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Economia e Gestão
INTRODUÇÃO:
Introduz-se aqui o relatório, relativo ao 3º trabalho da cadeira de Economia e Gestão, que tem como
objectivo fazer a análise de um projecto de investimento. De uma forma simples trata-se de dizer sim ou não
à construção e exploração de um parque eólico. O empreendedor pretende saber se valerá ou não prosseguir
com esta ideia do projecto em função da sua rentabilidade, fornecendo para a sua análise aum conjunto de
informações, relativas a estudos feitos; esta decisão será baseada na análise de custos e outras despesas de
aquisição de bens imobilizados conjuntamente com os encargos que decorrerão , para a empresa, dessa
aquisição.
ANÁLISE DE INVESTIMENTO:
Um projecto de investimento assenta em 4 pilares essenciais que são um conjunto de estudos feitos
previamente, que serão o objecto de análise do gestor (neste caso somos nós), tendo nós que tê-los sempre
presentes para preparar a decisão correcta; os estudos que falamos são : o estudo de mercado, o estudo
Do estudo de mercado esperam-se, como resultado, valores sobre quanto a empresa poderá vender e a
que preço. Estes são, geralmente, dados sob forma probabilística ou através da formulação de cenários.
A partir do estudo técnico pretende-se definir a base tecnológica que suportará o projecto bem como
No estudo de financiamento será analisada a forma como a empresa irá obter os fundos necessários
para financiar o investimento ou seja, como a empresa irá suportar os encargos decorrentes da aquisição de
activos imobilizados.
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parâmetros:
a) Capital investido
d) Valor residual
e) Custo do capital
implementação do projecto de uinvestimento. É necessário definir, da forma mais precisa possível, os custos
imobilizações incorpóreas, necessárias ao início de produção, devem também ser incluídas. O capital
investido será igual aos acréscimos imputáveis ao projecto nas contas de imobilizações – corpóreas e
incorpóreas – e nas contas de clientes e de existências deduzidos do aumento nas contas de fornecedores.
As receitas e despesas de exploração são todas aquelas que derivarão directamente do projecto para
a empresa. É necessário estimar a totalidade dos custos em que a empresa incorre para tronar possíveis as
iii) Amortizações: a depreciação de bens imobilizados não é incluída nos custos de cada
O período de vida útil do projecto representa o tempo em que é suposto o projecto estar em produção
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Por valor residual entende-se o valor que a empresa virá a receber, no final da vida útil do projecto,
O custo de capital corresponde à estimativa da empresa sobre qual a taxa de de juro de mercado a que
se irá financiar. Esta estimativa deve ser a média ponderada das taxas que a empresa estimar para as diversas
formas de financiamento que estejam disponíveis. No entanto, como os encargos financeiros são dedutíveis
ao lucro apurado, o custo do capital mutuado não é a totalidade do que paga ao mutuário mas sim esse valor
deduzido da poupança de imposto. Torna-se, contudo, necessário ter m conta que algumas formas de
Em termos prácticos e relativamente ao nosso trabalho, apresentámos em seguida alguns valores que
definem alguns parâmetros, falados anteriormente, com o incremento de mais alguma informação toda ela
resultante dos estudos quer técnico, de mercado e financeiro, que foram fornecidos pelo empreendedor, para
2002
EQUIPAMENTOS € 7.158.747,42
TRANSPORTES, SEGUROS E DESPESAS AFINS € 59.855,75
MONTAGEM DO EQUIPAMENTO € 473.858,00
TRANSFORMADORES € 249.398,95
COMPENSADORES € 99.759,58
CABLAGEM INTERNA € 172.584,07
FUNDAÇÕES € 299.278,74
EDIFÍCIOS E ESTRADAS € 125.697,07
ESTUDOS, ELABORAÇÃO DO PROJECTO E CONSULTORIA € 399.038,32
ESTIMATIVAS DE GASTOS IMPREVISTOS € 89.783,62
2002
SUBSÍDIOS € 3.651.200,61
CAPITAIS PRÓPRIOS € 1.825.600,30
EMPRÉSTIMO BANCÁRIO € 3.651.200,61
TOTAL € 9.128.001,52
Tab. 2 --- Financiamento do projecto
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2003
DESPESAS EM OPERAÇÃO DE MONTAGEM € 107.381,21
PRÉMIO DE SEGURO € 39.903,83
GASTOS COM A ADMINISTRAÇÃO € 34.915,85
DESPESAS COM TERRENOS € 7.980,77
TOTAL € 190.181,66
Tab. 5 --- Custos Operacionais estimados
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AMORTIZAÇÕES
