membro qualificado, que me cuidava nesse período de


purificação, perguntou a Meishu-Sama, em uma entrevista: "O Sr.
tem dito sempre que virá a grande purificação. A este momento,
o Cristianismo denominou de Juízo Final e, na religião Oomoto, a
chamou de Grande Depressão; mas, quando isto se intensificar,
todos irão sofrer como o Sr. Ogawa?"

Meishu-Sama respondeu diante de muitas pessoas: "Sim,


mas o sofrimento de Ogawa foi algo leve". Possivelmente
insinuava que aos demais a purificação seria pior, mas não disse

127
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

diretamente. Não obstante, todos os fiéis entenderam a


menssagem e se consternaram dizendo: “Apesar de sua
entusiástica dedicação, o Prof. Ogawa teve que passar por este
sofrimento; mas nós não podemos nos comparar com ele. Se ele
sofreu uma purificação tão severa, e nós?" Todos ficaram muito
preocupados.

Meishu-Sama sabia de tudo; se alguém dormisse no


"Torinoya", Ele se inteirava de tudo que se passava. Disse que
fosse vê-Lo mesmo arrastando-se, porque sabia que eu podia ir.
Disse isto porque tinha outra intenção para alguém que, como
eu, poderia ir mesmo arrastando-se.

Mas isto não se sucedeu no caso de uma pessoa


chamada K, que estava acamada em sua casa. Quando eu
estava em Odawara, Meishu-Sama foi curá-la. Como se sentiu
melhor noutro dia, veio buscar Meishu-Sama para agradecer sua
ajuda; mas Ele disse energicamente: "Por que te levantas para
vir aqui? Disse-te que permanecesse na cama". "É que já me
sentia bem...". "Ainda que te sintas melhor, tens que ficar na
cama. Eu te irei visitar”. Meishu-Sama acudia as pessoas que
não podiam mover-se e a outras que podiam caminhar dizia que
fossem vê-Lo. Depois que me curei e regressei à minha casa,
dizem que Meishu-Sama comentou: "Certamente, o Sr. Ogawa já
não teria possibilidade de viver por sua doença. Entretanto, como
tem dedicado aos serviços de Deus, foi Deus quem permitiu que
não morresse".

Na realidade eu estava destinado a morrer; meu corpo


estava condenado a morrer; adoeci de tuberculose, do coração,
de glaucoma e ingeri muitos medicamentos, por isso
verdadeiramente não tinha cura. Mas eu levava alimentos a
Meishu-Sama. Buscava arroz para levar a Meishu-Sama e seus
servidores. Carregava o arroz de Niigata. Juntávamos o arroz
entre várias pessoas que eu liderava. Talvez fosse esta a razão

128
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

da minha salvação. Estou profundamente agradecido por suas


palavras.

Recebi o Joorei no Shinzan-so

Ocorreu o seguinte quando eu ia melhorando pouco a


pouco.

Ao passar pela entrada principal do Shinzan-so, à


esquerda, há uma sala anexa onde Meishu-Sama ministrava o
Joorei. Nestes momentos, diariamente chegavam entre cinco a
seis pessoas para receber o tratamento. Meishu-Sama começava
às 9 horas da manhã, mas sempre havia duas pessoas que O
esperavam dez minutos antes, na sala anexa. Quando Meishu-
Sama aparecia e se sentava em um "zabuton" (almofada), a
primeira pessoa se aproximava e Meishu-Sama iniciava o Joorei.
Era realmente rápido. Ao terminar o primeiro paciente, este se
retirava rapidamente e passava o segundo a sentar-se frente a
Meishu-Sama; deste modo, um atrás do outro recebiam o Joorei,
como uma produção em série. Se alguém fazia Meishu-Sama
esperar, ficava exposto a uma repreensão. Por isso, as pessoas
que vinham receber o Joorei tomavam uma atitude de seriedade
absoluta.

Meishu-Sama como o Senhor do perdão

Um dia, uma anciã chamada U procurou Meishu-Sama


para receber o Joorei. Minha vez era após ela. Um momento
depois de haver iniciado, Meishu-Sama deteve o tratamento. Eu
vi que aquela anciã estava tremendo.

Neste momento pensei que ela estivesse possuída por um


espírito de morto. Por ignorância, nós, que não sabíamos que
tipo de espírito entrava em alguém, iríamos perguntar de quem
seria o espírito; mas Meishu-Sama, como possuidor de nível

129
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

máximo de sabedoria (kenshinjitsu), sabia de quem era sem


perguntar.

Meishu-Sama disse: "Era o Sr. M", Ao ouvir esse nome,


que era o de um dos nossos antigos companheiros, me
surpreendi. Eu pensava que esta pessoa ainda estivesse viva.
Mas a anciã U respondeu, com uma voz masculina: "Sim, sou eu,
o Sr. M". E continuou dizendo: "Morri quando estava como
missionário em X". Meishu-Sama respondeu-lhe: “Tu não vieste a
curar-te comigo" (nesta época se dizia "curar" ao Joorei); " isto foi
o teu castigo". O trêmulo Sr. M disse: "Tenho frio, não posso ver.”
Ao ver o seu estado de sofnmento, Meishu-Sama respondeu:
"Estás em um inferno gelado". O homem pode cometer diferentes
pecados, mas quando presenciei aquela cena em que Meishu-
Sama e o Sr. M se enfrentavam daquele modo, me dei conta de
que não receber o Joorei, também, é pecado; isto foi o que me
surpreendeu, além de me permitir adquirir novos conhecimentos.

Logo após, Meishu-Sama disse ao Sr. M: "Em tua vida


fizessetes muitos serviços, portanto vou te levar ao purgatório
(yachimata)". De imediato o Sr. M respondeu e deu graças,
derramando lagrimas: "Já posso ver, estou sentindo calor. Muito
obrigado!", e nesse momento saiu da senhora U, dizendo: "De
agora cm diante virei receber o Joorei e seguirei servindo-o".
Assim, a anciã voltou ao seu estado normal e Meishu-Sama
seguiu o tratamento (Joorei).

Depois chegou a minha vez. Quando a senhora U eslava


se retirando, antes de se despedir de Meishu-Sama, saudou a
Deusa Kannon, colocada ali, dando três palmadas costumeiras
de oração; logo se dirigu a Meishu-Sama para agradecer. Ao ver
este ato, Meishu-Sama disse: “Tu orastes primeiro à Deusa
Kannon, não é verdade? A Deusa Kannon trabalha o fogo e a
água, mas eu tenho o poder do Fogo, da Água e da Terra; isto
significa que sou Miroku. Por isto basta agradecer-me".

130
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Graças ao que vi, aprendi o seguinte:

1) O fato de não receber o Joorei é pecado. Meishu-Sama


advertiu várias vezes ao Sr. M, ainda em vida, que devia receber
o Joorei, mas ele punha desculpas para não receber. Dizia, por
exemplo, que o trem ia partir ou que estava muito ocupado.
Meishu-Sama sabia de tudo, quer dizer, quando alguém se
adoentava e que grau de nebulosidades tinha.

2) Meishu-Sama nos fez saber que era o Salvador: e o


Salvador é o Senhor do perdão dos pecados. Enquanto Meishu-
Sama dizia ao Sr. M que o levaria ao purgatório, foi salvo do
inferno. Este poder é completamente inimaginável para o
homem.

3) Por isso compreendi que ser instrumento para a


construção do Paraíso Terrestre tem um significado muito
profundo de salvação e que servir a Deus significa uma grande
salvação, ou seja, o valor de servir a Deus.

4) "Eu sou Miroku", disse Meishu-sama, diante dos meus


olhos. Eu iniciei as atividades da fé em 1944 e ao terceiro ano
entendi a Natureza Divina de Meishu-Sama. Quando me
encontrava em processo de purificação, diariamente recebi o
Joorei de Meishu-Sama, graças ao qual cheguei a me curar. Isto
me ajudou a conhecer o caminho da fé.

O grande poder das caligrafias de Meishu-Sama

Ao final de 1944, quando eu fazia os meus serviços em


Niigata, caiu uma densa nevasca. Como era tempo de guerra,
não havia sequer aquecedores; passamos um inverno muito frio,
como nunca. Entretanto, na hora do tratamento de Joorei, havia
que se despir e se sentia um frio congelante.

131
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Quando fui à entrevista com Meishu-Sama, informei-Lhe


sobre o clima: "Este ano tem caído intensa nevasca em Niigata".
Na hora de minha parfida, o Mestre Inoue me disse: "Meishu-
Sama te manda esta caligrafia para que tu coloques na sala
onde, tú Ogawa, pratica o Joorei" Era uma caligrafia escrita pelo
próprio Meishu-Sama, na qual se lia: "Shun-ko" (Luz da
primavera). Recebi-a com um profundo agradecimento.

Ao regressar a Niigata, coloquei o escrito na parede;


então, milagrosamente, a temperatura começou a subir dentro da
sala. Antes disso, normalmente quando fazia frio, a minha pele
ficava eriçada, mas desde que coloquei a caligrafia deixei de
sentir isso; assim, o significado da escrita se cumpriu
literalmente; inclusive as pessoas que vinham receber o Joorei
diziam: "Mestre, que calor está a sua sala". Desde este inverno,
me despreocupei do frio e pude continuar o meu serviço.

O que temos que levar em conta no Joorei

Era o ano de 1945. Nesta época os honorários de


tratamento subiram de um para dois yens, por ordem de Meishu-
Sama. Eu cometi a insolência de pensar que não era justo
duplicar o honorário de uma só vez; considerei mais conveniente
que se aumentasse uns cinco por cento, o que aumentaria
somente um pouco. Pensei que enfre a região de Kanto e de
Niigata havia diferenças econômicas e que era necessário ver a
realidade; por isso, apesar da ordem de Meishu-Sama, segui
cobrando um yen por atendimento duante dois ou três meses,
sem que nada acontecesse.

Mas um dia fui à entrevista. Daquela vez o clima não


estava bom; uma tempestade furiosa provocou a suspensão dos
serviços na linha Tokaido. Por esse motivo éramos somente em
três, inclusive eu, os que foram à entrevista com Meishu-Sama.
Nesse dia Meishu-Sama leu os relatórios detidamente e disse em
tom severo: "De que se trata isto? As contas estão mal. Este dia

132
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

vieram trinta pessoas e cobrastes somente trinta yens. Eu havia


dito que aumentasse para dois yens". Não tinha nada a dizer a
Meishu-Sama e Eíe repreendeu dizendo: “Tu estás burlando
Deus. Quanto mais caro seja o meu tratamento (Joorei), mais
alívio terão". Desde então, gravei em minha mente que deveria
acatar as ordens de Meishu-Sama a todo custo. Compreendi que
suas palavras eram palavras de Deus e que eram a pura
verdade. No dia seguinte subi o honorário para o dobro; assim
pois, enquanto obedeci a ordem, também, aumentou em dobro o
número de pessoas que vieram receber o Joorei. Isto me fez
compreender profundamente a insignificância da inteligência
humana.

Sobre o inteligente e o tolo

A propósito de obedecer as ordens de Meishu-Sama, certa


vez aconteceu a seguinte situação. O professor S era uma
pessoa relativamente calada. Segundo diziam, seu nível
acadêmico não superava o de um graduado primário. Mas um dia
Meishu-Sama disse: "Essa pessoa é muito inteligente". Ao ouvi-
Lo, pareceu-me estranho que Meishu-Sama disesse tal coisa.

