Sandro Botticelli

Daniela Santos Nº1 10ºD

Índice:
-Índice…………………………………………………………………………………Página 1
-Introdução……………………………………………………………………………Página 2
-Biografia……………………………………………………………………………..Página 3
-Pinturas:
• O Nascimento de Vénus…………………...…………………………………Página 5
• A Primavera…………………………………………………………………..Página 8
• Vénus e Marte………………………………………………………………...Página 9
-Outras obras deste pintor……………………………………………...…………….Página 11
-Na Capela de Sistina………………………………………………………………..Página 12
-Conclusão…………………………………………………………………………...Página 13
-Webgrafia……………………………………………………...……………………Página 15

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Introdução

Este trabalho vai ser realizado no âmbito da disciplina de História A no qual decidi fazer sobre
o pintor Sandro Botticelli. Após estudar algumas das suas obras em sala de aula e depois de ter
feito uma pesquiza mais aprofundada sobre o mesmo, fiquei bastante interessada em saber como
tinha sido a sua evolução até chegar onde chegou e o que estava por de trás das suas pinturas.

Nesta apresentação, eu vou falar um pouco sobre a vida de Botticelli, a sua evolução desde este
ser um simples pintor até se tornar num dos mais importantes pintores do Renascimento
Cultural Italiano e vou também mostrar suas obras mais importantes e descrever algumas delas.

Organizei este trabalho em várias partes, começando pela capa onde está presente uma foto de
Botticelli, de seguida o índice para obtermos uma localização mais rápida de onde estão as
diversas partes, uma introdução, uma bibliografia, um desenvolvimento, onde apresento suas
obras, uma conclusão e por fim uma bibliografia e uma web grafia, onde estão os sites e livros
que eu consultei para fazer esta apresentação.

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Biografia
Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi, mais conhecido como Sandro Botticelli, foi um dos
mais importantes artistas do Renascimento Cultural italiano. Este nasceu nos primeiros meses
de 1445, em Florença, não se sabe nem o dia nem o mês exato do seu nascimento, pois em
Março de 1447 seu pai, curtidor de couros Mariano di Vanni, declarou às autoridades locais
que o menino tinha 2 anos e, mais tarde, em fevereiro de 1458, fez uma nova declaração pública
informando que tinha quatro filhos: Giovanni de 37 anos, Antonio de 28, Simone de 14 e
Alessandro 13. Também não se sabe exatamente de onde provém o nome Botticelli, que Sandro,
diminutivo de Alessandro, tornou célebre. Segundo uma versão, Giovanni, o seu irmão mais
velho, era muito gordo e por isso tinha o apelido Botticelli que significava pipazinha ou
barrilzinho e, por isso, Sandro ficou conhecido por esse nome.

Tendo vivido no Renascimento, Botticelli esteve em estreito contato com suas principais
características: o Humanismo, o Antropocentrismo e o Classicismo. O Classicismo refere-se ao
resgate da cultura greco-romana, o Antropocentrismo considerava o homem como centro e o
Humanismo destaca-se pelas “ideias e princípios que dignificam as ações humanas e os valores
morais”.

Desde jovem, dedicou-se à pintura mostrando grande talento para as artes. Em suas obras seguiu
temáticas religiosas e mitológicas. Este importante artista resgatou, de forma brilhante, vários
aspectos culturais e artísticos das civilizações grega e romana. Chegou também a fazer retratos
de pessoas famosas, como, príncipes, integrantes da burguesia e nobres da época. As pinturas
de Botticelli são marcadas por um forte realismo, movimentos suaves e cores vivas.

Botticelli, com 17 anos, foi apresentado ao artista Filippino Lippi, um artista de talento e
prestígio, para com ele iniciar-se na arte da pintura. Em 1469, Lourenço de Médici, governador
de Florença, contrata o pintor Piero Pollaiuolo para executar sete quadros que representassem
as “Sete Virtudes”, para ornar o salão do Tribunal de Mercanzia, mas o ourives Antônio
Filipepi, irmão de Botticelli, não concordava com a decisão. Ele já tinha elaborado o primeiro
estudo para uma das virtudes a - “Caridade” e queria introduzir seu irmão mais novo, Sandro,

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no mecenato dos Médicis, contando com a ajuda de Tommaso Soderini, pessoa de absoluta
confiança de Lourenço de Médici.

Mais tarde, protegido dos Médici, para os quais executou preciosos registros da pintura de
cunho mitológico, foi bem relacionado no círculo florentino, trabalhando também para
o Vaticano, produzindo afrescos para a Capela Sistina.

