TDE 01 - Sistemas de Transporte

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
CAMILA CARDOSO RIBEIRO

CAMILA CORDEIRO DA SILVA
CAROLINA JOHANSSON KRIVOPUST
GUILHERME HOFMEISTER
SUIANY ORLANDI SOBOTA
SISTEMAS DE TRANSPORTE
CURITIBA
2021
CAMILA CARDOSO RIBEIRO
CAMILA CORDEIRO DA SILVA
CAROLINA JOHANSSON KRIVOPUST
GUILHERME HOFMEISTER
SUIANY ORLANDI SOBOTA
SISTEMAS DE TRANSPORTE
Trabalho referente à disciplina de

Planejamento e Análise de Sistemas de
Transportes, apresentado ao Curso de
Graduação em Engenharia Civil da
Pontifícia Universidade Católica do
Paraná, como requisito parcial à obtenção
de resultado com a finalidade de
aprovação e aprendizagem.
Orientador: Prof. Dr. Dewey Moreto

Wollmann.
CURITIBA
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4
2 PREVISÃO DA DEMANDA ........................................................................... 5
2.1 DEFINIR CARGA ........................................................................................... 5
2.2 SÉRIE HISTÓRICA E HORIZONTE DE PREVISÃO ..................................... 5
2.3 MODELO DE PREVISÃO ............................................................................... 5
3 DIMENSIONAMENTO DE FROTA ................................................................ 6
3.1 DEMANDA MENSAL DE CARGA .................................................................. 6
3.2 JORNADA DE TRABALHO ............................................................................ 6
3.3 TRAJETOS DE DESLOCAMENTO ................................................................ 7
3.3.1 Trajetos de Deslocamento ........................................................................... 7
3.3.2 Velocidade de Deslocamento ...................................................................... 7
3.4 TEMPOS ........................................................................................................ 7
3.4.1 Deslocamentos (Ida e Volta) ........................................................................ 7
3.4.2 Carregamento ............................................................................................... 8
3.4.3 Descarregamento ......................................................................................... 8
3.4.4 Espera ............................................................................................................ 8
3.5 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS VEÍCULOS ......................................... 8
3.6 VIAGENS POR MÊS POSSÍVEIS .................................................................. 8
3.7 TONELADAS TRANSPORTADAS POR VEÍCULOS ..................................... 9
3.8 TAMANHO DA FROTA .................................................................................. 9
4 CUSTOS OPERACIONAIS ............................................................................ 9
4.1 CARACTERÍSTICAS DO SERVIÇO DE TRANSPORTE ............................... 9
4.1.1 Características da Operação ....................................................................... 9
4.1.2 Itens de Consumo na Operação ................................................................ 10
4.1.3 Preço dos Itens de Consumo .................................................................... 10
4.2 CUSTOS DO SERVIÇO DE TRANSPORTE ............................................... 11
4.2.1 Depreciação ................................................................................................ 11
4.2.2 Investimento ............................................................................................... 11
4.2.3 Remuneração do Motorista ....................................................................... 12
4.2.4 Pneus, Peças, Acessórios e Materiais ..................................................... 13
4.2.5 Combustível e Lubrificantes ..................................................................... 14
4.2.6 Seguro, Impostos e Taxas ......................................................................... 15
5 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ......................................................... 15
5.1 PREÇO DE MERCADO ............................................................................... 15
5.2 CUSTO ......................................................................................................... 16
5.3 PREÇO DE VENDA ..................................................................................... 16
6 ANÁLISE DE VIABILIDADE FINACEIRA ................................................... 17
6.1 TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE ............................................................. 17
6.2 INVESTIMENTO NA FROTA ....................................................................... 17
6.3 VALOR PRESENTE LÍQUIDO ..................................................................... 18
6.4 ÍNDICE BENEFÍCIO-CUSTO ....................................................................... 18
6.5 RETORNO ADICIONAL SOBRE O INVESTIMENTO .................................. 18
6.6 TAXA INTERNA DE RETORNO .................................................................. 19
6.7 PAY-BACK ................................................................................................... 19
6.8 RISCO DE NEGÓCIO E RISCO DE GESTÃO ............................................ 20
7 CONCLUSÃO .............................................................................................. 21
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 22
4
1 INTRODUÇÃO
Os custos logísticos de transporte representam a maior parte das despesas

