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ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRE

CRIAÇÃO DE

EMPARN
EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
AVE CAIPIRA
DO RIO GRANDE DO NORTE S/A

ASSESSORIA DE DIFUSÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO


Rua Jaguarari, 2192 - Lagoa Nova - 59062-500 - Natal/RN
Tel.: (84) 3232.5858 - Fax: (84) 3232.5868
www.emparn.rn.gov.br - e-mail: emparn@rn.gov.br

Outubro/2005
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EMPARN
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. ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRE .
. CRIAÇÃO DE AVE CAIPIRA .
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. Natal-RN .
. Outubro/2005 .
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EMPARN
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. GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
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. WILMA MARIA DE FARIA .
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. SECRETÁRIO DA AGRICULTURA, DA PECUÁRIA E DA PESCA .
. LAÍRE ROSADO FILHO .
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. DIRETORIA EXECUTIVA DA EMPARN
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. DIRETOR PRESIDENTE
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ROBSON DE MACEDO VIEIRA

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DIRETOR DE PESQUISA & DESENVOLVIMENTO
MARCONE CÉSAR MENDONÇA DAS CHAGAS
. DIRETOR DE OPERAÇÕES ADM. E FINANCEIRAS .
. ROMILDO FREIRE PESSOA JUNIOR .
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. EQUIPE DE ELABORAÇÃO .
. JOSÉ FLAMARION DE OLIVEIRA
.
. JOSÉ SIMPLÍCIO DE HOLANDA
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NEWTON AUTO DE SOUZA

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FRANCISCO DAS CHAGAS ÁVILA PAZ
MARCONE CESAR MENDONÇA CHAGAS
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. REVISÃO .
. MARIA DE FÁTIMA PINTO BARRETO .
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. PROJETO GRÃFICO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
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. LUCIANA RIU UBACH
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. Divisão de Serviços Técnicos
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. Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN ; Biblioteca Central Zila Mamede
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. Orientações técnicas sobre criação de ave caipira / José Flamarion de .
. Oliveira ... [Et al.]. - Natal [RN] : EMPARN, 2005.
15 p. .
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. 1. Ave caipira. 2. Manejo. 3. Técnicas de criação. 4. Avicultura. I. .
. Oliveira, José Flamarion de . II. Título. .
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. RN/UF/BCZM CDU 636.52/.58
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EMPARN
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. 8. LITERATURA CONSULTADA SUMÁRIO
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. HOLANDA, J.S. et al. Manejo e produção de galinha caipira. .
. 2ª ed. rev. Natal, RN: EMPRN, 72 p, 2002. .
. 1. Introdução 1 .
. 2. Raças de Galinha
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1
SOUZA, N.A., FEITOSA, A.P.W., OLIVEIRA, J.F. Sistemas de
. criação de galinha caipira: postura e corte. Natal,RN, 40 p., 3. Manejo - Sistema semi-intensivo 3 .
. 2005. (No prelo). 3.1. Cuidados com os pintos 4 .
. .
. 3.2. Manejo das aves poedeiras 6 .
. 3.3. Cuidados com os ninhos 6 .
. .
. 3.4. Qualidade do o vo 7
.
. 4. Instalações 8 .
. .
. 4.1. Aviário 8
.
. 4.2. Área de pastejo 9 .
. 5. Alimentação
.
. .
9

. 6. Prevenção e controle das principais doenças 11 .


