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Desenho Universal
Professora Esp. Giovanna Renzetti
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
Copyright C Edição 2021 Editora Edufatecie
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a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
UNIFATECIE Unidade 1
Reitor Rua Getúlio Vargas, 333
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira Centro, Paranavaí, PR
Diretor de Ensino (44) 3045-9898
Prof. Ms. Daniel de Lima
Diretor Financeiro
Prof. Eduardo Luiz UNIFATECIE Unidade 2
Campano Santini
Rua Getúlio Vargas, 333
Diretor Administrativo Centro, Paranavaí, PR
Prof. Ms. Renato Valença Correia (44) 3045-9898
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
● Arquiteta e Urbanista
● Mestranda em Metodologia do Projeto Arquitetônico com enfoque em Refe-
rências Projetuais: história, modelos e ideias pela Universidade Estadual de
Londrina (UEL) e Universidade Estadual de Maringá (UEM)
● Especialista em Projeto Arquitetônico: Composição e Tecnologia do Ambiente
Construído pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).
● Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela PUCPR (Pontifícia Universidade
Católica do Paraná)
http://lattes.cnpq.br/5329007871283195
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
UNIDADE I....................................................................................................... 3
Desenho Arquitetônico
UNIDADE II.................................................................................................... 29
Normas Técnicas de Representação Gráfica e Interpretação de
Objetos de Engenharia e Arquitetura
UNIDADE III................................................................................................... 54
Ferramentas e Comandos da Representação Computacional
UNIDADE IV................................................................................................... 76
Desenho Universal
UNIDADE I
Desenho Arquitetônico
Professor Esp. Giovanna Renzetti
Plano de Estudo:
● Conceitos e Definições de instrumentos e materiais de desenho;
● Breve histórico sobre linhas e traços;
● Assimilação dos conceitos de desenho de observação;
● Campos de estudo dos tipos de perspectivas.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar o que é representação gráfica;
● Compreender os princípios do desenho técnico;
● Estabelecer a importância do desenho à mão livre e perspectivas.
3
INTRODUÇÃO
O tampo da prancheta serve como suporte para a folha do desenho, sua inclinação
depende da posição que é confortável para cada usuário.
Depois de definido o local de apoio para o papel, precisamos nos familiarizar com
os instrumentos que nos permitem realizar um desenho, assim sendo, existem dois tipos de
ferramentas aptas para tal: lápis e lapiseiras.
Os lápis cumprem bem a atividade do desenho, apresentando variações adequadas
para cada tipo de representação, com diferentes espessuras de grafites, que comumente
são classificadas pelas letras H e B:
- HB: suave; para traçar linhas grossas e fortes, geralmente utilizado para repre-
sentar estruturas;
- FH: médio; usado para traçar linhas com intensidade mediana, como objetos e
indicações no desenho;
- 2H: médio intenso; utilizado para traçar a versão final do desenho;
- 4H: duro; indicado para desenhar layouts de projeto.
O próximo passo é traçar as primeiras linhas do desenho, para isso, existem algu-
mas ferramentas que auxiliam na realização de linhas retas e paralelas, sendo elas
- Régua T: instrumento que apresenta um apoio vertical em uma de suas extremi-
dades e serve para traçar linhas horizontais. Também é utilizada para apoio de esquadros
para o desenho de linhas verticais.
- Régua paralela: tem a mesma função da régua T – traçar linhas horizontais e paralelas -
no entanto, seu apoio funciona de maneira diferente, sendo presa por fios perpendiculares
à posição da régua permitindo seu deslizamento para cima e para baixo na prancheta.
FIGURA 9 - ESCALÍMETRO
É significativo ressaltar que existem outras linhas além dessas com funções
distintas, as representadas no exemplo acima são as mais comuns e utilizadas. A NBR
que define os tipos e espessuras dos traços é a 16861, portanto, para dúvidas e aprofun-
damento de seu conhecimento é importante realizar a consulta do documento que pode
ser encontrado on-line.
Esteja com a mão relaxada quando for desenhar, segure o lápis um pouco acima da
ponta e faça traços contínuos, controlando seus movimentos com o braço e com os dedos,
como ilustra a imagem acima.
