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Mineração

Máquinas e Equipamentos
Alberto Giovani Fronza da Silva
Mineração

Alberto Giovani Fronza da Silva

Máquinas e Equipamentos

Criciúma
Coordenação do Centro Tecnológico SATC
SATC — Associação Beneficente da Indústria
Luciano Dagostin Biléssimo
Carbonífera de Santa Catarina
Secretária Acadêmica
Presidente de Honra
Hilda Maria Furlan Ghisi Cruz
Ruy Hülse
Pesquisadora Institucional
Diretor Executivo
Kelli Savi da Silva
Fernando Luiz Zancan
Coordenador EaD
Diretor Administrativo Financeiro
Jaqueline Marcos Garcia de Godoi
Marcio Zanuz
Coordenador do Curso
Diretor
José Roberto Savi
Carlos Antônio Ferreira
Coordenação Geral da Faculdade
Produção do Material Didático
Jovani Castelan
Equipe EaD.
Coordenação do Colégio SATC
Izes Ester Machado Belolli
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 05

UNIDADE 1: EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE E CARREGAMENTOS........... 07


TÓPICO 1: CAMINHÕES .......................................................................................... 08
TÓPICO 2: FRONT SHOVEL .................................................................................... 15
TÓPICO 3: FRONT SHOVEL HIDRÁULICA, A CABO E ESCAVADEIRAS
HIDRÁULICAS...........................................................................................................17
TÓPICO 4: DRAGLINES........................................................................................... 22
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 27
CHECK LIST ............................................................................................................. 29

UNIDADE 2: DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS .................................... 30


TÓPICO 1: DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS........... ............................. 79
TÓPICO 2: PÁ CARREGADEIRA, TRATOR DE ESTEIRAS ................................... 37
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 43
CHECK LIST ............................................................................................................. 51

UNIDADE 3: EQUIPAMENTOS AUXILIARES ........................................................ 52


TÓPICO 1: MOTO NIVELADORA............................................................................. 79
TÓPICO 2: BOMBAS CENTRIFUGAS E HIDRÁULICAS ........................................ 54
TÓPICO 3: JUMBOS DE PERFURAÇÃO................................................................. 65
TÓPICO 4: SISTEMA DE COMINUIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO ................................ 69
TÓPICO 5: MINERADORES DE SUPERFÍCIE.........................................................73
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 74
CHECK LIST ............................................................................................................. 76

UNIDADE 4: EQUIPAMENTOS PARA SUBSOLO .................................................. 77


TÓPICO 1: TRANSPORTE EM SUBSOLO................................................. ............. 78
TÓPICO 2: CORREIA TRANSPORTADORA................................................. .......... 79
TÓPICO 3: SHUTTLE CAR, L.H.D., FEEDER BREAKER ....................................... 81
TÓPICO 4: MINERADOR CONTÍNUO/ LONGWALL .............................................. 85
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 88
CHECK LIST ............................................................................................................ 93

GABARITO COMENTADO ...................................................................................... 94

REFERÊNCIAS ............................................................................................... .......107


5

APRESENTAÇÃO

Bem-vindo (a) ao componente curricular Máquinas e Equipamentos do


curso técnico em Mineração, na modalidade à distância, da SATC. Este material foi
desenvolvido para expor os mais variados equipamentos utilizados na mineração a
céu aberto e subterrâneo.
Nosso ponto de partida será demonstrar que há muitos outros
equipamentos envolvidos na mineração além de caminhões gigantes, perfuratrizes,
etc. E que para pleno funcionamento do sistema como um todo, esses equipamentos
devem ser rigorosamente dimensionados, seguindo regras claras, sendo que cada um
deverá ter sua importância para o complexo fluxo de uma mineradora. Veremos
também alguns modelos de equipamentos utilizados no apoio, os quais darão suporte
para todo o sistema.
Iniciaremos a Unidade 1 com equipamentos de transporte e carregamento,
na qual estão inseridos os maiores e mais importantes equipamentos na mineração.
Na Unidade 2 veremos formas de dimensionamento de equipamentos, serão
desenvolvidas técnicas de dimensionamento, escolha de cada equipamento e,
principalmente, aprenderemos a importância do correto dimensionamento. Já na
Unidade 3 trabalharemos os equipamentos auxiliares. E por fim, na Unidade 4,
veremos os equipamentos utilizados em subsolo.
A carga horária desse componente é de 76 horas/aula, mas você poderá
organizar seus momentos de estudos com autonomia, conforme os horários de sua
preferência. No entanto, não esqueça que há um prazo limite para a conclusão desse
processo. Então fique atento as datas para realizar as avaliações presenciais, as on-
line, publicadas pelos professores no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), e
possíveis trabalhos solicitados pelo educador.
Para o estudo dessa apostila você terá auxílio de alguns recursos
pedagógicos que facilitarão o seu processo de aprendizagem. Perceba que as
margens externas das páginas dos conteúdos são maiores. Elas servem tanto para
você fazer anotações durante os seus estudos quanto para o professor incluir
informações adicionais importantes. Esse material também dispõe de vários ícones
6

de aprendizagem, os quais destacarão informações relevantes sobre os assuntos que


você está estudando. Vejamos quais são eles e os seus respectivos significados:

ÍCONES DE APRENDIZAGEM

Indica a proposta de Mostra quais conteúdos serão


aprendizagem para cada estudados em cada unidade
unidade da apostila. da apostila.
Apresenta exercícios Apresenta os conteúdos mais
sobre cada unidade. relevantes que você deve ter
aprendido em cada unidade.
Se houver alguma dúvida
sobre algum deles, você deve
estudar mais antes de entrar
nas outras unidades.
Apresenta a fonte de Traz perguntas que auxiliam
pesquisa das figuras e as você na reflexão sobre os
citações presentes na conteúdos e no
apostila. sequenciamento dos mesmos.
Apresenta curiosidades e Traz endereços da internet ou
informações indicações de livros que
complementares sobre possam complementar o seu
um conteúdo. estudo sobre os conteúdos.

Lembre-se também de diariamente verificar se há publicações de aulas no


Portal. Pois é por meio delas que os professores passarão a você todas as orientações
sobre a disciplina.
Ainda é bom lembrar que além do auxílio do professor, você também
poderá contar com o acompanhamento de nosso sistema de Tutoria. Você poderá
entrar em contato sempre que sentir necessidade, seja pelo email
tutoria.eadedutec@satc.edu.br ou pelo telefone (48) 3431 – 7590/ 3431/7596.
Desejamos um bom desempenho nesse seu novo desafio. E não esqueça:
estudar a distância exige bastante organização, empenho e disciplina. Bom estudo!
7

UNIDADE 1
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE E CARREGAMENTOS

Objetivos de Aprendizagem

Ao final desta unidade você deverá:

 identificar cada equipamento e suas importâncias;


 diferenciar cada um deles;
 escolher corretamente cada equipamento conforme a
utilização.

Plano de Estudos

Esta unidade está dividida em quatro tópicos,


organizada de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos.

TÓPICO 1: CAMINHÕES
TÓPICO 2: FRONT SHOVEL
TÓPICO 3: FRONT SHOVEL HIDRÁULICAS, A CABO E
ESCAVADEIRAS
TÓPICO 4: DRAGLINES
8

TÓPICO 1
CAMINHÕES

A evolução do ser humano é a própria evolução da


mineração. A mineração é uma atividade essencial para o ser
humano, mas, muitas vezes, ela é complexa, o que demanda a
utilização de máquinas e equipamentos adequados.
O ser humano adapta e desenvolve equipamentos para
tornar suas atividades mais rápidas, seguras e precisas, o
problema é, que às vezes, isso sai caro. Então, esse processo seria
inviável sem o uso de equipamentos, por mais rudimentares que
sejam.
É importante você saber que a mineração costuma
utilizar equipamentos de grande porte e de alta tecnologia. E para
a aquisição desses equipamentos deve-se levar em conta:

 tipo de mineração;
 tipo de depósito mineral;
 características do minério;
 produção requeridas;
 capacidade de carga;
 custos de investimento e operacional;
 disponibilidade e manutenção;
 outras questões.

História

Em 1886, Gottlieb Daimler e Karl Benz apresentaram ao


mundo os primeiros veículos movidos por motor de combustão
interna, uma revolução na história dos transportes.
As ferrovias, já com cerca de meio século de existência,
dominavam a cena do transporte de carga a médias e longas
distâncias. Para as distribuições no varejo, a partir das estações,
recorria-se aos veículos de tração animal, o que representava ser
9

uma estrutura bem adaptada aos padrões e as necessidades da


época.

Mas e o caminhão? Como ele foi criado?

Nesse período histórico de relativo imobilismo no


transporte de carga, o qual durou ainda por diversos anos, o
caminhão nasceu sem grande destaque. Mas devido ao fato de ele
ser prático, eficiente e inovador pôde ser considerado uma
previsível evolução dos primeiros veículos motorizados.
O primeiro caminhão do mundo, da Daimler-Motoren-
Gesellschaft, começou a percorrer as ruas de Cannstatt, na
Alemanha, em 1896. Um veículo singelo e algo rudimentar, aos
olhos de hoje, definido como caminhão apenas pelo objetivo de
transportar carga e não pessoas. Esse modelo não possuía cabina,
como a conhecemos. Havia apenas um largo assento para o
motorista. Nele aros de ferro cobriam as rodas, o motor de dois
cilindros, a gasolina, ficava na traseira e a capacidade de carga útil
chegava a 1,5 toneladas. Um caminhão capaz até de dar marcha à
ré, segundo noticiário da época.
Quase urna década transcorreu até que o caminhão
conquistasse a confiança das pessoas e vencesse a forte
concorrência do transporte ferroviário. Após esse período ele
demonstrou vantagens em termos de flexibilidade operacional,
rentabilidade, economia de tempo e custos relativamente baixos de
manutenção. Nele aprimora-se tudo: o motor, a caixa de
mudanças, os eixos, a direção, os freios. Mas ainda era necessário
unir a esses fatores conforto, segurança e rentabilidade. Então foi
criada a cabina para o motorista.
10

Em 1923, surge o Benz 5K3, o primeiro caminhão


movido a diesel do mundo, com motor de 50 cv a 1.000 rpm e
capacidade de carga útil de 5,5 toneladas. A partir dele, o motor
diesel firmou-se como o mais adequado para veículos comerciais,
por suas características de alto rendimento termodinâmico e
Rendimento termodinâmico robustez.
e robustez é a razão entre o
trabalho realizado e a O primeiro caminhão Mercedes-Benz fabricado no Brasil
energia recebida.
surge em 1956, produzido na fábrica de São Bernardo do Campo,
L-312, apelidado de torpedo devido à forma característica do cofre
do motor. Em todo o mundo, o caminhão firma-se como o meio de
transporte de carga por excelência.
Ele foi qualificado como versátil e adaptou-se com
facilidade às características peculiares do transporte urbano,
possibilitando serviços de entrega porta a porta. Já nos longos
trajetos, ele atendeu às expectativas quanto à rapidez,
independente do destino que necessitasse percorrer.

Classificação dos Caminhões

Leia, na sequência, as classificações atribuídas aos


caminhões. Elas foram realizadas com base em fatores como
versatilidade, agilidade, capacidade e condições de carregamento.

Veículo Urbano de Carga (VUC)

Para ser considerado um Veículo Urbano de Carga


(VUC), é necessário que atenda conjuntamente as seguintes
características:

 largura máxima 2.2 metros;


 comprimento máximo 6.30 metros;
 limite de emissão de poluentes.
11

O que o diferencia do caminhão ¾ é o tamanho de sua


carroceria.

¾ ou Caminhão Leve

Este veículo permite maior agilidade nas operações


urbanas do transporte de cargas, além de inúmeras possibilidades
de implementos para as mais diversas aplicações.

As figuras
desta página foram
retiradas do site
http://www.volkswagen.de/
de.html

Toco ou Caminhão Semipesado

É o caminhão que possui eixo simples na carroceria, ou


seja, não é duplo.

Truck ou Caminhão Pesado

É o caminhão que possui o eixo duplo na carroceria, ou


seja, são dois eixos juntos. O objetivo dessa característica é fazer
com que esse veículo aguente mais peso e apresente melhor
desempenho.
12

Cavalo Mecânico ou Caminhão Extrapesado

Conjunto monolítico ou É o conjunto monolítico formado pela cabine, motor e


também conhecido como Bi-
trem ou Reboque - É o rodas de tração do caminhão. Ele pode ser engatado em vários
conjunto formado pela
carroceria com o conjunto tipos de carretas e semirreboques, para o transporte.
de dois eixos e pelo menos
quatro rodas. É engatado na
carroceria do caminhão para
.
o transporte, formando um
conjunto de duas
carrocerias puxadas por um
só caminhão.

Cavalo Mecânico Trucado ou LS

Este veículo tem o mesmo conceito do cavalo mecânico, mas com


o diferencial de ter eixo duplo em seu conjunto, para aguentar mais
As figuras
desta página foram peso.
retiradas do site
http://www.volkswagen.de/
de.html

Truck Off Road

São os maiores caminhões já construídos, utilizados na


mineração de médio e grande porte, com capacidades
extremamente variadas, iniciando em 20 ton e chegando a 400 ton
de capacidade de transporte. A mineração de grande porte seria
inviável sem a presença desses gigantes, pois seriam necessários
13

uma quantidade enorme de caminhões para carregar a mesma


quantidade de carga.

Esta figura foi


retirada do site
http://duometal.blogspot.co
m.br/

Características Gerais dos Caminhões

Caminhão é o típico equipamento de transporte em


minas a céu aberto. Com a tendência mundial de lavra de grandes
profundidades eles se tornam cada vez mais importantes, o que os
leva a capacidades cada vez maiores podendo alcançar até 550
ton.
As principais vantagens desses equipamentos são:

 flexibilidade;
 facilmente carregável pela maioria dos equipamentos
existentes;
 razoavelmente barato (aquisição e funcionamento);
 tecnologia dominada;
 adapta-se praticamente a todos os tipos de terrenos;
 simples de operação;
 pode operar independentemente.

