Você está na página 1de 14

GEMAS SILICATICAS: QUARTZO E SUAS VARIEDADES

INTRODUÇÃO - Variedades gemológicas do Quartzo - Opala.

INTRODUCÃO: O mineral mais importante deste grupo é o Quartzo, que é


extremamente comum na crosta terrestre como constituinte de um numero muito
grande de rochas, dentre as quais podemos citar ígneas ácidas Granitos,
Granodioritos, Riolitos, etc.), sedimentares (Arenitos, Conglomerados) e
metamórficas, Quartzitos, Gnaisses, etc.).
O grupo do Quartzo e constituído dos seguintes minerais:
Quartzo - Trigonal (inclui todas as variedades gemológicas do Quartzo: Cristal de
Rocha, Ametista, Citrino, Calcedônia, etc.).

Quartzo - Hexagonal.
Tridimita - Hexagonal.
Cristobalita - Isométrica (inclui a Opala).

Existem, ainda, duas formas de Tridimita (ortorrômbica, e Hexagonal), a


Cristobalita (tetragonal), a Coesita (monoclínica) e a Stishovita (tetragonal), todas
extremamente raras e sem o menor interesse gemolôgico.
Como regra geral, a Sílica e um testemunho da temperatura de formação da rocha
que a hospeda: abaixo de 573º C forma-se o Quartzo , entre 573ºC e 370°C
formam-se o Quartzo; entre 1470°C a Tridimita, e acima de 1470ºC a Cristobalita.
A Tridimita a Tridimita O formam-se abaixo de 870ºC em condições muito
especiais, enquanto que o a Cristobalita é também um mineral muito raro, formado
abaixo de 1470°C. O Quartzo possui importantes aplicações industriais devido as
suas, propriedades ópticas: as variedades absolutamente incolores e totalmente
isentas de fraturas internas são utilizadas na confecção de lentes bem como na
confecção de elementos controladores de frequência para rádios transmissores e
outros aparelhos eletrônicos utilizando a propriedade piezelétrica do Quartzo;
quando submetido a tração ou compressão em determinadas direções dos cristais,
surgem cargas elétricas em algumas das faces, pelo contrario, o cristal for
submetido a um campo elétrico nessas faces, surgem esforços de tração ou de
compressão em certas direções. Como as fontes de Quartzo absolutamente hialino,
aproveitáveis para fins óticos ou eletrônicos, vêm escasseando em termos mundiais,
não sendo capazes de sustentar o crescimento da demanda, uma significativa parte
desta vem sendo suprida pelo Quartzo sintético.

VARIEDADES GEMOLÔGICAS DO QUARTZO


Todas as variedades gemolôgicas referem-se ao Quartzo (Cristaliza-se no sistema
trigonal, sendo seu habito mais comum o prisma hexagonal terminado em dois
romboedros, que dão a falsa aparência de uma pirâmide, especialmente quando
ambos têm crescimento igual; o mais usual é um dos romboedros desenvolver-se
mais do que o outro . São muito usuais as variações em que os romboedros
predominam ou em que o prisma este completamente ausente, assemelhando-se a
uma bipirâmide. Más formações em que uma das faces do prisma ou do romboedro
são desproporcionalmente desenvolvidas são também frequentes.

As principais variedades são as seguintes;

A) CRISTALINAS

1. Cristal de Rocha: É o quartzo incolor; as gemas facetadas desta variedade valem


apenas o custo da lapidação, pois além de serem extraordinariamente vulgares, a
dispersão da luz e muito fraca, não provocando, portanto, praticamente nenhum
jogo de cores. O cristal de rocha, alem de suas aplicações ópticas e eletrônicas já
citadas anteriormente, tem aplicação gemológica real apenas na forma de
esculturas, entalhes e objetos similares. Muito interessantes, entretanto, são as
variedades com inclusões, das quais as mais notáveis são as de Rutilo (que podem
surgir também no Quartzo enfumaçado), na forma de longas agulhas de cor amarela
a vermelho-acastanhado. São, particularmente, apreciadas quando as agulhas de
rutilo partem dos vértices de placas hexagonais de Hematita também inclusas,
formando estrelas de seis pontas.
Outras inclusões interessantes são as de areia que se depositaram em uma ou mais
etapas do crescimento do cristal, formando o que se chama de "quartzo fantasma".
Pode-se citar, ainda, inclusões de Turmalina preta, de Turmalina verde, de Pirita, de
Actinolita, de Crisocola, de Cacoxenita, etc.
As ocorrências mais importantes de Cristal de Rocha no Brasil, situam-se em
Cristalina, Goiás; em inúmeros locais na província pegmatítica de Minas Gerais; na
região que vai de Jacobina até Juazeiro, na Bahia, e na província pegmatítica do
Nordeste; no Estado de São Paulo ocorre na Serra dos Cristais, próximo Jundiaí,
onde, a então Associação Brasileira de Gemologia realizou uma de suas primeiras
excursões (revista Gemologia, Volume 9, 1957).
O Quartzo Rutilado e encontrado na região de Diamantina, e na Chapada
Diamantina, Bahia. No mundo existem importantes ocorrências, espalhadas por
inúmeros países dentre as quais se poderia destacar: a Suíça, os Estados Unidos, o
Japão, Madagascar, Birmânia, etc.
2. QUARTZO LEITOSO: É a variedade branca translúcida, praticamente sem
interesse gemolôgico.