De acordo com o que foi visto anteriormente, a perspectiva é uma técnica utilizada
por arquitetos e engenheiros para representar em um plano bidimensional um objeto ou
construção tridimensional. Dividimos essas perspectivas em duas categorias, cônicas e ci-
líndricas. O que aprenderemos a seguir é que essas representações acontecem por meio
de projeções, ou seja, projetamos os três eixos dimensionais em um plano bidimensional.
FIGURA 17 - PROJEÇÕES
Essas projeções podem ser de duas formas quando falamos de perspectiva cilíndri-
ca (oblíqua ou ortogonal) e cada uma dessas formas define diferentes tipos de perspectivas.
À vista de aprendermos os tipos de perspectivas, precisamos antes entender os tipos de
projeções, e, para isso, veremos na sequência as ferramentas em que se aplicam esse
método de representação gráfica.
- As projeções trimétricas têm todos os ângulos diferentes entre si. Os lados não
apresentam o mesmo destaque.
Alguns dos conceitos que abordaremos com o propósito de realizarmos uma pers-
pectiva cônica são a linha do horizonte, ponto de vista (ou de fuga), plano de terra, quadro,
altura do observador e linha de terra. A imagem a seguir sintetiza como esses conceitos se
aplicam em uma situação de projeção de retas convergentes.
SAIBA MAIS
REFLITA
Paul Klee.
história da arquitetura: em busca de uma interdisciplinaridade. 2007. Acessado em 04 Maio 2021. http://www.
exatas.ufpr.br/portal/docs_degraf/artigos_graphica/DESENHODEPERSPECTIVAEHISTORIA.pdf.
LIVRO
Título: Representação Gráfica em Arquitetura
Autor: Francis Ching
Editora: Bookman
Sinopse: Clássica introdução às ferramentas, aos princípios e às
técnicas essenciais para traduzir ideias de projetos arquitetônicos
em apresentações visuais. Explicações sobre pesos de linha,
dimensionamento, perspectiva e informações sobre projeções
ortogonais em relação a modelos tridimensionais são alguns dos
conteúdos da obra.
FILME/VÍDEO
Título: Desenhe como um arquiteto
Ano: 2017
Sinopse: Neste vídeo, compartilho minhas dicas para melhorar
sua técnica de desenho arquitetônico. Eu vou orientá-lo através
de um esboço de detalhes, um esboço de seção básica e, em
seguida, transição para alguns dos meus desenhos de trabalho
CAD para ilustrar como um conjunto de ferramentas simples pode
produzir uma variedade de desenhos.
Conceitos importantes discutidos:
- Peso gráfico (e as canetas que uso)
- Perspectiva atmosférica
- Técnica de desenho
- Cantos
- Iteração
- Primeiro plano, meio-termo e fundo
- O teste de “olho semicerrado”
- Tom + sombra
- Ambiente
Link: https://www.youtube.com/watch?v=24rnfO8s0hU
Plano de Estudo:
● Conceitos e Definições dos elementos de representação gráfica;
● Campos de estudo das vistas ortográficas;
● Breve histórico dos sistemas de representação;
● Tipos de simbologia gráfica.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar normas técnicas de representação gráfica;
● Compreender os diferentes sistemas de representações;
● Estabelecer a importância dos componentes construtivos e simbólicos do projeto de
arquitetura e engenharia;
29
INTRODUÇÃO
Para todo desenho que fazemos, tanto à mão quanto digital utilizamos a folha.
No caso do desenho técnico esse papel é denominado de prancha. Existem diferentes
formatos de prancha, porém independentemente do tamanho da prancha a ser adotado,
seu aspecto final precisa ser sempre o mesmo: dobrada no tamanho de uma A4.
A seguir aprenderemos os diversos tamanhos de pranchas e como realizar a do-
bradura de cada uma delas. É importante ressaltar que toda prancha que acomoda uma
representação gráfica apresenta um carimbo que contém as informações do desenho. Dito
isso, o carimbo sempre fica aparente na dobradura, de modo que o leitor identifique o
projeto antes mesmo de abri-lo.
O maior formato de papel para representação de um desenho técnico é o A0 e o
menor é o A4, entre os dois têm os tamanhos A3, A2 e A1. Quanto menor o número maior é
a folha. Utilizamos diferentes tamanhos de prancha de acordo com a escala do que estamos
representando. A imagem abaixo ilustra os diferentes tamanhos e medidas de folhas:
Lembrando que as cotas devem estar sempre um pouco afastadas dos limites do
desenho e não devem cruzar quaisquer linhas do objeto sendo representado. É o recurso
que nos permite indicar as medidas reais do objeto representado.
