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Relatório de estágio

Farmácia 

Preceptora: Adriana Gomes

Estagiária: Karcy Santos Barbosa Xavier de Lima.

Junho, 2021.

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Sumário
1. Introdução......................................................................................................................................3
2. Espaço Físico e Disposições da Farmácia de Manipulação..............................................5
3. Rotina da Farmácia de Manipulação.......................................................................................6
3.1. Recebimento da receita.......................................................................................................6
3.2. Avaliação Farmacêutica pré manipulação......................................................................6
3.3. Manipulação das fórmulas..................................................................................................7
3.3.1. Biossegurança................................................................................................................7
3.3.2. Utensílios e equipamentos..........................................................................................9
3.3.3. Pesagem monitorada..................................................................................................10
3.3.4. Controle de qualidade................................................................................................10
3.4. Avaliação Farmacêutica pós manipulação...................................................................12
3.5. Dispensação.........................................................................................................................13
4. Atividades Realizadas...............................................................................................................14
4.1. Questionário - Avaliação Farmacêutica e pesagem monitorada.............................14
4.2. Controle de qualidade........................................................................................................16
4.3. A importância da diluição de ativos na manipulação................................................19
4.4. Processos de dispensação–Receita em conformidade e em não conformidade21
4.5. Cálculos.................................................................................................................................24
5. Cotação.........................................................................................................................................25
6. Propaganda Médica (representante farmacêutico)............................................................25
7. Conclusões..................................................................................................................................26

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1. Introdução

Os estágios supervisionados têm como objetivo permitir ao aluno conhecer as


diferentes funções do profissional farmacêutico em diferentes áreas, de forma a
observar e relatar os procedimentos visando adquirir conhecimentos. Este relatório
contempla as atividades observadas durante o estágio supervisionado ll
(Manipulação) na PharmaMed Gold, localizada no centro da cidade de Juazeiro do
Norte.

A farmácia de manipulação é um estabelecimento de saúde onde fórmulas são


manipuladas e preparadas de forma personalizada para cada cliente, seguindo
receitas prescritas por profissionais da área da saúde.

Dessa forma, os produtos manipulados trazem benefícios como:

 A dose certa para a pessoa certa- A fórmula manipulada é prescrita de forma


individualizada na quantidade e dosagem exata para cada paciente, evitando
sobras ao final do tratamento.

 Formas farmacêuticas diferenciadas- A fórmula manipulada pode muitas


vezes ser apresentada em diferentes formas farmacêuticas, como cápsulas,
sachês, xaropes e cremes, para facilitar a aderência do paciente ao tratamento.

 Economia e preservação do meio ambiente- O produto manipulado é


prescrito na quantidade e na dosagem exatas para o seu tratamento, evitando
desperdícios e o descarte de resíduos que contaminam o meio ambiente.

 Medicamentos não disponíveis- Caso o medicamento industrializado que o


cliente precise não exista mais na drogaria, se a farmácia de manipulação tiver
a matéria-prima, com prescrição, ela poderá manipular a fórmula para
tratamento.

 Associação de Medicamentos- Na manipulação existe a possibilidade de


associação de vários ativos na mesma fórmula, favorecendo a aderência do
paciente ao tratamento, minimizando a quantidade de medicamentos a serem
ingeridos ao dia.

Outro diferencial importante da farmácia de manipulação é a questão terapêutica,


uma vez que os medicamentos desenvolvidos na farmácia de manipulação possuem
formas e concentrações que, geralmente, não são encontradas dentro da indústria
farmacêutica.

Os benefícios também vão além da personalização da dose, estendendo-se para a


forma como esses remédios são disponibilizados, sendo possível encontrar versões,
tamanhos e cores diferentes em cada estabelecimento.

O remédio produzido em farmácia de manipulação tem como característica principal a


sua preparação individualizada, personalizada e feita especialmente para cada tipo de
paciente. Logo, a farmácia de manipulação deve estar preparada para atender a

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qualquer usuário que esteja portando a prescrição feita somente por um prescritor
habilitado. Outra vantagem bastante significativa de uma farmácia de manipulação é
passar aos seus consumidores um conceito de qualidade e capacidade contínuas no
que se refere à manipulação, bem como oferecer um produto adequado e com custo
que cabe no bolso de quem vai adquirir o medicamento.

É importante ressaltar que os componentes dos remédios feitos em farmácia de


manipulação devem estar descritos pelo nome químico. Em alguns casos, é permitido
que tenha mais de um componente em uma mesma fórmula. Já as dosagens são,
sobretudo, individualizadas e particulares e só devem ser prescritas de acordo com a
necessidade terapêutica de cada paciente, assim como a quantidade apropriada.
Cada tipo de doença ou necessidade permite que se utilize certa dose, para que a
terapia seja eficaz e sem desperdícios, sempre visando à economia.

A farmácia de manipulação deve atuar diretamente sob o rito do controle, que vai
desde as matérias-primas e a capacitação dos seus fornecedores, até a submissão
ao Manual da Qualidade e à supervisão de todos os procedimentos que se referem
aos produtos acabados. Todo esse aparato confere, tanto ao paciente quanto ao
médico que prescreveu a medicação, a confiabilidade necessária da farmácia de
manipulação.