Já as desvantagens são principalmente:


14

 requer boa manutenção de estradas para operação à


baixo custo;
 suscetível a condições dramáticas, como péssimas
condições da pista, dificuldade de acesso a grandes
inclinações, entre outros;
 problemas ambientais (poeira e barulho);
 problemas de trafego;
 necessita de bom sistema de manutenção.

Hoje existe grande número de tipos de caminhões,


dentre eles os principais modelos são:

 articulados:
 pequena capacidade < 35 ton;
 baixo centro de gravidade;
 economia de combustível;
 trabalham em piso acidentado;
 ideais para barro ou neve.
 basculantes convencionais:
 até 100 ton acionamento mecânico;
 >100 ton conjugados (mecânico e elétrico);
 podem ser usados para transportar qualquer tipo
de material;
 podem suportar um grande impacto;
 podem vencer rampas íngremes.
 botom dump:
 descarregam o material por baixo;
 designados para materiais que fluem facilmente
(carvão);
 com estradas razoáveis podem desenvolver boa
velocidade;
 descarregam mesmo em áreas subterrâneas.
15

Terminamos o primeiro tópico desta primeira unidade da


apostila de máquinas e equipamentos. Agora que já sabemos como
surgiram os caminhões, conhecemos cada um deles e aprendemos
a correta utilização, vamos prosseguir como outro equipamento,
que na mineração sempre trabalha junto com os caminhões, a
Front Shovel.

TÓPICO 2
FRONT SHOVEL

É uma escavadeira com caçamba frontal, equipada com


implemento frontal constituído de lança e braço transversal
articulado, tendo na extremidade caçamba com fundo móvel para
descarga do material. É o tipo mais utilizado em mineração.
Destina-se a escavar taludes situados acima do nível em que a
máquina se encontra. Pela combinação do movimento da lança e
do braço articulado, escava de baixo para cima, elevando a carga,
deslocando-a no sentido horizontal e efetuando a sua descarga.
A altura ideal de corte é a do banco no qual trabalhará a
máquina. É uma função da capacidade da caçamba, sendo
determinada por tabelas. O ideal seria que após o giro do braço
móvel, para permitir o carregamento do material, a caçamba tenha
sido completamente enchida. Se o banco é muito baixo, o
enchimento da caçamba não será completo, diminuindo a produção
da máquina. Se a altura for excessiva, haverá problemas para a
escavação do material situado ao topo do banco.
A Front Shovel é o principal equipamento de
carregamento utilizado nas grandes minerações. Ela sempre irá
trabalhar em conjunto com os caminhões, o que é considerado o
principal e mais eficiente conjunto de carregamento sendo ela a
responsável pelo carregamento do minério. É o equipamento mais
versátil e com a maior produtividade que existe, devido a sua
16

grande flexibilidade. É comumente chamada de escavadeira,


porém, há algumas diferenças que iremos aprender durante o
curso.

veja a figura de uma Front Shovel:

Esta
figura foi retirada do
site
http://www.audioasy
lum.com/cgi/t.mpl?f
=mgeneral&m=1338
70

Nas atividades de mineração em superfície, há duas


principais utilizações para a Front Shovel.
Uma delas é para a retirada do overburden (cobertura).
E a outra utilização, sendo ainda a principal utilização, é para o
carregamento do minério já desmontado (detonado).
A Front Shovel, geralmente, é um equipamento grande,
com capacidade de conchas de até 75 ton. Normalmente retiram a
cobertura e a descarregam em um local próximo, fazendo apenas
o giro para reconstruir um local da mina onde já foi lavrado.
Esses equipamentos são extremamente utilizados em
Dragli
equipa
médias e grandes minerações a céu aberto para remoção do escav
carreg
overburden, mas principalmente na produção, utilizados para os
equipa
carregar os caminhões para transporte do minério extraído, devido escav
única
a sua grande produtividade, disponibilidade e eficiência. O existe

crescimento constante na utilização desse equipamento ocorre,


17

principalmente, pelo fato de ele ser mais flexível e obter maiores


produtividades do que as draglines, por exemplo.
Já a outra utilização, em unidades de mineração
menores (pedreiras, por exemplo), se da principalmente de
equipamentos menores. A Front Shovel é capaz de escavar desde
materiais muito macios até os de maiores durezas e abrasividades.
Isso, combinado com a sua construção robusta, permite a Front
Shovel ter maior rendimento e produção em relação a qualquer
outro tipo de máquina de igual capacidade.
A Front Shovel pode ser elétrica ou diesel. É normal,
para as grandes unidades, serem elétricas, devido às seguintes
vantagens:

 menos serviço de manutenção diário, o tempo pode


ser reduzido pela metade;
 maior confiabilidade;
 redução dos custos de combustível (< 30%);
 baixo ruído e menos poluição;
 não são afetadas por altitudes ou temperatura;
 podem trabalhar com bancadas maiores do que as
hidráulicas.

Por outro lado, as unidades a diesel têm menor custo


inicial e são mais práticas, pois elas não precisam de um cabo de
alimentação.
18

TÓPICO 3
FRONT SHOVEL HIDRÁULICA, A CABO E ESCAVADEIRAS
HIDRÁULICAS

As escavadeiras com caçamba frontal englobam


as escavadeiras de cabos (cable excavators) ou mecânica (Power
shovel) que se dividem em: a vapor (steam shovel)
e elétrica (electric shovel). As escavadeiras hidráulicas (hydraulic
excavators) utilizadas em mineração são equipadas com caçamba
frontal (ou pá frontal) de sua escolha e categoria.
Ao longo dos últimos quinze anos na Europa, foi possível
reduzir significativamente o número de Front Shovels a diesel, em
detrimento das escavadeiras hidráulicas. Estas têm algumas
vantagens distintas:

 menor custo inicial;


 maior mobilidade e mais leve;
 melhor manuseio devido à ação da concha ser
hidráulica;
 maior produtividade.

No ambiente internacional, na área de mineração,


unidades hidráulicas começam a provar que a sua dimensão, o
peso reduzido e a resistência ao choque de cargas não levam a
diminuição significativa na sua vida útil.

Front Shovel Hidráulica

De modo geral, uma Front Shovel hidráulica


normalmente irá superar uma Front Shovel a cabo do mesmo
tamanho de concha na mesma situação, devido a soluções mais
rápidas. O que muitas vezes acontece, porém, é que os operadores
da mina tiram partido de propriedades de Front Shovels hidráulicas
e efetuam menos detonações e preparação do trabalho.
19

A aplicação em uma mina ou pedreira, o tamanho da pá


e a capacidade transportadora deverão ser acompanhados, a fim
de que um caminhão possa ser carregado de três a quatro ciclos
de trabalho, ou seja, o caminhão deverá ser carregado com 3 a 4
“conchadas”. Sendo o mínimo de três quando o deslocamento do
caminhão for pequeno e no máximo de cinco quando o
deslocamento for grande, porém, há grandes possibilidades de
haver caminhões esperando para que sejam carregados, o que
resulta em perda de produção e produtividade.
Existem fatores que afetam a escolha do tamanho dos
equipamentos, a seleção do tamanho e do número dos mesmos
para atenderem uma determinada produção. E a realização desse
procedimento nem sempre é fácil devido a variáveis, tais como:

 produção diária máxima exigida;


 distância média de transporte (dmt);
 disponibilidade do equipamento;
 números de ciclos.

veja a figura de uma Front Shovel hidráulica:

Esta figura
foi retirada do site
https://s-media-cache-
ak0.pinimg.com/564x/f
9/2b/1c/f92b1cc5f20af1
da9d9b20bcc9467295.j
pg

Front Shovel a Cabo


20

As escavadeiras a cabo (ou pás elétricas a cabo) em


seu aprimoramento de design fornecem máxima produtividade e
eficiência de custo. Isso, graças aos esforços dos fabricantes com
a mais recente tecnologia, maior capacidade de carregamento,
força de escavação superior e tempo de ciclo mais rápido.
A máquina pode ser analisada pela parte inferior e
frontal. A parte inferior é composta pelos chassis do truque, chassis
(esquerdo e direito) da tração por esteiras, maquinário de
propulsão, cremalheira de rotação, disco de rolamento, sistema de
anéis coletores e esteiras.
A lança giratória, roldanas da ponta da lança, trava,
bloco de sela, suporte para caçamba, mecanismo de
movimentação da caçamba, polias e cabos de sustentação da
lança fazem parte dos equipamentos da parte frontal.
Os cabos de suspensão são planejados para manter a
lança no ângulo correto. Os cabos móveis são os de elevação,
escavação/retração e de movimentação da caçamba. Os cabos
duplos de elevação passam por uma roldana da lança por meio de
uma trava e retorna para a roldana do tambor de elevação.

veja a figura de uma front shovel a cabo:

Esta figura foi


retirada do site
http://www.coaleducation.
org/technology/Surface/im
ages/4100xpb-6.jpg

:
Escavadeiras Hidráulicas
21

Já as escavadeiras hidráulicas são um equipamento que


trabalha estacionado, com sua estrutura destinada apenas para lhe
permitir seu deslocamento sem, contudo, participar do ciclo de
trabalho. Pode ser montada sobre esteiras, sobre pneumáticos e
sobre trilhos, sendo que a montagem sobre as esteiras é muito
mais usada.
A escavação é feita diretamente pela caçamba que é
acionada pelos cilindros hidráulicos e possui mecanismo que
permite o giro de 360° por meio de uma coroa de giro;
O deslocamento é obtido por intermédio das esteiras
acionadas por um sistema de transmissão ligado ao eixo motriz. A
velocidade de deslocamento é muito baixa, cerca de 1,5 Km/h,
devido ao grande porte da máquina e ao seu balanceamento. O
seu deslocamento deve ser efetuado somente em pequenas
distâncias, dentro do local de trabalho e em distâncias maiores
deve ser feito em carretas especiais.
É semelhante a shovel, com diferença de que a
caçamba é voltada para baixo, de modo que a escavação é
realizada abaixo do nível onde se apoia a máquina. À medida que
a escavação prossegue, a máquina se desloca em marcha ré. São
máquinas de capacidade de caçamba relativamente pequena e de
raio de alcance limitado, podem executar escavação em terrenos
mais compactados.
22

Esta figura foi


retirada do site
http://www.komatsu.com.b
r/portal/wp-
content/uploads/2014/05/
PC3000-6.jpg

TÓPICO 4
DRAGLINES

Mas o que são Draglines?

São as maiores escavadeiras de uma única caçamba


Draglines é um atualmente produzidas. Muito utilizadas em mineração a céu aberto
equipamento para
escavação e carregamento, para a remoção de minério ou cobertura, podendo alcançar
são os maiores
equipamentos de
escavação de uma única profundidades de até 100 m e com capacidades de carga de até
concha existente.
116 m³.
Destina-se a escavar em níveis abaixo do terreno em
que a máquina se apoia. Sua lança é constituída por uma estrutura
em treliça metálica, em cuja extremidade passa o cabo de elevação
da caçamba. É sustentada por cabos que permitem variação do
ângulo de 25° a 40°.
A escavação é feita pelo arrastamento da caçamba com
a utilização de um cabo de arrasto. É um equipamento aplicado em
23

escavações de material pouco compacto, podendo escavar


material dentro da água e o que possui maior raio de alcance.
Todavia, se o alcance é muito grande, as condições de
balanceamento são ruins, o que limita a capacidade da caçamba
da máquina.
Como a caçamba desse equipamento não é fixa, a
operação de descarga em caminhões torna-se difícil, refletindo no
aumento do tempo de ciclo uma redução considerável na produção.
Nesse caso, é recomendável a descarga em montes com
carregamento dos caminhões sendo feito com o emprego de
carregadeiras frontais.
Quando empregada em locais de material de baixo
suporte, o equipamento é apoiado sobre plataforma de madeira ou
outro dispositivo auxiliar, essa operação tem como objetivo reduzir
a pressão do equipamento sobre o terreno.
Ela é sada na remoção de solos moles, que impeçam o
tráfego até de tratores de esteiras. É comum a necessidade de
esteiras. Para a chegada das unidades de transporte pode ser
necessário construir estradas de serviço com solos de melhor
qualidade, com espessuras a partir de 1,00 metro.

veja a figura de uma dragline:


24

Esta figura foi


retirada do site
http://www.pitandquarry.c
om/wp-
content/uploads/2014/07/
PQ1407_midas1.jpg

As Draglines podem ser equipamentos cíclicos ou


contínuos, sendo diferenciados a seguir:

 equipamentos cíclicos: são intermitentes, de concha


simples (únicas) e realizam a escavação segundo um
ciclo bem definido. Nessa categoria se encontram:
draglines, front shovels, pás carregadeiras, scrapers,
tratores de lâmina ou esteira (rippers), etc.;
 equipamentos contínuos: possuem conchas múltiplas
que realizam escavação contínua. Nessa categoria se
encontram: bucket wheel excavator, bucket chain e
continuous mining, que serão explicados a seguir.