Nessa próxima etapa do nosso estudo vamos nos debruçar sobre os elementos
do desenho arquitetônico – parte constituinte do desenho técnico. E para compreen-
dermos esses elementos, precisamos, em um primeiro momento, nos familiarizar com
as chamadas vistas ortográficas, ou seja, as vistas que dão forma aos componentes do
projeto de arquitetura.
As vistas ortográficas são projeções ortogonais (como vimos na primeira unida-
de) nas quais as linhas de projeção são paralelas entre si e perpendiculares ao plano
de projeção. Segundo os princípios da geometria descritiva, para caracterizar bem um
objeto é preciso que se tenha pelo menos duas vistas do mesmo, melhor dizendo, duas
projeções – uma sobre o plano horizontal e outra sobre o plano vertical. Como vemos na
imagem a seguir:
A partir das projeções do objeto em cada face do sólido são criadas vistas, conforme
vemos a seguir:
FIGURA 12 - VISTAS
Cada uma das vistas criadas pelas projeções do objeto nos diferentes planos tem
um nome próprio, sendo elas: vista frontal, vista lateral, vista superior, vista inferior, vista
lateral direita e vista lateral esquerda. No caso de uma construção essas vistas são comu-
mente chamadas de “fachadas”.
SALA DE ESTAR
A= 15,30 m²
SAIBA MAIS
Para se fazer uma casa, nem sempre se necessita desenhá-la antes. Mas quando que-
remos discutir, ou explicar para os outros, as nossas ideias, é melhor desenhar antes
os planos [...] Estes desenhos devem ser bastante detalhados para que indiquem exa-
tamente os passos a seguir na construção. Por isso, é preciso, em primeiro lugar, que
as medidas de cada elemento estejam definidas claramente nas plantas e cortes. O de-
senho da fachada mostra a aparência externa da obra, e as elevações ou cortes, deter-
minam a posição e as alturas de portas, janelas, pisos, escadas e ângulos de telhados.
REFLITA
“Prefiro desenhar do que falar. O desenho é mais rápido e deixa menos espaço para
mentiras”.
Le Corbusier.
Já é sabido que um projeto nasce de uma ideia, e a partir dessa ideia desenhos são
feitos a fim de representá-la graficamente. Concluímos, portanto, que há uma comunicação
entre aquilo que imaginamos, o que representamos e o resultado final. O trecho a seguir da
dissertação de Lívia Santana exemplifica esse processo. Oferecendo ainda mais embasa-
mento para a importância de nossos estudos sobre sistemas de desenhos gráficos.
A concepção de um projeto inicia-se a partir das idéias iniciais do profissional, e para
materializá-las, utiliza-se do desenho para serem visualizadas graficamente. Este processo
caracteriza um ciclo inicial da projetação, onde ocorre interação entre ideias e registro atra-
vés das representações gráficas e sua interpretação. Objetiva-se nesse processo não só
a conformação de um projeto, mas também sua compreensão por demais pessoas após a
estruturação e finalização. Os croquis são exemplos dessa interação entre representações
e interpretações de um projeto.
A figura abaixo simboliza o fluxo contínuo entre idéia, desenho e visualização, ca-
racterizados por serem processos interligados e dependentes entre si. Este ciclo representa
a fase inicial da projetação no qual o Arquiteto, emissor, detém a idéia e os processos para
representá-las, e, posteriormente, comunicá-las ao contratante, receptor.
LIVRO
Título: Neufert: arte de projetar em arquitetura.
Autor: Ernst Neufert.
Editora: Gustavo Gili.
Sinopse: Arte de projetar em arquitetura é um manual de cons-
trução que reúne, de forma sistemática, os fundamentos, normas
e prescrições sobre recintos, edifícios, estâncias, instalações e
utensílios, tomando o ser humano como medida e objetivo. Nesta
edição, muitos dos capítulos foram revisados e atualizados, nos
quais os seguintes temas são abordados: instalações esportivas
aquáticas, varandas cobertas, hotéis, evacuação de incêndios,
móveis e utensílios de cozinha, restaurantes fast-food, fachadas
de madeira, normativas de economia energética, elevadores,
arquitetura solar, reabilitação e reutilização de edifícios etc. Além
de completar o conteúdo relativo às edições anteriores, esta nova
versão é fiel à obra de Ernst Neufert e continua sendo uma re-
ferência bibliográfica de reconhecido valor universal, um manual
indispensável para arquitetos, técnicos em arquitetura, engenhei-
ros, construtores, professores e estudantes. Desde a sua primeira
edição alemã de 1936, realizaram-se 39 edições em alemão e 17
em português, além de ter sido publicado em 18 idiomas diferentes
e vendido mais de um milhão de exemplares, no total.
