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CERIMÓNIAS ESPECIAIS

Casamento, batismo, santa ceia, dedicação de crianças

Ver teologia das Alianças parte 1: https://www.youtube.com/watch?v=riHKvshqWIs


Ver teologia das Alianças parte 2: https://www.youtube.com/watch?
v=0lOcZCFw5NU&t=3556s

CASAMENTO
https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/gostaria-de-saber-se-e-contrario-a-
vontade-de-deus-somente-o-casamento-no-civil-o-pastor-pode-dar-uma-bencao-
se-o-casamento-nao-se-realizar-na-igreja-cd/

No manual da Igreja Adventista (2010, p. 155) encontramos a seguinte declaração:

“O casamento é uma instituição divina estabelecida pelo próprio Deus antes da queda,
quando tudo, inclusive o casamento, ‘era muito bom’ (Gênesis 1:31). ‘Por isso, deixa o
homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne’ (Gênesis 2:24).
Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o
Criador do Universo. ‘Venerado seja […] o matrimônio’ (Hebreus 13:4); foi esta uma das
primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda,
Adão trouxe consigo aquém das portas do Paraíso (O Lar Adventista, p. 25, 26). Deus
tencionava que o casamento de Adão e Eva servisse de modelo para todos os casamentos
posteriores, e Cristo endossou este conceito original'” (Mateus 19:4-6).¹

Nos tempos antigos, já após o pecado, geralmente a família do noivo escolhia a noiva. Foi
assim com Agar para com Ismael (Gênesis 21:21), Judá para Er (Gênesis 38:6), Manoá para
com Sansão (Juízes 14:2) dentre outros. Também se fazia uma festa de compromisso, esta
poderia durar uma semana (Gênesis 29:22; Juízes 14:12; Mateus 22:1-10; João 2:1-10). Não
havia cartório naquele tempo, assim como não havia nem sequer papel no Éden, mas
aquela festa era uma manifestação pública – diante de testemunhas, familiares e amigos –
de que homem e mulher seriam exclusivos um do outro. Somente após a cerimônia festiva
é que ambos podiam ter relações sexuais.

Dentro de um contexto teocrático (realidade de Israel no Antigo Testamento), não havia


distinção entre Igreja e Estado, ou leis religiosas e leis civis. O patriarca (sacerdote do lar)
oficiava a cerimônia e abençoava o casal. A partir desse momento, o casal estava casado
no religioso e no civil. A sociedade funcionava assim naquele contexto. Já na nossa
realidade, existe distinção entre as leis civis e as leis religiosas. Há separação entre Igreja e
Estado, o que torna necessário ao casamento moderno tanto a bênção religiosa, quanto a
união civil.

Sendo assim, o casamento tem dois aspectos: o Religioso e o Civil. O aspecto religioso é
regulado pela Bíblia e o civil, pelas leis do Estado. Segundo as Escrituras, a intimidade sexual
é exclusiva ao matrimônio e qualquer prática sexual fora do casamento é pecado. Por isso,
quem deseja estar no centro da vontade de Deus deve considerar as leis divinas e as leis
civis do país. O casamento civil deve ocorrer primeiro e, em seguida, a cerimônia religiosa
e a bênção para a união em uma só carne. Portanto, somente depois destas duas etapas o
casal poderá desfrutar da intimidade sexual.

BATISMO
SIMBOLISMO: “O batismo simboliza a mais solene renúncia ao mundo. Os que ao iniciar a
carreira cristã são batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo declaram
publicamente que renunciaram ao serviço de Satanás e se tornaram membros da família
real, filhos do Rei celestial. Obedeceram ao preceito que diz: ‘Saiam do meio deles e
separem-se deles. Não toquem em coisa impura, e Eu os receberei.’ ‘Serei o Pai de vocês, e
vocês serão Meus filhos e Minhas filhas’, diz o Senhor Todo-Poderoso (2Co 6:17, 18)”
(Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 74 [91]).

O apóstolo Paulo escreve: “Ou será que vocês ignoram que todos nós que fomos batizados
em Cristo Jesus fomos batizados na Sua morte? Fomos sepultados com Ele na morte pelo
batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim
também nós andemos em novidade de vida” (Rm 6:3, 4).

Lucas também relata: “Pedro respondeu: — Arrependam-se, e cada um de vocês seja


batizado em nome de Jesus Cristo [...] Então os que aceitaram a palavra de Pedro foram
batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (At 2:38, 41).

IMPLICAÇÕES: “Os membros da igreja, que Ele chamou das trevas para Sua maravilhosa luz,
devem manifestar Sua glória. A igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo; por
meio dela, a demonstração final e plena do amor de Deus será manifestada no devido
tempo, até mesmo aos ‘principados e potestades nos lugares celestiais’ (Ef 3:10, ARA)” (Atos
dos Apóstolos, p. 7 [9]).