Bucket Wheel Excavator

É uma gigantesca escavadeira, a qual possui, na


extremidade, uma grande roda que fica girando e há várias
pequenas conchas, aonde essas conchas vão desbastando e
carregando o minério e despejando-o em uma correia
transportadora interligada ao equipamento.
25

A BWE foi desenvolvida para a mineração de linhito e


carvão mineral na Europa e tem como característica principal
operar em ciclo contínuo, ou seja, escava e despeja o material na
correia transportadora. Algumas características da BWE são:

 deve ser operada sobre condições de engenharia


muito rígidas;
 alto custo de investimento inicial;
 limitada a escavações de rochas muito brandas,
(inconsolidadas);
 capacidade de altas taxas de produção, operando
em ciclo contínuo;
 necessita de sistema auxiliar de deposição de
estéril;
 deve ser operada sob condições de engenharia
extremamente rígidas.

veja a figura de uma Bucket Wheel Excavator:

Esta figura foi


retirada do site
http://www.digitalspace.co
m/projects/superbots/lunar-
application/huge-bwe.jpg
26

Bucket Chain Excavator

É um equipamento dotado de uma esteira com


conchas que vai desbastando o minério e carregando até uma
correia transportadora.

observe a figura de uma bucket Chain Excavator:

Esta figura foi


retirada do site
http://www.womp-
int.com/story/2008vol4/stor
y024.htm
27

EXERCÍCIOS

1. Cite as principais vantagens e desvantagens da utilização de


caminhões nas minerações a céu aberto.
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

2. Qual o equipamento de escavação é considerado o mais


eficiente e mais produtivo do mundo?
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

3. Sabendo das características de cada um dos equipamentos


utilizados para escavação, porque o conjunto Truck x Shovel é
considerado o mais eficiente para operações mineiras?
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

4. Porque, mesmo sabendo que a Shovel é mais eficiente, ainda


são extremamente utilizadas as Draglines?
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
28

5. Quais as principais diferenças entre a Shovel e a escavadeira


hidráulica?
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

6. Com base nos conceitos discutidos em sala de aula, defina


máquina escavadeira.
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
29

CHECK LIST

Nessa unidade você pôde aprender:

 Sobre as histórias dos caminhões;


 Diferenciar cada tipo de equipamento e a utilização
correta de cada um deles;
A melhor relação entre um equipamento de
escavação e carregamento com o equipamento de
transporte.
30

UNIDADE 2
DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS

Objetivos de Aprendizagem

Ao final desta unidade você deverá:

 dimensionar os equipamentos descritos;


 identificar se os equipamentos utilizados são os
ideais;
 verificar se a eficiência esta dentro do desejável.

Plano de Estudos

Esta unidade está dividida em dois tópicos, organizada


de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos.

TÓPICO 1: A IMPORTÂNCIA DO CORRETO


DIMENSIONAMENTO
TÓPICO 2: PÁ CARREGADEIRA, TRATOR DE ESTEIRAS
31

TOPICO 1
A IMPORTÂNCIA DO CORRETO DIMENSIONAMENTO

O que significa dimensionar um equipamento?

O correto dimensionamento de equipamentos pode


evitar que todo o projeto de mineração possa se tornar inviável,
sendo que uma vez feito o dimensionamento, toda a unidade de
extração deverá ser desenvolvida a partir dos equipamentos
utilizados. Logo, dimensionar um equipamento significa obter o
conjunto ideal de máquinas para a realidade da nossa mina,
evitando assim custos desnecessários com ampliação de
equipamentos e frota, atendendo a capacidade de produção
esperada, e ainda, obtendo informações suficientes sobre cada
equipamento utilizado.
Fatores como os volumes de produção, as condições de
trabalho e o tipo de material movimentado interferem no
dimensionamento da frota, sempre com vista ao menor custo de
operação.
A primeira etapa do processo de gestão do ciclo de vida
da frota é a seleção do equipamento mais adequado e essa
operação envolve uma série de variáveis. A primeira delas é o
correto dimensionamento da máquina, um parâmetro relacionado
a questões como o volume de produção necessário, o tipo de
material movimentado, as distâncias de transporte envolvidas e as
condições topográficas do terreno e da praça de operações.
Para as construtoras e locadoras, outro fator a se
considerar é a versatilidade do equipamento em atender à
demanda de futuros contratos. Mas para essas empresas, assim
32

como no caso das mineradoras, que geralmente mobilizam a


máquina em uma única frente de trabalho (um único local/mina) por
toda a sua vida útil, uma das métricas mais confiáveis se baseia na
avaliação financeira do bem adquirido. Nesse caso, a definição se
dá em função do menor custo por produção (R$/t movimentada ou
R$/m3 movimentado), ou seja, o equipamento deve estar
dimensionado para produzir a quantidade necessária para a
unidade onde ela está locada, sendo assim, o custo de extração
será o menor possível.
A avaliação torna-se ainda mais sensível na definição do
par de equipamentos (truck/shovel, por exemplo) usados nas
tarefas de carga e transporte. Como operam com caminhões
rodoviários tipo 6x4 ou 8x4, bem menores que os gigantescos
modelos off-road mobilizados pelas mineradoras, as construtoras
convencionaram o uso de escavadeiras hidráulicas em lugar das
pás carregadeiras.
Esses dois tipos de equipamentos possuem suas
vantagens e desvantagens (veja quadro abaixo), mas, no caso das
construtoras, o que pesa a favor das escavadeiras é a sua
flexibilidade para uso em diferentes operações. Apesar de elas
serem equipadas com caçambas menores que as carregadeiras,
elas cumprem um tempo de ciclo menor no carregamento dos
caminhões, principalmente quando trabalham numa cota (nível)
acima do veículo de transporte.

dimensionamento de caminhões em um sistema


truck-front shovel (carregadeira/ caminhão) é um sistema no qual
são utilizados caminhões para o transporte do minério e front
shovel para o carregamento dos caminhões.
Pode ser definido de duas maneiras o sistema
truck/shovel:
33

 massa transportável: tonelagem máxima de material


transportável de um ponto de vista estrutural e de
potência;
 capacidade volumétrica.

A produtividade da front shovel será afetada se:

 o número de caçambas para “completar” um


caminhão for 3 ou >.

A produtividade de um caminhão será afetada se:

 o número de caçambas para “completar” um


caminhão for < 3 ou > 6.

Fatores relevantes para o cálculo da capacidade


produtiva de um caminhão:

 tamanho do caminhão;
 tempo de carregamento;
 tempo de viagem (carregado + vazio);
 tempo de descarregamento.

A seguir esses itens serão detalhados.

Tempo de Carregamento

O tempo de carregamento se dá pelo número de


caçambadas necessárias para encher o caminhão.
Número de caçambas (passes):
34

Capacidade do caminhão (m³)


Capacidade da Front Shovel x fator de enchimento

Tempo de carregamento = passes x ciclo (segundos)


60

Tempo de Posicionamento (Minutos)

Em um sistema de carregamento, o tempo considerado


ideal é fornecido na tabela abaixo:

Condições Botton Dump Caçamba


Operacionais
Favorável 0.15 0.15
Mediano 0.50 0.30
Desfavorável 1.0 0.50

Tempo de Viagem

Tempo necessário para o caminhão percorrer


carregado, do front shovel até o britador e vice-versa. Os
fabricantes fornecem valores tabelados de seus modelos em
termos de rampagem efetiva, considerando:

 1 tonelagem deslocada;
 relação marchas;
 pneus.

Acompanhe abaixo algumas definições importantes.

 Rampa efetiva: definida como a habilidade de um


veículo de negociar uma rampa levando em
35

consideração a inclinação da rampa e a resistência do


rolamento:
 inclinação: dada em %.

6 m de desnível em 100 m  6%. O veículo deve


desenvolver potência equivalente a 6% da massa somente para
vencer essa rampa. 1% de inclinação = 10 kg por tonelada de peso
unitário do veículo.

 Resistência ao rolamento (Rr): é definida como a


quantidade de esforço de tração necessário para
vencer o atrito entre os pneus e o solo. Depende de:
 atrito interno do sistema de tração;
 flexibilidade dos pneus sobrecarga;
 penetração dos pneus na superfície;
 Rr é expressa em kgf ou %.

Valores típicos de Rr por tipo de superfície:

 asfalto 1.5;
 carvão (britado) 6.0;
 concreto 1.5;
 pó - seco, liso, livre de material solto 2.0;
 pó-fofo, sulcado 8.0;
 pó profundamente sulcado 16.0;
 brita- bem compactada, seca 2.0;
 brita – não compactada seca 30;
 brita solta 10;
 lama – com base firme 4.0;
 lama- com base esponjosa 16;
 areia solta 10;
36

 neve compactada 2.5;


 neve solta (até 10 cm)) 4.5.

Ábaco - sistema gráfico A velocidade do caminhão em um trecho, obtida no


utilizado para definir
dados e obter ábaco a seguir, é considerada como velocidade máxima nesse
informações inerentes
dos equipamentos. trecho.
A velocidade média será obtida por:

Vmédia = velocidade máxima x fator de velocidade

O tempo de viagem em um trecho será:

T viagem= comprimento do trecho (m) x 0.06


Velocidade média (kmh)

Descarregamento (Minutos)

Tempo necessário para o descarregamento do minério.


Para cada condição é considerado um tempo, em minutos, para a
operação. A tabela a seguir mostra o fator de descarregamento de
dois tipos principais de caminhões.

Condições Botton Dump Basculante


Operacionais
Favorável 0.3 1.0
Médio 0.6 1.3
Desfavorável 1.5 1.5 – 2.0

Fatores Operacionais

São fatores que contribuem positivamente ou


negativamente para o tempo total de ciclo
(carregamento/descarregamento), dentre eles estão:
37

 paradas fixas;
 paradas variáveis;
 fixas: previsíveis:
 mudanças de turno;
 almoço;
 lubrificação.
 variáveis não previsíveis (fila de espera,
movimentação da front shovel, trafego, quebra de
equipamento).

A disponibilidade do equipamento é fundamental para a


eficiência do conjunto, abaixo seguem dados de disponibilidade
aceitáveis:
Condições de Operação % de Tempo Trabalho
Favorável 92
Média 83

TOPICO 2
PÁ CARREGADEIRA, TRATOR DE ESTEIRAS

Para iniciamos nosso estudo, veja a figura de uma pá


carregadeira:

Esta figura foi


retirada do site
http://blogdocaminhoneiro.c
om/os-maiores-do-mundo/
38

Material desagregado: As carregadeiras apresentam maior capacidade de


material proveniente de
detonações ou de carga por ciclo de trabalho, embora cumpram um ciclo mais longo
remoção com máquinas.
que as escavadeiras ou front shovel. Como realizam a carga
apenas de material desagregado, elas necessitam de outro
equipamento para o carregamento do material, como trator de
esteiras, por exemplo. Ponderando tais variáveis, nos canteiros de
obras elas são mais mobilizadas em serviços de apoio, como pátios
de centrais de concreto e de usinas de britagem. Em operações
com grandes volumes de produção, entretanto, as carregadeiras
podem se revelar muito produtivas no carregamento de caminhões
fora de estrada, motivo pelo qual são muito utilizadas nesse tipo de
serviço em mineradoras.
Além desses parâmetros, outras variáveis devem ser
consideradas na escolha do equipamento mais indicado, como a
largura da caçamba, a altura de descarga e outras. Vale ressaltar
que os principais fabricantes de equipamentos disponibilizam
softwares para os clientes simularem a operação e definirem o
dimensionamento do par de equipamentos mais adequado.

Trator de Esteiras

É um equipamento dotado de uma placa de metal frontal


(conhecido como uma lâmina), usado para empurrar grandes
quantidades de terra, areia, cascalho, etc.
O trator de esteiras é muito utilizado em trabalhos de
construção, preparação do terreno ou movimentação de material.
Normalmente, são equipados na parte traseira com uma garra
(escarificador).
39

Esta figura foi


retirada do site
http://blogdocaminhoneiro.c
om/os-maiores-do-mundo/

Os primeiros tratores de esteiras foram adaptações


feitas em tratores comuns usados em fazendas. A facilidade de
transitar em diferentes tipos de terrenos fez com que eles fossem
adaptados para serem utilizados como tanques na I Guerra
Mundial.
Em 1923, um jovem fazendeiro chamado James
Cummings e um desenhista chamado J. Earl McLeod fizeram o
primeiro projeto de um trator de esteira. Uma réplica desse
protótipo está exposta em um parque no município de Morrowville,
Kansas (EUA), onde foi construído o primeiro trator de esteira.
O jovem fazendeiro James Cummings percebeu,
durante os trabalhos de instalação de um oleoduto, que a
escavação da trincheira era feita com equipamentos mecânicos, ao
passo que o preenchimento com terra era manual. Com a ajuda do
desenhista J. Earl McLeod desenvolveu o protótipo do que viria a
ser o primeiro trator de esteira. Isso lhes rendeu um contrato para
preencherem as trincheiras escavadas do oleoduto desde Deshler,
NE até Freeman, MO – 325 km em linha reta.
Nos anos 20, os veículos com esteiras ficaram comuns
e esse método de tração logo chegou aos tratores. Apesar da
praticidade que representou em trabalhos como escavações de
trincheiras, canais, represas e outros trabalhos que envolvam
movimentação de materiais, o equipamento só ficou popular a partir
da década de 1930.
40

O maior salto tecnológico, porém, foi a partir da década


de 1940, com o advento dos cilindros hidráulicos, que permitiu a
utilização de lâminas maiores, mais pesadas e precisas. Com o
passar dos anos, os tratores de esteira foram ficando maiores e
mais sofisticados: transmissão automática, cabines com ar
condicionado, GPS.
Em função da sua fácil adaptação aos mais diversos
tipos de terreno, os tratores são os primeiros equipamentos a
realizarem o trabalho. Eles executam os trabalhos preliminares em
um terreno: aplainamento (bruto), deslocamento de rochas, solos,
trancos, raízes, desmatamento; também executam trabalhos
rotineiros, tais como raspagem de superfícies, movimentação de
pilhas de minérios, distribuição de materiais, espalhamento de solo,
construção de barragens, diques, movimentação de rochas,
operações auxiliares em obras, remoção de troncos e raízes, além
de uso militar.
É comum encontrar tratores de esteiras com algumas
garras na parte de traz. Essas garras se chamam escarificador
(estrutura acoplada à traseira do trator, que serve para revolver
(descompactar, remexer) o solo, a fim de soltá-lo para posterior
remoção). Já na parte da frente do trator há uma lâmina que é a
principal estrutura do trator. Ela faz o contato com o material para
movê-lo. Para cada tipo de atividade, há uma forma específica,
sendo divididas em vários modelos de lâminas:

 angular: movimentação de terra (trincheiras, valas,


preenchimento de buracos);
 limpeza: forma de “v”, maior poder de corte, abate ou
prepara a vegetação para o corte;
 de corte: utilizada para limpeza de terrenos,
especialmente remoção de raízes e árvores cortadas
previamente com a lâmina em “v”;
41

 carvão: com design específico para movimentação


de carvão mineral, inclusive com abas laterais que
forçam o material a ficar no interior da lâmina.

