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AVALIAÇÃO DO
DEFICIENTE INTELECTUAL
UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (047) 3281-9000/3281-9090
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Profa. Erika de Paula Alves
Profa. Izilene Conceição Amaro Ewald
Prof. Márcio Moisés Selhorst
Revisão de Conteúdo: Profa. Carolina dos Santos Maiola
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M623e Michelli, Cláudia Regina Pinto
Ensino, aprendizagem e avaliação do deficiente
intelectual / Cláudia Regina Pinto Michelli e Simone
Maria de Azevedo.
Indaial : Uniasselvi, 2013.
106 p. : il
ISBN 978-85-7830-726-4
1. Educação inclusiva.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Cláudia Regina Pinto Michelli
APRESENTAÇÃO.......................................................................7
CAPÍTULO 1
Discutindo Conceitos e Terminologias em Torno
da Deficiência Intelectual...................................................... 9
CAPÍTULO 2
A Deficiência Intelectual e os
Processos de Aprendizagem.................................................27
CAPÍTULO 3
Adaptações Curriculares e a Avaliação Frente
à Deficiência Intelectual.......................................................49
CAPÍTULO 4
As Tecnologias Assistivas, as Tecnologias Digitais
Acessíveis e as Salas de Atendimento Educacional
Especializado – AEE...............................................................69
APRESENTAÇÃO
Caro(a) pós-graduando(a): Figura 1 - Eu gosto de
aprender na escola
O presente caderno de estudos trará como
discussão central o ensino, a aprendizagem e a
avaliação do deficiente intelectual.
Certamente você deve estar pensando: Mas, esse caderno trata do ensino,
aprendizagem e avaliação do sujeito com a deficiência intelectual especificamente
e não de um modo geral, não é mesmo? Contudo, o questionamento é pertinente
na medida em que é capaz de nos fazer pensar sobre o que é importante “saber”
na escola. E, qual a relação desse saber com a vida dessa criança que lá está.
Antes mesmo de recebermos crianças com deficiência intelectual na escola, nós
recebemos crianças! Todas são crianças. Independente de seus diagnósticos, todas
são crianças com desejos, medos e diferentes formas de ser e pensar. É exatamente
isso que as tornam únicas e não apenas, ou simplesmente, diferentes entre si.
Bons Estudos!
As autoras.
C APÍTULO 1
Discutindo Conceitos e
Terminologias em Torno da
Deficiência Intelectual
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Capítulo 1 Discutindo Conceitos e Terminologias
em Torno da Deficiência Intelectual
Contextualização
Prezado (a) leitor (a), neste primeiro capítulo do caderno de estudo intitulado:
Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual, temos o propósito
de chamá-lo a participar de várias reflexões e questionamentos acerca das
terminologias utilizadas em diversos contextos sócio-históricos no que diz respeito
à temática da deficiência intelectual. Do mesmo modo, convidamos você a dialogar
conosco sobre os aspectos das diferenciações existentes entre deficiência
intelectual e déficit cognitivo e, para finalizarmos este capítulo, queremos solicitar
sua contínua atenção quando destacarmos os principais fatores que causam a
deficiência intelectual.
Caro (a) leitor (a), convém destacar que esses indicadores ainda
Todos os indivíduos
são muito difundidos, entretanto, é importante enfatizar que todos
têm a capacidade
os indivíduos têm a capacidade de aprender e de se desenvolver,
de aprender e de
independente do grau da sua deficiência. No entanto, tais indicadores não se desenvolver,
devem ser encarados de forma taxativa, capazes de gerar expectativas independente
negativas quanto à aprendizagem, pois todos os indivíduos têm o direito do grau da sua
de se desenvolverem de acordo com as suas potencialidades. deficiência.
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
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Capítulo 1 Discutindo Conceitos e Terminologias
em Torno da Deficiência Intelectual
Atividade de Estudos:
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Capítulo 1 Discutindo Conceitos e Terminologias
em Torno da Deficiência Intelectual
• Autonomia.
• Comunicação.
• Cuidados pessoais.
• Habilidades sociais.
• Saúde.
• Desempenho escolar.
• Trabalho.
