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INVESTIGAÇÃO ORIGINAL

Raiva em Homens Jovens e Prematuros Subseqüentes

Doença cardiovascular

O Estudo dos Precursores

Patricia P. Chang, MD, MHS; Daniel E. Ford, MD, MPH; Lucy A. Meoni, ScM;
Nae-Yuh Wang, PhD; Michael J. Klag, MD, MPH

Fundamento: A raiva pode desencadear isquemia miocárdica
e pode ser um fator de risco independente para doenças cardíacas
doença, mas seu efeito no início precoce em comparação com o início tardio
da doença não é clara.
Métodos: Realizamos um estudo prospectivo de 1055
homens acompanhados por 32 a 48 anos para examinar o risco
de doenças cardiovasculares prematuras e totais (DCV) associadas a
respostas de raiva ao estresse durante o início da vida adulta
vida. O nível mais alto de raiva foi definido como um autorrelato de
todas as 3 possíveis reações de raiva ao estresse (raiva expressa ou
oculta, sessões de queixa e irritabilidade) em um questionário de lista
de verificação administrado na faculdade de medicina. Doença prematura
foi definida como eventos antes dos 55 anos.
Resultados: Durante um período médio de acompanhamento de 36 anos,
205 homens desenvolveram DCV (incidência cumulativa em 76
anos, 34,5%), dos quais 77 homens desenvolveram doença prematura
facilidade (incidência acumulada antes dos 55 anos, 7,9%). o
O nível mais alto de raiva foi associado a um aumento
risco de DCV prematura (risco relativo ajustado, 3,1; 95%
intervalo de confiança, 1,1-8,6), incluindo doença cardíaca coronária
prematura (risco relativo, 3,5; 95% de confiança no intervalo, 1,1-11,8)
e infarto do miocárdio prematuro
(risco relativo, 6,4; intervalo de confiança de 95%, 1,8-22,3), em
comparação com níveis mais baixos de raiva. Quando os eventos de
DCV após a idade de 55 anos foram incluídos, não houve mais uma
associação estatisticamente significativa entre raiva e DCV.
Conclusão: Alto nível de raiva em resposta ao estresse
em homens jovens está associada a um risco aumentado de
DCV prematura subsequente, particularmente miocárdica
Infarte.
Arch Intern Med. 2002; 162: 901-906

de DAC associada à raiva em jovens

tortas e ef preventivo
fortes, a doença cardíaca
coronária (DAC) continua sendo a
APESAR DA EFICÁCIA TERAPÊUTICA
causa primária de morbidade e
mortalidade, com 15% das mortes por DC
ocorrendo antes dos 65 anos.1 Raiva e
hostilidade têm sido relacionados a um aumento
risco de doença cardiovascular.2-5 A associação de
adultos: um estudo com estudantes de medicina do sexo masculino
acompanhado por 25 anos mostrou que
níveis mais altos de raiva foram associados com
aumento da incidência de DAC,20 enquanto
outro estudo com universitários seguiu
por 33 anos não encontraram tal relação.21 Tais
estudos assumem que a raiva é
uma característica que permanece constante ao longo do tempo e