gerais de uma organização. Estima-se que cerca de 60% desses custos estejam na
área de transporte. Isso pode, portanto, significar até três vezes o lucro de uma
empresa, como visto no setor de distribuição de combustível. Mesmo com o avanço
das tecnologias que permitem a troca de informações em tempo real. O transporte
continua sendo essencial para alcançar o objetivo logístico, que é o produto certo,
na quantidade certa, no momento certo, no lugar certo e com o menor custo
possível. Portanto, é necessário avaliar quando e qual o melhor modal a ser utilizado
para transportar determinado produto, ainda na fase de matéria-prima ou já
industrializado.
Com a evolução do setor industrial nos últimos anos em todo o mundo, foi
necessário repensar as modalidades de transporte de carga. Além disso, reduzir
custos com logística e distribuir produtos e suprimentos de forma mais ágil, eficiente,
segura e que traria confiabilidade aos clientes e valorizando empresas e marcas,
são aspectos a serem pensados.
No presente trabalho abordaremos sobre o transporte de grãos, o qual sofre
muitas dificuldades no Brasil, sendo escoamento e conservação duas dessas
dificuldades. Com essa situação os produtores acabam tendo suas margens de lucro
defasadas. A dificuldade no transporte pode ser reduzida não só com um caminhão
mais adequado para o transporte dos grãos mas também tomando alguns cuidados
no transporte, o que acaba superarando parcialmente a falta de infraestrutura das
rodovias brasileiras. As máquinas devem oferecer uma boa resistência, uma melhor
economia de consumo de combustível e suportar longas viagens, não deixando
parte da carga no chão.
5
2 PREVISÃO DA DEMANDA
2.1 DEFINIR CARGA
Sabe-se que o agronegócio é uma das bases econômicas do Brasil, mas para
que ele possa exercer suas plenas funções existe toda uma infraestrutura por detrás
que o mantém ativo e dentre esses processos está o transporte de grãos. Devido a
alta demanda e consequentemente procura a carga a ser transportada é a soja.
2.2 SÉRIE HISTÓRICA E HORIZONTE DE PREVISÃO
Tabela 1 – Dados Históricos e Regressão Linear
2.500.000
2.000.000
1.500.000
1.000.000
y = 66544x + 339546
500.000
0
0 5 10 15 20 25
Fonte: os autores, 2021
2.3 MODELO DE PREVISÃO
A previsão de demanda foi feita por meio da regressão linear e foi obtido os
valores apresentados na tabela abaixo.
6
3 DIMENSIONAMENTO DE FROTA
3.1 DEMANDA MENSAL DE CARGA
Por meio da regressão linear foi estimado a demanda para o ano de 2021 até
o ano de 2026, com uma estimativa média de erro de 14%.
Tabela 2 – Demanda de Carga
ANO DEMANDA ANUAL DEMANDA MENSAL

2021 541.054 45.088
2022 561.017 46.751
2023 580.981 48.415
2024 600.944 50.079
2025 620.907 51.742
2026 640.870 53.406
3.2 JORNADA DE TRABALHO
Conforme a Constituição da República, em seu artigo 7º, inciso XIII, inclui,

entre os direitos dos trabalhadores, a duração do trabalho normal não superior a oito
horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e
a redução da jornada, medicando acordo ou convenção coletiva de trabalho. Sendo
assim definiu-se a jornada de trabalho do motorista de 44 horas semanais e 22 dias
por mês.
Tabela 3 – Jornada de Trabalho
JORNADA DE TRABALHO
Dias/mês 22
Horas/semana: 44
7
3.3 TRAJETOS DE DESLOCAMENTO
3.3.1 Trajetos de Deslocamento
Definiu-se como origem da soja Belo Horizonte, Minas Gerais e como destino
o Porto de Santos em Santos, São Paulo. Estudou-se três diferentes rotas para esse
trajeto com distâncias e tempo de deslocamento diferentes, sendo esses dados
apresentados a seguir:
Tabela 4 – Rota
ROTA
km tempo (h) velocidade média (km/h)
Rota 1 659 9,17 72
Rota 2 719 9,51 76
Rota 3 780 11,05 71
3.3.2 Velocidade de Deslocamento
Como apresentado no item anterior (3.3.1) e também na terceira coluna da

