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Olá!
Você está na unidade Pluralismo jurídico, direito moderno e dogmática jurídica. Conheça aqui o conceito de
Aprenda sobre uma espécie de pluralismo jurídico chamada de direito alternativo, e veja como se dá a crise atual
Bons estudos!
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Pluralismo jurídico e direito alternativo
O pluralismo jurídico surge como concepção antagônica ao monismo jurídico (o que considera a socialidade do
direito, fundamentalmente e trata do monopólio das normas jurídicas exercidas pelo Estado, ou estatalidade do
direito).
Nasce como afirmação da modernidade, levando em conta o capitalismo e as consequência dos processos
estruturais de difícil convergência para uma racionalização jurídica nos termos modernos, resultantes do
Diversas teorias e fatos compõem o pluralismo jurídico, seja do ponto de seu surgimento como de sua
manutenção.
As teorias tradicionais do pluralismo jurídico são extraídas das obras de vários juristas, entre eles o alemão Otto
Von Gierke (1841-1921), que “analisou o direito das várias organizações sociais (corporações –
Genossenschaften) na Alemanha, sustentando que cada organização possui vontade e consciência e cria suas
O pluralismo jurídico é composto pela diversidade de normas. São elas vigentes em certa sociedade de forma
simultânea, sendo considerada como questão social. Por isso, o pluralismo se utiliza de diversas teorias, das mais
diversas ciências (como psicologia, sociologia, ciências políticas, antropologia, etc.). Referidas normas irradiam,
assim na norma jurídica dos Estados, que as reconhecem e implementam em seu ordenamento jurídico
O pluralismo jurídico leva em conta o direito como fato ideológico e sua análise é do ponto de vista sociológico. É
Assista aí
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2. Pluralismo jurídico cultural
Como visto acima, o termo “pluralismo jurídico” designa a coexistência de diversas realidades, “múltiplas formas
Seria ele o conviver diferentes possibilidades, distintas racionalidades, que levam a uma descentralização
normativa, considerando o movimento do centro para a periferia, do Estado para a sociedade, da lei para as
Para alguns autores, seria o “pluralismo comunitário e participativo”, o qual se opõe à concepção de
A sociedade é mutável, historicamente, e esta divisão entre os direitos oficiais e direitos oficiosos (ocultos),
mostra claramente uma realidade que está por baixo de uma superestrutura jurídica oficial, excludente, que está
a serviço dos grupos que detêm o poder e impede o desenvolvimento real da democracia brasileira.
E o Direito seria formado pelo conjunto normativo resultado das expectativas normativas generalizáveis, cuja
A partir da compreensão de que toda a criação jurídica reproduz determinado tipo de relações sociais
envolvendo necessidades, produção e distribuição, torna-se natural perceber a cultura jurídica brasileira como
materialização das condições histórico-políticas e das contradições socioeconômicas, traduzidas, sobretudo, pela
hegemonia das oligarquias agroexportadoras ligadas aos interesses externos e adeptas do individualismo liberal,
Mas a realidade contemporânea é que existem diversos sistemas e cada sistema, além de agir de acordo com sua
função, relaciona-se com os demais sistemas, seja por acoplamentos, seja por processo de comunicação entre
Novos sujeitos históricos podem ser descritos como identidades coletivas conscientes, sendo mais ou menos
autodeterminação, e tem em comum interesses e valores, “compartilhando conflitos e lutas cotidianas que
expressam privações e necessidades por direitos, legitimando-se como força transformadora do poder e
240).
Da mesma forma que novos sujeitos são considerados na realidade social contemporânea, os conceitos de
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A expressão “necessidades” apresenta certa ambiguidade na língua portuguesa, pois pode ter o
sentido objetivo de “determinismo” (aquilo que tem que ser) ou o sentido subjetivo referente a
“alguma privação” que um indivíduo ou grupo sente. Carência” (sentido estrito) é designada como
privação ou falta de alguma coisa, enquanto “necessidade” (sentido genérico, mais abrangente) todo
aquele sentimento, intenção ou desejo consciente que envolve exigências valorativas, motivando o
Os novos sujeitos sociais podem e devem, a partir de um esforço de dentro, na dimensão educacional e
pedagógica, buscar a luz e as saídas para os problemas mais amplos, que vão sendo esculpidos num processo
É, no século XXI, que o exercício de uma cidadania social, emancipatória e libertadora, construída a partir dos
novos sujeitos sociais, que desenvolvem suas potencialidades e se apercebem enquanto excluídos, discriminados
e vitimados pelo sistema vigente, que participam do projeto-Brasil alternativo, enfrentando as tragédias e
Observam-se na sociedade diferentes instâncias da organização social, que questionam e desejam diminuir o
papel instituidor do social assumido pelo Estado. No entanto, isto não quer dizer, que de fato se deva promover a
supressão do Estado por completo, mas de que se deve modificá-lo restringindo a sua função e limitando a sua
Há diversas fontes de direito, como a doutrina, o costume, a lei, o Estado. Portanto, são múltiplas as
manifestações de pluralismo jurídico e judiciário. A gestão fraca do pluralismo não ameaça o monopólio estatal
do direito.