EDIFÍCIOS 25 anos
EQUIPAMENTOS 10 anos
INVESTIMENTOS INCORPÓREOS 3 anos
TAXA DE ACTUALIZAÇÃO 12 %
Tab. 7 --- Dados de caractér geral
Depois de apresentados todos os dados fornecidos e necessários, podemos então avançar com a
Na primeira fase do nosso estudo, vamos considerar um ano de funcionamento normal ( o chamado
Ano Cruzeiro) do parque éolico, já considerando todo o investimento inicial feito e em pleno funcionamento;
para esse ano vamos calcular os proveitos de exploração e os custos de exploração e compará-los, sendo que
os proveitos devem ser maiores do que os custos, para que análise de rentabilidade prossiga; caso contrário
ficamos por aqui já que se num ano de funcionamento normal não se consegue obter um lucro não vale a
pena avançar com o projecto; chama-se a isto Análise Custo/Benefício, eis de seguida o resultado:
proveitos € 1.174.600,00
custos € 190.181,63
Como se pode ver os proveitos excedem largamente os custos, por isso podemos avançar;
A partir daqui começamos a fase de sistematização da informação; vamos então traçar o plano de
investimento para o período de vida útil do projecto que consiste na discriminação de todos os investimentos
feitos ao longo desse período; como só vamos ter o investimento inicial mais o investimento em
sendo que os anos que não aparecem apresentados é porque não foi feito investimento;
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Nesta tabela foram distribuídos diversos items que foram retirados de uma lista de custos de diversos
equipamentos inicias; o inv. em Capital fixo Corpóreo é o somatório de todos os primeiros items que o
precedem; o inv. em capital fixo incorpóreo trata-se de estudos, elaboração do projecto e consultoria; os juros
durante a construção que já foram previamente calculados, serão demonstrados mais à frente.
Em seguida vamos debruçar-nos sobre o Financiamento que a empresa conseguiu adquirir para cobrir
o investimento inicial; uma parte desse financiamento é feito pela própria empresa através dos Capitais
Próprios ( ver Tab.2 ) ; a restante parte é coberta através de um subsídio e de um empréstimo bancário, que
terão de ser liquidados a médio prazo. As suas características estão apresentadas nas Tab.3 e 4, sendo o que
os difere, o modo de pagamento e acima de tudo, o facto do subsídio não estar sujeito a nenhuma Taxa de
Juro;
Como já se referiu, estes dois tipos de financiamentos que são capitais alheios à empresa, terão que ser
liquidados de formas diferentes; a forma como serão liquidados ao longo do tempo, é apresentada
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TOTAL € 3.651.200,61
Tab. 10 --- Mapa de serviço de dívida relativo ao Subsídeo
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Convém fazer referencia a alguns aspectos relativos a estas duas últimas tabelas, para se poder
interpretar melhor o que elas contêm: o Capital em dívida, como a expressão o diz indica o que a empresa
ficará a dever em cada ano da sua vida útil; este valor vai decrescendo ao longo do tempo conforme se vai
“saldando” a dívida; o Reembolso é o capital que se liquida no respectivo período; é um valor constante pois
é determinado em função do valor total do empréstimo a dividir pelo número de pagamentos a efectuar; no
caso do Empréstimo, além de haver a necessidade de se ir liquidando ao longo do tempo o valor total da
dívida, há também a “obrigação” de se pagar Juros que são determinados em função do valor fixo da sua
taxa, e do capital em dívida do período anterior ao período em que se está a calcular o juro; finalmente, os
Encargos serão a soma dos reembolsos mais os juros referentes a cada período; a soma dos reembolsos dará
o Capital em dívida inicial; a soma dos reembolsos todos mais os juros totais dará os Encargos totais, que
serão no fundo, o que a empresa pagará a longo prazo por ter contraído o Empréstimo e o Subsídio; para
finalizar este assunto, refira-se que o facto de não se começar a liquidar logo no inicio as dívidas, deve-se ao
período de carência que faz parte das características que constam nas Tabelas 3 e 4;
Avancemos em seguida, para a fase seguinte, que consiste em determinar o evoluir das amortizações
dos diversos bens que a empresa possuí, no futuro; para o seu cálculo, dividiu-se os bens amortizáveis da
empresa em 3 grupos: equipamentos, edifícios e investimentos incorpóreos.