2. Espaço Físico e Disposições da Farmácia de Manipulação

A disposição da farmácia de manipulação, conta com espaço físico


distribuído em setores destinados ao desenvolvimento de suas atividades. São feitos
procedimentos que vão desde o recebimento da matéria-prima até a obtenção do
produto acabado. No ato da chegada, as matérias-primas são recebidas por pessoas
treinadas, as quais são responsáveis por analisar, visualmente, identificar e rotular
todos os insumos. Além disso, são emitidas notas e laudos contendo as
especificações referentes ao parecer emitido pelo analista responsável do setor. Em
relação à estrutura física, algumas das exigências, contidas na legislação, são:
paredes lisas e impermeáveis, de fácil limpeza, com armários e bancadas revestidos
com material resistente e lavável e resistente sanitizantes.

A área ainda deve dispor de espaços físicos diferentes para as matérias-primas,


embalagens, produtos reprovados, devolvidos, com validade vencida ou em
quarentena para a realização de testes físico-químicos, solubilidade, determinação de
pH, densidade, ponto de fusão e outros. Deve ainda dispor de salas para lavagem de
utensílios de manipulação e embalagens, laboratórios para manipulação de líquidos
e semissólidos, com sistemas de exaustão e climatização para temperaturas
específicas e de conforto aos funcionários do local. A sala de manipulação de sólidos
deve diferir das de líquidos e semissólidos devido ao risco de contaminação por
substâncias particuladas, podendo levar a sérios problemas na produção.

Para sólidos devem ter bancadas fixas e com locais de exaustão próximos a área de
manipulação. Os locais de pesagem devem possuir balanças de dimensões
compatíveis com a demanda de fórmulas. Existência de um espaço para conferência
do produto acabado antes de ser dispensado; etapa a qual deve ser executada pelo

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farmacêutico. E para cuidado com a saúde do trabalhador, deve existir uma sala
específica, destinada à paramentação com Equipamentos de Proteção Individual
(EPI), barreira física e lavatório de antissepsia.

A escolha do espaço físico da farmácia de manipulação deve ser feita de acordo com
a demanda de fórmulas e estar dentre os requisitos exigidos pelos regulamentos
técnicos de funcionamento. É importante que a distribuição da área traga segurança
ao trabalhador e responda a todos os padrões mínimos de qualidade exigidos.

3. Rotina da Farmácia de Manipulação

A rotina da farmácia de manipulação pode ser bem agitada a depender da demanda


que recebe, então é importante manter uma organização para realização de todos os
procedimentos.
Para a realização das atividades diárias, é seguido um ‘’roteiro’’, a começar pelo
atendimento do paciente/cliente e o recebimento da receita. A partir da autorização do
orçamento do produto pelo paciente/cliente, a prescrição passa pelo setor de
avaliação farmacêutica, e após liberação do farmacêutico, dá-se início ao processo de
manipulação.
Existem muitos parâmetros a serem seguidos antes e durante a manipulação das
formulações, e é importante sempre seguir as regras de biossegurança.
Após o produto pronto, este passa novamente pela avaliação farmacêutica e só então
está apto a ser entregue ao paciente/cliente.
Todos os processos se encontram de forma melhor detalhada a seguir.
3.1. Recebimento da receita

Nas farmácias de manipulação, as receitas são analisadas e conferidas por


farmacêuticos antes de serem enviadas para produção em seus laboratórios, que
seguem as normas das Boas Práticas de Manipulação preconizadas pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, e contam com instalações tecnológicas e
uma equipe altamente treinada. Esse processo garante a qualidade e eficácia do
produto final.
Após o recebimento da receita e da autorização do cliente/paciente quanto ao
orçamento do produto a ser manipulado, esta segue para o setor de avaliação
farmacêutica.

3.2. Avaliação Farmacêutica pré manipulação

Neste setor, as ações executadas são de exclusividade farmacêutica. Na avaliação da


prescrição, o farmacêutico deverá observar se o receituário possui minimamente:

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 Escrita em português e legível;

 Nomenclatura oficial dos medicamentos no país;

 Sistema de pesos e medidas oficiais do Brasil;

 Nome do paciente;

 Forma farmacêutica, posologia, apresentação, método de administração e


duração do tratamento;

 Identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho


Regional com a sigla da respectiva Unidade da Federação; ou nome da
instituição, endereço completo e telefone;

 Identificação do prescritor: quando os dados do profissional estiverem


devidamente impressos como emitente, este poderá apenas assinar a receita.
No caso de o profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento
hospitalar, deverá identificar a assinatura com nome, inscrição profissional e
sigla do respectivo conselho de classe, por meio de carimbo ou manualmente,
de forma legível;

 Data e a assinatura.

Estando tudo em conformidade, a o farmacêutico fará a liberação no sistema,


autorizando a manipulação da fórmula. A partir desta autorização, o sistema gera uma
ficha de pesagem, que permite uma pesagem monitorada, com todos os dados dos
ativos, concentrações e comandos para a manipulação.

3.3. Manipulação das fórmulas

As manipulações devem ser feitas de acordo com as normas do Manual de Boas


práticas de Manipulação e os critérios de Biossegurança.

