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GEMAS SILICÁTICAS: TURMALINAS

Introdução - Composição química - Propriedades Morfológicas - Propriedades


Físicas - Filtro Chelsea - Espectro de Absorção - Tratamento Térmico - Inclusões -
Reconhecimento - Modo de Ocorrência Principais Jazidas.
INTRODUÇÃO
De todas as gemas conhecidas, certamente é a Turmalina que possui maior
variedade de cores. Alguns cristais desse mineral, possuem duas ou três faixas
coloridas em seu comprimento, ou mostram um complexo zoneamento concêntrico
em seção transversal. Algumas das cores mais delicadas, excêntricas e sutis do
reino mineral pertencem ao grupo das Turmalinas. Como antigamente não havia
testes para identificação de gemas, baseava -se nas cores como referencia;
podemos imaginar a confusão de nomes para as gemas que ocorrem em varias cores,
como a Turmalina. Na Idade Média era conhecida sob a denominação de "Schorl",
palavra de origem alemã (expressão mineira de significado incerto). Até hoje ainda
encontramos este termo para designar Turmalinas pretas, na literatura inglesa
americana. O nome Turmalina vem de "Turamali" que, em antigo cingalês, quer dizer
"pedras preciosas misturadas", pois no antigo Cellão, (hoje Sri Lanka) não havia
métodos para identificar gemas. "Turamali" referia-se ao Zircão amarelo. Diz-se
que um pacote de pedras foi enviado a comerciantes em Amsterdam (1703),
contendo, por engano, Turmalinas e é este nome que ficou sendo registrado dentro
da Gemologia.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA: É um silicato (ciclossilicato) de boro e alumínio, com a
seguinte fórmula geral.
X Y3 AL6 (B0)3 (Si 6 O18 ) (OH) 4
X = Sódio, Cálcio (radicais monovalentes)
Y = Alumínio, Ferro, Lítio, Magnésio, Manganês (radicais trivalentes)

Elementos traços: Crômio, Vanádio, Titânio.

A composição química da Turmalina é extremamente complexa. Ela e melhor


descrita como um borossilicato de Alumínio e Álcalis com Ferro, Magnésio Cálcio,
Manganês, Lítio, Potássio; Fluor e água. Não hã fórmula que cubra todas as
variações químicas do mineral.
As cores das gemas são explicadas pela presença de diversos elementos, podando as
numerosas graduações serem interpretadas, em parte, como supervisões das cores.
Assim, as Turmalinas ricas em álcalis que contém: Sódio, Lítio (raras) e Potássio,
são incolores,vermelhas ou verdes.
As ricas em Ferro, são pretas, se o teor do Ferro for alto, azul escuras ou verde-
azuladas. Um certo teor de Ferro sem Magnésio e sem Manganês, da às Turmalinas,
tons verdes com nuances amareladas. Com a presença do Magnésio, o tom torna-se
sombrio, aumentando o teor de Cobalto e a tonalidade modifica-se para azul.
As gemas com Magnésio podem ser incolores, pardas, castanhas e amareladas e até
pretas acastanhadas. A presença de Manganês, produz cor vermelha que, conforme
a proporção de Ferro e Magnésio, é sombria ou mais viva.
Turmalinas verdes (devido ao Crômio) e outras que contêm Vanádio,foram
encontradas na Tanzânia. A Turmalina e um ciclossilicato sua estrutura permaneceu
um mistério por muito tempo, devido à complexidade. Esta formada em torno de
aneis hexagonais de Si e O, tendo uma relação de Si:0- 1:3.
PROPRIEDADES MORFOLÓGICAS
Quanto à estrutura cristalina, a Turmalina pertence ao sistema trigonal classe
piramidal-ditrigonal.

