Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2011
Copyright © UNIASSELVI 2011
Elaboração:
Prof. Cesar Augusto Jungblut
981.64
J95h Jungblut, Cesar Augusto.
História regional / Cesar Augusto Jungblut. Indaial : Uniasselvi, 2011.
182. p.: il
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-427-0
Impresso por:
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a), neste Livro de Estudos você irá estudar a
disciplina de História Regional. Essa disciplina diferencia-se um pouco das
outras estudadas até agora. Isso se dá pelo fato de que a História Regional
não é algo tão presente nos cursos de História e no Ensino Básico.
Também queremos alertar que o Livro tem uma boa parte dele
dedicado a questões teóricas, importantes para a formação de um bom
Professor de História.
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA
REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL................... 1
VII
UNIDADE 2 - HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA
E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL......... 61
VIII
3 O INÍCIO DA CONTENDA............................................................................................................ 113
LEITURA COMPLEMENTAR............................................................................................................. 116
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 120
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 121
IX
X
UNIDADE 1
ELABORANDO CONCEITOS DE
HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO
LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos e em cada um deles você
encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Trabalhar com a História Regional implica analisar uma determinada
singularidade em meio a uma totalidade, sob um “movimento dialético
entre o pequeno e o grande acontecimento, para não cair no erro de
relativizar os acontecimentos, idealizando grupos e acontecimentos”.
(CAPRINI, 2010).
Uma das maiores críticas que se faz a esta História e que tem sido motivo
de muitos artigos diz respeito ao seu enfoque limitado. A História Regional teve
seu advento coincidindo com a influência da Escola dos Annales, estabelecendo
uma fronteira interdisciplinar muito próxima com a Geografia.
3
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
NOTA
DICAS
Leia o livro: BURKE, Peter (Org.). A escrita da história: novas perspectivas. São
Paulo: UNESP, 1992.
4
TÓPICO 1 | ENTENDENDO A HISTÓRIA REGIONAL
5
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
ATENCAO
Ana Luiza Setti Reckziegel (1999) aponta alguns fatores para a maior
recorrência desses estudos. O primeiro está ligado ao esgotamento das
macroabordagens, das volumosas sínteses, as quais se mostravam insuficientes
para entender questões mais particularizadas. O exemplo disso é a diminuição
cada vez maior daqueles títulos e obras sobre História do Brasil, enfocando
grandes períodos e espaços geográficos.
6
TÓPICO 1 | ENTENDENDO A HISTÓRIA REGIONAL
Agnaldo de Sousa Barbosa (2011) alega que ainda nos anos de 1980, o
surgimento e a ampliação da produção de estudos históricos regionais tenham
contribuído enormemente para o desenvolvimento de um conhecimento histórico
que vislumbrasse as experiências das mais diversas localidades brasileiras, abrindo
espaço na academia para a emergência de uma modalidade de história escrita a
partir de realidades particulares, menores. Esse tipo de história é ainda encarado
com certo incômodo na Universidade, sob a mira de olhares desconfiados.
7
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
DICAS
A História Regional nunca deve ficar circunscrita ao seu espaço local, mas
tentar explicar as conexões necessárias para entender o global.
[...]
8
TÓPICO 1 | ENTENDENDO A HISTÓRIA REGIONAL
[...]
9
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
Quando ele chega ao documento, vai ter que organizá-lo para depois
trabalhar. O que é diferente de pesquisas sobre assuntos que apresentam
material organizado em arquivos públicos.
10
TÓPICO 1 | ENTENDENDO A HISTÓRIA REGIONAL
Não somos contra esse resgate, mas o historiador não pode ter essa
posição. Cabe a ele se posicionar perante seu ofício a partir de teorias e
metodologias de pesquisa. Consideramos, assim, que a História Regional,
quando devidamente trabalhada, é um campo rico para o historiador em
seus estudos e que deve ser considerada em trabalhos de conclusão de
cursos, monografias, dissertações e teses.
11
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
LEITURA COMPLEMENTAR
[...]
[...] Fora do eixo Rio-São Paulo, muito do que se fazia no campo dos estudos
regionais ressentiu-se desta construção mitológica que atribuía a São Paulo toda e
12
TÓPICO 1 | ENTENDENDO A HISTÓRIA REGIONAL
13
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
[...]
14
TÓPICO 1 | ENTENDENDO A HISTÓRIA REGIONAL
[...]
15
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você estudou que:
16
AUTOATIVIDADE
1 Você estudou nesse tópico que, ao longo dos tempos, vem ocorrendo um
aumento dos estudos voltados à História Regional. A partir dessa constatação,
relacione e explique os fatores que contribuem para o avanço desses estudos.
17
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
O CONCEITO DE REGIÃO
ATRAVÉS DOS TEMPOS
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Barbosa (2011), a História Local e Regional apresenta
inúmeras possibilidades de descrição, de análise, de crítica, de interpretação e,
ademais, de revisão historiográfica.
19
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
20
TÓPICO 2 | O CONCEITO DE REGIÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS
Nesta época, a palavra região era pouco usual e expressões que dela se
aproximavam apresentavam um significado ambíguo e abstrato, além de serem
bastante numerosos (VISCARDI, 1997). Foi a partir de 1760, no entanto, que os
iluministas passaram a desvendar os contornos do que seria o regional. Mas a
palavra região só seria criada em 1820.
4 O CONCEITO DE REGIÃO NA
IDADE CONTEMPORÂNEA
Com o século XIX houve outra transformação no papel do Estado e
também uma quebra dos pactos territoriais, levando ao ressurgimento das
questões regionais e ao aparecimento de interesses locais. Nesse sentido, na Idade
Contemporânea o debate sobre a ideia de região embasou as discussões de temas
relacionados à política, à cultura, às atividades econômicas, atrelado a questões
de soberania e direitos.
21
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
LEITURA COMPLEMENTAR
[...]