Era 1946, lá em Shinzan-so, como eu estava doente de


várias partes do corpo, perguntei a Meishu-Sama quais seriam as
partes mais enfermas. Ele me respondeu: "Tu estás mal de
cabeça".

Desde jovem estudei com o objetivo de chegar a ser um


professor; inclusive abri uma academia de preparação. Por isso,
jamais imaginei que fosse um tonto.

Por isso perguntei de novo a Meishu-Sama: "Em que se


baseia o Senhor para dizer que uma pessoa é intelegente ou
tonta?”. Ele respondeu: "Uma pessoa inteligente seria como o Sr.
S". Como eu não me mostrei convencido, me explicou: "Ele

133
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

pensa e age exatamente como eu digo; por isso digo que ele é
inteligente".

De maneira submissa compreendi que o mais importante


na fé seria fazer o que diz Meishu-Sama.

(Eitaro Ogawa - Conselheiro)


(O Joorei de Meishu-Sama - primeira edição - 23 de dezembro de
1989)
2) Sobre o Kanzan-tei

"Que saiam daqui aqueles que não podem me chamar de


Messias"

Em 15 de junho de 1954, após a celebração da Cerimônia


Provisória do Advento, no Kyussei Kaikan, de Atami, ao
entardecer Meishu-Sama estava em Hakone, mas o que desejo
referir-me é sobre o Kanzan-tei, como o lugar onde Meishu-Sama
viveu como Salvador do Universo.

Meishu-Sama disse: "Já que cheguei ao máximo da


hierarquia de Salvador do Universo, a partir de hoje devem me
chamar de Messias. E os que não podem fazê-lo, que saiam
daqui imediatamente". Além disso, disse: "Como alcancei a
máxima hierarquia, devem tratar-me com palavras de máxima
hierarquia e o máximo de respeito".

Não obstante, como estávamos acostumados a chamá-Lo


de Meishu-Sama, não nos saía a palavra "Meshiya-Sama"
(Messias), com facilidade. Eu, assustado, pensei que poderia ser
despedido se o chamasse de Meishu-Sama e, por isso, ainda
quando só, repetia: "Meshiya-Sama, Meshiya-Sama" (Messias,
Messias), igual aos outros. Mas cerca de dois meses depois nos
voltou a ordenar que Lhe chamássemos de Meishu-Sama. Desde
então O chamamos assim, sempre.

134
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Meishu-Sama nasceu como Messias, em Atami, e passou


a sua vida como tal no Kanzan-tei, onde voltou a ser Meishu-
Sama. Logo regressou a Atami e aí foi onde ascendeu aos céus.

Por tudo isto considero o Kanzan-tei como um lugar


verdadeiramente magnífico, no sentido de que Meishu-Sama
viveu ali como Salvador do Universo.

(Takashi Hon´Ami - Conselheiro adjunto)

Vinda do Messias

Isto aconteceu no Salão de Bambus, localizado no interior


do Kanzan-tei. Foi no verão de 1954, época em que Meishu-
Sama passava por um processo de purificação.

Sentado na cama, Meishu-Sama, disse: "Dentro de pouco


construir-me-ão uma residência permanente, ali", e apontou com
o dedo aonde está agora o "Okutsuki" (Mausoléu de Meishu-
Sama).

Eu respondi: “Ah, sim?”. Ainda não conhecia os detalhes


do que se pensava em construir.

Por outra parte, creio que Meishu-Sama tinha um


sentimento especial sobre o Advento de Messias. Um dia, de
repente, perguntou-me, no Salão Koomyo, qual era a frase final
do livro Hikari wa daichi ni (A Luz que cobre a Terra).

Eu, que estava vendo o livro por casualidade, Lhe disse:


"O Messias chegou". Ao ouvir, Meishu-Sama comentou que
precisamente isso era do que se tratava. Tenho a impressão de
que não há muitas obras escritas sobre Meishu-Sama. "A Luz
que cobre a Terra", seria, pois, a primeira obra que falava sobre
Meishu-Sama. Por isso creio que Meishu-Sama tinha um grande
interesse nela.

135
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Além disso, coincidia com a época em que nos ordenou


que O chamássemos de Messias.

(Yukiko Ishihara - Conselheira)

Nota: "A Luz que cobre a Terra" foi escrita por Ei Asou, publicada
em 15 de agosto de 1954. Sua frase final é: "Evidentemente, o
Messias chegou".

Meishu-Sama escrevendo até as duas da madrugada

No Kanzan-tei viviam somente Meishu-Sama e sua esposa


Nidai-Sama. O resto de sua família vivia no Shinzan-so. Foi
próximo ao ano de 1948 quando eu cheguei para servi-Lo. Até
antes de assumir o cargo de Segunda Líder Espiritual, Nidai-
Sama nunca participava na Obra Divina. Mesmo vivendo com
Meishu-Sama, estava totalmente alienada das atividades
relacionadas com a Obra Divina, as mesmas em que Meishu-
Sama atendia. Isto não é difícil de entender, ja que Nidai-Sama
tomou o cargo de Segunda Líder Espiritual quando Meishu-Sama
ascendeu aos Céus. Ate então esteve dedicando em outras
coisas, fazendo cursos, por exemplo.

Ao falar sobre a vida de Meishu-Sama daquela época,


recordo que se despertava por volta das sete da manhã e
descansava por volta das duas da madrugada. Das doze da noite
às duas da madrugada relia seus manuscritos, entre eles o
Alicerce do Paraíso, os Ensinamentos que vocês conhecem.
Como disse, no início, no Kanzan-tei somente viviam Meishu-
Sama e Nidai-Sama: por isto, até que eu saísse do Kanzan-tei,
às duas da madrugada, nenhuma porta estava fechada à chave.
Eu regressava ao Nikko-Den, o mesmo que agora vocês visitam,
a essa hora; entrava pela porta traseira e dormia no quarto que
estava acima da porta principal. Por outra parte, quando eu saía
do Kanzan-tei, Meishu-Sama, antes de descansar, dirigia-se até
a porta principal para fechá-la à chave e não para despedir-me,

136
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

pois eu não saía e nem entrava por esta porta, e sim pela porta
de serviços, que estava junto à porta principal. A essas noras
Nidai-Sama recitava algum "Nagauta" (um tipo de poema poema
clássico) em seu quarto, acompanhando-se com o "Shamissen"
(instrumento musical de cordas). Assim, transcorria a sua vida.

(Keiichi Yamamoto - Conselheiro executivo)

Nota: Extrato de Conferência ditado no Curso de membros que


foi realizado no Solo Sagrado, em 1987.

Mesmo sendo Deus, não tenho olhos atrás

Antes, quando o mar ainda não estava contaminado como


agora, mais ou menos a cada três dias chegavam de Yokosuka a
Hakone os pescados e mariscos que agradavam muito a Meishu-
Sama.

Um dia entrei no Salão Koomyo, pela cozinha, através da


porta corrediça de papel, para mostrar-Lhe os mariscos. Nesse
momento, Meishu-Sama se encontrava sentado olhando o
jardim, de costas para mim.

No início fiquei nervosa pensando que talvez fosse


molestá-Lo, pois entrara sem licença no Salão. Da porta informei-
O de que estava trazendo o pescado fresco que acabara de
chegar, mas Meishu-Sama ficou calado. Eu tratei de explicá-Lo
que havia camarões e outros frutos do mar. Mas Ele não disse
nenhuma palavra. Que problema! Juro que não soube o que
fazer.

Enfim, Meishu-Sama me disse: "Sabes de algo? Te digo


que mesmo sendo Deus não tenho olhos atrás". Imediatamente
fui pela galeria e de frente a Meishu-Sama apresentei os
pescados. Então Ele disse: "Ah, já vieram”. Agora penso que de

137
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

um modo humorístico Meishu-Sama me ensinava bons modos; e


isso foi o que relaxou a minha tensão.

(Tatsue Inoue - Conselheira)

Massageando os ombros de Meishu-Sama, enquanto Ele


desfrutava vendo os fogos de artifícios, no parque Gora

Isto aconteceu em 16 de agosto de certo ano, o Dia de


Daimonji, que significa o dia de acender fogos na montanha que
tem a forma do ideograma "Dai". Por esse motivo, no parque
Gora se daria um espetácuío de queima de fogos artificiais.

Nessa ocasião, um dedicante veio ao Shinzan-so procurar-


me para que fosse massagear os ombros de Meishu-Sama.
Pareceu-me que a vontade de Meishu-Sama era a de receber a
massagem antes do início do espetáculo.

Nessa época eu tinha o cargo de fazer massagens, por


isso, dirigi-me correndo ao Salão Koomyo, do Kanzan-tei.
Meishu-Sama, vestido de kimono, de cor branca, estava sentado
no corredor vendo o fogo de Daimonji.

Quando estava massageando, iniciaram-se os estalidos


dos fogos artificiais. Então Meishu-Sama colocou suas sandálias
de madeira; logo se dirigiu até o corredor e saiu pela porta de
acesso ao Nikko-den para ir caminhando até o parque Gora.
Parecia que Meishu-Sama estava apressado, porque eu o seguia
quase correndo.

No parque haviam separado três lugares; quando cheguei,


ja estavam ocupados; um por sua esposa (Nidai-Sama) e outro
por sua tia, no meio delas estava Meishu-Sama, presenciando o
espetáculo. Da minha parte, esquecendo os findos fogos
artificiais, dedicava-me a massageá-Lo. Aos poucos, Meishu-
Sama me indicou que parasse.

138
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Creio que Meishu-Sama me fez o favor de terminar rápido


a massagem para que eu pudesse desfrutar do espetáculo. No
parque, também, estavam seus familiares e outras pessoas que
tinham vindo presenciar a festa. Embora a vontade de Meishu-
Sama fosse esta, eu estava preocupada em preparar a sua
merenda, assim não demorei muito em regressar ao Shinzan-so.

(Miyoko Tsunoda - Conselheira)

Entrevista no Kanzan-tei

Isto aconteceu quando eu me encontrava em processo de


purificação, que se manifestou com a sarna. Pela primeira vez
tive a honra de ser recebida por Meishu-Sama. Comigo, havia
outras trinta pessoas no gramado em frente ao Kanzan-tei. Logo
que apareceu no corredor, vestido de kimono, Meishu-Sama se
sentou em uma cadeira de vime e nos deu uma mensagem de
uns cinco minutos. Ainda tenho gravada essa imagem dos pés
feridos de Meishu-Sama, que igualmente sofria do processo de
purificação ocasionado por sarna.

(Toshinori Iwama - Conselheiro Executivo adjunto)

O que me disse o Sr. Kashiwagui (carpinteiro)

O Sr. Kashiwagui era um dos mestres carpinteiros que


trabalharam na construção do Kanzan-tei e, também, era o
encarregado do "Torinoya" (Casa dos Pássaros).

Quando Meishu-Sama vivia no Kanzan-tei, surgiu a


necessidade de que o Mestre Kashiwagui subisse ao telhado da
residência, por isso solicitou a Meishu-Sama que abandonasse o
local, por alguns momentos. Meishu-Sama respondeu algo
assim: "És o encarregado de Torinoya, Casa dos Pássaros; em
conseqüência, tu és o pássaro. Assim, pois, não me molesta que
um pássaro ande sobre a minha cabeça". Assim, mesmo

139
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

sentindo muito, o Mestre Kashiwagui se atreveu a subir no


telhado.