Os cristais são, geralmente, de forma longa prismática, de espessuras variadas com


um prisma trigonal dominante e prisma hexagonal de segunda ordem. A tendência
das faces, do prisma de estarem estriadas verticalmente e arredondar-se, é um
efeito devido à oscilação entre prismas de 1ª e 2ª ordem (crescimento oscilatório).
Este crescimento oscilatório da à secção transversal dos cristais a forma de um
triangulo esférico, quando vistos ao longo do seu comprimento.
Os cristais de Turmalina terminam, em geral, em faces romboédricas e escale
noédricas.
Apresentam formas diferentes nos extremos opostos do eixo verti cal, e um lado
apresenta-se mais curto do que o outro. As Turmalinas bipiramidadas são raras e
somente são encontradas nas localidades em que o mineral tenha se cristalizado
livremente no Calcário, nos Gnaisses e nos Granulitos.
Quanto ao hábito, a Turmalina apresenta-se em cristais prismáticos estriados, às
vezes granular, colunar, etc. Em algumas Turmalinas, o prisma tende a ser curto e
então, o habito e tabular. Outras Turmalinas apresentam-se em massas compactas,
apresentando textura imbricada.

PROPRIEDADES CARACTERISTICAS

CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA: Silicato


SISTEMA CRISTALIN0: Trigonal
DUREZA: 7,0 - 7 1/2
DENSIDADE RELATIVA: 2,82 - 3,32
COR; Diversas
COR DO TRAÇO: Incolor
BRILHO: Vítreo a resinoso
CLIVAGEM: Não possui
FRATURA: Sub Concoidal a desigual
HÀBITO: Cristais prismáticos
TRANSPARÊNCIA: Transparente a opaco
DICROÍSMO: Forte
REFRAÇÃO: Dupla
ÍNDICE DE REFRAÇÃO: 1,614 a 1,666
BIRREFRINGÊNCIA: - 0,014 a 0,032
DISPERSÃO: 0,017 ( 0,009-0,011)
DADOS ÓPTICOS: CARÁTER ÓPTICO: uniaxial
SINAL ÓPTICO: (-) negativo
ESPECTRO DE ABSORÇÃO: fraco

PROPRIEDADES FÍSICAS
A Turmalina, do ponto de vista científico, é um dos minerais gemológicos mais
interessantes. Turmalina é realmente, um nome geral para um grupo de minerais
com estruturas atômicas semelhantes e composição química também semelhante.

COR: A absorção de uma porção de luz branca que penetra em uma gema
transparente ou é refletida de uma gema opaca, é responsável pela cor apresentada.
Há também, alguns agentes corantes como óxidos de Metais (Fe, Mn) que são muito
mais capazes de impor um padrão característico de cor em qualquer substancia na
qual eles predominam. Entre os agentes corantes, o Crômio e responsáveis pelos
mais ricos verdes e vermelhos, e os demais citados anteriormente, na composição
química.
VARIEDADES DE CORES: Existem Turmalinas vermelhas desde as mais claras,
róseas ate às mais escuras com misturas de castanho, violeta, laranja. A variação
entre as avermelhadas é quase infinita. A cor das verdes, é alterada por pequenas
quantidades de azul, amarelo e castanho.

Turmalina violeta e violeta acastanhada; verde, da clara até a escura , verde


amarelada, amarela esverdeada; castanha, castanha esverdeada; lncolor; preta; azul
do claro até o escuro; castanha amarela; laranja acastanhada. Alguma dessas
variedades tem nome característico:

Violeta avermelhado Siberita


Incolor Acroíta (vem do grego "achroos"-incolor)
Vermelho róseo - Rubelita (vem do latim "rubellus"=vermelhinho,
diminutivo de "ruber" , vermelho. O nome destaca
a cor do mineral).

Verde - Turmalina verde


Azul - Indicolita (vem do grego "indikon" azul e de
"lithos" pedra).

Preta (opaca) Afrisita


Acastanhada ou Dravita
Parda
Amarelo-mel Peridoto do Ceilão

Uma variedade interessante da Turmalina mostra uma mudança de cor


assemelhando-se à Alexandrita: à luz do dia verde-amarelada; à luz artificial
laranja-avermelhada.
Há também, cristais zonados, bi ou tricolores que são multo apreciados e
colecionadores. Eles mudam de cor ao longo de seu comprimento de modo que cada
extremidade e de uma cor (verde, vermelho ou rosa) e no meio é incolor.