22
TÓPICO 2 | O CONCEITO DE REGIÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS
outros, o espaço escolhido pelo historiador coincidia de modo geral com uma
unidade administrativa e muitas vezes com uma unidade bastante homogênea
do ponto de vista geográfico ou da perspectiva de práticas agrícolas. Também se
tratava habitualmente de zonas mais ou menos estáveis – bem ao contrário do
que ocorria em países como os da América Latina durante o período colonial,
onde devemos considerar a ocorrência muito mais frequente de “fronteiras
móveis”. A espacialidade tipicamente europeia em certos recortes temporais que
não coincide com a de outras áreas do planeta e para todos os períodos históricos
– permitiu que fosse aproveitada por aqueles historiadores que começavam a
desenvolver estudos regionais, cobrindo todo o Antigo Regime, um modelo onde
o espaço podia ser investigado e apresentado previamente pelo historiador, como
uma espécie de moldura onde os acontecimentos, práticas e processos sociais se
desenrolavam.
A crítica que depois se fez a este modelo onde o espaço era como que dado
previamente – tal como aparecia nas propostas derivadas da escola de Vidal de
La Blache, é que na verdade estava sendo adotado um conceito não-operacional
de Região. As Regiões vinham definidas previamente, como que estabelecidas
de uma vez por todas, e bastava o historiador ou o geógrafo escolher a sua para
depois trabalhar nela com suas problematizações específicas.
23
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
24
TÓPICO 2 | O CONCEITO DE REGIÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS
diferentes tipos de decisão” superpõem, de tal maneira que, estando num ponto
qualquer, não estaremos dentro de um, e sim de diversos conjuntos espaciais
definidos de diferentes maneiras”(16).
25
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
NOTAS
17 - RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
p.143.
FONTE: Adaptado de: BARROS, José D’Assunção. Espaço e tempo: Territórios do historiador. Disponível
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752006000200012&lng=pt
&nrm=iso>. Acesso em: 18 dez. 2010.
26
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você estudou que:
● Região não é um termo novo. A sua designação remonta aos tempos longínquos
do Império Romano.
27
AUTOATIVIDADE
28
UNIDADE 1
TÓPICO 3
A COMPREENSÃO DO CONCEITO
DE REGIÃO
1 INTRODUÇÃO
Falar de região é caminhar em um terreno cheio de labirintos e de
armadilhas epistemológicas. A categoria região talvez seja uma das
mais utilizadas na totalidade dos saberes, empregada por várias
ciências e utilizada constantemente na mídia e pelo senso comum.
Entretanto, é necessário entender seu significado atual. (PAVIANI,
1992, p. 372).
29
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
Para Pierre Bordieu (1989), a divisão regional não existe de fato, pois
esta mesma realidade é a representação que dela fazemos, e se encontra muito
mais no plano jurídico-político do que no plano concreto. Dessa maneira, a
delimitação regional é estabelecida por quem nela vive e passa a compor o
imaginário daqueles que a ela se referem. A identidade regional é, pois, um
produto da construção humana.
UNI
30
TÓPICO 3 | A COMPREENSÃO DO CONCEITO DE REGIÃO
[...]
32
TÓPICO 3 | A COMPREENSÃO DO CONCEITO DE REGIÃO
Para finalizar, creio que deve ser reforçada a ênfase no fato de que
o regionalismo é parte de uma realidade pertinente à relação da sociedade
com o território. Constitui uma forma de manifestação do interesse de
uma comunidade em relação ao recorte territorial objeto do poder que
predomina nela mesma. É expressão de um tipo de territorialismo. Como
territorialismos deve-se entender não somente a escala da região, mas
tanto a escala local, da nação, como também a escala global. Ou, o discurso
predominante em defesa da abertura econômica das nações e da reforma
do Estado não é um tipo de argumentação justificadora a um novo recorte
territorial? Desta forma, creio que devemos pensar que o que observamos
hoje não é exclusivamente um avanço da globalização, mas muito mais um
globalismo, da mesma forma que no pós-guerra o nacionalismo impulsionou
a formação das economias nacionais.
FONTE: HEIDRICH, Álvaro Luiz. Região e regionalismo: observações acerca dos vínculos entre a
sociedade e o território em escala regional. Revista Gaúcha de Geografia, Porto Alegre, n. 25, p.
63-76, 1999. Acesso em: 20 fev. 2011.
33
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
ATENCAO
DICAS
Ao concluir este tópico queremos afirmar, mais uma vez, que os conceitos
de região podem ser tantos quantos os cientistas que se preocupam com tal
estudo e que não é possível tratar dessa temática sem que se esteja atento a isso.
O que torna as abordagens diferentes é o olhar de cada pesquisador. Com isso,
acredita-se que diversos conceitos de região convivem no tempo e que cada um
possui suas especificidades.
34
TÓPICO 3 | A COMPREENSÃO DO CONCEITO DE REGIÃO
ATENCAO
LEITURA COMPLEMENTAR
[...]
36
TÓPICO 3 | A COMPREENSÃO DO CONCEITO DE REGIÃO
Que tipo de civismo está sendo formado, por esta linha tradicional de
ensino de história? Como se entende aí a cidadania? Certamente, não dentro dos
valores de tolerância, valorização das instituições democráticas, pacifismo, não-
violência ativa, razão. Quando pensamos nos objetivos do ensino de história,
que é a fundamentação de toda metodologia, e convencemo-nos de que visamos
contribuir para a formação da cidadania consciente, que valores nos inspiram e
conduzem na atividade docente?
37
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
Quem sustenta a minha vida não é São Paulo, o Paraná ou o Brasil, mas
a humanidade e seu trabalho. Como dizer que há uma grande identidade entre
quem nasce em Itararé e quem nasce em Ribeirão Preto, e que essa identidade não
existe entre os moradores de Itararé que tomam chimarrão como os paranaenses
do sul, e dizer que não há identidade entre os nativos de Ribeirão Preto e os
mineiros do Triângulo? A identidade de “paulista” é abstrata, da mesma forma
que a identidade de “brasileiro” é abstrata. “Existe é homem humano”, já dizia o
Riobaldo de Guimarães Rosa em “Grande Sertão: Veredas”, como Dante Moreira
Leite cita, muito brilhantemente.