Também, recordo que um dia, quando estava construindo


a residência, o Sr. Kashiwagui teve uma forte dor de cabeça.
Após receber o Joorei de Meishu-Sama, foi descansar. Depois,
ao terminar a segunda sessão, Meishu-Sama lhe disse que com
isto ja estaria bem. Mas o Sr. Kashiwagui continuou com forte dor
e estava muito preocupado com o que poderia suceder.
Entretanto, amanheceu perfeitamente, sem nenhuma dor, e pôde
continuar com o seu trabalho. Maravilhado por esta experiência,
que simbolizava a Natureza Divina de Meishu-Sama e por uma
ministração de Joorei tão precisa e efetiva, o Sr. Kashiwagui
seguiu cumprindo com o seu dever, preso às instruções de
Meishu-Sama.

(Mayo Tanabe - Conselheira executiva adjunta)

Recebi um manuscrito diretamente de Meishu-Sama

Lembro-me que isto sucedeu ao redor de setembro de


1950. Após ter uma entrevista com Meishu-Sama, no Nikko-den,
ocasião na qual eu acompanhava um diretor, dirigi-me até o
Kanzan-tei. Ali, na sala próxima à entrada principal, recebi
diretamente das mãos de Meishu-Sama um manuscrito de
Ensinamentos. Aquela vez Meishu-Sama me ordenou que o
imprimisse e Lhe entregasse as cópias no dia seguinte.

Tempos depois, o diretor me contou que Meishu-Sama


havia redigido esse manuscrito no local mais retirado do Kanzan-
tei, do qual se avistava o monte Daimonji; foi nesse momento
quando me apercebi do significado que tem o Kanzan-tei. E
ainda agora, cada vez que visito esse lugar, me recordo
vivamente daquele momento.

(Kin´Ichi Imamura - Conselheiro)

140
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

3) Entrevista outorgada por Meishu-Sama

1 - Entrevista no Shinzan-so

Histórias sobre Deus

Lembro-me que Meishu-Sama falava muito das coisas


misteriosas, sobretudo sobre Deus. Eu estava muito
impressionado com tudo isto, pois até então não havia ouvido.
Aquela sensação que tinha de receber uma força extraordinária,
pelo fato de ouvir algo sobre Deus, quase me levava ao Paraíso,
pelo que me entregava ainda mais à atividade religiosa.

Quisera sublinhar algo que me soava especialmente


misterioso entre tudo o que contava Meishu-Sama: "É difícil
manejar as coisas de Deus. Falar delas em demasia pode faltar
seriedade à conversação, ainda que seja necessário que a gente
separe algo disso. Ainda que, no final das contas, Deus mesmo
resolve tudo".

(Issaku Saiki - Conselheiro)

Recebendo a Força Divina na entrevista

Quando fui à entrevista, uma chuva intensa castigava a


cidade inteira de Hakone. Todos chegaram empapados ao
Shinzan-so, após ter caminhado com muita dificuldade, desde a
estação de Gora. Imediatamente nos conduziram à sala de
recepção, onde nós tiramos o abrigo para secá-lo e entramos no
"Salão Superior” (Uenoma). Foi para mim uma grande honra ter
entrado como a décima terceira pessoa do grupo dirigido pelo
Mestre Shibui; estava esperando com muita tranqüilidade a
presença de Meishu-Sama. Ele apareceu na hora prevista e o
mordomo Inoue Lhe informou sobre os presentes oferecidos em
sinal de respeito. Depois, iniciou-se uma sessão de perguntas e
respostas sob a condução do Mestre Shibui. Durante a entrevista

141
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

fiquei muito tenso porque senti como se Meishu-Sama estivesse


me observando com o seu olhar penetrante. No entanto, tive
sorte de compreender que a entrevista era o foro fundamental
através da qual se recebia a Luz Divina de Meishu-Sama e se
podia beneficiar-se com o Seu Divino Poder maravilhoso. Assim
mesmo, me concedeu a transmissão de seu poder espiritual,
mesmo que me purificava a alma. E após a entrevista, meu
corpo, que anteriormente havia apresentado reações negativas
frente à enfermidade, de repente começou a mostrar uma reação
positiva; é dizer, que a purificação da sarna manifestou em todo o
meu corpo.Pelo que eu sofria, em termos médicos, era a
"pleurisia húmida"; me supurava o pescoço, as mãos e até as
pernas. Assim mesmo, depois de seis meses de luta, me libertei
deste sofrimento da tuberculose. Após tudo isto, novamente
estive em condições de poder transmitir Joorei e no fim reiniciei a
minha dedicação.

Creio que imediatamente depois da entrevista com


Meishu-Sama, e de uma visita a Shinzan-so, eu podia ministrar o
Joorei com maior poder e eficácia, graças à proteção divina.
Assim, pois, tenho tratado de ministrar o maior número de vezes
possível, superando todos os obstãcuíos.

(Kazuo Murase - Conselheiro executivo)

"O essencial para difundir a Sekai Messia Kyo é formar


pessoas úteis e valiosas"

As palavras que recebi de Meishu-Sama, na primeira


entrevista que me concedeu, no Shinzan-so, foram tão
impressionantes que nunca poderei esquecê-las, em toda a
minha vida. Neste tempo ocorria um milagre atrás de outro.
Depois que expuseram as experiências deste tipo que estavam
sucedendo, Meishu-Sama, referindo-se aos seus Ensinamentos,
sublinhou que o importante ou fundamental na difusão da
Meshiya Kyo não somente consistia em atrair mais pessoas,

142
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

senão fambem em ajudaras pessoas para que se convertam em


uma pessoa valiosa e útii.

Enlre as muitas coisas que pude aprender de seus


Ensinamentos, o que me pareceu mais transcedental foi o
Ensinamento de "Não impor-se, não irar-se, não preciptar-se; e
além disso ser atencioso e franco, assim como comprazer aos
demais e ajudá-los a que tenham esperança. Se todos estes
passos se cumprem satisfatoriamente, no final poderemos
construir o Paraíso Terrestre". Eu pessoalmente venho fazendo
meus pequenos esforços conforme este grande princípio. De
outra parte, é digno tomar-se conta de que tem havido
crescimento enorme no número de membros que visitam o
Nikkon-den para participar da cerimônia, o que deu lugar à sua
ampliação.

(Tetsu Takahashi - Conselheiro)

Lembranças das entrevistas

Eu recebi o "ohikari" em 18 de junho de 1946. E a partir do


mês seguinte comecei a oferecer o meu domicílio como clínica
para o tratamento da purificação. Em março de 1948 faleceu o
meu esposo, que também era membro, devido à purificação
iniciada com uma gripe. Triste e angustiada, solicitei uma
entrevista para pedir a Meishu-Sama que me explicasse o que
significava para mim este processo de purificação. Carregando o
meu filho de um ano nas costas, estive a ponto de entrar no
Salão do Shinzan-so; mas me deu pena esperar Meishu-Sama
ali; assim, decidi recebê-Lo no meio do caminho da escadaria
que leva ao salão. Meishu-Sama não tardou em subir. Ao vê-Lo,
me pus nervosa. Após fazer uma profunda reverência, pedi com
uma voz trêmula que me desculpasse por trazer o meu filho. Em
voz baixa, Meishu-Sama indicou a um próximo, que me disse que
entrasse ao salão. Afortundamente meu filho permaneceu
dormindo nas minhas costas, durante a entrevista.

143
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Tão pronto como se sentou, Meishu-Sama, disse que,


devido à comemoração dos dias dos mortos (bon), iria falar sobre
o assunto do Mundo Espiritual, assim como sua relação com o
Mundo Material e sobre os antepassados e os filhos. Assim,
chegou o momento mais comovente, pois estava plenamente
convencida da importância que tinha para mim ver Meishu-Sama,
já que Ele sabia tudo o que eu necessitava.

No principio sua fala era conseqüente do Ensinamento,


mas ao aprofundar sobre os espíritos de seres que morreram
novos, disse que seus familiares deveriam deixar de apegar-se a
eles o mais cedo possível e que procurassem fazer o quanto
pudessem, pois isso daria felicidade aos demais e sobre tudo
ajudaria a salvar os enfermos. Assim mesmo, teve a amabilidade
de ensinar-me detalhadamente o modo diário de celebrar um
oficio para o descanso da alma dos defuntos. Por conseguinte,
esta entrevista me pareceu muito oportuna e valiosa, já que me
permitiu compreender a grande importância que têm os seus
Ensinamentos. Desde este dia me foi permitido servi-Lo como
funcionária. Também foi um momento muito significativo que
marcou o início de uma evolução feliz na minha vida privada.
Neste sentido, o dia 6 de julho reveste-se, para mim, de suprema
importância, que jamais poderei esquecer.

Com a dita entrevista obtive o convencimento do caráter


divino e sagrado de Meishu-Sama. Era um observador profundo
que penetrava no pensamento da pessoa comum e tinha muita
disposição para ajudar e orientar os que necessitavam, segundo
a situação de cada um.

Lembro-me, de outra parte, algo que sucedeu em uma


entrevista especial acontecida ao redor de 1952 ou 1953.
Tratava-se de uma nota jornalística (que falava
escandalosamente de um processo de purificação que
experimentava um membro com um osso fraturado e que vivia na
região de Chukyo). Logo que se iniciou a entrevista e Meishu-

144
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Sama tomou assento, um diretor Lhe pediu desculpas da


maneira mais humilde, antes de explicar detalhadamente o que
passava sobre o caso. Depois de ouvi-lo, Meishu-Sama nos
advertiu da seguinte forma: "Vocês sabem perfeitamente que
sempre falo do perigo da dita problemática. Já deveriam ter
sacado algum aprendizado dele. Isto se sucede porque têm feito
pouco caso das minhas palavras. Não há como não compreendê-
las, ainda que se trate de coisas pequenas. É necessário ter
muito presente que o demônio anda buscando a oportunidade de
se aproveitar de qualquer descuido, como o fato que nos ocupa.
O que pode resultar disso? Muita gente pode ficar com uma idéia
equivocada sobre a nossa Instituição e o Joorei, se aceitarem
completamente o que dizem as notas do jornal. Observem vocês
que isso é precisamente o que busca o demônio. Algo assim faz
perder todo o bom e o positivo que se havia acumulado até
agora". Como encarregada de atender a muitos membros e
pessoas em processo de purificação, confirmei uma vez mais a
minha forte decisão de evitar o surgimento de problemas de
qualquer índole.

Também recordo aigo que ocorreu em outra entrevista


especial: houve um momento em que Meishu-Sama deixou de
falar; não sabíamos se era porque perdeu o fio do raciocínio ou
porque havia chegado outro; mas sua esposa murmurou algo,
como se tratasse de aconselhá-Lo. De repente, Meishu-Sama fez
um gesto de aborrecimento e exigiu que se calasse; isso me
pareceu uma espécie de repreensão ou uma advertência
demasiado severa, algo muito difícil de descrever; Sua esposa
ficou ruborizada e abaixou a cabeça com profunda humildade
para desculpar-se com Meishu-Sama. Todos os presentes
ficaram surpreendidos e também abaixaram a cabeça, já que se
dizia que Meishu-Sama sempre tratava sua esposa com muita
ternura, como num matrimônio muito unido.