3. CITRINO: É a variedade amarela, transparente; e normalmente encontrada de


até varias centenas de gramas, que podem ser lapidadas em pedras facetadas
grandes.
Citrino lapidado e normalmente, Indevidamente, denominado "Topázio do RG ", pois,
nem é Topázio, nem na maior parte dos casos proveio da Bahia. A ocorrência
brasileira mais famosa é a de Campo Belo, MG
4. ESFUMAÇADO (SMOKY QUARTZ) : É a variedade castanha, transparente, do
Quartzo; quando a cor e castanho avermelhado escuro, recebe o nome de "morion".
São extremamente comuns gemas limpas, facetadas, de grande tamanho, porém,
muito barata e que algumas vezes recebem o errôneo e horroroso nome de "Topázio
fume". O Quartzo enfumaçado pode conter inclusões de Rutilo. Entretanto das ma
is interessantes são inclusões bifásicas, muito grandes, visíveis a olho nu, muitas
vezes com a fase gasosa formando bolhas de vários milímetros de diâmetro.
Ocorrem em inúmeras localidades no Brasil: nas províncias pegmatíticas de Minas
Gerais e do Nordeste, na região central da Bahia, em Diamantina Minas Gerais, etc.
No mundo e também comum em inúmeros países.

5. AMETISTA: É sem dúvida, a variedade gemológica mais nobre do Quartzo


Caracteriza-se pela sua cor de violeta a púrpura, cuja origem, a exemplo do que
ocorre com a maioria das outras variedades do Quartzo, ainda não foi,
indiscutivelmente, comprovada. No passado atribula-se a Ametista, como um
amuleto, poderes especiais : dissipar o sono, revigorar a inteligência, ser um
antídoto contra veneno e, principalmente, reduzir os efeitos de uma bebedeira,
tanto que se supõe que o nome proveio do grego "amethustas", que significa "não
bêbado".
A cor, normalmente, não e homogeneamente distribuída, podendo variar um mesmo
cristal de quase incolor a violeta intenso (as variações ocorrem na forma de
manchas, sem zoneamento). Em gemas lapidadas, as manchas são perfeitamente
visíveis quando as mesmas são mergulhadas em bromofórmio. A Ametista apresenta
uma notável mudança de cor quando aquecida entre 400ºC e 500ºC, passando de
violeta para amarelo-acastanhado claro a vermelho-acastanhado escuro; Ametistas
de localidades diferentes produzem tonalidades diferentes quando aquecidas;
quando a temperatura passa de 550ºC as pontas dos cristais começam a tornar-se
leitosas, até chegar a uma cor totalmente branca. A Ametista queimada é indevida e
amplamente comercializada sob os nomes do "Topázio Rio Grande" e "Topázio
Madeira". Os cristais de Ametista normalmente desenvolvem-se em geodos ou em a
veios, exibindo as faces do prisma muito curtas ou quase ausentes, predominando a
terminação romboédrica. Uma das poucas exceções e a da Ametista de Guerreiro,
México, que ocorre em grupos de longos cristais prismáticos, muito .apreciados
pelos colecionadores de minerais muito interessantes são inclusões de Cacoxenita
(Fosfato de Ferro fibrorradiado de cor dourada) em Ametistas da região do Rio
Grande do Sul.
No Brasil, a Ametista e encontrada com certa abundancia em geodos, na região
basáltica dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, eventualmente
também no Paraná e São. Paulo. Em jazidas do tipo veio em Ataléia e Itabira, Minas
Gerais, no Brejinho das Ametistas, Bahia, e em Santa Quitéria, Ceara.
Nos tempos antigos as melhores Ametistas provinham da Rússia. Atualmente são,
também produtores os Estados Unidos, Canadá, México, Índia, Madagascar, África
do Sul, Japão e Zimbábue.

