Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PÚRPURAS
P CONCEITO
o São enfermidades hematológicas que se caracterizam por redução numérica das plaquetas (quantitativa),
disfunção plaquetária (qualitativa) ou por alteração da parede vascular.
§ Destruição excessiva:
• Vasculite, próteses, etc;
• Síndrome hemolítico urêmico; - a uremia altera os grânulos intraplaquetários
responsáveis pela hemostasia;
o Emergência por uremia = emergência dialítica (uremia + sangramento à fazer
diálise);
• PTT (púrpura trombocitopênica trombótica);
• CIVD (coagulação intravascular disseminada);
• Imunológica (PTI – púrpura trombocitopênica autoimune ou idiopática);
o Produção de anticorpos contra as plaquetas;
o Paciente chega com manchas, equimoses, lesões purpúricas e eventualmente
sangramento cutaneomucoso (mucosa oral, gengiva...);
o 2. Disfunção plaquetária:
§ Genética:
• Trombastenia de Glanzmann;
• Púrpura de Bernard-soulier;
• Doença de Von Willebrand (doença hemorrágica mais comum);
o Pacientes que não sangram de forma espontânea, mas quando são submetidos a
algum procedimento cirúrgico, ou quando menstruam, sangram mais do que o
habitual;
o O fator de Von Willebrand é uma proteína necessária para que haja agregação
plaquetária;
o É uma doença genética relativamente comum;
o Cirurgião desconfia quando o paciente sangra mais do que o habitual;
o Tratamento à reposição do fator VIII antes de procedimentos; aplicação de
vasopressina que libera o fator de Von Willebrand (presente no endotélio);
o Diagnóstico à dosagem do fator de Von Willebrand no sangue;
§ Os pacientes geralmente têm provas de coagulação e plaquetas normais;
• Doença do pool de armazenamento (ADP);
§ Outras condições:
• Uremia (causa mais comum de púrpura por disfunção plaquetária);
• Hepatopatia;
• Gamopatia;
1
Mariana Garcia - Hematologia
o Conceito:
§ Caracteriza-se por uma diminuição da contagem plaquetária adquirida por destruição
imunológica, com produção aumentada na medula óssea, cuja manifestação clínica é
sangramento muco cutâneo (púrpura, equimose, sangramento gengival, Epistaxe);
• Anticorpo contra plaquetas à plaquetopenia;
o Fisiopatologia:
§ Plaquetas destruídas de forma prematura.
§ Auto anticorpos direcionados para sítios da glicoproteína IIb/IIIa e/ou imunocomplexos presentes
na superfície de sua membrana;
§ Plaquetas opsonizadas por anticorpos IgG reconhecidas e destruídas pelos macrófagos do sistema
retículo-endotelial do baço.
§ Parecido com anemia hemolítica, só que em vez de ser anticorpo contra a hemácia, é contra a
plaqueta;
o Patogênese:
§ O complexo plaqueta-anticorpo é identificado pelo anticorpo IgG que reconhece a glicoproteína
IIb e IIIa na membrana das plaquetas e faz sua destruição através dos macrófagos e dos histiócitos,
presentes no sistema reticuloendotelial do organismo sendo em menor grau no fígado e
principalmente no baço.
2
Mariana Garcia - Hematologia
o Apresentação clínica:
§ Forma infantil (aguda);
§ Forma do adulto (crônica);
o Diagnóstico:
§ Clínico:
• Petéquias, equimoses e manifestações hemorrágicas de pele e mucosas;
§ Laboratorial:
• Anemia (raros casos) à geralmente em jovens que já tinham algum grau de anemia por
fluxo menstrual aumentado e agora piorou por conta da plaquetopenia;
• Contagem de plaquetas à trombocitopenia;
• Tempo de Sangramento à alargado;
• TAP – TTPA – PDF = normal (provas de coagulação NORMAIS)!
• Mielograma = hipertrofia do setor megacariocítico;
• Geralmente tem só plaquetopenia de alterado no hemograma!!!!!
§ Achados laboratoriais:
• Plaquetas aumentadas de volume (VPM >12 fL).