Dos Departamentos
de Medicina (Dra. Chang,
Ford, Wang e Klag
e Sra. Meoni), Epidemiologia
(Drs Chang, Ford e Klag),
Política e Gestão de Saúde
(Drs Ford e Klag), e
Bioestatística (Sra Meoni),
A Universidade Johns Hopkins
Faculdade de Medicina e Escola
de Higiene e Saúde Pública,
Baltimore, Md.
raiva com doença cardíaca pode ser
mediada agudamente por catecolaminas
liberação e aumento da reatividade cardiovascular.6,7
Cronicamente, a raiva pode influenciar
risco através de fatores de risco cardíaco
estabelecidos, como hipertensão ou depressão.8,9
Programas de prevenção secundária projetados para
reduzir o estresse e a raiva nas pessoas
com DAC mostram uma incidência diminuída de
eventos isquêmicos recorrentes.10 Se confirmado,
esses achados forneceriam fortes evidências de que
a associação entre a raiva
e CHD é causal.
A maioria dos estudos prospectivos do efeito
de raiva na DC se concentraram em populações de
meia idade ou mais velhas.11-19 Apenas 2 estudos
avaliaram prospectivamente o risco
afeta a incidência de CC de maneira uniforme
durante todo o seguimento. Nesses estudos, a mudança
expressão de raiva em jovens vs mais velhos
idades não foi contabilizada, e nenhuma distinção foi
feita entre precoce e tardia.
início da doença. Porque alguns fatores de
risco de doença cardiovascular (DCV) são mais
prevalente em idades mais avançadas, a raiva pode desempenhar um
menor papel na DCC em idades mais avançadas.
O Estudo dos Precursores da Johns Hopkins,
um estudo longitudinal de 1337 estudantes de
medicina iniciado por Caroline Bedell Thomas,
MD, em 1946, oferece a oportunidade única de
estudar prospectivamente a relação de longo prazo
das respostas de raiva em
idade adulta jovem para a saúde cardiovascular
antes e depois da meia-idade e para ajustar