FONTE: CERRI, Luis Fernando. Regionalismo e ensino de história. Disponível em: <http://www.
rhr.uepg.br/v1n1/cerri.htm>. Acesso em: 17 dez. 2010.
38
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você viu que:
● A maioria dos trabalhos de História Regional se define pelo caráter das relações
de classe.
● Para se delimitar uma região não se deve levar em conta só os aspectos jurídico-
administrativos, nem somente aspectos econômicos, mas os de ordem social e,
sobretudo, de ordem política.
● Para o historiador, a região seria definida pelas relações sociais que nelas se
estabelecem.
39
AUTOATIVIDADE
2 Alguns trabalhos de história definem região pelo caráter das relações de classe.
Por sua vez, outros percebem região como um foco de identificação cultural.
Esta visão considera que, nas relações sociais, a cultura é o objeto principal das
abordagens regionais. Compare as duas formas de conceituar região.
40
UNIDADE 1
TÓPICO 4
A APROXIMAÇÃO DA HISTÓRIA
LOCAL COM A HISTÓRIA REGIONAL
1 INTRODUÇÃO
Os modelos tradicionais produzem uma história onde o homem
comum não é considerado um ser histórico, onde ele não participa da
história. Para a história local, ao contrário, todo homem é sujeito da
história. (VENTURA, 2011).
2 HISTÓRIA LOCAL
Muitas vezes criticada por ser uma história “menor”, a História Local
vem sendo aos poucos incorporada e aceita no fazer do historiador. Passando de
um interesse restrito e limitado às expectativas das comunidades e historiadores
amadores e leigos, hoje ela analisa e traz à baila atores e acontecimentos que
haviam se perdido no tempo e na memória, com uma abordagem renovada. A
história local, nessa perspectiva, proporciona inúmeras possibilidades de análise,
de crítica, de interpretação e de revisão historiográfica.
TURO S
ESTUDOS FU
41
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
DICAS
FONTE: REZNIK, Luis. Qual o lugar da história local? Disponível em: <http://www.historiadesaogoncalo.
pro.br/txt_hsg_artigo_03.pdf>. Acesso em: 25 fev. 2011.
NOTA
43
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
44
TÓPICO 4 | A APROXIMAÇÃO DA HISTÓRIA LOCAL COM A HISTÓRIA REGIONAL
45
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
LEITURA COMPLEMENTAR
46
TÓPICO 4 | A APROXIMAÇÃO DA HISTÓRIA LOCAL COM A HISTÓRIA REGIONAL
FONTE: BARBOSA, Agnaldo de Sousa. A propósito de um estatuto para a história local e regional:
algumas reflexões. Disponível em: <www.franca.unesp.br/PROPOSITO_REGIONAL.pdf>. Acesso
em: 12 jan. 2011.
47
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você viu que:
● O historiador que trabalha com o local não deve nunca abdicar de relacioná-lo
com o regional.
● A História Regional é um recorte maior que a local e que essa exige um tipo
de abordagem distinto daquele enfocado na história nacional e proporciona ao
pesquisador uma ideia muito mais imediata do passado.
48
AUTOATIVIDADE
1 Em seu artigo Qual o lugar da história local?, Luís Reznik aborda algumas
questões sobre o fazer da história local. Para esse autor, como se caracteriza
a história local?
49
50
UNIDADE 1
TÓPICO 5
DICAS
51
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
DICAS
Darcy Ribeiro no livro “Povo Brasileiro” faz uma profunda análise das
características históricas e antropológicas da sociedade brasileira.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Cia das
Letras, 2006.
Nesse sentido, José Clemente Pozenato (2003, p. 5-6), por meio de seus
textos, nos subsidia a pensar sobre essa questão. Acompanhe a seguir!
52
TÓPICO 5 | A HISTÓRIA REGIONAL E SUAS CONEXÕES COM A ESCALA NACIONAL E GLOBAL
[...]
53
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
Dessa forma é possível afirmar que a ideia de região, no Brasil, tem uma
referência no passado, atrelada ao processo de consolidação da nacionalidade
que começou com a Independência em 1822.
UNI
NOTA
54
TÓPICO 5 | A HISTÓRIA REGIONAL E SUAS CONEXÕES COM A ESCALA NACIONAL E GLOBAL
55
UNIDADE 1 | ELABORANDO CONCEITOS DE HISTÓRIA REGIONAL, DE REGIÃO, DO LOCAL, NACIONAL E GLOBAL
[...]
56
TÓPICO 5 | A HISTÓRIA REGIONAL E SUAS CONEXÕES COM A ESCALA NACIONAL E GLOBAL
57
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico você estudou que:
58
AUTOATIVIDADE
1 Após ler lido este tópico, responda com argumentos! Como a região pode se
manter nesse conflito entre o local e o global? Que lugar a região ocupa nessa
discussão?
59
60
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos, sendo que em cada um deles
você encontrará atividades que o(a) auxiliarão para uma maior compreensão
dos conteúdos apresentados.
61
62
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
A História Comparada é o método de pesquisa que convida a uma
mudança de atitude no modo de fazer História; é uma nova perspectiva
dos pesquisadores como sujeitos em relação ao objeto de pesquisa.
(THEML, 2007).
2 HISTÓRIA COMPARADA
A História Comparada é uma abordagem historiográfica que num
primeiro momento parece fácil de empreender, porém, seguramente marcada pela
complexidade. José D’Assunção Barros (2010) afirma que a História Comparada
refere-se simultaneamente a um ‘modo específico de observar a história’ e à
escolha de um ‘campo de observação’ de determinado tipo – na verdade, um
“duplo campo de observação. Situa-se entre aqueles campos históricos que são
apresentados por uma “abordagem” específica (por um modo próprio de fazer a
história, de observar os fatos ou de analisar as fontes).