Este episódio me fez refletir sobre o delicado que seria ter


uma posição assim, como esposa de Deus, que é Meishu-Sama;

145
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

isto exigia comportar-se devidamente segundo a circunstância.


Assim mesmo, isto nos deu a lição importante para consolidar a
fé que tínhamos em Meishu-Sama.

(Tomiko Terakawa - Conselheira)

Em um trem cheio de gente, transmiti Joorei a um oficial

Na primeira entrevista que participei, no ano de 1945,


fiquei surpresa ao ver Meishu-Sama trajando roupas simples e
humildes. Por sua aparência, senti que a minha surpresa ia se
transformando em algo que poderia descrever como simpatia a
Meishu-Sama. Em seu discurso sublinhou com grande ênfase a
importância de realizar as atividades de acordo com a pessoa.
Baseada no programa de aíividades que elaborei, depois da
entrevista, sai à rua para cumprir com a programação. A
propósito disto, Meishu-Sama assinalava: "Ver filmes nos ajuda a
refrescar a mente. Os que de uma maneira ou outra pretendem
salvar e orientar o mundo, antes de tudo devem ser grandes
conhecedores das tendências representativas da época e ter
uma alta sensibilidade sobre a natureza dos sentimentos
humanos".

Tenho, também, uma recordação sobre o envio de arroz


que me foi encarregado em outra entrevista. Era no ano de 1946.
Esta época se caracterizava por uma grande falta de alimentos,
por isso o arroz era muito precioso. Certo membro, cuja vida foi
salva por Meishu-Sama, quis enviar-Lhe arroz e o colocou no
guarda-malas do trem em que eu viajava. Devido à situação
daquela época, se uma coisa como arroz fosse encontrada pelas
autoridades, imediatamente seria confiscada. Apesar disso,
aquele membro me rogou chorando que levasse o arroz e, no
fim, me convenceu; assim, decidi levá-lo a todo custo, rezando
para que não me acontecesse nada no trem.

146
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Como era de se esperar, um pouco antes de chegar a


Naoetsu, apareceu um oficial encarregado da revista. Quando
encontrou o arroz que estava no guarda-malas, o oficial me
perguntou com desconfiança:

- "De quem é este arroz?"

Eu respondi:

- "Trata-se de uma encomenda".

- "Você conhece a Lei de Controle Alimentício, não é?

- "Sim, senhor."

- "Então procederei o confisco".

- "Por favor, não o confisque. Não se precipite, senhor."

E a discussão continuou por um certo tempo. Entretanto,


estava pensando o que dizer ao oficial para resolver o problema;
eu devia evitar que me tirasse o arroz e fazê-lo chegar ao Solo
Sagrado, conforme a vontade do membro. Após pensar, surgiu a
idéia e finalmente disse: "Olhe, senhor, este arroz simboliza o
agradecimento mais profundo expresso por pessoas cujas vidas
foram salvas por Deus". O oficial me ameaçava com uma cara
horrorosa exigindo-me que demonstrasse o tal magnífico poder
divino, se é que existia. Os demais passageiros olhavam a cena
sem respirar pensando na embrulhada que poderia armar-se.
Então, com a máxima seriedade de que fui capaz e rogando, na
minha mente, a Meishu-Sama para que me desse muita força, eu
ministrei o Joorei ao oficial. Uns dez minutos depois, quanto
terminou a transmissão, o oficial mudou de atitude. Disse-me que
aguardasse um pouco porque iria consultar o seu chefe sobre o
assunto. Logo depois, ele regressou e me disse que poderia
levar o arroz por tratar-se de um caso especial, e inclusive me

147
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

deu uma autorização. Não soube como expressar a alegria que


senti naquele momento; ainda mais que estava rodeada por
outras pessoas e a duras penas consegui conter o choro.
Agradeci a Meishu-Sama por este apoio que me deu. Assim foi
como pude entregar o arroz satisfatoriamente. Este episódio
constitui, para mim, um dos momentos mais comoventes, que
jamais esquecerei enquanto viva.

(Yoshiko Miyasoto - Conselheira)

Palavras garantidas pela certeza

Em 13 de junho de 1946, foi quando me foi permitido


assistir a uma entrevista, pela primeira vez, no Shinzan-so.
Nessa ocasião, Meishu-Sama nos falou sobre as condições
sociais pós-guerra. Em relação ao paradeiro do meu irmão maior
que havia ido à guerra, Meishu-Sama me respondeu
imediatamente que ele voltaria logo. E efetivamente, treze dias
depois daquela entrevista, minha família foi desmobilizada.

Por outra parte, nesse tempo a Agricultura Natural se


praticava no jardim do Shinssenkyo, e tive a oportunidade de
visitá-la um dia guiado por Meishu-Sama. Naquela oportunidade
pedi um conselho sobre o cultivo de batata e Ele me sugeriu que
elevasse mais as ramas para que as plantas tivessem maior
exposição ao sol. Graças a essas indicações, obtive minha
primeira colheita de batata. Antes havia fracassado nos meus
intentos, pois o único que havia crescido era o ramo, sem deixar
colheita alguma. Esta experiência me pareceu muito reveladora
do caráter divino do dito método agrícola.

Outro fato aconteceu num dia do ano de 1951. Quando eu


ia entrar no Nikkon-den, pela porta que conduzia à entrevista, vi
Meishu-Sama quase no ponto de cortar uma hortência, no lado
esquerdo do jardim da frente (um lugar que está ao lado do

148
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

tanque). O que me surpreendeu foi ver Meishu-Sama saindo do


jardim e entrar no recinto em um tempo muito curto.

Também recordo de uma ocasião em que Meishu-sama


nos recebeu no Sanguetsu-an, construção realizada com toda
sua alma e dedicação pelo Sr. Seibei Kimura, um arquiteto ilustre
cujo trabalho foi solicitado pessoalmente por Meishu-Sama. Um
dia me foi permitido ser atendido por Meishu-Sama para ouvir
suas explicações. Lamentavelmente não me lembro dos
detalhes; no entanto, tenho muito presente as palavras de
Meishu-Sama: "Vou introduzir a Cerimônia do Chá entre os
estrangeiros".

(Kumayoshi Yamauchí - Conselheiro adjunto)

As apreciáveis palavras de Meishu-Sama:


"És como a coluna de um templo; esforçastes-te muito"

Em junho de 1948, após a entrevista, visitei o Shinzan-so


acompanhado por um funcionário responsável. Ele me
apresentou a Meislui-sama e Este me dirigiu estas apreciáveis
palavras: “Tú és o Sr. Nagai, da prefeitura de Toyama, não é?
Em .sua terra, és como uma coluna de um templo; esforçastes-te
muito".

Como eu acabara de receber o "ohikari", regressei à minha


terra sem entender plenamente o significado de suas palavras.
Posteriormente, cada vez que assisitia as entrevistas mensais
me ocorriam milagres, uns atrás de outros; em pouco tempo,
quando organizei uma conferência, o número de membros que
possuíam o "ohikari" já chegava a mais de cem; assim, rápido se
expandiu a nossa área de influência até o leste de Toyama e a
oeste de Niigata.

Quando recebi o "ohikari" eu era um agricultor. Ao ouvir


seus comentários sobre a importância que têm as doações de

149
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

arroz e outros cereais, eu mesmo me fiz de transportador, em


particular quando assistia às entrevistas de Meishu-Sama, mas
sempre com a colaboração de outros membros.

Naqueles tempos, imediatamente após a guerra, o


controle sobre o arroz e os cereais era sumamente rigoroso; por
isso enfrentávamos revistas dos agentes de segurança
ferroviária. Naquelas ocasiões não deixávamos de rezar até
haver entregue estes produtos no Solo Sagrado.

Um dia, não recordo a data exata, ao chegar à estação de


Takada, em Niigata, ouvimos pelo alto-falante um aviso que nos
ordenava a deixar os nossos pertences para formarmos uma fila.
Nós despertamos aturdidos, pois era um trem noturno e fomos
submetidos a uma revista. A todos, sem excessão, nos
confiscaram o arroz e os cereais que levávamos.

Depois disto, exortamos a todos os membros a que


preparassem três pequenas sacolas que coubessem uns dois
quilos cada uma; assim, as levaríamos atrás e na frente do
corpo, ocultando-as sob a camisa, e poderíamos colocar como
almofadas sobre o assento. Ainda que esta forma de levar fosse
falta de respeito, pedimos que participasse nisto o maior número
de membros. Assim foi que fizemos grandes esforços para que
se pudesse doar a maior quantidade de arroz.

(Genji Nagai - Conselheiro adjunto)

A baixela de Deus

Em junho de 1948, tive a honra de assistir a uma


entrevista com Meishu-Sama, no Tozan-so. No dia anterior,
haviam-me revelado algumas coisas na casa do Mestre
Nakajima, membro da Associação do Paraíso (Tengoku Kai),
pois naquela noite pernoitei ali. O mestre disse, naquela ocasião:

150
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

"Meishu-sama é Deus e amanhã vocês serão os seus servidores.


Por isso devem sentir-se verdadeiramente felizes"

Como Meishu-Sama passava o verão em Hakone,


viajamos no trem de Atami a Odawara e baldeamos em outro
trem de montanha para chegar ao Shinzan-so. Em um furoshikii
(um pano que se utiliza para envolver objetos) levávamos envolta
uma baixela nova. Nervoso e cheio de emoção, quando
chegamos ao Shinzan-so disse: "Esta é a baixela de Meishu-
Sama, que é Deus". Assim, nos agradeceu e nos convidou a
comer. Se ma! me recordo havia cerca de onze pratos e
saboreamos todos com emoção produzida ao saber que
estávamos tomando as mesmas comidas que Ele comia.

(Hajime Kanbara - Conselheiro adjunto)

2 - Entrevista no Nikko-den

O Joorei: a sensação de ter recebido um vento quente

Isto foi numa ocasião de uma entrevista celebrada em


setembro de 1950, o ano do término do Nikko-den. Naquela
ocasião havia uma grande quantidade de pessoas e me sentei na
última fila. Ao terminar a sua orientação, Meishu-sama nos
transmitiu o Joorei, o qual me produziu a sensação de estar
recebendo um vento quente na cara e no ventre. Mas quando
terminou a trasmissão, essa sensação desapareceu. Nesta
época fazia quase um ano do término de purificação de sarna e
da qual havia sarado, por completo. Agora tenho a honra de
realizar trabalhos para difundir os Ensinamentos.

(Kyoichi Naito - Conselheiro)

151
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Nunca nos deixou de dar conselhos

Quando assistia às entrevistas, depois do término do


Nikko-den, eu apresentava os problemas que deviam ser
resolvidos. Depois alguém os repassava a Meishu-Sama, que
sempre me dava conselhos. Despreocupado graças a essa
ajuda, voltava à minha casa com uma grande alegria no coração.
Assim, apoiado na força de Meishu-Sama e com os milagres
recebidos, pude dedicar-me a realização de meus trabalhos.

(Issaku Saiki - Conselheiro)

Leia os Ensinamentos sobre "as causas da pobreza"

Ao chegar à entrevista, depositei a minha doação na


recepção do Torinoya. Então Meishu-Sama apareceu no Nikko-
den e o Professor Inoue O informou sobre os donativos. Quando
leu em voz alta que "o Sr. Toshio Sato doou uma caixa de
pêssegos", eu senti uma emoção tão grande que fiquei muito
tenso.

