Ebook Kombi Meu Carro Favorito Retornar

KOMBI
MEU CARRO FAVORITO!

INTRODUÇÃO
Uma senhora sexagenária e ainda cheia de charme. Essa é a Kombi. Um automóvel
carregado de sensações e sentimentos. Aliás, muitos sentimentos. O que não
faltam são relatos de donos apaixonados e declarações daqueles que ainda sonham adquirir
essa dama para curtir a estrada.
E não é só no Brasil. A Kombi é um fenômeno mundial. Quase todo mundo (no mundo todo!)
tem uma história com essa senhora. Você deve se lembrar: o relato de alguém da família,
uma viagem saudosa, a entrega de um pão quentinho, as cartas do correio, a ida ao colé-
gio, uma viagem para a praia…muitas dessas lembranças envolvem uma Kombi.
Agora, se você nunca ouviu falar dela… bem vindo ao planeta Terra!
Leia esse E-book e você vai entender: aqui ela é um sucesso!
pág.
2
ÍNDICE
INTRODUÇÃO2
A HISTÓRIA5
HOLANDESA POR PARTE DE PAI5
O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO8
AS PRIMEIRAS KOMBIS10
A KOMBI NO BRASIL 195311
O FIM EM 2013 - A KOMBI LAST EDITION15
A KOMBI NO MUNDO18
A KOMBI FUTURISTA47
A EVOLUÇÃO DA KOMBI NOS 60 ANOS DE PRODUÇÃO50
ANOS 5052
ANOS 6059
ANOS 7070
ANOS 8078
ANOS 9081
ANOS 200084
OS MODELOS CLÁSSICOS E AS RARIDADES 89
A KOMBI CORUJINHA - 1950 A 197589
A KOMBI CLIPPER (1976-1996)94
KOMBI CARAT (1997 a 1999)100
SÉRIE PRATA (2005)101
LAST EDITION (2013)103
KOMBI 50 ANOS (2007)105
KOMBI 1950106
KOMBI WESTFALIA (anos 1960)107
KOMBI 6 PORTAS (1961)112
KOMBI TURISMO (1960)114
AMBULÂNCIA 115
CORUJINHA (anos 1970)115
AS CURIOSIDADES:116
COMO SURGIU O NOME E OS116
INÚMEROS APELIDOS 116
A ORIGEM DO TERMO PERUA117
A KOMBI E SUAS MIL E UMA UTILIDADES118
KOMBI NAS PISTAS123
A HISTÓRIA COM OS HIPPIES126
OS 50 ANOS DO FESTIVAL DE WOODSTOCK129
O CLÁSSICO MAIS VALORIZADO NO MERCADO131
MINIATURAS133
KOMBI MINIATURA QUE TOCA DISCO 140
pág.
3
A LIGAÇÃO COM A BRASTEMP141
COMEMORAÇÃO COM SORRISO AMARELO142
A INFLUÊNCIA NA MÚSICA143
APARIÇÕES NO CINEMA144
Carros (Animação - 2006)145
De Volta Para o Futuro (Aventura - 1985)146
Ronin (Ação - 1998)147
Pequena Miss Sunshine (Comédia / Drama - 2006)148
I Am Kombi (Documentário - 2012)149
Machete Mata (Ação - 2013)150
Lost (TV série – 2004-2010)151
KOMBI HOME: A CASA SOBRE RODAS152
A ONDA CAMPER155
DIA NACIONAL DA KOMBI158
A CAMPANHA 159
PREMIADA DO 159
“DESLANÇAMENTO”159
O ÚLTIMO MODELO FOI ENVIADO PARA A HOLANDA161
SAMBA, A KOMBI DESCONTRAÍDA163
O IRMÃO MENOR DA KOMBI166
KOMBI - CLUBES DE COLECIONADORES 168
Kombi Clube do Brasil (São Paulo)169
Sampa Kombi Clube (São Paulo)171
EMÍLIO ZAGAIA: UMA HISTÓRIA DE AMOR COM A KOMBI174
Cronologia:180
TABELA DE FIGURAS184
pág.
4
A HISTÓRIA
HOLANDESA POR
PARTE DE PAI
O conceito da Kombi surgiu no final dos
anos 1940.
O holandês Ben Pon era dono de uma con-

cessionária, a Pon’s Automobielhandel N.V.,
em Amersfoort, na Holanda e foi o autor do
primeiro esboço do utilitário.
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5
A ideia surgiu numa viagem até a fábrica da Volkswagen em Wolfsburg, na Alemanha. Lá,
ele viu a produção de veículos construídos sobre o chassi tubular com a mecânica do
sedã, os Plattenwagen (carros planos). Eram veículos usados para transporte interno de
peças na fábrica, com estrutura simples: uma plataforma para carga e um assento para
duas pessoas na parte de trás.
A primeira ideia de Ben Pon era importar o Plattenwagen, mas não conseguiu licença do
departamento de trânsito holandês para uso do veículo em vias públicas.
pág.
6
Foi então que ele desenhou em sua agenda de bolso os primeiros traços do que seria um
furgão de carga.
O Major Ivan Hirst, encarregado da produção da fábrica, gostou da ideia e encaminhou o

esboço com as medidas básicas para a equipe de projetos. Isso aconteceu no dia 23 de
abril de 1947, considerado o dia da concepção da Kombi.
pág.
7
O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
A partir daí quem assumiu o projeto foi o engenheiro alemão Alfred Haesner. Era dele o
comando do projeto EA 7 (sigla para Entwicklungsauftrag - em alemão, ordem de desen-
volvimento). Em 1948, começaram a rodar os primeiros protótipos.
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8
O principal desafio era fazer a estrutura do furgão
suportar 800 kg, com um motor de 4 cilindros con-
trapostos arrefecido a ar, 1,1 litro, potência de 25 cv
e torque de 6,8 m.kgf. O protótipo atingia 80 km/h.
Ben Pon fez os esboços do veículo e permane-

ceu no projeto. Foi ideia dele colocar o motor na
parte de trás, a carga entre os eixos e espaço
para dois ocupantes na frente, de forma a dar um
bom equilíbrio. Mesmo assim, foi necessário que a
Volkswagen desenvolvesse um novo chassi, mais
forte, para suportar o peso previsto. A solução foi a
estrutura monobloco.
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9
A PRIMEIRAS KOMBIS
Os primeiros protótipos desenvolvidos - chamados Tipo 29 - tinham a frente reta, o que
se mostrou ser um problema grave de aerodinâmica. Para solucioná-lo, Ben Pon sugeriu
fazer mudanças e dar ao modelo formas curvas e arredondadas, o que reduziu - e muito - a
resistência do ar.
O modelo foi apresentado à imprensa em outubro de 1949. A Volkswagen chamou o

modelo de Tipo 2 (sendo o Tipo 1 o modelo Sedã).
Um dos principais diferenciais destacados na apresentação foi o compartimento de carga

que, ao contrário dos demais veículos, ficava entre os eixos, ao invés de na parte traseira.
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10
A KOMBI NO BRASIL
1953
No Brasil, a Kombi começou a ser montada
em 1953, pela Brasmotor (representante da
Chrysler e dona da Brastemp), num galpão
do Bairro Ipiranga, em São Paulo.
Só em setembro de 1957, ela passou a ser

produzida efetivamente aqui no país, na fábri-
ca Anchieta, em São Bernardo do Campo.
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11
Foi o primeiro modelo produzido pela Volkswagen
do Brasil (o Fusca só seria produzido em ter-
ritório brasileiro em 1959), e o primeiro feito
pela empresa fora da Alemanha.
Essa primeira versão da Kombi era equipa-

da com motor 1.2, de quatro cilindros e que
gerava 30 cv de potência.
A Kombi já chegava ao mercado chamando a atenção dos consumidores.