3.3.1. Biossegurança

A biossegurança é um importante instrumento nos laboratórios de pesquisa e


desenvolvimento, devido ao fluxo de pessoas, aos riscos de diversas origens,
manipulação de micro-organismos, produtos químicos e infectantes. Compreende
como um conjunto de medidas e procedimentos que visam eliminar ou minimizar
riscos inerentes à saúde do homem, ao meio ambiente, aos animais e aos trabalhos
desenvolvidos na área da saúde ou em pesquisas.
Com a finalidade de fazer valer a implantação da biossegurança, foram criados
dispositivos legais, que dão suporte à aplicação devida dessas medidas. Dessa
forma, foi instituída a Lei 11.105 de 2005 que regulamenta e cria o Conselho Nacional

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de Biossegurança, bem como a implantação pela ANVISA da Resolução RDC nº 67,
de outubro de 2007, a qual dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de
Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias.
As normas de biossegurança aplicam-se não somente na saúde e proteção do
trabalhador, mas também no resultado final das suas atividades, já que a não
aplicação desta medida de segurança pode interferir de maneira prejudicial à saúde
de demais pessoas que terão contato com um produto elaborado pelo mesmo. Por
exemplo, na manipulação, quando o manipulador tem à sua disposição os EPIs e não
faz o uso destes, pode provocar a contaminação do produto que está sendo
manipulado, o qual será utilizado pelo consumidor.
Nas farmácias magistrais, a ANVISA, através da Resolução RDC 67/2007, sugere
estratégias que visam minimizar os riscos ocupacionais nas atividades desenvolvidas,
bem como se adequem as exigências junto as Normas
Regulamentadoras de Saúde do Trabalho (NRs), e aos recursos de segurança
disponibilizados como barreira para proteção da saúde do manipulador em meio à
execução das atividades.
Cada estabelecimento deve desenvolver seu próprio manual de
biossegurança, identificando os riscos, os procedimentos operacionais de trabalho, e
as práticas e os procedimentos específicos para minimizar ou eliminar a exposição a
esses perigos. O manual deverá ficar à disposição de todos os usuários do local,
além de que todos os funcionários devem receber treinamento em relação às técnicas
de biossegurança.
As técnicas de biossegurança em farmácias de manipulação são importantes, pois
assim permite ao manipulador a especificação dos possíveis riscos ao qual ele está
sendo exposto, além de detectar quais produtos ou substâncias manipuladas venham
apresentar riscos a sua saúde.
Para se desenvolver as atividades nos laboratórios de manipulação é importante o
uso de vestimenta apropriado. O uso de EPIs é indispensável na manipulação,
prevenindo a contaminação da roupa de uso próprio e do produto que está sendo
manipulado. Os equipamentos necessários são: luvas, máscara, óculos de proteção,
proteção para os pés (pro-pé), calçados fechados, jaleco, gorro ou touca
descartáveis. As luvas não podem ser reutilizadas ou lavadas e nem serem usadas
para tocar superfícies limpas. A equipe do laboratório ou o manipulador não deve
utilizar os equipamentos em outros locais fora do laboratório para evitar
contaminações.
O uso de EPIs para laboratórios é instituído pela Norma Regulamentadora de
Segurança e Saúde no Trabalho em estabelecimentos de Assistência à Saúde –NR
32, determinando que esses equipamentos sejam indispensáveis na prática da
manipulação, garantindo a proteção de olhos, mucosas, vias aéreas e respiratórias, e
pele do trabalhador.
O material deve ser fornecido ao manipulador em quantidade suficiente e ser reposto
sempre que necessário, além de ser feita a avaliação do seu estado de conservação.
É importante que a equipe do laboratório tenha treinamento de capacitação para o

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desenvolvimento das atividades, afim de prevenir riscos e garantir a qualidade do
serviço prestado.

3.3.2. Utensílios e equipamentos

A farmácia deve ser dotada dos seguintes materiais, equipamentos e utensílios


básicos:
 Balança(s) de precisão, devidamente calibrada, com registros e instalada em
local que ofereça segurança e estabilidade;
 Pesos padrão rastreáveis;
 Vidraria verificada contra um padrão calibrado ou adquirida de fornecedores
credenciados pelos Laboratórios da Rede Brasileira de Calibração, quando for
o caso;
 Sistema de purificação de água;
 Refrigerador para a conservação de produtos termolábeis;
 Termômetros e higrômetros;
 Bancadas revestidas de material liso, resistente e de fácil limpeza;
 Lixeiras com tampa, pedal e saco plástico, devidamente identificadas;
 Armário fechado, de material liso, resistente e de fácil limpeza, ou outro
dispositivo equivalente para guarda de matérias-primas e produtos fotolábeis
e/ou sensíveis à umidade.
 Localização e instalação dos equipamentos
Os equipamentos devem ser instalados e localizados de forma a facilitar a
manutenção, e mantidos de forma adequada às suas operações.
A farmácia deve dispor de equipamentos, utensílios e vidraria em quantidade
suficiente para atender à demanda do estabelecimento e garantir material limpo,
desinfetado ou esterilizado.
As tubulações expostas devem estar identificadas, 110 v ou 220 V.
A farmácia deve possuir pelo menos uma balança em cada laboratório com
capacidade/sensibilidade compatíveis com as quantidades a serem pesadas ou
possuir uma central de pesagem onde as balanças estarão instaladas, devendo ser
adotados procedimentos que impeçam a contaminação cruzada e microbiana. Na
bancada sobre a qual estão localizadas as balanças deve-se ser colocado um sistema
antivibratório, visando diminuir os erros na pesagem.
 Calibração e Verificação dos Equipamentos
As calibrações dos equipamentos e instrumentos de medição devem ser executadas
por empresa certificada, utilizando padrões rastreáveis à Rede Brasileira de
Calibração, no mínimo uma vez ao ano ou, em função da frequência de uso do
equipamento. Deve ser mantido registro das calibrações realizadas dos
equipamentos, instrumentos e padrões.

