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TROVADORISMO

 
O trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no
século XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de
formação nacional.
na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e
cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias
cantadas).
Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Dinis...
No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de
Maldizer e Cantigas de Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).

Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da


mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais
comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema
hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada
(suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor
dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).

Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu - lírico é um homem, nas de


Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra ‘amigo’ nestas
cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela
falta do amado. 
-Pastorelas:ambiente rural.
-bailadas: referencia a dança
-romarias: reference as romarias feitas em lugares sagrados
-albas: amanhecer
-marinhas: ambiente marítimo
 
Amor cortesà submissão absoluta a dama. Vassalagem humilde e paciente. A amada e
vista como a mais bela de todas.
Par de estrofes:consiste na repetição de duas estrofes com uma ligeira diferença entre o
verso de uma e o seu correspondente na outra estrofe.( 1, 1 , 1...)

Leixa-pren: e uma espécie de encadeamento entre estrofes pares e impares: o segundo


verso da segunda estrofe se repete no primeiro da quarta estrofe, e assim por diante. (2 1,
2 1, 2 1...)

Hipérbato

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Hipérbato (também conhecido como Inversão) é o
rompimento da ordem direta dos termos da oração  
(sujeito, verbo, complementos, adjuntos) ou de nomes e
seus determinantes.

Exemplos:

1. “Não a Ti, Cristo, odeio ou te não quero.” (Fernando Pessoa)

2. "Do que a terra mais garrida / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores" (Osório
Duque Estrada, em Hino Nacional Brasileiro)

3. "Não é que o meu o teu sangue / Sangue de maior primor." (Alexandre Herculano)

4. Morreu o presidente.

5. Ontem aconteceram vários acidentes.

6. Dança, à noite, o casal de apaixonados no clube.

7. Aves, desisti de ter!

8. Das minhas coisas cuido eu!

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Antítese

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Antítese é um recurso estilistico literário que consiste na exposição de idéias opostas.


Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. Esse
recurso foi especialmente utilizado pelos autores do período Barroco. O contraste que se
estabelece serve, essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se
conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. É uma figura relacionada e muitas vezes
confundida com o paradoxo. Várias antíteses podem ser feitas através de Amor e Ódio, Sol
e Chuva, Paraíso e Inferno, Deus e Diabo.

Ex:
Onde queres prazer sou o que dói,
residem juntamente no teu peito/um demonio que ruge e um deus que chora
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido sou herói. (Caetano Veloso)
 "Já estou cheio de me
sentir vazio." (Renato
Russo)
 Do riso se fez o pranto.
 Ele a amava, ela o
odiava.
 Hoje fez sol, ontem,
pois, choveu muito.
 Com a morte
valorizamos a vida.

A antítese é também um dos três elementos da dialética hegeliana: tese, antítese e síntese.

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Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%ADtese"

Categorias: !Esboços sobre literatura | Figuras de linguagem | Conceitos filosóficos

Metonímia

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Chama-se de metonímia, pois é um emprego de um termo por outro, dada a relação de


semelhança ou a possibilidade de associação entre eles.

[editar] Formas mais usuais


 Efeito pela causa:

Sócrates tomou a morte. (O efeito é a morte, a causa é o veneno.)


 Causa pelo efeito:

Por favor, não fume dentro de casa: sou alérgica a cigarro. ( O cigarro é a causa: a
fumaça, o efeito. Podemos ser alérgicos a fumaça, mas não ao cigarro)
 Marca pelo produto:

O meu irmãozinho adora danone.(Danone é a marca de um iogurte; o menino gosta


de iogurte)
 Autor pela obra:

Lemos Machado de Assis por interesse. (Ninguém, na verdade, lê o autor, mas as


obras dele em geral.)
 Continente pelo
conteúdo:

Bebeu o cálice da salvação. (Ninguém engole um cálice, mas sim a bebida que está
nele.)
 Parte pelo todo:

A choupana não suportou quatro invernos.


 Possuidor pelo
possuído:

Ir ao barbeiro. (O barbeiro trabalha na barbearia, onde se vai - de fato, ninguém vai


a uma pessoa, mas ao local onde ela está)
 Matéria pelo objeto:

Quem por ferro mata... (ferro substitui, aqui, espada)


 O lugar pela coisa:

Uma garrafa de Porto. (Porto é o nome da cidade conotada com a bebida - mas não
é a cidade que fica na garrafa, mas sim a bebida.)
 O instrumento pela
causa ativa:

Sou um bom garfo (em substituição de "alguém que come bastante").


 A coisa pela sua
representação = sinal
pela coisa
significada):

És a minha âncora (em substituição de "segurança").


 Continente pelo
conteúdo:
Comi dois pratos bem cheios (ninguem come o prato em si, mas sim, a comida que
nele se encontra).

[editar] Sinédoque

A sinédoque é um caso especial de metonímia, onde se troca a palavra que indica o todo de
um ser por outra que indica apenas uma parte dele.