Por um lado, muitos desconfiavam da novidade: um formato estranho,
o lugar do motorista ficava bem à frente do veículo,
alguns reclamavam do motor barulhento e da falta de
estabilidade, mas era inegável que ela chegava
também trazendo a solução para os
pág.
12
pedidos do perfil de consumidor família/comerciante: era possível transportar 9 pessoas
e retirando as duas fileiras de bancos ganhava-se um importante espaço para transporte
de carga.
A capacidade líquida era de 810 kg, com 4,8 metros cúbicos de espaço útil. Outro fator
importante era a praticidade de poder carregar os produtos pela lateral do veículo. Era só
estacionar na calçada (mesmo em vagas apertadas) e abrir as portas para colocar os pro-
dutos dentro. A Kombi conquistava os comerciantes também pela facilidade de manobrar,
era só 21 cm maior que o Sedã, bem mais leve e econômica que utilitários grandes de seis
ou oito cilindros.
pág.
13
Após conquistar o mercado nacional, a Kombi brasileira ganhou o mundo. Na década de 70
ela começou a ser exportada para mais de 100 países. Os principais mercados externos
atendidos pela produção brasileira foram Argélia, Argentina, Chile, Peru, México, Nigéria,
Venezuela e Uruguai. Até dezembro de 2014, a fabricante exportou 94.334 unidades da
Kombi, que foi produzida ainda no México e na Alemanha.
pág.
14
O FIM EM 2013 - A KOMBI LAST EDITION
A produção da Kombi no Brasil durou 56 anos.
O encerramento seria no ano de 2013. O motivo foi o decreto nacional do Conselho Nacio-
nal de Trânsito (Contran) que exigia que a partir de janeiro de 2014 todos os veículos pro-
duzidos no país deveriam sair de fábrica equipados com air bag e freios ABS. A Volkswagen
e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC ainda tentaram negociar a produção da Kombi por
mais dois anos, mas os pedidos foram negados.
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15
A última unidade seria produzida em dezembro de 2103. Para se despedir da Kombi, a
Volkswagen lançou a série limitada Last Edition. Inicialmente seriam produzidas apenas
600 unidades (vendidas a um valor de 85 mil reais), mas depois a VW decidiu estender a
produção a 1.200 unidades, o que gerou uma polêmica muito grande entre os consumi-
dores ávidos pelo item de colecionador.
O modelo Last Edition recebeu pintura bicolor azul e branca, conhecida como “saia e blu-
sa” e detalhes internos diferenciados.
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16
Para se despedir da Velha Senhora, os trabalhadores fizeram uma homenagem. Na penúlti-
ma unidade, eles personalizaram a carroceria e estamparam fotos de todos os funcionári-
os da linha de montagem da KOMBI.
A última unidade produzida (chassi número EP022526) era comum, com pintura branca.
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17
A KOMBI NO MUNDO
Apesar de não ser produzida no Brasil desde dezembro de 2013, no restante do mundo, a
Kombi segue em linha de produção, chamada de
Transporter e já está na sexta geração.
O modelo tem faróis de

LED, aquecimento de
bancos e a opção
de motor a diesel.
Veja como são chamadas as gerações da Kombi na Alemanha:
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18
T1a 1950
1967
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19
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20
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T2a 1967
1979
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26
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27
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28
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29
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30
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31
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32
T3a 1979
1991
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33
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34
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35
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36
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37
T4a 2005
1991
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38
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39
T5a2005
2015
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40
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41
T6a 2019
2015
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43
T6.1adepartir
2019
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46
A KOMBI FUTURISTA
Em 2020, a Kombi completa 70 anos de
lançamento na Alemanha e a ideia é que ela
volte modernizada para as ruas brasileiras
em 2022, mas bem diferente do projeto ini-
cial de 1950 e com novo nome: ID BUZZ.
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47
Além de ser um modelo elétrico, a perua
deve ter tração integral e dois motores
elétricos (um em cada eixo) capazes de
gerar uma potência combinada de 374 cv.
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48
De acordo com informações da VW, o modelo
terá aceleração de 0 a 100 km/h em 5 se-
gundos e velocidade máxima de 160 km/h e
autonomia de 400 km.
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49
A EVOLUÇÃO DA
KOMBI NOS 60 ANOS
DE PRODUÇÃO
pág.
50
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51
ANOS 50
Em 1950, foi o ano de seu lançamento na Alemanha e início das vendas no Brasil. Na
traseira havia uma grande tampa do motor, que deu origem ao apelido “barndoor” (porta
de celeiro). A Kombi era equipada com motor de 1100cc e 25cv. A partida era elétrica (na
chave) ou manual (na manivela).
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52
Em 1952, a Kombi vem com câmbio com 2ª,
3ª e 4ª marcha sincronizada. Vidro traseiro
e pára-choque traseiro foram adotados.
Lançamento da versão pick-up e da versão
de passageiros com 15 janelas, apelidada
de Samba.
Em 1953, começa a montagem da Kombi no

Brasil, com as peças importadas (o chama-
do “sistema CKD” - Completely Knocked
Down) ainda pelo Grupo Brasmotor.
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55
A Kombi começa a ser produzida no Brasil
no dia 2 de setembro de 1957, com 50%
de nacionalização de peças. O motor e câm-
bio ainda era importados, 1200cc de 36 cv;
câmbio “casca de amendoim” com 1ª seca
e sistema elétrico de 6 volts.
Em 1959, o câmbio de 4 marchas passa a

ser totalmente sincronizado. O motor 1200
passa a ser produzido no Brasil; a Kombi
Luxo ganha tubos e batentes de proteção
nos para-choques; a numeração do chassi
passa para a chapa lateral do motor, ao lado
da bateria; a manivela de partida é abando-
nada.
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ANOS 60
Em 1960, a Volkswagen lança a versão “Turismo”, adaptada para camping.
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61
No ano de 1961, o painel ganha mar-
cador de combustível elétrico e são
adotadas luzes de seta na frente
(conhecido como pisca tetinha). O
modelo “Luxo” agora passa a ser
chamado “Especial”.
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No mesmo ano, a Kombi passa a ter 6 por-
tas, para atender a demanda dos taxistas,
lembrando que era o veículo preferido das
famílias mais numerosas da época.
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1963 - A linha 63 teve mudanças marcantes,
como a adoção de mais 2 janelas de cada
lado nas laterais e nos curvões traseiros,
além de vidro maior na parte traseira.
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65
Em 1967, é feito o lançamento da versão
“Pick-up”; bancos individuais na dianteira;
limpador de parabrisas de 2 velocidades
com botão “de girar”; novo reservatório do
lavador de parabrisas; bornes de encaixe
em toda a parte elétrica, rodas aro 14 com
pneus diagonais; barra estabilizadora na di-
anteira; nova relação na caixa de redução;
tampa de acesso a bóia do tanque; opcio-
nal: diferencial blocante para trafegar em
terrenos com pouca aderência.
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ANOS 70
Em 1970, a Kombi ganha cintos de segu-
rança e extintor de incêndio.
E em 1976 acontece a primeira rees-