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ASSUNTOS E MÉTODOS
POPULAÇÃO DE ESTUDO
Enquanto eles estavam na faculdade de medicina, os participantes do
O Johns Hopkins Precursors Study foi submetido a um exame médico
padronizado e a questionários preenchidos
sobre sua história pessoal e familiar, estado de saúde,
comportamentos de saúde e reação ao estresse.22,23 A coorte
foi acompanhado após a formatura por correio anual
questionários, com uma taxa média de resposta de 90%
cada período de 5 anos. O estado vital dos não respondentes foi
averiguado telefonando para eles, contatando membros da família,
escaneando obituários e pesquisando sistematicamente os
Índice Nacional de Óbitos (última busca em 1997). O estado vital é
conhecido por mais de 99% da coorte. Auto-relatos de
medidas de saúde e doença pessoal por esta coorte
foram extremamente precisos.24 Não era costume
obter o consentimento informado durante o período em que o
dados de linha de base foram coletados. Após a Comissão Mista de
A Investigação Clínica foi estabelecida em nossa instituição,
o protocolo de acompanhamento foi revisado e aprovado.
A amostra do estudo foi originalmente composta por 1.337
membros das turmas de formandos de 1948 a 1964. Excluídos
dessa análise foram o pequeno número de mulheres
(n=121), aqueles que não responderam as questões sobre
reações de raiva ao estresse na faculdade de medicina (n=133), aquelas
que relataram DCV antes da graduação (n=2), e aqueles que
morreram na faculdade de medicina ou não estavam disponíveis para acompanhamento
(n=26), restando 1055 homens para análise.
MEDIDAS DE IRA
As informações sobre as reações ao estresse foram obtidas por meio
do Questionário de Hábitos de Tensão Nervosa (HNT).22
Em resposta à pergunta: “Sempre que você se encontrar
em situações de pressão ou estresse indevidos, como você costuma
reagir?” os respondentes podiam marcar qualquer um dos 27 itens. Após
análise fatorial e determinação da matriz de correlação, 3 itens foram
definidos como indicativos de raiva: “expressou
para fatores de confusão na linha de base e ao longo do tempo. Nós
postulou que o risco de DCV, particularmente prematuro
doença, durante o acompanhamento seria maior em indivíduos que relataram
mais reações de raiva a situações estressantes no início do estudo.
RESULTADOS
As características da coorte são apresentadas na Tabela 1
pelo número de respostas de raiva. A maioria dos participantes foi
branco, fumou durante a faculdade de medicina, bebeu álcool e
não tinha história parental de CC prematura até o final de
acompanhamento. Os níveis de colesterol sérico, massa corporal em dex e
pressão arterial média foram semelhantes entre os grupos de ger.
Dos 1.055 homens que responderam ao HNT na faculdade de
medicina, 229 homens relataram experiência expressa ou
raiva oculta; 169, sessões de queixas; e 99, irritabilidade. Vinte e um homens
relataram o nível mais alto de raiva
(todos os 3 itens de raiva) em resposta ao estresse.
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ou raiva oculta”, “irritabilidade” e “sessões de queixa”.
O HNT foi readministrado como parte do questionário de 1992, com
média de 43 anos após a formatura. Embora apenas
3 homens relataram todos os 3 itens de raiva na linha de base e em 1992,
as respostas aos itens de raiva permaneceram agrupadas
em ambas as avaliações. Consequentemente, o mesmo construto raiva
foi identificado em ambas as avaliações.26
A validade da medida de raiva foi apoiada por sua
associação com o questionário Multidimensional Anger Inventory27
preenchido por 700 homens (84,8% dos vivos) em
1988. A raiva na linha de base foi significativamente correlacionada com o total
Pontuação do Inventário de Raiva Multidimensional e Anger-In, An ger-
Arousal, Hostile Outlook e Range of Anger-Eliciting
Escalas derivadas de fatores de situações; os coeficientes de correlação
variou de 0,10 (P = 0,007) no fator Hostile Outlook
para 0,18 (P 0,001) na pontuação total do inventário de raiva
multidimensional. Homens com todas as 3 respostas de raiva na medicina
A escola que completou o Inventário Multidimensional da Raiva (n=16)
também obteve pontuações mais altas em cada subescala do
inventário do que aqueles com menos reações de raiva; dado
pelo pequeno tamanho da amostra, essa associação foi estatisticamente
significativa apenas para o escore geral (P=0,01).
COVARIÁVEIS
Informações sobre peso corporal, altura, tabagismo, álcool
consumo, hipertensão, hiperlipidemia, saúde dos pais