O valor inicial dos diversos bens não é o mesmo ao longo do tempo; vai havendo uma constante
desvalorização com o passar do tempo que pode ser quantificado de uma forma mais ou menos rigorosa; é
isso que se pretende fazer em seguida, para cada um dos grupos e que consiste então em determinar o Mapa
de Amortizações;
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Todas estas 3 tabelas contém 4 colunas com os seguintes indicadores: Activo Bruto que é o valor
inicial do respectivo grupo de bens, e que se mantém constante ao longo do tempo; Amortização do
exercício é a desvalorização no período respectivo que é sempre constante, e que é determinada através do
Activo Bruto e do tempo de duração dos bens referidos; note-se que relativamente aos equipamentos esse
valor não é constante, havendo uma diminuição a partir do ano de 2013; isto acontece devido ao novo
investimento em transformadores e compensadores que é feito em 2012, isto é, caso não se tivesse feito esse
novo investimento, os equipamentos seriam todos amortizados até 2012, mas como haverá esse novo
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investimento, amortização de equipamentos continuará a partir daí, embora com valores mais baixos já que o
valor de investimento em equipamentos será muito menor nesse período; o Valor liquido será o novo valor
dos bens actualizado, para esse período, ou seja, será o Activo Bruto subtraído da Amortização
amortizações antecedentes ao período referido; refira-se também, que o período de tempo é em anos devido
ao facto da duração dos diversos bens ter sido dada em “anos” precisamente;
Finalmente apresenta-se em seguida a tabela que regista todas as amortizações totais referentes a todos
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Assinale-se o facto de que todos os bens, serão completamente amortizados no ano de 2027, o que
para já não é muito relevante, dado que a vida útil do projecto é de 20 anos , o que coincide com o ano de
2022; de facto é neste ano que convém centrarmos a nossa atenção, já que é dele que se retira um valor que
será muito importante mais à frente; esse valor é o VALOR RESIDUAL que é o valor liquido no referido
Entramos agora numa fase, em que depois de sistematizada toda a informação, relativamente a
evoluirão as sucessivas Demonstrações de Resultados, para o período de vida útil do projecto, em função não
só destes valores calculados mas também em função das estimativas de outros custos e ganhos futuros; no
final seremos capazes de determinar os meios libertos pela empresa ao longo da sua vida útil, a fim de já
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2021 2022
1. VENDAS € 5.615.000,00 € 6.148.400,00
2. CUSTOS OPERACIONAIS € 359.430,14 € 366.845,60
3. RESULTADOS OPERACIONAIS € 5.255.569,86 € 5.781.554,40
4. ENCARGOS FINANCEIROS € 0,00 € 0,00
5. RESULT. ANTES DOS IMPOSTOS € 5.255.569,86 € 5.781.554,40
6. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO € 1.892.005,15 € 2.081.359,58
7. RESULTADOS LÍQUIDOS € 3.363.564,71 € 3.700.194,81
Através destas tabelas de Demonstrações de Resultados estimadas para os 20 anos de vida útil do
projecto, podemos retirar a seguinte informação: Vendas – que são os proveitos que a empresa consegue
adquirir, resultado da venda de energia, e que são calculadas em função do preço da electricidade para os
sucessivos anos tendo em conta a inflação (ver Tab. 6) e da estimação da quantificação de energia fornecida
à rede anualmente; Custos Operacionais – que são o somatório das amortizações dos diversos equipamentos
para o ano respectivo, mais os custos estimados para um ano de funcionamento normal da central (ver Tab.
5) acrescidos da inflação consoante o ano em causa; a subtracção dos Custos Operacionais às Vendas dá os
Resultados Operacionais, que como é obvio quanto mais positivos melhor; em seguida aparecenos os
Encargos Financeiros que são os juros que a empresa terá que pagar em cada ano relactivo ao empréstimo
bancário contraído. Estes ultimos encargos referidos, subtraídos aos Resultados Operacionais resultarão nos
Resultados antes dos Impostos, que por sua vez, ao ser-lhes retirados o Imposto sobre o Rendimento,
Para finalizar as referências a estas tabelas, estamos agora em condições de poder calcular o
indicativo, talvez o mais importante para a nossa análise, que é o Cash Flow ou os meios financeiros que a
empresa liberta; este valor é calculado e apresentado nas tabelas anteriores, resultado da soma dos
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Agora numa breve análise aos valores destas tabelas, refira-se alguns aspectos relevantes: apenas nos
3 primeiros anos de funcionamento, a empresa detém Resultados Liquídos negativos; nesses 3 anos também
não é deduzido imposto sobre os rendimentos, já que os Resultados antes dos Impostos são negativos (ou
seja não há rendimentos!!); como o Empréstimo Bancário é amortizado completamente em 2015, apartir de
2016 deixa de haver Encargos Financeiros a pagar, e finalmente, refira-se que a empresa consegue ter
sempre meios libertos, e que a sua tendência é de crescimento contínuo ao longo do período de vida útil; de
qualquer modo não será aconselhavél retirar desde já ilações definitivas acerca deste dado.