tilização. A VW do Brasil decide misturar um
pouco da Kombi europeia com a Kombi ven-
dida no Brasil, nascendo uma versão única,
a Clipper.
pág.
70
A fábrica escolheu combinar a frente e a traseira do modelo internacional com a carroceria
do modelo nacional, de 12 janelas laterais, tornando assim a carroceria do modelo fabrica-
do de 1976 a 1996 uma exclusividade brasileira. O modelo usava motor 1.6 4-cilindros de
58 cv, ainda refrigerado a ar.
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72
A carburação simples foi substituída em
1978 pela carburação dupla de série para
todos os modelos, além da substituição
das cruzetas e caixas de redução nas ro-
das, para a introdução das juntas homo-
cinéticas.
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Em 1979 são feitos reforços na lataria que
garantiriam maior rigidez estrutural.
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ANOS 80
Em 1981 começam as vendas do modelo com motor Diesel, refrigerado a água e radiador
dianteiro. No mesmo ano, é lançada a Kombi Pick-Up Standart Cabine Dupla. As setas
traseiras voltam a ser na cor âmbar (elas foram vermelhas de 1976 a 1980).
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78
Os parachoques da Kombi passam a ser na cor preta em 1982. No ano de 1983, a Kombi
ganha freios a disco na dianteira, novas rodas e calotas de perfil plano semelhante ao
Fusca. As maçanetas passam a ser na cor preta.
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Também em 83 é lançada a “Kombi Lotação”, nome oficial da Kombi com 4 portas indepen-
dentes, cuja lateral esquerda é idêntica à da Kombi Standard e a lateral direita é idêntica
à da extinta Kombi 6 portas, que havia saído de linha.
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80
ANOS 90
Em 1992, a Volkswagen adota os primeiros equipamentos antipoluição, como catalisador
e cânister.
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81
Em 1997 acontece a segunda reestilização.
O modelo ganhava porta corrediça e carro-
ceria semelhante àquela conhecida no res-
to do mundo, embora o teto elevado em 11
cm seja único do modelo brasileiro. É lança-
da a série especial Carat, a versão luxuosa
da Kombi.
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82
Em 1998, a Kombi passa a ter o motor 1600
com injeção eletrônica.
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ANOS 2000
O ano de 2000 é o último de fabricação da versão pick-up.
Em 2005 é lançada a Série Prata, edição limitada com apenas 200 unidades. Destinada
a colecionadores, a Série Prata marca o encerramento da produção do motor arrefecido
a ar da Volkswagen do Brasil. A carroceria pintada na cor “Prata Light Metálico” é o maior
diferencial da Série Prata, além de vidros verdes, acabamentos nos faróis e para-choques
em “cinza cross”, piscas dianteiros com lentes brancas e lanternas traseiras fumês.
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85
Em 2006, a Kombi trocou o motor 1.6 a ar
por um 1.4 flex refrigerado a água, o que
resultou na introdução de um radiador na
grade dianteira, diferente da grade que já
havia sido usada na Kombi a diesel nos
anos 80. Painel de instrumentos com novos
mostradores era similar ao do Fox.
Em 2007, mais um lançamento. A chama-

da Kombi Edição 50 anos é uma edição
comemorativa com apenas 50 unidades
produzidas.
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Talvez a mais colecionável de todas as edições nacionais, o destaque é a sua pintura do
tipo “saia e blusa” vermelha e branca, em homenagem a primeira geração da Kombi. A série
também contava com o luxo de ter uma carta de congratulação assinada pelo presidente
da VW do Brasil.
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Em 2009 as mudanças são discretas. Há
a adoção do “brake-light” (terceira luz de
freio) de série na extremidade do teto e
nova grade dianteira levemente reestilizada
com novas aletas para refrigeração.
2013 foi o último ano de fabricação da

Kombi. A última Kombi foi produzida às 22h
do dia 18 de dezembro de 2013. A unidade
de chassi “EP022.526” foi a última e será
guardada no acervo da montadora, na Ale-
manha. Uma série especial, a Last Edition,
foi criada com apenas 1.200 unidades pro-
duzidas.
pág.
88
OS MODELOS CLÁSSICOS
E AS RARIDADES
A KOMBI CORUJINHA - 1950 A 1975
A Kombi Corujinha foi a primeira geração da Kombi, conhecida como Tipo 2 fora do país.
No Brasil, ela brilhou sozinha por 25 anos antes de começar a ser produzida a segunda
geração e foi feita em várias versões: pick up, furgão e van de passageiros.
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A Corujinha chegou ao Brasil no mesmo
ano de lançamento na Alemanha. O modelo
chamava a atenção pelos vincos que cri-
avam um marcante “V” na frente ligeira-
mente arredondada, e lembrava o bico de
uma coruja.
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Rapidamente ganhou popularidade e passou a ser o principal veículo comercial no Brasil.
Com 4,280 m de comprimento, 1,720 m de largura, 1,940 m de altura e 2,400 m de entre

eixos (o mesmo dos Typ 1 e 3), a Kombi Corujinha não era nenhum pouco aerodinâmica (cx
de 0,75), mas era elegante e atraía por seu formato inusitado. Inicialmente com pintura
integral, a Kombi Corujinha tinha dois grandes faróis circulares, que mais tarde ganharam
os piscas.
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O logotipo da Volkswagen era bem chama-
tivo. O para-choque envolvia a parte inferior,
enquanto o para-brisa era dividido em duas
partes que podiam ser abertas no modelo
opcional (modelo camping Safari).
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A KOMBI CLIPPER (1976-1996)
Foi a primeira reestilização feita na Kombi, depois de 19 anos de produção no Brasil. A
Volkswagen do Brasil decidiu fazer uma combinação e adotou o visual da segunda geração
da kombi europeia (Typ 2 lançada lá fora em 1967), transformando o modelo brasileiro
numa espécie única, combinando as laterais e porta dupla do modelo antigo com a dian-
teira do modelo T2 alemão. Tinha o parabrisa curvo e portas maiores, com janelas que se
abriam do jeito convencional.
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KOMBI CARAT (1997 a 1999)
O ano de 1997 foi de muitas mudanças para a Kombi.Para combater a forte concorrência
com as vans asiáticas (Kia Besta e Asia Topic) que estavam no mercado, a Volkswagen
lançou a Kombi Carat.
A Carat tinha sete lugares (2 individuais na frente, 2 no meio e 3 no último banco), inte-
rior todo forrado, banco em espuma injetada navalhada (igual às versões do Santana na
época) mais confortável. Estima-se que foram feitas 1050 unidades nos quase dois anos
de produção.
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SÉRIE PRATA (2005)
Esse modelo lançado em 2005 era uma série limitada. Foram produzidas apenas 200 uni-
dades para marcar a despedida do motor boxer refrigerado a ar.
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101
O visual chamava bastante a atenção. A cor
escolhida era o Prata Light metálico. Os pa-
ra-choques e aros de faróis vinham na cor
cinza Cross, as setas eram transparentes,
os vidros eram verdes como nas antigas
Kombi Luxo e havia o emblema “Kombi Serie
Prata” na tampa do porta-malas e no nicho
do painel.
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LAST EDITION (2013)
Também uma série limitada, foi a “última
série” da Kombi. A Volkswagen tinha plane-
jado a produção de apenas 600 unidades,
mas acabou dobrando a produção, o que
gerou reclamações de muitos coleciona-
dores. Tinha pintura exclusiva em azul pas-
tel e branco, bancos em vinil azul, cortinas
e vários itens exclusivos.
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KOMBI 50 ANOS
(2007)
Para comemorar os 50 anos de fabricação
da Kombi no Brasil, foram feitas apenas 50
unidades desta série. O motor era o mesmo
1.4 refrigerado a água das demais versões
mas o visual tinha diversas diferenças. Era
pintada na combinação de branco cristal
e vermelho Bonanza, o tecido dos bancos
Tear LE Fendy davam toque de carro de pas-
seio, além das setas translúcidas e outros
detalhes.
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KOMBI 1950
Os modelos da primeira safra dos Volkswa-
gen que chegaram ao porto de Santos em
1950 são raríssimos e muito disputados
pelos colecionadores. A versão furgão, tinha
motor 1.100 cc e parcos 26 cv. Só a partir
de 1953 ela ganharia motor 1.200 cc com
30 cv.
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KOMBI WESTFALIA
(anos 1960)
Nos anos 1960 eram comuns as versões es-
peciais com kit para acampamento. A Kom-
bi Westfalia alemã tinha kit com móveis em
madeira, geladeira, cama e teto expansível
basculante.
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O modelo era oferecido pela VW, mas quem
fazia a conversão eram empresas como a
Westfalia-Werke (que deu origem ao nome)
ou a Rheda-Wiedenbrück.
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No Brasil tivemos a Kombi Safari, fabricada
pela Karmann-Ghia, modelo com uma con-
versão mais profunda, enquanto as West-
falia mantinham mais as linhas tradicionais
da Kombi.
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109
Algumas destas versões chegaram a ter
câmbio automático na Europa. Segue como
uma das versões mais desejadas da Kombi
no mundo.
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111
KOMBI 6 PORTAS (1961)
Lançada em em 1961, foi feita para atender a demanda de taxistas, transporte escolar,
empresas aéreas e famílias numerosas.
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112
Foi fabricada até o final da década seguinte
e na versão Clipper é ainda mais rara.
Em termos de acabamento e equipamentos,

