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Mestrado Integrado em Psicologia

2018/2019

INTELIGÊNCIA Maria João Afonso


(2º Ano, 1º Semestre)

AULAS T4 (09/10/2018): Sumário


INTELIGÊNCIA: METÁFORA GEOGRÁFICA / PARADIGMA DIFERENCIAL (Cont.)
Abordagem Fatorial – ESTRUTURA DA INTELIGÊNCIA: pioneiros SPEARMAN, THOMSON e THURSTONE.
Método de ANÁLISE FATORIAL: lógica e fundamentos.
Modelos Ingleses e Modelos Americanos (exemplos): VERNON e GUILFORD.
Implicações dos modelos para a medição da inteligência. Um Mapa das Aptidões: GUTTMAN
PSICOLOGIA da INTELIGÊNCIA:
METÁFORAS / PARADIGMAS DA INVESTIGAÇÃO
Maria José Miranda, 1986 Robert Sternberg, 1990

Paradigmas Metáforas
Biológico ou Neurobiológico Biológica (biologia da Inteligência – mundo interno)

Diferencial (Correlacional) Geográfica (mapa; organização, estrutura da inteligência – mundo interno)

Sociológica (génese da inteligência – mundo externo)

Psicogenético Epistemológica (génese da inteligência – mundo interno)

Informacional Computacional (mecanismos/processos da inteligência – mundo interno)

Antropológica (contexto da inteligência – mundo externo)

Sistémica (todo da inteligência – interação mundos interno X externo)


PSICOLOGIA da INTELIGÊNCIA:
grandes METÁFORAS DA INVESTIGAÇÃO (Sternberg, 1990)
PSICOLOGIA GERAL : marcos da evolução  Metáforas da Inteligência
Wundt Watson……Skinner Piaget Neisser Bronfenbrenner
Lab.Leipzig Behaviorismo Epistem.Genética Chomsky Ecologia humana
Vygotsky
Estruturalismo Wertheimer Contextualismo Integrativismo
Funcionalismo Gestaltismo Desenvolvimentismo Cognitivismo Sistemismo
1879 1912… ~1920-30 ~1940/50… ~1960… 1980 2000…
* * * * * * *
Metáfora Biológica ------------------------------------------------------- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ------------------- >
Metáfora Geográfica----------------------------------------------------------------------- - - - - - - - - - - - - - --------------- - - - ->
Metáfora Sociológica------------------------------ - - - - - - - - --------------------------- >
Metáfora Epistemológica----------------------------------------------------- >
Metáfora Computacional--------------- - - - - --- >
Metáfora Antropológica------------ >
Metáfora Sistémica---- >
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
Charles SPEARMAN (1863-1945) (Inglaterra)

- Elaboração matemática do Coeficiente de Correlação Ordinal


(PEARSON – elaboração do Coeficiente de Correlação Momento-Produto)
- Identificação do fenómeno positive manifold
- Proposta do primeiro método de análise de matrizes de intercorrelações:
MÉTODO DE ANÁLISE DAS EQUAÇÕES TÉTRADAS (Análise Fatorial)

- Fator geral (“g”) e TEORIA BI-FATORIAL (1904)


- Teoria da NOEGÉNESE (1927)
- Proposta de um novo domínio da Psicologia: “PSICOLOGIA CORRELACIONAL” (1904)
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL

Positive manifold
MATRIZ DE INTERCORRELAÇÕES** V Vocabulário
WAIS-III - 14 subtestes.
N=217 S Semelhanças
V S A MD I C O CG Cd Cb M DG PS
A Aritmética
S .64 MD Memória de Dígitos
A .57 .55
I Informação
MD .38 .40 .47
C Compreensão
I .68 .72 .61 .44
O Ordenação Letras/Nºs
C .60 .64 .51 .39 .63
O .46 .49 .59 .66 .54 .49

CG Completamento de Gravuras
CG .36 .55 .44 .40 .49 .49 .51
CDS .44 .48 .36 .39 .52 .53 .45 .52 Cd Código Dígito-Símbolo