Há também os zoneados transversalmente, a sua largura são os chamados "melacia"


Verdes por fora e rosa vivo por dentro. São cortados em seções transversais e
usado para confecção de brincos e pendentes.
Turmalinas incolores, amarelas, alaranjadas e lilazes são bastantes raras mesmo
em forma bruta e raramente vistas em forma de gema.
Os matizes verdes misturam-se imperceptivelmente com azul. A Turmalina azul
pura, e muito rara. As principais tonalidades e, portanto, mais desejadas são: verde
oliva, azul e vermelho rosado.
As melhores Turmalinas verdes assemelham-se as Esmeraldas de melhor qual Jade,
sendo muito raras.
A cor determina o preço, portanto, as mais caras são as de cores verde-esmeralda,
as rosa- avermelhadas (Rubelitas) e as azuis puras (Indicolitas).
As com defeitos são menos desejáveis do que as completamente limpas, exceto no
caso das bi ou tricolores que, normalmente, tem inclusões e pequenos defeitos
internos.
No tesouro da União Soviética encontra-se uma Turmalina vermelha pesando cerca
de 200 quilates, que consta ter sido oferecida a Catarina II pelo rei Gustavo da
Suécia em 1770.

FILTRO CHELSEA
Duas cores podem parecer iguais a olho nu, porém, do ponto de vista do espectro de
cores, ou seja, das cores que as compõem, pode ser completamente diferentes.
Este e o caso de, por exemplo, o vermelho ou verde, de gemas diferentes ou de uma
gema natural uma imitação. O modo mais simples de revelarmos diferenças na
composição do espectro de cores de cada uma será usando um filtro de cor.
Um filtro de cor e um pedaço de vidro colorido ou gelatina, ou ate solução colorida,
que filtra a luz ou comprimentos de onda misturados, passando por ele.
Um filtro permite a passagem de algumas cores e absorve outras.
Qualquer substancia colorida transparente, de um certo modo, e um filtro de cor,
mas os mais procurados, são os que tem faixas de absorção bem definidas e regiões
estreitas nas quais transmitem cor.
Há uma serie de filtros de cores quase puras, ou seja, uma tentativa de produzir luz
monocromática em cada uma das principais regiões do espectro.
O filtro mais usado em qemologia e um filtro dicromático - ou seja, transmite
estreitas faixas de luz em duas regiões escolhidas do espectro. O mais eficiente e
chamado Filtro de Chelsea. Transmite vermelho escuro perto de 6.900 A e verde-
amarelado (perto de 5.700 A). Através dele as substâncias podem parecer
vermelhas, verdes ou acastanhadas que é a mistura dos dois.
Por este filtro, a Turmalina não apresenta o vermelho.
As maiores partes das gemas verdes aparecem verdes em contraposição as
Esmeraldas naturais e sintéticas que aparecem vermelhas (menos as da África do
Sul e Índia que possuem Fe.).
As Turmalinas verdes da África que possuem Crômio e Vanádio mostram,
diferentemente das Turmalinas verdes normais, uma forte cor vermelha quando
vista pelo filtro.