63
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
DICAS
Uma ótima leitura teórica sobre o tema é: BARROS, José D’Assunção. História
Comparada: um novo modo de ver e fazer a história. Revista de História Comparada, Rio
de Janeiro, v. 1, n. 1, dez. 2010. Para um trabalho mais concreto leia:
64
TÓPICO 1 | O QUE A HISTÓRIA COMPARADA TEM A VER COM A HISTÓRIA REGIONAL
NOTA
LEITURA COMPLEMENTAR
PERSPECTIVA
[...]
65
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
66
TÓPICO 1 | O QUE A HISTÓRIA COMPARADA TEM A VER COM A HISTÓRIA REGIONAL
[...]
67
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
68
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
69
AUTOATIVIDADE
70
UNIDADE 2 TÓPICO 2
AS ABORDAGENS DA MICRO-HISTÓRIA
E SUA RELAÇÃO COM A HISTÓRIA
REGIONAL
1 INTRODUÇÃO
A micro-história não é necessariamente história regional. A micro-
história pode, sim, ser característica de um período. É preciso que haja,
no entanto, este intercâmbio com o macro, esta troca de experiência,
um “jogo de escalas”, é preciso que busquemos observar e levar em
conta o “processo”. (OLIVEIRA, 2011, p. 9).
2 MICRO-HISTÓRIA
O aparecimento da micro-história está relacionado com o debate
historiográfico desencadeado, sobretudo, nas décadas de 1970 e 1980 e também
com a crise do paradigma marxista e de outros modelos de história generalizante
observados naquele período.
71
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
ATENCAO
72
TÓPICO 2 | AS ABORDAGENS DA MICRO-HISTÓRIA E SUA RELAÇÃO COM A HISTÓRIA REGIONAL
NOTA
Mozart Lacerda Filho (2011) nos auxilia a pensar essa questão afirmando:
NOTA
74
TÓPICO 2 | AS ABORDAGENS DA MICRO-HISTÓRIA E SUA RELAÇÃO COM A HISTÓRIA REGIONAL
DICAS
DESMUNDO
DESMUNDO. Produção de Van Fresnot. Distribuição: Columbia Pictures do Brasil, 2003 (100
min.). 1 DVD, son, color.
75
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
DICAS
76
TÓPICO 2 | AS ABORDAGENS DA MICRO-HISTÓRIA E SUA RELAÇÃO COM A HISTÓRIA REGIONAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Ronaldo Vainfas
77
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
O autor não fecha a questão quando julga se Manoel Gomes Chacão voltou
a judaizar ou não; no entanto, indica sua origem de família de judaizantes, não
concorde com a conversão forçada ocorrida em Portugal. Muito embora, junto ao
Santo Ofício teve sua reconciliação com a Igreja e garantiu uma pena leve, e assim
mesmo quase não a cumpriu, sendo aliviado pelo próprio tribunal. Ronaldo
Vainfas, além de utilizar bibliografia pertinente ao tema, anexa ao seu texto a
sentença contra Manoel Gomes Chacão, ocorrida em 15 de dezembro de 1647.
Desta forma, o autor, além de contribuir para a historiografia do Brasil Colônia,
e da religião e religiosidade, nos orienta quanto ao uso da Micro-História e da
documentação textual. Este artigo, certamente, pode ser utilizado para pesquisas
historiográficas acerca do tema, bem como, material didático a ser disponibilizado
com a finalidade de mostrar aos estudantes os agentes da história e o próprio
fazer histórico.
78
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
79
AUTOATIVIDADE
80
UNIDADE 2
TÓPICO 3
A AFINIDADE ENTRE
MEMÓRIA E HISTÓRIA
1 INTRODUÇÃO
A memória, onde cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura
salvar o passado para servir o presente e o futuro. Devemos trabalhar
de forma a que a memória coletiva sirva para a libertação e não para a
servidão dos homens. (FREITAS, 2011, p. 2).
DICAS
81
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
DICAS
82
TÓPICO 3 | A AFINIDADE ENTRE MEMÓRIA E HISTÓRIA
[...]
83
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
NOTA
84
TÓPICO 3 | A AFINIDADE ENTRE MEMÓRIA E HISTÓRIA
LEITURA COMPLEMENTAR
Daniel Chiozzini
85
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
Moraes Ferreira, da UFRJ, acrescenta que esse processo continuou no século XIX,
quando ocorre a institucionalização da História como disciplina universitária
e uma profissionalização dos historiadores: “Nesse momento, os historiadores
passam a adotar um conjunto de procedimentos para se diferenciar daqueles
então denominados ‘amadores’, que eram cronistas, políticos, literatos ou, como
no caso da França, indivíduos ligados à Igreja Católica”, afirma. A pesquisadora
também esclarece que isso significou a fixação sobre o que deveria ou não ser
usado como fonte: “Um estudo ‘isento’ só poderia ser elaborado quando o
historiador se distanciasse do seu objeto de pesquisa, abrindo mão de relatos
parciais e cronologicamente próximos de eventos históricos”, completa.
86
TÓPICO 3 | A AFINIDADE ENTRE MEMÓRIA E HISTÓRIA
Paulo Miceli concorda com relação ao rigor que deve ser observado na
realização de uma entrevista. Ele adverte também para a necessidade de não
tomar a palavra de quem está respondendo como o texto da própria História:
“É necessário cercar a entrevista com todos os cuidados que você tem ao ler,
por exemplo, a carta-testamento de Getúlio Vargas”. Ele chama a atenção para
o fato de que os depoimentos envolvem esquecimentos, distorções e omissões
que demandam uma pesquisa e uma interpretação para serem compreendidos e
contribuírem para o trabalho histórico. Daí a necessidade das entrevistas serem
complementadas pelas pesquisas com outras fontes.
87
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
88
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você viu que:
● Nem sempre a memória teve o mesmo sentido, mudando sua definição desde
a antiguidade até o século XX.
● Nos estudos voltados para a área regional e local, a memória busca abordar
aspectos da cultura popular, da vida em família, da religiosidade, dos hábitos
e costumes de uma localidade.