Investimento, através dos quais seremos capazes de dar uma opnião mais segura, acerca da viabilidade deste
projecto.
têm por fim permitir ao gestor avaliar o interesse económico, em termos absolutos, de um projecto, ou
somatório dos fluxos de receitas e despesas iguale as despesas de investimento. Segundo este critério serão
inaceitáveis projecto com período de recuperação de capital superior ao tempo de vida útil do projecto.
Mesmo aqueles que sejam inferiores, mas próximos do valor da vida útil do projecto, serão inaceitáveis pois
não estamos a considerar os custos financeiros. A aplicação deste critério justifica-se pela sua simplicidade
O valor actual líquido corresponde ao valor calculado pelo somatório das receitas, custos de
exploração e investimento, actualizados para o momento de arranque do projecto. Há que calcular o valor
actual, em termos financeiros, dos diversos fluxos futuros, supondo uma dada taxa de actualização
correspondente à estimativa do custo de capital. Como regra de decisão, apenas devem ser aceites projectos
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cujo VAL seja maior ou igual que zero. Este critério é o mais utilizado na análise de investimentos mas não
podemos esquecer que o seu resultado é afectado, em grande parte, pela taxa de actualização escolhida e cuja
A taxa interna de rentabilidade é o valor da taxa de actualização que torna nulo o VAL. Neste caso
devemos aceitar os projectos cuja TIR seja superior ao custo de capital. Em termos relativos, o melhor
projecto será aquele que apresentar o maior valor da TIR. A grande vantagem deste método sobre o VAL é a
de que o seu valor não é influenciado pelo valor da estimativa do custo de capital. No entanto, será sempre
necessário estimar esse custo para aplicação da regra de decisão. A TIR é, assim, especialmente útil para a
eliminação de projectos, mas perigosa para escolher entre projectos alternativos igualmente aceitáveis em
termos absolutos.
Como já foi dito anteriormente, neste momento já temos os dados suficientes, para poder calcular
estes 3 indíces referidos; em termos matemáticos o calculo destes valores, pressupõe o conhecimento da
seguinte fórmula para o calculo do VAL, e que servirá para calcular também a TIR e o TRC:
N
CFt − invt VR
VAL= inv0 + ∑t =1 (1 + TA)
t
+
(1 + TA) N
LEGENDA:
TA – taxa de actualização, que revela a vontade do empreendedor em não querer investir num
A TIR será a taxa de actualização (TA) que faz com que o VAL seja nulo;
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O TRC é a vida útil (N) que o projecto terá que ter, para que o VAL seja nulo;
Estes 3 valores foram calculados usando as funcionalidades do excel; mais concretamente o TRC não
era possível determinar um valor concreto já que apenas podíamos fazer aproximações aos limites superior e
inferior (valores inteiros), por causa do somatório que só funciona com um limite superior inteiro; sendo
assim e tendo os dois limites inteiros fizemos uma regra de três simples para fazer uma aproximação ao
Em seguida mostrámos a tabela, em que são apresentados os resultados do cálculo destes valores
referênciados:
VAL € 1.644.546,83
TIR 0,14043867
TRC 15 anos e 11 meses
Tab. 16 – VAL, TIR e TRC nas condições previstas desde o início do trabalho
NOTA:
Para não tornar o relatório demasiado extenso, e tendo em conta que é um bocado complicado,
“transcrever” para este documento a forma exacta como foi calculado estes 3 valores, forneceremos em anexo
a este relatório, os ficheiros excel em que pode ser comprovado e esclarecido a forma como foram calculados,
para que não haja dúvidas...
