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Trabalho realizado por Adriana Ferreira, 1ºB

- Ao mesmo tempo que estão a ver os episódios sugiro que tenham um caderno e uma caneta
devendo ir tomando as notas necessárias acerca do contexto social, político e cultural, assim
como, dos artistas que vão sendo referidos ao longo do filme (Botticelli, Leonardo da Vinci,
Miguel Ângelo, Bruneleschi, entre outros).

No primeiro episódio desta série, é nos apresentado a família Médicis, em especial, João
Médicis e Cosme Médicis. Viviam em Florença, lugar que era mais destacado no século XV e
XVI. Em Florença viviam famílias abastadas que lutavam pelo poder da grande cidade.

A família Médicis tinha um pequeno banco, gerido por João Médicis, onde faziam
pequenas transações. Os Médicis começaram a ser conhecidos e admirados quando o Papa
João XXIII chegou ao poder com a ajuda deles e com a construção da abóbada da Catedral
Santa Maria del Fiore, por Filippo Bruneleschi.

João Médicis morre em 1429. Assim, Cosme teve de assumir o cargo do seu pai no
banco da família.

A família Médicis tinha como principais rivais os Albizzi. Guiados pela inveja do sucesso,
os Albizzi prenderam Cosme no alto da Torre do Palácio do governo acusando-o de traição à
sua cidade e ao seu povo. Cosme comprou a sua liberdade, porém, ele e a sua família foram
expulsos de Florença, que ficou nas mãos da família Albizzi. Mas, após um ano, com a falta de
dinheiro da população que estava revoltada e com a ajuda do papado, Cosme e a sua família
regressaram a Florença. Assim, Cosme voltou a ter importância, e executava todas as funções
que um rei tinha. Nesta época, o Banco dos Médicis cresceu e, assim, Cosme investiu no
mecenato.

Em suma, em meados do século XV, a família Médici havia lutado para ascender ao
poder em Florença. Eles ditavam os padrões da cidade, presidindo uma verdadeira revolução
na cultura ocidental- o Renascimento.
Trabalho realizado por Adriana Ferreira, 1ºB

O segundo episódio começa por retratar o perigo que a família Médicis corria, em 1466,
com os rumores de um golpe de estado por parte de famílias rivais, que estavam decididas a
assumir o controlo da cidade. Esta poderosa família era defendida por Juliano e Lourenço,
herdeiros da dinastia Médici. O principal alvo das famílias rivais era o pai de Lourenço, Pedro
de Médici, o chefe.

Os Médicis estavam preocupados quanto ao seu futuro e perceberam que não tinham a
autoridade necessária. Pela primeira vez, precisavam de aliados fora de Florença. Para isso,
Lourenço teve de casar, por conveniência política, com Clarice Orsini, filha de um nobre
romano e sobrinha de um cardeal, em 1469. Esse casamento permitiu classe, numerosas
conexões e poder militar.

Por três gerações, a cidade de Florença havia mantido a sua identidade cultural com o
mecenato dos Médicis. Com a importância do mecenato, descobriram um artista jovem e
talentoso, que explorava um novo e radical estilo artístico, que definiria o próprio
Renascimento. Esse jovem chamava-se Sandro Botticelli. Uma das suas obras mais prestigiadas
foi o quadro “Adoração dos Magos”, de 1475, que punha a família Médicis em adoração e
glorificação. Um facto interessante é que Botticelli também se incluiu nessa obra, fazendo o
seu autorretrato dentro do círculo de amigos que rodeava Lourenço, o seu irmão e o seu pai.

Em 1469 a família Médici voltou a passar por um dos momentos mais difíceis com a
morte de Pedro Médici. Assim, Lourenço teria de assumir o papel de seu pai, o controlo da
cidade, papel esse a que se adaptou com facilidade. Lourenço acreditava que as pessoas com
poucas posses tinham também uma voz própria e que podiam mudar as coisas. Trocando o
pouco que tinham, Lourenço concedeu ajuda às pessoas humildes de Toscana, conseguindo
assim se impor na cidade, como uma espécie de semiditador. Lourenço organizava festas no
palácio dos Médicis onde escritores, artistas e outras pessoas “interessantes” entravam
livremente e podiam partilhar da sua generosidade.