6. QUARTZO ROSA : É encontrado em grandes massas translúcidas, normalmente


utilizadas na confecção de esculturas, cinzeiros, ovos, bichinhos e até mesmo de
fachadas de residências. O Quartzo rosa pode apresentar finíssimas inclusões de
Rutilo, orientadas paralelamente as direções cristalográficas das faces do prisma,
que provocam o fenômeno do diasterismo (exibe uma estrela de seis pontas quando
lapidada em cabochão ou em esfera, e observada contra a luz). No Brasil ocorre na
forma de grupos de cristais na Lavra da Ilha, próximo à ltinga (Minas Gerais), e,
também, na região de Linópolis (MG). Estas amostras alcançam valores expressivos
no comercio internacional como espécimes para coleção, pois o quartzo rosa
cristalizado e extremamente raro (a única ocorrência fora do Brasil situa-se no
estado de Maine, EUA porém, de qualidade muito inferior). O quartzo rosa massivo
é relativamente comum nas províncias pegmáticas de Minas Gerais e do Nordeste.
7. QUARTZO AZUL: Relativamente raro e de pequeno interesse gemolôgico.No
Brasil, a única ocorrência de que temos notícia é em amostras encontradas na Lavra
da ilha, no início da década de 60, onde grupos de cristais de quartzo azul estavam
associados ao Quartzo rosa.

8-QUARTZO OLHO-DE-GATO: Apresenta inclusões de finas fibras de asbestos


densamente dispostas paralelamente ao eixo principal do cristal. As gemas do Ceilão
e da índia possuem cor amarela, simulando o Crisoberilo Olho-de-Gato, as da
Alemanha são mais esverdeadas, enquanto que as do Brasil são cinza-azuladas, de
muito pior qualidade.
B) VARIEDADES CRIPTOCRISTALINAS

9-CALCEDÔNIA e ÁGATA: São constituídas de agregados de microcristais


fibrosas de Quartzo, envolvidos numa matriz de Sílica hidratada (Opala).
Normalmente formam-se nas paredes de geodos (podendo preenchê-los totalmente)
e de cavidades de veios, exibindo habito bitrioidal, mamelonar ou estalactítico. As
fibras são sempre perpendiculares às superfícies das concreções ou das bandas.
A Ánata e a Calcedônia com bandeamento visível, podendo exibir magníficos
desenhos com inúmeras cores. A coloração da Ágata pode ser mudada por
tingimento, facilitado devido a sua porosidade (o numero 7 da revista Gemologia, de
1957, descreve as técnicas mais comuns de tingimento utilizados na época).
A Cornalina ou Carnelianita é uma calcedônia de coloração vermelha; Sárdio e uma
denominação pouco usual da Calcedônia amarela ou castanho-avermelhada; o
Sardônix é uma Ágata com bandas paralelas de cores vermelha e branca, enquanto
que o ônix tem bandas pretas e brancas (o Ônix preto utilizado em joalheria e,
normalmente, constituído de Calcedônia tingida). Tanto a Calcedônia e, a Ágata
como as variedades acima citadas foram utilizadas ha mais de um milênio na
confecção de pequenas esculturas e de camafeus.
Atualmente têm sido intensivamente utilizadas para a confecção de cinzeiros,
cumbucas, placas, etc.
A Cornalina tem sido lapidada em cabochões (entretanto, muito do material
encontrado no mercado sob esse nome constitui-se da Calcedônia tingida).
Existem,ainda, algumas variedades menos comuns, como a "Agata-Fogo", formada
pela deposição de finíssimas camadas de Óxido de Ferro sobre camadas botrioidais
de Calcedônia, exibindo uma bela iridescência quando cortadas em planos ou em
cabochão; a "blue lace agate", constituída de bandas azuis e brancas (sem
tingimento), etc.
A principal fonte de Ágatas e de Calcedônia são os geodos contidos em rochas
vulcânicas extrusivas, como os basaltos da região sul do Brasil. Esses geodos tem as
paredes constituídas de Ágata Calcedônia, podendo apresentar uma cavidade
central coberta de cristais de Quartzo ou de Ametista, ou então preenchida por
Quartzo cristalino, ou podem ser totalmente preenchidos por Ágata.

