fantasia representam um gênero da literatura fantástica (realismo mágico ou maravilhoso) com origens no século XVII, contudo, vigorou nos países latino- americanos a partir do século XX, como forma de denunciar a realidade opressiva vivido pelos anos de ditadura No gênero fantástico, os textos são pautados numa realidade não lógica, ou seja, a narrativa se desenrola num mundo irreal ou universo onírico, marcado pelo absurdo, a inverossimilhança e situações e ações extraordinárias. O conto Antes de mais nada, devemos atentar para o gênero conto, o gênero literário da prosa de ficção, que possui caraterísticas singulares. O vocábulo “conto”, do latim “computus”, significa cômputo, conta. De modo geral, os contos são textos mais curtos que o romance e a novela, ou seja, corresponde a uma narrativa concisa, no qual o tempo, o espaço e o número de personagens são reduzidos. Do mesmo modo, carregam o modelo tradicional da estrutura narrativa, divididos em: apresentação, complicação, clímax e desfecho. Diferenças O que distingue um conto fantástico dos outros, é justamente a presença da magia, a qual ultrapassa, notoriamente, os limites humanos e a lógica. Entretanto, no conto fantástico, como no modelo tradicional, prevalece a narrativa de curta, composta de um único episódio singular e representativo, centrada num acontecimento com um número limitado de personagens. Características Os contos fantásticos são textos que abarcam uma série de características sendo as principais: Narrativa concisa a partir de temas livres fantásticos, os quais aliam o fantástico e o real ou a ficção à realidade, surgindo da oposição dentre dois planos: real e irreal. Presença de alegorias e de personagens que podem ser: monstros, fantasmas, seres invisíveis, mágicos, mitológicos ou folclóricos, dentre outros. Realidade ilógica distante da realidade humana, composta de elementos maravilhosos, inverossímeis, imaginários, extraordinário, bem como a presença de magias e poderes sobrenaturais. Enredo não linear ou ziguezagueante (mescla de presente, passado e futuro) com utilização de recursos como o flashback (voltar ao passado) e o tempo psicológico (tempo das emoções e das recordações vividas pelos personagens). Provocam sensações de “estranhamento” no leitor, por meio da ruptura realidade-ficção.