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PREFEITURA MUNICIPAL DE

GOIANA
Secretaria de Educação e Inovação
ESCOLA MUNICIPAL IRMÃ MARIE ARMELLE FALGUIÈRES
Fundada em 03 de fevereiro de 1992 – Portaria n.º 7.908 de 29/DEZ/1992 – CADASTRO ESCOLAR M. 156.031
Travessa da Praça Duque de Caxias, s/nº – Centro – Goiana/PE – C.E.P.: 55.900-000 – Fone: (81)3626-1293
ALUNO (A):______ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __

TURMA:______ PROFESSOR: HUGO OLIVEIRA TEMA: INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

ATIVIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA- Nº 12

1) Leia a crônica a seguir:

Tormento não tem idade

─ Meu filho, aquele seu amigo, o Jorge, telefonou.


─ O que é que ele queria?
─ Convidou você para dormir na casa dele, amanhã.
─ E o que é que você disse?
─ Disse que não sabia, mas achava que você iria aceitar o convite.
─ Fez mal, mamãe. Você sabe que odeio dormir fora de casa.
─ Mas meu filho, o Jorge gosta tanto de você...
─ Eu sei que ele gosta de mim. Mas eu não sou obrigado a dormir na casa dele por causa disso, sou?
─ Claro que não. Mas...
─ Mas o que, mamãe?
─ Bem, quem decide é você. Mas, que seria bom você dormir lá, seria.
─ Ah, é? E por quê?
─ Bem, em primeiro lugar, o Jorge tem um quarto novo de hóspedes e queria estrear com você. Ele disse que é
um quarto muito lindo. Tem até a TV a cabo.
─ Eu não gosto de tevê.
[...]
─ Eu faço a maleta para você, meu filho. Eu arrumo suas coisas direitinho. Você vai ver.
─ Não, mamãe. Não insista, por favor. Você está me atormentando com isso. Bem, deixe eu lhe lembrar uma
coisa, para terminar com essa discussão: amanhã eu não vou a lugar nenhum. Sabe por que, mamãe? Amanhã
é meu aniversário. Você esqueceu?
─ Esqueci mesmo. Desculpe, filho.
─ Pois é. Amanhã estou fazendo 50 anos. E acho que quem faz 50 anos tem o direito de passar a noite com sua
mãe, não é verdade?
SCLIAR, Moacyr. Folha de São Paulo, 3 set. 2001, p. C2
O trecho dessa narrativa que explica o que resolveu o problema é:

a) “─ Bem, quem decide é você”.


b) “─ Eu não gosto de tevê.”.
c) “─ Amanhã é meu aniversário.”.
d) “─ Esqueci mesmo. Desculpe, filho.”

2) Leia o trecho da narrativa “Por parte de pai”, de Bartolomeu Campos de Queirós.

Dona Marieta, professora aposentada, vivia com o marido e dois filhos – Marília e Dirceu – em uma casa com
alpendre e três andorinhas de louça. Falava alto sem errar uma palavra, sem deixar para trás erres ou esses.
Fazia saudação para o prefeito em dia de posse, falava para o vigário no aniversário, cumprimentava o bispo na
chegada para as crismas. Todo mundo tinha grande respeito não somente pela sua língua certa como também
pelo rompante exaltado de sua voz. Sabia da vida de todos da cidade, com os segredos e mais suas maldosas
deduções.

*Um trecho que apresenta uma característica da personagem “Dona Marieta” é:

a) Falava muito alto.


b) Vivia com o marido.
c) Fazia saudação para o prefeito.
d) Todo mundo tinha grande respeito pela sua língua.

3) Leia o texto abaixo.

Sonhos sem significados

Chegou a sala e sentou-se na cadeira pronta para começar a trabalhar, pegou um tecido branco e sentiu sua
textura com tanta tranquilidade que começou a lembrar de seus tempos de menina.
No passado, era uma garota de sorriso iluminante que contagiava a todos com a sua alegria. Mas aos
seus oito anos, seu sorriso começou a mudar como também suas oportunidades para um futuro melhor.
Trabalhava, e não eram trabalhos pequenos, eram trabalhos que exigiam força que uma menina de oito anos
não tinha: puxava água, trabalhava com fogo e fazia serviços domésticos pesados. E assim, deixou de lado o
“ser criança”, a escola e as brincadeiras infantis.
Sempre perguntava a mãe quando iria à escola novamente. A mulher, com pena de sua filha, sempre a
iludia, dizendo que no dia seguinte ela iria estudar, mas sempre a decepcionava no decorrer do dia.
Até que uma noite, sua mãe prometeu que iria poupá-la de tanto serviço e iria ensiná-la a costurar. E
assim, Antônia aprendeu o ofício de costureira, e com esse conhecimento começou a trabalhar costurando para
outros, e o dinheiro que recebia era dado à sua mãe para sustentar a família. Não estudou mais, só trabalhou
dia e noite... (Moreira, Rita de Cássia. Junho de 2017)

* O texto é considerado uma narrativa por que:

a) Apresenta uma série de argumentos sobre a personagem principal.


b) Baseia-se em fatos reais vividos pela personagem.
c) Expõe informações sobre uma temática atual.
d) Constrói-se por meio de uma sequência de fatos relatados ambientados em um pretérito.

Goiabada
Carlos Heitor Cony

Goiabada tinha cara de goiabada mesmo. Fica difícil explicar o que seja uma cara de goiabada, mas
qualquer pessoa que se defrontava com ele, mesmo que nada dissesse, constataria em foro íntimo que
Goiabada tinha cara de goiabada.
Eu o conheci há tempos, quando jogava pelada nas ruas da Ilha do Governador. Ele se oferecia para a
escalação, mas quase sempre era rejeitado. Ruim de bola, era bom de gênio.
[...]
Perdi-o de vista, o que foi recíproco. Outro dia, parei num posto para abastecer o carro e um senhor idoso
me ofereceu umas flanelas, dessas de limpar para-brisa. Ia recusar, mas alguma coisa me chamou a atenção:
dando o desconto do tempo, o cara tinha cara de goiabada. Fiquei indeciso. Não podia perguntar se ele era o
Goiabada, podia se ofender, não havia motivo para tanta e tamanha intimidade.
[...]
O tanque do carro já estava cheio, e o novo Goiabada, desanimado de me vender uma flanela, ia se
retirando em busca de freguês mais necessitado. Perguntei quantas flanelas ele tinha. Não sabia, devia ter
umas 40, não vendera nenhuma naquele dia. Comprei-lhe todas, ele fez um abatimento razoável. E ficou de
mãos vazias, olhando o estranho que sumia com suas 40 flanelas e nem fizera questão do troco.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1111200803.htm

O fato que gerou a história narrada foi:

a) o encontro entre o narrador e o homem que ele achou ter “cara de goiabada”.
b) o jogo de futebol que os meninos jogavam nas ruas da Ilha do Governador.
c) o narrador ter comprado todas as flanelas do idoso e não querer o troco.
d) a separação dos dois meninos que jogavam futebol.
4) Leia o texto para responder a questão abaixo:

História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de
Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores
condições de trabalho, tais como: redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas
exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a
receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento
digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi
incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de
março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na
fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU
(Organização das Nações Unidas).
http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm

O objetivo do texto é:

a) Informar.
b) Fazer humor.
c) Defender opiniões sobre um tema.
d) Emocionar.

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