Foi nesta época que Botticelli, encorajado por Lourenço, decidiu criar algo fora do
comum. As suas obras já não tinham um sentido religioso, eram pura fantasia, inspiradas em
poesia e alimentadas pela imaginação. Lourenço permitiu que Botticelli abordasse o tema que
desejasse, podendo ser clássico, humanista e mesmo pagão. Por isso, também existia a
preocupação de Botticelli ultrapassar os limites que eram impostos pela igreja.

Existia uma grande rivalidade entre a família Médici e os Pazzis, segunda família mais
rica de Florença, porém mais antigos, numerosos e de linhagem nobre. Os Pazzis sabiam que,
para terem o controlo da cidade, precisavam de matar os dois irmãos, Lourenço e Juliano. A 26
de abril de 1478, no dia de Páscoa, os Pazzis decidiram que era o dia ideal para matarem os
irmãos Médici pois estariam os dois na catedral. Avançando com o seu plano, eles
conseguiram matar Juliano, porém Lourenço fugiu (escapou da morte refugiando-se na
sacristia). Lourenço mostrou-se à multidão, ainda ferido. Com este acontecimento, conseguiu
obter numerosos adeptos, que mataram os responsáveis pelo crime. O Papa também estava
contra os Médicis e, para ter algum reforço, Lourenço decide viajar para sul para conseguir um
tratado de paz com seus inimigos daquela zona. Assim, conseguiu salvar Florença da
destruição. Lourenço foi proclamado “O Magnífico” pela sua agradecida cidade.

Para garantir o futuro da família Médici, Lourenço adotou o filho ilegítimo do seu irmão.
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No atelie do artista Verrocchio, destacava-se um dos seus aprendizes, Leonardo da Vinci,


que logo surpreendeu Lourenço Médici. Porém, a concorrência aumentava com as novas obras
pagãs de Botticelli. O monge Savonarola era contra qualquer tipo de arte contra os princípios
da igreja católica. Dado que estas obras só existiam porque o artista tinha o apoio de
Lourenço, o monge centrava nele tudo o que fosse pecaminoso.

Em 1487, Clarisse morreu de tuberculose, com apenas 34 anos. Para superar o desgosto,
Lourenço refugiou-se na arte. Em 1488, fundou a primeira escola de belas artes da história. Aí
descobriu o talentoso Michelangelo, que tinha apenas 13 anos, que foi acolhido pela família
Médici nos seus aposentos.

Com o aumento de apoiantes de Savonarola e com a perda de controle dos negócios


familiares, Lourenço perdeu a sua fortuna. Em 1492, Lourenço ficou gravemente doente e
começou a dedicar-se à igreja, pois pretendia a redenção dos seus pecados. Morreu, nesse
mesmo ano, com apenas 43 anos, com medo de ir para o inferno.

Após a morte de Lourenço de Médici, Savonarola atingiu seu auge. Mandou queimar
tudo o que tivesse haver com o renascimento apoiado por Lourenço- Fogueira das vaidades.
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O terceiro episódio começa no ano de 1501, quando Michelangelo estava a criar uma das
suas obras mais famosas, a escultura de Davi. Esta obra simbolizava as suas lutas contra a
família que ele admirou e que o acolheu quando era mais novo, os Médicis.

João de Médici, filho de Lourenço, e Júlio de Médici, filho adotivo de Lourenço, estavam
destinados à igreja desde tenra idade. Mas a paz que reinava no lar dos Médici não ia durar
muito tempo devido ao inferno criado pelo monge Savonarola. Os Médici foram obrigados a
fugir para exilio. Júlio de Médici tinha sido ordenado padre e prior, enquanto o seu primo, um
passo à frente dele, já era cardeal. Mas os seus poderes de nada serviam sem o apoio do poder
florentino e, por isso, vagueavam por Itália à procura de apoio.