 Exemplo:

O rebanho tinha mil cabeças. (cabeça [parte] -> animal [todo])


 Ou o singular pelo
plural:
 Exemplo:

O homem, que é mortal, imortaliza-se por meio de suas conquistas.


 A choupana não
suportou quatro
invernos

[editar] Ver também


 Figura de linguagem
 Metáfora
 Wittgenstein

Paradoxo (figura de estilo)

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Relacionado com a antítese, o paradoxo é uma figura de pensamento que consiste na


exposição contraditória de ideias. As expressões assim formuladas tornam-se proposições
falsas, à luz do senso comum, mas que podem encerrar verdades do ponto de vista
psicológico/poético.(Simplificando,é uma afirmação ou opinião que à primeira vista parece
ser contraditória,mas na realidade expressa uma verdade possível). Em língua portuguesa, o
paradoxo mais citado talvez seja o célebre soneto de Luís de Camões:

"Amor é fogo que arde sem se ver,


é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer."

A diferença existencial entre antítese e paradoxo, é que antítese toma nota de comparação
por contraste ou justaposição de contrários, já o paradoxo reconhece-se como relação
interna de contrários:

 Antítese: "Eu sou


velho, você é moço."
 Paradoxo: "Eu sou um
velho moço."

Um outro exemplo muito utilizado é o paradoxo: "Morte é vida, vida é morte"

Luis Fernando Verissimo escreveu: "Se você tentou falhar e conseguiu, você descobriu o
que é paradoxo."

Polissíndeto

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Polissíndeto é o emprego repetivo da conjução entre as orações de um periodo ou entre os


termos de oração.

Um exemplo pode encontrar-se neste excerto de Sá de Miranda:

"Tudo é seco e mudo e de mestura


Também mudando-m'eu fiz doutras cores".

Outro exemplo de Carlos Drummond de Andrade

"E sob as ondas ritmadas


e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito"

Outro exemplo de Olavo Bilac:

"Longe do estéril turbilhão da rua,


Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!"

Catacrese

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Catacrese é a figura de linguagem que consiste na utilização de uma palavra ou expressão


que não descreve com exatidão o que se quer expressar, mas é adotado por não haver
palavra apropriada - ou a palavra apropriada não
ser de uso comum. Exemplos comuns são: "os pés Figuras de linguagem da Língua
da mesa", "marmelada de laranja", "vinagre de Portuguesa
maçã", "embarcar no avião", "olho do alfinete", Figuras semânticas Figuras sintáticas
"braço de rio", "dente de alho" etc.
 Alegoria  Aliteração

Pleonasmo
Antífrase  Analepse
 Antítese  Anacoluto
 Antonomásia  Anadiplose
 Apóstrofe  Anáfora
 Catacrese  Assíndeto
Origem: Wikipédia, a  Comparação  Clímax
enciclopédia livre.  Disfemismo  Diácope
 Eufemismo
 Elipse
 Gradação
Ir para: navegação, pesquisa  Epístrofe
 Hipálage
 Epizêuxis
 Hipérbole
Pleonasmo pode ser tanto uma figura de  Hipérbato
 Ironia
linguagem quanto um vício de linguagem. O  Paranomásia
 Metáfora
 Pleonasmo
pleonasmo é uma redundância (proposital ou não)  Metalepse
  Polissíndeto
em uma expressão, enfatizando-a. Metonímia
 Prolepse
 Onomatopéia
 Paradoxo  Silepse
 Perífrase
 Personificação  Zeugma
 Sarcasmo

 Sinestesia
Índice
[esconder]
 1 Pleonasmo literário
 2 Pleonasmo vicioso
 3 Exemplos
o 3.1 Pleonasmos viciosos

o 3.2 Pleonasmos literários

[editar] Pleonasmo literário

Também denominado pleonasmo de reforço ou estilístico, trata-se do uso do pleonasmo


como figura de linguagem para enfatizar algo em um texto. Grandes autores usam muito
deste recurso. Nos seus textos os pleonasmos não são considerados vícios de linguagem, e
sim pleonasmos literários.

[editar] Pleonasmo vicioso

Trata-se da repetição inútil e desnecessária de algum termo ou idéia na frase. Esse não é
uma figura de linguagem, e sim um vício (defeito) de linguagem.

[editar] Exemplos

[editar] Pleonasmos viciosos

 Subir para cima - Se


está subindo, logo, é
para cima.
 Descer para baixo - Se
está descendo, logo, é
para baixo.
 Entrar para dentro - Se
está entrando, logo, é
para dentro.
 Sair para fora - Se esta
saindo, logo, é para
fora.
 Protagonista principal -
O protagonista já é o
principal.
 Anexar junto - O
anexo já é junto.
 Hemorragia de sangue
- A hemorragia já trata
de derramamento de
sangue para fora dos
vasos.
 Almirante da Marinha
- só existe essa patente
na Marinha
 Brigadeiro da
Aeronáutica - só existe
na Aeronáutica
 General do Exército -
só existe no Exército,
observando que a
expressão pode ser
General-de-Exército,
que se trata da mais
alta patente de um
oficial general e logo,
não se trata de um
pleonasmo.