. 7. Análise financeira de módulos de produção 13 .
. .
. 7.1. Módulo para postura 13 .
. 7.1. Módulo para corte 14 .
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. 8. Literatura consultada 15
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15 . .
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EMPARN
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. 1. INTRODUÇÃO 7.2 MÓDULO PARA CORTE
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. É adotado, também, o sistema semi-intensivo de criação, com o .
. No final de 1996, a EMPARN instituiu o Pró-Ave Caipira, como um
povoamento mensal de 110 pintos de um dia (55 machos e 55 fêmeas),
.
. instrumento para fazer renascer e incentivar a avicultura caipira com
.
. tecnologia e rentabilidade, visando a diversificação das atividades totalizando 440 aves no quarto mês da atividade, quando será descartado
.
. .
o
produtivas na pequena propriedade, gerar um suporte de renda e melhorar o 1 lote e realizada a sua reposição com pintos de um dia. Necessita de um
. .
2
o nível nutricional das famílias rurais. aviário rústico com 48m (12m x 4m) com quatro divisões e de um cercado
. .
2
A criação de ave caipira é uma atividade simples. Com a introdução com 800m para o pastejo e caminhamento das aves. A Tabela abaixo
. de novas técnicas de manejo já disponíveis e viáveis ao pequeno produtor, mostra a rentabilidade financeira do módulo para um abate de 100 .
. esta atividade garantirá, além da sua sobrevivência, alguma renda para a
o
aves/mês após a estabilização do sistema que ocorre a partir do 4 mês do .
. sua família mediante a comercialização dos produtos: carne e ovos. início da criação. .
. No contexto atual em que se enfatiza a produção de alimentos .
. saudáveis e naturais, a criação de ave caipira desponta como uma .
. atividade rentável, devido ao valor dos alimentos produzidos sem agredir o
DISCRIMINAÇÃO DESPESAS (A) RECEITAS (B) .
. meio ambiente, sem causar sofrimento às aves, sem utilização de produtos CUSTEIO (MENSAL) 671,00 .
. químicos na sua criação.
. 110 pintos de um dia 121,00 .
. Dentro deste enfoque, a criação de ave caipira tem seu lugar de
. 850 kg de ração p/ corte (milho e concentrado) 510,00
.
. .
. Vacinas e medicamentos 10,00
. Forragem verde 20,00
. destaque no cenário do semi-árido nordestino. . Energia 10,00 .
. VENDA DE PRODUTOS (MENSAL) 1.200,00 .
. Aves (100 unidades) 1.200,00 .
. 2. RAÇAS DE GALINHA .
. Existem mais de 120 raças de galinha. Dentre essas, as mais RECEITA LÍQUIDA (B A) 529,00 .
. encontradas são as vermelhas, as carijós e as pretas. A mais comum, no .
. entanto, é a galinha caipira que, na verdade não tem raça definida, sendo o .
. resultado de uma mistura de várias raças, ocorrida ao acaso, sem nenhum COEFICIENTES TÉCNICOS .
. critério técnico ou algum tipo de orientação zootécnica Preço da ave viva p/ venda: R$ 12,00 .
. A EMPARN, contando com o apoio da Embrapa Suínos e Aves, Preço da ração p/ corte: R$ 0,60/kg .
. analisando as linhagens de galinha disponíveis no mercado e considerando Preço do pinto de um dia: R$ 1,10/Un .
. a rusticidade, resistência, ampla adaptação a diferentes condições Mão-de-obra empregada: Familiar .
. Custo das instalações: R$ 2.900,00. .
. ambientais e capacidade produtiva de carne e ovos, escolheu a linhagem
.
. ISA Label S757N para o desenvolvimento do Pró-Ave Caipira.
.
. Após dois anos trabalhando com a Isa Label, a EMPARN introduziu
.
. as raças Paraíso Pedrês e Embrapa 051, para diversificar a criação de aves .
. caipiras no estado (Quadro 1). .
. .
1. . 14
. .
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EMPARN
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.
. 7. ANÁLISE FINANCEIRA DE MÓDULOS DE PRODUÇÃO Quadro1 - Principais características das aves.
.
.
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. .
. 7.1 MÓDULO PARA POSTURA Características
I sa L a b el E m b ra p a P a ra i so
.
. .
S757 N 051 P ed rez