Alem disso recebi a resposta às perguntas que havia


formulado em uma folha com a minha própria caligrafia. A um
empresário de ferragens, cujos negócios estavam paralisados, o
persuadiu, falando-lhe: "Reduza sua ativídade. Você sofre porque
quer alcançar muitas coisas. Leia os Ensinamentos sobre as
causas da pobreza”.

Quando visitei pela primeira vez o Museu de Belas-Artes


de Hakone, me pareceram muilo interessantes as explicações
que Meishu-Sama deu sobre as obras de arte. Depois de ouvir
seus comentários, tive o desejo de ver detidamente pelo menos
uma das salas, mas a quantidade de pessoas que havia me
empurrava e, sem dar-me conta, estava na saída.

152
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

No trem, já de regresso, ainda não podia esquecer os seus


cometários sobre os inesgotáveis temas de Korin, Kanzan e
outros mestres.

(Toshio Sato - Conselheiro assessor)

Desapareceu a mancha do rosto após a entrevista

Depois de haver recebido o ''ohikari", assisti pela primeira


vez a entrevista no Nikko-den. Como o lugar já se encontrava
cheio, tive que ficar no jardim. Nessa época eu tinha uma
mancha grande sob um olho, e isto me preocupava, pois os
meus parentes me diziam que isto significava que teria que
conviver com ela todo o tempo. Entretanto, para o meu espanto,
quando eu observei no espelho do banheiro do trem, no
regresso, com grande emoção, vi que a mancha havia
desaparecido.

Em outra ocasião havia lido no "Livro dos milagres" que


desapareciam verrugas de pessoas após as entrevistas, mas
nunca imaginei que eu pudesse ficar livre da mancha. Voltei à
casa muito emocionada por este acontecimento inesperado. Sem
dúvida o meu azar havia se transformado em sorte e deste então
vivo com um profundo agradecimento e uma grande emoção.

(Haru Otsuko - Assessora adjunta)

Pé-de-atleta, produto das toxinas

A pergunta que eu fiz foi se o "pé-de-atleta" era ou não


causado por um espirito de algum inseto. Ele nos indicou que:
"De nenhuma maneira se trata disso, mas sim resultado das
toxinas medicamentosas que ao descerem se acumulam entre os
dedos dos pés".

153
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Depois disso, ao ver que muitas mulheres haviam vindo à


entrevista, Meishu-Sama, disse, sorrindo: "Olhem! A partir do que
fazem os membros, as mulheres se tornam mais belas". E
mostrou-se contente.

(Akitatsu Asami - Assessor adjunto)

Um bom castigo para as crianças que choram durante sua


prática

Em uma ocasião Meishu-Sama disse que se as crianças


gritassem ou chorassem interrompendo suas orientações,
mereciam um bom castigo. No entanto, mandou construir uma
sala especial, num local elevado, atrás do Nikko-den, para que
"As pessoas que vierem acompanhadas de crianças pudessem
assistir à cerimônia nesse lugar e em algum caso pudessem
retirar-se silenciosamente, se as crianças estivessem inquietas".
Assim pudemos ver a atitude séria de Meishu-Sama diante de
Deus, e ao mesmo tempo o seu lado bondoso para com os
membros da Instituição. No entanto, recordo os seus
Ensinamentos que ouvi naquela visita.

(Masao Arai - Assessor adjunto)

A rápida execução de um arranjo floral

Quando visitei o Nikko-den, em duas oportunidades pude


ver Meishu-Sama realizar seus arranjos florais. Naquelas
ocasiões, fiquei assombrado pela sua forma de selecionar as
flores e a rapidez com que executara o arranjo. Tem-me contado
que ao levantar-se, às oito da manhã, Meishu-Sama saía para a
colina próxima em busca de flores para fazer os arranjos. Tenho
a impressão de que Ele verdadeiramente gostava disto.

(Isamu Abe - Assessor adjunto)

154
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

A intensa Luz de Meishu-Sama

Quando Meishu-Sama apareceu, repentinamente comecei


a sentir um calor em todo o meu corpo e logo percebi uma
intensa Luz. Isto me distraiu tanto que não pude acompanhar os
Ensinamentos. No entanto, anotei com rapidez, na minha
caderneta, as várias frases que consegui captar: "Hakone se
encontra localizada entre o leste e o oeste. O Shinssenkyo é o
Protótipo do Paraíso Terrestre. Gora significa um redemoinho de
fogo. Está-se intensificando a purificação. O vertical e a
horizontal. A Força e a Luz (Joorei). O círculo e o ponto. No dia
15 de junho surgirá o Sol do Japão. Abrir-se-á uma porta de
pedra (Iwado-biraki). A tuberculose é curável. Se os ombros
estão rígidos, o apetite desaparece".

(Kenjiro Nakanishi - Assessor adjunto)

Como se estivessem lendo o meu coração

Em 1953 tive a honra de assistir à entrevista que se


realizava por ocasião da Cerimônia do Paraiso Terrestre. Coube-
me um lugar na segunda fila da frente. Justo quando Meishu-
Sama entrou no Nikko-den, fiquei assombrado pelo que senti:
tive a sensação de perceber um ar quente que reinava em todo o
lugar. Olhei ao meu redor para comprovar se eu era o único que
percebia isto. E quando Meishu-Sama começou a transmitir o
Joorei, se delineou uma grande seriedade em seu rosto; eu
estava empapado de suor, como se tivesse acabado de tomar
banho.

Ao ouvir suas palavras, senti como se os seus olhos se


dirigissem a mim, como se estivessem lendo o meu coração. Isto
me fez pensar que nunca poderia mentir-Lhe, jamais. Então pedi
perdão pelas toxinas medicamentosas e pelos pecados que
havia acumulado até então.

155
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

(Motofusa Komatsu - Assessor adjunto)

As gravuras de Shinsenkyo

Meishu-Sama dirigiu algumas palavras de elogios ao pintor


Hiroshi Yoshida, por ocasião da Cerimônia de Outono que se
celebrou no Nikko-den, no ano de 1953. As gravuras do dito
artista estavam sendo exibidas como parte de uma exposição
sobre a cultura japonesa no Teatro Galpão do Brasil. Eu me
alegrei com essas palavras de Meishu-Sama, posto que eu era
encarregado de ministrar o Joorei diariamente ao pintor; fiz isto
desde o outono de 1949 até abril de 1950, quando ele faleceu.

Quando os seus filhos Tooshi (que foi juiz no concurso de


pintura infantil nas regiões de Meguro-ku e Shinagawa-ku) e
Hodaka mostraram o desejo de realizar umas gravuras do jardim
de Shinssenkyo, Meíshu-sama deu esta resposta: "Existem
muitos artistas que desejam pintar o jardim de Shinssenkyo, mas
permito aos Srs. Yoshida porque são membros da nossa
Instituição". Isto me produziu uma grande alegria.

Os irmãos Tooshi e Hodaka Yoshida realizaram, cada um


deles, duas gravuras do jardim.

(Keishi Nakamikado - Conselheiro)

Meishu-Sama realizava arranjos florais antes de assistir as


entrevistas

Tive a honra de poder assistir a primeira entrevista que


Meishu-Sama deu no Shinzan-so. Tanto na minha alma como no
meu corpo senti um grande alívio, mas também emoção e
tranqüilidade, porque afinal tive a oportunidade que tanto
desejava. Por isso decidi assistir a entrevista seguinte.

156
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

No dia da entrevista no Nikko-den, como ainda era muito


cedo, fiquei esperando um tempo; mas ao ver-me ali parado,
permitiram-me que entrasse antes da hora. Quando entrei, vi
Meishu-Sama fazer um arranjo floral em frente ao altar. E quando
terminou, foi-se com um sorriso no rosto.

(Chiri Yamauchi - Conselheiro)

"Devido a uma severa purificação, haverá abundância de


moradias no futuro"

Meishu-Sama apareceu com passos firmes e ligeiros.


Durante a entrevista falou de forma pausada e fácil de entender.
Referindo-se ao assunto de arroz, disse: "No futuro, chegará um
momento em que não poderão comer arroz, ainda que tenham
muitos sacos amontoados em frente de vocês. O DDT e o BHC
são venenos".

Também mencionou algo terrível, mas rindo: “No futuro,


estará livre uma grande quantidade de moradias devido a uma
severa purificação. Serão tantas que haverá para todos".

(Shizuko Ito - Conselheira)

Palavras que parecem um sonho

No verão de 1948, foi-me permitida assistir a uma


entrevista realizada no Nikko-den. No dia anterior à viagem,
passamos bons momentos costurando alguns sacos de algodão
que utilizaríamos para transportar o arroz e cada saco era para
1,8 quilos. Fiz a viagem no trem noturno desde Gifu, com dois
sacos, acompanhada do meu pai. Chegamos ao Nikko-den por
volta das nove horas da manhã e com grande entusiasmo
esperamos a presença de Meishu-Sama. Às dez horas todos
inclinaram as cabeças; mas eu, que tinha apenas onze anos, não
sabia do que se tratava, por isso mantive-me em pé. Então

157
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

apareceu Meishu-Sama em passos rápidos, eu diria como


fluidos, e vestido de kimono; depois tomou o seu assento. Nesta
oportunidade ouviu as perguntas dos membros através do
Professor Yamamoto. Quanto terminou de responder, outra
pessoa fez uma pergunta que se referia ao modo de inclinar-se,
ou seja, qual seria a melhor maneira de fazê-lo, se com as
palmas das mãos em cima ou em baixo. Meishu-Sama
respondeu em tom pausado: "Seria melhor que a fizessem com
as palmas das mãos em cima" Impressionou-me a simplicidade
dessas palavras, as quais pude entender apesar de minha pouca
idade.

Depois, em várias ocasiões, tive a honra de assistir as


entrevistas, e numa delas Meishu-Sama me disse: "Logo chegará
a época em que se poderá assistir aos filmes em locais próprios,
somente ativando a energia eiétrica; também, poderá se
alimentar somente apertando um botão". Isto era algo incrível;
devido às condições sociais daquela época, isto era como se
fosse um sonho dentro de um sonho. Recordo, inclusive, que não
podia conceber essas idéias. Não obstante, cheguei a
convencer-me de que era verdade o que dizia Meishu-Sama;
assim, me converti com outras mais pessoas a esperar, com
ansiedade, a chegada do dia mencionado por Ele.

(Misae Shimizu – Conselheira)

"Falta do poder de Joorei"

Pouco tempo depois de ter recebido o "ohikari", tive a


oportunidade de assistir a uma entrevista, onde encontrei algo
verdadeiramente estranho. Refiro-mo ao fato de que Meishu-
Sama respondera imediatamente às perguntas que haviam sido
apresentadas pelo Professor Inoue. A uma pergunta que fez um
dos membros, Meishu-Sama respondeu, depois de perguntar
quem havia ministrado o Joorei: "O problema poderia ser a falta
do poder de Joorei". Pela resposta tive a impressão de que era

158
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

uma pessoa muito severa. Ao sair do Nikko-den, alguns


membros me disseram: "A pessoa que fez esta pergunta deve
estar grata; isto aumentará o poder".