CERIMÓNIA DE COMUNHÃO

LAVA-PÉS:
SIMBOLISMO: “Depois, havendo lavado os pés aos discípulos, Ele disse: ‘Porque Eu lhes dei o
exemplo, para que, como Eu fiz, vocês façam também’ (Jo 13:15). Nessas palavras Cristo não
somente estava ordenando a prática da hospitalidade. Queria significar mais do que a
lavagem dos pés dos hóspedes para tirar-lhes o pó dos caminhos. Cristo estava aí instituindo
uma cerimônia religiosa. Pelo ato de nosso Senhor, esta [...] tornou-se um rito consagrado.

Devia ser observado pelos discípulos, a fim de poderem conservar sempre em mente suas
lições de humildade e serviço. “Essa ordenança é o preparo designado por Cristo para o
serviço sacramental. Enquanto o orgulho, a discórdia e a luta por superioridade forem
nutridos, o coração não conseguirá se relacionar com Cristo. Não estaremos preparados
para receber a comunhão de Seu corpo e de Seu sangue. Por isso, Jesus indicou que se
observasse primeiramente a cerimônia que lembra Sua humilhação ” (O Desejado de Todas
as Nações, p. 523 [650]).
A experiência espiritual que repousa no âmago do lava-pés eleva-o de um costume comum a
uma ordenança sagrada. O rito transmite uma mensagem de perdão, aceitação, segurança
e solidariedade, primeiramente de Cristo para com o crente, mas também entre os
próprios crentes. Essa mensagem é expressa em uma atmosfera de humildade.

A SANTA CEIA:
“Ao recebermos o pão e o vinho simbolizando o corpo partido de Cristo e Seu sangue
derramado, passamos a fazer parte, por meio da imaginação, do momento da ceia no
cenáculo. Parece que estamos atravessando o jardim consagrado pela agonia Daquele que
levou sobre Si os pecados do mundo. Testemunhamos a luta mediante a qual foi obtida
nossa reconciliação com Deus. Cristo crucificado Se apresenta entre nós” (ibid., p. 532 [661])

“A Ceia do Senhor aponta para a segunda vinda de Cristo. Foi destinada a conservar viva
essa esperança na mente dos discípulos. Sempre que se reuniam para recordar Sua morte,
falavam como Ele ‘pegou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos Seus discípulos, dizendo:
Bebam todos dele; porque isto é o Meu sangue, o sangue da aliança, derramado em favor de
muitos, para remissão de pecados. E digo a vocês que, desta hora em diante, nunca mais
beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que beberei com vocês o vinho novo, no
Reino de Meu Pai.’ (Mt 26:27-29). Nas tribulações, encontravam conforto na esperança da
volta de seu Senhor. Para eles, era indescritivelmente precioso o pensamento: ‘Porque,
todas as vezes que comerem este pão e beberem o cálice, vocês anunciam a morte do
Senhor, até que Ele venha’ (1Co 11:26)” (ibid., p. 529 [659]).

Quem Pode Participar – A igreja pratica a comunhão aberta. Todos os que entregaram a
vida ao Salvador podem participar.

As crianças aprendem o significado da cerimônia observando a participação dos outros. Após


receberem instrução formal em uma classe batismal e fazerem seu compromisso com Jesus
por meio do batismo, estarão eles mesmos, dessa maneira, preparados para participar da
cerimônia.

“O exemplo de Cristo proíbe exclusão da ceia do Senhor. Verdade é que o pecado aberto
exclui o culpado. Isto ensina plenamente o Espírito Santo (1Co 5:11). Além disso, porém,
ninguém deve julgar. Deus não deixou aos homens dizer quem se apresentará nessas
ocasiões. Pois quem pode ler o coração? Quem é capaz de distinguir o joio do trigo? ‘Que
cada um examine a si mesmo e, assim, coma do pão e beba do cálice.’ Pois ‘aquele que
comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do
Senhor’. ‘Pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si’ (1Co
11:28, 27, 29). [...]

“Podem entrar pessoas que não são, no íntimo, servos da verdade e da santidade, mas que
desejem tomar parte no serviço. Não devem ser proibidas. Encontram-se ali testemunhas
que estiveram presentes quando Jesus lavou os pés dos discípulos e de Judas. Olhos mais
que humanos contemplam a cena” (O Desejado de Todas as Nações, p. 528, 529 [656]).
Todos os Membros Devem Participar – “Ninguém deve se excluir da comunhão por estar
presente alguém que seja indigno. Todo discípulo é chamado a participar publicamente, e
dar assim testemunho de que aceita a Cristo como seu Salvador pessoal. É nessas ocasiões,
indicadas por Ele mesmo, que Cristo Se encontra com Seu povo, e os revigora por Sua
presença. Corações e mãos indignos podem mesmo dirigir a ordenança; todavia, Cristo ali
Se encontra para ministrar a Seus filhos. Todos quantos ali chegam com a fé baseada Nele
serão grandemente abençoados. Todos quantos negligenciam esses períodos de divino
privilégio sofrerão prejuízo. Deles se poderia quase dizer: ‘Nem todos estão limpos’ (Jo
13:11)” (ibid.)

