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Teoria 9 Efeito de Cargas Indutivas

em Retificadores Controlados

9.1 Cargas Indutivas em Retificadores Controlados:

Tratar os retificadores controlados em termos de carga RL (resistiva – indutiva) é


muito importante, pois o principal emprego dos retificadores controlados na industria é em
acionamentos de máquinas CC (motores). Normalmente um motor CC se comporta como
uma carga altamente indutiva.

Mas note que mesmo uma carga altamente indutiva na prática não é uma carga
puramente indutiva. A resistividade do material usado como condutor do enrolamento
garante uma parcela resistiva deste tipo de carga. Uma carga puramente indutiva é algo
ideal que só existe em tese. Assim, todo indutor, como o enrolamento de um motor, por
exemplo, pode ser entendido como uma carga mista RL.

Para melhor entendermos os efeitos do comportamento deste tipo de carga, façamos


uma breve análise desse tipo de circuito.

9.1.1 Transitório em Circuito RL (Considerações no Domínio do Tempo):

Assim como os capacitores, os indutores também têm propriedades de armazenador


de energia elétrica. Enquanto um capacitor armazena energia em um campo elétrico um
indutor armazena energia em um campo magnético. A energia armazenada em um indutor é
dada por:
L ⋅ i2
ϖ = onde: ϖ Æ Energia (em Joules);
2
L Æ Indutância (em Henrys);
I Æ Corrente (em Amperes).
Algo que é comum a todos os elementos armazenadores de energia conhecidos é
que para que este elemento adquira uma certa quantidade
de energia, é um processo que demanda um determinado
tempo.

Deste modo, dado um circuito RL (resistor e


indutor) em série, conforme figura ao lado, estando este
circuito num estado inicial desenergizado. Se
alimentarmos tal circuito com uma fonte de tensão
contínua (V) através do acionamento de uma chave (CH1),
estaremos comutando o circuito, por aplicar a sua entrada
um degrau de tensão, cujo valor varia instantaneamente do
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valor Vi = 0 para o valor Vi = V.

Esta comutação dá início a um transitório,


que chamamos de transitório de carga do indutor,
no qual a tensão do resistor (VR) e a tensão do
indutor (VL) terão o comportamento que é mostrado
nas figuras a seguir:

A indutância do indutor faz com que ele


reaja à variação brusca de corrente, a qual então se
eleva gradualmente, ao longo de um certo tempo.
De fato, enquanto a corrente esta se elevando
gradualmente é porque o indutor está, pouco a
pouco, adquirindo energia.

Durante a decorrência do transitório de carga, o indutor comportá-se como um


elemento que possui uma impedância dinâmica. O valor desta impedância instantânea
oferecida pelo indutor em oposição a corrente é proporcional à taxa de variação da própria
corrente (lei de Faraday-Lenz).

Isso quer dizer que quanto mais rápido tentamos fazer a corrente variar, mais o
indutor resistirá a essa variação. A corrente se eleva gradativamente até que no final do
transitório atinge um valor máximo que equivale ao valor que ela teria com apenas o
resistor no circuito (isto é verdade se pudermos considerar o indutor como ideal, ou seja,
puramente indutivo, sem resistência ôhmica), pois o indutor não oferece mais nenhuma
impedância.

A taxa de crescimento da corrente é caracterizada pela constante de tempo L ( R ).


Isto significa que se
mantermos o mesmo indutor,
porém dobrarmos o valor do
resistor do circuito o tempo
total de carga do indutor será
reduzido à metade. Para
melhor compreender isso,
leve em consideração que o
valor final máximo com que a
corrente se estabilizará nesta
situação é a metade do valor
da corrente final da situação
anterior. Observe a figura ao
lado que faz a comparação
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entre as duas situações.

9.1.1.1 A Função de Queda Exponencial:

Devido a isso, durante o transitório de


carga do indutor, a tensão do indutor (VL) inicia
em um valor máximo, ou seja, VL = Vi, mas com o
decorrer do tempo o seu valor vai caindo
exponencialmente, tendendo a zero, enquanto que
a tensão do resistor (VR) inicia em zero e com o
decorrer do mesmo tempo vai se elevando,
tendendo ao valor de Vi, como mostrado nas
figuras ao lado.