Cb .40 .59 .49 .41 .54 .52 .46 .63 .57 Cb Cubos
M .40 .60 .52 .43 .54 .52 .52 .66 .60 .73 M Matrizes
DG .45 .61 .50 .41 .66 .54 .52 .56 .57 .66 .69 DG Disposição de Gravuras
PS .33 .46 .40 .39 .48 .47 .48 .59 .72 .68 .63 .63
PS Pesquisa de Símbolos
CO .39 .58 .46 .37 .57 .49 .47 .56 .46 .71 .59 .56 .51
** Todas as correlações são muito significativas (p<.001). CO Composição de Objetos
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
TEORIA BI-FATORIAL (Spearman): Positive Manifold

- Positive Manifold, desde 1904, com Spearman: constatação de que as CORRELAÇÕES


entre tarefas de natureza cognitiva, mesmo que qualitativamente distintas, são sempre
POSITIVAS e em geral, SIGNIFICATIVAS – isto é, quem resolve com facilidade uma tarefa
cognitiva tende a ter também facilidade em qualquer outra tarefa cognitiva ( e vice-
versa)
- SPEARMAN (1904) dá uma explicação para este fenómeno:
uma “capacidade latente”, necessária para a resolução de toda e qualquer tarefa
cognitiva, transversal a todas essas tarefas, é GERAL – “FATOR GERAL ou g” – mas cada
tarefa depende também de uma “capacidade específica” de resolução apenas dessa
tarefa – “FATORES ESPECÍFICOS ou s” (“specific factors”)

TEORIA BI-FATORIAL
Método das EQUAÇÕES TÉTRADAS (antecedente da ANÁLISE FATORIAL)
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
TEORIA BI-FATORIAL (Spearman): Fator g

– as correlações positivas e significativas entre todos os testes devem-se a variância


partilhada por todos os testes devida a um fator latente comum : Fator g
– a correlação entre dois testes depende da “quantidade de g” que partilham
– diferentes testes medem g em graus diferentes (uns testes são mais “saturados em g”
do que outros)
– a diversidade de correlações nas matrizes decorrem da diversidade de saturações em g
– diferentes indivíduos manifestam diferentes graus de g
– diferenças individuais quanto à inteligência são sobretudo diferenças quanto ao graus
de g que os indivíduos “possuem” – inicialmente, g visto como biológico e inato
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
TEORIA BI-FATORIAL (Spearman): Fatores s

MAS
- as correlações entre testes, ainda que positivas e significativas, não são de 1.00, ou
próximas de 1.00; a que se deve a parte da variância que não é partilhada com
outras variáveis (que não “co-varia”, que é variância só De cada variável)?

- variância específica, devida a um fator específico a cada teste: Fatores s.


TEORIA BI-FATORIAL ou TEORIA DOS DOIS FACTORES:

Diferenças individuais nos testes de condutas cognitivas devem-se a dois fatores


em que os indivíduos diferem:

FATOR g COMUM A TODOS OS TESTES

FATORES s ESPECÍFICOS DE CADA TESTE


Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
TEORIA BI-FATORIAL (Spearman): Fatores g e s

• Comum a todos os testes


• Necessário para o desempenho de qualquer tarefa ou a resolução de qualquer
problema
• Capacidade inata, imutável e não educável; “energia nervosa ou cortical”
• Testes variam na quantidade de g que exigem / pessoas variam na quantidade de g
Fator g que possuem
• Envolve “noegénese”: a apreensão de experiências, a edução de relações e a edução
de correlatos (raciocínio lógico, raciocínio indutivo) (1927)
• Permite predição da eficiência do indivíduo numa gama ampla de áreas de
funcionamento cognitivo (tem “elevado grau de generalidade”) (domain-general)
• Fatores específicos a cada teste
• Apenas envolvidos numa gama muito restrita de tarefas ou de problemas – (num único
tipo)
Fatores s • Dependem da aprendizagem e da experiência, são educáveis e treináveis
• Não permitem predição da eficiência noutras áreas cognitivas, porque se reportam a
domínios muito restritos de funcionamento (domain-specific)
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
TEORIA BI-FATORIAL (Spearman)

Como se explicam as
correlações entre estes
4 TESTES ?

Verbal

Numérico

Espacial

Mecânico
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
TEORIA BI-FATORIAL: Como medir a Inteligência?