Tipos de Lâminas

Para cada tipo de material que será movimentado há


um tipo específico de lâmina para melhor desempenho do
equipamento. São eles:

 em “u”: maior capacidade de movimentação de


materiais:

As figuras
desta página foram
retiradas do site
http://brasil.cat.com/

 landfill: manuseio de lixo e outros tipos de resíduos


dispostos em aterros sanitários:

 recuperação de áreas: projetada para movimentar


um volume maior de material em cada passada:
42

 semi “u”: projetada para empurrar materiais de forma


As figuras mais rápida:
desta página foram
retiradas do site
http://brasil.cat.com/

 cavaco de madeira: projetada para empurrar


materiais de forma mais rápida:

Esta figura foi


retirada do site
http://brasil.cat.com/

 com abas laterais: projetada para movimentar carvão e


madeira, com maior produtividade por passe:
43

EXERCÍCIOS

1. Leia atentamente o texto abaixo e em seguida responda as


questões.

A importância do correto dimensionamento

Fatores como os volumes de produção, as condições de


trabalho e o tipo de material movimentado interferem no
dimensionamento da frota, sempre com vista ao menor custo de
Este texto foi
operação. retirado do site
http://www.revistamt.com.b
r/index.php?option=com_co
A primeira etapa do processo de gestão do ciclo de vida nteudo&task=viewMateria&
id=97
da frota é a seleção do equipamento mais adequado à operação
envolve uma série de variáveis. A primeira delas é o correto
dimensionamento da máquina, um parâmetro relacionado a
questões como o volume de produção necessário, o tipo de
material movimentado, as distâncias de transporte envolvidas e as
condições topográficas do terreno e da praça de operações. Para
as construtoras e locadoras, outro fator a se considerar é a
versatilidade do equipamento em atender à demanda de futuros
contratos.
Mas para essas empresas, assim como no caso das
mineradoras, que geralmente mobilizam a máquina em uma única
frente de trabalho por toda a sua vida útil, uma das métricas mais
confiáveis se baseia na avaliação financeira do bem adquirido.
Nesse caso, a definição se dá em função do menor custo por
produção (R$/t movimentada ou R$/m3 movimentado).
A avaliação torna-se ainda mais sensível na definição do
“par” de equipamentos usados nas tarefas de carga e transporte.
Como operam com caminhões rodoviários tipo 6x4 ou 8x4, bem
44

menores que os gigantescos modelos off-road mobilizados pelas


mineradoras, as construtoras convencionaram o uso de
escavadeiras hidráulicas em lugar das pás carregadeiras.
Os dois tipos de equipamentos possuem suas vantagens e
desvantagens, mas, no caso das construtoras, o que pesa a favor
das escavadeiras é sua flexibilidade para uso em diferentes
operações. Apesar de serem equipadas com caçambas menores
que as carregadeiras, elas cumprem um tempo de ciclo menor no
carregamento dos caminhões, principalmente quando trabalham
numa cota acima do veículo de transporte.
As carregadeiras, por sua vez, apresentam maior
capacidade de carga por ciclo de trabalho, embora cumpram um
ciclo mais longo que as escavadeiras. Como realizam a carga
apenas de material desagregado, elas necessitam de outro
equipamento para a produção do material, como trator de esteiras,
por exemplo. Ponderando tais variáveis, nos canteiros de obras
elas são mais mobilizadas em serviços de apoio, como pátios de
centrais de concreto e de usinas de britagem. Em operações com
grandes volumes de produção, entretanto, as carregadeiras podem
se revelar muito produtivas no carregamento de caminhões fora-
de-estrada, motivo pelo qual são muito utilizadas nesse tipo de
serviço em mineradoras.
Além desses parâmetros, outras variáveis devem ser
consideradas na escolha do equipamento mais indicado, como a
largura da caçamba, a altura de descarga e outras. Vale ressaltar
que os principais fabricantes de equipamentos disponibilizam
softwares para os clientes simularem a operação e definirem o
dimensionamento do par de equipamentos mais adequado.
Para Silvimar Fernandes Reis, diretor de suprimentos da Galvão
Engenharia, o consumo de combustível também pode servir de
indicador para definir qual equipamento de carga opera de forma
mais adequada. “Se mobilizarmos uma pá carregadeira e uma
escavadeira hidráulica numa frente de trabalho com as mesmas
condições e elas divergirem no consumo de combustível, mesmo
45

considerando que ambas atendem as especificações de seus


respectivos fabricantes, é sinal de que aquela com maior consumo
não está na sua operação correta”, diz ele.
Testes como esse convenceram a Galvão de que as
escavadeiras desempenham melhor a tarefa de carregamento em
canteiros de obras. “Também devemos considerar que elas exigem
mais esforço hidráulico do que mecânico, diferentemente das
carregadeiras, isso desgasta menos o motor, os freios e,
consequentemente, reduz os custos de manutenção.” Eurimilson
João Daniel, diretor da Escad Rental, concorda com Silvimar e
acrescenta que uma carregadeira de porte médio faz três vezes
mais movimentos do que uma escavadeira do mesmo tamanho.
“Com um único giro, ela cumpre cada passe do carregamento sem
precisar se deslocar”, ele explica.
Machado explica que a redução do intervalo entre falhas (MTBF) e
o aumento do tempo gasto com reparos (MTTR) constituem os
principais indicadores do aumento do custo médio da máquina. “O
ponto ótimo de substituição se dá quando esses dois índices
alcançam um patamar acima da nossa especificação, indicando a
baixa confiabilidade do equipamento.”

Análise de falhas

O nível de confiabilidade obtido pela empresa resulta da


elaboração de um plano de manutenção calcado em ações
preditivas, preventivas e corretivas. Esta última é avaliada
separadamente, por meio de análise de falha reativa (5W), com o
intuito de evitar a reincidência de problemas.
Para o consultor Norwil Veloso, essa abordagem torna-se mais fácil
em mineradoras devido às peculiaridades desse tipo de operação,
que contribuem para a maior longevidade das máquinas. “Apesar
de trabalharem em ambiente severo, elas ficam alocadas sempre
46

em um mesmo local, executando o mesmo serviço, com o mesmo


tipo de material e o mesmo operador”, diz ele.
Ferreira salienta que, pelo fato de o projeto de Barro Alto
ainda não ter entrado em produção plena, o acompanhamento do
ciclo de vida das máquinas será aperfeiçoado ao longo do tempo.
“Este ano movimentaremos 9 milhões t de materiais e, em 2012,
quando atingirmos o pico de produção, serão 15 milhões de t.”
Segundo ele, quando a empresa atingir esse patamar de produção,
será necessário montar um planejamento que estabeleça médias
de manutenção e custos envolvendo todos os equipamentos da
frota.
Enquanto isso não acontece, Ferreira explica que os cerca de 80
equipamentos utilizados pela empresa em Barro Alto – incluindo 40
caminhões terceirizados – são avaliados individualmente.
“Trabalhamos com o conceito de confiabilidade, fazendo todas as
intervenções necessárias em cada uma das máquinas. Isso
também explica por que elas duram mais”, ele conclui.

1a. Quais os parâmetros para o correto dimensionamento de uma


máquina?

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1b. Para empresas como mineradoras, que geralmente mobilizam


a máquina em uma única frente de trabalho por toda a sua vida útil,
qual a fórmula métrica mais confiáveis na avaliação financeira de
um bem adquirido?
47

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1c. Em relação a flexibilidade, explique a diferença entre a


escavadeira e a carregadeira.
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2. Dimensione o número de caminhões e escavadeiras para uma


extração de minério de ferro em uma mina com as seguintes
características:

 produção = 80.000.000 m³ ;
 distância entre a lavra e a descarga = 3.000 m;
 densidade do minério = 2,5 t/m3;
 empolamento = 40 %.

 Caminhões 797B Caterpillar:


 capacidade 380 ton;
 velocidade máxima 50 km/h;
 disponibilidade de carga = 93%;
48

 tempo de viagem de ida = 5 min;


 tempo de viagem de retorno = 2 min;
 tempo de descarga = 35 s;
 tempo de reposicionamento 25 s.

 Shovel P&H 2800 XPC:


 capacidade de carga = 33,6 m³;
 tempo total do ciclo do shovel = 30 s;
 disponibilidade operacional = 95%.

Com base nas informações anteriores:

a. calcule a capacidade de carga do caminhão;


b. calcule a capacidade de carga da shovel;
c. calcule quantos ciclos para encher um caminhão;
d. calcule qual a extração por hora da mina (12 meses, 25 dias, 24
horas);
e. calcule quantas viagens o caminhão transporta por hora;
f. calcule quantos caminhões e shovels preciso para transportar
esta produção.

3. Com base nas informações abaixo, a escavadeira e os


caminhões estão bem dimensionados, considerando que a
primeira escavadeira está dimensionada para o primeiro caminhão
e assim respectivamente?

 Escavadeiras:
 Caterpillar 7182 capacidade 17 m3;
 Caterpillar 7295 D capacidade 14 m3;
 Komatsu PC 3000 capacidade 19 m3.

 Caminhões:
 caminhões Caterpillar 777F 170 ton;
49

 caminhões Caterpillar 785 D 250 ton;


 caminhões Komatsu HD 785-7 91 ton.

4. Dimensione o número de caminhões e escavadeiras para uma


extração de minério de ferro em uma mina com as seguintes
características:

 produção = 60.000.000 ton/ano;


 distância entre a lavra e a descarga = 5.500 m;
 densidade do minério = 2,5 t/m3;
 frentes de lavra = 4.

Caminhões Caterpillar Caterpillar Komatsu


777F 785 D HD 785-7
Capacidade 170 ton 250 ton 90 ton
Velocidade máxima 45 km/h 40 km/h 55 km/h
Disponibilidade de 95 % 90 % 93 %
carga
Tempo de ida 8 min 10 min 5 min
Tempo de retorno 6 min 7 min 4 min
Tempo de descarga 35 s 40 s 35 s
Tempo de 25 s 20 s 20 s
reposicionamento

Escavadeira Shovel Caterpillar Komatsu


7295 D PC 3000
50

Capacidade de carga 14 m3 20 m3
Tempo do ciclo 30 s 20 s
Disponibilidade 90 % 85 %
operacional

a. Calcule a capacidade de carga do caminhão;


b. Capacidade de carga da Shovel;
c. Quantos ciclos para encher um caminhão;
d. Qual a extração por hora da mina (12 meses, 25 dias, 20 horas);
e. Quantas viagens o caminhão transporta por hora.
51

CHECK LIST

Nessa unidade você pôde aprender:

 dimensionamento de caminhões e shovel;


 a importância do dimensionamento de equipamentos;
 diferenciar escavadeira e carregadeiras;
 a importância do trator de esteiras e diferenciar cada
tipo de lâmina existente.
 diferenciar cada tipo de equipamento e a utilização
correta de cada um deles.
52

UNIDADE 3
EQUIPAMENTOS AUXILIARES

Objetivos de Aprendizagem

Ao final desta unidade você deverá:

 explicar a importância dos equipamentos auxiliares;


 explicar como dimensionar bombas centrifugas;
 explicar o funcionamento das perfuratrizes.

Plano de Estudos

Esta unidade está dividida em dois tópicos, organizada


de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos.

TÓPICO 1: MOTO NIVELADORA


TÓPICO 2: BOMBAS CENTRIFUGAS E HIDRÁULICAS
TÓPICO 4: JUMBOS DE PERFURAÇÃO
TÓPICO 5: SISTEMA DE COMINUIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
TÓPICO 6: MINERADORES DE SUPERFÍCIE
53

TOPICO 1
MOTO NIVELADORA

Motoniveladora é uma máquina utilizada em obras


de construção civil e mineração de ampla escala, em conjunto com
outros maquinários, principalmente para nivelamento
de estradas ou patamares e conformação do nivelamento das
bancadas seja da extração ou das pilhas de rejeitos.
Consiste em um veículo em geral com seis rodas, das
quais quatro se localizam na traseira, para que possa ter uma maior
força, sustentando o peso do motor e aumentando o torque para a
laminação do solo. As outras duas, na dianteira do veículo, para
controle de direção. Sua lâmina se encontra na horizontal e é
ajustável (horizontal, vertical e ângulo) por meio de braços
mecânicos e/ou pistões hidráulicos e engrenagens.

Esta figura foi


retirada do site
http://allmaquinas.com/wp-
content/uploads/2014/06/m
otoniveladora-g976-09.jpg
54

TOPICO 2
BOMBAS CENTRÍFUGAS E HIDRÁULICAS

Energia mecânica é O que são bombas?


resumidamente a
capacidade de um corpo
de produzir trabalho.

Energia de pressão é a
energia gerada pela
Bombas são máquinas operatrizes hidráulicas que
pressão do fluido dentro
do sistema. fornecem energia ao líquido com a finalidade de transportá-lo de
Energia cinética é a um ponto a outro. Normalmente recebem energia mecânica e a
quantidade de trabalho
necessário sobre um transformam em energia de pressão e cinética ou em ambas.
objeto para modificar a
sua velocidade.

Esta figura foi


retirada do site
http://www.excellbombas.c
om.br/blog/index.php?page
d=28

Bombas centrífugas são bombas hidráulicas que têm


como princípio de funcionamento a força centrífuga. Essa força é
exercida por meio de palhetas e impulsores que giram no interior
de uma carcaça estanque, jogando líquido do centro para a
periferia do conjunto girante.
Elas possuem uma câmara fechada (carcaça), dentro da
qual gira uma peça, o rotor, que é um conjunto de palhetas que
impulsionam o líquido por intermédio da voluta. O rotor é fixado no
eixo da bomba, e este rotor é contínuo ao transmissor de energia
mecânica do motor.
55

A carcaça é a parte da bomba onde, no seu interior, a


energia de velocidade é transformada em energia de pressão, o Recalque é a distância que
uma bomba consegue
que possibilita o líquido alcançar o ponto final do recalque. bombear o fluido.