ela era exatamente como a Kombi Especial
(a versão de luxo da época), porém em vez
da porta lateral dupla, ela tinha duas portas
traseiras individuais em cada lado da carro-
ceria — um par para cada fileira de bancos.
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113
KOMBI TURISMO (1960)
Outra raridade é a Kombi Turismo exposta no Salão do Automóvel de 1960. Essa foi uma
das mais caras configurações da perua Volkswagen. Em 2016, ela voltou ao Salão do Au-
tomóvel e ficou exposta durante o evento. Hoje, ela compõe o acervo do Museu-Escola de
Carros Antigos da Fundação Lia Maria Aguiar.
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AMBULÂNCIA
CORUJINHA (anos 1970)
Linda e rara. Uma das versões de sucesso da
Kombi é a ambulância, especialmente nos
anos 1970 quando substituiu antiquados
veículos baseados em chassi de caminhão.
Ainda é possível encontrar raridades com
todos os acessórios da época como maca,
balcão e equipamentos médicos.
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AS CURIOSIDADES:
COMO SURGIU O NOME E OS
INÚMEROS APELIDOS
O nome KOMBI na verdade é um apelido dado pelos brasileiros para reduzir a expressão
alemã Kombinationsfahrzeug, ou “veículo combinado”. Isso porque o propósito do veículo
era transportar tanto carga, quanto passageiros. A Kombi é também a rainha dos apelidos.
Aqui no Brasil foram vários: Velha Senhora, Pão de forma, Pão Pullman, Perua…
Pela posição do motorista bem à frente, quase encostando no vidro, ficou famosa a frase
“o parachoque da kombi é o peito do motorista”. Alguns apelidaram de “Jesus está cha-
mando” por causa da falta de estabilidade. O modelo pickup também ganhou um apelido:
Cabrita. Apesar de não ter nada a ver com a imagem do animal, o apelido surgiu por causa
do seu desempenho em pisos irregulares. Os usuários diziam que a suspensão era muito
dura, o que fazia o carro “pular como uma cabrita”.
Mas é por causa do formato peculiar que surgiram muitos apelidos pelo mundo:
EUA e na Inglaterra - Breadloaf (pão)
Portugal - Pão de Forma
Dinamarca - Rugbrød (pão de centeio)
Finlândia - Jeunakeula (frente de trem) e Klaippari (forma reduzida de miniônibus)
República Tcheca - Ponorka (submarino)
Polônia - Papuga (papagaio) e Ogorek (pepino)
EUA - Vee Dub e Hippie Van
Egito - “frango branco” (por sempre andar com a tampa do motor aberta, por lá dizem que
lembra um frango assado)
pág.
116
A ORIGEM DO TERMO PERUA
A Kombi também é muito conhecida como Perua. Este também foi um apelido dado pelos
usuários. Foi um termo usado para definir a função da van utilitária, principalmente no
transporte de pessoas.
Na época em que ela foi lançada existiam poucas peruas no mercado nacional e a Kombi
passou a realizar esta função dupla: transporte de carga e passageiros.
No começo dos anos 50, a VW mirava em dois públicos alvos: a família que precisava
de um veículo Sedan para viajar e fazer passeios e o outro era o empreendedor: pequeno
comerciante ou transportador que ainda estava dando os primeiros passos e precisava
transportar pequenas cargas. A Kombi Perua vinha para atender estes diferentes públicos
e necessidades.
Uma das principais funções da kombi dentro desse perfil comercial foi o transporte de
estudantes de todas as idades. O termo perua passou então a ser aplicado nos casos
de transporte escolar. Os motoristas ou donos de kombis que faziam esse serviço, eram
chamados de perueiros. Os alunos também chamavam os motoristas pelo apelido carinhoso
de ‘Tio da perua”.
A Kombi Perua também funcionou como suporte, muitas vezes clandestino, para a defi-
ciência do transporte público. Quando faltava transporte, o perueiro aparecia nos pontos
de ônibus para fazer o transporte de passageiros até o seu destino.
pág.
117
A KOMBI E SUAS MIL E UMA UTILIDADES
Um dos pontos fortes da Kombi é a facilidade de se adaptar para diferentes tipos de uso.
E essa foi uma característica muito explorada em todo o mundo.
pág.
118
O modelo se tornou ícone no Festival de
Woodstock e também foi usada como am-
bulância, carro de polícia, veículo do Corpo de
Bombeiros, carro para lazer, escritório móvel,
biblioteca ambulante, carro funerário, lan-
chonete e carro de reportagem de tv e rádio.
pág.
119
Muitos jornais e revistas foram entregues
em kombis. Outros segmentos também uti-
lizaram os seus serviços: aviação, correios,
imprensa, exército, hospitais, supermerca-
dos, entre outros.
pág.
120
Quem nunca viu uma Kombi com
a faixa amarela escrito ESCOLAR?
Além de todas as aplicações que

já vimos, a Kombi também tem
sido muito utilizada como veículo
preferido de uma tendência recen-
te: os food trucks.
A proposta dos Foods Trucks - uma

estrutura móvel, equipada com co-
zinha, que circule por diferentes
pontos da cidade - casa bem com
o que a Kombi pode oferecer e
ainda vem com uma vantagem: o
charme nostálgico! Em muitos dos
projetos de food truck, a Kombi é
a estrela que atrai a atenção dos
clientes e amantes dos carros an-
tigos e charmosos.
pág.
121
pág.
122
CORRIDA DE KOMBI NO AUTÓDROMO DE JACAREPAGUÁ, RJ.
KOMBI NAS PISTAS

A Velha Senhora também esteve nas pistas
do mundo todo.
Nos Estados Unidos, várias Kombis esti-

veram nas pistas de dragster. Elas eram
equipadas com motores originais “envenena-
dos” - boxer dos Porsches ou adaptados
com motor V8. A corrida era em linha reta
e os carros soltavam muita fumaça nas ar-
rancadas.
pág.
123
pág.
124
Na década de 60, também teve corrida de
Kombi no Brasil. A primeira que se teve notí-
cia foi no Rio de Janeiro, em 1966, e acon-
teceu logo após a inauguração do Autódro-
mo de Jacarepaguá. O vencedor foi o piloto
carioca, Sérgio Cardoso.
Na década de 70, também foram realizadas

corridas de Kombi no circuito de Cascavel,
Paraná. A disputa aconteceu em circuito de
terra por iniciativa dos entusiastas da mar-
ca.
pág.
CORRIDA DE KOMBI EM CASCAVEL: CIRCUITO DE TERRA 125