ESPECTRO DE ABSORÇÃO
Analisa-se a luz que passa através ou é refletida da gema. Assim, o espectro de
absorção oferece um teste prático para a identificação das gemas, nos ela não e
prejudicada de modo algum. Como a cor de uma gema o resultado da absorção
seletiva, a luz branca transmitida através do material colorido mostra faixas ou
linhas de absorção, quando este mineral e examinado por um instrumento construído
para mostrar o espectro da luz transmitida através ou refletida dele.
A cor do espectro de cores que e absorvida, já que fica na substância. A absorção,
principalmente de gemas coloridas, esta em bem marcadas faixas, ou linhas escuras
mais finas, que sobrepõem, o de outra forma espectro continuo, absorvendo certas
cores ou comprimentos de ondas, quando a luz branca passa por ela. A distribuição
destas faixas ou linhas escuras, dão-nos, muitas vezes, parcial ou completa
identificação da gema. O espectro de absorção das Turmalinas é normalmente tão
fraco, que perde o valor como meio para identificação.
Na Turmalina verde, a parte vermelha do espectro e quase completamente
absorvida e o, amarelo e o verde são o transmitidos livremente, exceto por uma
fraca região de absorção (+ 5.600A).
Na parte verde há ume faixa bastante forte e estreita (+ 4.980, (atribuída ao
Ferro). Estas são acompanhadas de uma faixa mais fraca e mais vaga (4.680R).
Algumas Turmalinas verdes e principalmente azuis têm uma forte faixa no violeta.
Turmalinas vermelhas e rosas mostram uma larga região de absorção no verde do
espectro. No fim das ondas longas pode ser vista uma linha estreia há também, duas
faixas na cor azul, muito finas.
O Manganês é responsável pelo colorido vermelho-róseo e apresenta faixa larga de
absorção na cor azul e na violeta.

TRATAMENTO TÉRMICO
A influência do calor na Turmalina é variável, sendo o resultado normalmente
clarear a cor. Experiências mostram que a +- 700ºC a Turmalina rosa descolore
completamente e as verdes claream. Uma interessante aplicação de tratamento por
calor é que certas gemas verdes escuras da África claream até uma cor verde-
esmeralda muito atraente.
A irradiação á indicada para:
1) Criar centros de cor, que também ocorrem naturalmente a partir de materiais
incolores.
2) Intensificar alguns efeitos luminosos dos centros de cor.
3) Restaurar centros de cor que tenham diminuído por calor ou exposição à luz
natural (infravermelho do sol).
4) Criar centros de cor que ainda não existem naturalmente.
5) Introduzir mudanças que não envolvam os centros de cor.

A causa física exata da modificação de cor, induzida pela radiação, em muitas


gemas ainda não são inteiramente conhecida. Há grande variação de estabilidade
dos centros de cor, quando submetidos ao calor e a luz. Na irradiação da Turmalina,
podem ocorrer as seguintes mudanças:
1) Intensificação da cor rosa (Rubelitas).
2) Intensificação da cor azul nas Turmalinas bicolores.

Todas estas mudanças são permanentes sob ação da luz do dia e calor (até 3OOºC).
Nas Turmalinas vermelhas, com tratamento por calor, pode-se "eliminar sobras
parecidas com a fumaça dos Quartzos". As de cor acastanhado escuro (Dravitas),
podem ser transformadas em gemas de belo tom rosa com tratamento apropriado
de calor.

INCLUSÕES
As inclusões vistas em Turmalinas são, em geral, cavidades filiformes que vistas sob
lentes de grande aumento, demonstram ser tubos cheios com líquido e muitas vezes
contendo bolha de gás. São inclusões bifásicas. Esses tubos, geralmente, estão
dispostos paralelamente ao comprimento de cristal e, se abundantes são a causa do
efeito "chatoyance" que se vê na Turmalina.
W. F. Eppler, entretanto, tem outro ponto de vista e afirma que as inclusões que
causam "chatoyance", são fibras de cristal (Asbesto, Serpentina, Rutilo). Películas
finas são, também, inclusões comuns e se elas são vistas num determinado ângulo
que faça com que a luz incidente seja totalmente refletida delas aparecem como
manchas pretas.
A Rubelita tem fraturas internas características, que são, a grosso modo, paralelas
ao eixo vertical dos cristais.Em geral, são cheias de gás e dão reflexos como um
espelho. É multo raro uma Rubelita pura sem inclusões de modo que se tornaram tão
aceitas na joalheria quanto os "jardins" das Esmeraldas.
A Turmalina verde raramente contém essas fraturas. Ela é caracterizada por
inclusões líquidas e gasosas filiformes, distribuídas igualmente e abundantemente
pela gema. A Rubelita também tem essas inclusões líquidas, mas, raramente com a
quantidade da Turmalina verde. As inclusões líquidas pequeninas da Turmalina verde
tem aparência diferente das inclusões de outras gemas. As Turmalinas de outras
cores tem inclusões similares porque o ambiente e o mesmo. As bicolores e
principalmente as tricolores quase nunca estão completamente livres de inclusões
ou defeitos internos pequenos (fraturamentos, bolhas etc.).
Esse mineral tão cheio de inclusões é, por sua vez, inclusão na Safira proveniente
de Kashmir.
RECONHECIMENTO
Como temos Turmalina em uma tal variedade de cores e tons, há a possibilidade de
confundir com outras gemas. A Turmalina é reconhecida por sua secção transversal
triangular arredondada característica dos cristais. É também, facilmente
identificada por sua forte birrefringência, caráter uniaxial negativo (-). Topázio,
Damburita, Andaluzita e Apatita, tem birrefringência muito mais alta.
Distingue-se da Hornblenda pela ausência de clivagem prismática.

