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Universidade Federal de Alagoas-UFAL

Campus Arapiraca
Educação Física

AS CONCEPÇÕES DE SER HUMANO NA


PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO DAS
DISSERTAÇÕES E TESES DOS DOCENTES DO
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ESTADO
DE ALAGOAS

Pedro Henrique Ferreira de Melo


Prof.ª Dr.ª Joelma de Oliveira Albuquerque

Dezembro de 2015
Arapiraca-AL
INTRODUÇÃO

• Este trabalho tem como ponto de partida o modo de produção


dos bens necessários à existência humana.

• Nahas (2001); Guedes e Guedes (1995) trazem o conceito de


saúde por meio da ausência de doença (visão simplista),
completo bem-estar físico-psíquico-social (visão idealista), estar
em um padrão ‘normal’ (normal/patológico, visão relativista).

• Pinho (2011); Taffarel (2010); Della Fonte (1996) abordam as


concepções de saúde a partir de uma sociologia de classe.

• Sánchez Gamboa (2010) com a Epistemologia da Educação


Física.
• Que limites e possibilidades a produção científica produzida em
programas de pós-graduação da área da Saúde por professores
dos cursos de Educação Física das IES (Instituições de Ensino
Superior) do Estado de Alagoas apresenta para a compreensão
do ser humano no âmbito da Educação Física, no contexto das
necessidades concretas da humanidade no modo de produção?

• Analisar que limites e possibilidades a produção científica


produzida em programas de pós-graduação da área da Saúde por
professores dos cursos de Educação Física das IES (Instituições
de Ensino Superior) do Estado de Alagoas apresenta para a
compreensão do ser humano no âmbito da Educação Física, no
contexto das necessidades concretas da humanidade no modo de
produção.
• Nosso estudo se justifica pela escassez desta produção em
Alagoas e a necessidade de superar o que Sánchez Gamboa
(2010) denomina de “flutuação epistemológica” e “colonialismo
epistemológico”.

• Circuito Simples do Saber; e Reversão do Circuito do


Conhecimento.
PARÂMETROS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

• Estudo qualitativo e quantitativo.

• Materialismo histórico-dialético.

• As fontes foram as dissertações e as teses; e a Planilha III-B


(registro de características epistemológicas das pesquisas)
elaborada em formato Excel.
• Os critérios de inclusão foram às dissertações e teses escritas no
Programa de Graduação presentes na Resolução do Sistema de
Saúde que constam com os seguintes cursos: Medicina,
Enfermagem, Educação Física, Nutrição, Fisioterapia e Biologia,
porém, só constatamos em nosso estudo monografias
relacionadas com os cursos de Educação Física, Nutrição e
Fisioterapia.

• As produções foram realizadas do ano de 1998 até 2012.


ANÁLISE E DISCUSSÃO
TRABALHOS NÚMERO DE TRABALHOS

Dissertações 13

Teses 2

Quadro 1: Número de trabalhos analisados com aferração às concepções de saúde.


ANO DE DEFESA DISSERTAÇÕES TESES

1998 1 0

2001 1 0

2003 1 0

2005 2 0

2007 2 0

2008 0 1

2009 1 0

2010 3 0

2011 2 0

2012 0 1

Quadro 2: Os anos de defesa das dissertações e teses com concomitância com a temática da saúde.
• Oito trabalhos têm relações com as concepções de saúde
partindo para a esfera biológica ou funcional.

• Cinco foram direcionados a esfera existencialista, isto é, voltada


para o contexto imediato do sujeito.

• Dois trabalhos trataram o homem na esfera histórico-social.

• Os trabalhos que tratam o “Homem” na esfera biológica quanto


na funcional trouxeram grandes contribuições para entendermos
as concepções de saúde, porém, conforme Pinho (2011), Taffarel
(2010) e Della Fonte (1996), as concepções de saúde devem
partir Políticas Públicas em Saúde buscando atender as
necessidades humanas.
• No que abrange a segunda esfera, a existencialista, os autores
buscaram defender uma ideologia que tratasse das concepções de
saúde por meio do contexto imediatista do sujeito, ou seja,
voltados para os âmbitos familiares, socioculturais, afetivos,
sociais, psicológicos e ambientais.

• Entretanto, é notório dizer que o “ser humano compreende fazer


história, criar símbolos, agir sobre, com e no mundo do qual faço
parte, o qual integro. É o humano pleno em sua corporeidade, ou
seja, em sua condição de presença, participação e significação no
mundo.” (TERRA, 2005, p.51).
• Na última esfera: ser histórico/social.

• O corpo, no capitalismo, tem qualificação enquanto força de


trabalho. É o que pode ser comercializado, adquirindo valor de
uso para o capital. Desta feita, sua condição de normalidade
adquire uma valorização social que propicia a tomada desse
corpo por objeto de trabalho, posto que sua manutenção e
recuperação transformam-se em necessidade social a ser
assegurada. (TEIXEIRA, 2007, p.21)
ABORDAGENS DISSERTAÇÕES TESES
EPISTEMOLÓGICAS

Empírico-analíticas 7 1

Fenomenológico- 4 1
hermenêuticas

Crítico-dialéticas 2 0

Quadro 3: As relações dos trabalhos (dissertações e teses) com as abordagens epistemológicas


(empírico-analíticas, fenomenológico-hermenêuticas, e crítico-dialéticas), a partir das concepções de
saúde.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Desta forma, vemos que a Concepção de Ser Humano foi o fator


primordial para a compreensão deste trabalho, onde detectamos
que o “Homem” é visto em três esferas: biológico e funcional;
existencialista; e histórico/social.

• Neste sentido, buscamos contribuir para o avanço de uma


formação qualificada para a Produção do Conhecimento em
Educação Física e Saúde, a qual deve articular-se à defesa do
trabalho na perspectiva da omnilateralidade como possibilidade
histórica de formação.
REFERÊNCIAS
• DELLA FONTE, S. S. Cultura corporal e saúde: um discurso
ideológico. 1996. 210 p. Dissertação (Mestrado em Filosofia e
História da Educação) - Programa de Pós-Graduação em
Educação, Universidade Metodista de Piracicaba.

• GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. P. Atividade física, aptidão


física e saúde. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde,
v. 1, n. 1, p. 1835, 1995.

• NAHAS, M. V. Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida.


2ª ed. Londrina: Midiograf, 2001.

• PINHO, C. S. B. de. Educação Física e Saúde: necessidades


nos currículos de formação profissional. Dissertação (Mestrado
em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual
de Campinas. Campinas: SP, 2011.
• SÁNCHEZ GAMBOA, S. A. Epistemologia da Educação
Física: as inter-relações necessárias. 2º ed. Maceió: EDUFAL,
2010.

• TAFFAREL, C. Z. Sobre o sistema de complexos homem-


esporte-saúde: reflexões a partir de contribuições da Alemanha.
In: JÚNIOR, E. M., CAPELA, P., BREILH, J. Ensaios
alternativos latino-americanos de educação física, esporte e
saúde. Florianópolis: Copiart, 2010. pp. 159-183.

• TEIXEIRA, G. M. Fisioterapia e sociedade: ações do Sistema


Único de Saúde no Rio Grande do Norte. Dissertação (Mestrado
em Ciências da Saúde) – Universidade Federal do Rio Grande do
Norte. Rio Grande do Norte: RN, 2007.
• TERRA, J. D. Vivências corporais suaves em gestantes: um
toque para a educação do toque. Dissertação (Mestrado em
Ciências da Motricidade Humana) – Instituto de Biociências do
Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista. Rio
Claro: SP, 2005.
OBRIGADO!!!

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