histórico, diabetes mellitus e depressão clínica foram coletados na linha
de base e durante o acompanhamento a partir de questionários anuais e
prontuários médicos. A hipertensão foi definida
como uma pressão arterial de 160/105 mm Hg ou superior em 1 um
questionário anual, 140/90 mm Hg em pelo menos 2 leituras
1 semana ou mais de intervalo, ou tratamento farmacológico da
hipertensão. O índice de massa corporal foi definido como peso em
quilogramas dividido pelo quadrado da altura em metros. Começando com
na classe de 1949, o colesterol sérico sem jejum foi medido durante a
faculdade de medicina.23 A DC prematura dos pais foi
definido como o desenvolvimento de DAC antes dos 55 anos em um
pai do participante ou antes dos 65 anos em sua mãe.28
O número de cigarros fumados por dia foi categorizado da seguinte
forma: 0, 1 a 10, 11 a 20, 21 a 39 e 40 ou mais. Álcool
A mediana de acompanhamento total para a coorte foi de 36 anos
(intervalo, 4-48 anos). Sua idade média em 1995 (n=921)
foi de 64,5 anos (variação, 54-93 anos). A incidência cumulativa de DCV foi
de 34,5% aos 76 anos (n=205), com
uma idade média de início de 56 anos. Dos 205 homens que
desenvolveram DCV, 145 homens tinham CC (94 com MI), e
59 homens relataram acidente vascular cerebral; 128 homens (62,4%) tiveram
registros confirmando seus diagnósticos. A incidência cumulativa de DCV
prematura foi de 7,9% (n=77), com idade mediana de início de 49 anos. Dos
77 homens com DCV prematura, 56 tinham DAC (34 com IM), e 13 relataram
acidente vascular cerebral prematuro.
A Figura apresenta o gráfico de incidência de Kaplan-Meier
de DCV de acordo com o número de respostas de raiva. Poucos homens
relataram todas as 3 respostas de raiva e apenas 6 eventos de DCV
ocorreu neste grupo. Embora o número de eventos
foi pequena, a incidência de DCV foi significativamente maior
para aqueles com o nível mais alto de raiva em comparação com
aqueles com níveis mais baixos de raiva. A diferença de DCV
a incidência entre os grupos diminuiu após os 55 anos de idade.
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o consumo foi categorizado como atual, anterior ou nenhum.
Depressão foi definida como depressão clínica autorreferida com
duração superior a 2 semanas e não relacionada ao luto.9
MEDIDAS DE RESULTADO
Os principais resultados para esta análise foram a incidência de
DCV prematura, definida como eventos antes dos 55 anos,28
e DCV total após a formatura da faculdade de medicina
até 31 de dezembro de 1995. Ao final do acompanhamento,
99,9% da coorte tinha 55 anos ou mais. A doença cardiovascular foi
definida da seguinte forma: DCC, composta
de infarto do miocárdio (IM), morte súbita, angina,
doença cardíaca isquêmica crônica e outras doenças coronárias que
exigiam cirurgia de revascularização miocárdica ou intervenções
coronárias percutâneas; cardiopatia hipertensiva;
insuficiência cardíaca congestiva; Doença cerebrovascular; aterosclerose;
aneurisma da aorta; doença vascular periférica;
e embolização arterial.
Os diagnósticos de DCV foram avaliados por meio de questionários
anuais sobre condições médicas em checklist para esteira e por
prontuários apresentados pelos participantes ou
seus prestadores de cuidados de saúde. As informações sobre o tratamento foram
avaliados ao longo do seguimento. Os diagnósticos foram atribuídos
por um comitê de 5 médicos após revisão de todos os
em formação.
ANÁLISE ESTATÍSTICA
A variável independente primária foi o nível mais alto de
raiva, definida como tendo todas as 3 reações autorrelatadas de um ger
ao estresse na pesquisa HNT de linha de base. Um nível mais baixo de
raiva foi definida como relatar menos de 3 reações de raiva.
A relação do nível mais alto de raiva com covariáveis foi examinada
com testes t , análise de variância e
2
testes. Relacionamentos do mais alto nível de raiva e o
O número de reações de raiva relatadas com incidência subsequente
de desfechos prematuros e totais de DCV foram examinados com
análise de Kaplan-Meier e o teste de log-rank para
avaliar a significância estatística. A idade foi a variável de tempo utilizada
em todas as análises de sobrevivência.
A inspeção dos dados sugere que o efeito da raiva
sobre o risco cardiovascular é diferente nos primeiros anos do que
nos últimos anos de seguimento. Embora a suposição de
proporcionalidade tenha sido confirmada pela análise estatística,
poder era limitado.
Na análise univariada, o nível mais alto de raiva foi
associada a uma maior incidência de eventos cardiovasculares
prematuros subsequentes, particularmente IAM (Tabela 2). O RR de