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
Atividade de Estudos:
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Embora tenhamos chamado atenção para o fato de que somos diferentes uns
dos outros, muitas vezes essas diferenças e, nesse caso, destacamos aquelas
apresentadas pelas pessoas com deficiência intelectual, em decorrência de mitos e
preconceitos existentes em nossa sociedade, tendem a nos levar a ver o “diferente”
com um olhar de inferioridade. Isso ocorre, pois quem é diferente é percebido como
um sujeito que foge dos padrões de normalidade impostos socialmente.
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Capítulo 1 Discutindo Conceitos e Terminologias
em Torno da Deficiência Intelectual
Causas pré-natais:
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
Causas perinatais
Causas pós-natais
Deve-se considerar que os fatores de risco que ocorrem após o nascimento são
os que podem ter uma maior interferência humana e, assim, podem ser evitados.
Atividades de Estudos:
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Algumas Considerações
Neste primeiro capítulo você pôde compreender questões elementares e
pontuais quando se coloca em pauta a temática da deficiência intelectual, seu
conceito atualmente e em outros tempos. As diferenças entre déficit cognitivo e
deficiência intelectual. As principais causas da deficiência intelectual e algumas
formas de evitá-la. No segundo capítulo faremos uma abordagem voltada
à compreensão de como se dá a aprendizagem da pessoa com deficiência
intelectual, dos aspectos da estimulação desde o seu nascimento, a inclusão
escolar e a importância da pessoa deficiente estar inserida num contexto social.
Referências
CARVALHO, R, E. Removendo barreiras para a aprendizagem: educação
inclusiva. Porto Alegre: Mediação, 2000.
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C APÍTULO 2
A Deficiência Intelectual e os
Processos de Aprendizagem
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Capítulo 2 A Deficiência Intelectual e os
Processos de Aprendizagem
Contextualização
Neste segundo capítulo trataremos das questões voltadas propriamente
à aprendizagem do sujeito com deficiência intelectual. Nesse contexto,
convidamos você a refletir sobre os fatores importantes para a estimulação da
criança com deficiência intelectual desde o seu nascimento. Outros pontos que
abordaremos serão referentes à inclusão escolar e às adequações necessárias
para a efetivação desse processo. Além disso, discutiremos os benefícios que o
processo de inclusão traz na vida escolar das crianças com deficiência intelectual,
as dificuldades encontradas no contexto educacional, o professor e sua prática
pedagógica diante desse processo. Para dar fechamento ao capítulo, voltaremos
nossas reflexões e questionamentos aos aspectos que discutem a importância da
socialização e interação dos pares, comuns para a construção da aprendizagem.
A Deficiência Intelectual e a
Capacidade de Aprender
Todo ser humano é dotado de inteligência, isso quer dizer que é capaz de
se desenvolver e de aprender, é claro que não podemos deixar de evidenciar que
temos particularidades sobre o ritmo e a forma de aprender. O histórico de vida
pessoal e das relações sociais que permeiam nossa existência é fundamental nas
características individuais de aprendizagem de cada sujeito. Aliado aos fatores
sociais e experienciais, os componentes biológicos também são responsáveis por
essa construção e trazem aspectos elementares no processo de aprendizagem,
sendo ambos complementares e indissociáveis.
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
28
Capítulo 2 A Deficiência Intelectual e os
Processos de Aprendizagem
29
Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
Nesse sentido, é importante fazer uma avaliação inicial, que seja ampla e
segura, do que o sujeito já sabe. Avaliar quais os tipos de operações mentais que
já consegue utilizar e de que conceitos (natureza e tipo de relações entre ambos)
ele já dispõe. A partir daí poderão ser planejadas ações adequadas ao seu estágio
de desenvolvimento, visando à efetivação da sua aprendizagem.
Aprendendo e Assimilando
Para que o processo educacional da pessoa deficiente intelectual aconteça
de modo satisfatório é fundamental que se inicie um trabalho que aborde conceitos
e operações simples e concretas, possibilitando de forma gradual a construção de
ações mais complexas e abstratas.