DEDICAÇÃO DE CRIANÇAS
https://t7.org.br/crianca/dedicacao/

A dedicação de crianças ao Senhor, especialmente dos primogênitos, era


praticada desde os tempos do Antigo Testamento. A Bíblia descreve algumas
apresentações e dedicações de crianças como, por exemplo, Jesus, João
Batista, Samuel, Sansão e outros mais. Estes relatos dão base para a prática
da apresentação de crianças por parte da Igreja.

No Velho Testamento, pode-se conferir com detalhes em I Samuel 1:27 e 28


quando Ana dedicou seu filho Samuel a Deus e ao serviço de Sua casa. No
Novo Testamento, por exemplo, vemos a história de Simeão, um homem justo
e piedoso e Ana, profetisa de 84 anos que adorava no templo de dia e de
noite, tinham algo em comum: esperavam pela chegada do Messias. Quando
Jesus foi levado para ser apresentado no templo, o Espírito Santo levou os
dois a entender que o Messias havia chegado e eles deram testemunho
público desta realidade, quando Maria e José trouxeram o menino Jesus ao
templo em “Jerusalém para O apresentarem ao Senhor” (Lucas 2:22).

No livro Desejado de Todas as Nações, na página 52, a autora ElIen White diz:
“O sacerdote fez a cerimônia de seu serviço oficial. Tomou a criança nos
braços, e ergueu-a perante o altar. Depois de a devolver à mãe, inscreveu o
nome ‘Jesus’ na lista dos primogênitos”.

Embora o Novo Testamento não faça uma recomendação direta a respeito


desse ritual, a maneira como Jesus Se referia aos pequeninos incentiva a
dedicação de crianças a Deus. Do incidente de Jesus abençoando as crianças
(ver Mateus 19:13-15; Marcos 10:13-16; Lucas 18:15-17) podemos extrair seis
pontos importantes:

1. Jesus abençoou as crianças. “Então, tomando-as nos braços e impondo-


lhes as mãos, as abençoava” (Marcos 10:16).
2. A bênção concedida às crianças foi um acontecimento profundo. Todos os
três Evangelhos sinópticos contam a história.
3. As crianças pequeninas foram incluídas, “Traziam-Lhe também as
crianças, para que as tocasse” (Lucas 18:15).
4. Jesus não ordenou nem introduziu a bênção. Mateus registra: “mas os
discípulos os repreendiam” (Mateus 19:13). E improvável que os discípulos
se tivessem oposto à bênção, caso Jesus a tivesse iniciado.
5. Jesus incentivou a bênção quando os pais pediram: “Deixai vir a Mim as
criancinhas, e não as embaraceis” (Mateus 19:14).
6. Jesus indignou-Se com os que se opunham à bênção: “… os discípulos os
repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-Se” (Marcos 10:13 e 14).

Objetivos da Cerimônia
A cerimônia deve ser organizada para enfatizar seus quatro propósitos
básicos:

1. Agradecer a Deus pelo milagre do nascimento da criança.


2. Compromisso dos pais de educarem a criança para amar a Jesus.
3. Compromisso da congregação para prover os meios e apoiar os pais em
sua tarefa.
4. Abençoar a criança e dedicá-la a Deus.

A apresentação e dedicação das crianças pode ser feita para filhos de


membros da Igreja e de pessoas que não são membros, mas que solicitarem a
dedicação de seus filhos a Deus.

1. Jesus abençoou as crianças. “Então, tomando-as nos braços e impondo-


lhes as mãos, as abençoava” (Marcos 10:16).
2. A bênção concedida às crianças foi um acontecimento profundo. Todos os
três Evangelhos sinópticos contam a história.
3. As crianças pequeninas foram incluídas, “Traziam-Lhe também as
crianças, para que as tocasse” (Lucas 18:15).
4. Jesus não ordenou nem introduziu a bênção. Mateus registra: “mas os
discípulos os repreendiam” (Mateus 19:13). E improvável que os discípulos
se tivessem oposto à bênção, caso Jesus a tivesse iniciado.
5. Jesus incentivou a bênção quando os pais pediram: “Deixai vir a Mim as
criancinhas, e não as embaraceis” (Mateus 19:14).
6. Jesus indignou-Se com os que se opunham à bênção: “… os discípulos os
repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-Se” (Marcos 10:13 e 14).

Ellen White aconselha no livro Evangelismo, pp. 349 e 350: “Tomem os


ministros do evangelho as criancinhas nos braços, e abençoem-nas em nome
de Jesus. Sejam dirigidas palavras do mais terno amor aos pequeninos; pois
Jesus tomou os cordeiros do rebanho nos braços, e os abençoou”.

Entretanto, é compreensível que a dedicação de crianças seja questionada


por aqueles cuja formação os leve a associá-la a igrejas que praticam o
batismo de bebês. Por esta razão, na cerimônia de dedicação de crianças da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, não há padrinhos ou madrinhas, e o nome
não é dado formalmente. Não é uma cerimônia de batismo, nem deveria
parecer como tal.

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