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A verificação dos equipamentos deve ser feita por pessoal treinado do próprio
estabelecimento, antes do início das atividades diárias, utilizando procedimentos
escritos e padrões de referência, com orientação específica, mantendo os registros.
 Manutenção dos Equipamentos
Todos os equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva, de acordo
com um programa formal e, quando necessário, corretiva, obedecendo a
procedimentos operacionais escritos, com base nas especificações dos manuais dos
fabricantes.
Todos os sistemas de climatização de ambientes devem ser mantidos em condições
adequadas de limpeza, conservação, manutenção, operação e controle, de acordo
com norma específica.
 Utensílios
Os utensílios utilizados na manipulação de preparações para uso interno devem ser
diferenciados daqueles utilizados para preparações de uso externo.
A farmácia deve identificar os utensílios para uso interno e externo; uma sugestão é a
marcação com esmalte vermelho no fundo da vidraria (parte que não entra em
contato com as preparações magistrais) para uso interno, como por exemplo, marcar
os cálices utilizados na preparação de xaropes.
Na PharmaMed Gold os utensílios são diferenciados pela cor.

3.3.3. Pesagem monitorada

Para garantir uma formulação segura, muitas farmácias usam o sistema de pesagem
monitorada, em que as balanças são ligadas a um computador e a um software que
possibilita o controle e rastreabilidade das fichas de produções, lotes utilizados e qual
colaborador realizou a pesagem, atendendo integralmente a legislação sanitária
vigente.
A etapa de pesagem dos ativos farmacêuticos é um passo fundamental no processo
da manipulação de medicamentos, que possuem como principal diferencial a
possibilidade de manipular fórmulas personalizadas, ou seja, de acordo com a
necessidade do paciente. A pesagem acaba sendo uma etapa crítica, pois como dito
antes, cada fórmula é única e é imprescindível implantar procedimentos padrões e
rotinas muito bem organizadas para garantir que tudo seja produzido de forma correta
e no tempo de entrega necessário.

3.3.4. Controle de qualidade

Na farmácia magistral, a fabricação ocorre de acordo com uma prescrição médica e


para um paciente individualizado, não há formação de lotes e a grande diversidade de

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formulações dificulta a realização dos testes de controle de qualidade no produto
acabado. Ademais, como são produzidas pequenas quantidades de cada vez, a
produção extra para fins de verificação de qualidade com métodos mais acurados,
como os químicos ou biológicos, ou a manutenção de amostras de contraprova, é
considerada financeira e tecnicamente difícil.
Assim, é fundamental que nestes estabelecimentos todas as etapas envolvidas no
processo sejam controladas e monitoradas, de forma a assegurar a qualidade do
produto final.
Idealmente, a produção de um medicamento com qualidade requer a comprovação,
por meio de ensaios de controle de qualidade, da conformidade com atributos de teor
de princípio ativo por unidade posológica, uniformidade, estabilidade e características
adequadas, incluindo a rotulagem. Outros 8 importantes aspectos que caracterizam a
qualidade do produto final são peso ou volume médio, uniformidade de doses, onde
são avaliadas a dispersão ou variação dos teores por unidade, a dissolução, ou seja,
a forma de liberação do fármaco para ser absorvido pelo organismo. Também são
verificadas as características físicas e microbiológicas que devem respeitar limites
determinados pelas farmacopeias e literaturas oficiais.
Para produção de medicamentos sejam eles manipulados ou industrializados, os
fabricantes devem seguir as Boas Práticas de Fabricação (BPF), introduzidas com a
Norma Técnica 567, da Organização Mundial de Saúde, em 1975.
Na farmácia de manipulação, as Boas Práticas foram inseridas com a RDC 33/2000,
revisadas e atualizadas pela RDC 67/2007 e suas alterações. Esta norma estabelece
os requisitos mínimos a serem cumpridos pelas farmácias para manipulação de
medicamentos para uso humano.
Segundo a RDC 67/2007, a farmácia deve possuir na sua infraestrutura física, uma
área ou sala de controle de qualidade.
As normas da Anvisa no que diz respeito aos requisitos mínimos e estabeleceu que
deverá ser destinado ao controle de qualidade uma sala, contendo capela de
exaustão de gases de bancada para manuseio de 10 substancias voláteis, tóxicas,
corrosivas, cáusticas e irritantes, provida de equipamentos e instrumentos
(peagâmetro, aparelho para determinação do ponto de fusão, viscosímetro,
alcoômetro, termômetro, balança de precisão, vidrarias e pipetas calibradas, dentre
outros), bancada com pia, com 7m2 e dimensionamento mínimo de 1,5m, além de
porta com abertura mínima de 0,80m e abertura no sentido de fuga.
Em relação aos testes para matérias-primas, são exigidos a determinação de
caracteres organolépticos, solubilidade, pH, peso, volume, ponto de fusão, densidade,
além da avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor.
A água utilizada na farmácia também é considerada matéria-prima, ficando sujeita a
análise mensal (água purificada) e semestral (água potável).
Para as matérias-primas de origem vegetal acrescenta os testes de determinação de
materiais estranhos, pesquisa de contaminação microbiológica (contagem total,
fungos e leveduras), umidade e determinação de cinzas totais. E ainda, quando