. Consiste na criação, no sistema semi-intensivo, de aves melhoradas


.
A pti dão corte/postura postura carne

. .
com características de rusticidade e de alta produtividade. Será composto P eso (Kg )
Macho 2,4 a 2,8 2,3 A 2,5 2,8 a 3,5
. de 160 aves para postura (150 fêmeas e 10 machos) e por outro lote de
Fêmea 2,0 a 2,2 1,5 a 2,0 2,2 a 2,5
.
. 150 aves para corte (75 fêmeas e 75 machos), repovoado a cada quatro
I d a d e p / cort e a p a rt i r d e (d i a s) 120 150 110 .
. meses. As instalações físicas serão compostas de um aviário com duas .
. divisões medindo 48m2 (12m x 4m) e de dois cercados para pastejo com P rodução de ov os: .
. 300m2 (15m x 20m) para cada lote de criação. A Tabela abaixo mostra Início da produção comercial (semanas) 21 21 .
. rentabilidade financeira anual, após a estabilização da criação que Idade a 50% de postura (semanas) 23 23 .
. ocorrerá a partir do 6o mês do início da atividade. Idade no pico da produção (semanas) 28 28 .
. Produção média (21 a 80 semanas) 60 a 65% 67 a 71% .
. DISCRIMINAÇÃO DESPESAS (A) RECEITAS (B) Cor dos ovos Castanha Claro Castanhas .
. .
. CUSTEIO (ANUAL) 6.276,00
.
. . 660 pintos de um dia
. 3.600 kg de ração p/ corte (milho e concentrado)
726,00
2.160,00 .
. . 5.400 kg ração p/ postura (milho e concentrado) 2.970,00 .
. . Vacinas e medicamentos
. Forragem verde
100,00
200,00 .
. . Energia 120,00 .
. .
. .
VENDA DE PRODUTOS (ANUAL) 13.065,00
. Ovos (1.095 bandejas de 30 ovos) 7.665,00
. . Aves (450 unidades) 5.400,00 .
. RENDA LÍQUIDA (B A) ANUAL 6.789,00 .
. MENSAL 565,75 Figura 1 - Paraíso Pedrês Figura 2 - Isa Label .
. .
. .
. COEFICIENTES TÉCNICOS
.
. Preço da bandeja de ovos c/ 30 unidades: R$ 7,00
.
. Preço da ave viva p/ venda: R$ 12,00
.
. Preço da ração p/ corte: R$ 0,60/kg .
. Preço da ração p/ postura: R$ 0,55/kg .
. Preço do pinto de um dia: R$ 1,10/Un .
. Mão-de-obra empregada: Familiar .
. Custo das instalações: R$ 2.700,00 Figura 3 - Embrapa 051 .
. .
13 . .2
. .
. .
EMPARN
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.
. 3. MANEJO - Sistema semi-intensivo Quadro 3 - Principais doenças: Sinais clínicos, prevenção e tratamento
.
.
.
. .
. A EMPARN recomenda para a agricultura familiar o sistema de
D O E NÇ A S SI NA I S C L I NI C O S P R E VE NÇ Ã O TR A TA ME NTO .
. criação semi-intensivo. A sas caídas, to rcico lo , .
. É um sistema em que se tenta dar às aves um certo grau de liberdade
D o e nça de
M a re k
diarréia, dificuldade de
Vacinação lo go apó s o
nascimento
Não existe. .
. deixando-as passar parte do tempo no aviário, onde ficam os comedouros,
lo co mo ção .
.
. bebedouros e ninhos, mas também lhes dando a opção de caminhar e
To sse, espirro s, .
. ciscar em área livre, de pastejo. À noite, as aves são recolhidas ao aviário, D o e nça de
respiração co m o bico
aberto , to rcico lo ,
Não existe. P o de-se .
. onde ficam protegidas das intempéries e da ação de predadores
N e w C a s t le cambalho tas para trás,
Higiene e vacinação fo rnecer vitamina A para
ajudar na recuperação . .
. caminhamento em círculo ,
diarréia de co r esverdeada. .
. As aves são alimentadas com ração à base de milho
.
. complementada com concentrados específicos, variando as quantidades D o e nça de
G um bo ro
Diarréia branca. Vacinação Não existe. .
. em função da finalidade da criação. Devem ser ofertados também
To sse, ro ncado , .
. alimentos alternativos que podem ser encontrados com facilidade e a um
B ro nquit e
co rrimento nasal, cara Fo rnecer antibió tico e .
. custo mínimo na propriedade. Essa alimentação pode ser composta de Inf e c c io s a
inchada, o lho s
lagrimejando , respiração
Higiene e vacinação vitamina A para ajudar na
respiração . .
. capins, folhas verdes, feno de maniva de mandioca e leucena. Sementes difícil. .
. em geral, insetos, minhocas, refugos de frutas, restos de culturas e Nó dulo s na crista, cabeça, .
. colheitas, etc. As aves devem ser vacinadas regularmente contra as doenças B o uba
barbela, pernas e pés e/o u
lesõ es de co r amarelada Vacinação
Não existe. P o de-se
fo rnecer vitamina A para .
. mais comuns, como Bouba, New Casttle, Coriza e Marek. Sempre que
A v iát ic a
na bo ca, exudado nasal e ajudar na recuperação . .
. contraírem algum tipo de doença, devem ser imediatamente medicadas. É
o cular.
.
. muito importante preservar a saúde das aves para assegurar a boa .
. lucratividade da criação.
Quadro 4 - Calendário de Vacinação: .
. IDADE .
. Características do sistema semi-intensivo (D i as)
VACIN A F ORMA DE AP LICAÇÃO
.
. 1 M arek e B o uba Suave Uma go ta no o lho .
. - A população de pintos de um dia deve ser constituída de machos e
New Castle(B 1) Gumbo ro e B ro nquite .
. fêmeas em proporções adequadas. Os pintos permanecerão confinados 7 – 10
H 120
Uma go ta no o lho
.
. por três a quatro semanas; 20 B o uba Fo rte
M ergulhar o estilete na vacina e perfurar
a membrana da asa. .
. - Manter separados lotes de idades diferentes; New Castle (Laso ta) Gumbo ro e .
. .
35 Uma go ta no o lho o u na água de beber.
B ro nquite H 120