No Brasil, as principais ocorrências, situam-se nos estados do Rio Grande do Sul,


Santa Catarina, Paraná e São Paulo (especialmente nos dois Primeiros), existindo
tanto nas ,regiões produtoras como na cidade de São Paulo uma relativamente
intensa estrutura de industrialização. Ocorrem, também, em inúmeros outros
países: Estados Unidos, Uruguai Austrália, Índia, África do Sul, Alemanha, etc.
10. CRISOPÁSIO: É uma variedade de cor verde-maçã, devida a presença de
impurezas de Níquel. E utilizada na forma de cabochões, placas, camafeus, etc.
Atualmente, ma parcela do Crisoprásio existente no mercado é constituída de
Ágata tingida. As ocorrências principais situam-se na Índia e nos Estados Unidos.
No Brasil e encontrada na região de Niquelândia, Goiás.

11. ÁGATA MUSGO: É a Ágata ou Calcedônia contendo inclusões dendríticas, que


podem ser verde, pretas ou castanho avermelhadas. As ocorrências principais
situam-se na índia, nos Estados Unidos e na Escócia; no Brasil ocorre eventualmente
nas regiões basálticas no sul, bem como em Poções, Bahia, onde a Calcedônia e de
cor verde acinzentado claro, quase transparente.
12. PRÁSIO, PLASMA e HELIOTRÓPIO: São variedades intermediarias entre a
Calcedônia e o Jaspe, constituídas de material microcristalino com uma grande
porcentagem de inclusões;
no Prásio, as inclusões são de Actinolita, que lhe conferem a cor verde;
no Plasma, as inclusões são de Clorita, tornando-o verde-escuro opaco.
Heliotrópio ou "Pedra de Sangue" e um plasma com pontos vermelhos de Jaspe.

O mais importante dos 3 como gema e o Heliotrópio, que provem, principalmente,


da Índia.

13. Jaspe: É um Quartzo microcristalino intercrescido com quantidades


relativamente grandes (podendo chegar a ate 20%) de outros minerais,
normalmente Óxidos de Ferro. A cor mais comum é vermelho-acastanhado escuro,
podendo também ser amarelo, castanho, verde, azulado, cinza ou preto.
Normalmente apresenta nuvens, "spots" ou bandas de outras cores (estas bandas
são quase sempre paralelas e de espessura maior, do que as das Ágatas). A
densidade do Jaspe, devido as inclusões, é bem maior do que a do Quartzo, podendo
chegar a até D=2,91.
As ocorrências distribuem-se por inúmeros países: Rússia, Estados Unidos, Índia,
Alemanha, etc. No Brasil ocorre com certa frequência na forma de seixos rolados
em aluviões; no estado de São Paulo ocorre na forma de modelos castanhos,
amarelados ou avermelhados incrustados em rochas sedimentares (Itapetininqa,
Piracicaba, Laranjal Paulista, etc.). Em Corumbá; MS, ocorre uma rocha denominada
"Jaspelito" constituída de camadas alternadas de Jaspe e de Hematita. A "Lidita"
e um Jaspe preto, rolado, utilizado pelos ourives para testar o traço de metais
("Pedra de toque"). O "Silex", o "Flint" e o "Chert" são também variedades do
Jaspe.

C) PSEUDOMORFOS E FÓSSEIS

14. OLHO-DE-TIGRE: É o resultado da transformação da "Crocidolita" (Asbestos


de coloração azul-acinzentada) em Quartzo. A estrutura fibrosa da Crocidolita
mantém; a silificação torna-a compacta e impurezas de Lionita conferem-lhe a
magnífica coloração amarela, dourada e castanha, Esta variedade provém, quase que
exclusivamente, da África do Sul; desconhecemos sua ocorrência no Brasil.
15. MADEIRA PETRIFICADA: E o resultado da silificação de troncos de arvores,
transformando-a em Calcedônia, Quartzo cristalino e/ou Jaspe, normalmente
combinados, exibindo, portanto, uma variação de cores muito atraente. 5 utilizada
na confecção de cinzeiros, placas ,e similares. No Brasil ocorre em regiões de
rochas sedimentares no estado de São. Paulo (Piracicaba, Laranjal Paulista, etc.).
São famosas as florestas petrificadas dos Estados Unidos.