Entretanto, Michelangelo havia terminado a sua obra. A escultura de Davi começou como
uma comissão para a Catedral de Florença, para ser exposta no alto do prédio. Quando as
autoridades vieram verificar a sua obra, todos concordaram que a obra era tão magnífica que
não podia ficar no topo da Catedral, pois ninguém a conseguiria contemplar. Então decidiram
colocar a sua obra diante o prédio da prefeitura. A escultura de Davi passou a ser o símbolo
máximo da resistência ao poder impositivo dos Médicis.

Depois de nove anos de exílio, Júlio e João chegam a Roma, levando o seu caso aos mais
altos escalões da igreja. Conseguiram reunir um exército que partiu para Florença.

Sem os Médicis na cidade, Florença tinha adotado um novo espírito de independência.


Contra a igreja, muitos artistas dissecavam cadáveres para pesquisas pessoais. Entre eles,
destacou-se Leonardo da Vinci. Leonardo da Vinci era considerado, na Europa, o melhor artista
do seu tempo. Porém, tinha um rival, Michelangelo. Aos dois foram concedidas paredes da
sede do governo, para serem decoradas com afrescos de batalhas florentinas famosas.
Leonardo concebeu “A batalha de Anghiari”, com um detalhe impressionante, cena de ação
visceral e heróica. Já Michelangelo concebeu “A Batalha de Cascina”, obra que expressava o
pânico humano.

Em 1512, milhares de soldados iam em direção a Florença, acompanhados dos primos


Médicis, decididos a recuperar a sua cidade. Os florentinos, que estavam em desvantagem em
relação ao exército de João e Júlio, decidiram chamar o seu conselheiro, Nicolau Maquiavel,
patriarca que queria acabar com a ditadura Médici. Maquiavel reuniu um exército nacional.
Ganhou o exército dos Médicis. Assim conquistaram Florença sem a lealdade do povo.

Com a morte do papa, e depois de uma semana de deliberação dos cardeais, João Médici
foi ordenado Papa Leão X. Com esta ordenação, conseguiram conquistar o povo florentino.

A pedido do papa anterior a Leão X, Michelangelo estava encarregado de pintar o teto da


capela sistina (afrescos). Para criar os afrescos tinha entre 12 a 24 horas. Esta técnica resume-
se à pintura sobre o gesso húmido. As obras tinham conteúdo de passagens bíblicas. As
monumentais figuras de Michelangelo foram baseadas em fragmentos das esculturas clássicas,
e inspiravam-se na perfeição e beleza do mundo antigo. Encantados com o talento do mesmo,
os primos Médici pediram a Michelangelo a construção de túmulos grandiosos em honra dos
seus pais, Lourenço de Médici, o Grandioso, e Juliano de Médici.

Nicolau Maquiavel foi preso por conspirar contra o governo e, depois, exilou-se fora da
cidade de Florença, na sua casa de campo. Lá escreveu um manual para aspirantes a ditadores,
“O Príncipe”, e dedicou-o aos Médicis, que se recusaram a emprega-lo.
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Em 1516, um grupo de cardeais conspiraram para cometer o crime máximo, o assassinato


do Papa Leão X. Porém, o Papa fora alertado da conspiração, conseguindo que os
conspiradores fossem mortos em vez dele. Para evitar este tipo de conflitos e garantir lealdade
ao seu redor, os primos Médici trataram de colocar parentes em cargos e funções vitais que
havia criado.