Tabela 4, calculou-se a velocidade média para cada uma das rotas definidas, sendo
72 km/h, 76 km/h e 71 km/h para as rotas 1, 2 e 3, respectivamente.
3.4 TEMPOS
3.4.1 Deslocamentos (Ida e Volta)
A fim de chegar na melhor rota para o transporte dos grãos, analisou-se

pontualmente o deslocamento das três rotas, onde observou-se o tempo e viagens
por semana necessárias de acordo com cada uma das opções, conforme
representado na tabela a seguir:
Tabela 5 – Deslocamentos
Distância (ida e volta em km): Tempo (h) Viagens/semana Viagem p/mês

Rota 1 1318 19,59 2,2 7,06
Rota 2 1438 21,07 2,1 6,56
Rota 3 1560 23,35 1,9 5,92
8
3.4.2 Carregamento
O tempo de carregamento e descarregamento é o mesmo, sendo estimado

um tempo de 17 minutos para o descarregamento/carregamento aproximadamente,
considerando 3 colaboradores. Entretanto estimou-se também o tempo médio
considerando somente 1 colaborador, totalizando 51 minutos.
3.4.3 Descarregamento
Considera-se o mesmo citado no item acima: 3.4.2.
3.4.4 Espera
Para essa ocasião não há tempo de espera, sendo assim o tempo de espera
é 0, desconsiderando eventualidades não planejadas como acidentes, obras e
quaisquer outros obstáculos que venham a interferir no tempo total.
3.5 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS VEÍCULOS
O Caminhão Graneleito é o veículo ideal para transportar a soja, sendo esse

um veículo com carroceria cuja guardas laterais são fechadas ou com letas
metálicas com malhas de dimensões que impeçam o desperdício do material
durante a viagem. A carga precisa, além disso, estar devidamente coberta e
protegida por uma lona ancorada à carroceria do veículo e em bom estado.
Para que o grão de soja não seja comprometido no meoio do caminho com o
calor ou umidade é essencial que a carroceria seja bem vedada. Em momento
nenhum do trajeto a soja pode ser contato com a chuva ou água proveniente de
qualquer fonte, pois tal fato aumenta a probabilidade de surgimento de
microorganismos prejudicias à carga.
3.6 VIAGENS POR MÊS POSSÍVEIS
Estimou-se com base nos dados o número de viagens possíveis a ser feito
por mês, considerando as três rotas estabelecidas inicialmente.
9
Tabela 6 – Viagens por mês
Rota Viagens por mês

Rota 1 7,06
Rota 2 6,56
Rota 3 5,92
3.7 TONELADAS TRANSPORTADAS POR VEÍCULOS
A versão do caminhão rígido 8x2 é uma solução típica originada nas estradas.
Com a necessidade de levar mais mercadorias por viagem sem transgredir a Lei da
Balança, o transportador consegue a possibilidade de adaptar no veículo um eixo
dianteiro adicional.
Sendo assim essa versão conquistou tanto o transportador quanto o
fabricante, que passaram a oferecer a versão com qualidade de fábrica aspectos
nem sempre cobertos nas adaptações feitas em oficinas de terceiros. Ao ter mais um
eixo, o caminhão ganha 6.000 kg a mais de capacidade de carga no peso bruto total
(PBT). Um semipesado 6×2 do segmento de 23.000 kg, portanto, passa a ter 29.000
kg de PBT. Por isso o modelo escolhido foi esse, ou seja, cada veículo suporta até
29.000 kg de soja.
3.8 TAMANHO DA FROTA
Será necessário apenas um caminhão para transportar a soja de MG para

BH, pois a demanda mensal será suprida com duas viagens de 20 horas. Já que a
demanda de soja é de 45 toneladas e o caminhão comporta até 29 toneladas por
viagem, fazendo duas viagens por mês será o suficiente.
4 CUSTOS OPERACIONAIS
4.1 CARACTERÍSTICAS DO SERVIÇO DE TRANSPORTE
4.1.1 Características da Operação
Tabela 7 – Características da Operação