(Sadayoshi Nitta - Assessor adjunto)

A família Kyussei em torno de Meishu-Sama

Para assistir a entrevista tomamos o trem. Não tivemos


outra alternativa senão tomar o último trem da linha Tokaido, que
nos deixaria em Odawara à meia-noite e tomar, em seguida,
outro. Por sorte o trem estava aberto e pudemos dormir um
pouco, embora as pulgas nos molestassem. Mas depois
fecharam os vagões com chave e, infelizmente, não
conseguimos dormir.

Quando chegamos, ainda era cedo e ficamos aguardando


cerca de duas horas para o início da entrevista; o lugar estava
tão cheio que era difícil mover-se. Embora estivéssemos com os
pés doloridos e cansados, ninguém se queixou e nem falou com
os demais; todos nós rezamos concentrados em Meishu-Sama.

A mesa redonda, em torno da qual nos sentamos e que


estava colocada no centro de Nikko-den, nos pareceu
impressionante. Agora que vejo as fotografias da Cerimônia de
Outono, que foi celebrada em setembro de 1950, tenho gratas
recordações daquele harmonioso ambiente que reinava em torno
de Meishu-Sama. Havia ocasiões em que sentávamos aos seus
pés e formávamos um círculo. Não se tratava de uma mera
reunião, e sim uma verdadeira família de salvação em torno de
Meishu-Sama.

Ao final de 1947, assisti a uma reunião informativa com o


chefe da sede local. Nessa oportunidade fiquei no fundo
estudando. Daquela vez o Mestre apresentava uma cara séria,
diferente de outras vezes que era amável, e disse ao chefe que

159
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

se encontrava à sua frente: "Meishu-Sama necessita de cem mil


yens, para breve". Como tinha somente seis meses de dedicação
à Instituição, não compreendia bem o significado dos donativos;
entretanto, com o desejo de ajudar economicamente Meishu-
Sama, comentei aos companheiros a situação. Então, todos
decidimos vender nossas roupas nupciais para obter dinheiro
rapidamente. Os sete companheiros, voltamos às nossas casas
para falar e comentar o assunto com as nossas mães, esposas e
irmãs (naquela época de pós-guerra, vender estas prendas
produzia um bom dinheiro devido à carência de artigos desta
espécie). Uma semana depois entregamos ao chefe o dinheiro
que conseguimos reunir; a soma era exatamente cem mil yens.
Assim aprendemos o valor do dinheiro que Deus nos havia
permitido reunir. No entanto, como não entendíamos o
verdadeiro significado dos donativos, eu só tinha a pressa de
fazer chergar mais dinheiro. Naquele tempo ocorriam possessões
espirituais e aqueles que não tinham uma fé firme eram
possuídos facilmente.

Eu também acreditava nisto e ao inteirar-me de que


haviam tesouros escondidos na montanha, comentei com o chefe
da sede regional; assim, durante um mês estivemos escavando,
com doze jovens, o lugar supostamenle marcado. Tinha a ilusão
de encontrar esse dinheiro e entregá-lo como donativo. Apesar
do nosso entusiasmo, fracassamos e informamos ao chefe. No
dia seguinte, foi realizada uma reunião informativa, no Tozan-so,
onde Meishu-Sama disse ao ouvir meu nome: "Onde está o Sr.
Aoji? Levante-se, por favor!" Levantei-me para apresentar o
relatório. Quando terminei, me dirigiu estas convincentes e
amáveis palavras: "Ainda que houvesse aparecido um milhão de
yens ali, não se poderia destiná-lo à construção do Paraíso
Terrestre. Este Paraíso tem que ser construído com as valiosas
doações dos que trabalham, com os seus suores. Aqueles que
fazem doações que são produtos de seu árduo trabalho serão
salvos por isso”. Diante disto, fiquei empapado de suor. Mas,
também, ao terminar essas palavras, disse: "Será perdoado o

160
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

primeiro erro, oxalá não volte acontecer outra vez". No fundo do


meu coração pude compreender o equívoco sobre a possessão
espiritual, ou seja, pude entender sobre as doações puras e
impuras e o valioso que são aquelas que se realizam como
produto de nosso trabalho.

Certa manhã, em uma entrevista celebrada em Hakone,


onde Meishu-Sama descansava após as perseguições de 1950,
reunimo-nos em cerca de trinta a quarenta membros, pois
estávamos preocupados com a sua saúde. Nessa manhã chovia
desde cedo. Um de nós que estava perto da cascata Ryuzu
(Cabeça de Dragão), nos avisou que Meishu-Sama estava vindo.
Todos nos dirigimos rapidamente à janela. Meishu-Sama
caminhava com suas sandálias e seu guarda-chuva nas mãos;
vinha por um caminho de dez metros de largura que está acima
dessa cascata. A preocupação que sempre tinha Meishu-Sama
pelos membros da Instituição e os profundos sentimentos que os
membros tinham por Ele sempre estavam em harmonia.

(Rinpei Aoji - Conselheiro adjunto)

Meishu-Sama como diretor do Museu de Belas-Artes de


Hakone

Após o termino do Museu de Belas-Artes de Hakone, foi


realizada urna entrevista no Nikko-den. Como o lugar estava
repleto de pessoas, todos nós quase que nos tocávamos.
Quando ouvíamos as palvras de Meishu-Sama, que
expressavam sua alegria como diretor do Museu, não pude
conter as lágrimas. Eu pensava regressar à casa nesse mesmo
dia, depois de visitar o Museu, mas não pude fazê-lo devido a
uma purificação severa que me ocorreu, cujos sintomas eram
vômitos e diarréia; assim, decidi ficar mais um dia em Hakone.
No dia seguinte pude regressar de Shinssenkyo com um ânimo
renovado, como se não houvesse passado nada. Todos aqueles

161
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

que estavam comigo se surpreenderam com a minha rápida


recuperação.

(Michihiro Manabe - Conselheiro adjunto)

"Fazer todo o possível para salvar a humanidade"

Tive a honra de assistir a uma entrevista realizada no


Nikko-den. Nessa oportunidade, Meishu-Sama chegou em
passos rápidos como vento e disse: "De agora em diante farei
todo o possível para salvar a humanidade". Até agora, essas
palavras seguem gravadas em minha mente. Por isso presto
meus serviços a Meishu-Sama todo o tempo que posso.

(Yoshie Matsuoka - Conselheira adjunta)

Uma cena na entrevista

Devido à sarna que tinha, passei por um processo de


purificação durante seis meses, entre 1945 e 1946. Graças à
proteção divina pude voltar aos serviços religiosos. Naquela
época esta enfermidade se propagava em todo o país e creio que
todos aqueles que tinham fé experimentaram este tipo de
purificação. Lembro-me de que para participar da cerimônia
tínhamos que buscar alojamento nas pousadas de Hakone ou
Atami, mas era difícil encontrar porque todos nos recusavam;
justo nesse tempo, Meishu-Sama, também, passava por essa
purificação e em certa ocasião, quando tive uma entrevista com
Ele, notei que, também, coçava sem se preocupar se alguém
estivesse vendo; a partir de então, me livrei da vergonha que me
causava a enfermidade.

Todavia, recordo que entre as pessoas que assistiam a


cerimônia muitos ainda experimentavam a purificação; tínhamos
que sentar sobre papéis para não manchar as almofadas com as
supurações.

162
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

(Kazuo Murase - Assessor)

4) Sobre a construção

Um milagre durante a dedicação

Entre as recordações que tenho da época em que


prestamos nossos serviços na obras de construção, a mais
importante é a de ver Meishu-Sama visitando as obras todos os
dias com o propósito de manifestar agradecimentos aos nossos
esforços; além disso, mostrar o seu desejo de purificar e saudar
os trabalhadores da construção do Protótipo do Paraíso
Terrestre. Nós chorávamos emocionados por sua gentileza, o
que nos animava a continuar com o nosso trabalho. Em uma
ocasião, quando transportava materiais em um carrinho,
machuquei uma das mãos com as rodas e barras do mesmo.
Meishu-Sama imediatamente me ministrou o Joorei e em
escassos cinco minutos ela sarou, o que me permitiu voltar ao
trabalho. Isto foi algo incrível. Por outro lado, soube de outros
milagres inimagináveis; por exemplo, o caso de grandes rochas
que caíam, mas assombrosamente se detinham em frente à
construção, sem causar dano nenhum.

(Satoshi Takahashi - Conselheiro)

Um rosto inolvidável

Ao entardecer, Meishu-Sama saía para dar um passeio no


jardim, sempre sorridente e acompanhado de sua esposa (Nidai-
Sama) e sua tia. Em uma ocasião como essa, nos dirigiu
algumas palavras.

Naquela época havia uma pequena casa em frente à loja


de Hakone. Ao meio-dia, a hora do descanso, estávamos
fazendo um pequeno descanso quando repentinamente surgiu
Meishu-Sama. Imediatamente nós nos levantamos; mas Ele nos

163
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

dirigiu sorridente, dizendo que não nos preocupássemos, e logo


perguntou de onde éramos. Em seguida se retirou, dando-nos
graças, amavelmente. Ainda hoje recordo do rosto sorridente de
Meishu-Sama, daqueles dias. Desde então lenho a felicidade de
viver cheio de agradecimento e emoção.

(Toramatsu Maeda - Conselheiro)

O musgo das ruínas do bombardeio atômico

Ao redor de 1951, apresentou-me a oportunidade de


participar de uma brigada de serviços. Coube-me plantar musgos
no terreno que logo seria, precisamente, o jardim dos Musgos.
Esse trabalho tínhamos que fazer durante a época de chuvas,
em junho, pois se tratava de plantar umas duzenlas e quarenta
variedades de musgos. Estávamos trabalhando, um dia, quando
apareceu Meishu-Sama acompanhado do chefe da brigada.

Dirigindo-se aonde eu estava, o chefe disse a Meishu-


Sama: "Esta é a variedade que cresceu em um lugar onde caiu a
bomba atômica, em Hiroshima". Ao vê-la, Meishu-Sama disse:
"Suponho que as minas de um bombardeio atômico se
converteram em um solo estéril, mas com a ajuda de Deus pude
mudar. A Luz Divina não teme a bomba atômica". Nesse
momento veio-me à mente o seu escrito sobre a “Bomba
Atômica" que está em seus Ensinamentos. Desde então, quando
visito o jardim dos Musgos, me detenho precisamente nesse
lugar para recordar aquela cena.

(Kin´ichi Imamura - Conselheiro)

Grande emoção pela presença de Meishu-Sama

Com muita satisfação doei uma pequena parte dos


musgos que agora cobrem a colina dos bordos, localizada abaixo
do Museu de Belas-Artes de Hakone. As variedades de musgos

164
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

que agora estão plantadas ali loram coletadas nas montanhas e


nos jardins de casas particulares. Agora, quando os vejo, lembro-
me daqueles tempos e não posso deixar de admirar o
extraordinário sentido estético de Meishu-Sama; por isso,
inclusive hoje sinto uma emoção profunda.

Como eu era o encarregado de uma sede regional, não


podia participar das brigadas de trabalho; mas em várias
ocasiões vi Meishu-Sama visitar as obras que realizavam no
jardim com a colaboração dos trabalhadores voluntários e os
membros das brigadas. Depois de ouvir o que me contavam os
membros da brigada de trabalho, em 1931, decidi vender um
pequeno negócio que tinha à parte de meus trabalhos agrícolas,
para realizar uma doação especial. Posteriormente, tive a honra
de receber um rolo (tira) caligráfico realizado por Meishu-Sama,
no qual dizia: "A bênção de Deus é infinita"; desde então, essa
caligrafia tem representado um apojo espiritual tanto para minha
família como para os moradores da comunidade.