. - Usar como cama do aviário: Raspa de madeira, palha de milho,


.
M ergulhar o estilete na vacina e perfurar
45 - 60 B o uba Fo rte
membrana da asa.
. capim elefante seco e triturado, casca de arroz, etc.;
45 -60 Co riza A plicar 0,5 cc no músculo do peito .
. - Reservar área livre para pastejo e recreação. Nessa área deve ser .
. ofertada forragem verde, preferencialmente, gramíneas. Pode ser capim ou É igualmente importante que se verifique as aves aos 60 dias e se repita a .
. forragem de milho produzida em canteiros isolados, arrancado-se as operação a cada 60 dias, se necessário. O vermífugo deve ser diluído na .
. plantas aos quinze dias da emergência, sugerindo-se jogá-las nas áreas água de beber, na dosagem recomendada pelo fabricante. .
. .
3. . 12
. .
. .
EMPARN
.
.
. 6. PREVENÇÃO E CONTROLE DAS PRINCIPAIS DOENÇAS livres em quantidades equivalentes a 20% do consumo de ração em matéria
.
.
.
. seca; .
. - Bebedouros e comedouros automáticos na razão de um para cada
.
. As doenças podem causar problemas graves numa criação e até .
. torná-la inviável sob os pontos de vista econômico e de saúde pública.
50 aves.
.
. À medida que as aves forem crescendo, esta relação deverá ser de
.
. Apesar do clima saudável do semi-árido, é importante que o um para cada 40 aves.
.
. avicultor procure sempre evitar qualquer possibilidade de doença no seu
.
. plantel. Para tanto, alguns cuidados devem ser tomados:
.
. 3.1. Manejo dos pintos .
. - O aviário deve estar situado em local isolado, distante de outras Nos primeiros dias de vida, os pintinhos necessitam de aquecimento .
. criações, e rodeado de árvores que proporcionem sombreamento o ano para regular a temperatura corporal, principalmente durante o período .
. inteiro. A vegetação serve de filtro, diminuindo os riscos de contaminação e chuvoso, quando as temperaturas são mais baixas. .
. estresse calórico; O comportamento das aves (Figuras 4, 5, 6 e 7) é que determina a .
. necessidade de controlar a temperatura. .
. - Adquirir pintos de incubatórios idôneos, onde as matrizes possuam
.
. altos níveis de anticorpos contra as principais doenças para que possam
Figura 4 - Pintos amontoados debaixo da campânula (frio) .
. transmitir resistência aos pintinhos; .
. - Evitar o trânsito de pessoas, animais ou veículos nas proximidades .
. do galpão; .
. - Alojar, num mesmo galpão, somente aves da mesma idade para .
. evitar a transmissão de doenças das aves mais velhas para as mais novas; .
. .
. - Fazer o vazio sanitário, isto é, deixar o galpão desocupado, pelo Figura 5 - Pintos afastados da campânula (calor)
.
. menos dez dias entre um lote e outro;
.
. - Fazer a desinfecção do galpão e dos equipamentos sempre que for .
. instalar um novo lote; .
. .
. Se, apesar de todos os cuidados preventivos adotados, aparecerem
.
. Figura 6 - Pintos agrupados num só lado do círculo (corrente de ar) .