Turnos
1 2 3 4
Contratados
Horas de 11 22 33 44
10
Operação
Km por dia 68,2 136,4 204,6 272,8
Toneladas por
44,95 89,9 134,85 179,8
dia
Km por mês 1500,4 3000,8 4501,2 6001,6
Toneladas por
988,9 1977,8 2966,7 3955,6
mês
Km por ano 18004,8 36009,6 54014,4 72019,2
Toneladas por
11866,8 23733,6 35600,4 47467,2
ano
4.1.2 Itens de Consumo na Operação
Tabela 8 – Itens de Consumo na Operação
ITENS DE CONSUMO NA OPERAÇÃO

1 Motorista com carga horaria de 44 horas semanais
1 IPVA - imposto sobre a propriedade de veículos automotores
18 pneus, com vida útil de 70000 quilômetros
0,6 Litros de óleo diesel por quilometro percorrido
30 Litros de óleo para o motor a cada 5000 quilômetros
12 litros de óleo para a caixa do motor a cada 20000 quilômetros
1 Lavagem e lubrificação a cada 250 quilômetros
4.1.3 Preço dos Itens de Consumo
Tabela 9 – Preço dos Itens de Consumo
PREÇO DOS ITENS DE CONSUMO

Cavalo + carreta R$ 350.000,00
Salario do motorista sem encargos R$ 2.127,73 c/ encargos R$ 3.191,60
IPVA R$ 3.500,00 (1% do valor do caminhão)
Pneus R$ 1.800,00 por unidade
Diesel R$ 3,05 p/ litro
Óleo para o motor R$ 15,00 p/ litro
Óleo para a caixa de mudança R$ 18,00 p/ litro
Lavagem e lubrificação: R$ 300,00 pelo serviço
11
4.2 CUSTOS DO SERVIÇO DE TRANSPORTE
4.2.1 Depreciação
Tabela 10 – Depreciação de 2021 à 2026
2021 2022 2023

DEPRECIAÇÃO: DEPRECIAÇÃO: DEPRECIAÇÃO:
Motorista 1 Motorista 1 Motorista 1
Km por mês 2.049 Km por mês 2.125 Km por mês 2.200
R$ por R$ R$ por R$ R$ por R$
quilômetro 3,16 quilômetro 3,05 quilômetro 2,95
Toneladas Toneladas Toneladas
por mês 45 por mês 47 por mês 48
tonelada 143,75 tonelada 138,64 tonelada 133,87
2024 2025 2026

DEPRECIAÇÃO: DEPRECIAÇÃO: DEPRECIAÇÃO:
Km por mês 2.276 Km por mês 2351,60 Km por mês 2.427
Toneladas Toneladas Toneladas
por mês 50 por mês 52 por mês 53
tonelada 129,43 tonelada 125,26 tonelada 121,36
4.2.2 Investimento
Tabela 11 – Investimento de 2021 à 2026

Taxa Mínima de . Assim, o custo mensal da renumeração do R$
Atratividade: 6,0% capital é: 1.750,00
2021 2022 2023

INVESTIMENTO INVESTIMENTO INVESTIMENTO
Toneladas Toneladas por Toneladas por
por mês 45 mês 47 mês 48
R$ por R$ R$ R$
tonelada 38,81 R$ por tonelada 37,43 R$ por tonelada 36,15
12
2024 2025 2026

R$ por R$ R$ por R$ R$ por
quilômetro 0,77 quilômetro 0,74 quilômetro R$ 0,72
R$ por R$ R$
tonelada 34,95 R$ por tonelada R$ 33,82 R$ por tonelada 32,77
Inflação do período a ser . Sendo assim, o custo mensal de R$

considerado: 9,00% atualização é: 2.625,00
2021 2022 2023

R$ por R$ R$ por R$ R$ por
quilômetro 1,28 quilômetro 1,24 quilômetro R$ 1,19
R$ por R$ R$
tonelada 58,22 R$ por tonelada R$ 56,15 R$ por tonelada 54,22
2024 2025 2026

R$ por R$ por R$ R$ por
quilômetro R$ 1,15 quilômetro 1,12 quilômetro R$ 1,08
R$ por R$ R$ R$
tonelada 52,42 R$ por tonelada 50,73 R$ por tonelada 49,15
4.2.3 Remuneração do Motorista
Tabela 12 – Remuneração do Motorista