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aplicáveis avaliação de caracteres macroscópicos para plantas íntegras ou
grosseiramente rasuradas, caracteres microscópicos para materiais fragmentados ou
pó e para matérias-primas líquidas de origem vegetal a determinação da densidade.
Para os produtos acabados, devem ser realizados no mínimo os seguintes ensaios de
acordo com a Farmacopeia Brasileira ou outro compendio oficial: descrição, aspecto,
caracteres organolépticos, peso médio (preparações sólidas), pH (preparações semi-
sólidas e líquidas não estéreis), peso (preparações semi-sólidas) e peso ou volume
antes do envase (preparações líquidas não estéreis).
Para monitoramento do processo de manipulação devem ser realizadas análises de
teor e de uniformidade de conteúdo do princípio ativo, de fórmulas cuja unidade
farmacotécnica contenha fármacos em quantidade igual ou inferior a vinte e cinco
miligramas, dando prioridade àquelas que contenham fármacos em quantidade igual
ou inferior a cinco miligramas. Esta análise deve ser feita no mínimo trimestralmente.
Para os produtos que compõem o estoque mínimo, as análises exigidas são:
caracteres organolépticos, peso médio, viscosidade, grau ou teor alcoólico,
densidade, volume, teor do princípio ativo, dissolução e pureza microbiológica.
No caso das bases galênicas, a avaliação da pureza microbiológica poderá ser
realizada por meio de monitoramento. Este monitoramento consiste na realização de
análise mensal de pelo menos uma base ou produto acabado que fora feito a partir de
base galênica, devendo ser adotado sistema de rodízio considerando o tipo de base,
produto e manipulador.
A farmácia deve contar com profissional capacitado e habilitado para as atividades de
controle de qualidade e dispor de recursos adequados que assegurem confiabilidade
e efetividade de todas as providências relativas à qualidade dos produtos.
Os testes de controle de qualidade, desde os básicos, devem ser realizados por
profissionais qualificados, como farmacêuticos, químicos ou técnicos com
conhecimento de química analítica.
A farmácia pode terceirizar algumas análises de controle de qualidade como análise
de água purificada e potável, teor e uniformidade de conteúdo para formulações
sólidas do estoque mínimo e acabadas, mediante contrato formal com laboratório
tecnicamente capacitado para esse fim.
Com todas essas exigências legais, o controle de qualidade na farmácia magistral
representa um desafio contínuo, não só pela variedade das matérias primas utilizadas
e das formulações preparadas, em geral adquiridas em pequena quantidade, como
também pela ausência de métodos de análises farmacopeicos.

3.4. Avaliação Farmacêutica pós manipulação

Após o cumprimento de todas as etapas anteriores o produto manipulado está


finalizado, mas ainda não está apto a ser dispensado para o paciente/cliente, sendo
necessária novamente a avaliação farmacêutica.
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Na avaliação farmacêutica pós manipulação, o farmacêutico irá rever os dados tanto
do paciente quanto do profissional prescritor, assim como conferir a rotulagem do
produto quanto estes dados e quanto o(os) ativo(s) da formulação.
A conferencia da rotulagem tem o propósito de assegurar que as receitas não foram
trocadas, evitando que estas formulações sejam entregues a pacientes/clientes
errados.
Somente após essa última avaliação a formulação estará própria para a dispensação
ao paciente/cliente.
Na PharmaMed Gold essas formulações prontas são guardadas, até a retirada, em
gavetas em ordem alfabética.

3.5. Dispensação

Segundo a PNM, a dispensação é uma das atividades da assistência farmacêutica e é


privativa do farmacêutico: Dispensação é o ato profissional farmacêutico de
proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente como resposta à
apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Neste ato o
farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento.
Na farmácia de manipulação, o(a) balconista faz a entrega do produto para o
cliente/paciente, revisando os dados e conferindo junto ao mesmo.

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4. Atividades Realizadas

4.1. Questionário - Avaliação Farmacêutica e pesagem monitorada

Estagiária- Karcy Santos Barbosa Xavier de Lima

1- Qual o objetivo da avaliação farmacêutica da prescrição?


Manter a segurança dos medicamentos manipulados para o paciente.
2- De quem é a responsabilidade da avaliação farmacêutica?
A responsabilidade é exclusiva do farmacêutico.
3- Quando e porque fazer a avaliação farmacêutica, onde fazer?
A avaliação é feita após a recepção da receita. Quando a receita é recebida, é feito
um orçamento e então, este for aprovado pelo cliente, dá se início ao processo a ficha
de pesagem e avaliação farmacêutica.
Essa avaliação é feita na área designada para esse fim.
4- O que fazer caso haja não conformidade na avaliação farmacêutica?
Entrar em contato com profissional prescritor. Corrigir a receita com o prescritor e
notificar o ajuste para o paciente.
5- Ao chegar uma receita da portaria 344 e nela haver não conformidade como
proceder?
medicamentos que contenham substâncias sujeitas ao controle da Portaria SVS/MS
nº 344/1998, necessitam de Notificações de Receita previamente elaboradas em
gráficas para a dispensação (listas A1, A2, A3, B1, B2, C2 e C3).
A receita precisará ser refeita, não poderá ser ajustada.
6- Escreva no mínimo 7 processos da avaliação farmacêutica?
Avaliação da concentração;
verificação de possíveis rasuras;
verificação de veracidade da receita;

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avaliação de possíveis interações medicamentosas;
avaliar se a receita contém a forma farmacêutica, posologia, apresentação, método de
administração e duração do tratamento;
avaliar se a receita contém a identificação do emitente: nome do profissional com sua
inscrição no Conselho Regional com a sigla da respectiva Unidade da Federação; ou
nome da instituição, endereço completo e telefone;
data e a assinatura.
7- Depois da avaliação farmacêutica, qual o procedimento o farmacêutico
executa para que haja uma pesagem monitorada?
Para uma pesagem monitorada é feita a ficha de pesagem.
É utilizado um sistema em que as balanças são ligadas a um computador e a um
software que possibilita o controle e rastreabilidade das fichas de produções, lotes
utilizados e atendendo integralmente a legislação sanitária vigente.
No sistema, o farmacêutico vai conferir no sistema para que possa ser feita a
pesagem monitorada.