89
AUTOATIVIDADE
90
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
A história oral é um método de abordagem utilizado para pesquisar
aspectos peculiares da vida cotidiana. Utilizado desde as primeiras décadas do
século XX, é uma excelente forma de construir a História Regional e local e nos
auxilia a fazer uso direto da memória.
NOTA
91
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
vezes, são pessoas com histórias de vida a contar que nos ajudam a reconstruir
um olhar sobre o passado.
NOTA
92
TÓPICO 4 | O USO DA HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL E LOCAL
[...]
Também tem sido usada em museus, como instrumento vivo para transmitir
informações e tornar as exposições mais interessantes e dinâmicas. É utilizada
no trabalho com comunidades, bairros e grupos de vizinhança porque, além de
possibilitar o registro de suas memórias, permite processos de revalorização dos
idosos através de um importante papel na reconstrução do passado. Desta forma,
alarga as possibilidades dessa faixa geracional de continuar contribuindo para o
desenvolvimento das comunidades locais.
93
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
LEITURA COMPLEMENTAR
FONTE: CMU - Centro de Memória. O que é História Oral? Disponível em: <http://www.
centrodememoria.unicamp.br/laho/index.htm>. Acesso em: 3 dez. 2010.
94
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você viu que:
● As fontes orais para a história regional e local devem ser sempre usadas com
cuidado.
95
AUTOATIVIDADE
96
UNIDADE 2
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Nesse último tópico vamos falar um pouco sobre como abordar a História
Regional/Local na sala de aula. Conhecer algumas questões pertinentes ao tema e
também abordar algumas estratégias que podem auxiliar os futuros professores
quando tratarem dessas temáticas em suas aulas.
97
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
98
TÓPICO 5 | METODOLOGIA PARA ENSINAR HISTÓRIA LOCAL E REGIONAL
99
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
UNI
4 ENSINANDO DIFERENTE
Como já visto anteriormente, a incorporação das fontes orais na
metodologia ora estudada possibilita algumas vantagens e acrescenta perspectivas
diferentes no ensino. Logicamente que a utilização da história oral como fonte e
possibilidade direta de conhecimento não é uma vantagem exclusiva da história
local, mas colabora para se ter acesso a fontes diretas, diversamente do que se
percebe no ensino “tradicional”, onde, em muitos casos, o acesso ao conhecimento
se dá apenas por meio de livros didáticos.
100
TÓPICO 5 | METODOLOGIA PARA ENSINAR HISTÓRIA LOCAL E REGIONAL
101
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
UNI
Uma ótima leitura sobre o que está sendo abordado é: FONSECA, Selva. G.
Didática e prática de ensino de história: experiências, reflexões e aprendizados. Campinas:
Papirus, 2003.
102
TÓPICO 5 | METODOLOGIA PARA ENSINAR HISTÓRIA LOCAL E REGIONAL
103
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
escola fará seu próprio documentário, contando sua história, onde se faz
necessário deixar todo o material que foi coletado à exposição e visitação
do público.
FONTE: A história local como eixo temático das séries iniciais. Disponível em: <http://
www.ufpi.edu.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/eventos/2006.gt8/GT8_2006_01.PDF>.
Acesso em: 20 fev. 2011.
104
TÓPICO 5 | METODOLOGIA PARA ENSINAR HISTÓRIA LOCAL E REGIONAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Paulo Hipólito
[...]
Uma boa alternativa para quebrar com a “história conto de fadas” e também
trazer a história para mais perto dos alunos seria adotar em sala de aula o uso
105
UNIDADE 2 | HISTÓRIA COMPARADA, A MICRO-HISTÓRIA, MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA REGIONAL
Mas para tal fim, despertar nos alunos essa concepção de história
ligada ao presente e ao cotidiano deles demanda do professor dedicação e
comprometimento, o que muitas vezes não acontece.
106
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico você estudou que:
107
AUTOATIVIDADE
2 Escreva nas linhas abaixo que fontes históricas você usaria para ensinar
aos seus alunos a História Local do seu lugar.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
108
UNIDADE 3
CONHECENDO ALGUNS
EVENTOS REGIONAIS DA
HISTÓRIA BRASILEIRA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em cinco tópicos. Em cada um deles você en-
contrará atividades que o(a) ajudarão na maior compreensão dos conteúdos
apresentados.
109
110
UNIDADE 3
TÓPICO 1
CABANAGEM: REVOLTA
POPULAR NO PARÁ
1 INTRODUÇÃO
Conhecida como uma revolução social que dizimou a população
amazônica e abarcou um território muito amplo, a Cabanagem deu início aos
eventos “regionais” da História brasileira que abordaremos nessa unidade.
111
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
112
TÓPICO 1 | CABANAGEM: REVOLTA POPULAR NO PARÁ
3 O INÍCIO DA CONTENDA
113
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
o cônego João Batista Campos, importante líder das revoltas ocorridas em 1823,
tornou-se novamente porta-voz dos descontentes, principalmente de setores da
Igreja e de profissionais liberais.
FIGURA 5 – CABANAGEM
114
TÓPICO 1 | CABANAGEM: REVOLTA POPULAR NO PARÁ
115
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
No seu último livro, que não viu impresso, Décio Freitas visitou uma das
menos conhecidas revoltas populares da história brasileira, o movimento que nos
livros escolares aprendemos com o nome de Cabanagem. Dizendo em palavras
vagas, foi uma insurreição ocorrida principalmente em Belém, entre 1835 e 1840,
e reprimida sangrentamente – teriam morrido no total umas 30 mil pessoas, cerca
de 25% da população do Pará na época. Foi designada com esse nome por motivos
triviais: é que de fato a maior parte dos envolvidos vivia em cabanas pobres, em
malocas improvisadas, numa vida miserável que foi, sem dúvida, o combustível
da revolta.