FILME/VÍDEO
Título: Como a perspectiva linear funciona
Ano: 2013
Sinopse: Um olhar sobre a perspectiva linear através da história
Link: https://www.youtube.com/watch?v=eOksHhQ8TLM&t=15s
Plano de Estudo:
● Introdução ao AutoCad;
● Campos de estudo de layers e cotas;
● Tipos de textos e blocos;
● Fundamentos para plotagem do desenho;
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar os tipos de representação computacional 2D;
● Estabelecer a importância da representação do software AutoCad.
54
INTRODUÇÃO
Nesta unidade iremos nos distanciar das representações gráficas feitas à mão,
com os instrumentos de desenho que aprendemos em nossa primeira unidade, para nos
aprofundarmos nas expressões gráficas realizadas em software computacional 2D. Esse
exercício nada mais é do que transportar a um programa de computador aquilo que realiza-
mos manualmente em um primeiro momento.
A necessidade de utilização de programas computacionais nos campos de enge-
nharia e arquitetura se concentra na agilidade e rapidez em que os projetos são desenvolvi-
dos, possibilitando maior detalhamento do desenho em questão em um menor tempo, além
da precisão de representação alcançada.
O software que aprenderemos nesta unidade é o AutoCad, uma das ferramentas
mais difundidas entre os profissionais de engenharia e arquitetura mundialmente, sendo
de extrema importância seu manuseio não só para a realização de trabalhos acadêmicos
como também para a inserção do profissional no mercado de trabalho.
Primeiramente iremos nos familiarizar com a interface inicial do programa, a fim
de entendermos como funcionam suas barras de comandos e sua área gráfica, onde os
desenhos são produzidos.
Em um segundo momento tomaremos conhecimento dos seus principais comandos
de criação, edição e controle da imagem representada, para posteriormente aprendermos
a configurar os diferentes tipos de layers - camadas do desenho – tipos e cores de linhas.
Veremos como criar cotas e textos e manusear a biblioteca de blocos. Por fim, estudaremos
a diagramação de pranchas e a plotagem do desenho.
Ao final desta unidade teremos compreendido os comandos básicos do software
AutoCad e estaremos aptos a desenvolver desenhos técnicos utilizando o recurso com-
putacional 2D, de forma a otimizar o nosso tempo de trabalho e aumentar a precisão dos
detalhes dos desenhos desenvolvidos.
Neste tópico iremos nos aprofundar um pouco mais nos estudos sobre “layers” – ca-
madas do desenho. Assim como foi visto em nossa primeira unidade, cada linha apresenta
um tipo de espessura para representar um elemento do desenho em particular. As linhas
mais fortes mostram a presença de paredes e estrutura, já as mais finas elementos “em
vista” como mobiliários, por exemplo. Para definirmos essas diferenças de espessuras no
nosso desenho realizado no Autocad, fazemos uso dos layers. Geralmente diferenciamos
as diferentes espessuras de linha de acordo com a cor que adotamos para cada uma, ou
melhor dizendo, segundo os layers.
Podemos perceber que ainda não temos nenhuma camada além do layer 0, defi-
nido como layer padrão do programa. Para criarmos nossas camadas clicamos no ícone
indicado na imagem. A partir daí definimos a cor que desejamos, a espessura da linha e
o nome, clicando duas vezes em cima de cada comando para fazermos as alterações. O
resultado deve se parecer com a imagem abaixo:
Dessa forma já temos as camadas de nosso desenho, observa-se que cada ele-
mento apresenta uma cor e espessura de linha diferentes, assim sendo, quando formos
plotar nosso projeto as linhas aparecerão de acordo com essas densidades pré-definidas.
Aprenderemos o termo “plotar” em nosso último tópico, por ora, veremos como
inserir as cotas em um objeto. Vale ressaltar que aquelas normas que aprendemos em
nossas unidades anteriores relacionadas às cotas são válidas tanto para o desenho à mão,
quanto para a representação 2D computacional.