A HISTÓRIA COM OS
HIPPIES
Na década de 60, a contracultura explodia
nos Estados Unidos. Surgiam os hippies,
grupo que era contra o consumismo, leva-
va uma vida simples e nômade, com suas
sandálias de couro.
Para os hippies, a Kombi representava mui-

to bem esse estilo de vida que pregava a
liberdade de pensar e de viajar. Ela se tor-
nou o ícone de uma legião de pessoas que a
usavam como um veículo albergue.
pág.
126
Na década de 60, a kombi se transformou
em residências móveis para para os hippies
e sua vida itinerante.
Foi também a sensação de liberdade pro-

porcionada pela Kombi que atraiu uma
legião de surfistas.
A kombi era perfeita para acampar, tinha

um preço acessível, um bom consumo de
combustível, era fácil de consertar e tinha
espaço para carregar tralhas e material de
todo tipo.
A participação da Kombi na contracultu-

ra é tão forte que ela está em todos os
documentários sobre a cultura hippie. É a
“Máquina do Mistério” do desenho anima-
do “Scooby Doo”, é uma das protagonistas
no filme independente “Pequena Miss Sun-
shine” e até faz uma aparição especial na
animação da Pixar “Carros”, onde interpreta
um veículo hippie.
pág.
127
Na década de 60, a Kombi era o veículo que
você tinha que ter se fosse hippie.
Para essa legião de admiradores, a pos-

sibilidade de transformar e personalizar
a Kombi era um grande atrativo. Podia-se
consertá-la, personalizá-la, dirigi-la em
qualquer lugar e também adaptar a parte
interna conforme o gosto do dono.
pág.
128
OS 50 ANOS DO FESTIVAL DE WOODSTOCK
Para comemorar os 50 anos do festival de

Woodstock, ocorrido em 1969, a Volkswa-
gen restaurou e pintou uma Kombi semel-
hante ao modelo 1963 que ficou famoso
nas fotos da revista Rolling Stones na
época.
Foram três anos de trabalho da Volkswa-

gen em parceria com o artista Dr. Bob Hi-
eronimus (o mesmo que pintou o veículo
em 1969) e o documentarista John Wesley
Chisholm.
pág.
129
A ideia era usar o utilitário original, mas
depois de seis meses de procura - sem re-
sultados - a Volkswagen dos EUA optou por
usar um modelo igual. Cada lado da Kombi,
assim com o teto e uma seção interna, tem
pinturas e inscrições do movimento hippie
da época.
pág.
130
O CLÁSSICO MAIS VALORIZADO NO MERCADO
De acordo com um levantamento da FGV, a Kombi Corujinha é o clássico nacional que mais
valorizou nos últimos anos, com o incrível índice de 135% acima da taxa de juros Selic.
pág.
131
E isso não se deve somente a procura de colecio-
nadores. Entusiastas e exportadores também
estão de olho na Kombi produzida aqui no Brasil.
A cada mês, 50 Kombis Corujinha são exporta-
das para colecionadores europeus, que pagam
mais de 90 mil reais por um modelo restaurado.
O Brasil assumiu a posição de fornecedor de

Kombi para o exterior. Existem até empresas no
mundo todo especializadas na compra e impor-
tação dos exemplares brasileiros.
Apesar de terem sido fabricadas mais de 1,5

milhão de unidades e não ter tido (até o momen-
to) nenhum sucessor, o modelo segue com alta
procura no mercado de carros usados.
pág.
132
MINIATURAS
Para os amantes da Kombi vale a pena per-
petuar a paixão em modelos que cabem no
bolso. E o mercado está cheio deles, de to-
dos os tamanhos, cores, modelos preços.
De olho neste público, diversos fabricantes

de miniaturas já fabricam modelos da Kom-
bi desde os anos 60. Uma delas é a Matchbox
que no catálogo de 1964 já tinha uma minia-
tura do famoso modelo Camper. Também nes-
ta época, a Estrela fabricava modelos em
ferro aqui no Brasil.
pág.
133
Mas é da Hot Wheels, linha da Mattel,
o modelo mais raro de miniatura. É o VW
“Beach Bomb Rear Loading, 1969”, em cor
de rosa.
O modelo é um protótipo que não chegou

a ser lançado. Ele trazia duas pranchas de
surf na parte de trás e era mais estreita do
que normal, e por isso não encaixava nas
pistinhas de Hot Wheels. Foram feitos 16
protótipos e no final, o modelo só chegou
ao mercado depois de mudar a posição das
pranchas. Estes exemplares desaparece-
ram e hoje, só se tem notícia de um, o mais
raro, vendido para o colecionador Bruce
Pascal por 72 mil dólares.
pág.
134
pág.
135
pág.
136
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137
pág.
138
pág.
139
KOMBI MINIATURA
QUE TOCA DISCO
E o mercado tem até miniatura de Kombi
que toca disco de vinil. Lançado pela em-
presa japonesa Stokyo, o carrinho funciona
como um player portátil. Basta colocar a
miniatura em cima do vinil, ele percorre o
disco e conforme vai rodando , executa a
música.
A aparelho funciona com uma bateria de

9 volts. A fabricante diz que a capacidade
do som é muito boa, já o som, depende da
qualidade do vinil.
pág.
140
A LIGAÇÃO COM A
BRASTEMP
O início da Kombi no Brasil tem relação in-
direta com a conhecida marca de eletro-
domésticos, Brastemp.
Em 1950, a Kombi foi lançada na Alemanha

e começou também a ser vendida no Brasil.
As primeiras unidades desembarcaram em
Santos, importadas pelo grupo Brasmotor,
proprietário da marca Brastemp. Os modelos
eram bastante simples, a partida do motor
1.100 de 25 cavalos era manual, feita com
uma manivela ou elétrica na chave.
Três anos depois, em 1953, a Kombi Coru-

jinha passou a ser montada no sistema CDK
(Completely Knocked Down - os exemplares
vinham desmontados da Alemanha e eram
montados apenas ao chegar aqui no Brasil)
pela Brasmotor. A empresa foi a responsável
pela importação e montagem até 1956 de
veículos VW, mesmo após a chegada oficial
da Volkswagen em 1953.
A Brastemp foi criada em 1954 em São Ber-

nardo do Campo, pelo grupo Brasmotor que
montou a fábrica em Rio Claro.
pág.
141
COMEMORAÇÃO COM SORRISO AMARELO
O ano de 2011 foi muito importante para a Kombi no Brasil. Neste ano, a fábrica da Volkswagen
em São Bernardo do Campo comemorou a produção de 1.560.000 unidades da Kombi no Brasil.
Apesar da celebração, a equipe sabia que a Kombi estava com dias contados. A aprovação
de uma lei tornava obrigatória a produção de carros a partir de janeiro de 2014 com air-
bags e freios ABS. Para a Kombi era uma sentença de morte, a estrutura do veículo inviabi-
lizava a introdução destes equipamentos. Por essa razão, a Kombi deixou de ser produzida
em dezembro 2013.
Para os funcionários, a comemoração acabou tendo um gosto amargo.
pág.
142
A INFLUÊNCIA NA MÚSICA
A influência da Kombi ultrapassa em muito o mundo automotivo.
Na música, virou nome de bandas e de álbuns e está em muitas letras. Uma música muito
conhecida no mundo todo faz uma homenagem à Kombi. É a canção “Down Under”, da
banda australiana Men at Work, lançada em 1981:
“Travelling in a fried-out Kombi / On a hippie trail, head full of zombie”

(Viajando em uma Kombi capenga / Numa trilha hippie, cabeça cheia de
maconha)
No aplicativo Spotify é possível encontrar

diversas playlists para ouvir enquanto
viaja de kombi ou que falam sobre
esse charmoso utilitário.
pág.
143
APARIÇÕES NO CINEMA
A presença da Kombi no cinema reflete a imagem já icônica de veículo de transgressão e
liberdade. Em muitos filmes, ela é retratada como símbolo da geração hippie, sinônimo da
contracultura e da ética anticonsumista.
pág.
144
Carros
(Animação - 2006)
Nessa animação da Pixar/Disney temos
a presença da simpática Kombi Hippie
chamada Fillmore (referência à mítica “The
Fillmore Auditorium” em São Francisco
onde abrigava os shows das maiores ban-
das de rock dos anos 1960).
Decorado com símbolos psicodélicos, Fillmore