13
REMUNERAÇÃO DO MOTORISTA
com carga
horaria
semanal
Salário 2127,73 de 44 horas.
a título de
encargos
A este valor, acrescenta-se 50% sociais.
Totaliza- se
assim, 3191,595
2021 2024
Custo do
Custo do salário por salário por
quilômetro: 1,56 quilômetro: 1,40
Custo do
tonelada: 70,79 tonelada: 63,73
2022 2025
Custo do
Custo do
2023 2026
Custo do
Custo do
4.2.4 Pneus, Peças, Acessórios e Materiais
Tabela 13 – Pneus, Peças, Acessórios e Materiais
Pneus, peças, acessórios e materiais:

Turnos Contratados 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Km por mês 2.049 2.125 2.200 2.276 2351,60 2.427
R$ por quilômetro 0,285 0,275 0,265 0,256 0,248 0,240
14
Tonelada por mês 45 47 48 50 52 53

R$ por tonelada 12,94 12,48 12,05 11,65 11,27 10,92
4.2.5 Combustível e Lubrificantes
Tabela 14 – Combustível e Lubrificantes
DIESEL
Turnos
Contratados 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Km por mês 2049,165045 2124,772797 2200,380548 2275,9883 2351,596052 2427,203803
R$ por R$
quilômetro R$ 6.249,95 R$ 6.480,56 R$ 6.711,16 6.941,76 R$ 7.172,37 R$ 7.402,97
Tonelada por
mês 45,08785 46,75145 48,41505 50,07865 51,74225 53,40585
R$ por
tonelada R$ 192,53 R$ 199,63 R$ 206,73 R$ 213,84 R$ 220,94 R$ 228,04
ÓELO PARA MOTOR

Turnos
Contratados 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Km por mês 2049,17 2124,77 2200,38 2275,99 2351,60 2427,20
R$ por
quilômetro R$ 1,11 R$ 1,15 R$ 1,19 R$ 1,23 R$ 1,27 R$ 1,31
Tonelada por
mês 45,09 46,75 48,42 50,08 51,74 53,41
R$ por
tonelada R$ 0,03 R$ 0,04 R$ 0,04 R$ 0,04 R$ 0,04 R$ 0,04
LAVAGEM E LUBRIFICAÇÃO
Turnos
Contratados 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Km por mês 2049,17 2124,77 2200,38 2275,99 2351,60 2427,20
R$ por
Tonelada por
mês 45,09 46,75 48,42 50,08 51,74 53,41
R$ por
tonelada R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
15
ÓLEO PARA A CAIXA DE MUDANÇA

Turnos
Contratados 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Km por mês 2049,17 2124,77 2200,38 2275,99 2351,60 2427,20
R$ por
Tonelada por
mês 45,09 46,75 48,42 50,08 51,74 53,41
R$ por
tonelada R$ 0,30 R$ 0,31 R$ 0,33 R$ 0,34 R$ 0,35 R$ 0,36
4.2.6 Seguro, Impostos e Taxas
Tabela 15 – Seguro, Impostos e Taxas
IMPOSTOS E TAXAS:
Km por mês 2049,17 2124,77 2200,38 2275,99 2351,60 2427,20
R$ por quilômetro 0,0028 0,0027 0,0027 0,0026 0,0025 0,0024
Toneladas por mês 45,09 46,75 48,42 50,08 51,74 53,41
R$ por tonelada 0,13 0,12 0,12 0,12 0,11 0,11
5 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
Uma das maiores dificuldades das transportadoras, principalmente das

empresas que estão nos seus primeiros anos de atuação, é o cálculo de formação
de preço no frete rodoviário. Afinal, há alguns fatores abstratos na composição
desse valor como, por exemplo, saber quanto cobrar pelo tempo que o veículo
passa dedicado a apenas uma entrega. São 3 as principais variáveis de formação de
preço no frete: peso da carga, valor da carga e distância percorrida.
5.1 PREÇO DE MERCADO
Os preços de mercado se referem a um determinado valor de um bem,

serviço, ou ativo financeiro os quais são ofertados. Também se refere a um conceito
econômico usado principalmente na microeconomia. Em relação á concorrência
voltada ao transporte rodoviário, atualmente é possível realizar cotações de frete
16
com diversas transportadoras através de portais como o indicado na imagem a

seguir:
Figura 1 – Cotações de Frete
Fonte: https://cargas.com.br/cotacao-rapida
Logo, pode-se dizer que os fatores determinantes para diferenciar o custo do

frete entre as transportadoras são: tipo de carga; cidade de origem; cidade de
destino; valor da nota (em R$); peso (em kg) e quantidade.
5.2 CUSTO
De acordo com Tiago Dallagrana, diretor-sócio da Rodoway Transportes