A forma de onda da tensão do indutor (VL) é


devido ao seu comportamento instantâneo, estar
associado à função de queda exponencial, a qual
é baseada na constante logarítmica neperiana (ou
natural), simbolizado por e (número de Euler).

t

T
e

onde: t Æ é o instante para o qual se deseja determinar;


T Æ é a constante de tempo;
L
Sendo que: T= (Constante de tempo) e1 ≅ 2,7182 (número de Euler)
R
Durante o transitório de carga a tensão instantânea do indutor (VL) é dada por:
t

VL = Vi ⋅ e T
onde: Vi Æ Tensão total resultante da associação RL série.

Por sua vez, a tensão instantânea sobre o resistor (VR), é dada pela lei das tensões de
Kirchhoff para circuito série:

t

VR = Vi − Vi ⋅ e T

A corrente que flui pela associação RL serie durante o transitório tem o mesmo
V
comportamento da tensão VR, uma vez que: iR = R e R é constante.
R
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Como a corrente é única ( iL = iR ) , concluímos que, durante o transitório, enquanto a
queda de tensão do indutor (VL) diminui, a corrente por ele (iL) aumenta.
No instante determinado por 5 ⋅ T , por convenção, consideramos o transitório de
carga do indutor como extinto, pois neste momento a corrente pelo indutor já atingiu um
valor correspondente a 99,3% do valor máximo possível, pois:

VR = Vi − Vi ⋅ e −5 = Vi − 0,0067 ⋅ Vi = 0,993 ⋅ Vi

A partir daí a corrente no indutor permanecerá praticamente estável neste valor


máximo, por tempo indefinido.

Do mesmo modo como se comporta a corrente, durante o transitório de carga do


indutor, a energia armazenada no indutor cresce a partir de zero tendendo a um valor
máximo. Como a corrente está limitada a um valor máximo, por conseguinte a energia
armazenada também. Ao final do transitório de carga o indutor está com a máxima energia
armazenada e daí em diante permanecerá estável neste valor enquanto a corrente fornecida
pela fonte continuar fluindo.

9.1.1.2 Transitório de Descarga do Indutor:

O que acontece então se repentinamente abrirmos a chave CH1 e simultaneamente


fecharmos a chave CH2?

√ Por abrir CH1 deixamos de fornecer corrente ao indutor, no entanto o indutor


está com energia previamente armazenada – assim ele é agora uma fonte de
energia assumindo a função de fonte de tensão!

√ Por fecharmos CH2 estamos provendo um caminho para que o indutor


descarregue a sua energia armazenada. A tensão que se apresenta nos terminais
do indutor dá-se o nome de Força Contra Eletromotriz (FCEM). A FCEM tem três
propriedades importantes:

1) A de fazer com que a corrente pelo indutor continue circulando pelo indutor
com o mesmo sentido em que ela estava circulando antes, quando ela era
fornecida pela fonte de alimentação (V);

2) A de prover uma corrente que tem um valor inicial com o mesmo valor da
corrente que antes era provida pela fonte;

3) Com a corrente circulando o indutor irá se descarregar e a FCEM se extinguirá


com o decorrer do tempo.
Devido a primeira propriedade, a tensão sobre o indutor (VL), que se origina da
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FCEM assumirá instantaneamente um valor negativo, ou seja, de polaridade contrária, mas
com o mesmo valor de módulo da fonte de alimentação (V), conforme a figura a seguir:

A chave CH2 por estar fechada garante que a


soma da tensão do resistor (VR) e da tensão do indutor
(VL) resulta nula.
Neste ponto estamos iniciando um novo
transitório que chamamos de transitório de descarga
do indutor. As figuras apresentadas a seguir
completam as figuras anteriormente mostradas,
representando os dois transitórios (de carga e de
descarga), observe o comportamento da tensão do
indutor (VL) e da tensão do resistor (VR), durante o
transitório de descarga.

Durante o transitório de
descarga, a FCEM (VL), que surge
repentinamente no exato instante da
comutação das chaves, inicia com um
valor máximo negativo e, com o
decorrer do tempo, enquanto o
indutor se descarrega, a FCEM vai
retornando a zero. A queda de tensão
do resistor (VR) tem comportamento
similar, diferindo apenas pela sua
polaridade que é inversa à da FCEM.