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4.2. Controle de qualidade

Controle de Qualidade em Farmácia de Manipulação


Estagiárias:
Karcy Santos Barbosa Xavier de Lima.
Thyalla
Maria Kauany

Na farmácia magistral, a fabricação ocorre de acordo com uma prescrição médica e


para um paciente individualizado, não há formação de lotes e a grande diversidade de
formulações dificulta a realização dos testes de controle de qualidade no produto
acabado. Ademais, como são produzidas pequenas quantidades de cada vez, a
produção extra para fins de verificação de qualidade com métodos mais acurados,
como os químicos ou biológicos, ou a manutenção de amostras de contraprova, é
considerada financeira e tecnicamente difícil.
Assim, é fundamental que nestes estabelecimentos todas as etapas envolvidas no
processo sejam controladas e monitoradas, de forma a assegurar a qualidade do
produto final.
Idealmente, a produção de um medicamento com qualidade requer a comprovação,
por meio de ensaios de controle de qualidade, da conformidade com atributos de teor
de princípio ativo por unidade posológica, uniformidade, estabilidade e características
adequadas, incluindo a rotulagem. Outros 8 importantes aspectos que caracterizam a
qualidade do produto final são peso ou volume médio, uniformidade de doses, onde
são avaliadas a dispersão ou variação dos teores por unidade, a dissolução, ou seja,
a forma de liberação do fármaco para ser absorvido pelo organismo. Também são
verificadas as características físicas e microbiológicas que devem respeitar limites
determinados pelas farmacopeias e literaturas oficiais.
Para produção de medicamentos sejam eles manipulados ou industrializados, os
fabricantes devem seguir as Boas Práticas de Fabricação (BPF), introduzidas com a
Norma Técnica 567, da Organização Mundial de Saúde, em 1975.
Na farmácia de manipulação, as Boas Práticas foram inseridas com a RDC 33/2000,
revisadas e atualizadas pela RDC 67/2007 e suas alterações. Esta norma estabelece
os requisitos mínimos a serem cumpridos pelas farmácias para manipulação de
medicamentos para uso humano.
Segundo a RDC 67/2007, a farmácia deve possuir na sua infraestrutura física, uma
área ou sala de controle de qualidade.

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As normas da Anvisa no que diz respeito aos requisitos mínimos e estabeleceu que
deverá ser destinado ao controle de qualidade uma sala, contendo capela de
exaustão de gases de bancada para manuseio de 10 substancias voláteis, tóxicas,
corrosivas, cáusticas e irritantes, provida de equipamentos e instrumentos
(peagâmetro, aparelho para determinação do ponto de fusão, viscosímetro,
alcoômetro, termômetro, balança de precisão, vidrarias e pipetas calibradas, dentre
outros), bancada com pia, com 7m2 e dimensionamento mínimo de 1,5m, além de
porta com abertura mínima de 0,80m e abertura no sentido de fuga.
Em relação aos testes para matérias-primas, são exigidos a determinação de
caracteres organolépticos, solubilidade, pH, peso, volume, ponto de fusão, densidade,
além da avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor.
A água utilizada na farmácia também é considerada matéria-prima, ficando sujeita a
análise mensal (água purificada) e semestral (água potável).
Para as matérias-primas de origem vegetal acrescenta os testes de determinação de
materiais estranhos, pesquisa de contaminação microbiológica (contagem total,
fungos e leveduras), umidade e determinação de cinzas totais. E ainda, quando
aplicáveis avaliação de caracteres macroscópicos para plantas íntegras ou
grosseiramente rasuradas, caracteres microscópicos para materiais fragmentados ou
pó e para matérias-primas líquidas de origem vegetal a determinação da densidade.
Para os produtos acabados, devem ser realizados no mínimo os seguintes ensaios de
acordo com a Farmacopeia Brasileira ou outro compendio oficial: descrição, aspecto,
caracteres organolépticos, peso médio (preparações sólidas), pH (preparações semi-
sólidas e líquidas não estéreis), peso (preparações semi-sólidas) e peso ou volume
antes do envase (preparações líquidas não estéreis).
Para monitoramento do processo de manipulação devem ser realizadas análises de
teor e de uniformidade de conteúdo do princípio ativo, de fórmulas cuja unidade
farmacotécnica contenha fármacos em quantidade igual ou inferior a vinte e cinco
miligramas, dando prioridade àquelas que contenham fármacos em quantidade igual
ou inferior a cinco miligramas. Esta análise deve ser feita no mínimo trimestralmente.
Para os produtos que compõem o estoque mínimo, as análises exigidas são:
caracteres organolépticos, peso médio, viscosidade, grau ou teor alcoólico,
densidade, volume, teor do princípio ativo, dissolução e pureza microbiológica.
No caso das bases galênicas, a avaliação da pureza microbiológica poderá ser
realizada por meio de monitoramento. Este monitoramento consiste na realização de
análise mensal de pelo menos uma base ou produto acabado que fora feito a partir de
base galênica, devendo ser adotado sistema de rodízio considerando o tipo de base,
produto e manipulador.
A farmácia deve contar com profissional capacitado e habilitado para as atividades de
controle de qualidade e dispor de recursos adequados que assegurem confiabilidade
e efetividade de todas as providências relativas à qualidade dos produtos.