Uma tal mudança que não muda só podia gerar uma oposição igualmente
paradoxal, que já foi chamada de “reação revolucionária”: em várias províncias
estouram conflitos contra o governo central brasileiro, exigindo mais autonomia
para as administrações locais. No contexto dessas inquietações, ocorrem guerras
civis intraoligárquicas de longa duração, como Farrapos, no Rio Grande do Sul,
entre 1835 e 1845, e a Cabanagem, no Pará.
Décio revela essas hesitações e dubiedades. Para ele, que parece olhar para
os fatos da Cabanagem com um misto de lamentação, indignação e ceticismo, as
revoluções populares – no Pará ou na França – têm sempre o mesmo destino:
a traição dos ideais populares pelos governantes levados ao poder pelo povo,
a desilusão dos insurretos e, no fim do processo, o terror de Estado contra os
inimigos. No caso de Belém, alguns dos dirigentes foram assassinados nas várias
viravoltas narradas entre 1831 e 1840. E o fim da revolta ocorreu com mais sangue
ainda, quando chegou ao Pará o brigadeiro Francisco Soares de Andrea, que
assumiu o poder em abril de 1836. Ele prendeu ou matou os resistentes e exilou
os líderes, muito deles enviados para o interior do Estado, onde organizaram
focos de resistência que igualmente foram aniquilados.
118
TÓPICO 1 | CABANAGEM: REVOLTA POPULAR NO PARÁ
Décio Freitas nos surpreende, no quarto final do livro, ao nos dar uma
cena em que Berthier, febril, presencia um debate entre dois revolucionários. Um
deles era ninguém menos que Saint-Simon, o conde Claude-Henri de Rouvroy,
rebatizado republicanamente Claude-Henri Bonhomme (1760-1825), defensor
de uma mudança radical na sociedade a partir da repartição da propriedade,
que deve ser acessível a todos. O outro era Charles Fourier (1771-1837), muito
mais radical que o outro, advogando a organização da sociedade em pequenas
comunas e uma vida libertária, inclusive no comportamento sexual. Os dois serão
os “socialistas utópicos”, na opinião de Karl Marx, anos depois.
Claro que os dois não estavam em Belém, mas sim na cabeça e no coração
de Berthier, que conhecia suas ideias e o tempo todo as relembra para entender
aquela quase incompreensível sublevação social paraense.
Décio nos transporta para o centro dos eventos, para essa passagem
inacreditavelmente sangrenta da vida brasileira, por meio de artifícios eficazes,
ao mesmo tempo oferecendo caminhos para pensarmos as coisas do país em
cotejo com a História Ocidental, o que sempre ajuda a entender melhor. Coisas
deste país chamado Brasil, que na visão do ensaísta nasceu de uma independência
que foi capaz de criar um Estado, uma Administração, um Poder, mas não foi
capaz de criar uma Nação acolhendo o complexo conjunto do Povo que aqui
vive. Até hoje.
FONTE: FREITAS, Décio. A miserável revolução das classes infames. Rio de Janeiro: Record, 2005.
Disponível em:< http://historia.abril.com.br/guerra/cabanos-miseria-revolta-terror-433803.shtml>.
Acesso em: 10 jan. 2011.
119
RESUMO DO TÓPICO 1
120
AUTOATIVIDADE
121
122
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Sem sombra de dúvida, a Revolução Farroupilha (1835-1845) é o tema
mais trabalhado pela historiografia rio-grandense. O movimento regional é o fato
histórico que ganhou maior relevância, tanto na produção historiográfica quanto
no imaginário popular.
123
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
NOTA
Aqui entra em cena uma região que almejava essa autonomia: o Rio Grande
do Sul, palco de intensas disputas entre portugueses e espanhóis desde a época
colonial. Na ideia dos líderes locais, o fim dos conflitos e a independência brasileira
deveriam inspirar o governo central a incentivar o crescimento econômico do Sul,
como forma de “ressarcir” as gerações de famílias que defenderam o país desde
há muito tempo. Mas não foi bem isso o que aconteceu.
O que já não era bom para a Província gaúcha piorou ainda mais. Desde
1821 o governo central passou a cobrar taxas pesadas sobre os produtos rio-
grandenses, como charque, erva-mate, couros etc. E no começo da década
de 30 incorporou a cobrança de uma taxa extorsiva sobre o charque gaúcho,
incentivando indiretamente a importação desse produto da região do
Prata. Soma-se a isto um aumento da taxa de importação do sal, insumo básico
para a fabricação do charque.
124
TÓPICO 2 | A REVOLUÇÃO FARROUPILHA: UMA REVOLTA REGIONAL E DE ELITE
[...]
Na América Portuguesa, por muito tempo o extremo sul do Brasil
ficara quase que abandonado. Sem oferecer nenhum produto tropical
que a metrópole pudesse explorar, manteve-se à margem do mercado
externo. Durante os séculos XVII e XVIII, missões religiosas jesuíticas
espanholas se estabeleceram no atual Estado do Rio Grande do Sul,
reunindo muitos índios. Destruídas pelos bandeirantes paulistas em
busca de indígenas que seriam vendidos como escravos, o gado criado
nessas missões ficou solto. Essa região, chamada pelos portugueses de
Continente do Rio Grande, foi, aos poucos, sendo ocupada por colonos
que lá se fixaram e começaram a reunir o gado que ficara disperso.
A pecuária se desenvolveu e logo se tornou a principal atividade
econômica do sul da Colônia.
[...]
125
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
126
TÓPICO 2 | A REVOLUÇÃO FARROUPILHA: UMA REVOLTA REGIONAL E DE ELITE
NOTA
127
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
DICAS
Por fim, podemos dizer que a Revolução Farroupilha não foi uma revolta
das camadas sociais mais pobres, mas uma rebelião dos ricos estancieiros sulinos
que lutaram pelos seus imediatos interesses econômicos e políticos. Grande
parte da população envolvida só teve participação como “massa de manobra” e
ainda sob o controle direto dos líderes. Não existiu, entre as lideranças, desejo
algum de libertar as camadas mais pobres da exploração social, e muito menos
da escravidão que predominava na época.