é um adepto de produtos naturais, como o
combustível orgânico vendido em sua loja.
Essa simpática Kombi pertence a um grupo

de outros antigos carros que moram em
uma cidadezinha perdida no tem-
po na Rota 66 – referência à
mítica estrada da geração
beat.
pág.
145
De Volta Para o Futuro
(Aventura - 1985)
No começo do filme, terroristas libaneses
usam uma Kombi para tentar roubar plutô-
nio dos personagens principais, o cientista
Doc e Marty Mcfly, para fabricar armas de
destruição em massa. Diferente da visão
romântica dos hippies e sua mensagem de
paz e amor, aqui, Hollywood põe a Kombi
nas mãos de RAVs (Russos, Árabes e Vilões
em geral).
pág.
146
Ronin (Ação - 1998)
Uma equipe de especialistas recebe a tare-
fa de roubar uma pasta valiosa, cujo conteú-
do é um mistério. Uma Kombi verde modelo
militarizado está nas mãos de gangsters
russos. Seguindo a linha da maioria dos
filmes de ação norte-americanos, um carro
estrangeiro está nas mãos dos terroristas.
pág.
147
Pequena Miss Sunshine
(Comédia / Drama - 2006)
A Kombi Clipper amarela do filme ganha ares de personagem principal. É nela que uma
família de losers cruza os EUA para levar a filha a um concurso de beleza. E na viagem
acontecem descobertas e aproximações até a união de todos no final. É o puro espírito
da Kombi: uma roadtrip espiritual.
Numa das cenas mais emblemáticas, a kombi quebra e toda a família decide empurrá-la
para o motor “pegar no tranco”.
pág.
148
I Am Kombi (Documentário - 2012)
Um filme francês bastante curioso. É a visão cinematográfica da Kombi vista pelos olhos
da diretora Claudia Marschal.
Uma Kombi perdida e confusa decide fazer uma viagem ao redor do mundo em busca de
sua verdadeira identidade. Através dos olhos de vários proprietários, a Kombi se depara
com alguns fatos cativantes que ilustram revelações surpreendentes sobre sua reputa-
ção no passado e presente.
pág.
149
Machete Mata (Ação - 2013)
Um ex-agente federal é contratado pelo presidente dos Estados Unidos para encontrar
traficantes perigosos no México a fim de evitar um guerra nuclear. A cantora Lady Gaga
participa da trama, dirigindo uma Kombi em meio a um tiroteio.
pág.
150
Lost
(TV série – 2004-2010)
A misteriosa “Iniciativa Dharma”, projeto
científico de pesquisa com objetivos ob-
scuros na cultuada série de TV Lost, era for-
mada por geeks hippies que desenvolveram
algum experimento relacionado à manipu-
lação do tempo/espaço. O veículo de trans-
porte dessa Iniciativa era uma Kombi.
pág.
151
KOMBI HOME: A CASA
SOBRE RODAS
As Kombis continuam rodando pelas ruas,
seja para transporte de carga ou de pes-
soas. Muitas famílias também adotaram a
Kombi como abrigo para viagens, em verda-
deiras casas sobre rodas.
pág.
152
Para encarar as viagens longas com a
família, os proprietários têm apelado para a
customização e o que não faltam são ofic-
inas especializadas neste tipo de trabalho.
Os projetos incluem sofá-cama, geladeira,

armários, pia, bancada para fogão e até
chuveiro. A estrutura da kombi possibilita
e facilita a adaptação para um motorhome.
pág.
153
Além do estilo retrô, as peças podem ser en-
contradas por um valor baixo e a manutenção
atende até um orçamento modesto. Estas
facilidades colocam a Kombi como o modelo
mais econômico para quem pretende montar
uma casa sobre rodas. De acordo com um
levantamento do site Mochileiros.com, é
possível transformar a kombi num “quase
motorhome” sem precisar alterar a docu-
mentação, por menos de 20 mil reais.
pág.
154
A ONDA CAMPER
Para viagens e acampamentos ao ar livre, a
Kombi Home atendia muito bem os usuári-
os.
pág.
155
A evolução dentro deste nicho aconteceu
quando os veículos passaram a ter também
barracas sobre o teto, sendo chamadas de
“camper”. Neles, era possível manter a es-
trutura proporcionada pela kombi e também
dormir abrigado do lado de fora.
pág.
156
Para isso, eram necessárias algumas conversões. A primeiras feitas seguiam o modelo
da Samba Bus (lançada fora do país) e mantinham a carroceria original da Kombi 1200.
Nos anos 70, saíram os primeiros exemplares da Kombi Caracol, feitas pela empresa
Minimax.
Dois modelos que também fizeram muito sucesso foram os lançamentos da Karmann
Mobil sobre a Kombi: a Touring e a Safari.
pág.
157
DIA NACIONAL DA KOMBI
Aqui o Brasil, no dia 02 de setembro comemora-se o Dia Nacional da Kombi.
A iniciativa de marcar um dia de comemorações foi do Sampa Kombi Clube de São Paulo
em conjunto com o Kombi Clube do Brasil.
Foi nesta data que, no ano de 1957, que o utilitário começou a ser produzido na fábrica da
Volkswagen, em São Bernardo do Campo.
pág.
158
A CAMPANHA
PREMIADA DO
“DESLANÇAMENTO”
Em dezembro de 2013, foi produzida a últi-
ma unidade da Kombi. A despedida do mer-
cado nacional foi feita com o lançamento
da série especial Last Edition.
Ao mesmo tempo, a montadora decidiu

fazer uma despedida especial para um dos
modelos mais icônicos produzidos no país.
Foi a campanha do “Deslançamento” da
Kombi, com um site aberto para que os pro-
prietários pudessem contar suas histórias
com o modelo.
pág.
159
Foram enviados mais de 300 histórias, todas carregadas de carinho. Os relatos publicados
eram tão emocionantes que a Volkswagen os usou num vídeo onde a Kombi agradece os au-
tores da histórias enviadas dando de presente suas peças mais marcantes e volta pra casa
para rever o seu “irmão”, o filho de Ben Pon, criador da Kombi.
A campanha foi um sucesso e recebeu sete prêmios no Festival de Cannes de 2014.

Criados pela Volkswagen em parceria com a AlmapBBDO, os anúncios receberam dois
Leões de Ouro na categoria Branded Content & Entertainment, que avalia a criação e a
integração de conteúdos originais de uma marca. Outros cinco Leões de Bronze ficaram
divididos nas seguintes categorias: dois na Direct (comunicação dirigida com o intuito de
gerar respostas ou ações específicas, construindo e prolongando relacionamentos) e três
em PR (Relações Públicas), Film e Cyber (comunicação online, digital e tecnológica).
Foi a campanha da Volkswagen do Brasil mais premiada no Festival de Cannes.

Os relatos enviados pelos proprietários de Kombi, e que deram início a campanha, aca-
baram sendo publicados num livro.
pág.
160
O ÚLTIMO MODELO
FOI ENVIADO PARA A
HOLANDA
Com o encerramento da produção da Kom-
bi no Brasil, o último modelo produzido em
São Bernardo do Campo foi enviado para o
Museu de Veículos Comerciais da Volkswa-
gen, em Hannover, na Alemanha.
A última unidade produzida da edição espe-

cial - Last Edition - foi escolhida para per-
manecer no museu pelo fato do Brasil ser o
último país do mundo a encerrar a produção
da Kombi.
pág.
161
O modelo enviado para a Alemanha tem pin-
tura especial em duas cores azul e branco
no estilo “saia e blusa”. O interior conta
com cortina nas janelas laterais e traseira
e bancos com forração em vinil com faixas
azuis e brancas. Nas portas o acabamento
é azul. O motor é o 1.4 flexível com 78 cv
quando abastecido com gasolina e 80 cv
com etanol. O torque é de 12,5 mkgf e 12,7
mkgf, respectivamente. O câmbio é manual
de quatro marchas e os pneus têm medida
185/80 R14.
pág.
162
SAMBA, A KOMBI DESCONTRAÍDA
Em 1952, foi lançado na Alemanha um modelo que faria muito sucesso, chamado de Sam-
ba nos mercados europeus e de Bus De Luxe nos Estados Unidos. Na Alemanha era conhe-
cido como Achtsitzer-Sonderausführung, ou “versão especial de oito lugares”.
Vinha com incríveis 23 janelas, incluindo oito pequenos vigias de plástico nas laterais do
teto e um teto retrátil de lona de 1,5 m de comprimento.
pág.
163
pág.
164
A Samba fez muito sucesso em locais
turísticos e parques nacionais, já que servia
bem para apreciar as paisagens e observar
animais selvagens. Carregava de 07 a 09
ocupantes com conforto.
De acordo com a revista Auto Bild, este foi

“o verdadeiro VW de domingo”. Segundo a
revista, o nome “certamente tinha algo a
ver com a diversão e a liberdade que o carro
irradiava”.
O veículo caiu no gosto dos americanos.