IM prematuro foi 5 vezes maior para aqueles que relataram o
maior nível de raiva do que para aqueles que relataram menor
níveis. Não houve associação estatisticamente significativa entre o nível
mais alto de raiva e acidente vascular cerebral prematuro (RR,
4.3; IC 95%, 0,6-32,9), embora o número de AVCs prematuros fosse
pequeno (n=13) e os ICs fossem correspondentemente amplos. Quando
cada reação de raiva foi examinada separadamente, o pequeno número
de eventos pode ter um poder limitado.
Nenhuma das estimativas de risco com um único item de raiva ou em
combinação de pares foram estatisticamente significativas.
Na análise bivariada com fatores de risco de DCV tradicionais
listados na Tabela 1, o nível mais alto de raiva permaneceu
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A análise de riscos proporcionais de Cox foi usada para estimar
o risco relativo (RR) e intervalos de confiança de 95% (CIs)
e determinar se as associações com prematuros e
CVD total foram independentes das covariáveis. Covariáveis no nível
de colesterol sérico incluído, índice de massa corporal, álcool
uso e história parental de CC prematura, bem como tabagismo,
hipertensão, diabetes e depressão ocorrendo durante o
acompanhamento.9,23 Os efeitos de uma mudança no status de
tabagismo e o desenvolvimento de hipertensão,
diabetes e depressão durante o acompanhamento foram avaliados
incluindo covariáveis dependentes do tempo para essas variáveis nos
modelos de Cox. Para dar conta de possíveis tendências seculares
no nível de raiva e incidência de DCV, os modelos de Cox foram
estratificados de acordo com o tempo do calendário: 1948 a 1957 e
1958 a 1964. Covariáveis dependentes do tempo também foram
usado para testar a suposição de proporcionalidade. Relacionamentos
de cada reação de raiva sozinha e combinações pareadas de
as reações de raiva com subseqüentes prematuros e totais
A incidência de DCV foi examinada.
Como o pequeno número de casos no grupo de idade mais alta
limitou o poder, a análise bivariada foi realizada
com nível sérico de colesterol, índice de massa corporal, história
parental de CC prematura, tabagismo, hipertensão,
diabetes, depressão e uso de álcool. Modelos multivariados também
foram construídos incluindo todas as variáveis. Para verificar se alguma
relação de raiva com DCV foi mediada por associações com depressão
e ansiedade,
medidas desses estados psicológicos foram derivadas de
o HNT.25 Esses construtos de depressão e ansiedade não
incluem qualquer um dos itens de raiva e foram usados nos modelos de
Cox como variáveis contínuas.
Para examinar os potenciais mecanismos fisiológicos de um ger,
a associação da medida de raiva HNT com a reatividade vascular foi
examinada com análise de variância
e testes t . A reatividade vascular foi definida como a
resposta da pressão arterial ao teste de pressão a frio administrado a
1.028 homens (97,4%) durante o exame inicial na faculdade de
medicina.29 Níveis alfa inferiores a 0,05
com base em um teste bicaudal foram usados para definir a significância
estatística. Todas as análises foram realizadas com o pacote estatístico
SAS, versão 6.12 (SAS Institute Inc, Cary, NC).
independentemente associado ao aumento do risco de IAM prematuro,
DCC e DCV, embora o IC de 95% frequentemente
incluído 1,0 para CHD (dados não mostrados). Em multivariável
análise incluindo todos os fatores de risco, apesar das preocupações
de poder limitado, a raiva permaneceu um preditor independente de
IM prematuro, DCC e DCV (Tabela 2).
A raiva foi relacionada com as medidas HNT de depressão (P
0,001) e ansiedade (P = 0,006). Na análise multivariada ajustando para
medidas de depressão e ansiedade HNT, o
o nível mais alto de raiva permaneceu independentemente associado
com risco de IM prematuro (RR, 3,9; IC 95%, 1,1-13,4). Os resultados
foram semelhantes para DCV prematura e DAC.
Quando todos os casos de DCV, antes e depois dos 55 anos,
foram analisados como resultado, o nível mais alto de raiva
foi associado a um risco ligeiramente aumentado de DCV que
não foi estatisticamente significativo (Tabela 2). Quando os eventos CVD
nos primeiros 55 anos de idade foram censurados, houve
nenhuma associação entre o nível mais alto de raiva e qualquer
Resultado de DCV, sugerindo que não há relação entre raiva
na linha de base e DCV ocorrendo em idades mais avançadas.
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Tabela 1. Características de 1.055 homens na faculdade de medicina por número de respostas de raiva*

