PROPRIEDADES CARACTERISTICAS
PROPRIEDADES FÍSICAS
A Turmalina, do ponto de vista científico, é um dos minerais gemológicos mais
interessantes. Turmalina é realmente, um nome geral para um grupo de minerais
com estruturas atômicas semelhantes e composição química também semelhante.
COR: A absorção de uma porção de luz branca que penetra em uma gema
transparente ou é refletida de uma gema opaca, é responsável pela cor apresentada.
Há também, alguns agentes corantes como óxidos de Metais (Fe, Mn) que são muito
mais capazes de impor um padrão característico de cor em qualquer substancia na
qual eles predominam. Entre os agentes corantes, o Crômio e responsáveis pelos
mais ricos verdes e vermelhos, e os demais citados anteriormente, na composição
química.
VARIEDADES DE CORES: Existem Turmalinas vermelhas desde as mais claras,
róseas ate às mais escuras com misturas de castanho, violeta, laranja. A variação
entre as avermelhadas é quase infinita. A cor das verdes, é alterada por pequenas
quantidades de azul, amarelo e castanho.
FILTRO CHELSEA
Duas cores podem parecer iguais a olho nu, porém, do ponto de vista do espectro de
cores, ou seja, das cores que as compõem, pode ser completamente diferentes.
Este e o caso de, por exemplo, o vermelho ou verde, de gemas diferentes ou de uma
gema natural uma imitação. O modo mais simples de revelarmos diferenças na
composição do espectro de cores de cada uma será usando um filtro de cor.
Um filtro de cor e um pedaço de vidro colorido ou gelatina, ou ate solução colorida,
que filtra a luz ou comprimentos de onda misturados, passando por ele.
Um filtro permite a passagem de algumas cores e absorve outras.
Qualquer substancia colorida transparente, de um certo modo, e um filtro de cor,
mas os mais procurados, são os que tem faixas de absorção bem definidas e regiões
estreitas nas quais transmitem cor.
Há uma serie de filtros de cores quase puras, ou seja, uma tentativa de produzir luz
monocromática em cada uma das principais regiões do espectro.
O filtro mais usado em qemologia e um filtro dicromático - ou seja, transmite
estreitas faixas de luz em duas regiões escolhidas do espectro. O mais eficiente e
chamado Filtro de Chelsea. Transmite vermelho escuro perto de 6.900 A e verde-
amarelado (perto de 5.700 A). Através dele as substâncias podem parecer
vermelhas, verdes ou acastanhadas que é a mistura dos dois.
Por este filtro, a Turmalina não apresenta o vermelho.
As maiores partes das gemas verdes aparecem verdes em contraposição as
Esmeraldas naturais e sintéticas que aparecem vermelhas (menos as da África do
Sul e Índia que possuem Fe.).
As Turmalinas verdes da África que possuem Crômio e Vanádio mostram,
diferentemente das Turmalinas verdes normais, uma forte cor vermelha quando
vista pelo filtro.
ESPECTRO DE ABSORÇÃO
Analisa-se a luz que passa através ou é refletida da gema. Assim, o espectro de
absorção oferece um teste prático para a identificação das gemas, nos ela não e
prejudicada de modo algum. Como a cor de uma gema o resultado da absorção
seletiva, a luz branca transmitida através do material colorido mostra faixas ou
linhas de absorção, quando este mineral e examinado por um instrumento construído
para mostrar o espectro da luz transmitida através ou refletida dele.
A cor do espectro de cores que e absorvida, já que fica na substância. A absorção,
principalmente de gemas coloridas, esta em bem marcadas faixas, ou linhas escuras
mais finas, que sobrepõem, o de outra forma espectro continuo, absorvendo certas
cores ou comprimentos de ondas, quando a luz branca passa por ela. A distribuição
destas faixas ou linhas escuras, dão-nos, muitas vezes, parcial ou completa
identificação da gema. O espectro de absorção das Turmalinas é normalmente tão
fraco, que perde o valor como meio para identificação.
Na Turmalina verde, a parte vermelha do espectro e quase completamente
absorvida e o, amarelo e o verde são o transmitidos livremente, exceto por uma
fraca região de absorção (+ 5.600A).