A Samba parecia se encaixar bem com o
estilo de vida norte-americano, cheio de
restaurantes drive-thru e shopping centers.
O baixo desempenho era compensado pela
utilidade que ela apresentava: transportava
desde oito estudantes a uma grande com-
pra no shopping ou levava toda a família de
férias com conforto. “Era uma companhia
confiável e adorável, na qual você sempre
podia fazer um piquenique e passar a noite”.
pág.
165
O IRMÃO MENOR DA
KOMBI
A Kombi sempre foi conhecida por vir de um
projeto simples e prático. E acredite, nos
anos 70 a Volkswagen projetou algo ainda
mais espartano pensado para países menos
desenvolvidos. Era o Basistransporter ou
EA 489.
O utilitário foi fabricado entre 1975 e 1978

na unidade da fábrica em Hanover e era ex-
portado desmontado para países como In-
donésia, México, Paquistão e Turquia.
pág.
166
Os mexicanos apelidaram o veículo de Hor-
miga (formiga), os filipinos de Trakbayan
(caminhão do campo) e os indonésios de
Mitra (parceiro).
O caminhãozinho de linhas retas, vinha com

caçamba de madeira, tinha chassi do tipo
escada (diferente da Kombi ou mesmo do
Fusca) e motor de 1,6 litro à frente com
tração também dianteira. Foram feitos
2.600 conjuntos do Basistransporter na
Alemanha e 3.600 no México.
pág.
167
KOMBI - CLUBES DE
COLECIONADORES
O Brasil tem apaixonados pela kombi em to-
dos os estados e cidades do país. E essa
legião de fãs gosta de se reunir para ver,
falar e respirar Kombi.
Dentre tantos, dois Clubes de Coleciona-

dores se destacam pelo trabalho e eventos
onde a Velha Senhora é a atração principal:
pág.
168
Kombi Clube do Brasil
(São Paulo)
WWW.KOMBICLUBE.COM.BR
Cheio de informações, fotos e uma agenda

de muitos eventos e encontros, o Kombi
Clube do Brasil não deixa a paixão esfriar.
Como eles mesmo definem a missão do

Clube:
“É o nosso dever preservar a história da
Kombi e promover atividades culturais no
meio antigomobilista com a nossa paixão,
fazendo sempre presente na memória de to-
dos, lembrando a sua trajetória e mostran-
do a importância da Kombi na vida de cada
um de nós. Aqui a estrela é a Kombi! Se você
tem a mesma filosofia, junte-se a nós!”
pág.
169
pág.
170
Sampa Kombi Clube (São Paulo)
WWW.SAMPAKOMBICLUBE.COM.BR
O Sampa Kombi Clube foi criado em 2011 para eternizar a VW Kombi, que foi produzida no
Brasil de 1957 até 2013.
O clube é bastante atuante e tem até classificados. “Somos um grupo de apaixonados

pelo mais simpático “pão de forma” sobre rodas que já existiu na indústria automobilísti-
ca, a nossa querida Kombi. Temos a intenção de reunir o maior número possível de propri-
etários de Kombis para trocar ideias, promover encontros, ajudar na restauração, contas
histórias, buscar peças, indicar profissionais, enfim, tudo relacionado à Kombi”
pág.
171
pág.
172
pág.
173
EMÍLIO ZAGAIA: UMA
HISTÓRIA DE AMOR
COM A KOMBI
Emilio Zagaia é londrinense, já participou
do BBB3 e é conhecido pelo espírito aven-
tureiro. Em 2012, ele rodou a América
Latina a bordo de uma Kombi 72, verde e
amarela, que ele mesmo define como uma
grande companheira, e que tem até nome:
Caipirinha.
pág.
174
Essa história de amor começou em 2008.
Na época, Emílio alternava períodos no
Brasil e no México, onde trabalhava como
instrutor de mergulho. Ele diz que com o
dinheiro que sobrava comprou uma Kom-
bi 72 e foi consertando, trocando peças e
adaptando para se tornar um motorhome
para as viagens que planejava. Foram co-
locadas duas camas, refrigerador, caixa de
segurança e debaixo do banco foi montada
uma mini oficina com peças e ferramentas
para conserto.
Depois de 4 anos de investimento, chegava

a hora de botar a Caipirinha na estrada. E
não foi uma viagem qualquer. De janeiro a
agosto de 2012, Emilio viajou por 15 países
da América Latina, do México até o Uruguai.
Tudo foi documentado no blog O Mundo é
uma Kombi.
Viagem puxada, que não foi fácil para o

motor da companheira: “ Do México até o
Equador tivemos vários perrengues. Tive
que tirar o motor pra consertar 11 vezes!
Na Nicarágua, tive que tirar o motor duas
vezes no mesmo dia.
pág.
175
Quando passamos por El Salvador e Cos-
ta Rica, a viagem de kombi se transformou
numa saga. Muitos parafusos estavam
podres e tudo quebrava o tempo todo. Só
quando cheguei em Londrina consegui tro-
car o motor e aí, não tive mais problemas!”
Apesar dos problemas técnicos, a viagem ren-

deu um documentário - Zoe: Uma Viagem pela
Felicidade - e muitas boas lembranças. “Essa
viagem foi a realização de um sonho. No dia em
que completei 40 anos, eu estava em La Tor-
tuga, no Peru. E foi demais! Eu me vi realizado.
Viajei vários países, conheci muita gente e tudo
a bordo de um carro icônico!”, ele relembra com
saudades.
Em 2014, uma nova viagem. Desta vez, a ideia

era percorrer 8 mil quilômetros dentro do Brasil
e novamente gravar um documentário ouvindo
as pessoas que conhecia pela estrada. E deu
tudo certo! Com motor novo, a Kombi Caip-
irinha de Emílio rodou todos os estados bra-
pág.
176
sileiros sem dar problema. O resultado da
viagem foi a segunda fase do documentário
Zoe: uma viagem pela felicidade.
Em 2015, Emílio Zagaia teve um AVC is-

quêmico numa viagem - de ônibus - quando
ia de Londrina para São Paulo. De lá pra cá,
ele viajou, mas não mais na velha compan-
heira.
A Kombi Caipirinha está na garagem e deve

ser substituída. Ela vai dar espaço para um
carro automático com pomo giratório no vo-
lante para atender melhor Emílio, que ainda
está se recuperando do AVC e não consegue
movimentar o braço direito.
“Eu tenho a minha Kombi há 12 anos. Vender

me dá uma dor no coração, é a minha com-
panheira. Mas a vida é assim, terminou uma
fase e agora começa uma outra”.
E a paixão será que a acaba???

