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13/04/2018 Jurema - O CAMINHO VERMELHO - Xamanismo Nativo

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O Caminho Vermelho
Jurema
As Quatro Direções
Sagradas Existem dois tipos de jurema, a branca (Pithecolobium
Roda de Cura (ou Roda diversifolium) e a negra (Mimosa nigra Hub.). Os pajés
Medicinal) indígenas elaboravam uma bebida com a jurema branca
Instrumentos de Poder que produzia sonhos afrodisíacos e premonitórios.
Cerimônias, Rituais e
Também é muito usada pelos pais e mães de santo do
Vivências
candomblé de Pernambuco.
Animais de Poder A infusão de jurema é preparada com suas raízes, que
Sthan Xanniã devem primeiro serem raspadas para eliminar a terra que
Frases & Pensamentos nela se apresenta agregada e depois serem muito bem
Xannianos lavadas. Em seguida, a raiz deve ser colocada sobre uma
Wyanã Uia-Thê pedra e macerada com a utilização de outra pedra. A massa
formada deve ser diluída em um recipiente com água.
Aos Filhos da Terra
Pouco a pouco a água se transforma em um líquido
Cursos, Workshops &... avermelhado e espumoso, semelhante ao vinho, motivo pelo qual é conhecido por este
Próximos Eventos nome.
Atendimentos
Fotos Esta bebida sagrada era servida em rituais não só dos indígenas, mas também nos cultos
afro-brasileiros. Estes últimos acrescentavam à bebida mel, ervas e outras substâncias.
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Nos rituais de magia negra acrescenta-se sangue de animais. Em alguns templos,
Orações costumava-se misturar a jurema com aguardente de cana de açúcar, o que chamam de
Contato "cauim".

As folhas de jurema também são usadas secas, misturadas ao tabaco, que são fumados em
cachimbos que os indígenas faziam com o tronco da jurema. O pajé coloca o cachimbo ao
contrário, onde se deposita o tabaco, e sopra sobre a poção que se encontra no recipiente.
Curiosamente, forma-se uma figura em forma de cruz no líquido com um ponto em cada
um dos ângulos formados pelos braços da cruz. Os galhos e as flores da jurema são
destinados à rituais de limpeza que combatem o mau-olhado e eliminam qualquer
bruxaria do corpo. Também servem para que os médiuns do candomblé ou da umbanda
possam ver o futuro com mais clareza.

A "Jurema Negra" ( Mimosa Tenuiflora ), é também conhecida como Espinheiro Preto. É


uma árvore muito conhecida no nordeste brasileiro. São utilizadas a casca e a raiz
macerada na água, vinho ou cachaça.

É usada nos rituais do Catimbó e pajelanças,


principalmente entre os índios Jês e Tapuias e
Kariris (BR). O preparo da bebida e o cerimonial
eram secretos. Era usada por médicos-feiticeiros,
juntamente com o fumo e o maracá, para abençoar,
aconselhar e curar. A ingestão permite ao pajé
entrar em contato com seus espíritos ancestrais.Na
Umbanda, Jurema é a dona das ervas mágicas.

Segundo Sangirardi Jr.,os pajés indigenas


ensinaram aos brancos e mestiços os mistérios da
pajelança, e esta influiu no Catimbó. O "Cauim"
(cachaça com Jurema), dá um sentimento de plena
energia, de paz com o mundo e com nós mesmo, de empatia com todas as criaturas.

Em outros rituais possui a função depuradora: costuma-se soprar a fumaça nos quatro
cantos do templo ou da casa, expulsando assim os maus espíritos. Em seguida, um
assistente recolhe o recipiente e o deposita sobre uma esteira de palha. As mulheres mais
velhas das comunidades das regiões pobres do interior são convidadas a participar na
cerimônia formando um círculo ao redor da poção. Todos os participantes acendem seus
cachimbos que passam de mão e mão e de boca em boca, de modo cerimonioso e
fraternal.

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13/04/2018 Jurema - O CAMINHO VERMELHO - Xamanismo Nativo

Uma cantadeira agita as maracás feitas com cabaças, enquanto entoa hinos para evocar a
Jesus Cristo, à Virgem Maria, à Padre Cícero, à cabloca Jurema e outras entidades,
pedindo-lhes a benção para todos os presentes. Elas também benzem individualmente
todos os presentes. Quando a cantadeira se cansa, pede para ser substituída por outras
mulheres. Ao final de algumas horas, o chefe da cerimônia serve a bebida sagrada à cada
um: só podem beber dois tragos. O que sobra é jogado fora, a modo de libação, em um
buraco sagrado.

Durante o transe (estado alterado de consciência)o participante, pode pedir aos santos ou
entidades invocadas que lhe deixem ver com claridade o passado, presente e futuro.
Também pode rezar para pedir a proteção individual ou coletiva aos espíritos protetores
da natureza, geralmente de origem indígena ou afro-brasileiros. Os participantes também
podem conectar os mortos. O ajucá é um dos reinos mágicos, invisíveis habitado por
"espíritos dos bons conhecimentos".

Existe a crença de que os mortos se encarnam em algumas árvores, especialmente na


jurema. Por isso, estas árvores são sagradas no nordeste do Brasil. Em torno delas
acende-se velas e costuma-se rezar. Muitos são os que pedem à planta que lhes mostre seu
destino, o que na maioria das vezes é revelado através de um sonho, na mesma noite ou
nas noites seguintes a petição.

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