Nº de respostas de raiva

Nenhum 1 2 3
(n = 688) (n = 258) (n = 88) (n = 21) Valor P†

Raça, Nº (%) Branco 671 (97,5) 250 (96,9) 88 (100,0) 21 (100,0) 0,77

Fumantes, Nº (%) 347 (51,2) 126 (49,6) 51 (59,3) 77 11 (57,9) 20 0,58

Bebedores de álcool, Nº (%) 610 (88,7) 231 (89,9) (88,5) 6 (6,8) (95,2) 1 (4,8) .36

Doença cardíaca coronária prematura dos pais,‡ Não. (%) 44 (6,4) 23 (8,9) 26,6 (2,6) 26,8 (2,1) 0,68

Idade da graduação, 26,3 (2,4) 26,4 (2,3) 190,2 (29,3) 191,0 (26,0) .38

y Colesterol sérico, mg/dL§ Índice 191,8 (29,1) 195,9 (28,8) 23,6 (2,9) 117,4 23,6 (3,1) 113,7 0,79

de massa corporal, kg/m2 Pressão 23,0 (2,6) 23,1 (2,4) (9,7) 70,6 (6,8) (10,4) 72,1 (7,0) .36

arterial sistólica, mm Hg Pressão arterial 115,7 (8,9) 115,3 (8,5) .32

diastólica, mm Hg 69,6 (6,8) 69,2 (6,4) 0,09

*Coletado na linha de base e durante o acompanhamento. Os valores são médios (SD), salvo indicação em contrário. As porcentagens são baseadas no número de homens com dados disponíveis
para cada característica; o número total de homens com dados faltantes variou de 0 a 18.
†Os valores de P são baseados em 3 respostas de raiva em comparação com menos de 3 respostas de raiva.
‡Definida como doença coronariana antes dos 55 anos nos pais ou antes dos 65 anos nas mães.
§Para converter para milimoles por litro, multiplique por 0,02586.

entre o nível mais alto de raiva e DCV incidente foi

prematuro
DCV

50
Nº de
específico, pois 1 ou 2 respostas de raiva não foram associadas
respostas de raiva
40 0 com risco aumentado de DCV prematura subsequente. Além disso,
1
2
nenhuma reação de raiva específica foi mais ou menos preditiva do que
30
3 outra. O ajuste para outros fatores de risco de DCV não alterou
Acumulada
Incidência
DCV,
de
%

P =.03 substancialmente o RR de DCV prematura

20
associada à raiva. Embora o número de eventos prematuros tenha sido
pequeno nesta coorte, a relação de

10
0
25 30 35 40 45 50 55
Nº de Idade de acompanhamento, y
respostas de raiva
3 20 19 19 15
0-2 21 1021 999 964 905 803
Incidências cumulativas de doenças cardiovasculares (DCV) em 1.055 homens
de acordo com o número de respostas de raiva na faculdade de medicina. Números
abaixo do gráfico de Kaplan-Meier estão os números de homens incluídos na análise
em cada ponto de tempo de acordo com o número de respostas de raiva. O valor P é
com base em 3 respostas de raiva (nível mais alto de raiva) em comparação com menos de
3 respostas de raiva (níveis mais baixos de raiva) para DCV prematura.
Um alto nível de raiva demonstrou uma tendência à
maior reatividade vascular avaliada durante
escola. Homens com todas as 3 reações de raiva (n=21) tiveram um
aumento ligeiramente maior da pressão arterial sistólica em resposta ao
teste de pressão a frio (15,2±8,5 mm Hg) do que
aqueles com menos reações de raiva (n=1007; 12,1±8,4
mm Hg; P=.10). Homens com 2 ou menos respostas de raiva
tiveram alterações médias semelhantes na pressão arterial sistólica (sem
respostas de raiva, 12,3±8,4 mm Hg; 1 resposta de raiva,
12,0±8,0 mm Hg; 2 respostas de raiva, 11,5±9,9 mm Hg;
P = 0,68).
COMENTE
O presente estudo isola o poderoso efeito de uma alta
nível de raiva em homens jovens na incidência subsequente de
DCV prematura, particularmente IM, durante 48 anos de seguimento.
Esses riscos aumentados estavam presentes apenas para eventos de
DCV prematuros, mas tendências semelhantes foram observadas para DCV
durante todo o período de acompanhamento. A relação ser
um alto nível de raiva com doença prematura foi estatisticamente
significativo. Não tivemos o poder de diferenciar o efeito do limiar versus
uma relação dose-resposta.
60 65 70 75 80 Estudos prospectivos anteriores, a maioria realizados em
meia-idade com seguimento inferior a 10 anos,
12 12 4
uma relação entre raiva ou hostilidade e aumento
558 312 4 120 4 38 16 risco de DCV.11-21 Uma análise recente na Atherosclerosis
Risco nas Comunidades A amostra do estudo demonstrou uma relação
dose-resposta entre raiva e DAC.19 Semelhante ao estudo atual, o risco
aumentado de DAC foi
estatisticamente significante apenas em indivíduos com alta
raiva, principalmente aqueles que eram normotensos. o
estudo mais longo, com 27 anos de seguimento, observou que
pontuações mais altas na Hostilidade Cook-Medley abreviada
A escala em homens e mulheres de 50 anos previu infarto agudo do
miocárdio subsequente.15 Apenas 2 estudos prospectivos anteriores
realizado em jovens. Uma análise de 255
estudantes de medicina acharam a hostilidade preditiva de DAC, mas
apenas a hipertensão estava disponível como covariável.20 Outro
estudo não encontrou relação, mas não diferenciou eventos precoces
de eventos tardios.21
Embora o mecanismo exato pelo qual a raiva pode
causa de DCV prematura permanece obscura, a raiva pode ter um
papel na aterogênese subjacente, bem como no desencadeamento de
eventos clínicos. Pessoas com raiva têm aumento da reatividade plaquetária
e hiperagregabilidade.30 A raiva também aumenta a reatividade
cardiovascular, manifestada pelo aumento das catecolaminas
níveis, frequência cardíaca e pressão arterial.31,32 Altos níveis de
raiva durante a recordação da raiva produziu vasoconstrição coronariana
de artérias estreitadas, mas não de artérias não estreitadas.33 Em
pacientes com doença arterial coronariana estável, a recordação da
raiva reduziu a fração de ejeção do ventrículo esquerdo
e débito cardíaco, e aumento da pressão arterial diastólica e resistência
vascular periférica, mais do que