Difícil acreditar. Basta olhar para o quarto
de Emílio: pra todo lado que se olha tem
uma kombi. São miniaturas, fotos, porta re-
tratos, painéis, posters…
pág.
177
E se pudesse escolher um modelo favorito,
qual seria? A resposta vem rápido: “A coru-
jinha. É maravilhosa!!”
pág.
178
E não vamos esquecer que Emílio Zagaia tem a tatuagem da Caipirinha também. Feita em
2013, pelo tatuador carioca Harry, colega de BBB3, ela tem significado especial:
“Eu fiz essa tatuagem porque a viagem com essa kombi mudou minha vida.”
pág.
179
Cronologia:
1957 Kombi 00001
Kombi 6 Portas 1961
1963 Mudanças visuais
Novo Motor e Pick Up 1967
Diferencial Travante, 12 volts e

1968 parachoque sem vincos.
pág.
180
1976 Kombi Clipper
Carburação Dupla 1978
1981 Kombi Diesel e Cabine Dupla
Mudanças técnicas, incluindo o freio a

disco dianteiro e nova versão Lotação
1983
1987 Fim de algumas versões
pág.
181
1992 Catalisador
Porta de Correr, Teto Alto e Carat 1997
1998 Injeção eletrônica
Fim da Pick Up 2000
2005 Fim do motor a ar e Série Prata
pág.
182
2006 Motor 1.4 refrigerado a água e flex
Edição 50 Anos 2007
2013 Final de produção e a Série Especial

Last Edition
pág.
183
TABELA DE FIGURAS
A HISTÓRIA IMG08- www.unsplash.com, em 07/2020
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HOLANDESA POR PARTE DE PAI IMG12- www.inspiration.design, em 07/2020
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O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO IMG23- www.carmag.co.za, em 07/2020
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A KOMBI NO BRASIL IMG36- www.pinterest.com, em 07/2020
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O FIM DA KOMBI 2013 IMG49- www.xr793.com, em 07/2020
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OS MODELOS CLASSICOS E RARIDADES IMG08 - www.dezeroacem.com.br, em 07/2020
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CORUJINHA KOMBI 50 ANOS
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KOMBI TURISMO 1960 IMG11 - www.sfcitizen.com, em 07/2020
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IMG02 - www.autoentusiastas.com.br, em 07/2020 O CLASSICO MAIS VALORIZADO DO MERCADO
KOMBI AMBULANCIA CORUJINHA IMG01 - www.maxicar.com.br, em 07/2020

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WOODSTOCK
CURIOSIDADES
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A ORIGEM DO TERMO PERUA IMG04 - www.2.bp.blogspot.com, em 07/2020
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AS MIL E UMA UTILIDADES
KOMBI MINIATURA QUE TOCA DISCOS
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KOMBI MINIATURA QUE TOCA DISCOS (CONT.) APARIÇÕES NO CINEMA
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LIGACAO COM A BRASTEMP IMG04 - www.empireonline.com, em 07/2020
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IMG02 - www.miradesign.com.br, em 07/2020 CARROS - (ANIMAÇÃO - 2006)
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COMEMORACAO COM SORRISO AMARELO IMG07 - www.i0.wp.com/2.bp.blogspot.com, em 07/2020
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DE VOLTA PARA O FUTURO (AVENTURA - 1985)
INFLUENCIA NA MUSICA
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RONIN (AÇÃO - 1998)
MINIATURAS
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IMG05 - www.collection.maas.museum, em 07/2020 PEQUENA MISS SUNSHINE (COMÉDIA DRAMA - 2006)
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IMG17 - www.pxhere.com, em 07/2020 MACHETE MATA
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IMG22 - www.unsplash.com, em 07/2020 IMG26 - www.imcdb.org, em 07/2020
IMG25 - www.pxhere.com, em 07/2020 LOST
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IMG28 - www.pixabay.com, em 07/2020 IMG29 - www.3.bp.blogspot.com, em 07/2020
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IMG34 - www.mlstatic.com, em 07/2020 O IRMÃO MENOR DA KOMBI
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O IRMÃO MENOR DA KOMBI (CONT.) KOMBI HOME: A CASA SOBRE RODAS
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SAMBA, A KOMBI DESCONTRAÍDA IMG06 - www.becombi.com, em 07/2020
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O ÚLTIMO MODELO FOI ENVIADO PARA A HOLANDA KOMBI CLUBE DO BRASIL (SÃO PAULO)
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IMG03 - www.otempo.com.br, em 07/2020 SAMPA KOMBI CLUBE (SÃO PAULO)
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A CAMPANHA PREMIADA DO “DESLANÇAMENTO”
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DIA NACIONAL DA KOMBI
www.kombiclube.com.br
A ONDA CAMPER

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KOMBI

MEU CARRO FAVORITO!

Leia esse E-book e você vai entender: aqui ela é um sucesso!

O holandês Ben Pon era dono de uma con-

O Major Ivan Hirst, encarregado da produção da fábrica, gostou da ideia e encaminhou o

Ben Pon fez os esboços do veículo e permane-

O modelo foi apresentado à imprensa em outubro de 1949. A Volkswagen chamou o

Um dos principais diferenciais destacados na apresentação foi o compartimento de carga

Só em setembro de 1957, ela passou a ser

Essa primeira versão da Kombi era equipa-

A Kombi já chegava ao mercado chamando a atenção dos consumidores.

O modelo tem faróis de

Veja como são chamadas as gerações da Kombi na Alemanha:

Em 1953, começa a montagem da Kombi no

Em 1959, o câmbio de 4 marchas passa a

E em 1976 acontece a primeira rees-

Em 2007, mais um lançamento. A chama-

2013 foi o último ano de fabricação da

Com 4,280 m de comprimento, 1,720 m de largura, 1,940 m de altura e 2,400 m de entre

Em termos de acabamento e equipamentos,

Além de todas as aplicações que

A proposta dos Foods Trucks - uma

KOMBI NAS PISTAS

Nos Estados Unidos, várias Kombis esti-

Na década de 70, também foram realizadas

CORRIDA DE KOMBI EM CASCAVEL: CIRCUITO DE TERRA 125

Para os hippies, a Kombi representava mui-

Foi também a sensação de liberdade pro-

A kombi era perfeita para acampar, tinha

A participação da Kombi na contracultu-

Para essa legião de admiradores, a pos-

Para comemorar os 50 anos do festival de

Foram três anos de trabalho da Volkswa-

O Brasil assumiu a posição de fornecedor de

Apesar de terem sido fabricadas mais de 1,5

De olho neste público, diversos fabricantes

O modelo é um protótipo que não chegou

A aparelho funciona com uma bateria de

Em 1950, a Kombi foi lançada na Alemanha

Três anos depois, em 1953, a Kombi Coru-

A Brastemp foi criada em 1954 em São Ber-

Para os funcionários, a comemoração acabou tendo um gosto amargo.

“Travelling in a fried-out Kombi / On a hippie trail, head full of zombie”

No aplicativo Spotify é possível encontrar

Decorado com símbolos psicodélicos, Fillmore

Essa simpática Kombi pertence a um grupo

Os projetos incluem sofá-cama, geladeira,

Ao mesmo tempo, a montadora decidiu

A campanha foi um sucesso e recebeu sete prêmios no Festival de Cannes de 2014.

Foi a campanha da Volkswagen do Brasil mais premiada no Festival de Cannes.

A última unidade produzida da edição espe-

De acordo com a revista Auto Bild, este foi

O veículo caiu no gosto dos americanos.

O utilitário foi fabricado entre 1975 e 1978

O caminhãozinho de linhas retas, vinha com

Dentre tantos, dois Clubes de Coleciona-

Cheio de informações, fotos e uma agenda

Como eles mesmo definem a missão do

O clube é bastante atuante e tem até classificados. “Somos um grupo de apaixonados

Depois de 4 anos de investimento, chegava

Viagem puxada, que não foi fácil para o

Apesar dos problemas técnicos, a viagem ren-

Em 2014, uma nova viagem. Desta vez, a ideia