LTDA, inscrita no CNPJ 01.395.216/0001-66, em Curitiba, quando se trata do
transporte rodoviário de grãos, existe uma sazonalidade muito grande envolvida, que
é afetada por diversos fatores, como a safra, a capacidade de estocagem de cada
produtor e valor da saca no mercado global. Além disso, em algumas épocas o valor
do frete tende a subir, influenciando o mercado em geral, como: durante o período
de safra e também quando o preço da soja aumenta, já que ela precisa ser escoada
até seu destino final, o porto.
5.3 PREÇO DE VENDA
Tabela 16 – Formação do Preço de Venda
FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

Depreciação 143,75 138,64 133,87 129,43 125,26 121,36
Investinento 38,81 37,43 36,15 34,95 33,82 32,77
Atualização monetária 58,22 56,15 54,22 52,42 50,73 49,15
Salário motorista 1,56 1,50 1,45 1,40 1,36 1,31
17
Pneus e outros 52,94 52,48 52,05 51,65 51,27 50,92

Combustivel e outros 6453,77 6691,90 6930,02 7168,14 7406,27 7644,39
IPVA 0,1322 0,1275 0,1231 0,1190 0,1152 0,1116
Total 6749,18 6978,22 7207,88 7438,10 7668,83 7900,02
Total + 10% adm 7424,10 7676,04 7928,67 8181,91 8435,72 8690,03
Total + ISS 7572,58 7829,56 8087,24 8345,55 8604,43 8863,83
6 ANÁLISE DE VIABILIDADE FINACEIRA
6.1 TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE
A taxa mínima de atratividade é uma taxa de juros que configura o mínimo

que o investidor se sujeita a ganhar quando aplica seus recursos, ou o máximo que
uma entidade se disponibiliza a pagar quando faz um financiamento.
6.2 INVESTIMENTO NA FROTA
Tabela 17 – Investimento na Frota
FLUXO DE CAIXA DO PROJETO

ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
( + ) Entradas
7.572,58 8.329,84 9.162,83 10.079,11 11.087,02 12.195,72 13.415,30
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
( - ) Saídas
562,43 618,68 680,54 748,60 823,46 905,80 996,38
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
Resultado
7.010,15 7.711,17 8.482,28 9.330,51 10.263,56 11.289,92 12.418,91
R$
( - ) Investimentos
7.508,33
Fluxo de
-R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
( = ) Caixa do
7.508,33 7.010,15 7.711,17 8.482,28 9.330,51 10.263,56 11.289,92 12.418,91
Investidor
18
Fluxo de Caixa do Investidor

R$ 15.000,00
R$ 10.000,00
R$ 5.000,00
R$ -
1 2 3 4 5 6 7
-R$ 5.000,00
-R$ 10.000,00
6.3 VALOR PRESENTE LÍQUIDO
O valor presente líquido, também conhecido como valor líquido atual, ou VPL
é uma ferramenta que traz para a data zero os fluxos de caixa (positivos e
negativos) de um investimento.
6.4 ÍNDICE BENEFÍCIO-CUSTO
O Índice Benefício/Custo (IBC) configura as expectativas de ganho por

unidade de capital investido no projeto, além do ganho se essa unidade de capital
tivesse sido aplicada à TMA.
6.5 RETORNO ADICIONAL SOBRE O INVESTIMENTO
Tabela 18 – Retorno Adicional sobre o Investimento
RETORNO Valor Presente R$ 48.039,77