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Tabela 2. Incidência Acumulada e Riscos Relativos de Doença Cardiovascular Prematura e Total,

Associado ao nível mais alto de resposta de raiva ao estresse em comparação com níveis mais baixos de raiva*

Prematuro Total

Cumulativo Cumulativo
Nº de Incidência RR bruto RR ajustado Nº de Incidência RR bruto RR ajustado
Nível de doença e raiva Casos Antes dos 55 anos, % (IC 95%) (IC 95%) † Casos aos 70 anos, % (IC 95%) (IC 95%) †

Doença cardiovascular

Altíssima 20,2‡ 2,9 (1,1-8,0)‡ 1,0 3,1 (1,1-8,6)‡ 1,0 37,9 1,7 (0,7-3,7) 1,0 1,5 (0,7-3,4)
Mais baixo 4 73 7,6 6 199 28,9 1,0

Doença cardíaca coronária

Altíssima 14,8 3,0 (0,9-9,5) 1,0 3,5 (1,1-11,8)‡ 1,0 27,0 1,4 (0,5-3,8) 1,0 1,3 (0,5-3,5)
Mais baixo 3 53 5,5 4 141 21,4 1,0

Infarto do miocárdio
Altíssima 14.8§ 5,1 (1,6-16,8)‡ 6,4 (1,8-22,3)§ 1,0 27,0 2,3 (0,8-6,2) 1,0 1,9 (0,7-5,4)
Mais baixo 3 31 3.3 1,0 4 90 13,6 1,0

*RR indica risco relativo; IC, intervalo de confiança.