(Genji Nagai - Conselheiro adjunto)

Atenção especial para os trabalhadores

Contaram-me que em certa ocasião Meishu-Sama viu que


o piso das sandálias de madeira dos homens que prestavam
seus serviços à Igreja estava manchado pelo uso e pelo suor de
seus pés; então disse: "As pessoas que têm toxina no corpo
deixam este tipo de mancha; de quem são estas sandálias?"
Logo ministrou o Joorei aos trabalhadores. Desta forma Meishu-
Sama demonstrava seu especial interesse por eles e cuidava
tanto que lhes oferecia melhores alimentos do que os de seus
próprios filhos. Ele nunca deixou de visitar a obra. Para os
membros da Instituição isso era uma grande alegria. Dizem que
quando iam construir o jardim de Hakone, manifestou este
desejo: "Farei um jardim para que todos possam desfrutar, e que
sempre represente o Paraíso".

165
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

(Naoko Terashima - Conselheira adjunta)

Sua voz alegre

Meu esposo e eu fomos como missionários à região de


Tajima (noroeste da prefeitura de Hyogo) e desde então nos
propusemos integrar aos jovens sérios dessa zona para formar
outra brigada de construção. Com freqüência Meishu-Sama se
acercava de jovens voluntários e lhes manifestava gratidão, com
palavras como estas: "Agradeço-lhes muito a colaboração. De
onde são vocês?" Eles, por suas partes, também manifestavam
seus agradecimentos peia atenção que Meishu-Sama dedicava a
eles. A nós dava muito prazer ouvir tudo isto, porque sempre o
consideramos como um assunto importante.

(Setsuko Tanabe - Conselheira adjunta)

5) Outros

Profunda satisfação pelo vaso de Glicíneas

Em fevereiro de 1955, um pouco antes da Ascensão e


quando eu prestava meus serviços ali, Meishu-Sama pôde
adquirir o vaso de cerâmica com um adorno de glicíneas.
Naquela ocasião nos reuniu para mostrar esta obra de arte.
Todavia ficou gravada na minha mente a imagem alegre no rosto
de Meishu-Sama, ao tomar o vaso entre as sua mãos.

(Michihiro Manabe - Conselheiro adjunto)

166
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

TEXTO PARA O CURSO DE SHINSSENKYO

-TERCEIRA PARTE-

1 - O projeto de Meishu-Sama sobre o ZUISEENKYO

1) Idéia geral do Zuissenkyo

"Como já comentei anteriormente, ultimamente temos tido


progresso na construção do Protótipo do Paraíso Terrestre,
dentro do local selecionado, cuja área tem uma superfície de
13,2 hectares e está localizado a cerca de duzentos metros do
Jardim das Ameixeiras, ao sudoeste de Atami. À medida que se
vai construindo, me convenço cada vez mais profundamente da
providência divina e que Deus o preparou desde os tempos
remotos, há dezenas de milhares de anos. Visto em sua
totalidade, é um terreno tão formoso e misterioso que
surpreende, inclusive aos conhecedores. .Até pouco tempo,
nesta zona não se via nada porque estava coberta de mato; mas
quando se trabalhava ali, descobrimos um rio montanhoso cuja
paisagem é verdadeiramente incrível. Nada era encontrado
antes; unicamente se ouvia o murmúrio das águas; neste terreno,
onde abundam rochas formosas e de raras formas, o rio corre
por um lado e outro serpenteando as rochas e pedras e formando
entre elas arroios, pequenas cascatas e saltos de diversos
tamanhos. Ao estar ali, tem-se a sensação de se encontrar no
mais profundo das montanhas e das cascatas. Quando passeio
pela área com o bastão na mão, cruzando a pequena ponte ou
brincando de pedra em pedra, esqueço completamente o passar
do tempo. E nada sabia que aqui, tão perto de Atami, existisse
um paraíso como este. Nem siquer o conhecia as pessoas da
região.

A este rio denominei de "Seirankyo", que significa


"Cascata do Temporal Azul"; mas, também, dei-lhe outro nome:
"Atami Yabakei", ou seja, o "torrente montanhoso do reino de

167
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Atami". Alguém pode imaginar a paisagem que oferece o rio


somente ouvindo estes nomes. Alinhados em ambas as margens
do rio, existem árvores de folhagens vermelhas, tais como o
bordo, cujos ramos se estendem graciosamente. Além disso,
distribuídos harmonicamente de trecho e trecho, também,
existem capões de bambus e árvores cujos nomes ignoro,
cobertos de musgo verde. Tudo isto acresce ao terreno uma
beleza maior. Quando alguém passeia por ali, o corpo se
impregna com o ar puro da montanha que, por sua vez, purifica a
alma e a mente. É como se alguém estivesse em um paraíso
totalmente alheio a este mundo. Gostaria de mencionar de forma
especial a Cascata de Ryuto (Cabeça de Dragão), a mesma que
descobri há pouco e decidi chamá-la com este nome. Alguém
pode ficar contemplando esta cascata sem cansar; e ao mirá-la,
nada pode imaginar que ali próximo, a meio quilômetro, existe
uma cidade barulhenta. Verdadeiramente se trata de um paraíso.
Posto que nos arredores de Atami não existem locais de lazer,
este local cumprirá o papel muito importante para satisfazer as
necessidades dos turistas. Desde agora, quanto ao Zuissenkyo,
ainda em processo de construção, posso garantir que, no futuro,
será um local excelente e famoso.

Além disso, planejo construir diversos jardins; entre eles:


um jardim de estilo japonês, caminhos de estilo ocidental, uma
paisagem de estilo chinês e uma fileira de árvores de cerejeira;
além disso, quero plantar uma colina de ameixeiras e outra de
flores de azaléia; assim como um jardim de peônias e "ácoros" e
um gradii de glicíneas, etc. Desta maneira é que se construirá,
gradualmente, o paraíso floral em que abundam diversas e
variadas flores. Agora irei informando-os à medida que a
construção avance.

De qualquer modo, posso dizer que este será um projeto


sem precedentes, posto que se trata de construir, neste mundo,
um Paraíso em grande escala.
(31 de maio de 1949)

168
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

2) O plano de obras da nossa Instituição

"Para salvar verdadeiramente a sociedade e a população,


não bastam somente teorias; é necessário intervir diretamente na
vida da população até que a fé se integre em suas vidas.

Neste sentido, as obras que atualmente a nossa Instituição


está levando a cabo e as que estão em processo de planificação,
se desenvolvem com apego dentro deste conceito. Há pouco
iniciamos a execução de uma obra que consiste na preparação
de um terreno; trata-se de uma área de trinta e três hectares, que
tem uma paisagem maravilhosa, com muitas colinas suaves.
Este lugar tem um clima agradável. Localiza-se a uns quatro
quilômetros de Atami, em direção ao desfiladeiro Jikkoku. É um
local alto, de terra seca. Tem água em abundância e está
compfetamenfe eletrificado. Certa pessoa caridosa nos ofereceu
sem cobrar nenhuma retribuição; assim já iniciamos a prepará-lo
e isto se pode fazer graças ao trabalho voluntário de nossos
membros.

A obra tem dois objetivos. Um deles é o aumento da


produção através de cultivos sem o emprego de fertilizantes, que
contribuirá para resolver o problema de abastecimento de
alimentos, indicando ao mundo o resultado concreto e não de
teorias. Em nossa granja teremos arrozais e hortas que tomarão
uma área de treze hectares. Também, teremos vacas. Posto que
não temos montanhas altas, na região, o sol chega com plenitude
e se pode ver daqui a costa litorânea de Atami. Além disso, o
terreno conta com trezentos mil ciprestes e setenta mil cedros
que têm vinte a trinta anos de idade; por isso, não teremos
necessidades de adquirir madeiras no futuro, quando decidirmos
construir algum edifício, por maior que seja. De outra parte,
estamos planejando trabalhar em policultura com os mais
diversos espécimes possíveis; trala-se de produzir diversos tipos
de frutas, flores e plantas, inclusive criação de aves, bovinos e
ovinos, assim como estabelecer uma indústria leiteira, etc.

169
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Mas a obra que temos empreendido tem um segundo


objetivo: curar através da fé, ou seja, por meio de ondas
espirituais. Atenderemos as pessoas que se encontram
debilitadas e aos convalescentes que necessitam de repouso;
sobretudo atender-se-á aos tuberculosos em fase inicial. Assim,
contribuiremos na resolução de problemas de tuberculose,
considerado atualmente como um dos padecimentos mais graves
que a sociedade está a passar. Assim, de forma que
demonstraremos a validade de nossas teorias, alcançando
elevada porcentagem de cura da tuberculose através do nosso
método terapêutico; outra vantagem é que se oferece um
tratamento grátis; além disso, demonstraremos, entre outras
coisas, o fato de que a tuberculose não se contagia em absoluto.
Desta maneira, o meu desejo é iluminar a obscuridade dominada
pelos equívocos de tratamentos antigos com que se tem tentado
curar a tuberculose. Talvez isto pareça uma grande fanfarronice,
mas não é assim; tenho muita confiança de que poderei erradicar
a tuberculose do Japão, ainda que pouco a pouco. Com esta
confiança levarei ao cabo a minha obra".

(20 de abril de 1949)

3) Sobre o Zuissenkyo

"O terreno que acabo de conseguir, na realidade, tem


muito mais vantagens que aquela outra propriedade agrícola. Por
exemplo, este lugar não venta; o vento prejudica muito as flores.
Além disso, aqui o sol é esplêndido; e se conta com uma grande
extensão de terras planas. É um lugar verdadeiramente
maravilhoso. A forma como se conseguiu este terreno só pode
ser atribuída a um milagre. O que se sucedeu foi que um dia, de
repente, o terreno foi posto à venda. Rapidamente investiguei o
preço: era de um milhão e quinhentos mil ienes. Considerando
que tem uma área de dez hectares aproximadamente, o preço
me pareceu realmente bom. Quando fui vê-lo, me dei conta de
que era um terreno magnifico, assim imediatamente o comprei e

170
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

o registrei. Mas pouco tempo depois surgiu uma complicação;


inclusive uma denúncia, ainda que não fosse contra a minha
pessoa, e sim contra a pessoa que me vendeu o imóvel. Os fatos
ocorreram assim: o dono do imóvel havia solicitado um
empréstimo de mais ou menos quatrocentos mil ienes a uma
certa cooperativa financeira; esta concedeu o empréstimo com a
hipoteca do imóvel em questão. Mas logo aconteceu que o
montante do empréstimo causou problemas a um membro da
cooperativa que tinha urgência em recuperar o dinheiro, porque
do contrário ficaria com a sua posição social comprometida. Por
isso aquela pessoa forçou o dono do terreno para que
devolvesse o dinheiro; desta maneira, a cobrança de maneira
peremptória fez com que o devedor vendesse a sua propriedade
o mais rápido possível e a qualquer preço. Apesar disto, resultou
que o vendedor fez o negócio com o preço muito barato. Assim, o
dono apresentou uma denúncia para anular o negócio, mas foi de
todo inútil; o terreno já havia sido registrado; não havendo nada a
fazer, o homem desistiu. Foi como se Deus houvesse ordenado
que vendesse desse modo e a tal preço. Eu mesmo estava
surpreso. Como quer que seja, creio que esse homem realizou
com isto uma grande expiação; seguramente algum dia receberá
uma retribuição por isso.