Transitório de Descarga Por sua vez, a corrente que


flui pela associação RL tem
comportamento diretamente
proporcional ao da queda de tensão
Transitório de Carga VR, de modo que, tanto esta corrente,
quanto, por conseguinte, a energia
que se encontra armazenada no
indutor, terão ambas valor zero ao
final do transitório. Aqui também a
taxa de decrescimento da corrente é
caracterizada pela constante de tempo L .
R
Observando estes comportamentos podemos tirar algumas conclusões:

√ Quando um indutor (L) tem uma corrente (i) que flui por ele, o indutor apresenta
um campo magnético que armazena energia. Esta energia é armazenada de fato
no campo magnético gerado pela corrente que flui pelo indutor.
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√ A energia armazenada em um indutor é proporcional ao quadrado da corrente
que por ele flui, assim:

• A corrente por um indutor não pode variar de modo brusco e a


indutância é tipificada pelo comportamento de um enrolamento de fio
condutor, que é o de resistir a qualquer variação da corrente elétrica pelo
enrolamento.
• A velocidade com que a corrente cresce ou decresce em um indutor
depende da constante de tempo L .
R
• Se a corrente está aumentando, o indutor está adquirindo energia (o
indutor se comporta como carga);
• Se a corrente está diminuindo, o indutor está liberando energia que foi
previamente armazenada (o indutor se comporta como fonte de tensão
fornecendo FCEM).
• O fluxo de corrente por um indutor é um processo reversível. A energia
armazenada retorna ao circuito quando a corrente pelo indutor for
removida provocando o colapso do campo magnético.

9.2 Retificador Monofásico Totalmente Controlado com Carga RL (Resistiva-


Indutiva):

Assim, levando em conta que o principal uso dos retificadores controlados em ponte
totalmente controlados é no acionamento de motores CC, que equivalem a cargas RL
altamente indutivas, ocorre que, durante o transitório de descarga do indutor, a FCEM força
caminho para manter a circulação de corrente pelos tiristores, a fim de descarregar energia
previamente armazenada durante o transitório de carga do indutor, mesmo depois que a
forma de onda da tensão VCMED descendo, atinja o valor zero ao final do semiciclo.

Assim, a tensão aplicada à carga poderá se tornar temporariamente negativa.


Considere que devido à carga indutiva existe defasagem entre a tensão e a corrente, no
caso, com atraso para a corrente, assim, no intervalo de tempo que vai do final de um dado
semiciclo, até o momento do próximo disparo de tiristores, continua fluindo corrente pela
carga, usando como caminho os tiristores previamente disparados. Tal corrente não tem
origem na rede CA na entrada do retificador e sim na FCEM da própria indutância do motor.

Isto significa que um par de tiristores uma vez disparados, não se desligam
automaticamente no final do respectivo semiciclo, mas somente se desligarão quando
for disparado o outro par de tiristores.

Considere ainda que, devido a carga altamente indutiva, com elevada constante de
tempo L , a corrente tende a variar muito lentamente. Isso provoca um forte efeito de
R
alisamento da corrente pela carga, de modo que ela permanece quase constante todo o

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tempo e, assim, quando ocorre a inversão na polaridade da tensão CA de entrada e
enquanto não for acionado o outro par de SCRs, a tensão nos terminais do retificador se
torna negativa.
Apesar da tensão na saída do retificador assumir valores negativos, os tiristores
previamente disparados não deixam de conduzir, pois a condução é garantida pela corrente
que existe e que é positiva e continua a fluir, e que tem origem na FCEM do indutor.
Na verdade, essa condução poderá se estender, dependendo dos valores da corrente,
de α, e da constante de tempo L , até o ponto em que um par de tiristores que está em
R
condução deixe de conduzir devido ao disparo do outro par de tiristores, que força aos
primeiros tensão e corrente reversa, bloqueando assim os tiristores que estavam
conduzindo.
Muito embora a tensão na saída do retificador seja pulsante todo o tempo, a corrente
mantém um nível continuo quase estável, devido à carga altamente indutiva (efeito de
alisamento da corrente). A corrente tanto mais se torna lisa à medida que aumenta a
constante de tempo elétrica L da carga, tendo, no limite, uma forma plana.
R
Assim, para cargas altamente indutivas, a expressão para cálculo da tensão média
passa a ser diferente para os casos de a carga ser puramente resistiva ou altamente indutiva:

VPICO
Para cargas estritamente resistivas Î VCMED = ⋅ (1 + COSα )
π
2 ⋅ VPICO
Para cargas 100% indutivas Î VCMED = ⋅ COSα
π
Assim, para cargas 100% indutivas, temos ainda que:
2 ⋅ VPICO
p/α=0º Î VCMED = Î ICMED ≥ 0
π

p/α=90º Î VCMED = 0 Î ICMED = MÁXIMA

2 ⋅ VPICO
p/α=180º Î VCMED = − Î ICMED ≥ 0
π
O valor médio assume assim valores desde 0V para α = 90º, até valores máximos
positivos para α = 0º e valores máximos negativos para α = 180º. Já a corrente não terá a
mesma forma de onda, pois a corrente sofre alisamento devido ao efeito da carga indutiva.
Isso implica em dizer que para os valores positivos, a carga estará recebendo
energia da rede elétrica através do retificador e para valores negativos a carga fornece
energia de volta para a rede de alimentação, pois como a tensão é negativa e a corrente é
positiva, a potência, que é o produto -VCMED. ICMED é negativo. Assim o circuito funciona

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como um inversor, regenerando energia.
Veja a seguir as formas de onda para este tipo de aplicação, para α = 60º:

Ondulação
suavizada na
corrente
(alisamento)

0A

Porção negativa
na forma de
onda da tensão
0V de saída

Leve em consideração que no caso um motor CC real, apesar deste ser uma carga
predominantemente indutiva ele não é uma carga 100% indutiva. Carga 100% indutiva só
existe na teoria.

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Além do mais, a relação indutância X resistência de um motor CC real é dependente
da carga aplicada ao eixo do motor a qual chamamos de Conjugado Resistente (CRE),
Assim, um motor CC, bem como qualquer outro tipo de motor elétrico, girando com plena
carga é bem mais resistivo do que o mesmo motor girando em vazio.

9.3 Eliminação da Tensão Negativa nas Pontes Semicontroladas:

Quando a carga for puramente resistiva, a tensão sobre a carga e a corrente sobre a
carga têm a mesma forma de onda, ou seja, se α for igual a 0º, estas formas de onda têm
ambas um formato de pulsos em forma de sino. Vista da entrada a corrente tem um formato
alternado senoidal.
Já para cargas predominantemente indutivas, a corrente na carga terá um formato
alisado. Tal alisamento é tanto maior à medida que também seja maior a constante de
( )
tempo elétrica da carga L , tendo, no limite, uma forma plana (carga altamente indutiva).
R
Neste caso, vista da entrada, a corrente assume uma forma alternada retangular.

Assim a corrente é sempre positiva e com pouca variação, porém a tensão se torna
negativa durante o transitório de descarga do indutor.

O uso da ponte assimétrica tem a vantagem de, em


aplicações com tais cargas indutivas, a corrente de carga
pode continuar fluindo, após o corte do tiristor, até que a
energia armazenada no indutor seja dissipada, ou até que D1
o tiristor do outro ramo do retificador seja disparado, pois
na ponte assimétrica existe um caminho de livre-
circulação formado pelos diodos D1 e D2, os quais fazem
com que a tensão de saída do retificador fica grampeada,
impedindo-a
de se tornar D2
negativa.
Já no
caso do uso de uma ponte simétrica ou de uma
ponte totalmente controlada requer o acréscimo
de um diodo extra, o qual denominamos diodo
Diodo de roda livre (free-wheel diode), em paralelo
de Roda com a carga, para que tal efeito seja possível.
Livre
Combinado a aplicações com carga
indutivas, o emprego do diodo roda livre traz
uma série de benefícios e o principal deles neste caso é o de prover um caminho de
descarga da energia armazenada no campo magnético da carga indutiva, sustentando a
corrente durante o intervalo de tempo em que o retificador não está fornecendo energia à
carga (transitório de descarga).
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Entretanto, em se tratando de alimentar um motor CC, com uma ponte retificadora
que seja totalmente controlada, ou que seja semicontrolada simétrica (ambas com diodo
roda livre), ou que seja ainda semicontrolada assimétrica, tem-se operação apenas no 1º
quadrante, com energia fluindo da rede CA para a carga e tensão sempre positiva na carga.

Observe que nos ramos do retificador não é possível que haja inversão de sentido da
corrente, situação que não contempla uma necessária operação em dois quadrantes, que
possibilite devolver energia da carga para a fonte.

Allenz/2004-2007

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