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Capítulo 2 A Deficiência Intelectual e os
Processos de Aprendizagem
Para que o aluno assimile o que foi ensinado, é importante explorar várias
vezes os mesmos conceitos, distribuindo as atividades em períodos menores,
procurando relacioná-los aos diferentes contextos da realidade. O aluno com
deficiência intelectual tende, muitas vezes, a distrair-se com estímulos alheios
como: ruídos externos, objetos ou imagens chamativas, deixando de manter
sua atenção para o foco de aprendizagem. Sendo assim, é conveniente que o
mesmo ocupe um lugar em sala de aula onde esses estímulos sejam menos
acentuados. Também é fundamental expor constantemente ao aluno, de maneira
atrativa, o conteúdo desenvolvido, a fim de despertar-lhe curiosidade e interesse,
possibilitando, assim, a construção da aprendizagem.
Atividades de Estudos:
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A Estimulação Precoce e a
Construção da Aprendizagem
Quando colocamos em pauta as discussões acerca da estimulação precoce
das crianças com deficiência intelectual, há que se considerar que é uma aliada
fundamental na evolução da aprendizagem dessas crianças. Entretanto, não
podemos deixar de destacar que a falta dela, a inadequação ou até mesmo
a sobrecarga de estimulação nos primeiros anos de vida, podem interferir
negativamente sobre o ritmo com que se dá o processo evolutivo infantil, fato esse
que também faz aumentar a distância existente entre os padrões do desenvolvimento
sensório-motor, sócio-afetivo, físico, cognitivo, motor e de linguagem.
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Capítulo 2 A Deficiência Intelectual e os
Processos de Aprendizagem
Convém destacar que quanto maior for o tempo e a intensidade com que
a estimulação se processa de forma inadequada, maior será a probabilidade
de agravar as deficiências existentes. No entanto, o procedimento correto
das atividades de estimulação precoce, pode prevenir ou, até mesmo, diminuir
os atrasos do desenvolvimento infantil. O avanço das capacidades mentais,
sensoriais e motoras das crianças é intensificado quando elas convivem e
desfrutam de um ambiente rico em estímulos e desafios positivos.
• Postos de saúde.
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Capítulo 2 A Deficiência Intelectual e os
Processos de Aprendizagem
Figura 3 - Estimulação
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
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Capítulo 2 A Deficiência Intelectual e os
Processos de Aprendizagem
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
Com base nos suportes legais organizados pelo Ministério Público Federal
(2004, p.30) temos que:
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Capítulo 2 A Deficiência Intelectual e os
Processos de Aprendizagem
Concordamos com Carvalho (2000, p.66) quando esta chama atenção sobre
a importância dos mecanismos de ações conjuntas para discutir questões de
aprendizagem no contexto educacional:
O processo de inclusão não deve ser encarado pela escola como algo
pronto e encerrado em si mesmo. Como todo processo, ele também é dinâmico
e precisa alimentar-se dos questionamentos que se apresentam diariamente no
contexto escolar, fato que se constitui num permanente e complexo desafio para
todos os envolvidos.
partir disso, o professor poderá conhecer a vida dos alunos e identificar as causas
das dificuldades que apresentam.
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
<http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/>
<http://coralx.ufsm.br/revce/revce/2006/02/a15.htm>
Atividades de Estudos:
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Capítulo 2 A Deficiência Intelectual e os
Processos de Aprendizagem
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A Socialização e a Interação de
Pares: um Caminho a Construir
O ser humano é um ser social, isso quer dizer que se desenvolve e aprende
a partir das relações e das trocas que estabelece no contato com outros seres
igualmente sociais. Sendo assim, a família é o primeiro núcleo social do qual
a criança participa e no qual interage com os seus, a partir dessas interações
sociais os processos de aprendizagem e desenvolvimento vão acontecendo.
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
Nesse sentido, a educação deve ser vista como uma ferramenta importante
que gera aprendizagem e desenvolvimento em todas as etapas da vida humana,
caracterizando, em sua dinâmica, que não só os alunos em suas atividades têm
a possibilidade de aprender, mas também os professores nas suas estratégias e
modos de ensinar, pois todos são desafiados em seus processos internos.
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Capítulo 2 A Deficiência Intelectual e os
Processos de Aprendizagem
Algumas Considerações
No decorrer deste segundo capítulo procuramos expor de forma objetiva os
principais questionamentos que cercam a deficiência intelectual e os processos
de aprendizagem. Fizemos uma abordagem sobre a deficiência intelectual
e o modo como se processa a aprendizagem desses sujeitos, destacando
suas capacidades e limitações. Também neste capítulo conseguimos elucidar
aspectos voltados à estimulação precoce da criança com deficiência intelectual,
discutindo a importância e o modo como se processam esses atendimentos nos
primeiros anos de vida. Além disso, nossas discussões estiveram voltadas ao
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
Referências
BRASIL. Diretrizes educacionais sobre estimulação precoce: o portador de
necessidades educativas especiais. Secretaria de Educação Especial. Brasília:
MEC, SEESP, 1995.