128
TÓPICO 2 | A REVOLUÇÃO FARROUPILHA: UMA REVOLTA REGIONAL E DE ELITE
DICAS
FILME
Netto Perde Sua Alma. Direção: Beto Souza, Tabajara Ruas
- 2001 (Brasil)
SINOPSE
129
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
Diorge Konrad
130
TÓPICO 2 | A REVOLUÇÃO FARROUPILHA: UMA REVOLTA REGIONAL E DE ELITE
131
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
132
TÓPICO 2 | A REVOLUÇÃO FARROUPILHA: UMA REVOLTA REGIONAL E DE ELITE
DICAS
FLORES, Moacyr. Modelo Político dos Farrapos. 3.ed. Porto Alegre: Mercado Aberto,1985.
133
RESUMO DO TÓPICO 2
134
AUTOATIVIDADE
135
136
UNIDADE 3
TÓPICO 3
A SABINADA E A BALAIADA NO
CONTEXTO REGIONAL
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), neste tópico vamos estudar dois movimentos
populares regionais do Brasil Império, a Sabinada e a Balaiada. Bons estudos!
Caro(a) acadêmico (a), iniciamos esse tópico com uma questão. Você já
pensou sobre como a conformação geográfica do que hoje se constitui o Brasil
e a própria construção social da sua identidade nacional aconteceu? Como foi
possível, principalmente no Império, manter a unidade nacional pelas forças
centralistas, em detrimento das regionalistas?
137
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
Conhecida pelo nome daquele que foi tido como um de seus principais
líderes, a Sabinada seguiu a sorte de algumas outras províncias do Império
brasileiro que durante o mesmo período – a Regência (1831-1840) – declararam
sua independência plena ou provisória frente ao governo central da Corte,
sediado no Rio de Janeiro.
3 AS CAUSAS DA REVOLTA E
SEUS DESDOBRAMENTOS
Diferentemente da revolta dos Farrapos, a Sabinada contou com a
participação dos representantes das camadas médias da população e também de
natureza eminentemente popular. Os rebeldes desejavam manter a autonomia
provincial obtida com o Ato Adicional de 1834, e que, sob a Regência Una de
Araújo Lima, via-se ameaçada pela lei interpretativa que retirava as liberdades
concedidas anteriormente aos governos provinciais. A Bahia, desde o período
138
TÓPICO 3 | A SABINADA E A BALAIADA NO CONTEXTO REGIONAL
139
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
NOTA
DICAS
DICAS DE LEITURA:
140
TÓPICO 3 | A SABINADA E A BALAIADA NO CONTEXTO REGIONAL
NOTA
6 A COMPREENSÃO DO CONFLITO
Na Província do Maranhão, como em outras regiões brasileiras, o
reconhecimento da Independência não aconteceu de forma pacífica. Ocorreram
conflitos entre colonos e portugueses, permitindo que as camadas mais pobres
da população pegassem em armas nas lutas então travadas. Porém, apesar da
Independência, a realidade dessas populações pobres não se alterou. As mesmas
continuavam marginalizadas e longe de qualquer poder político e econômico.
Para entender melhor essa revolta, temos que falar dos bem-te-vis e dos
cabanos. Os bem-te-vis - nome tirado do jornal homônimo - representavam a
população urbana que era opositora dos grandes proprietários de terras e dos
comerciantes portugueses. Os conflitos entre bem-te-vis e cabanos acirrou-se
após a votação da chamada “lei dos prefeitos”, pela qual os governantes locais,
os prefeitos, passaram a ter poderes imensos, inclusive o de autoridade policial.
Os cabanos, que já ocupavam o poder, conseguiram ainda maior controle da
Província, nomeando seus partidários para o cargo de prefeitos, o que redundou
em uma perseguição aberta aos bem-te-vis. Vejamos melhor nas palavras de
BIRARDI (2011, p. 3-4):
142
TÓPICO 3 | A SABINADA E A BALAIADA NO CONTEXTO REGIONAL
[...]
[...]
143
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
7 COMEÇA O CONFLITO
Segundo a maioria dos historiadores, a Balaiada teve início em dezembro
de 1838 na Vila da Manga no Maranhão, indo até meados de 1841, pelo Piauí e
Ceará. Sendo decretada em agosto de 1840 a anistia pelo Imperador D. Pedro II.
NOTA
145
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
DICAS
DICAS DE LEITURA
JANOTTI, Maria de Lourdes Mônaco – A Balaiada. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.
DIAS, Claudete Maria Miranda. Balaios e bem-te-vis: a guerrilha sertaneja. 2. ed. Teresina:
Instituto Dom Barreto, 2002.
146
TÓPICO 3 | A SABINADA E A BALAIADA NO CONTEXTO REGIONAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Hendrik Kraay
Uma testemunha ocular relatou que, nesses dias de caos, rebeldes eram
assassinados “mesmo depois de deporem as armas”, e que muitos, depois de
presos, “eram fuzilados de súbito”, sem nenhuma piedade. Segundo o general
que comandou o assalto final a Salvador, o saldo foi de 1.091 mortos entre os
rebeldes, contra 40 baixas entre os soldados legalistas.
Embora a Sabinada fosse vista pelo outro lado como uma grave ameaça
à unidade nacional brasileira e à monarquia do jovem D. Pedro II (que assumiria
o trono em 1841), os rebeldes não cogitavam, na verdade, uma ruptura completa
147
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
148
TÓPICO 3 | A SABINADA E A BALAIADA NO CONTEXTO REGIONAL
Além dos mais de mil mortos, quase três mil pessoas foram presas; mais
de 1.500 foram logo deportadas para o Sul, alistadas como recrutas do Exército.
Outros presos foram degredados para a Ilha de Fernando de Noronha. Os líderes
civis e militares da Sabinada, inclusive o próprio Sabino, foram condenados à
149
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
150
RESUMO DO TÓPICO 3
151
AUTOATIVIDADE
152
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Após termos visto algumas questões regionais do Brasil Império, vamos
nos ater a dois movimentos “sociais” da História Republicana do nosso país:
Canudos e, no próximo tópico, o Contestado.