16. CORAL SILIFICADO: Provam principalmente do estado da Flórida, EUA.


17. QUARTZITOS: São rochas metamórficas, constituídas essencialmente de
quartzo. De interesse ornamental existem o chamado "Quartzo-Aventurino", que é
verde devido a presença de finas lamelas de Mica Fuchsita, e o "Itacolomito" ou
"Pedra Mineira", que é um Quartzito facilmente destacável em placas (muitas vezes
flexíveis), podendo exibir formações dendríticas de óxidos de Manganês.

OPALA

Era considerada, ata há poucos anos atrás, uma Sílica amorfa hidratada;
demonstrou-se, entretanto, que se trata, na realidade, de um agregado
submicrocristalino de grãos de Cristobalita, contendo quantidades variáveis de
água; como esta proposição não foi ainda universalmente aceita, podemos considerar
este um assunto ainda controvertido. Outro problema bastante controvertido é a
origem do jogo de cores exibido pela Opala; esta iridescência aparece apenas sob
luz refletida e pode ser causada por interferência da luz, talvez em finíssimas
lamelas de índices de refração diferentes (causadas por diferentes conteúdos de
água); outra explicação seria a interferência da luz em camadas de moléculas
gigantes de Sílica, que se assemelhariam a microscópicas esferas e cujo diâmetro
determinaria a cor que seria refletida. As características físicas da Opala variam,
consideravelmente, devido ao sua variável contendo de água; a dureza vai de 5,5 a
5,5, o peso especifico de 1,93 a 2,20 (nas Opalas brancas e negras da ordem de
2,10, enquanto que nas Opalas de Fogo é da ordem de 2,0), e os índices de refração
de 1,44 a 1,4.
As variedades mais, comuns são a Hialina, que é transparente, incolor e não exibe
jorro de cor;

Opala de Fogo, de coloração laranja a laranja-avermelhada intensa, translucidas e


transparentes e normalmente sem exibir nenhum jogo de cor (apenas uma leve
opalescência esbranquiçada); a "Opala Preciosa", de cor branca, translúcida,
exibindo o magnífico jogo de cor (reflexões amarelas, verdes, avermelhadas, azuis e
violeta claro) sob luz refletida, mais amareladas ou amarelo-alaranjadas;

"Opala Negra" ou "Opala Negra Preciosa”: exibindo também magnífico jogo de


cores, porem, sobre uma matriz preta, ou cinza, azul ou verde-escuro;

"Opala de Água" que é uma' variedade incolor, transparente, exibindo reflexões


internas coloridas (alaranjadas vermelhas e azuladas). Existem, também, variedades
translúcidas de varias cores (amarelas, alaranjadas, acinzentadas), sem exibir jogo
de cor, como a Geiserita, e algumas vezes com inclusões dendríticas (Opalas-
Musgo).
Existem falsificações de Opala constituídas de finas laminas de Opala Preciosa,
coladas sobre uma base de Ônix ou de vidro preto; são os chamados "dublês". Já se
descobriram, também, imitações constituídas de fragmentos de Opala Preciosa
mergulhados em resina negra, simulando Opalas negras. A colocação de uma tinta
preta na face posterior do cabochão realça as cores por absorver a luz que chega e
essa face; evitando sua reflexão, que iria diluir as cores funcionando como luz
transmitida. A Opala e gema conhecida ha alguns milênios; entretanto, entre os
séculos XVII e XIV seu uso caiu em desgraça devido a crença de que seria
portadora de influencia maligna e potencial provocadora de tragédias para seus
proprietários. No inicio do século XX a rainha Vitoria, da Inglaterra, reabilitou a
Opala, passando a utiliza-la, provavelmente para facilitar a comercialização das
Opalas australianas, descobertas em 1874. As ocorrências mais tradicionais de
Opala situam-se na Hungria e na Tchecoslováquia locais de onde certamente
provieram as Opalas utilizadas pelos antigos romanos, e fontes quase que exclusivas
dessas gemas ate a descoberta, no final do século passado, das magníficas Opalas
australianas. Alem da Austrália, principal produtor mundial (e exclusivo produtor de
Opalas Negras), outras ocorrências de Opala Preciosa situam-se nos Estados
Unidos, na Polônia e uma muito importante no Brasil, em PedroII, Piauí, Opalas de
Fogo provém, principalmente, do México, onde também ocorrem Opalas D'Água.

Você também pode gostar