N.B. A figura oposta ao pleonasmo, neste caso, é a catacrese.

[editar] Pleonasmos literários

"Iam vinte anos desde aquele dia


Quando com os olhos eu quis ver de perto
Quanto em visão com os da saudade via."
(Alberto de Oliveira)

"Morrerás morte vil na mão de um forte."


(Gonçalves Dias)

"Ó mar salgado, quanto do teu sal


São lágrimas de Portugal"
(Fernando Pessoa)

"O cadáver de um defunto morto que já faleceu"


(Roberto Gómez Bolaños)

"E rir meu riso"


(Vinícius de Moraes)

"Magoar-te a ti"
(Gimão Macarrão)

"Vi claramente visto o lume vivo"


(Camões)
"O caixa deve anexar junto e mandar"
(Chico Bento)

  Este artigo

Elipse (figura de estilo)

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Elipse é uma supressão de uma palavra facilmente subentendida.

[editar] Exemplos
 Na oralidade, quando
alguém serve chá pode
perguntar "com ou sem
açúcar?" - ainda que a
frase não explicite que
se está a referir ao chá,
o próprio contexto
serve para esclarecer o
seu sentido.
 "No mar, tanta
tormenta e tanto dano."
(em "Os Lusíadas" de
Camões) - onde se
omite o verbo "haver" ,
ainda que seja óbvia a
intenção do autor.
 João estava com
pressa. Preferiu não
entrar. (Ele, João,
preferiu não entrar)
 As quaresmas abriam a
flor depois do
carnaval. Os ipês, em
junho. (os ipês abriam
a flor em junho)
 Estudei para a prova,
ela também. (Ela
também estudou para a
prova)
 "Na sala, apenas quatro
ou cinco convidados"
(Machado de Assis)
 Quanta maldade na
Terra. (Quanto
maldade há na Terra)
 O prêmio foi
conseguido e o
prisoneiro, solto. (sub
entendesse o termo foi)
 "O colégio compareceu
fardado; a diretoria, de
casaca." (R. Pompéia)

[editar] A Elipse e a Zeugma

Na zeugma, a expressão subentendida já foi mencionada.

[editar] Links externos


Figuras de linguagem da Língua
[[1]] Portuguesa
Figuras semânticas Figuras sintáticas

Paranomásia  Alegoria  Aliteração


 Antífrase  Analepse
 Antítese  Anacoluto
 Antonomásia  Anadiplose
Origem: Wikipédia,  Apóstrofe  Anáfora
a enciclopédia livre.  Catacrese  Assíndeto
 Comparação  Clímax
Ir para: navegação, pesquisa  Disfemismo  Diácope
 Eufemismo
 Elipse
 Gradação
Paronomásia é o emprego de palavras parônimas  Epístrofe
 Hipálage
(com sonoridade semelhante) numa mesma frase,  Epizêuxis
 Hipérbole
fenômeno que é popularmente conhecido como  Hipérbato
 Ironia
trocadilho. Exemplos:  Paranomásia
 Metáfora
 Pleonasmo
 Metalepse
 Metonímia
 Polissíndeto
 Onomatopéia  Prolepse
 Paradoxo  Silepse
 Perífrase
 Personificação  Zeugma
 Sarcasmo

 Sinestesia
 "Com tais premissas
ele sem dúvida leva-
nos às primícias"
(Padre Antônio Vieira)
 "Exportar é o que
importa"' (Delfim
Netto)
 "Com os preços
praticados em planos
de saúde, uma simples
fatura em decorrência
de uma fratura pode
acabar com a nossa
fartura" (Max Nunes)

Outros exemplos incluem provérbios ("quem casa, quer casa") e expressões de uso
corrente, como traduttore, traditori ("tradutor, traidor"). O termo é ainda usado para
designar a semelhança entre duas palavras, de línguas diferentes, mas com a mesma
etimologia.

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QUADRO COMPARATIVO
CLASSICISMO                                                              TROVADORISMO

1)lírica camoniana; idealização amorosa---1)amor cortes-sofrimento amorosos


2)predomínio da razão--------------------------------2)predomínio da emoção
3)paganismo----------------------------------------------- 3)cristianismo
4)influencia da cultura greco-romana------- -4)influência da poesia provençal
5)antropocentrismo------------------------------------- -5)mentalidade teocentrica
6)ambiente universal-------------------------------------6)ambiente rural e cortes
7)racionalismo----------------------------------------------7)tema:amor saudade e critica
8)nacionalismo---------------------------------------------8)exaltação do ideal cavalheiro
FORMA                                                                             FORMA
-aparecimento do soneto                                -forma simples e popular
-imitação dos gregos                                      -paralelismo, leixa-pren e par
-estruturas rígidas                                           de estrofes para facilitar a 
                                                                         memorizaç ão
                                                                      -medidavelha:redondilhas

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