É no interior da bomba que está instalado o conjunto girante (eixo-


rotor) que torna possível o impulsionamento do líquido. A carcaça
pode ser do tipo voluta (forma em espiral) ou do tipo difusor (na
bomba há uma câmara de ar onde passa o fluido, o que faz com
que esse fluido seja bombeado para fora). A de voluta é a mais
comum, podendo ser simples ou dupla.
Como as áreas na voluta não são simetricamente
distribuídas em torno do rotor ocorre uma distribuição desigual de
pressões ao longo da mesma. Isso dá origem a uma reação
perpendicular ao eixo que pode ser insignificante quando a bomba
trabalhar no ponto de melhor rendimento, mas que se acentua a
medida que a máquina sofra redução de vazões, baixando seu
rendimento. Como consequência desse fenômeno, para pequenas
vazões temos eixos de maior diâmetro no rotor.
Outra providência para minimizar esse empuxo radial é
Empuxo radical -
a construção de bombas com voluta dupla, que consiste em se desequilíbrio de pressão
em torno do impelidor.
colocar uma divisória dentro da própria voluta, dividindo-a em dois
condutos. Localiza-se a partir do início da segunda metade deste
conduto, ou seja, a 180o do início da voluta externa, para tentar
equilibrar essas reações duas a duas ou minimizar seus efeitos.

Classificação

A literatura técnica sobre classificação de bombas é


muito variada, havendo diferentes interpretações conceituais. De
modo geral, as bombas podem ser classificadas da forma descrita
abaixo:
56

 quanto a altura manométrica (para recalque de


água limpa):
 baixa pressão (h < 15 mca);
 média pressão (15 < h < 50 mca);
 alta pressão (h > 50 mca).

Observação: para recalques de esgotos


sanitários, por exemplo, os limites superiores
podem ser significativamente menores.

 quanto a vazão de recalque:


 pequena (q < 50 m³/hora);
 média ( 50 < q < 500 m³/hora);
 grande (q > 500 m³/hora).
 quanto à direção do escoamento do líquido no
interior da bomba:
 radial ou centrífuga pura, quando o movimento do
líquido é na direção normal ao eixo da bomba
(empregadas para pequenas e médias descargas
e para qualquer altura manométrica, porém caem
de rendimento para grandes vazões e pequenas
alturas além de serem de grandes dimensões
nessas condições);
 diagonal ou de fluxo misto, quando o movimento
do líquido é na direção inclinada em relação ao
eixo da bomba (empregadas em grandes vazões e
pequenas e médias alturas, estruturalmente
caracterizam-se por serem bombas de fabricação
muito complexa);
 axial ou helicoidais, quando o escoamento
desenvolve-se de forma paralela ao eixo e são
57

especificadas para grandes vazões - dezenas de


m³/s - e médias alturas - até 40 m.
 quanto à estrutura do rotor:
 aberto (para bombeamentos de águas residuárias
ou bruta de má qualidade);
 semiaberto ou semi-fechado (para recalques de
água bruta sedimentada);
 fechado (para água tratada ou potável).
 quanto ao número de rotores:
 estágio único;
 múltiplos estágios: este recurso reduz as
dimensões e melhora o rendimento, sendo
empregadas para médias e grandes alturas
manométricas como, por exemplo, na alimentação
de caldeiras e na captação em poços profundos de
águas e de petróleo, podendo trabalhar até com
pressões superiores a 200 kg/cm², de acordo com
a quantidade de estágios da bomba.
 quanto ao número de entradas:
 sucção única, aspiração simples ou unilateral (mais
comuns);
 sucção dupla, aspiração dupla ou bilateral (para
médias e grandes vazões).
 quanto a admissão do líquido:
 sucção axial;
 sucção lateral;
 sucção de topo;
 sucção inferior.
 quanto à posição de saída:
 de topo, lateral;
 inclinada;
 vertical.
58

 quanto à velocidade de rotação:


 baixa rotação (n < 500 rpm);
 média (500 < n < 1800 rpm);
 alta (n > 1800 rpm).
 quanto à posição na captação:
 submersas;
 afogadas;
 altura positiva.
 quanto à posição do eixo:
 vertical;
 horizontal.
 quanto ao tipo de carcaça:
 compacta;
 bipartida.

Para dimensionar uma bomba é necessário calcular a


curva manométrica dela, e para isso necessitamos saber a vazão
da mesma. Para determinarmos a vazão de uma bomba é
necessário seguir os passos abaixo.
Vazão (Q) é o volume de determinado fluido que passa
por uma determinada seção de um conduto que pode ser livre ou
forçado por uma unidade de tempo. Ou seja, vazão é a rapidez com
a qual um volume escoa.
Um conduto livre pode ser um canal, um rio ou uma
tubulação. Um conduto forçado pode ser uma tubulação com
pressão positiva ou negativa.

Q=A.V
[Q = m². m/s  m³/s ]

A altura manométrica (H) de uma bomba é a carga total


de elevação que a bomba trabalha:
59

H = hs + hfs + hr + hfr + (vr²/2g)

Onde:
 H = altura manométrica total;
 hs= altura estática de sucção;
 hfs= perda de carga na sucção (inclusive NPSHr);
 hr = altura estática de recalque;
 hfr = perda de carga na linha do recalque;
 vr2/2g = parcela de energia cinética no recalque
(normalmente desprezível em virtude das
aproximações feitas no cálculo da potência dos
conjuntos elevatórios).

Perdas de Energia

A quantidade de energia elétrica a ser fornecida para


que o conjunto motor bomba execute o recalque não é totalmente
aproveitada para elevação do líquido. Isso ocorre porque não é
possível a existência de máquinas que transformem energia sem
consumo nessa transformação. Ocorre, então, consumo no motor,
na transformação da energia elétrica em mecânica e na bomba na
transformação desta energia mecânica em hidráulica.
A relação entre a energia útil, ou seja, aproveitada pelo
fluido para seu escoamento fora da bomba (que resulta na potência
útil) e a energia cedida pelo rotor é denominada de rendimento
hidráulico interno da bomba.
A relação entre a energia cedida ao rotor e a recebida
pelo eixo da bomba é denominada de rendimento mecânico da
bomba.
A relação entre a energia útil, ou seja, aproveitada pelo
fluido para seu escoamento fora da bomba (potência útil) e a
energia inicialmente cedida ao eixo da bomba é
60

denominada rendimento hidráulico total da bomba e é


simbolizada por hb.
A relação entre a energia cedida pelo eixo do motor ao
da bomba (que resulta na potência motriz) e a fornecida
inicialmente ao motor é denominada de rendimento mecânico do
motor, hm.
A relação entre a energia cedida pelo rotor ao líquido
(que resulta na potência de elevação) e a fornecida inicialmente ao
motor é chamada de rendimento total onde o rendimento total é
dado pelo produto hb. hm= h. Esse rendimento é tanto maior quanto
maior for a vazão de recalque para um mesmo tipo de bomba.
Denomina-se de potência motriz (também chamada
de potência do conjunto motor bomba) a potência fornecida pelo
motor para que a bomba eleve uma vazão Q a uma altura H.
Nesses termos temos:

Pb= [(g . Q . H) / h]

Onde:

 Pb = potência em Watts [W];


 g = peso específico do líquido;
 Q = vazão em m3/s;
 H = altura manométrica em m;
 h = rendimento total ( = hb.hm );
 Pb= [(g . Q . H) /75.h]  cavalos-vapor (unidade
alemã) cv;
 Pb= [(g . Q . H) /76.h]  horse-power (unidade
inglesa) hp;
 Q em litros por segundo.
61

Na prática, 1 cv = 0.986 hp

Compressores

Na história não se sabe ao certo quando foram


inventados, porém, há indícios que egípcios e sumérios usavam
tubos para conduzir o vento até seus fornos. O fole manual foi o
primeiro compressor mecânico.

observe a figura abaixo de um fole manual de


dupla ação:

Esta figura foi


retirada do site
http://www.lojalamaco.com.
br/octopus/?sid=13

Depois de 1500 AC recebeu melhoras como


acionamento pelos pés ou por roda d'água. E assim cumpriu seu
ofício por mais 2000 anos. O primeiro cilindro compressor,
acionado por roda d'água, foi desenvolvido pelo engenheiro inglês
John Smeaton em 1762. Em 1776, o inventor inglês John Wilkinson
62

o aperfeiçoou fazendo um modelo primitivo dos compressores


atuais.

Você sabe o que são compressores?

Compressores são equipamentos que elevam a pressão


do ar por meio de acionamento mecânico, em geral, motor elétrico
ou de combustão interna.

observe a figura abaixo que contém compressores


de alta e baixa pressão:

Esta figura foi


retirada do site
http://www.lojalamaco.com.
br/octopus/?sid=13

Os compressores possuem inúmeras utilizações,


dentre elas podemos citar as mais importantes:

 acionamentos e controles industriais;


 transporte pneumático;
 ejetores de fluidos;
63

 processos como produção de peças de vidro ou


plástico;
 jato de areia;
 pinturas;
 ferramentas (marteletes, perfuratrizes, etc);
 acionamento de freios;
 operações submarinas, etc.

As vantagens dos compressores são evidentes:

 é fácil de ser conduzido;


 os equipamentos são compactos e leves;
 não há risco de incêndio ou choque elétrico;
 não gera resíduos prejudiciais, etc.

Porém, em contrapartida as vantagens, é o alto custo de


aquisição.
Boa parte da energia gasta para a compressão do ar é
perdida na forma de calor e o trabalho útil que ele pode fornecer é
pequeno em relação a essa energia gasta.
Os compressores são divididos em vários tipos, dentre
eles:

 deslocamento positivo: a compressão se dá pela


redução física do volume da câmara em intervalos
discretos. O clássico compressor a pistão (também
chamado compressor alternativo) é o exemplo mais
evidente.

observe a figura de um compressor pistão:


64

Esta figura foi


retirada do site
www.chiaperini.
com.br/

Os compressores denominados rotativos também são


de deslocamento positivo, mas a redução de volume ocorre pelo
movimento de rotação de um conjunto de peças.

os tipos mais conhecidos são os de anel líquido,


de palhetas, de lóbulos e de parafusos.

 dinâmicos: a compressão se dá pela ação de um


rotor ou outros meios que aceleram o ar, aumentando
sua pressão total.

podem ser tipo ejetor (não muito comum) ou tipo


axial ou centrífugo, similar às bombas para água.

Numa comparação grosseira, pode-se dizer que os


compressores de deslocamento positivo são adequados para
maiores pressões e menores vazões e os dinâmicos, para menores
pressões e maiores vazões.
Algumas vezes, compressores de alta vazão e pressão
relativamente baixa, como os usados em transportadores
Sopradores: termo utilizado
para definir compressores
pneumáticos, são denominados sopradores.
de alta vazão e baixa
pressão
65

TÓPICO 3
JUMBOS DE PERFURAÇÃO

Tudo começou com a necessidade de produzir


fragmentos de rochas, onde se utilizava a fricção de rochas duras
sobre rochas brandas. Logo depois, com a utilização de metais,
onde eram utilizados para fazer fendas nas rochas, foram criadas
as cunhas que eram mais fortes e que podiam sofrer maior
compressão. Mas com a necessidade de grandes produções,
houve também a necessidade de algum sistema que pudesse
produzir maior quantidade em menor tempo, então, iniciou-se a
utilização de explosivos. Mas como o explosivo confinado tem
melhor resposta para o desmonte, houve a necessidade de se criar
formas de introduzir o explosivo dentro das rochas, o que levou ao
aumento na quantidade de furos necessários para grandes
produções, logo passou a se mecanizar a produção o que levou a
perfuratrizes mecânicas.
As perfuratrizes mecânicas são equipamentos capazes
de perfurar rochas ou outros materiais, por meio da transmissão de
movimentos de percussão e/ou rotação a uma haste (broca). A
broca possui um dispositivo de corte, lâmina ou coroa (bits), a partir
do qual se dá o corte da rocha. O avanço é feito por meio da lança
da perfuratriz, e serve para manter a broca pressionada sobre a
rocha, viabilizando o corte. O avanço pode ser manual ou
automático.

veja a figura a seguir que mostra o esquema de


uma perfuratriz rotativa:
66

Esta figura foi


retirada do site
http://www.perfuradores.com.
br/index.php?CAT=pocosagu
a&SPG=equipamentos

As perfuratrizes podem ser percussivas, que


reproduzem o trabalho manual, gerando impacto + pequena
rotação. O corte se dá pelo esmagamento das partículas em
contato com a broca. E o acionamento pode ser com ar comprimido
ou motores elétricos (trabalhos mais leves).
Existem vários tipos de perfuratrizes, dentre elas as
formas de avanço são por meio de marteletes (utilizada para
quebrar e perfurar materiais resistentes como rochas) que possui
vários tipos de avanços, entre eles:

 com avanço pneumático;


 corrente;
 parafuso.