Após um ano de vida extravagante, o Papa Leão X tinha esvaziado os cofres papais,
devendo dinheiro a todos os banqueiros romanos. Para conseguirem recuperar o dinheiro,
começaram a vender os perdões dos pecados. A igreja criou o pregador de indulgências
itinerante, que vagueava pelas praças principais das cidades para pregar sobre as indulgências.
Assim, a igreja tinha conseguido recuperar. Porém, um monge alemão chamado Martinho
Lutero era contra a venda do perdão dos pecados, e achava que aquilo tinha ido longe demais.
Em 1517, Martinho Lutero publicou um manifesto para obter a mudança. Utilizando a última
tecnologia, o seu livro foi impresso, divulgado e traduzido. O seu livro chamava-se “95 Teses” e
condenava a venda dos perdões e atacava diretamente o Papa. E assim iniciou-se uma
revolução.

Leão X emitiu um documento oficial para calar os hereges. A bula da excomunhão


condenava Lutero ao inferno. Lutero não aceitou o castigo imposto e a sua recusa em se
arrepender culminou com uma batalha espiritual na europa, a Reforma Protestante.

Em 1521, o Papa Leão X morreu. Caberia ao seu primo Júlio lidar com um problema cada
vez maior. Dois anos depois, Júlio de Médici foi nomeado Papa Clemente VII. Roma foi invadida
por apoiantes de Lutero, que violaram, sequestraram, exigiram resgates, destruíram casas,
profanaram prédios sagrados e mantiveram o papa Clemente VII preso no Castelo de Santo
Ângelo. Neste ataque, destruíram a escultura de Davi, um grande símbolo da cidade. O Saque
de Roma foi um dos momentos mais negros do Renascimento. Após 7 meses preso, Clemente
elaborou um plano de fuga. Trocou as suas roupas por farrapos e apoderou-se de diversas
joias papais e fundiu todo o ouro. Assim, costurou o ouro nas suas roupas e fugiu, mediante
suborno. Inimigos dos Médicis atacaram os prédios que simbolizavam autoridade.

Clemente VII preparou-se para atacar Florença com um exército. Existia uma herdeira da
família, Catarina de Médici, sobrinha de Clemente VII, que tinha 11 anos de idade. Os
florentinos ameaçaram a menina caso Clemente não concordasse com uma trégua. Clemente
retirou as suas tropas.

Em 1533, Clemente VII casou a sua sobrinha com o filho do rei francês, quando ela tinha
apenas 14 anos. Com o reinado da rainha Catarina de Médici, o ódio religioso chegou a França.

O papa Clemente VII adoeceu e ficou desesperado para fazer uma última obra
importante. Para isso chamou Michelangelo. Michelangelo retratou o “Juízo Final”. Júlio de
Médici morreu em 1534, antes de ver a obra concluída.
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O quarto episódio começa em 1537, após o assassinato de Alessandro de Medici, duque de


Florença. Aliados da família pediram a Cosmo de Medici, primo em 4º grau do duque, que
fosse para Florença.

Após anos de caos na cidade, esta encontrava-se em decadência e Cosmo tornou-se o novo
duque de Florença. Cosmo suportava agora o peso de uma dinastia odiada. Michelangelo
tivera saído da cidade, deixando a sua partida escultura Davi para trás. Cosmo, entretanto,
havia criado uma aliança com um homem, Giorgio Vasari, que lhe traria prestígio e que lhe
poderia proporcionar propaganda, pois a sua sobrevivência dependeria disso, uma vez que
este era odiado. Giorgio Vasari foi o responsável pela reparação da escultura de Davi, obra do
seu professor, Michelangelo.

Em 1543, a recuperação da escultura Davi estava completa e, não sendo a primeira vez, a
obra de Michelangelo seria usada em busca de poder. A sua grande obra, “Juízo final”,
encomendada pelo Papa Clemente VII não foi aceite e, pelo contrário, foi um choque para a
Igreja, pois este tinha nudez na sua obra. Daniele da Volterra, aluno de Michelangelo, foi
convocado a adicionar roupas à pintura do seu mestre.