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C APÍTULO 3
Adaptações Curriculares e a
Avaliação Frente à Deficiência
Intelectual
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Capítulo 3 Adaptações Curriculares e a
Avaliação Frente à Deficiência Intelectual
Contextualização
Queremos convidar você, caro (a) leitor (a), a conhecer e a refletir sobre os
documentos legais, a avaliação e as adaptações curriculares necessárias para
o trabalho com a pessoa com Deficiência Intelectual. Nosso interesse nessa
discussão é de tornar interativo e esclarecedor o assunto. Através dessa leitura
acreditamos tornar possível a compreensão de que o caminho para o currículo e
a avaliação que apresentem efeitos positivos na escola é aquele que se constrói
mediante o planejamento da equipe escolar e o conhecimento da demanda em
questão. Os currículos, de modo geral, nos são apresentados prontos e, muitas
vezes, as fichas avaliativas também são. Neste capítulo você poderá compreender
que esses mecanismos predeterminados surtem efeito durante algum tempo,
mas é preciso ter a compreensão de que todo sujeito está além de uma ideia
preestabelecida para a condução de sua vida (escolar). Portanto, a história do
atendimento a esse sujeito será tecida no encontro e na caminhada diária do
contexto educacional.
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
Certamente você deve estar pensando, caro (a) leitor (a): mas, a norma
é importante para se viver em sociedade, não é? De fato, ela é fundamental
para haver ordem “social”. Mas, a norma que aqui nos referimos está além
desse aspecto. Referimo-nos ao uso na norma como meio comum de trabalho
pedagógico, quando o assunto diz respeito ao atendimento a crianças com
deficiência intelectual.
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Capítulo 3 Adaptações Curriculares e a
Avaliação Frente à Deficiência Intelectual
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
O leito de Procusto
Mitologia Grega.
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
Atividade de Estudos:
Objetivo:_____________________________________________
Conteúdo Curricular:____________________________________
Adequações Curriculares:
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Descrição da atividade:
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Para pensar no
trabalho prático ____________________________________________________
de sala de aula ____________________________________________________
com a criança ____________________________________________________
com deficiência ____________________________________________________
intelectual é ____________________________________________________
preciso conhecer
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essa criança e
ter compreensão ____________________________________________________
de quais
aprendizagens
e hábitos de
autonomia ela Para pensar no trabalho prático de sala de aula com a criança
tem adquirido.
com deficiência intelectual é preciso conhecer essa criança e ter
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Capítulo 3 Adaptações Curriculares e a
Avaliação Frente à Deficiência Intelectual
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
É importante ter sempre claro que cada aluno tem suas limitações
As deficiências em
e possibilidades. As deficiências em alguns aspectos podem ser
alguns aspectos
podem ser iguais em termos de limitações biológicas, mas a forma como cada
iguais em termos um enfrentará essas limitações e a história que cada um construirá
de limitações ao longo de suas vidas é o que diferencia e determina sua condição
biológicas, mas a humana, sua história.
forma como cada
um enfrentará
Ressaltamos, também, que o currículo deve ser seguido e
essas limitações e
a história que cada desenvolvido a partir das propostas já estabelecidas e que são
um construirá ao apresentadas para todos de forma igual. Mas, as adequações
longo de suas vidas pedagógicas devem ser feitas para se atingir os objetivos propostos.
é o que diferencia Todo aluno tem direito ao acesso do conhecimento propriamente
e determina sua dito, conhecimento acadêmico. A escola e as propostas educacionais
condição humana,
sua história. devem proporcionar isso mediante a flexibilidade e a adequações
metodológicas.
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Capítulo 3 Adaptações Curriculares e a
Avaliação Frente à Deficiência Intelectual
Convido você, caro (a) aluno (a), para pesquisar e ler um artigo
muito interessante sobre a deficiência intelectual, o link de acesso é:
<http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v26n68/a05v26n68.pdf>.