. aves doentes, o avicultor deverá tomar de imediato, as seguintes
.
. providências:
.
. - Isolar a uma distância (>500m) e numa posição contrária aos .
. ventos dominantes todas as aves que apresentem sintomas de doenças; .
. - Procurar a orientação de um veterinário. .
. .
. .
11. .4
. .
. .
EMPARN
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.
. Figura 7 - Pintos distribuídos em todos os espaços do círculo (temperatura minerais em quantidades equilibradas. À medida que aumenta a idade, as
.
.
.
. ideal) aves destinadas ao abate aumentam suas necessidades energéticas e .
. diminuem o seu requerimento protéico, de modo que a ração deve ter de
.
. .
. 2.900 a 3.100Kcal/kg de energia metabolizável e 16 a 22% de proteína
.
. bruta. Já as rações destinadas às aves produtoras de ovos devem conter
.
. iguais níveis de proteína bruta e 2750 a 2900kcal/kg de energia
.
. metabolizável, a depender da idade e da linhagem (leve ou pesada). .
. O círculo de proteção tem a finalidade de proteger os pintinhos Os principais ingredientes usados na formulação das rações são: o .
. contra correntes de ar, ajudando na manutenção da temperatura ideal para milho moído, o sorgo, o farelo de soja e o farelo de trigo. Vários produtos .
. as aves no início do desenvolvimento, além de evitar que fiquem dispersos e alternativos, no entanto, poderão substituir parcialmente os ingredientes .
. não encontrem o alimento e a água. O seu diâmetro depende do número tradicionais das rações balanceadas com vantagens econômicas. É o caso .
. de aves a serem alojadas. Recomenda-se uma população de 70 pintos do milheto, da batata doce, da farinha de mandioca, da farinha de leucena, .
. para cada m2 do círculo, com uma altura de 40 a 60 cm, não devendo do feno da parte aérea da mandioca, etc. O importante é que os níveis .
. ultrapassar 500 aves por círculo. Na sua confecção, podem ser usadas energéticos e protéicos mínimos recomendados sejam mantidos para que .
. chapas de eucatex, duratex, compensado, ou mesmo papelão, zinco, etc. não haja diminuição significativa da produção. .
. A altura da campânula em relação aos pintinhos é de A alimentação das aves deve ser complementada com pastagem .
. aproximadamente 60cm. natural ou artificial, ou ração verde moída, fornecida nas primeiras horas .
. Os equipamentos no interior do círculo de proteção devem ficar do dia e ao entardecer, em quantidades suficientes para se alimentarem à .
. vontade, mas sem que haja sobras significativas. O alimento verde é o
.
. dispostos de maneira alternada (Figura 8).
.
. responsável pela cor e o sabor característico dos produtos tipo caipira.
.
. Figura 8 - Círculo de proteção para 500 pintos (3,0m de diâmetro) Quado2 - Quantidade de ração consumida (g/ave/dia)
.
. IDA DE ( dias) P A RA ÍSO ISA LA BE L E M BRA P A
.
. COMEDOURO
BEBEDOURO
(1/80) .
. .
(1/80)
0 – 28 30,5 25,5 20,5