Para perfuratrizes de maior porte, normalmente, podem


ser utilizadas carreta de perfuração, que são verticais ou bencher.
67

veja a figura de uma perfuratriz para grandes


profundidades:

Esta figura foi


retirada do site
http://www.perfuradores.co
m.br/index.php?CAT=poco
sagua&SPG=equipamento
s

Já as perfuratrizes percussivas executam as operações


de percussão, rotação e limpeza do furo. A percussão é produzida
por um pistão, acionado por ar comprimido. A velocidade do pistão
é diretamente proporcional à capacidade de furação e executa de
2.000 a 3.000 percussões por minuto. A rotação propicia uma
superfície “nova” para o corte, a rotação é acionada no movimento
de retorno do pistão, a cada 11 percussões, 1 rotação. A limpeza é
feita por meio da injeção de ar ou água, evita, com o avanço da
broca, que haja redução da eficiência ou mesmo travamento, o
fluido de limpeza percorre internamente a haste da broca.
Outro tipo de perfuratrizes são as rotativas que
executam somente o movimento de rotação. A pressão sobre a
broca é constante (na ordem de 1.000 kg). O corte ocorre pela
abrasão da coroa diamantada na rocha e posterior esmagamento
dos grânulos, utilizada para grandes profundidades e grandes
diâmetros e principalmente para recuperação de testemunhos.
68

A demolição da rocha ocorre pela ação da percussão


+ esforço/pressão sobre a perfuratriz. Pode ser manual: quando o
peso do operador age sobre o equipamento, ou mecânico:
pneumático, corrente ou parafuso.
Um dos modelos de perfuratrizes mais avançados que
existem é o Jumbo, por realizar perfuração em diversos ângulos,
inclusive na horizontal, deslocamento em terrenos íngremes e
acidentados.

abaixo segue uma figura de jumbo de perfuração:

Esta figura foi


retirada do site
http://www.atlascopco.com.
br/brbr/

Esse equipamento possui grande rapidez no


deslocamento e na execução dos furos – produtividade- e grande
leque de aplicações, principalmente em mineração, túneis,
construção civil.
69

TÓPICO 4
SISTEMA DE COMINUIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

Dentro da mineração, há a necessidade de redução


granulométrica das rochas sendo que, essa redução se faz por
meios de equipamentos nos quais essa etapa é conhecida como
cominuição. Nos sistemas de cominuição são utilizados britadores
para a redução granulométrica e peneiras para a separação por
tamanho.
Os britadores são equipamentos usados para a redução
grosseira de grandes quantidades de sólidos como materiais
rochosos. O processo de trituração envolve energia mecânica de
caráter compressivo, de impacto ou de cisalhamento.
Britagem pode ser definida como o conjunto de
operações que tem como objetivo a fragmentação de grandes
materiais, levando-os a granulometria compatíveis para utilização
direta ou para posterior processamento.
A britagem é uma operação unitária, que pode ser
utilizada, em sucessivas etapas, equipamentos apropriados para a
redução de tamanhos convenientes.
Também conhecido como trituradores, os principais
tipos de britadores utilizados são: britadores de rolos, mandíbulas,
giratórios, impacto, cônico e de martelo. Veja mais detalhes na
sequência:

 britadores de rolos: nos dias de hoje os britadores


de rolos podem ser classificados em britador de rolos
duplos, quádruplos, de rolo dentado e outros. The
Crusher Roller, nome em inglês do britador, tem as
características de operação estável, de fácil
manutenção, baixo custo, tamanho de saída
ajustável. Veja:
70

Esta figura foi


retirada do site
http://www.manutencaoesu
primentos.com.br/imagens/
montagem-e-ajuste-de-
britadores-de-rolo-duplo.gif

 britadores de mandíbulas: é um equipamento de


britagem primária, utilizado para reduzir blocos de
elevadas dimensões e dureza e com grandes
variações de tamanho na alimentação. Os britadores
de mandíbulas são classificados em dois tipos,
baseando-se no mecanismo de acionamento da
mandíbula móvel. Assim, temos os britadores de um
eixo e dois eixos. Nos britadores de dois eixos, a
mandíbula móvel tem movimento pendular, enquanto
que os de um eixo tem movimento elíptico. Observe:

Esta figura foi


retirada do site
http://www.bercam.com.br/20
12/wp-
content/uploads/2011/12/man
dibula-miniatura.jpg

 britadores giratórios: é o equipamento de britagem


primária, utilizado quando existe uma grande
quantidade de material a ser fragmentado, sendo
71

mais operacional do que o britador de mandíbula, pois


pode ser alimentado por um dos lados, além de
permitir uma pequena armazenagem no seu topo.
Veja:

Esta figura foi


retirada do site
http://www.ebah.com.br/co
ntent/ABAAAAWv8AI/man
ual-mineracao?part=5

 britadores cônico: o britador cônico possui o mesmo


princípio de operação do britador giratório, porém é
um britador de britagem secundária ou terciária.
Observe:

a figura foi
o site
talica.com.

res-e-
72

A classificação e o peneiramento têm como objetivo


comum a separação de um material em duas ou mais frações, com
partículas de tamanhos distintos. No peneiramento existe uma
separação, segundo o tamanho geométrico das partículas,
enquanto que na classificação a separação é realizada tomando-
se como base a velocidade que os grãos atravessam um meio
fluido. No processamento mineral, o meio fluido mais utilizado é a
água. A classificação a úmido é aplicada, habitualmente, para
populações de partículas com granulometria muito fina, na qual o
peneiramento não funciona de forma eficiente.

Esta figura foi


retirada do site
http://www.intecnica.com.br/u
ploads/widget/image/593/167/
59316722/e3d123220902402
8bc3739ead0e354a4.jpg

TÓPICO 5
MINERADORES DE SUPERFÍCIE

O minerador de superfície é utilizado para extrair


minérios e executar trabalhos auxiliares de nivelamento de terreno
e drenagem de minas. Atinge profundidade de corte de 68 cm. Seu
tambor tem, em média, 3,65 m de largura. Esse equipamento
possibilita diminuir seus custos e aumentar a produtividade com
mais segurança durante o processo de mineração a céu aberto. A
grande vantagem desse equipamento é de eliminar o uso de
73

perfuratrizes, explosivos e britador primário, podendo ainda manter


o piso nivelado ou inclinado.

Esta figura foi


retirada do site
http://inthemine.com.br/site/
wp-
content/uploads/2014/08/ver
meer-minerador-correto.jpg
74

EXERCÍCIOS

1. Assinale a alternativa correta que melhor define bomba


centrífuga:

a. São máquinas operatrizes hidráulicas que fornecem energia por


meio da força centrífuga ao líquido com a finalidade de
transportá-lo de um ponto a outro. Esta força é exercida por meio
de energia elétrica, que joga o líquido do centro da carcaça para
a periferia do conjunto girante.
b. São máquinas operatrizes hidráulicas que fornecem energia por
meio da força centrífuga ao líquido com a finalidade de
transportá-lo de um ponto a outro. Esta força é exercida por meio
de palhetas e impulsores que giram no interior de uma carcaça
estanque, jogando líquido do centro para a periferia do conjunto
girante.
c. São máquinas operatrizes hidráulicas que, por meio da energia
de recalque e sucção, geram força centrífuga para o líquido com
a finalidade de transportá-lo por meio de tubulações para serem
armazenados em um local adequado.
d. São máquinas que centrifugam a força necessária para
transportar um líquido de um ponto a outro. O ponto de captação,
conhecido também como sucção, está localizado abaixo do eixo
da bomba, enquanto o ponto de lançamento, conhecido como
recalque, localiza-se acima deste eixo.
e. São máquinas operatrizes hidráulicas que fornecem energia por
meio da força centrífuga a qualquer fluído com a finalidade de
transportá-lo de um ponto a outro. Esta força é exercida por meio
da gravidade, que faz girar um dispositivo no interior de uma
carcaça estanque, jogando líquido do centro para a periferia do
conjunto girante.
75

2. Como surgiram as perfuratrizes?


_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

3. Qual o objetivo da britagem?


_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

4. Quantos e quais são os principais britadores?


_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

5. Defina minerador de superfície.


_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
76

CHECK LIST

Nessa unidade você pôde aprender:

 dimensionamento de bombas centrífugas;


 equipamentos auxiliares na mineração;
 a importância das perfuratrizes;
 mineradores de superfícies.
77

UNIDADE 4
EQUIPAMENTOS PARA SUBSOLO

Objetivos de Aprendizagem

Ao final desta unidade você deverá:

 identificar a importância do transporte em subsolo;.


 diferenciar métodos transportadores;
 identificar os principais equipamentos de subsolo.

Plano de Estudos

Esta unidade está dividida em quatro tópicos,


organizada de modo a facilitar sua compreensão dos conteúdos.

TÓPICO 1: TRANSPORTE EM SUBSOLO


TÓPICO 2: CORREIA TRANSPORTADORA
TÓPICO 3: SHUTTLE CAR, L.H.D., FEEDER BREAKER
TÓPICO 4: MINERADOR CONTÍNUO/ LONGWALL
78

TÓPICO 1
TRANSPORTE EM SUBSOLO

O sistema de transporte é um dos itens mais importantes


a ser considerado para uma mineração eficiente em subsolo. Dele
depende a movimentação de minério, rejeito, pessoas e
suprimentos no subsolo ou superfície e subsolo (e vice-versa).
A escolha do método, sempre que possível, deve
considerar o menor custo de transporte do minério, sem, contudo,
esquecer da segurança. Apesar de estar praticamente em desuso,
este método, durante muito tempo, foi amplamente utilizado para o
transporte em subsolo.
Dentre as suas principais vantagens estão:

 o transporte seguro de pessoas, desde que utilizados


vagões específicos para tal;
 a capacidade de transportar grandes quantidades (e
em granulometria grande) de material, sem danos ao
equipamento.

Em locais onde há variações na qualidade do minério,


estes podem ser separados em vagões diferentes. O produto pode
ser escoado sem interferir nas frentes de produção ou de
preparação do carvão. Porém, sua utilização vem caindo em
desuso, pois tem alto custo do equipamento, pouca versatilidade,
rigidez no percurso: caimento ou falhas nos trilhos que podem
interromper a produção.
79

TÓPICO 2
CORREIA TRANSPORTADORA

O uso consolidado da correia transportadora como


método de transporte em subsolo baseia-se em um fato
preponderante: permite o escoamento contínuo de material desde
o subsolo até a superfície.
As correias transportadoras oferecem uma variada
capacidade de carga. A quantidade de material transportado
depende da largura da correia, sua velocidade e peso do material
transportado. Em tese, a distância que pode ser vencida pela
correia é ilimitada.
Veja a figura de uma correia transportadora:

Esta figura foi


retirada do site
www.vale.com.br

Para determinarmos corretamente uma correia,


considerando a aplicabilidade e economicidade, devemos levar em
consideração algumas Informações essenciais, tais como:

 comprimento da correia (atual e máximo);


 desnível a ser vencido (subida ou descida);
 material a ser manuseado e sua t/m³ (sólido e quando
carregado);
80

 capacidade média requerida, em t/h.


 capacidade de pico requerida, em t/h;
 dimensões e massa do maior fragmento a ser
transportado;
 método de carregamento: onde e como o material
será carregado na correia e o número de pontos de
carga;
 onde e como o material será descarregado.

As correias podem diferir quando utilizadas em linhas


secundárias e linhas principais e se dividem em três categorias
gerais:

 painel ou seção: o fluxo operacional inicia no ponto


em que o material é recebido da frente de lavra;
 coletora: unidade de carregamento secundário que
recebe o material de duas ou mais correias de painel;
 linha principal e plano inclinado: unidades de
transporte primárias que transportam todo o material
produzido em subsolo, normalmente abastecido por
diversas correias coletoras.

Abaixo segue um desenho esquemático de como se


comporta uma frente de lavra em subsolo. As linhas pretas do
centro da parte de baixo da figura significam as correias
transportadoras, saindo da frente de lavra indo em direção à
superfície:
81

Frente de
lavra Painel

Coletora

Principal

TÓPICO 3
SHUTTLE CAR, L.H.D., FEEDER BREAKER

O shuttle car é um veículo automotor, desenhado


especialmente para transporte sobre pneus em subsolo. Os
mecanismos de controle e o habitáculo para dirigi-lo, localizam-se
ao longo de um dos lados podendo ser controlados remotamente.
O compartimento de carga localizado ao centro possui,
no seu fundo, uma correia que serve para distribuir a carga
enquanto é carregado e para removê-lo durante a operação de
descarga.

veja a figura de um shuttle car:


82

Esta figura foi


retirada do site
http://www.coaleducation.or
g/technology/Underground/
ShuttleCars.htm

A palavra shuttle significa vai e vem – seu nome dá um


indicativo de sua operação: alternância entre carregamento e
descarga.
Os tipos de shuttle cars variam de acordo com a sua
fonte de energia:

 a bateria: muito utilizado entre as décadas de 1930 e


1950, este tipo de shuttle oferecia grande
versatilidade, uma vez que não demandava a
instalações auxiliares para cabo, problemas
relacionados com demora para recarga e troca das
baterias. É ainda utilizado para transporte auxiliar;
 a diesel: utilizado principalmente na mineração de
rochas duras. Também possui flexibilidade de
posicionamento. Problema: regulamentação para
controlar o ambiente em subsolo;
 a cabo (elétrico): introduzidos a partir da década de
1940, tornou-se um sucesso, sendo este o principal
tipo até hoje.

Na operação, o shuttle car recebe o material de um


carregador (loader) ou de um minerador contínuo (continuous
miner), A carga é distribuída ao longo da caçamba por meio da
correia de fundo. Quando o shuttle car está carregado, ele se
83

posiciona próximo ao ponto de descarga. Após a descarga, o


operador se reposiciona e leva o shuttle car novamente até a frente
de serviço.

Carregar, Transportar e Descarregar: LHD (Load, Haul and


Dump)

Trata-se de um equipamento de carregamento de


minério e/ou estéril, adaptado para as dimensões do subsolo, e são
projetados especialmente para operar em subsolo. Seu design
prevê a necessidade de manobrar e percorrer em locais
confinados, pois possui uma articulação facilitando o deslocamento
e manobras no subsolo.
LHDs podem ser utilizadas para uma variada gama de
funções, tais como:

 trabalhos gerais de transporte e manutenção;


 instalações e realocações para suporte ao método
longwall;
 auxílio na construção de dutos ou na instalação de
cabos;
 equipamento de suporte para projetos de engenharia
civil (túneis, dutos escavados, etc.).