Atividade de Estudos:
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
Atividades de Estudos:
Data de Nascimento:____________________________________
Bimestre:_____________________________________________
1 - Habilidades Intelectuais:
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2 - Conduta Adaptativa:
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4 - Saúde
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
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5 - Contexto
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Capítulo 3 Adaptações Curriculares e a
Avaliação Frente à Deficiência Intelectual
A avaliação dessas competências deve servir para saber o que o sujeito é capaz
de realizar com relação aos conteúdos das diversas áreas que compõem a grade
curricular (FONT, 2008). Nesse sentido, apresentamos uma ideia de como pode
ser feita essa avaliação em cada uma das áreas do conhecimento, por exemplo,
num primeiro bimestre letivo, para auxiliar na descrição da avaliação de modo
mais geral desse aluno:
Capacidades observa-
Disciplinas do
Conteúdo específico das (o aluno é capaz
Currículo
de...)
Números de 0 - 10
Antecessor, Sucessor
Matemática Ordem crescente e decrescente
Associação entre numeral e quantidade
Soma e Subtração
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
Cada contexto pode elaborar a sua ficha avaliativa. Assim, é possível registrar
os avanços, os trabalhos desenvolvidos e os objetivos alcançados. É uma forma
de retomar o trabalho e refletir sobre a metodologia empregada para o alcance
dos resultados idealizados. É importante salientar que sem as reflexões paralelas
sobre o trabalho desenvolvido não há como discutir habilidades alcançadas.
Assim, acreditamos que avaliar está além de medir e classificar. O olhar deve
ter como ponto de partida o sujeito real em detrimento de suas limitações.
Atividade de Estudos:
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Capítulo 3 Adaptações Curriculares e a
Avaliação Frente à Deficiência Intelectual
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Algumas Considerações
Neste capítulo você acompanhou algumas pontuações referentes a
documentos legais e à deficiência intelectual. Teve acesso a outros dois assuntos
importantes: o currículo e a avaliação. Pôde compreender que o currículo, embora
apresente caminhos predeterminados, deve ser adequado metodologicamente
e construído com o objetivo de levar o aluno à apreensão de conhecimentos.
Discutimos, também, que os saberes devem ser produzidos levando em
consideração o contexto e os conhecimentos já construídos pelo aluno.
Assim, você teve acesso a algumas indicações de como proceder para essa
construção. Cabe agora refletir e adequar à sua realidade!
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 14 Ed. Brasília:
Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2000.
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
FONT, Josep. A avaliação dos alunos com deficiência Mental. In: SÁNCHEZ-
CANO, Manuel. BONALS, Joan (orgs). Avaliação psicopedagógica. Porto
Alegre: Artmed, 2008.
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C APÍTULO 4
As Tecnologias Assistivas, as
Tecnologias Digitais Acessíveis e as
Salas de Atendimento Educacional
Especializado – AEE
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Capítulo 4 As Tecnologias Assistivas, as Tecnologias
Digitais Acessíveis e as Salas de
Atendimento Educacional Especializado – AEE
Contextualização
Caro (a) leitor (a), neste capítulo discutiremos sobre a caracterização do
atendimento educacional especializado – AEE e a sua importância no investimento
e no desenvolvimento do aluno com Deficiência Intelectual. Trataremos de
apresentar como a interação e a utilização da linguagem informatizada na vida
diária dos alunos com deficiência intelectual pode auxiliar e desenvolver suas
capacidades cognitivas, afetivas e sociais.
Caracterizando as Salas de
Atendimento Educacional
Especializado – AEE
É de fato importante, neste primeiro momento, caro (a) leitor (a), caracterizar
o atendimento educacional especializado – AEE, ou seja, deixar claro o que é,
para que ele serve e como deve ser feito. Trataremos de aprofundar a discussão
em torno da deficiência intelectual, mas esse tipo de atendimento envolve
deficiência, transtorno e/ou distúrbio de aprendizagem e altas habilidades.