Em 1539, Cosmo casou com uma princesa espanhola Bella Flora, filha de Pedro di Toledo,
vice-rei de Nápoles. Consegui assim a proteção espanhola. A sua noiva tivera-lhe concedido
um dote e um exército. Cosmo queria manter a reputação da família e a riqueza do estado,
sendo o primeiro a perceber que o poder vem também da força militar.

Em 1555, após uma batalha decisiva, a república de Siena foi destruída e, como forma de
celebrar e demonstrar o seu sucesso, Cosmo pediu a Vasari que pintasse afrescos que
transmitissem a sua glória nas paredes do palácio. Estes afrescos também tinham a função de
glorificar a família Médici, tendo o cuidado que cada elemento da família tivesse o seu lugar
nas pinturas. Assim, a central da república foi concebida como um templo dedicado à dinastia
Médici. Nesta altura era arriscado para a família sair à rua sem seguranças, uma vez que
sofriam de ameaças constantes. Assim, Cosmo mandou construir um prédio que reunisse
todos os escritórios espalhados pela cidade. Foi chamado “Ufizzi”, e também este palácio foi
coberto com afrescos de Vasari.

Cosmo, com a ajuda de Vasari, criou uma escola de arte para que jovens artistas viessem
estudar para Florença. No entanto, Michelangelo, já nos seus 70 anos, era contra esta escola e
recusava-se a voltar para Florença depois da tomada de controlo da república por parte da
família Médici. Em 1550, este começou a trabalhar na sua escultura final “Pietà de Florença”. E
após a sua conclusão descarregou a sua fúria no braço de cristo com um martelo. Quando
Michelangelo morreu em 1564. Foi enterrado em Florença sendo consagrado como o melhor
artista florentino de sempre, permanecendo assim imortal.

Em 1550, Vasari escreveu o primeiro livro da história da arte, “A Vida dos Artistas”, que
seria dedicado a Cosmo I e que selaria a fama dos Médici. Com este livro, Cosmo conseguiu
grande propaganda. E assim, nasceu o Renascimento. No entanto, o grande organismo da
igreja católica ficou ofendida com o ideal do renascimento e, em 1559, chegou a florença a
Santa Inquisição.

Em 1569, Cosme foi coroado Cosme I Grão-duque da Toscana pelo próprio Papa.
Trabalho realizado por Adriana Ferreira, 1ºB

Apareceu então um cientista único que iria iniciar a revolução científica e fornecer grande
prestígio a Cosmo, Galileu Galilei, professor real de matemática e filosofia, que forneceu o seu
conhecimento aos jovens governantes. À medida que ia ganhando prestigio pela Europa, foi-
lhe concedido proteção por parte dos Médici. Em troca, todas as suas grandes descobertas
teriam de chegar primeiro à sua corte. Galileu passava os dias a fazer experiências e a
questionar-se sobre coisas do senso comum. Com a invenção do telescópio, chegou à
conclusão de que muitos dos fenómenos idealizados pela igreja sobre astronomia estavam
errados. Foi o primeiro a descobrir a via láctea e as luas de Júpiter.

Na altura fazia mais de 200 anos que os Médicis dominavam Toscana. E por três gerações,
todas ensinadas por Galileu, os Médicis herdaram o poder.

Cada vez mais a liberdade de intelectualidade era discriminada pela igreja católica.
Giordano Bruno, um frade que também seria cientista, foi morto em 1600 por publicar a sua
teoria de que o universo era infinito, uma vez que essa teoria ia contra o ideal da igreja
católica. Galileu apercebeu-se que descobrir as verdades poderia ser fatal. Entretanto, Galileu
descobriu que, ao contrário da teoria de Ptolomeu apoiada pela igreja, o planeta Terra girava
em torno do sol e de si mesmo. Porém, publicar a sua teoria era perigoso e, por isso, escreveu
um livro fictício que consistiria num diálogo entre três amigos, que estariam a discutir teorias
sobre o universo. Após algumas mudanças exigidas pela igreja, Galileu, em 1632, publicou o
livro “Diálogo entre dois principais sistemas do mundo”, que se tornou o primeiro livro popular
sobre ciência. O papa era contra o livro de Galileu. Em 1633, Galileu chegou a Roma e negou a
“verdade” perante o Papa, agarrando-se à sua teoria até ao fim. Galileu foi mandado para
prisão domiciliária em Florença, onde morreu.