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Os testes de controle de qualidade, desde os básicos, devem ser realizados por
profissionais qualificados, como farmacêuticos, químicos ou técnicos com
conhecimento de química analítica.
A farmácia pode terceirizar algumas análises de controle de qualidade como análise
de água purificada e potável, teor e uniformidade de conteúdo para formulações
sólidas do estoque mínimo e acabadas, mediante contrato formal com laboratório
tecnicamente capacitado para esse fim.
Com todas essas exigências legais, o controle de qualidade na farmácia magistral
representa um desafio contínuo, não só pela variedade das matérias primas utilizadas
e das formulações preparadas, em geral adquiridas em pequena quantidade, como
também pela ausência de métodos de análises farmacopeicos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manipulação de colchicina
restrita após morte de usuários.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Subsídios à discussão sobre a
proposta de regulamentação para farmácias magistrais.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fármacos manipulados tem sido
consumido cada vez mais.
FERREIRA, A.O. Guia Prático da Farmácia Magistral. São Paulo, 2008.

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4.3. A importância da diluição de ativos na manipulação

A importância da diluição na manipulação


Aluna- Karcy Santos Barbosa Xavier de Lima

A diluição refere-se a um processo que consiste em adicionar, ao princípio ativo, um


excipiente inerte que pode ser, por exemplo, a lactose, o amido ou talco, em uma
proporção de pode ser 1:10, 1:100 ou 1:1000. Dizer que um princípio ativo foi diluído
na proporção 1:10 quer dizer que foram pesados 1 g do ativo (matéria-prima), e, para
diluir essa quantidade, pesou-se 9 g de excipiente. Assim, a soma do ativo +
excipiente é igual a 10.
No caso da diluição 1:100 são: 1 g de ativo + 99 g de excipiente, e a soma dos dois é
igual a 100.
No caso de 1:1000: 1 g de ativo + 999 g de excipiente, e a soma dos dois é igual a
1000.
Muitas vezes, a manipulação de um medicamento é feita envolvendo quantidades
muito pequenas de determinadas substâncias. Nesses casos, o procedimento de
pesagem dessas matérias-primas requererá um cuidado especial, como no caso de
drogas que são prescritas na concentração de mcg (micrograma) ou até mg
(miligrama). A diluição de fármacos se faz necessária quando a balança da farmácia
não possui precisão suficiente para realizar a pesagem dessas pequenas quantidades
(precisão desejada). A diluição pode ser realizada no próprio estabelecimento
farmacêutico, ou a matéria-prima pode ser adquirida do fornecedor, já diluída.
Principalmente quando a diluição é realizada na farmácia, deve-se ter o cuidado de
rotular, especificando, claramente, o fator de diluição empregado”. Então, explicando
mais tecnicamente, podemos dizer que os objetivos de se realizar a diluição de um
ativo (matéria-prima) são por:
- Motivos farmacotécnicos (facilitar a pesagem);
- Motivos de segurança (dose terapêutica é próxima à dose tóxica).
EXEMPLO
A diluição geométrica é uma forma de homogeneizar conteúdo de pó, de modo que
um ou mais fármacos possam estar geometricamente diluídos de forma uniforme na
quantidade de pó usada na diluição. A diluição geométrica é utilizada em casos que o
fármaco possui um baixo índice terapêutico e necessita ser diluído para minimizar a
porcentagem de erro na sua manipulação.

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É empregado com o objetivo de facilitar e aumentar a segurança e a precisão da
pesagem de fármacos com baixa dosagem e difíceis de pesar com exatidão. Para
o processo de homogeneização antes da encapsulação onde ocorre uma diferença de
proporção entre os componentes ativos e o excipiente, é possível obter uma mistura
mais homogênea por meio da adição sequencial destas substâncias no gral. Isso
pode ser alcançado misturando-se a princípio os componentes ativos com um volume
aproximadamente igual dos diluentes.

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4.4. Processos de dispensação – Receita em conformidade e em não
conformidade.

Receita em conformidade
José, 42 anos, chegou até o estabelecimento da PharmaMed com a seguinte receita:

José foi atendido pela balconista Maria, que fez o orçamento da manipulação. Após
aprovar o orçamento, José recebeu um prazo de 3 dias para buscar o medicamento.
A receita foi entregue a farmacêutica Cristina para fazer avaliação. A mesma contatou
que estava tudo dentro das conformidades, onde a receita apresentava
1) Nome e número do médico ou dentista prescritor e número do Conselho Regional
correspondente.
2) Nome e endereço do paciente
3) Uso
4) Fórmula com os nomes das substâncias ativas, segundo a D.C.B (Denominação
Comum Brasileira)
5) Quantidade total desejada do produto.
6) Posologia: modo de usar o produto
7) Carimbo e assinatura do médico ou dentista.
8) Endereço e telefone do consultório do prescritor.

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Além disso, não havia qualquer interação ou dosagem indevida.

Após a avaliação farmacêutica, foi feita a ficha de pesagem e gerado um rótulo, e


então o medicamento foi autorizado a ser manipulado.
A rotulação ficou dessa forma:

Após a manipulação, o medicamento passou pelo controle de qualidade e novamente


pela avaliação farmacêutica, e então guardado.
Passados os 3 dias estipulados, José chegou ao estabelecimento da PharmaMed
para pegar seu medicamento. Maria, a balconista, fez toda a conferencia na frente de
José, certificando-se do nome do paciente e da medicação, e então entregou-a.

Receita em não-conformidade
Márcia chegou a Pharmamed com a seguinte receita:

A balconista Maria fez o orçamento e Márcia autorizou. Foi estipulado prazo de 3 dias
para a retirada do produto.