Achamos conveniente, nesse caso, e como forma de disseminar informações
e desmitificar conceitos, apresentar um documento importante, que trata desse
assunto. Convidamos você, a fazer a leitura:
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
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Capítulo 4 As Tecnologias Assistivas, as Tecnologias
Digitais Acessíveis e as Salas de
Atendimento Educacional Especializado – AEE
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
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Capítulo 4 As Tecnologias Assistivas, as Tecnologias
Digitais Acessíveis e as Salas de
Atendimento Educacional Especializado – AEE
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
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Capítulo 4 As Tecnologias Assistivas, as Tecnologias
Digitais Acessíveis e as Salas de
Atendimento Educacional Especializado – AEE
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
Mas, você deve estar se perguntando, caro (a) leitor (a), como afinal deve
ser o trabalho com esse sujeito na sala de AEE. Nesse caso, reafirmamos que,
não adianta desenvolver trabalhos de repetição pura e simples. Ou trabalhar
“no concreto” algumas vezes esperando que posteriormente, e por si só, essa
criança interiorize as informações, faça uso desse conhecimento e associe com
outras informações progressivamente. Essa lógica segue o padrão de pessoas
sem deficiência intelectual. Mas, para quem tem a deficiência intelectual é preciso
exercitar incansavelmente essas projeções, fazendo associações de informação.
Construindo, assim, a capacidade de abstrair, fazendo uso do conhecimento
adquirido, dando movimento, dando vida ao conhecimento.
Assim, tendo claro o sentido, a razão pela qual foi pensada a sala de
atendimento educacional especializado, fica claro compreender que é nesse
espaço que deve acontecer um investimento específico por demanda. Ou seja,
é nesse local que deve haver a construção do conhecimento de forma
Para traçar o perfil direcionada para a deficiência em questão.
do atendimento é
fundamental que É importante, nesse caso, caro (a) pós-graduando (a), ter, como
se saiba sobre eixo direcionador do trabalho na sala de AEE, o conhecimento dessa
a deficiência em demanda. Para traçar o perfil do atendimento é fundamental que se
questão, mas
saiba sobre a deficiência em questão, mas também que se saiba
também que se
saiba sobre sobre as especificidades desse sujeito, da sua história, assim como
as especificidades dos sujeitos que são parte da sua história, pois é dessa forma que se
desse sujeito. consegue estruturar uma prática possível de atuação.
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Capítulo 4 As Tecnologias Assistivas, as Tecnologias
Digitais Acessíveis e as Salas de
Atendimento Educacional Especializado – AEE
Atividade de Estudos:
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
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Certamente, caro (a) pós-graduando (a), você deve estar pensando que
para um trabalho apresentar resultados é necessária a formação profissional.
Certamente! Para atuar na sala de atendimento educacional especializado é
importante que o profissional tenha formação na área em que está atendendo.
Essa formação de que falamos refere-se a curso de graduação, pós-graduação,
formação continuada. Porém, ressaltamos que esses cursos, que são específicos
em determinadas deficiências, tratarão de aprofundar conhecimentos teóricos,
esclarecer questões direcionadas a deficiências, mas eles por si só não irão
garantir o sucesso no atendimento à demanda. É de grande importância conhecer
e estudar profundamente a deficiência e suas especificidades, para garantir
esclarecimentos em torno do assunto. Mas, é na prática diária que o professor
encontrará os caminhos necessários que farão o trabalho surtir efeito.
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Capítulo 4 As Tecnologias Assistivas, as Tecnologias
Digitais Acessíveis e as Salas de
Atendimento Educacional Especializado – AEE
Atendimento Educacional
Especializado e a Deficiência
Intelectual – AEE: Reflexões em
Torno da Prática do Atendimento
Na parte inicial deste capítulo, caro (a) pós-graduando (a), você pode
compreender melhor a caracterização do atendimento educacional especializado.
Para muitos, esse atendimento ainda não está bem definido, conforme afirma
Maria Teresa Eglér Mantoan. Embora a LDB 9394/96 tenha um capítulo destinado
à Educação Especial, não há muitos esclarecimentos sobre a efetivação do
trabalho em si. A lei, muitas vezes, induz, em sua leitura, a compreender que o
atendimento educacional especializado é um subsistema paralelo ao ensino
regular e como tal segue uma prática semelhante ao reforço escolar. Há muito
tempo isso aconteceu de fato e em muitos contextos ainda acontece, tornando
esse tipo de trabalho um movimento equivocado da prática.