Valor Presente Líquido R$ 48.039,77
Valor Presente Líquido Anualizado R$ 7.159,34
Índice Benefício/Custo 6,40
Retorno Adicional Sobre Investimento (ROIA) 0,20
19
6.6 TAXA INTERNA DE RETORNO
Também conhecida como TIR, é a taxa que irá igualar o fluxo de caixa
antecipado para o valor do investimento.
6.7 PAY-BACK
Pay-Back é o tempo de retorno do investimento inicial até que o ganho

acumulado coincide com o valor deste investimento.
Tabela 19 – Pay-Back
CR - Capital
Período Fluxo de Caixa CR Acumulado
Recuperado
-R$ -R$
0 -7508,333333
7.508,33 7.508,33
R$
1 R$ 6.490,88 -1017,45112
7.010,15
R$
2 R$ 6.611,08 5593,632615
7.711,17
R$
3 R$ 6.733,51 12327,14383
8.482,28
R$
4 R$ 6.858,21 19185,34969
9.330,51
R$
5 R$ 6.985,21 26170,55937
10.263,56
R$
6 R$ 7.114,57 33285,12478
11.289,92
R$
7 R$ 7.246,32 40531,4414
12.418,91
Payback 2,15
20
PAYBACK
50000
40000
30000
20000
10000
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
-10000
6.8 RISCO DE NEGÓCIO E RISCO DE GESTÃO
Tabela 20 – Risco de Negócio e Risco de Gestão
RISCO Taxa Interna de Retorno 1,02

Índice TMA/TIR 0,08
Payback 2,15
Índice Payback/N 0,14
Fonte: os autores, 2021.
21
7 CONCLUSÃO
A forma de transporte é um fator importante, pois trata de qual será a melhor

forma de entrega, qual será a mais econômica e a mais ágil.
O Brasil concentra a sua logística de cargas no modal rodoviário, seguido do
aéreo e do ferroviário.
Essa realidade mostra a necessidade do desenvolvimento do transporte no
país. Para se adaptar às tendências do mercado, é importante analisar o cenário
logístico como um todo, avaliando o cenário prático do país. Assim, as empresas
são capazes de identificar os pontos certos para o investimento de seus recursos.
Embora não haja mudanças em ritmo acelerado, o transporte no Brasil vem
melhorando a cada ano. Segundo pesquisa da Confederação Nacional dos
Transportes (CNT), no setor Rodoviário, por exemplo, houve um crescimento
significativo no tamanho das estradas do país, cerca de 3 mil novos quilômetros.
Hoje, o Brasil já possui 213.452,8 quilômetros de estradas pavimentadas. Mesmo
longe do ideal, já é uma realidade mais positiva.
Se o momento atual do transporte no Brasil é de estudo, muita burocracia e
prática moderada, o futuro parece ser muito mais promissor. Portanto, definir o
melhor meio de transporte para determinada carga é extremamente importante para
melhorar os resultados e aumentar a lucratividade. Os custos logísticos impactam
diretamente a área financeira do negócio.
22
REFERÊNCIAS
CARGOX. Transporte de soja realizado da maneira correta. Disponível em:

https://cargox.com.br/blog/transporte-de-soja-realizado-da-maneira-correta-aprenda-
agora. Acesso em: 13 set. 2021.
GUDOLLE. Os custos logísticos da soja. Disponível em:

https://home.unicruz.edu.br/wp-content/uploads/2017/04/Marcos-Floriano-Gudolle-
OS-CUSTOS-LOG%C3%8DSTICOS-DA-SOJA-EM-GR%C3%83OS-ESTUDO-DE-
CASO-EM-UMA-EMPRESA-CEREALISTA-NO-MUNICIPIO-DE-CRUZ-ALTA-RS.pdf.
Acesso em: 13 set. 2021.
ANTUNES; NAZARÉ; BORGES; LIPPE. A logística de transporte da soja no

Brasil: comparação entre os modais e a atual situação do país. Disponível em:
http://www.fecilcam.br/anais/ix_eepa/data/uploads/2-logistica/2-01.pdf. Acesso em:
13 set. 2021.
CONAB. Série histórica das safras. Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-

agro/safras/serie-historica-das-safras?start=30. Acesso em: 13 set. 2021.
BENDO TRANSPORTES. A IMPORTÂNCIA DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE

CARGAS PARA O BRASIL. Disponível em:
https://www.grupobendo.com.br/transportes/a-importancia-do-transporte-rodoviario-
de-cargas-para-o-brasil/. Acesso em: 13 set. 2021.
ESTRADÃO. 8x2 ou 6x2? Qual é melhor optar pelo eixo adicional? Disponível
em: https://estradao.estadao.com.br/caminhoes/8x2-ou-6x2-quando-e-melhor-optar-
pelo-eixo-adicional/. Acesso em: 13 set. 2021.
COBLI. Transporte de grãos no Brasil: Como funciona? Quais as normas?