Olhando então para estes resultados, somos “tentados” a concluir que de facto este será um bom
projecto, para “ir para a frente”; de facto já tinhamos registado, através da Tab. 15, que a evolução dos meios
libertos pela empresa, seria agradavél à primeira vista; agora, tendo mais estes elementos de análise,
podemos dizer com alguma” segurança” que este será então um bom projecto; de facto, olhando para os
valores da Tab. 16 registe-se o valor bastante POSITIVO que o VAL detém; este registo ainda é reforçado
pelo valor do TRC ( cerca de 15 anos) que é significativamente inferior aos 20 anos de vida útil, previsto
para o projecto; de qualquer forma poderá ser questionado, o facto do fluxo de receitas igualar o
investimento feito apenas ao fim de 15 anos, o que poderá ser explicado pelo elevado investimento que teve
que ser feito inicialmente; relativamente ao valor da TIR, conclui-se que o custo de oportunidade do capital
poderá ir ainda até cerca de 14%, sem implicar a inviabilidade do projecto, o que é um registo mais do que
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aceitavél; em suma, se fossemos a limitar a nossa análise a estes resultados obtidos até aqui, era certo que
No entanto, e embora o estudo feito até aqui, já tenha permitido tirar algumas conclusões, a segurança
destas poderá ser um pouco questionável, dado que alguns dos valores usados na análise feita são
estimativas. Para uma certeza maior deve ser realizada uma análise de sensibilidade para saber da variação
dos parâmetros de decisão (VAL, TIR, TRC) em função dos valores da energia vendida e da vida útil do
projecto.
Em ambos os casos consideraram-se dois cenários: pessimista e optimista. No caso da energia estes
valores foram 14 000 GWh e 26 000 GWh respectivamente. Para a vida útil, os valores foram 15 anos e 25
anos. Em termos praticos tivémos que refazer alguns cálculos, que basicamente foram os seguintes: para a
vida útil, teve que haver novo investimento em transformadores e compensadores em 2022, na situação em
que a vida útil se prolongava até 2027; o Mapa das Amortizações de equipamentos também foi alterado nesta
situação devido a esse referido investimento; o Valor Residual mudou em função dos dois valores de vida
útil (15 e 25 anos) e finalmente como é obvio, a Demonstração de Resultados final, foi afectada
Em relação ao parâmetro, energia vendida, a única alteração mais significativa teve a ver com o
Para todos estes cenários que foram traçados, foram refeitos os calculos e determinados novos valores
cenários
normal optimista energia pessimista energia optimista vida útil pessimista vida útil
VAL 1.644.546,83 5.058.938,54 -1.769.844,88 3.307.842,48 -319.794,06
TIR 0,14043867 0,179937408 0,095771079 0,14070345 0,114645299
TRC 15 anos e 11 meses 10 anos e 11 meses >22 anos 15 anos e 10 meses 15 anos e 9 meses
Tab. 17 – VAL, TIR e TRC para os diversos cenários considerados
Analisando estes valores podemos afirmar que a viabilidade do projecto é sensível aos dois
parâmetros embora pareça mais afectada pelo valor da energia vendida. Em qualquer dos casos, a ocorrência
do cenário pessimista leva ao fracasso do projecto. Perante isto, qualquer decisão involverá sempre um certo
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No caso da energia, e dado que não é possível controlar o principal factor da qual “ela” é função,
que é um factor de ordem meteorológica, os valores previstos podem não corresponder depois, à realidade.
Assim, torna-se necessário saber do grau de confiança que podemos depositar nesta estimativa. Se esse grau
O caso da vida útil é diferente na medida em que a ocorrência do cenário pessimista não é tão
grave como no caso da energia (como se pode ver comparando os valores do VAL e da TIR). Por outro lado
a vida útil do projecto pode ser altamente influenciada pela manutenção dos equipamentos. Se esta for
cuidada, a vida útil do projecto não será certamente, muito diferente do esperado (isto não se aplica a
tecnologias novas, pela falta de dados que permitam dizer quanto é a vida útil com segurança).
Quanto aos valores relativos ao TRC, os cenários pessimistas implicam que o capital apenas será
recuperado depois do fim do período de vida útil do projecto sendo o cenário pior, o da energia mais uma
vez.
Os cenários normal e optimista são positivos, com especial relevo para o de energia (valor da TIR
próximo de 18%).
Conclusão: Da análise feita anteriormente surge como imprescindível, a necessidade de ter um bom grau
de confiança nos valores apontados para: TA, energia vendida e vida útil. Se esta condição for satisfeita,
parece credível que o projecto avance. Esta afirmação deve-se ao facto de não ser muito provável uma
alteração muito grande nas condições do clima – o que poderia levar à ocorrência do cenário pessimista.
Fica, no entanto, uma dose de risco associada a esta decisão que deve ser ponderada pelo gestor. No caso da
vida útil, é importante referir que a tecnologia a aplicar pode ser determinante na maior ou menor confiança a
Para uma opinião mais fundamentada era necessária mais informação a que não temos acesso neste
exercício.
FIM
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