A partir daí clique em “New” e nomeie sua cota, uma vez feito isso vá para “continue”
e a aba abaixo aparecerá:
Para inserirmos o texto basta clicar em text > multiline text e escrever o texto dese-
jado. Agora a fim de ajustarmos o texto do tamanho que queremos utilizamos o comando
“scale”, desse modo selecione o texto > digite o comando sc > enter > selecione uma
extremidade do texto > aperte r de reference > selecione o ponto inicial e final do texto >
coloque a medida pretendida.
Como podemos perceber, existe uma infinidade de opções desses blocos, e para
os inserir em nosso desenho basta irmos ao menu A > open > selecionar o nosso arquivo de
blocos em dwg. A partir disso é possível manuseá-los da forma que precisamos, alterando
sua escala, rotacionando-os, copiando-os, etc. Todas essas alterações podem ser feitas
com os comandos básicos que aprendemos no início de nossa apostila.
Nosso próximo passo consiste em tornar possível a impressão dos nossos dese-
nhos, em outras palavras, realizar sua plotagem. Para isso, devemos acessar a tela layout,
localizada no menu inferior esquerdo do programa. Enfatiza-se que plotar um documento
significa passá-lo da versão dwg para pdf. E é isso que aprenderemos a seguir.
Porém, antes de plotar nossa prancha precisamos diagramá-la. Reforço a vocês
que existem diferentes tamanhos de papéis, como visto anteriormente, e para plotarmos
nosso desenho precisamos escolher qual tamanho de prancha usar. Clique em layout e a
seguinte tela aparecerá:
Ao dar “ok” percebemos que nossa prancha ficou maior que a margem pré definida
do layout, a qual chamamos de viewport. É a viewport que possibilita levarmos nosso de-
senho do “model” ao “layout”. Então a ajeitamos para ficar do tamanho da nossa prancha.
Usando os comandos que aprendemos até aqui criei o desenho de um lavabo,
e agora vamos ver como plotá-lo. O primeiro passo é inserir as margens do desenho e
posteriormente o carimbo. Depois disso escolhemos a escala desejada, lembrando que ela
varia de acordo com a unidade de medida na qual você está trabalhando, seja em metros
ou centímetros.
Para inserir a escala clicamos duas vezes na viewport > z > enter > 1000/25xp
(para unidade em metros e escala 1/25) > enter. Após seguir esses passos você já tem o
Após a plotagem você tem seu documento em pdf, o qual você pré-definiu as es-
pessuras das linhas e a escala, devendo se parecer com a ilustração abaixo:
Relembro a vocês que este resultado só foi possível graças àquelas primeiras con-
figurações que fizemos na etapa dos layers. Cada passo da realização do nosso desenho
está ligado a outro e o conjunto dessas etapas é que nos dá o produto final.
Por isso é importante nos atentarmos a cada detalhe do desenvolvimento do nosso
produto/projeto, a fim de alcançarmos o melhor resultado final possível.
Uma vantagem evidente dos desenhos digitais em relação aos desenhos tradicionais é a
possibilidade de experimentar modificações no projeto, estudar pontos de vista alternati-
vos ou testar diferentes técnicas de desenho. Essas vantagens advêm da possibilidade
de se desfazer uma ação ou uma sequência de operações, ou salvar uma versão do de-
senho enquanto trabalhamos em uma cópia ou retornar à versão salva, se necessário.
Francis D. K. Ching.
REFLITA
“Seja criterioso com a qualidade. Algumas pessoas não estão acostumadas com um
ambiente onde a excelência é esperada”.
Steve Jobs.
A seguir iremos ler um artigo publicado no site Archdaily sobre a evolução dos
programas computacionais para engenharia e arquitetura, o qual foca, sobretudo, na fer-
ramenta AutoCad. O autor ainda faz um paralelo sobre os novos softwares desenvolvidos
para a representação gráfica, expondo um pouco sobre a tecnologia BIM. A leitura nos
mostra como é importante estarmos sempre abertos a novas tecnologias de expressão
técnica, tendo em vista que esse universo está em constante mudança e evolução.
FONTE: Archdaily. Do CAD ao BIM. Quais as ferramentas do arquiteto brasileiro? 08 Abr. 2019.
mentas-do-arquiteto-brasileiro.