Disponível em: https://www.cobli.co/blog/transporte-de-graos/. Acesso em: 13 set.
2021.
RICHETTI. Viabilidade econômica da cultura da soja para a safra 2019/2020, na

região centro-sul de Mato Grosso do Sul. Disponível em:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/200260/1/COT-251-2019.pdf.
TRUCKPAD. O que é formação de preço no frete rodoviário? Disponível em:

https://www.truckpad.com.br/blog/o-que-e-formacao-de-preco-no-frete-rodoviario/.
CORREIA NETO. Definições. Disponível em:

http://pb.utfpr.edu.br/savepi/definicoese.php#:~:text=O%20Índice%20Benef%C3%A
Dcio%2FCusto%20(IBC,sua%20interpretação%20é%20relativamente%20fácil.

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

CAMILA CARDOSO RIBEIRO

Trabalho referente à disciplina de

Orientador: Prof. Dr. Dewey Moreto

Os custos logísticos de transporte representam a maior parte das despesas

2.1 DEFINIR CARGA

2.2 SÉRIE HISTÓRICA E HORIZONTE DE PREVISÃO

Tabela 1 – Dados Históricos e Regressão Linear

Fonte: os autores, 2021

2.3 MODELO DE PREVISÃO

3.1 DEMANDA MENSAL DE CARGA

Tabela 2 – Demanda de Carga

ANO DEMANDA ANUAL DEMANDA MENSAL

3.2 JORNADA DE TRABALHO

Conforme a Constituição da República, em seu artigo 7º, inciso XIII, inclui,

Tabela 3 – Jornada de Trabalho

3.3 TRAJETOS DE DESLOCAMENTO

3.3.1 Trajetos de Deslocamento

3.3.2 Velocidade de Deslocamento

Como apresentado no item anterior (3.3.1) e também na terceira coluna da

3.4.1 Deslocamentos (Ida e Volta)

A fim de chegar na melhor rota para o transporte dos grãos, analisou-se

Distância (ida e volta em km): Tempo (h) Viagens/semana Viagem p/mês

Fonte: os autores, 2021

O tempo de carregamento e descarregamento é o mesmo, sendo estimado

Considera-se o mesmo citado no item acima: 3.4.2.

3.5 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS VEÍCULOS

O Caminhão Graneleito é o veículo ideal para transportar a soja, sendo esse

3.6 VIAGENS POR MÊS POSSÍVEIS

Tabela 6 – Viagens por mês

Rota Viagens por mês

3.7 TONELADAS TRANSPORTADAS POR VEÍCULOS

3.8 TAMANHO DA FROTA

Será necessário apenas um caminhão para transportar a soja de MG para

4.1 CARACTERÍSTICAS DO SERVIÇO DE TRANSPORTE

4.1.1 Características da Operação

Tabela 7 – Características da Operação

4.1.2 Itens de Consumo na Operação

Tabela 8 – Itens de Consumo na Operação

ITENS DE CONSUMO NA OPERAÇÃO

4.1.3 Preço dos Itens de Consumo

Tabela 9 – Preço dos Itens de Consumo

PREÇO DOS ITENS DE CONSUMO

4.2 CUSTOS DO SERVIÇO DE TRANSPORTE

Tabela 10 – Depreciação de 2021 à 2026

2021 2022 2023

2024 2025 2026

Tabela 11 – Investimento de 2021 à 2026

2021 2022 2023

2024 2025 2026

Inflação do período a ser . Sendo assim, o custo mensal de R$

2021 2022 2023

2024 2025 2026

4.2.3 Remuneração do Motorista

Tabela 12 – Remuneração do Motorista

4.2.4 Pneus, Peças, Acessórios e Materiais

Tabela 13 – Pneus, Peças, Acessórios e Materiais

Pneus, peças, acessórios e materiais:

Tonelada por mês 45 47 48 50 52 53

4.2.5 Combustível e Lubrificantes

Tabela 14 – Combustível e Lubrificantes

ÓELO PARA MOTOR

ÓLEO PARA A CAIXA DE MUDANÇA