Você está na página 1de 2

897.

Memória de São Luís e Santa


Zélia Martin
Na família, todos têm um valor insubstituível. É por isso que a Igreja não
pode ceder ante as ideologias que querem tornar supér uo o que, para
um cristão, é sagrado e inviolável.

Texto do episódio

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus


(Mt 10, 7-15)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “No vosso caminho, proclamai: ‘O
Reino dos Céus está próximo’. Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos,
expulsai demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem
prata, nem dinheiro à cintura; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem
sandálias, nem bastão, pois o trabalhador tem direito a seu sustento. Em qualquer
cidade ou povoado em que entrardes, procurai saber quem ali é digno e permanecei
com ele até a vossa partida. Ao entrardes na casa, saudai-a: se a casa for digna, desça
sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não
vos receber, nem escutar vossas palavras, saí daquela casa ou daquela cidade e sacudi
a poeira dos vossos pés. Em verdade, vos digo: no dia do juízo, a terra de Sodoma e
Gomorra receberá uma sentença menos dura do que aquela cidade”.

Deus providentíssimo, que estende seu vigor de uma extremidade do mundo à outra e tudo
dispõe com suavidade (cf. Sb 8, 1), quis presentear a Igreja, que atravessa conturbada os mares
tormentosos deste nosso século, com o exemplo de santidade de S. Luís e S. Zélia Martin, pais
de S. Teresinha do Menino Jesus. Neste santo casal, modelo de todas as virtudes domésticas,
Cristo quis deixar a prova de que, contrariamente ao que pregam as loucas ideologias
modernas, a família humana só pode chegar àquela plena realização a que aspira todo coração
se se conformar às leis sagradas impressas por Deus na criação. Entre elas, encontra-se o fato,
por um lado, de o matrimônio ser por sua própria natureza o acordo livre e responsável entre
um homem e uma mulher, unidos por vínculo inviolável com o fim de procriarem “concidadãos
dos santos e familiares de Deus” (cf. Pio XI, Encíclica “Casti Connubii”, n. 14; Ef 2, 19); e, por
outro, de na família ninguém ser descartável e substituível, como em um empresa, já que os
laços de sangue, apesar de humanos, estabelecem não só direitos e deveres mútuos entre os
familiares, mas ainda relações de parentesco que durarão para sempre. Nisto se vê o quanto os
ataques com que hoje a família, segundo o desígnio original de Deus, é desprezada e demolida
ferem a dignidade humana e contradizem, assim, os desejos e valores naturais de todo homem:
pelo divórcio, descartam-se os esposos; pelo aborto, eliminam-se os filhos; pela eutanásia,
sepultam-se os pais; pelo “amor livre”, mata-se a fidelidade. A Igreja, porém, suportando as
injustas acusações com que tantos querem desmerecer o seu ensinamento, não cessa de
proclamar que a família é uma instituição sagrada, querida por Deus para que todos, pelo
cumprimento dos nossos deveres e o exercício das virtudes, preparássemos já aqui nesta vida o
céu que gozaremos na outra. Que S. Luís e S. Zélia Martin sejam para nós modelos de caridade,
vínculo de perfeição (cf. Col 3, 14) dos homens com Deus e entre si, e protetores delíssimos de
nossas famílias.

Você também pode gostar