As LHDs são equipamentos nos quais as vantagem se


destacam por possuírem uma série de acessórios que podem ser
acoplados, aumentando sua utilidade em trabalhos no subsolo,
além de ter alta produtividade, confiabilidade, baixo custo,
facilidade de manobra em espaços confinados, serem compactas,
grande robustez, não poluir o ambiente, e baixo custo de
manutenção.
84

Esta figura foi


retirada do site
http://www.npkce.com/medi
a/2838/paus-pfl-8-electric-
underground-lhd-mining-
loader-2.jpg

Feeder Beaker (Alimentador)

O feeder-breaker é projetado para reduzir os custos


operacionais e aumentar a produtividade, permitindo a lavra, o
transporte e os sistemas de transporte contínuo trabalharem em
capacidade máxima, aumentando a eficiência.
Permitem que os equipamentos de transporte
descarreguem todo o minério com máxima capacidade,
aumentando significativamente a eficiência operacional da lavra.
Aumenta significativamente a eficiência dos transportadores
contínuos, pois o minério sofrerá uma pré-britagem, reduzindo a
granulometria e consecutivamente o volume nos transportadores.
Pode ser projetado para trabalhar com qualquer
equipamento de transporte, incluindo caminhões movidos a bateria
(haullers), shuttlecars, scoops, front-end-load (LHDs). Veja:
85

Esta figura foi retirada


do site
http://www.joyglobal.com/images/
default-source/product-
images/underground/room-and-
pillar-entry-
development/gpl4439.jpg?sfvrsn=
46

TOPICO 4

MINERADOR CONTÍNUO/ LONGWALL

O minerador contínuo (ou continuous miner, em inglês)


é um equipamento dotado de um tambor cravejado de bites Bites é uma ferramenta
que preenche a cabeça
especialmente projetados para desagregarem um determinado de corte do minerado,
responsável pela
mineral. retirada do carvão da
camada.
A desagregação ocorre pela rotação do tambor e o
contato do mesmo junto à camada do mineral as ser desmontado.
A utilização mais comum deste equipamento ocorre na
lavra de minerais “macios”, como carvão, potássio, salgema,
calcário, etc.
O minerador contínuo vem sendo utilizado, de alguma
forma, desde o final do século XIX. A primeira máquina a operar
ficou conhecida como “máquina de cala inglesa”. Tratava-se de um
equipamento pneumático capaz de minerar 21 m por dia. Foi
desenvolvida em 1870 para atuar na construção do Canal Inglês.
Este tipo de equipamento não voltou a aparecer até 1912, quando
a máquina de Hoadley-Knight foi produzida para “reduzir a partícula
de carvão ao tamanho de uma noz”. Esta máquina era movida a
eletricidade e o seu tambor movimentava-se por meio de um
dispositivo hidráulico, inclusive.
86

Uma das principais vantagens do minerado contínuo é o


fato de produzir um fluxo relativamente contínuo de material
desmontado. Outro aspecto importante é que o equipamento, se
bem operado, torna a operação de desmonte mais segura.

veja a figura de um minerador contínuo:

Esta figura foi


retirada do site
thttp://www.joy.com/

Os pilares não sofrem com o impacto das detonações, o


que muitas vezes pode comprometer a sua função de suporte. A
medida que o material é desmontado, um sistema de braços e
correia localizado à sua frente faz o carregamento do mesmo até
um compartimento situado em sua cauda.
Depois, o minerador alimenta o shuttle car, que
transporta o minério até a correia ou dispositivo de transporte. A
principal utilização é em minas em subsolo de carvão. A utilização
do equipamento em minerais mais duros pode acarretar em um
aumento significativo de custos – desgaste acelerado dos bites.
No método Longwall um equipamento, com o mesmo
nome, é utilizado para extrair o minério, basicamente carvão
mineral.
O equipamento medindo, aproximadamente, 100 metros
de largura, pelo menos, é montado de forma a extrair todo o minério
87

do painel. Esse equipamento é composto por uma face que contém


dois tambores que cortam o minério, sendo que esse minério cai
sobre uma esteira e é transportado para o sistema de correias
transportadoras até a superfície. Para a sustentação do teto o
longwall contém um sistema de macacos hidráulicos que mantem
a estabilidade do teto até que esse sistema avance, fazendo com
que o teto fique sem suporte e venha a cair. Observe:

Esta figura foi


retirada do site
http://nepean.com/files/imageca
che/slide/slides/banner-
longwall_black.jpg

Esta figura foi


retirada do site
https://i.ytimg.com/vi/flePGE
GtIAQ/maxresdefault.jpg
88

EXERCÍCIOS

1. Observe a sequência de figuras abaixo. Elas representam as


principais operações nas quais um trator de esteira pode ser
utilizado. Sendo assim, a alternativa que corretamente descreve
esta sequência é:

1 2
 

3 4
 

5 6
 

a. Construção de barragens, remoção de troncos e raízes,


operações auxiliares em obras, movimentação de rochas,
espalhamento de solo e uso militar.
89

b. Espalhamento de solo, construção de barragens, movimentação


de rochas, operações auxiliares em obras, remoção de troncos e
raízes e uso militar.
c. Operações auxiliares em obras, movimentação de rochas,
construção de barragens, remoção de troncos e raízes,
espalhamento de solo e uso militar.
d. Espalhamento de solo, uso militar, construção de barragens,
movimentação de rochas, operações auxiliares em obras e
remoção de troncos e raízes.
e. Movimentação de rochas, operações auxiliares em obras,
remoção de troncos e raízes, espalhamento de solo, uso militar e
construção de barragens.

2. A alternativa correta que descreve quais as classificações das


perfuratrizes é:

a. Percussivas, rotativas e rotopercussivas.


b. Giratórias, percussivas e de lavra.
c. Percussivas, rotativas e pneumáticas.
d. Giratória, de lavra e pneumática.
e. De lavra, pneumática e rotopercussiva.

3. A alternativa que melhor descreve um “shuttle-car” é:

a. Veículo automotor, desenhado especialmente para transporte


sobre trilhos em subsolo, com mecanismos de controle e habitáculo
para dirigi-lo localizados ao longo de um dos lados, podendo ser
controlado remotamente, e cujo compartimento de carga localiza-
se ao centro.
b. Veículo elétrico, desenhado especialmente para executar o
desmonte de rocha em subsolo, com mecanismos de controle e
habitáculo para dirigi-lo localizados ao longo de um dos lados,
90

podendo ser controlado remotamente, e cujo compartimento de


carga localiza-se ao centro.
c. Veículo automotor, desenhado especialmente para transporte
em subsolo, com mecanismos de controle e habitáculo para dirigi-
lo localizados ao longo de um dos lados, podendo ser controlado
remotamente, e cujo compartimento de carga localiza-se ao centro.
d. Veículo automotor, desenhado especialmente para transporte
de pessoal em subsolo, com mecanismos de controle e habitáculo
para dirigi-lo localizados ao longo de um dos lados, podendo ser
controlado remotamente, e cujo compartimento de carga localiza-
se ao centro.
e. Veículo automotor, desenhado especialmente para transporte
em subsolo, com mecanismos de controle e habitáculo para dirigi-
lo localizados ao longo de um dos lados, podendo ser controlado
remotamente, e cujo compartimento de carga conecta-se
diretamente à correia transportadora.

4. Por que o sistema de transporte em subsolo é um dos itens mais


importantes a ser considerado no planejamento de uma mina
subterrânea?
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_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

5. O transporte sobre trilhos em subsolo está praticamente em


desuso nos dias atuais. Ainda assim, quais as principais vantagens
oferecidas por este meio? E quais as desvantagens?
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
91

6. Do que depende a quantidade de material transportado por uma


correia transportadora?
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_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

7. Quais as informações fundamentais que o projetista precisa


saber para dimensionar corretamente um sistema de correias
transportadoras?
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_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
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8. Quais as três categorias gerais de correias que as correias


podem ser classificadas?
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_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
92

9. Imagine uma mina com um plano cuja inclinação é superior ao


ângulo de repouso do material sobre a esteira. Nesta situação, o
que você recomendaria para o escoamento da produção por meio
deste plano?
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________

10. O que significa a sigla LHD? Escreva o seu significado em


inglês e em português. Por que dizemos que a LHD é
especialmente projetada para operar em subsolo?
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_____________________________________________________
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93

CHECK LIST

Nessa unidade você pôde aprender:

 os equipamentos utilizados no subsolo;


 a importância dos transportadores contínuos.
91

GABARITO COMENTADO

UNIDADE 1

Questão 01:
Vantagens:
o flexibilidade;
o facilmente carregável pela maioria dos equipamentos existentes;
o razoavelmente barato (aquisição e funcionamento);
o tecnologia dominada;
o adapta-se a, praticamente, todos os tipos de terrenos;
o simples de operação;
o pode operar independentemente.
Desvantagens:
o requer boa manutenção de estradas para operação à baixo custo;
o suscetível a condições dramáticas, como péssimas condições da pista,
dificuldade de acesso a grandes inclinações, entre outros;
o problemas ambientais (poeira e barulho);
o problemas de trafego;
o necessita de bom sistema de manutenção;

Questão 02:
A Front Shovel.

Questão 03:
Por serem equipamentos de grande eficiência, por serem altamente adaptáveis,
trabalharem de forma independentes, ágeis, grandes capacidades de carregamento e
transportes.

Questão 04:
Por serem equipamentos com grandes alcances de lança, podendo chegar a 100
metros de profundidades, movimenta gigantescos volumes, pode movimentar material
de locais onde não é possível chegar com outros equipamentos.
92

Questão 05:
As principais diferenças estão na operação, apesar de ambas serem equipamento de
escavação, a forma de operação de cada uma delas é diferente uma vez que, a Shovel
deve trabalhar na mesma cota que os equipamentos que serão carregados ou seja,
trabalhar na mesma altura dos caminhões, por exemplo, já as escavadeiras devem
trabalhar sempre acima dos caminhões, podendo, dessa forma, realizar escavação
de trincheiras, movimentação de materiais entre outros.

Questão 06:
Uma escavadeira é um veículo motorizado equipado com um braço articulado,
caçamba e cabine montado em uma espécie de pivô (uma plataforma rotatória),
sobreposta e conduzida com esteiras ou rodas.

UNIDADE 2

Questão 1:

a. O volume de produção necessário, o tipo de material movimentado, as distâncias


de transporte envolvidas e as condições topográficas do terreno e da praça de
operações. Para as construtoras e locadoras, outro fator a se considerar é a
versatilidade do equipamento em atender à demanda de futuros contratos.

b. A definição se dá em função do menor custo por produção (R$/t movimentada ou


R$/m3 movimentado).

c. Os dois tipos de equipamentos possuem suas vantagens e desvantagens, mas, no


caso das construtoras, o que pesa a favor das escavadeiras é sua flexibilidade para
uso em diferentes operações. Apesar de serem equipadas com caçambas menores
que as carregadeiras, elas cumprem um tempo de ciclo menor no carregamento dos
caminhões, principalmente quando trabalham numa cota acima do veículo de
transporte.
93

Questão 02:

Questão 1

a. Capacidade de carga do caminhão:


380 ton - 100%
Multiplicam-se os valores.
X - 93%
100x = 35340
X = 35340 / 100
X = 353 ton

b. Capacidade de carga da Shovel:


33,6 m³ - 100%
Multiplicam-se os valores.
x - 95%
100x = 3192
X = 3192 / 100
X = 31,9m3

Capacidade da shovel = 31,9 m³ x 2,5 ton./m3 = 79,75 ton.


Lembrando: 2,5 ton/m³ é a densidade da rocha e 95% é o enchimento real da concha;
sempre se utiliza um fator de redução, pois na operação sempre haverá perda.

c. Quantidade de ciclos para encherem um caminhão:


4,4 ciclos são necessários para encher um caminhão, pois como a shovel tem
capacidade máxima de carregamento de 79,75 ton, deve-se fazer: 353/79,75 = 4,4
ciclos.

d. Extração por hora da mina:


Primeiramente devemos somar a produção e o empolamento:
80.000.000 m³ + 40% empolamento*= 112.000.000 m³/ano;
94

Para se chegar a produção por hora, pegamos os dados que possuímos, neste caso
a produção por ano, e a dividimos por mês: 112.000.000 m³/12= um mês = 9.333.333
m³;

Após a dividimos por dia, considerando 25 dias: 9.333.333,33 m³/25 dia = 373.333,33
m³/dia;

Em seguida dividimos por 24 horas e teremos a produção por hora: 373.333,33 ton/dia
= 24 h trabalho= 15.555,55 m³/h.

* Empolamento é o fator de ganho de volume de um material após a detonação.


Sempre que uma rocha é detonada ela irá ganhar volume, esse volume se chama
empolamento.

e. Quantidade de viagens
Para efeitos de cálculos, iremos considerar que a quantidade de ciclos é 4 e não 4,4
como encontramos anteriormente.
Anteriormente calculamos quantos ciclos são necessários para encher um caminhão
= 4 ciclos da shovel.

Primeiramente calculamos o tempo de enchimento do caminhão multiplicando o


tempo do Shovel pela quantidade de ciclos: 30s x 4 = 120 s

Tempo do caminhão - para calcularmos o tempo do caminhão devemos somar o


tempo de viagem de ida e volta, o tempo de descarga e o tempo de reposicionamento:
5 + 2+25s+35s = 8 min. ou 480 s ( as unidades de tempo são diferentes, então para
transformar em segundos, basta multiplicar 8 x 60 (segundos).

Tempo total do ciclo do caminhão - para acharmos o tempo total, somamos o tempo
do caminhão (8 min) mais 4 vezes 30 s que é o tempo da Shovel: 8 + (4 x 30s)
8min + 120 s.

Lembre-se sempre que devemos trabalhar com as mesmas unidades de tempo, então
para transformarmos em minutos devemos dividir 120 s por 60 (segundos) =
95

8min + 2 min = 10 min.