Na parte verde há ume faixa bastante forte e estreita (+ 4.980, (atribuída ao
Ferro). Estas são acompanhadas de uma faixa mais fraca e mais vaga (4.680R).
Algumas Turmalinas verdes e principalmente azuis têm uma forte faixa no violeta.
Turmalinas vermelhas e rosas mostram uma larga região de absorção no verde do
espectro. No fim das ondas longas pode ser vista uma linha estreia há também, duas
faixas na cor azul, muito finas.
O Manganês é responsável pelo colorido vermelho-róseo e apresenta faixa larga de
absorção na cor azul e na violeta.
TRATAMENTO TÉRMICO
A influência do calor na Turmalina é variável, sendo o resultado normalmente
clarear a cor. Experiências mostram que a +- 700ºC a Turmalina rosa descolore
completamente e as verdes claream. Uma interessante aplicação de tratamento por
calor é que certas gemas verdes escuras da África claream até uma cor verde-
esmeralda muito atraente.
A irradiação á indicada para:
1) Criar centros de cor, que também ocorrem naturalmente a partir de materiais
incolores.
2) Intensificar alguns efeitos luminosos dos centros de cor.
3) Restaurar centros de cor que tenham diminuído por calor ou exposição à luz
natural (infravermelho do sol).
4) Criar centros de cor que ainda não existem naturalmente.
5) Introduzir mudanças que não envolvam os centros de cor.
Todas estas mudanças são permanentes sob ação da luz do dia e calor (até 3OOºC).
Nas Turmalinas vermelhas, com tratamento por calor, pode-se "eliminar sobras
parecidas com a fumaça dos Quartzos". As de cor acastanhado escuro (Dravitas),
podem ser transformadas em gemas de belo tom rosa com tratamento apropriado
de calor.
INCLUSÕES
As inclusões vistas em Turmalinas são, em geral, cavidades filiformes que vistas sob
lentes de grande aumento, demonstram ser tubos cheios com líquido e muitas vezes
contendo bolha de gás. São inclusões bifásicas. Esses tubos, geralmente, estão
dispostos paralelamente ao comprimento de cristal e, se abundantes são a causa do
efeito "chatoyance" que se vê na Turmalina.
W. F. Eppler, entretanto, tem outro ponto de vista e afirma que as inclusões que
causam "chatoyance", são fibras de cristal (Asbesto, Serpentina, Rutilo). Películas
finas são, também, inclusões comuns e se elas são vistas num determinado ângulo
que faça com que a luz incidente seja totalmente refletida delas aparecem como
manchas pretas.
A Rubelita tem fraturas internas características, que são, a grosso modo, paralelas
ao eixo vertical dos cristais.Em geral, são cheias de gás e dão reflexos como um
espelho. É multo raro uma Rubelita pura sem inclusões de modo que se tornaram tão
aceitas na joalheria quanto os "jardins" das Esmeraldas.
A Turmalina verde raramente contém essas fraturas. Ela é caracterizada por
inclusões líquidas e gasosas filiformes, distribuídas igualmente e abundantemente
pela gema. A Rubelita também tem essas inclusões líquidas, mas, raramente com a
quantidade da Turmalina verde. As inclusões líquidas pequeninas da Turmalina verde
tem aparência diferente das inclusões de outras gemas. As Turmalinas de outras
cores tem inclusões similares porque o ambiente e o mesmo. As bicolores e
principalmente as tricolores quase nunca estão completamente livres de inclusões
ou defeitos internos pequenos (fraturamentos, bolhas etc.).
Esse mineral tão cheio de inclusões é, por sua vez, inclusão na Safira proveniente
de Kashmir.
RECONHECIMENTO
Como temos Turmalina em uma tal variedade de cores e tons, há a possibilidade de
confundir com outras gemas. A Turmalina é reconhecida por sua secção transversal
triangular arredondada característica dos cristais. É também, facilmente
identificada por sua forte birrefringência, caráter uniaxial negativo (-). Topázio,
Damburita, Andaluzita e Apatita, tem birrefringência muito mais alta.
Distingue-se da Hornblenda pela ausência de clivagem prismática.
A primeira fonte de Turmalina parece ter sido Sri Lanka que ainda produz seixos
rolados de boa qualidade em tons amarelos e castanhos, dos depósitos de aluviões
no SE da ilha.