É ai que o Pluralismo jurídico assume o seu papel de iluminar dentro da realidade novas alternativas, que se
colocam dentro de um processo dinâmico e que criam direitos vivos, rompendo com a velha estrutura positivista
e revolucionando as grandes tradições culturais e jurídicas, consolidadas e que tendem a ser legitimadas pela
ideologia dominante.
O Pluralismo Jurídico ampliado e de novo tipo permite a discussão de questões relevantes, vinculadas aos
O Direito não age sobre a sociedade e a sociedade sobre o Direito. Nas sociedades há Direito como forma de
organização social, sendo esse um dos sistemas de comunicação social entre os existentes.
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3.Pluralismo jurídico sociológico e Direito Alternativo
A pluralidade de ordens jurídicas e o pluralismo jurídico permitem superar a problemática do Estado de direito
Existem muitas fontes ou fatores causais para explicar não só os fenômenos naturais e cosmológicos, mas,
O pluralismo reconhece que a vida humana é constituída por seres, objetos, valores, verdades, interesses e
conflituosidade.
Mais ainda do que a constatação da pluralidade das ordens jurídicas, conta a da interação delas: um médico é
sujeito às regras deontológicas ditadas pelo Conselho Regional de Medicina, mas também aos princípios gerais
da responsabilidade civil; um detento continua a obedecer às leis do meio, mesmo sendo forçado a observar as
A limitação jurídica do Estado não pode ser oriunda do próprio Estado, por intermédio de um direito cujo
domínio ele conserva de todos os modos. No plano interno, ela vem mesmo da sociedade, da qual se deve
Pluralismo ‘político’ incorpora proposições que se pautam pela rejeição de toda e qualquer forma de
concentração e unificação do poder ou força de ação monolítica (política, ideológica ou econômica). O pluralismo
descentralizadas, realça a existência de um complexo corpo societário formado pela multiplicidade de instâncias
sociais organizadas e centros autônomos de poder, que, ainda que antagônicos ou mantendo conflitos entre si,
objetivam restringir, controlar ou mesmo erradicar formas de poder corporificado no Estado (WOLKMER, 2001,
p. 172-173.).
Fique de olho
O pluralismo ‘sociológico’ se consolida na medida em que socialmente se ampliam os papéis, as
classes e as associações profissionais no âmbito da sociedade industrial.
Para a atuação dos agentes sociais no contexto das práticas diárias, de enfrentamento do modelo normativo
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centralizadora, um novo referencial epistemológico que atenda às exigências da atualidade, que se encontra
diante de fenômenos advindos no bojo das transformações tecnológicas e de novas condições globais no âmbito
do sistema capitalista.
Neste sentido de afirmação de novas instâncias legislativas e jurisdicionais de dimensão pluralista, em defesa de
um possível direito alternativo à legalidade instituída, demonstrando os déficits do direito estatal monista,
[...] Antes de tudo é indispensável, uma vez mais, ter presente que, na modernidade da sociedade
justiça e resolução dos conflitos é formalmente dominada pelos órgãos oficiais do Estado. Quanto
que tem o Estado de criar ‘mitos-fundantes’ para proteger e justificar sua onisciência frente a outras
instâncias sociais. Todo esse esforço para centralizar a ‘regulamentação’ da vida social incidirá em
funções clássicas (polícia, justiça e defesa) que serão canalizadas em procedimentos formais de
cunho legislativo, administrativo e jurisdicional. Por mais ampla, forte e totalizadora que possa ser
esta ‘regulamentação jurídica’ da sociedade moderna por parte da ação monopolizadora do Estado,
este não consegue erradicar e inviabilizar todo o fenômeno de regulação informal provenientes de
outros grupos sociais não-estatais. Para além da oficialidade global dos aparelhos de produção e
distribuição da justiça estatal, subsiste, paralela, subjacente e concorrente, uma pluralidade de níveis
coletivas, assumem características específicas de uma validade distinta, legítima e diferenciada, não
menos verdadeira, podendo ser, por vezes, até justa e autêntica (WOLKMER, 2001, p. 286.)
Na concepção sociológica do pluralismo jurídico, o poder de coerção ou a sanção não reside, exclusivamente, nas
esferas de poder jurídico do Estado e não depende somente das "fontes oficiais do direito-estatal". Nem tudo o
que é direito necessita ser transformado em lei. Também, é um postulado fundamental, que muito do que se
possa compreender como direito, poderá não ser alcançado pela lei ou estar num plano fora ou à margem da lei e
Se o direito estatal é o único a existir, o Estado de direito não passa de uma ilusão.
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é isso Aí!
É isso ai!
Referências
ADEODATO, João Maurício. Ética e retórica: para uma teoria da dogmática jurídica. São Paulo: Saraiva, 2002.
ANDRADE, Lédio Rosa de. O que é o Direito Alternativo?. 3 ed. Florianópolis: Conceito Editorial, 2008. 96 p.
ARAÚJO, Sarah Camelo Brandão. A crise do direito na pós-modernidade e o papel da filosofia jurídica para a
ASSIS, Olney Queiroz; POZZOLI, Lafayette. Pessoa Portadora de Deficiência: Direitos e Garantias.2. ed., São Paulo:
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