Assim, ao fim de gerações, a família Médici deixou um legado de grandes génios que
marcaram o mundo e o renascimento. Em sua honra, novos artistas criaram grandes obras do
renascimento italiano.
Trabalho realizado por Adriana Ferreira, 1ºB

Biografias

Bruneleschi: O artista Filippo Bruneleschi destacou-se, principalmente, na arquitetura e na


escultura. Filippo Brunelleschi nasceu em 1377, na cidade de Firenze, na Itália e morreu no dia
15 de abril de 1446, na cidade de Florença. Bruneleschi era heterodoxo. Tinha uma grande
paixão pela Antiguidade Clássica. Foi protegido pela família Médici, em especial por Cosme
Médici. Ficou especialmente conhecido por fazer a abóbada da catedral de Santa Maria del
Fiore, em Florença.

Bruneleschi inspirou-se no panteão


para realizar esta obra. Bruneleschi
usou a ideia do potente círculo do
panteão colocando uma cúpula interna
dentro do tambor octogonal da
catedral. Anéis de pedra suportariam
essa estrutura.
Fig.1 Catedral de Santa Maria del Fiore

Ele também se tornou célebre ao


disseminar o método da perspetiva
linear, já velha conhecida do mundo
greco-romano, mas obscurecida
durante a era Medieval.

Sandro Botticelli: Nasceu no dia 1 de Março de 1445 e faleceu no dia 17 de Maio de 1510. Na
adolescência trabalhou na casa de um ourives, possivelmente, na oficina de Filippo Lippi, a
quem teria ajudado nas decorações da Catedral de Prata. Foi protegido pelos Médici, para os
quais executou preciosos registros da pintura de cunho mitológico. Também fez obras de
conteúdo religioso. Por meio dos Médici foi convidado pelo Papado para participar na pintura
da Capela Sistina. Realizou o trabalho com artistas como Pietro Perugino (1446-1523),
Domenico Ghirlandaio (1449-1494) e Michelangelo (1475-1560). Sete retratos papais e três
áreas foram pintadas pelas mãos de Botticelli. Foi vítima de perseguição por parte da Igreja e
teve muitas pinturas consideradas ímpias queimadas em fogueiras. Duas das suas obras mais
conhecidas são “A Primavera” e “ O Nascimento de Vénus”

Fig.2 A Primavera
Fig.3 O Nascimento de Vénus
Trabalho realizado por Adriana Ferreira, 1ºB

Leonardo da Vinci: Leonardo da Vinci nasceu em Vinci, em Florença, Toscana, em 1452 e


faleceu em 1519 em Cloux, França. Era pintor, engenheiro, matemático e cientista. O seu pai
levou-o, aos 14 anos, ao ateliê do pintor Andreas del Verrocchio que o aceitou como seu
aprendiz. Em Florença aprofundava o seu conhecimento de diversas áreas, mas era na oficina
de Verrocchio que aperfeiçoava a sua arte, experimentando cores, as leis da perspetiva e
estudando as sutilezas da luz e da sombra. Trabalhou para Lodovico Sforza, duque de Milão
por quase 20 anos. Nesta altura, fez muitos esboços de armas, dado o clima de guerra que era
vivida na Itália renascentista. É aqui que começa a estudar o corpo humano. Viaja para Veneza
para prestar serviço a César Bórgia como arquiteto e engenheiro. Fez projetos para drenar
pântanos, sistemas de canalização, mapas e fortificações. Leonardo continuou as suas
pesquisas, especialmente interessado no voo. Estudou pássaros e a anatomia das suas asas.
Desenhou várias máquinas voadoras, porém, nunca as testou. Leonardo da Vinci também se
dedicou aos estudos hidrodinâmicos, descobrindo o efeito da lua nas marés e inventando
sapatos para andar na água e desenhando o primeiro salva-vidas. As suas obras mais
conhecidas são “A Mona Lisa” e “A última ceia”