LIVRO
Título: AUTOCAD 2020 - Guia completo para iniciantes
Autor: Grasielle Cristina dos Santos Lembi Gorla.
Editora: CRV.
Sinopse: O AutoCAD é um software amplamente utilizado para
agilizar a representação gráfica de desenhos técnicos referentes a
diversas especialidades. Diante desta relevância, o presente livro
é fruto de um desejo em transmitir aos desenhistas conhecimento
essencial e abrangente sobre as rotinas de trabalho do software,
sobretudo da versão 2020, em modo bidimensional. O livro pos-
sui uma sequência estruturada de apresentação dos principais
comandos, conforme um grau ascendente de complexidade. Tais
comandos são abordados através da explanação detalhada da
sua rotina de operação, e muitos ainda apresentam ilustrações ou
representações parciais de caixas de diálogos, almejando facilitar
o entendimento do conteúdo ministrado. Embora o guia possa ser
explorado por projetistas de várias áreas e em diversas situações,
ele possui uma abordagem mais voltada ao segmento da arquite-
tura, engenharia civil e áreas afins. Nesta acepção é uma valiosa
ferramenta didática que pode ser utilizada por componentes cur-
riculares que abranjam o “desenho assistido por computador” em
sua área de atuação, oferecendo dezenas de exercícios práticos
para a consolidação do aprendizado.
FILME/VÍDEO
Título: Como Fazer o Download das Versões Educacionais do
AutoCAD e Revit - Atualizado Fevereiro/2021
Ano: 2021
Sinopse: Neste tutorial é explicado como fazer o download e
instalação das versões educacionais do AutoCAD, Revit e outros
programas da Autodesk.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=kBOp8g2-ibk&t=51s
Plano de Estudo:
● Conceitos e Definições dos sete princípios do desenho universal;
● Campos de estudo das diretrizes do desenho universal em projetos habitacionais;
● Breve histórico da mobilidade em espaços públicos;
● Tipos de design para todos.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar o termo desenho universal;
● Compreender o desenvolvimento de projetos de acessibilidade urbana;
● Estabelecer a importância do desenho para todos.
76
INTRODUÇÃO
O desenho universal, termo mais conhecido para expressões como design e ar-
quitetura inclusivos, design para todos, design para a diversidade e acessibilidade ao meio
físico (Cambiaghi, 2017) surgiu na década de oitenta nos Estados Unidos. A expressão
nasceu como necessidade de reivindicar um mundo mais acessível e igualitário, onde todas
as pessoas pudessem se sentir confortáveis e aptas a utilizarem qualquer tipo de espaço,
independente de idade, etnia, gênero ou limitações físicas
A expressão desenho universal ou universal design foi usada pela primeira
vez, nos Estados Unidos, por Ron Mace, arquiteto que articulou e influenciou
uma mudança de paradigmas dos projetos de arquitetura e design. Segundo
ele, o desenho universal é responsável pela criação de ambientes ou produ-
tos que podem ser usados pelo maior número de pessoas possível. (CAM-
BIAGHI, 2013, p. 73).
deficientes físicos.
como manuais para atender tais requisitos, em especial, a NBR 9050 focada em acessibili-
a se tornarem aptos a qualquer tipo de usuário. Um dos quesitos mais importantes a ser
lembrado na elaboração de qualquer ambiente que seja é a área de manobra mínima re-
querida por usuários de cadeira de rodas. Para que possam circular livremente entre a sala,
Um dos cômodos que merece maior atenção na hora de ser projetado ou reade-
quado para usuários com locomoção restrita é o banheiro, onde os equipamentos precisam
ser específicos para o usuário com limitações. Assim, o lavatório necessita de abertura
inferior de modo que o indivíduo consiga se aproximar da pia e ter a sobra de 25cm sob o
equipamento. Área do box com dimensões mínimas de 90x90cm, equipamentos de apoio
como barras verticais e horizontais fixadas nas paredes e área de manobra mínima de
180º, além das áreas de transferência perto da bacia sanitária e do box. Como ilustra a
imagem abaixo:
Ressalta-se que esses são alguns dos quesitos que precisam ser estudados no
desenvolvimento de espaços urbanos, no entanto, existem infinitas possibilidades para um
meio público mais inclusivo. Estudos são desenvolvidos constantemente a fim de encontrar
maneiras mais eficientes para acessibilidade e inclusão. Afinal, a cidade é para todos, ou
pelo menos deveria ser.