- medir a inteligência é medir g


- seleção das melhores medidas de inteligência, que são mais “saturadas em g”
- fundamento para a validação de medidas da inteligência
- única base possível para predição de uma atividade para outra (grau de generalidade elevado)
- construção de testes altamente saturados em g :

TESTES DE FACTOR g
(ex: MATRIZES; ANALOGIAS)
- testes de conteúdo abstrato, figurativo (eliminar conteúdos dependentes da
aprendizagem, como a linguagem)
- de conteúdo homogéneo (tarefa uniforme)
- de potencial (itens de dificuldade crescente; tempo suficiente)
- exigem aplicação da “lei da noegénese” (apreensão de experiências, edução de
relações e edução de correlatos)
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL

Godfrey THOMSON (1881-1955) (Escócia/Inglaterra)

- Crítica veemente ao Modelo Bi- Fatorial de Spearman (Thomson, 1916…)


- Proposta alternativa: TEORIA DA AMOSTRAGEM (Sampling Theory
of Intelligence)
- Elevado número de “APTIDÕES INTELECTUAIS ELEMENTARES”
- Cada teste constitui uma AMOSTRAGEM DE APTIDÕES ELEMENTARES, umas
mais restritas, outras mais amplas ou abrangentes, mas nenhuma tão universal ou ampla
quanto o Fator g, nem tão limitada ou específica quanto os Fatores s de Spearman
- CORRELAÇÕES ENTRE TESTES DEPENDEM DA QUANTIDADE DE APTIDÕES ELEMENTARES QUE
PARTILHAM
- Fator g: não é uma entidade cognitiva básica; g é uma COMBINAÇÃO ESTÁVEL DE APTIDÕES
COGNITIVAS ELEMENTARES
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
Louis THURSTONE (1887-1955) (EUA)

- Crítica veemente à Teoria BI-FATORIAL de Spearman (Thurstone, anos 30)


- Também parte da constatação do “Positive Manifold”, mas interpreta-o de
outra maneira:
- Não é necessário apelar à noção de Fator g para explicar o fenómeno: numa
matriz de intercorrelações, há sub-conjuntos de testes com correlações mais
fortes entre si, porque constituem medidas mais uniformes
 FATORES MÚLTIPLOS ou FATORES DE GRUPO: APTIDÕES MENTAIS PRIMÁRIAS

TEORIA DE THUSRTONE ASSENTA EM TRÊS POSTULADOS (1938):


1. o desempenho num teste de aptidão depende de um certo nº de APTIDÕES MENTAIS PRIMÁRIAS
2. numa bateria, o nº de APTIDÕES MENTAIS PRIMÁRIAS é inferior ao número de testes aplicados
3. o desempenho num teste específico não envolve todas as APTIDÕES MENTAIS PRIMÁRIAS
necessárias para explicar o desempenho no conjunto de todos os testes
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL

ANÁLISE FATORIAL (Thurstone)


- Aperfeiçoamento do Método de ANÁLISE FATORIAL (passou a ter este nome)
Método procura provar que as correlações entre testes se devem a um pequeno número
de FATORES DE GRUPO que conjuntos de testes (mas não todos os testes) partilham:
as APTIDÕES MENTAIS PRIMÁRIAS
LÓGICA DO MÉTODO DE ANÁLISE FATORIAL:
- Se um conjunto de variáveis (testes) se correlaciona significativamente entre si, há
partilha de variância entre elas (covariância)  MATRIZ de INTERCORRELAÇÕES
- Essas correlações podem dever-se a que cada uma das variáveis (testes) é sempre
correlacionada com uma mesma dimensão latente (ex: uma aptidão)
- Essa dimensão latente, então, “explica” as intercorrelações (a variância partilhada), i é,
explica uma parte (%) da variância partilhada entre todas variáveis
- Para se conhecer a natureza dessa dimensão latente, vê-se que variáveis (testes) se
correlacionam mais com ela (têm “saturações” mais altas)
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL

ANÁLISE FATORIAL
MATRIZ DE INTERCORRELAÇÕES** V Vocabulário
WAIS-III - 14 subtestes.
N=217 S Semelhanças
V S A MD I C O CG Cd Cb M DG PS
A Aritmética
S .64 MD Memória de Dígitos
A .57 .55
I Informação
MD .38 .40 .47
C Compreensão
I .68 .72 .61 .44
O Ordenação Letras/Nºs
C .60 .64 .51 .39 .63
O .46 .49 .59 .66 .54 .49