Fig.4 Mona Lisa Fig.5 A última Ceia

Andrea del Verrocchio: Nasceu em Florença em 1435 e morreu a 10 de outubro de 1488 em


Veneza. Foi um artista florentino italiano que esteve ativo durante a Renascença.
Era escultor, ourives e pintor, e trabalhou na corte de Lorenzo de Médici. É considerado um
dos pintores mais influentes de seu período. Entre seus alunos incluem-se Leonardo da
Vinci, Sandro Botticelli, Perugino e Ghirlandaio. Também influenciou Michelangelo e foi um
escultor de primeira grandeza. Andrea começou a trabalhar como ourives na oficina de Giulio
Verrocchi, de quem tomou o sobrenome. Em 1474 e 1475, pintou O Batismo de Cristo, agora
na Galleria degli Uffizi, em Florença. Nesse trabalho, foi ajudado por Leonardo Da Vinci ainda
jovem, que terminou a paisagem e o anjo na extrema esquerda. Segundo Giorgio Vasari,
Andrea decidiu então nunca mais pintar, pois Leonardo tinha o ultrapassado em técnica e
genialidade. Sua primeira obra de grande porte foi o suntuoso sepulcro de Pedro de
Médici e João de Médici na igreja de San Lorenzo, em Florença, que foi concluído em em 1472,
notável pelo uso de mármore e pórfiro coloridos em associação com ornatos de bronze. Em
1475, começou então a se dedicar quase inteiramente à escultura. Em 1478, Verrocchio
começou seu trabalho mais importante, uma estátua equestre de Bartolomeo Colleoni, que
tinha morrido três anos antes. Contudo, ele morreu antes de terminar o trabalho. Em 1467
Trabalho realizado por Adriana Ferreira, 1ºB

dava início a sua obra em Florença, "Cristo e São Tomé" na fachada de Or San Michelle,
concluída em 1483.

Fig.6 Nascimento de cristo Fig.7 Cristo e São Tomé

Michelangelo: Michelangelo foi um pintor, escultor e arquiteto italiano. É considerado um dos


maiores representantes do Renascimento Italiano. Michelangelo de Lodovico Buonarroti
nasceu em Caprese, na província de Arezzo, nas proximidades de Florença, Itália, no dia 6 de
março de 1475. Desde pequeno só se interessava em desenhar. Com 13 anos começou a
estudar pintura na oficina dos irmãos Domenico e Davi Ghirlandaio, em Florença. Em 1489, é
convidado por Lourenço para estudar na Academia dos Jardins dos Médicis. Quando retornou
para a casa de seu pai, Michelangelo dedicou seus esforços em estudar a anatomia humana
por meio da dissecação de cadáveres, tomando-os como modelos para seus desenhos. Em
1503, Michelangelo foi convidado pelo papa Júlio II para elaborar o túmulo papal, em Roma.
Por conta de vários outros convites, como a pintura da Capela Sistina, a obra permaneceu
inacabada. Dedicou anos à elaboração do afresco da Capela Sistina, uma de suas obras mais
famosas e uma das pinturas mais reconhecidas mundialmente. Outra das obras de
Michelangelo é sua escultura de Davi, esculpida em um único bloco de mármore. Michelangelo
morreu no dia 18 de fevereiro de 1564, na cidade de Roma, aos 89 anos.

