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Resumo:
O corpo é a porta de entrada para que o individuo possa se localizar no tempo e no espaço e
contemple o mundo que o cerca, com foco neste seguimento a Escola Manoel Marçal de Araújo
destaca o projeto de atividades psicomotoras, mediadas pelo educador físico Alexsandro Soares de
Lima no decorrer da pandemia, uma vez que as mesmas favoreceram a aprendizagem dos alunos no
contexto da inclusão. Este elo entre psicomotricidade e Educação Especial, evidencia que os órgãos
sensoriais são agentes de aprendizagem. A psicomotricidade é utilizada como ferramenta para o
desenvolvimento global do indivíduo, relacionando o pensamento, as emoções e a ação motora em
uma integração entre organismo e ambiente. As atividades psicomotoras evidenciadas neste período
de pandemia proporcionaram a exploração pedagógica do ambiente onde o educando estava
abrigado. A estimulação psicomotora tem por objetivo potencializar por meio dos exercícios, jogos,
atividades e técnicas, o cérebro das crianças, sendo benéfica ao desenvolvimento intelectual, físico,
cognitivo e afetivo. Durante a pandemia da Covid-19, com a implantação da quarentena, nossos
alunos tiveram que ficar em casa com seus pais ou responsáveis. Assim, o estímulo antes ofertado na
escola passou a ser mediado e recebido pelos alunos em casa. A estimulação psicomotora tange a
uma formação de base indispensável a pessoa com deficiência (PCD). A implementação de vídeo-
aulas e guias de atividades psicomotoras nas aulas de Educação Física, moveram as famílias para
conhecimento e operacionalização da estimulação, através das atividades propostas com os alunos.
Para o sucesso do projeto, na primeira etapa foi viabilizada uma conversa com as famílias para a
formação de grupos on-line, utilizando as ferramentas tecnológicas do Whatsapp de forma
pedagógica (vídeos, diálogos, salas de comunicação) com o objetivo de ministrar as atividades
psicomotoras. Na segunda etapa, iniciou-se as postagens das vídeo-aulas e das atividades do guia de
atividades psicomotoras nos grupos das salas de aula. Na terceira etapa houve o acompanhamento,
pelo professor de Educação Física, dos registros feitos pelos responsáveis nos grupos, por vídeos ou
fotos, dos alunos realizando as atividades propostas tencionadas nos aspectos cognitivos, motores,
sociais e afetivos. A devolutiva dos pais revelou-se surpreendente, uma vez que as famílias não
perderam o foco e tiveram muita persistência para evitar retrocessos na intervenção psicomotora de
seus filhos.
Introdução:
Materiais e Método:
As ações são desenvolvidas através de encontros remotos para a realização das atividades, análises de
das experiências, debates que fundamentam as nossas atividades em pressupostos teóricos de
Psicomotricidade, além das contribuições dos pais e responsáveis pelos alunos. Os métodos e técnicas
de ações planejadas para elaboração do guia de atividades psicomotoras e das aulas transformaram a
comunidade escolar por meio do conhecimento da prática e de uma nova forma de convivência.
• Boliche: a modalidade foi flexibilizada com o uso de bolas, lúdica, construída com jornal e sacos
recicláveis, e bola de meia. Foi necessário a criação de regras adaptadas, bem como a necessidade de
repetir o jogo mais vezes para que os alunos com TEA se acostumassem com a participação.
No decorrer da metodologia empregada nas atividades buscamos ampliar e desenvolver, através das
experiências psicomotoras, coragem, confiança, autoestima, autonomia e solidariedade. Por conta de
um forte sentimento de humanidade, a Escola Manoel Marçal de Araújo tem um olhar cuidadoso com
relação às diferenças. Tivemos dificuldades, é claro, e se pudéssemos, mudaríamos algumas ações.
Mas, conforme fomos nos dando conta ao longo do projeto, não devemos olhar somente para as
dificuldades, pois assim, empacamos nelas. O melhor é buscar as soluções, pois essas sim serão
transformadoras.
Resultados e Discussão:
A partir do projeto, verificou-se a importância da manutenção das atividades de estimulação
psicomotora, junto aos alunos da E.E.M.M.A., pois cooperaram para a continuação da rotina e no
controle da ansiedade dos alunos. Pensar em Psicomotricidade é fazer referência ao movimento, ao
afeto, ao corpo, às experiências vivenciadas, ao contexto do indivíduo e, foi exatamente por isso, que
o projeto precisou passar por um momento de reestruturação, onde o zelo pela vida do outro foi posto
em primeiro lugar. Por outro lado, as mudanças que foram necessárias fazer, nos ajudaram a
ressignificar os nossos objetivos, a nossa prática, dinâmica de estudos e produção de material,
contribuindo assim, com as famílias das crianças e com a formação e aprendizado dos participantes
do projeto.
Conclusões:
Escola e família são núcleos formadores e solidificadores de hábitos e comportamentos junto às
crianças. E o resultado obtido tem sido de uma maior interação, parceria, cooperação e união da
escola com a família, com o fim de promover o desenvolvimento da autonomia psicomotora das
crianças da E.E.M.M.A, uma vez que o desenvolvimento psicomotor está diretamente associado ao
desenvolvimento das funções do corpo, proporcionando à criança o movimento, a ação exploratória
do ambiente e dos objetos, possibilitando adquirir conhecimentos, auxiliando na cognição, educando
a criança para estabelecer princípios básicos na sua formação, reeducando-a ao apresentar algumas
defasagens, inabilidades e atrasos que venham a dificultar suas aquisições necessárias para um bom
desenvolvimento (ALVES, 2016).
O efeito da Psicomotricidade na vida das crianças é imprescindível, visto que, a ela estão ligados
alguns fatores como o desenvolvimento motor, afetivo, cognitivo e de linguagem. Ainda que o
projeto esteja em fase de andamento, é importante salientar que, promover essas práticas
psicomotoras em um ambiente escolar traz vários benefícios em longo prazo para o aluno,
entendendo o espaço onde convive e suas relações com o conhecimento.
Referências:
_________. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília:
Biografia 1
Alexsandro Soares de Lima, formado em Licenciatura Plena em Educação Física pela UFAM,
pós-graduado, em nível de Especialização em Educação Inclusiva, Especial e Políticas de
Inclusão. Professor concursado da SEMED e SEDUC. Trabalha como professor de Educação
Física de crianças PCD’S e AUTISTAS na Escola Estadual Manoel Marçal de Araújo
(EDUCAÇÃO ESPECIAL)
Biografia 2
Simone Helen Drumond Ischkanian é PCD, formada magistério pelo Instituto de Educação do
Amazonas e pedagogia pela UFAM, pós-graduada em Educação Infantil e NeuroPsicopedagogia
em formação. Professora e pedagoga concursada da SEMED Manaus. trabalha como professora
tutora na Universidade do Estado do Amazonas no curso de pós-graduação em Tecnologias EAD,
mestra em Ciências da Educação pela Universidade São Carlos e Doutoranda pela UNISAL- em
NeuroTecnologias Assistivas - e-mail: simone_drumond@hotmail.com