153
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
NOTA
154
TÓPICO 4 | GUERRA DE CANUDOS: A LUTA DE UM POVO NA BAHIA
155
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
156
TÓPICO 4 | GUERRA DE CANUDOS: A LUTA DE UM POVO NA BAHIA
157
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
158
TÓPICO 4 | GUERRA DE CANUDOS: A LUTA DE UM POVO NA BAHIA
LEITURA COMPLEMENTAR
A GUERRA DE CANUDOS
Nicolau Sevcenko
159
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
160
TÓPICO 4 | GUERRA DE CANUDOS: A LUTA DE UM POVO NA BAHIA
UNI
INDICAÇÂO DE LEITURA
CUNHA, Euclides Pimenta da, 1866-1909. Os Sertões: campanha de Canudos: 27. ed.
Brasília: Universidade de Brasília, 1963.
MONIZ, Edmundo. Canudos: a luta pela terra. São Paulo: Global, 1988.
VILLA, Marco Antônio. Canudos. O povo da terra. São Paulo: Ática, 1995.
DICAS
161
RESUMO DO TÓPICO 4
162
AUTOATIVIDADE
163
164
UNIDADE 3
TÓPICO 5
CONTESTADO: MESSIANISMO E
QUESTÕES REGIONAIS NO SUL DO BRASIL
1 INTRODUÇÃO
A partir de agora, caro(a) acadêmico(a), vamos tratar, nesse último
tópico, sobre a Guerra do Contestado. Tentaremos perceber o que foi esse
evento, um dos maiores e mais cruentos movimentos sociais da História
brasileira, ocorrido entre 1912 e 1916 na região fronteiriça entre Santa Catarina
e Paraná.
2 CONFLITOS HISTÓRICOS
Caracterizada pelo seu legado histórico, a região do Contestado foi
resultado de um longo processo histórico, com a ocorrência de inúmeros conflitos.
As disputas territoriais iniciaram-se na época colonial, quando Portugal e Espanha
brigavam pela posse daquelas terras. Essas lutas foram substituídas por outras
no início do século XX, quando Santa Catarina e o Paraná transformaram a região
em palco de disputas por limites.
165
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
DICAS
166
TÓPICO 5 | CONTESTADO: MESSIANISMO E QUESTÕES REGIONAIS NO SUL DO BRASIL
167
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
[...]
FONTE: SANTOS, Maria Cristina Ferreira dos. A Guerra do Contestado: desfazendo as amarras do
esquecimento. Disponível em: <seer.ufrgs.br/NauLiteraria/article/download/13268/10332>. Acesso
em: 14 jan. 2011.
168
TÓPICO 5 | CONTESTADO: MESSIANISMO E QUESTÕES REGIONAIS NO SUL DO BRASIL
NOTA
169
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
DICAS
DICAS
SUGESTÕES DE LEITURAS
ESPIG, M. J.; MACHADO, P. P. Guerra Santa revisitada: novos estudos sobre o movimento
do Contestado. Florianópolis: UFSC, 2008.
170
TÓPICO 5 | CONTESTADO: MESSIANISMO E QUESTÕES REGIONAIS NO SUL DO BRASIL
LEITURA COMPLEMENTAR
O CONTESTADO
171
UNIDADE 3 | CONHECENDO ALGUNS EVENTOS REGIONAIS DA HISTÓRIA BRASILEIRA
172
RESUMO DO TÓPICO 5
173
AUTOATIVIDADE
174
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Roberto de. Dossiê história oral: uma breve apresentação.
Revista de História e Estudos Culturais, São Paulo, v. 2, n. 2, maio/jun. 2005.
175
BEZZI, Meri Lourdes. Região: desafios e embates contemporâneos. Disponível
em: <http://www.sei.ba.gov.br/publicacoes/publicacoes_sei/bahia_analise/sep/
pdf/sep_67/meri_lourdes_bezzi.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2010.
FREITAS, Fabiano Junqueira de; BRAGA, Paula Lou Ane Matos. Questões
introdutórias para uma discussão acerca da história e da memória. Disponível
em:<http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/
176
edicao13/materia03/>. Acesso em: 19 jan. 2011.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Cia. das Letras, 1986.
LIMA, Eli Napoleão de. Para não esquecer Canudos. Disponível em: <http://
www.ufrrj.br/cpda/ruralidades/arquivos/arquivos_producao/40_ARQ.pdf>.
Acesso em: 27 jan. 2011.
MORAIS, Delsa Maria Santos de et al. A História Local como eixo temático das
séries iniciais. Disponível em: <http://www.ufpi.edu.br/subsiteFiles/ppged/
arquivos/files/eventos/2006.gt8/GT8_2006_01.PDF>. Acesso em: 21 dez. 2010.
SANTOS, Milton. Por uma geografia nova. São Paulo: HUCITEC, 1978.
178
SCHILLING, Voltaire. A Guerra dos Canudos e “Sertões”. Disponível em:
<http://educaterra.terra.com.br/voltaire/index_brasil.htm>. Acesso em: 22 dez.
2010.
SOUZA, Paulo César de. A Sabinada: a revolta separatista da Bahia: 1837. São
Paulo: Cia das Letras, 2009.
PAIM, Elison A.; PICOLLI, Vanessa. Ensinar história regional e local no ensino
médio: experiências e desafios. História e Ensino. Rev. Laboratório de Ensino
de História/UEL, Londrina, v. 13, p. 107-126, 2007.
THOMPSON, Paul. A voz do passado: história oral. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1992.
179
VAINFAS, Ronaldo. Os protagonistas anônimos da História. São Paulo:
Campus, 2002.
VENTURA, Zuenir. Quem tem medo da História Local? Disponível em: <http://
historiadolocal.blogspot.com/2006/09/entrevista-com-zuenir-ventura.html>.
Acesso em: 15 fev. 2011.
180
ANOTAÇÕES
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
181
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
182