. 29 – 42 62,5 37,5 37,5


.
. 43 – 56
57 - 70
87,5
95,0
47,5
57,5
47,5
55,0
.
. 71 – 84 95,0 77,5 59,0 .
. 85 – 98 97,5 92,5 63,0 .
. CAMPÂNULA 99 – 112 100,0 97,5 69,0 .
. CÍRCULO DE PROTEÇÃO
113 – 126 100,0 100,0 80,0 .
. Logo após a chegada dos pintinhos ao aviário, é importante oferecer 127 – 140 - 100,0 90,0 .
. água contendo 5% de açúcar. Deve-se molhar o bico de alguns deles para > 140 - 100,0 90,0
.
. que sirva de orientação da fonte de água para os demais. A ração deverá Composição: 1 - 28 dias (20% de concentrado inicial + 80% de milho)
.
. .
29 a 140 dias (20% de concentrado de crescimento + 80% de milho) + verde
ser oferecida uma hora após a bebida. > 140 dias (30% de concentrado de postura + 70% de milho) + verde
. .
5. . 10
. .
. .
EMPARN
.
.
. 4.2 Área de pastejo 3.2. Manejo das aves poedeiras
.
.
.
. Cada aviário é conjugado com uma área livre para pastejo (Figura As aves destinadas à produção de ovos deverão passar por um .
. 13) e caminhamento, que precisa ter dimensões suficientes para oferecer de processo de seleção com o objetivo de eliminar as aves que apresentam
.
. 2 a 4m2 para cada ave. A construção fica a critério do produtor. Pode ser de
.
. desenvolvimento abaixo do normal, bem como as improdutivas, que
.
. tela, de cerca de varas trançadas em pé ou com arame trançado. É podem ser identificadas através de algumas características externas:
.
. importante que haja sombreamento para as aves ficarem ao abrigo do sol e
A) Forma da cloaca: A cloaca será alargada, de forma oval, sem .
. para se colocar as rações alternativas. Esse sombreamento pode ser com
pigmentação e úmida nas aves em postura e estreita, de forma .
. árvores frutíferas ou mesmo com pequenas latadas.
arredondada, amarela e seca naquelas fora de produção. .
. .
. B) Distância entre os ossos pélvicos: Os ossos pélvicos são dois .
. ossinhos em forma de gancho, que podem ser sentidos quando se .
. toca a parte traseira de uma ave. Quando a distância entre eles é .
. igual a dois ou mais dedos juntos, a ave está em postura. Quando .
. entre eles, cabe apenas um, a ave está fora de produção. .
. .
. C) Crista abdominal: As aves em postura apresentam pouca gordura .
. abdominal, sendo a pele do abdômen elástica e maleável. As .
. aves fora de produção, têm muita gordura abdominal e a pele .
. endurecida e rígida. .
. .
. Figura 13 - Área livre para pastejo
D)Pigmentação do bica e das pernas: As aves em postura
.
. apresentam bico e pernas sem pigmentação. Já aquelas fora de
.
. 5. ALIMENTAÇÃO
produção, terão estas partes do corpo amareladas.
.
. As raças de galinha caipira melhoradas possuem alta capacidade de Eliminando-se as aves improdutivas, diminui-se os gastos com ração .
. produção de carne e ovos. Mas para que este potencial seja externado é e aumenta-se os lucros da atividade. .
. .
. necessário oferecer uma alimentação compatível com as suas
.
. necessidades.
.
. Do ponto de vista econômico, a alimentação é um fator de grande 3.3. Cuidados com os ninhos
.
. importância, não somente porque dela depende um bom desempenho Os ninhos podem ser confeccionados de diferentes materiais.
.
. produtivo das aves, mas sobretudo, porque representa boa parte dos custos Porém, os mais comuns são os de madeira, que devem ter 35 cm de altura e
.
. da atividade. Aspectos importantes como a quantidade dos ingredientes e o 35 cm de profundidade e 35 cm de largura para oferecer maior conforto à .