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Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
Atividade de Estudos:
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Capítulo 4 As Tecnologias Assistivas, as Tecnologias
Digitais Acessíveis e as Salas de
Atendimento Educacional Especializado – AEE
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A imagem anterior instiga a pensar que cada um tem seu lugar no mundo
porque se permite nele estar. Permitir-se, nesse caso, uma relação com suas
próprias vontades, seus interesses, enfim. É exatamente nesse ponto que
objetivamos chegar. No caso do atendimento educacional especializado, na
prática, a mola propulsora para esse trabalho também precisa estar baseada
no interesse, nas experiências iniciais, nas capacidades do sujeito para, então,
acontecer o exercício da atividade cognitiva.
significar o mundo e precisam ser feitos. O que queremos dizer com isso é que o
indivíduo precisa ter consciência de que pode pensar, significar e agir a partir disso
e que não precisa o tempo todo esperar que um “outro” pense, aja e signifique as
coisas por ele e para ele.
Atividade de Estudos:
83
Ensino, Aprendizagem e Avaliação do Deficiente Intelectual
84
Capítulo 4 As Tecnologias Assistivas, as Tecnologias
Digitais Acessíveis e as Salas de
Atendimento Educacional Especializado – AEE
Talvez você esteja pensando sobre como criar um e-mail para o seu aluno.
Há algumas páginas na internet que disponibilizam esse tipo de recurso sem
custo. Vamos citar o Google como exemplo. Se você criar uma conta no Google,
terá acesso a outros recursos como ferramenta virtual. Por exemplo, poderá criar
sites ou blog, ter um endereço de facebook e, assim, participar desse meio de
comunicação através de redes sociais e estar também contribuindo com suas
informações nesses meios. Vincular-se nesse meio, como discutem Costa e
Madalena (2001), abre espaço para passar de uma escrita solitária no papel a
uma escrita colaborativa e simultânea. Um espaço de produção e divulgação em
tempo real.
Quanto ao Facebook, ele se caracteriza como uma rede social que permite
a troca de informações com amigos. Através dele é possível trocar links, vídeos,
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Com o Paint é possível estimular o aluno a desenvolver suas habilidades
manuais com o computador. Pode ser usado inicialmente para compreender
o funcionamento do mouse e do teclado e, posteriormente, com atividades
específicas. É importante salientar que com esse editor é possível criar com os
alunos algumas atividades diferenciadas, bem como o professor desenvolver
essas atividades e apresentar aos alunos num determinado momento.
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Atividade de Estudos:
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Outro software interessante é o Menino Curioso. Ele pode ser usado por
pessoas cegas, com baixa visão e videntes. Nele contém atividades voltadas
a pessoas em processo mais avançado de alfabetização, explora o campo da
matemática, trabalha questões de psicomotricidade e exercícios de lógica. É
possível fazer o download através do endereço: <http://www.audiogames.com.br/
download.php?file=75&cat=38&subref=0&page=1>.
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Esses recursos, caro (a) pós-graduando (a), poderão auxiliar o seu trabalho,
considerando sempre e em primeiro lugar, o seu contexto, a história de vida
de seus alunos e a melhor forma de estimular o desenvolvimento deles. É
importante lembrar também que, como mencionamos anteriormente, existem, nas
tecnologias, inúmeros recursos que servem como apoio ao trabalho do professor.
Esses recursos devem ser investigados com antecedência, tanto no que diz
respeito ao conteúdo quanto ao link de acesso, pois sempre são reconfigurados e
inovados.
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Atividade de Estudos:
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Algumas Considerações
Neste capítulo, caro (a) pós-graduando (a), você pôde saber um pouco
mais sobre o atendimento educacional especializado. Além disso, pôde
compreender como as tecnologias assistivas, mais precisamente no campo
da informática, podem auxiliar o trabalho pedagógico no caso da deficiência
intelectual e proporcionar inclusão digital. Teve acesso à discussão em torno das
ferramentas interativas e de como elas propiciam aprendizagem. A partir desses
conhecimentos, caro (a) pós-graduando (a), você pode refletir sobre a sua prática
e sobre caminhos possíveis de intervenção. Lembre-se que a construção do
conhecimento se dá na busca e na tentativa conjunta. É através do dia a dia, em
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Referências
BENCINI, R. Guia de Tecnologia na Educação. Disponível em: <http://
revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/como-funciona-
facebook-624752.shtml>. Nova Escola. 30 julho de 2012. Acesso em: 14 de jan.
2013.
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