MODO DE OCORRÊNCIA A ocorrência mais comum e característica da Turmalina


é nos pegmatitos graníticos e nas rochas que circundam esses depósitos. A maior
parte desse material é de cor negra, porém, encontram-se também as variedades
de outras cores. A Turmalina também ocorre, normalmente, em Xistos, Calcários
cristalinos, Rochas ígneas mais Silicosas, Gnaisses, Granulitos e Rochas
semelhantes.
Este mineral e comum em zona de metamorfismo de contato como resultado da
ação& líquidos percolantes pela ação mineralizante de gases quentes do magma
fluído. A associação característica a dos minerais normais de Pegmatito: Feldspato-
alcalino, Quartzo, Muscovita. Encontramos, também, Turmalina associada a minerais
gemológicos como Berilo, Coríndon, Espodumênio, Topázio, Granada Fluorita,
Apatita, Lepidolita, Escapolita, Cassiterita.
A Turmalina frequentemente forma-se com o Quartzo, em grupos de cristais
formando grandes drusas apresentando cristais de Turmalina incrustados. Essas
drusas são muito procuradas por colecionadores. A Turmalina encontrada em
cavidades, cresce da borda para o centro,formando qeodos, sendo bastante rara.
Os cristais crescem livremente, individualizados e não como os do Quartzo.
É comum encontrarmos a Turmalina em aluviões recentes ou antigos e como seixos
rolados em correntes d’água.
PRINCIPAIS JAZIDAS
Há numerosas localidades de ocorrência da Turmalina através do mundo mas o
material gemológico é menos distribuído.

A primeira fonte de Turmalina parece ter sido Sri Lanka que ainda produz seixos
rolados de boa qualidade em tons amarelos e castanhos, dos depósitos de aluviões
no SE da ilha.