O design para todos, também chamado de design universal ou design for all, con-
centra-se no desenvolvimento de produtos e objetos que visam a maior qualidade de vida
dos usuários, ou seja, tem como objetivo contribuir para a igualdade de participação de todo
e qualquer indivíduo. O design faz a ponte entre fundamentos científicos e liberdade criativa
a fim de criar produtos inclusivos e atentos à evolução e à diversidade humana.
Salienta-se que o DI (design inclusivo) não se aplica somente à elaboração de
produtos e objetos mas também aos ambientes e serviços fornecidos aos usuários, como já
vimos anteriormente nos tópicos sobre acessibilidade dos espaços residenciais e públicos.
Nessa mesma linha de pensamento, aplicam-se os mesmos sete princípios do de-
senho universal para o design universal, em outras palavras, esses princípios também são
norteadores no processo de desdobramento de novos produtos inclusivos, prezando pela
universalidade de seus usos, sendo eles: igualitário, adaptável, óbvio, conhecido, seguro,
sem esforço e abrangente.
SAIBA MAIS
REFLITA
Dan Formosa.
Fonte: Pereira, Danila Gomes; Quaresma, Maria Manuela Rupp. A aplicabilidade do Design Inclusi-
vo em projetos de Design. Rio de Janeiro, 2017. 155p. Dissertação de Mestrado – Departamento de Artes &
LIVRO
Título: Introdução ao design inclusivo
Autor: Danila Gomes e Manuela Quaresma.
Editora: Appris.
Sinopse: O livro Introdução ao Design Inclusivo é uma leitura fun-
damental para pessoas imersas na área do Design. Nele consta
toda a filosofia do Design Inclusivo, um caminho para ensiná-lo
nos cursos de graduação em Design e reflexões sobre processos
projetuais que favorecem a elaboração de produtos inclusivos. No
Brasil, a pesquisa em torno desse tema está cada vez mais pre-
sente na área do Design, e as principais referências que embasam
as investigações vêm do exterior. Em vista disso, este livro é um
dos pioneiros no Brasil a tratar do Design Inclusivo na área do De-
sign, portanto, traz uma contribuição significativa para a evolução
do tema no nosso país. Danila Gomes convida-nos a uma reflexão
sobre as nossas práticas enquanto designers. Ela nos apresenta
a filosofia do Design Inclusivo como um novo olhar diante dos
projetos e vai além: mostra-nos que compreender a diversidade
funcional é obter uma nova percepção diante das pessoas que
estão ao nosso redor. Entender que somos todos diferentes em
limites e em habilidades é o primeiro passo para construir um olhar
livre de barreiras. A autora traz para a discussão os limites e a am-
plitude dessa abordagem de uma forma leve e prática. Acredita-se
que contemplar a diversidade funcional é uma atitude fundamental
na busca por um design de qualidade. Esta obra proporciona ao
leitor uma quebra de paradigmas e, essencialmente, uma nova
maneira de ver o Design.
FILME/VÍDEO
Título: Casas universais - episódio 1 “cidades habitáveis”
Ano: 2019
Sinopse: Randy Earle e Leslie Haynes exibem seu loft moderno de
300m² e um quarto com acesso para cadeira de rodas. A arquiteta
Carol Sundstrom conseguiu utilizar a planta aberta para criar um
espaço artístico, inovador e acessível a todos. Esta minissérie foi
criada pela Fundação de Paralisia Cerebral com o apoio generoso
da Chubb.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=MofhpHw68uc
• http://designinclusivo.com/
BARRETO, Emmanoel; REIS, Luiz Fernando. Notas de aula de desenho técnico e desenho
arquitetônico. UFV: Departamento de arquitetura e urbanismo. Viçosa, 2015.
Desenho universal: habitação de interesse social no Estado de São Paulo. 2010. Disponí-
vel em:http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Cartilhas/manual-desenho-universal.pdf.
Acesso em 14 de jul. de 2021.
97
Desenho Universal: um conceito para todos. Carletto, Ana Claudia; Cambiaghi, Silvana In:
Instituto Mara Gabrilli. São Paulo, 2007.
MUKAI, Hitomi; Schuler, Denise. Disciplina de desenho técnico I. FAG: Faculdade Assis
Gurgacz, 2008.
98
CONCLUSÃO GERAL
99
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