• Índice de anisocitose plaquetário elevado (PDW).
• Hemograma sem outras alterações, apenas plaquetopenia.
o Plano terapêutico:
§ Observação;
§ 1. Prednisona (1mg/kg de peso/dia) – tratamento de 1ª linha;
• Geralmente o paciente melhora!!!
3
Mariana Garcia - Hematologia
§ Danazol (andrógeno);
§ Quimioterapia;
• Vincristina;
• Vinblastina;
• Ciclofosfamida;
• Rituximab (anticorpo monoclonal anti-CD20 que está na membrana do linfócito B);
o Droga imunossupressora;
o Impede que se formem anticorpos contra as plaquetas;
o Também pode ser utilizado na anemia hemolítica autoimune em pacientes que
não tem boa resposta ao corticoide;
§ Colchicina;
§ Tratamento:
• Corticosteróide è Prednisona 1-2mg/Kg/dia, durante 4-6 semanas.
o 1. Reduz a fenestração endotelial.
o 2. Bloqueio da capacidade fagocitária dos macrófagos esplênicos.
o 3. Redução da síntese de auto anticorpos pelo baço e aumento da produção de
plaquetas pela medula óssea.
o Resposta objetiva: 70%
o Remissão completa: 10-30%
4
Mariana Garcia - Hematologia
• Esplenectomia:
o Indicação à Trombocitopenia mantida abaixo de 20.000/mm3 com
sangramentos que não respondem a terapia com corticóide.
o Remissões duradouras à em torno de 70% a longo prazo.
§ Nos que recaem após longo tempo da esplenectomia, investigar baço
acessório.
o Uso de Imunoglobulina intravenosa no período pré-operatório é útil (para
aumentar o número de plaquetas);
o Imunização profilática para germes encapsulados (pneumococo, hemófilos e
meningococo).
o PTI refratária:
§ Quando ocorre falha ou recaída após esplenectomia e apresentar presença de sintomas
hemorrágicos, ou risco hemorrágico que necessite de tratamento (- 10% pacientes com PTI);
§ Com sangramento à transfusão de plaquetas em associação com a infusão de imunoglobulina IV.
§ Imunoglobulina venosa polivalente à 0,5 a 1 g/kg/dia durante 2 a 5 dias;
§ Eltrombopag – 90% responde!
5
Mariana Garcia - Hematologia
è vasculite; a diferença clínica para PTI é que a púrpura de henoch não faz plaquetopenia, o problema aqui é uma
inflamação do vaso!! No PTI a púrpura não é palpável!! Na Henoch a púrpura é palpável!!
o Quadro clínico:
§ Anemia hemolítica microangiopática (doença do endotélio gerando anemia hemolítica);
• Lesão vascular do endotélio à quando o fluxo de sangue bate no endotélio lesado,
algumas hemácias são destruídas;
§ Plaquetopenia;
• A formação de microtrombos consome plaquetas
§ Alteração Neurológica;
§ Insuficiência Renal;
§ Febre (por liberação de citocinas devido a endotelite);
o Anemia hemolítica + plaquetopenia + alteração neurológica + febre è grandes chances de ser PTT !!!!!
o Tratamento:
§ Plasmaferese (taxas de 90% de remissão);
§ Transfusão de plasma fresco congelado; - enquanto aguarda plasmaferese;
§ Corticoide (?)
o Tratamento:
§ Não tem tratamento específico;
§ Suporte clínico (hidratação + antibioticoterapia);
P OBS
o PTT e SHU podem ser difíceis de diferenciar;
o As duas tem anemia hemolítica pelo mesmo mecanismo (anemia hemolítica microangiopática);
o Geralmente na SHU não tem alteração neurológica!!
o Presença de esquizócitos à pensar em anemia hemolítica microangiopática;
o PTT x PTI:
§ PTT tem anemia junto, PTI geralmente não;
§ Anemia da PTT é hemolítica (aumento de LDH, aumento de bilirrubinas totais e frações e aumento
de reticulócitos à provas de hemólise positivas);