Esta é a história deste terreno. Mas está em boas


condições. Penso lavrá-lo para que se converta em um paraiso
floral, que conte com pequenos parques. Ali havia uma casa
velha e meio destruída, que já foi reparada; agora a usamos para
alojar os membros que fazem os trabalhos voluntários. Também
se ampliaram os caminhos antes estreitos. A ponte, que era
pequena e quebrada, foi reparada e aumentada de tamanho;
graças a isto encurtou-se o caminho e atualmente podem passar
as carroças.

O prédio está localizado a duzentos metros do jardim de


Ameixeiras de Atami. Dentro da propriedade, existe um rio
montanhoso que corre junto ao caminho ao longo de uns

171
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

seiscentos metros. Com este rio, o local se torna algo


verdadeiramente formoso. É incrível que haja um lugar como
este próximo a Atami. Como a margem estava oculta entre as
folhagens, não havia jeito de se ver o rio; somente se ouvia o
murmúrio. Por isso era desconhecido, nem os moradores de
Atami o conheciam. Quando se terminar a limpeza das folhagens
que o ocultam, ele se apresentará magnífico. Mas por mais que
explique, vocês não poderão apreciá-lo até que o vejam
pessoalmente.

Assim, têm surgido muitas coisas de forma casual e


naturalmente. Citarei outro exemplo: antes de conseguir este
terreno, já havia comprado mil mudas de azaléias, boas, que
guardei no quintal de Iwasaki, em Hakone. Eu as havia comprado
seguindo um impulso inevitável; nesse momento não tinha
nenhuma idéia sobre o que poderia fazer com elas. Entretanto,
pouco depois de haver adquirido, veio a mim o terreno onde
haveria de plantá-las. Que coincidência!

Logo, exatamente no dia seguinte à compra do terreno,


vieram dois homens a me ver, por recomendação de outra
pessoa. Isto me surpreendeu, porque um deles era o Sr.
Ichikawa, que havia sido chefe do Departamento de Parques, na
Prefeitura de Tokyo; por isso era uma autoridade nestes
assuntos. Como este senhor havia se retirado do cargo, neste
momento estava livre. A outra pessoa era o Sr. Miyajima, quem
realizou uma pesquisa sobre as flores de todo o mundo; e era
muito conhecido como especialista no cultivo de flores.
Imediatamente os levei ao terreno. Ao vê-lo, ambos me disseram
o mesmo: "É explêndido. Que sorte teve ao poder adquirir um
terreno como este!”

Dado que neste terreno haviam águas termais, pareceu-


me conveniente planejar a instalação de algumas estufas. Nesse
caso se poderia utilizar o calor das águas termais que foram
descobertas pelo príncipe Fushimi. Mas algumas vezes tive

172
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

golpes de boa sorte; quando decidi comprar as estufas, encontrei


algumas que estavam à venda e que se usavam para o cultivo de
orquídeas. Quando as examinei, me mostraram que eram as
mais adequadas para o local e que tais estufas se ajustavam
perfeitamente à inclinação que tinha o terreno. Além disso, me
agradou que vinham as orquídeas; para algumas pessoas este
tipo de flor tem um valor inestimável. Sobretudo em ocasiões
como o Natal, estas flores não podem faltar. Inclusive alguém
disse: "No Natal do ano passado, o exército de ocupação
necessitava de dez mi! orquídeas e foi buscar em todos os
cantos e não conseguiu reunir em tal quantidade".

A flor que me agrada desde há muito tempo é o jasmim da


Índia; sobretudo de pétala dupla. Tem um aroma esquisito. Do
meu ponto de vista, a fragância que esta flor exala é a mais
delicada de todas. O jasmim hindu de pétalas simples pode-se
conseguir facilmente; mas a de pétala dupla quase é impossível
de encontrar. Entretanto, encontrei cerca de trezentas plantas
deste tipo, que estavam à venda. Quando as vi, imediatamente
me decidi a comprá-las. No ano passado, também comprei
árvores de ameixeiras e camélias. Quanto aos primeiros, adquiri
trinta árvores de ameixeira branca e vinte de excelente ameixeira
vermelha que pertenciam ao príncipe Kan-in. Quanto às
camélias, comprei cento e cinquenta mudas, cada uma das quais
é diferente das demais. As camélias também me agradam. Faz
tempo, vi umas de boa qualidade que estavam na estrada da
Escola de Jardinagem; minha pretensão era adquiri-las, porém
me disseram que não se podiam vender porque faziam parte da
Escola. Mais adiante, comprei outras que agora estão na chácara
de Tamagawa. Deste modo, ainda que eu não as busque, as
coisas de que necessito vêm a mím com naturalidade.

Por outra parte, como no mencionado terreno existem


áreas de cultivo em forma de tabuleiros, penso plantar um
diferente tipo de flor em cada tabuleiro; assim, ao olhar de cima,
poder-se-á mirar uma formosa paisagem. Dentro do prédio existe

173
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

uma capela dedicada ao Buda Fudô; penso modificá-la para


converter em uma capela da Deusa Kannon. Também há uma
grande árvore de loureiro, cujo tronco tem um diâmetro de
aproximadamente sessenta centímetros; esta árvore esta sob a
proteção da lei. Por aí se encontram árvores muito boas de
outras variedades. É totalmente estranho que o terreno conte
com tantas coisas maravilhosas. Na verdade, o Paraíso pode ser
um local como este.

Acima, na montanha, existe um lugar desconhecido e


maravilhoso. Ainda que se trate de uma montanha muito
íngreme, ao subir se pode chegar até onde se encontra este local
com espaço plano. Daí domina-se uma ampla paisagem que
abraça Atami, Izu e Sagami. Oferece uma vista belíssima; mas
as pessoas de Atami não conhecem este local, assim, tenho
planejado construir um hotei ali. Precisamente já conversei sobre
este assunto com o direíor de Turismo internacional; disse-lhe
que poderia deixar ao meu cargo tudo o que se refere ao hotel e
que deixasse por minha conta.

Do meu ponto de vista, é necessária muita promoção


turística, ja que no futuro o Japão será o paraíso do mundo;
porque conta com as melhores paisagens e com uma grande
variedade de flores e plantas incomparáveis com outros países.
Assim foi como Deus criou o nosso país"

(23 de maio de 1949)

4) O projeto de Zuissenkyo

Ouvi dizer que dentro em pouco vai-se instalar um bonde


(puxado a cabo) nesta montanha e que a estação será
construída num ponto médio da elevação montanhosa. Como
não me resigno a perder o meu terreno, que se encontra ao lado
da montanha, se pretende instalar a estação em outro local, onde
se encontra a zona residencial. Por mais dinheiro que me

174
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

ofereçam, não estou disposto a vendê-lo, já que tenho planejado


instalar ali, na crista chamada Aino, um balneário de águas
termais, onde poderão chegar os alpinistas que visitam Hakone.
Além disso, neste local tenho pensado construir um hotel, com o
qual isto se converte no melhor balneário de todo o Japão. Será
um lugar limpo e saudável; não haverá mulheres para diversões
mundanas; se converterá no paraíso de águas termais. Assim,
atrairá pessoas; sobretudo os fiéis de nossa instituição. Vou
construir um protótipo que sirva de exemplo aos demais
balneários de águas termais. Considero que pelas condições
topográficas, o terreno é ideal para isto."

(Primeiro de outubro de 1951)

5) O terreno de Zuissenkyo

"Dentro de pouco, a companhia ferroviária Suruzu vai


construir uma via de bonde no terreno de Zuissenkyo, mais ou
menos onde está localizado o Kanzan-tei. Ainda que os
representantes da Suruzu e eu tenhamos tentado negociar sobre
este assunto, com a infermediação do prefeito, não se chegou a
nenhum acordo. Como quer que seja, mais tarde terão que pedir
a minha autorização direta para que o bonde passe pela margem
do meu terreno; mas eu não aceitarei. A propriedade tem uma
área total de dez hectares, embora tenha conseguido adquiri-la
por preço muito baixo, a companhia ferroviária me pagaria muito
dinheiro mesmo que seja por um pedaço, já que morrem de
desejo de tê-lo. Eu planejo utilizá-lo, dentro em pouco, de uma
maneira explêndida”.

(28 de dezembro de 1951)

175
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

6) Exploração agrícola do sítio de trinta e cinco hectares,


confiando no êxito do cultivo sem fertilizantes

"A Nippon Kannon Kai, que integra a religião e a vida,


razão pela qual é conhecida como uma "religião de ação", está
planejando criar; como um passo a mais de sua obra, um sítio
agrícola de grande dimensão. O terreno está aproximadamente a
quatro quilômetros de Atami; localiza-se próximo a Ichiri Jaya e
do desfííadeiro Jikkoku. Esta parte e arredores são considerados
como a melhor região turística do Japão. Gozam de um clima
agradável e paisagem formosa; e como esta região se
caracteriza por suas colinas, tem suaves ondulações que se
podem utilizar para um campo de golf. Ao seu redor, a paisagem
é tão formosa que a gente fica maravilhado. O terreno tem uma
área de trinta e cinco hectares e é ideal para a agricultura, pois
conta com rios de água abundante; foi doado à Kannon Kyo por
uma pessoa caridosa, que não recebeu em troca nenhuma
recompensa. Para chegar ao terreno pode-se ir do desfiladeiro
Jikkoku, ou do jardim das Ameixeiras de Atami, subindo pela
montanha. Se se toma este caminho, a distância se reduz à
metade, em relação ao outro caminho.

Na atualidade, graças aos membros voluntários que


trabalham suando os seus rostos e que têm ampliado os
caminhos para que as carruagens possam transitar, o terreno
está sendo preparado. Na área de cultivo, que é de dez hectares,
já se podem ver o balancear das verdes espigas de trigo. E como
o terreno, também, é adequado para a indústria leiteira, estão
criando vacas Holstein de boa qualidade, também cordeiros e
cabras que andam ali e acolá pastando livremente. Ao ver esta
paisagem, alguns têm a sensação de que se encontram em
algum país europeu. Além disso, ao redor do campo agrícola
existem trezentos mil ciprestes e setenta mil pinheiros que têm
vinte ou trinta anos de idade. Ao contar com tal quantidade de
madeira, durante uma geração não faltará material para a
construção. No futuro irão cultuando diversas flores e frutas.

176
Aprimoramento Especial sobre Shinsen-kyo

Desta maneira, esta região se converterá na melhor zona de


policultura a nível nacional. De outra parte, já foi decidido
construir uma clínica para tratar a tuberculose; ali realizaremos
curas por meio de ondas espirituais; desta maneira, a Kannon
Kyo fará um grande serviço à sociedade. Sobre isto, o grande
Mestre Okada disse: "Estou seguro de que os produtos sem
fertilizantes que estão sendo cultivados nesta terra pura terão
enorme êxito. E ao contar com a clínica para tratar a tuberculose,
construiremos o melhor oásis do Oriente. Desta maneira a
Kannon Kyo dá um passo a mais em suas atividades".

(08 de março de 1949)

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