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Maria encaminhou a receita para a Avalição farmacêutica, e ao analisar, a
farmacêutica Cristina observou não conformidades na recita.
 No item 3 diz que o produto é de uso interno, mas se trata de um cosmético de uso
externo.
 A receita não apresenta a quantidade total do produto a ser manipulado.
 A receita não apresenta a posologia do produto.
 A receita não apresenta telefone e endereço do prescritor.

Dada a situação, Cristina sequer conseguiu entrar em contato com o prescritor pela
falta de dados. Sendo assim, Cristina entrou em contato com Márcia e a orientou voltar
ao Médico prescritor para que refaça a receita.

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4.5. Cálculos

DEMONSTRAR QUANTO DE ATIVO TEREMOS QUE PESAR DE CADA UM, PRA FAZERMOS AS
CAPSULAS DESEJADAS.

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5. Cotação

Para o sucesso de uma farmácia de manipulação, assim como de toda empresa, é de


suma importância manter-se bons aspectos de administração e economia. A
aquisição da matéria prima é um fator crucial para a realização das formulações, e
também deve ser feita de forma a visar economia, sem perda de qualidade.
Após a identificação dos materiais a serem, realiza-se a coleta de preços junto aos
fornecedores do mercado. No preço simples obtido, deve-se contemplar os custos de
frete, impostos de venda, tarifas de importação e qualquer outra taxa que venha a
incidir algum custo adicional.
No processo de compra, os principais aspectos que influenciam no preço de aquisição
do insumo são:
• Especificações técnicas;
• Unidade e embalagem;
• Quantidade;
• Prazo de entrega;
• Condições de pagamento;
• Validade da proposta;
• Local e condições de entrega;
• Despesas complementares: frete, impostos, etc.
Nem sempre o menor preço é o melhor preço. Embora o menor preço exerça uma
atração de preferência, cabe ao comprador avaliar a idoneidade do fornecedor, a
qualidade do material, as condições de pagamento, se é conveniente diversificar
demais o leque de fornecedores, etc.

6. Propaganda Médica (representante farmacêutico)

A propaganda médica é uma prestação de serviço, que o Prescritor consegue avaliar,


mensurar, diferenciar uma da outra, agregando valores como qualidade, segurança, e
confiança a quem a faz.
A Visitação Médica ou Propaganda para o Profissional Prescritor é uma modalidade
de comunicação dirigida, com benefícios reconhecidos tanto para emissor como para
o receptor da mensagem.
Para quem recebe a propaganda é uma forma de atualização, informação e
relacionamento, para quem faz a visita, trata-se de uma oportunidade de informar,
auxiliar, apresentar, compartilhar, posicionar, ampliar e consolidar sua posição tanto
institucional como técnica e promocional.

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Para os pacientes e para a Saúde em Geral, representa o benefício da melhor
prescrição, associado com a melhor terapêutica, sem esquecer-se da melhor
prestação de serviço na dispensação.

A propaganda eficiente deve atender algumas premissas básicas:


 Deve ser personalizada para cada médico.
 Deve associar conhecimento, habilidade e Atitude Profissional na dose exata
que o Prescritor precisa.
 Deve ter como ingrediente a ética, sem deixar de ser um instrumento de
fortalecimento da relação de fidelidade e lealdade entre quem visita e quem é
visitado.
 Deve dizer “O que” se pode prescrever, sem esquecer a importância do
diferencial do “Como” se pode produzir de acordo com as necessidades de
cada paciente e principalmente de qual a diferença de “Quem” irá dispensar.
A Propaganda presencial pode ter reforços de outras mídias, mas não pode ser
substituída, nem ignorada, a propaganda médica deve trazer resultados tanto para
quem prescreve bem como para quem recebe a visita e atende a prescrição.
A propaganda médica é o único investimento no mercado farmacêutico onde o
número de propagandistas e a qualidade de impactos aumenta vertiginosamente de
ano para ano.
A propaganda médica é como um bumerangue, o retorno é garantido! Porém, a
qualidade desse retorno, dependerá exclusivamente de dois fatores, o primeiro é a
qualidade do que se envia e segundo e não menos importante a habilidade de quem
envia.
No cargo de Representante Farmacêutico se inicia ganhando R$ 2.481,00 de salário
e pode vir a ganhar até R$ 5.154,00. A média salarial para Representante
Farmacêutico no Brasil é de R$ 4.006,00. A formação mais comum é de Graduação
em Administração de Empresas, contanto, hoje em dia existe uma grande busca de
graduados em farmácia para este cargo, visto que possuem maior compreensão de
características farmacológicas, por exemplo, além da compreensão da linguagem
técnica.

7. Conclusões

O estágio de manipulação na PharmaMed Gold foi de grande importância para minha


graduação em farmácia. Durante o decorrer do estágio foi possível compreender
todos os processos de uma farmácia de manipulação e trouxe muito conhecimento
em atendimento, administração, manipulação, controle de qualidade, avaliação
farmacêutica e entrega do produto.

Nos dias em que estive presencialmente no estabelecimento, pude participar de


procedimentos de manipulação, controle de qualidade e avaliação farmacêutica, e

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com os trabalhos e seminários em grupo pude compreender aspectos como diluição,
cálculos, entre outros.

O período de estágio realizado PharmaMed Gold foi muito gratificante, contribuindo


para o meu crescimento tanto a nível profissional como pessoal. Com suporte numa
equipe organizada e competente, o estágio curricular permitiu uma consolidação de
conceitos já adquiridos e aprendizagem de outros, tal como a aquisição de
competências que serão úteis no desempenho da profissão farmacêutica, concluindo
este ciclo.

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