CG Completamento de Gravuras
CG .36 .55 .44 .40 .49 .49 .51
CDS .44 .48 .36 .39 .52 .53 .45 .52 Cd Código Dígito-Símbolo

Cb .40 .59 .49 .41 .54 .52 .46 .63 .57 Cb Cubos
M .40 .60 .52 .43 .54 .52 .52 .66 .60 .73 M Matrizes
DG .45 .61 .50 .41 .66 .54 .52 .56 .57 .66 .69 DG Disposição de Gravuras
PS .33 .46 .40 .39 .48 .47 .48 .59 .72 .68 .63 .63
PS Pesquisa de Símbolos
CO .39 .58 .46 .37 .57 .49 .47 .56 .46 .71 .59 .56 .51
** Todas as correlações são muito significativas (p<.001). CO Composição de Objetos
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL

ANÁLISE FATORIAL (Thurstone)

- Se duas variáveis se correlacionam, uma terceira


variável – fator ou dimensão psicológica latente –
explica essa correlação, por se correlacionar
simultaneamente com as duas.

- Se um conjunto de variáveis se intercorrelacionam,


um menor conjunto de fatores latentes ou
dimensões explica essas correlações (ou
covariações), ao se correlacionar simultaneamente
com diversas variáveis.
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL

TEORIA DOS FATORES MÚLTIPLOS (Thurstone)


Aplicando o MÉTODO DE ANÁLISE FATORIAL , que aperfeiçoou (propondo o critério da
estrutura simples, para simplificar a estrutura fatorial e isolar fatores independentes),
Thurstone conseguiu responder a duas questões decorrentes dos seus 3 postulados:
QUESTÃO 1:
- Qual o nº de fatores (dimensões latentes) necessários para explicar as correlações nas
MATRIZES de INTERCORRELAÇÕES de baterias de testes cognitivos?
RESPOSTA:
- São 7, as APTIDÕES MENTAIS PRIMÁRIAS  T. DOS FATORES MÚLTIPLOS OU MULTIFATORIAL

QUESTÃO 2:
- Qual a natureza desses fatores ou dimensões?
RESPOSTA:
- Fatores S, P, N, V, W, M, R (ver Slide seguinte)
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL

TEORIA DOS FATORES MÚLTIPLOS (Thurstone)

ESPACIAL - Capacidade para visualizar objetos num espaço bi- ou tri-


dimensional.
(S)
VELOCIDADE PERCEPTIVA - Capacidade para, rapidamente e com acuidade, identificar
(P) pequenas diferenças ou semelhanças entre grupos de figuras.
NUMÉRICO - Capacidade para raciocinar com números e efetuar rapidamente
(N) operações aritméticas simples.
COMPREENSÃO VERBAL
- Capacidade para compreender ideias expressas por palavras.
(V)
FLUÊNCIA VERBAL
- Capacidade para produzir rapidamente palavras.
(W)
MEMÓRIA - Capacidade para evocar estímulos, como por exemplo pares de
(M) palavras ou frases, anteriormente apresentados.
RACIOCÍNIO
- Capacidade para resolver problemas lógicos.
(R)
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
Comparação: Modelos SPEARMAN - THURSTONE

Spearman (1904, 1927) Thurstone (1938)

 
MODELOS INGLESES MODELOS AMERICANOS
Dão relevo ao Fator g como explicação das Negam o Fator g como explicação das
diferenças individuais no domínio Cognitivo diferenças individuais no domínio cognitivo
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
TEORIA BI-FATORIAL (Spearman) e
TEORIA MULTIFATORIAL (Thurstone): complementariadade

Como se explicam as Fator de Grupo


correlações entre estes “Prático-Mecânico-Espacial”
4 TESTES ?