†Ajustado para nível de colesterol sérico, índice de massa corporal, história parental de doença cardíaca coronária prematura, tabagismo dependente do tempo, dependente do tempo
hipertensão, diabetes mellitus tempo-dependente, depressão clínica tempo-dependente e uso de álcool.
‡P .05.
§P .005.

ou outros estressores psicológicos.34-36 Em nossa coorte, a risco avaliado de IAM prematuro e outras DCV prematuras
reatividade vascular não foi associada à DCV.29 No entanto, eventos. Estudos comunitários em populações mais velhas
homens com o nível mais alto de raiva tendiam a ter maior observaram que os esforços de prevenção secundária para reduzir o estresse
reatividade vascular do que homens com níveis mais baixos. Essa e a raiva podem levar à diminuição da incidência de
associação sugere que o grupo com maior raiva difere eventos isquêmicos.11,37,38 Se o conhecimento sobre raiva
fisiologicamente daqueles com níveis mais baixos de raiva. Respostas pode ser traduzido em estratégias eficazes de prevenção primária em
fisiológicas adicionais devem ser estudadas para determinar populações mais jovens.
mediadores da associação raiva-DCV.
Uma explicação para nossos achados pode ser que aqueles Aceito para publicação em 29 de agosto de 2001.
que experimentou um evento coronariano em uma idade jovem já Este estudo foi financiado por doações AG01760 e
tinha aterosclerose coronariana prematura que foi DK02856 do National Institutes of Health, Bethesda,
exacerbada por um alto nível de raiva. Outra possibilidade é que a Md, e pelo Programa Médico Cientista das Quatro Escolas
raiva avaliada na idade adulta jovem pode em Medicina Interna, patrocinado pela Lucille P. Markey
não prever eventos cardiovasculares após os 55 anos de idade porque outros Fundação Charitable Trust, Palo Alto, Califórnia.
Os fatores de risco de DCV tornam-se mais importantes mais tarde na vida ou Um resumo preliminar foi apresentado na 67ª Sessão Científica
o nível de raiva muda com o tempo. Acompanhamento adicional da American Heart Association, Dallas,
nesta coorte para verificar eventos de DCV após 1992, Texas, 16 de novembro de 1994.
quando a raiva foi avaliada pela segunda vez, ajudará na Agradecemos aos membros do Estudo de Precursores por sua
classificar essas hipóteses concorrentes. participação continuada neste estudo prospectivo em andamento.
Potenciais limitações deste estudo devem ser discutidas. Autor correspondente e reimpressões: Patricia P. Chang,
Porque o número de homens com o nível mais alto MD, MHS, Johns Hopkins Precursors Study, 2024 E Monument St,
de raiva era pequena, a classificação incorreta de 1 pessoa pode fazer Suite 2-200, Baltimore, MD 21205-2223 (e-mail:
uma grande diferença. Além disso, nossos resultados são estritamente pchang@jhmi.edu).
generalizáveis para homens brancos de alto nível socioeconômico.
No entanto, as estimativas de RR são provavelmente generalizáveis REFERÊNCIAS

por causa de possíveis vieses, como fatores socioeconômicos,

tenderia a afetar aqueles com e aqueles sem o 1. Associação Americana do Coração. Atualização Estatística de Coração e AVC de 2000. Dallas,
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nível mais alto de raiva em um grau semelhante. Porque isso
2. Verrier RL, Mittleman MA. Consequências cardiovasculares com risco de vida de
análise incluiu apenas homens, porém, esses resultados não podem raiva em pacientes com doença cardíaca coronária. Cardiol Clin. 1996;14:289-307.
ser aplicados a mulheres. Como na maioria dos estudos 3. Williams RB Jr. Redefinindo a hipótese tipo A: emergência do complexo de hostilidade. Am J

observacionais, as respostas de raiva foram baseadas na avaliação Cardiol. 1987;60:27J-32J.

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outras medidas de raiva mais tarde na vida e estrutura semelhante reprimindo a raiva. J Behav Med. 1993; 16: 539-569.
na análise fatorial em avaliações separadas por décadas sustentam 6. Mittleman MA, Maclure M, Sherwood JB, et al, para os Determinantes dos Investigadores do
Estudo do Início do Infarto do Miocárdio. Desencadeamento do miocárdio agudo
sua validade de construto. Além disso, a associação
início do infarto por episódios de raiva. Circulação. 1995;92:1720-1725.
de raiva com DCV incidente não foi explicado por sua relação com
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