No SE de Mogok, no alto Burma, há extenso depósito aluvional de Gnaisse de


composto e Granito contendo Turmalina vermelha de boa qualidade. A mina e
trabalhada intermitentemente e muitas vezes por mineiros chineses, pois
antigamente esta Turmalina vermelha era muito apreciada na China, onde era usada
para fazer um botão característico para um certo grau de Mandarim.
A principal localidade para Turmalina em gema é perto de Mursinka nas montanhas
Urais da URSS com cristais de boa qualidade, azuis, vermelhos, vermelho-violáceos.
Este mineral aparece na Argila amarela, produto da desintegração do Granito no
qual se formaram. A cidade de Shaitanka, ao norte de Sverdlovsk produz cristais
vermelhos, estes são encontrados em drusas num granito de granulação grosseira.
Outra localidade russa é Nerchinsk na Transbaikalia onde encontramos Turmalinas
perto do rio Uralga.
O distrito de Pala, na cidade de São Diego, Califórnia, produz muita Turmalina dos
Pegmatitos da região. As cores encontradas variam do preto ao azul escuro, até
verdes e rosas vivos, até o vermelho pálido. Hã, também, Turmalinas incolores.
Pode-se dizer que quase todas as cores das Turmalinas são encontradas em
depósitos de San Diego, se faltando as de cor castanho que não estão bem
representadas. Há também, as Turmalinas bi e tricolores, e todos os tipos de
zoneamentos concêntricos ou em camadas paralelas ao eixo vertical do cristal
prismático. Encontramos, também, zoneamento em camadas paralelas ao plano basal
do cristal. Em alguns cristais zonados as cores parecem fundir-se gradualmente, em
outros não.
No começo do século XX, a Turmalina de Pala era comercializada na China. A.
Turmalinas vermelhas e rosas alcançavam preços muitos altos, pois, os chineses
poliam e esculpiam nelas as mais diferentes formas. Com o fim de dinastia Manchu
(1912), acabou o mercado oriental e a mineração de Turmalinas foi muito diminuída.
Há muita Turmalina gemológica no Maine (Paris e Hebron), USA. Há mais de cor
verde azulada e vermelha. Os cristais rosa são raros. Em Auburn (Maine)
encontram-se Turmalinas lilazes e, também, azul profundo, verdes e zoneadas.
Na África, encontra-se Turmalina em varias cores e tons, ate rosa acastanhado.
A de cor verde escura e famosa porque com tratamento térmico clarea até o tom
verde-esmeralda. encontrada nos Pegmatitos em Klein Spitzkopje perto de Rossing
a leste de Swakopmund.
Os cristais verde-esmeralda são encontrados em. Usakos, SO da África.
Outras fontes são os cascalhos da floresta Somabula, na Rodésia e alto Lighona em
Moçambique que contém minerais gemológicos. Na Tanzânia, encontra-se Turmalina
verde e castanho que contem Crômío e Vanádio. No Kenya encontramos as
Turmalinas de cor vermelho escuro. Na ilha de Madagascar, há muito material de
boa qualidade. Os cristais são, na maioria, obtidos dos Pegmatitos em
Anjanabonoina e incluem todas as cores, o vermelho sendo o mais apreciado; os mais
raros são os incolores, Azul, cor-de-ametista, rosa amarelo, castanho e verde são as
cores encontradas nos depósitos de Madagascar.
O Brasil possui e produz Turmalinas de, praticamente, todas as cores,tons e tipos.
A maior parte dos cristais verdes estão no Brasil; temos até a variedade violeta ou
lilás avermelhado e cristais com vários tipos de zoneamento. Vários Estados
brasileiros produzem Turmalinas (Bahia, Espírito Santo, Ceara, Goiás, Paraíba, Rio
de Janeiro, Piauí, São Paulo). A produção maior de material gemolôgico vem de
Minas Gerais da região limitada pelo rio Jequitinhonha ao norte, rio Araçuaí ao
oeste, rio Mucurí ao Sudeste, e pelas montanhas Aimorés a leste. Pegmatitos ricos
em Turmalinas, frequentemente decompostos, são incontáveis. As principais jazidas
estão nas seguintes regiões: Salinas e rio Salinas (Porteiro, Boqueirão, Lagoa do
Alto) - Turmalinas rosa e verdes. Região de Araçuaí Utinga e rio Piauí (mina
Pirineus) - famosa pelas Turmalinas azuis e verdes. Região de Itamarandiba,
Malacacheta e Minas Novas, excelentes gemas verdes. Nordeste de Teófilo Otoni
em Marambaya e Ladinha, onde os garimpeiros encontram Turmalinas verdes, rosas
e melancias fabulosas. A famosa jazida Cruzeiro, perto de Conselheiro Pena,
conhecida por todo o mundo pelas Rubelitas de intensa cor de sangue de pombo. A
Turmalina preta (Afrisita) e um dos minerais satélites do Diamante.
Ocorre em quase todos os garimpos. Provavelmente somos o país maior produtor de
Turmalinas, mas não temos comprovação.

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