Verbal

Numérico

Espacial

Fator de Grupo
Mecânico “Verbal-Numérico-Educacional”
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
MODELOS INGLESES: um exemplo
Philip VERNON (1905-1987) (Inglaterra – Canadá)
MODELO HIERÁRQUICO DAS APTIDÕES (1950, 1961)

Fator g:
“geral”
Fator v:ed:
“verbal-numérico-educacional”
Fator k:m:
“prático-mecânico-espacial”
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
MODELOS AMERICANOS: um exemplo
Joy Paul GUILFORD (1897-1987) (EUA)
MODELO DA ESTRUTURA DO INTELECTO (1959, 1967)
Cada Aptidão define-se a partir do cruzamento entre…
CONTEÚDOS OPERAÇÕES PRODUTOS
INPUT PROCESSAMENTO OUTPUT

Figurativo (F) Cognição (C) Unidades (U)

Simbólico (S) Memória (M) Classes (C)

Semântico (M) Produção Divergente (D) Relações (R)

Comportamental (B) Produção Convergente (N) Sistemas (S)

Avaliação (E) Transformações (T)

Implicações (I)
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
MODELOS AMERICANOS: um exemplo
Joy Paul GUILFORD (1897-1987) (EUA)
MODELO DA ESTRUTURA DO INTELECTO (1959, 1967)
4 x 5 x 6 = 120
Modelo de
120 Aptidões INDEPENDENTES
(mais tarde 150…180)

EX: aptidão representada (pequeno cubo):


COGNIÇÃO  UNIDADES  COMPORTAMENTAIS
Tarefa:
designação de emoções em expressões faciais

RECUSA O FATOR g
Não é necessário apelar a g para
explicar positive manifold
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
MODELOS INGLESES E AMERICANOS:
Como medir a Inteligência?
MODELOS INGLESES (EUROPA) MODELOS AMERICANOS (EUA)
INTELIGÊNCIA APTIDÕES
- Medida de aptidões de elevado nível de – Medida de Aptidões isoladas fatorialmente
generalidade, de preferência o Fator g
– Baterias de Aptidões Múltiplas (ex:
- Testes de Fator g (ex: Dominós) PMA de Thurstone; DAT; GATB)

- Fator V:Ed e Fator K:M: cada um ligado – Perfil de Aptidões: diferenciação de


a funções cognitivas concentradas num aptidões útil, por exemplo, em contextos
dos dois hemisférios cerebrais ? de Seleção e Orientação Vocacional

- Baterias de Inteligência Geral - QI – Baterias de Inteligência Geral – Perfil


de subtestes
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
UMA PROPOSTA INTEGRATIVA (Um mapa das Aptidões)
Louis GUTTMAN (1916-1987) (EUA)
MODELO RADEX DAS APTIDÕES (1954)
Representação radial da complexidade cognitiva
SIMPLEX
A distância de uma aptidão ao centro
da representação radial indica a sua “saturação em g”
Aptidões próximas do centro envolvidas em tarefas e
problemas mais abstratos e gerais (complexos) e
aptidões na periferia envolvidas em tarefas e
problemas mais concretos e específicos (simples)
Aptidões complexas contêm as simples: sucesso numa tarefa mais
central (ANALOGIAS VERBAIS) assume sucesso nas mais periféricas, na
mesma sequência (COMPREENSÃO DE FRASES e VOCABULÁRIO).
CIRCUMPLEX
Organização angular das aptidões, em torno do círculo, representa a sua
relação de proximidade (correlação); por exemplo, VOCABULÁRIO,
COMPREENSÃO DE FRASES e ANALOGIAS VERBAIS são mais próximas entre si
(menores ângulos) do que cada uma delas e RES. DE PROBLEMAS ARITMÉTICOS.
Metáfora GEOGRÁFICA / Paradigma DIFERENCIAL
MODELOS CONCILIADORES

- Os modelos de Vernon e de Guttman podem parecer CONCILIADORES: em alguma


literatura são considerados como sendo-o, por incluírem tanto o Fator g como os Fatores
de Grupo e reconhecerem utilidade e sentido à avaliação das aptidões em vários níveis de
generalidade.
- Contudo, outra literatura reserva a designação de MODELOS CONCILIADORES aos que,
usando uma metodologia fatorial tipicamente AMERICANA, chegam a um modelo que
inclui tanto o Fator g como os Fatores de Grupo (de Grandes Grupos, mais amplos, e de
Pequenos Grupos, mais restritos), mas dão destaque ao pequeno número de fatores
múltiplos e muita ênfase ao Fator g – numa postura tipicamente INGLESA.
- Nesta categoria são, assim, listados os modelos de :
- Raymond CATTELL + John HORN
- John CARROLL
- MODELO CHC (Cattell, Horn, Carroll) (Continua na AULA 5)

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