. balanço nutricional correto, devem ser observados na composição das galinha no momento da postura. .
. rações, uma vez que deles depende a eficiência da alimentação. Geralmente usa-se o sistema convencional de dois andares (Figuras .
. Uma ração balanceada deve conter proteínas, energia, vitaminas e 9 e 10) para diminuir a ocupação de espaço nos galpões. A altura do .
. .
9. .6
. .
. .
EMPARN
.
.
. primeiro andar não deve ultrapassar 30 cm, para facilitar o acesso das - Colocar os ovos nas bandejas com a parte fina voltada para baixo;
.
.
.
. aves, evitando assim o aparecimento de ovos de cama. Deve-se guardar a - Se possível, vender os ovos duas ou mais vezes por semana; .
. proporção de um ninho para cada 4-5 aves. - Não guardar os ovos junto com produtos que soltam cheiro como
.
. .
. querosene, tintas, solventes, cebola e frutas, pois o ovo absorve cheiro;
.
. - Não lavar os ovos sujos, pois a água penetra através da casca,
.
. estragando-os. Limpe-os com uma esponja seca;
.
. .
. 4. INSTALAÇÕES .
. 4.1 - Aviário .
. O aviário é a peça fundamental de todo o sistema de criação, .
. podendo ser construído em alvenaria ou com materiais rústicos (Figuras 11 .
. e 12). Seu tamanho dependerá da quantidade de aves que o produtor .
. Figuras 9 e 10 - Ninho rústico de dois andares, confeccionado em
pretende criar. Para aves poedeiras, a lotação sugerida é de 4 a 6 aves/m2; .
. madeira.
no caso de aves de corte, esta relação pode ser aumentada para 6 a 8 .
. aves/m2.
.
. Os ninhos devem ser forrados com material seco, absorvente e .
. macio para evitar a quebra dos ovos no momento da postura. A cama deve
Deve ser construído com o telhado em duas águas e nunca com uma
.
. ser reposta semanalmente para evitar o aparecimento de ovos sujos. Deve
largura superior a 10 metros. A declividade do teto precisa ser de no
.
. ser tratada, periodicamente, com algum produto que combata o piolho das
mínimo 25%. É necessário que o teto seja bem feito, para evitar que a chuva
.
. aves (cafife).
caia dentro do aviário, molhando a cama e a ração das aves, ou que o sol .
. Devem ser colocados no lugar menos iluminado dos galpões, pois
esquente a água nos bebedouros. .
. os ninhos escuros criam um clima mais agradável para as poedeiras.
As instalações também podem ser rústicas, utilizando-se materiais .
. Colocá-los entre a 15ª e a 18ª semana para que as frangas se acostumem
que podem ser obtidos no próprio sitio do produtor, como varas, varões, .
. com os mesmos, evitando a postura de ovos na cama. É importante que
forquilhas etc. O piso deve ser cimentado para permitir a lavagem e .
. sejam fechados durante a noite, para que as aves não durmam neles,
desinfecção do galpão após a retirada dos lotes. .
. .
. sujando a cama e aumentando o índice de galinhas chocas.
.
. .
. 3.4. Qualidade do ovo
.
. Eis algumas recomendações para que a qualidade dos ovos seja .
. mantida por mais tempo: .
. - Fazer várias coletas durante o dia, não deixando juntar ovos nos .
. ninhos. Assim se diminui a quantidade de ovos sujos e/ou quebrados; .
. - Não deixar que as galinhas fiquem deitadas no ninho após a
Figura 11 - Aviário em alvenaria Figura 12 - Aviário em alvenaria .
. postura; com divisória .
. .
7. .8
. .

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