1 h de trabalho do caminhão: como o ciclo completo do caminhão leva 10 min e uma
hora tem 60 minutos, logo 60 ÷ 10 = 6 viagens.

f. Quantidade de caminhões: cada caminhão consegue carregar 353 ton.

O caminhão faz seis viagens por hora, porém sabemos que a necessidade é de
15.555,5 ton/h. Logo pegamos esse valor e dividimos pela capacidade horária de cada
caminhão, ou seja:

capacidade de carga = 353 ton;


viagens por hora: 6 viagens.

Para calcularmos a capacidade de carga de um caminhão em uma hora, basta


multiplicar a quantidade de viagens pela capacidade do caminhão: 353 ton x 6
viagem/h = 2118 ton/h. para cada caminhão. Porém, como nossa necessidade está
em volume, devemos transformar a massa em volume para isso, pegamos a massa
total e dividimos pela densidade da rocha que é 2,5ton/m³ logo, teremos, 2.118
ton/h/2,5ton/m³ = 847,2m³/h

Como cada caminhão faz seis viagens por hora, então pegamos a produção
necessária por hora e dividimos pela capacidade de transporte de cada caminhão:
(15.555,55 m³/h) / (847,2m³/h) =
18,4 caminhões = 19
Como o valor não foi inteiro, devemos arredondá-lo.

Questão 3

No segundo caso não está bem dimensionado, pois para o enchimento de cada
caminhão será necessários mais de cinco ciclos, o que é considerado improdutivo. Já
no primeiro e terceiro caso estão bem dimensionados, pois serão necessários entre
quatro e cinco ciclos, ou seja, está dentro da expectativa.
Questão 4
96

a. capacidade de carga do caminhão: para calcularmos a capacidade dos


caminhões, utilizaremos os dados fornecidos.
Caminhão Caterpillar 777F:

170 ton - 100%.


x - 90%
100 x = 15300
x = 15300 / 100
X = 153 ton.

Caminhão Caterpillar 785D:


250 ton - 100%
x - 90%
100x = 22500
x = 22500 / 100
x = 225 ton.

Caminhão Komatsu:
90 ton - 100%
x - 90%
100x = 8100
X = 8100 / 100
x = 81 ton.

Para o cálculo da capacidade real do caminhão sempre deve-se levar em


consideração um fator de enchimento de 90%, o que reduz a capacidade nominal do
mesmo. Considerando essa redução no enchimento, simplesmente pegamos a
capacidade do caminhão, multiplicamos por 90% e temos a capacidade de transporte.

b. Capacidade da Shovel: para calcularmos a capacidade da Shovel, utilizaremos os


dados fornecidos.

Shovel Caterpillar:
14 m³ - 100%
97

x - 90%
100x = 1260
x = 1260 / 100
x = 12,6 m³.

Capacidade da shovel = 12,6 m³ x 2,5 ton./m3 = 31,5 ton.


Lembre-se que 2,5 ton/m³ é a densidade da rocha.

Shovel Komatsu:
20 m³ - 100%
x - 85%
100x = 1700
X = 1700/100
x = 17 m³.

Capacidade da shovel = 17 m³ x 2,5 ton./m3 = 42,5 ton.

c. quantidade de ciclo: para calcularmos a quantidade de ciclos pegamos a


capacidade de cada caminhão e dividimos pela capacidade de cada Shovel, assim
teremos a quantidade de ciclos de cada shovel para encher os caminhões.

Caminhão Caterpillar 777F;


Capacidade = 153 ton;
Shovel Caterpillar: 153 ton/ 31,5ton = 5 ciclos;
Shovel Komatsu: 153ton/42,5ton = 3,6 ciclos ou seja 4 ciclos.

Caminhão Caterpillar 785D;


Capacidade = 225 ton;
Shovel Caterpillar: 225 ton/ 31,5ton = 7 ciclos;
Shovel Komatsu: 225ton/42,5ton = 5,3 ciclos, ou seja, 6 ciclos.

Caminhão Komatsu;
Capacidade = 81 ton;
98

Shovel Caterpillar: 81 ton/ 31,5ton = 2,5 ciclos, ou seja, 3 ciclos;


Shovel Komatsu: 81ton/42,5ton = 2 ciclos.
d. Extração por hora da minha: para acharmos o valor da extração por hora,
devemos pegar a produção anual e dividir por 12 (quantidade de meses)
60.000.000/12 = 5.000.000 por mês.

Em seguida, devemos pegar a produção mensal e dividir por 25 dias (conforme


enunciado): 5.000.000/25= 200.000 por dia.

Depois, dividir a produção diária por 20 horas (enunciado): 200.000/20 horas = 10.000
ton por hora.

e. Quantidade de viagens: primeiro calculamos o tempo de enchimento do caminhão:


30s x 4 = 120 s.

Tempo do caminhão= 8 min. ou 480 s;


Tempo total do ciclo do Caminhão = 10 min;
1 h de trabalho do caminhão = 6 viagens.

Primeiro calculamos o tempo de enchimento do caminhão. Logo em seguida, como


temos os dados de tempo do caminhão, chegamos ao tempo que o caminhão leva
para fazer o trajeto de ida e volta, além do tempo de carregamento. Porém, para o
tempo total de ciclo do caminhão, precisamos considerar o tempo de
descarregamento e o tempo de reposicionamento, ou seja: o caminhão consegue
fazer 6 viagens por hora, pois cada viagem leva 10 minutos considerando o
carregamento, transporte, descarregamento, volta e posicionamento do caminhão.

Caterpillar 777F:

Tempo do caminhão = 14 min, pois se somam os valores do tempo de ida e retorno


disponibilizados na tabela = 8 + 6 = 14 min.

Tempo total do ciclo do caminhão - é a soma do tempo do caminhão mais o tempo


de posicionamento = 8 min + 6 min + 25 s + 35 s = 15 min.
99

Lembre-se de transformar os segundos em minutos.


Para calcularmos a quantidade de viagens, é necessário dividir 60 minutos por 15 = 4
viagens.

O carregamento do caminhão é 153 ton (tabela).

Para saber a capacidade de transporte do caminhão em uma hora, devemos


multiplicar a capacidade do caminhão pela quantidade de viagens em uma hora =
153 ton x 4 viagem/h = 612 ton/h;

Como são 10.000 ton/h e para saber a quantidade de caminhões, é necessário dividir
a produção por hora pela capacidade do caminhão: (10.000 ton/h)/(612ton/h) = 16,3
caminhões = 17.

Caterpillar 785 D
Você deve seguir os passos da alternativa anterior para realizar os cálculos.

Tempo do caminhão= 17 min;


Tempo total do ciclo do caminhão = 18 min;
1 h de trabalho do caminhão = 3,3 viagens;
Carregando 225 ton;
225 ton x 3,3 viagem/h = 743 ton/h;
Como são 10.000 ton/h, preciso de 13,45 caminhões = 14.

Komatsu HD 785-7
Você deve seguir os passos da alternativa anterior para realizar os cálculos.

Tempo do caminhão= 9 min;


Tempo total do ciclo do Caminhão = 10 min.
1 h de trabalho do caminhão = 6 viagens;
Carregando 81 ton;
81 ton x 6 viagem/h = 486 ton/h;
Como são 10.000 ton/h; preciso de 20,6 caminhões = 21.
100

UNIDADE 02

Questão 2

a. O volume de produção necessário, o tipo de material movimentado, as distâncias


de transporte envolvidas e as condições topográficas do terreno e da praça de
operações. Para as construtoras e locadoras, outro fator a se considerar é a
versatilidade do equipamento em atender à demanda de futuros contratos.

b. A definição se dá em função do menor custo por produção (R$/t movimentada ou


R$/m3 movimentado).

c. Os dois tipos de equipamentos possuem suas vantagens e desvantagens, mas, no


caso das construtoras, o que pesa a favor das escavadeiras é sua flexibilidade para
uso em diferentes operações. Apesar de serem equipadas com caçambas menores
que as carregadeiras, elas cumprem um tempo de ciclo menor no carregamento dos
caminhões, principalmente quando trabalham numa cota acima do veículo de
transporte.

UNIDADE 03

Questão 1
a. São máquinas operatrizes hidráulicas que fornecem energia através da força
centrífuga ao líquido com a finalidade de transportá-lo de um ponto a outro. Esta força
é exercida través de palhetas e impulsores que giram no interior de uma carcaça
estanque, jogando líquido do centro para a periferia do conjunto girante.

Questão 2
Tudo começou com a necessidade de produzir fragmentos de rochas, onde se
utilizava a fricção de rochas duras sobre rochas brandas contudo, isso não era
suficiente para grandes produções onde houve a necessidade do uso de explosivos
porém, era preciso colocar o explosivo dentro das rochas pois o explosivo confinado
tem melhor resposta para o desmonte, houve a necessidade de se criar formas de
101

introduzir o explosivo dentro das rochas, o que levou ao aumento na quantidade de


furos necessários para grandes produções, logo passou a se mecanizar a produção o
que levou a perfuratrizes mecânicas.

Questão 3
O principal objetivo é a redução granulométrica.

Questão 4
São 5: mandíbulas, giratórios, impacto, cônico e de martelo.

Defina minerador de superfície.

Questão 5
O Minerador de Superfície é utilizado para extrair minérios e executar trabalhos
auxiliares de nivelamento de terreno e drenagem de minas.

UNIDADE 04

Questão 1
b. Espalhamento de solo, construção de barragens, movimentação de rochas,
operações auxiliares em obras, remoção de troncos e raízes e uso militar.

Questão 2
c. Percussivas, rotativas e pneumáticas.

Questão 3
c. Veículo automotor, desenhado especialmente para transporte em subsolo, com
mecanismos de controle e habitáculo para dirigi-lo localizados ao longo de um dos
lados, podendo ser controlado remotamente, e cujo compartimento de carga localiza-
se ao centro.

Questão 4
Dele depende a movimentação de minério, rejeito, pessoas e suprimentos. No subsolo
ou superfície e subsolo (e vice-versa).A escolha do método, sempre que possível,
102

deve considerar o menor custo de transporte do minério sem, contudo, esquecer-se


da segurança.

Questão 5
Tem como vantagem transporte seguro de pessoas, desde que utilizados vagões
específicos para tal; Capacidade de transportar grandes quantidades (e em
granulometria grande) de material, sem danos ao equipamento;
Em locais onde há variações na qualidade do minério, estes podem ser separados em
vagões diferentes; O produto pode ser escoado sem interferir nas frentes de produção
ou de preparação do carvão.

Suas desvantagens são:

 alto custo do equipamento;


 pouca versatilidade;
 rigidez no percurso: caimento ou falhas nos trilhos podem interromper a
produção;
 quando a diesel: problemas no ambiente de trabalho;
 quando elétricos: os trilhos tornam-se um risco.

Questão 6
O uso consolidado da correia transportadora como método de transporte em subsolo
baseia-se em um fato preponderante: permite o escoamento contínuo de material
desde o subsolo até a superfície. Correias transportadoras oferecem uma variada
capacidade de carga. A quantidade de material transportado é função da largura da
correia, sua velocidade e peso do material transportado.
Em tese, qualquer distância que pode ser vencida pela correia é ilimitada.

Questão 7
Comprimento da correia (atual e máximo);
Desnível a ser vencido (subida ou descida);
Material a ser manuseado e sua t/m³ (sólido e quando carregado);
Capacidade média requerida, em t/h;
Capacidade de pico requerida, em t/h;
103

Dimensões e massa do maior fragmento a ser transportado;


Método de carregamento: onde e como o material será carregado na correia e o
número de pontos de carga;
Onde e como o material será descarregado.

Questão 8
Três categorias gerais:
1. painel ou seção: o fluxo operacional inicia no ponto em que o material é
recebido da frente de lavra;
2. coletora: unidade de carregamento secundário que recebe o material de
duas ou mais correias de painel;
3. linha principal e plano inclinado: unidades de transporte primárias que
transportam todo o material produzido em subsolo, normalmente
abastecidas por diversas correias coletoras.

Questão 9
 Transporte por dutos;
 Mais economicamente viável quando o desmonte do mineral é
hidráulico;
 Aplicação em operações auxiliares: água, ar;
 “Caminho inverso”: enchimento das áreas mineradas – backfilling.
Questão 10
Carregar, transportar e descarregar - LHD (load, haul and dump).
Seu design prevê a necessidade de manobrar e percorrer em locais confinados, por
isso ela possui articulação. É um veiculo altamente versátil, rápido, de grande
produtividade.
104

REFERÊNCIAS

AUSTRALASIAN INSTITUTE OF MINING AND METALLURGY (AusIMM). Cost


estimation handbook for the Australian mining industry. Sidney, 1992.

CHAVES, A. P. et al. Teoria e prática de tratamento de minérios. 4.ed., São


Paulo: Signus, 2006.

FURUKAWA. Disponível em: http://www.furukawa.com.br/br/. Acesso em: 20 jul.


2012.

HARTMAN, H.L.et al. SME Mining Engineering Handbook. 2.ed., Society for
Mining, Metalurgy and Exploration,Inc. Littleton, Colorado, 1992. V. 1-2.

LUZ, A. B. da et al. Tratamento de minérios. 3.ed., Rio de Janeiro: CETEM, 2002.

METSO. Manual de britagem Metso, 6.ed., 2005.

REVISTA M&T. A importância do correto dimensionamento. Disponível em:


http://www.revistamt.com.br/index.php?option=com_conteudo&task=viewMateria&id
=97. Acesso em: 25 jul. 2012.

SILVA, Rogério P. da. Perfuradores. Disponível em:


http://www.perfuradores.com.br/index.php?CAT=pocosagua&SPG=equipamentos.
Acesso em: 02 ago. 2012.

UNDERGROUND MINING EQUIPMENT. Disponível em:


http://daymix.com/Underground-Mining-Equipment/ . Acesso em: 10 jun. 2012.

WESTERN MINE ENGINNERING. Mine and mill equipment costs, an estimator’s


guide. Washington, 1995.
105

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