Fig.8 Afresco da capela sistina


Trabalho realizado por Adriana Ferreira, 1ºB

Fig.9 Escultura de Davi

Giorgio Vasari: Giorgio Vasari nasceu a 30 de julho de 1511 em Arezzo e morreu a 27 de Junho


de 1574 em Florença. Foi um pintor, escritor e arquiteto italiano. Ainda jovem, Vasari tornou-
se discípulo de Guglielmo da Marsiglia e aos 16 anos, foi enviado para Florença onde iria ficar a
estudar. Durante seus estudos, conheceu Michelangelo, cuja arte influenciou bastante o seu
estilo. Seus serviços eram regularmente utilizados pela família dos Médici tanto em Florença
como em Roma, mas trabalhou também em locais como Nápoles e Arezzo. Foi também um
dos participantes na mansão do Papa Júlio II. Em vida, Vasari contou com alta reputação e fez
fortuna. Em 1547, construiu para si uma mansão em Arezzo (que hoje é museu em sua
homenagem) e passou incontáveis dias dedicando-se a decorá-la com obras-de-arte. Foi eleito
para o Conselho Municipal (priori) de sua cidade natal, tendo alcançado, mais tarde, o cargo
supremo de Gonfaloneiro. Em 1563, fundou a Accademia del Disegno em Florença. O grão-
duque local e Michelangelo tornaram-se líderes da instituição e trinta e seis artistas foram
escolhidos para tornarem-se membros. Dentre seus trabalhos mais importantes enquanto
pintor têm-se a parede e o teto da sala principal do Palazzo Vecchio, em Florença, e
os afrescos incompletos na catedral de Florença. Enquanto arquiteto, Vasari teve um grande
êxito com a Galeria degli Uffizi e a longa passagem que o conecta ao Palácio Pitti através
da Ponte Vecchio, por exemplo.Vasari ficou também conhecido como o
primeiro historiador da arte, através de seu livro Vite ou Le vite de' più eccellenti pittori,
scultori e architettori, onde registrou a biografia dos principais artistas do Renascimento. O
termo Gótico foi pela primeira vez impresso em seu livro. Publicado pela primeira vez em
1550, incluía, além das biografias, um valioso tratado das técnicas empregadas.

Fig.10 “Le Vite” Fig.11 Galleria deli Uffizi


Trabalho realizado por Adriana Ferreira, 1ºB

Daniele Ricciarelli : Mais conhecido como Daniele da Volterra , nasceu em Volterra em 1509 e


morreu em Roma a 4 de Abril de 1566, foi um pintor do maneirismo e escultor italiano. Foi
discípulo de Michelangelo. Quando, em 1564, a obra Juízo Final, pintada por seu mestre na
parede do altar da Capela Sistina, foi considerada escandalosa pela Igreja Católica por causa da
nudez das figuras retratadas, Daniele ficou encarregado de "vesti-las" (após a morte do
mestre), o que lhe acabou custando o apelido de braghettone.

Fig.12 Juízo Final “Vestido”

Galileu Galilei: Foi um matemático, físico, astrônomo e filósofo italiano.Causou uma renovação
na história da Ciência.
Galileu Galilei nasceu em Pisa, Itália, no dia 15 de fevereiro de 1564. Foi personalidade
fundamental na revolução científica. Viveu grande parte de sua vida entre Pisa e Florença,
originalmente na época de seu nascimento ambas parte do Ducado de Florença e, mais tarde,
na época de sua morte, integrantes do Grão-Ducado da Toscana.
Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente
acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da
inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu
melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as
montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter,[4] os anéis de Saturno, as
estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa
do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico,
pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.
O físico desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo
de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o
precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um
corte com o método aristotélico mais abstrato utilizado nessa época, devido a isto Galileu é
considerado como o "pai da ciência moderna".
Foi obrigado pelas autoridades da Inquisição a renegar publicamente as verdades científicas
que descobrira e desenvolvera, sob a ameaça de pena de morte.
Trabalho realizado por Adriana Ferreira, 1ºB

Galileu Galilei é submetido a pena de prisão e morre no dia 8 de janeiro de 1642.


Escreveu também vários livros, entre eles o “Diálogo sobre os dois principais sistemas do
mundo”, onde defende o sistema heliocêntrico

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