Aprendeu inicialmente ourivesaria com seu irmão e depois foi aprendiz de Fra Filippo Lippi, ,
estudou na Escola Florentina do Renascimento e igualmente, com ele, aprendeu a arte de
Masaccio aberto às aquisições introduzidas por Masaccio na pintura do Quatrocento e às
tendências do Gótico tardio, seguiu os preceitos da perspectiva central e estudou as esculturas
da Antiguidade, evoluindo posteriormente para a acentuação das formas decorativas e da
atenção dispensada à harmonia linear do traçado e ao vigor e pureza do colorido. Suas obras
tardias revelariam ainda um expressionismo trágico, de agitação visionária, fruto certamente da
pregação de Savonarola. Sandro Botticelli usava todas as cores, em especial cores frias.

Em 1470, aos vinte e cinco anos, abriu o seu próprio ateliê. Nesse ano, foi encarregado de pintar
o quadro A Coragem, que seria colocado no Tribunal do Palácio do Mercado.

Botticelli morreu a 17 de maio de 1510 em Florença e foi sepultado na Igreja de Todos-os-

Santos, para a qual pintara, trinta anos antes, a Êxtase de Santo Agostinho.

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 Principais obras
O Nascimento de Vénus
Este famoso quadro de Botticelli foi revolucionário em sua época, por ser a primeira pintura
renascentista com tema exclusivamente laico e mitológico. Antes de criar esta tela, Sandro
Sandro Botticelli
costumava pintar cenas
bíblicas e, foi depois de
uma viagem a Roma, onde
esteve exposto a muitas
obras da cultura greco-
romana que, no regresso a
casa é inspirado pelo que
viu e começou a pintar
Sandro Botticelli, O Nascimento de Vénus, têmpera sobre tela
c.1483 cenas baseadas na mitologia.

O quadro O Nascimento de Vênus foi encomendado por Lorenzo di Pierfrancesco, uma figura
importante na sociedade italiana. Lorenzo atuava como banqueiro e político e encomendou a
Botticelli uma peça para decorar a sua casa. O resultado dessa encomenda, produzida entre
1482 e 1485, foi a tela hoje considerada uma obra-prima da pintura ocidental.
O efeito causado pelo quadro, no entanto, foi de paganismo, já que foi pintado em época em
que a maioria da produção artística se atinha a temas católicos. Por isso, chega a ser
surpreendente que o quadro tenha escapado das fogueiras do pregador dominicano Savonarola,
que incentivou a destruição de obras que teriam "influências pagãs" e consumiram outras tantas
obras de arte e objetos de luxo entre 1494 e 1498, quando conseguiu afastar os Medici do
governo de Florença, numa espécie de revolução popular.
A anatomia da Vênus, assim como vários outros detalhes menores, não revela o realismo
clássico específico de Leonardo da Vinci ou Rafael. O pescoço é longo e o ombro esquerdo
posiciona-se em ângulo anatomicamente improvável, no entanto, esta escolha se relaciona com
a manutenção da harmonia compositiva da tela.
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Vênus, a deusa do amor, traz beleza para o mundo. A beleza é considerada divina. Na Florença
de Botticelli esse era o pensamento corrente que tentava conciliar as ideias clássicas com o
pensamento Cristão. A postura da mesma relembra uma escultura clássica, a Vênus pudica,
cópia romana, mas apesar de ser um quadro que remete-nos para a tradição greco-romana,
Botticelli produz uma interpretação cristã sobre o tema, porque se a Vênus nascera das águas,
o nascimento verdadeiro se dava pelo batismo, marcado pela simbologia da concha na qual a
Vênus se encontra, que na tradição cristã primitiva era uma alusão ao batismo, o recebimento
da graça do Espírito Santo que limparia a mácula do Pecado Original.

Nua, no centro da tela, vemos Vênus fazendo um gesto pudico para esconder a sua condição
despida. Vênus emerge das águas sobre uma concha, sendo empurrada para a margem por
Zéfiro, o Vento Oeste, abraçado à ninfa Clóris, sua mulher, esta que tinha sido raptada pelo
mesmo do jardim das Hespérides. Mas Zéfiro apaixonou-se por sua vítima, que com o seu
consentimento, tornou-se sua esposa e assim, a ninfa elevou-se ao nível de deusa e tornou-se
Flora, que tinha perpétuo poder sobre as flores.

Enquanto Zéfiro sopra, assistimos o cair das rosas, estas que segundo a mitologia, nasceram
quando Vênus pôs o pé em terra firme e fazem referência ao sentimento do amor. Também
vemos Vénus recebendo de uma Hora um manto bordado de flores, que por conta do vento,
oscila intensamente, marcado pelas linhas curvas do tecido no ar. A Hora traz em torno da
cintura um ramo de rosas cor-de-rosa e em torno dos ombros usa uma elegante guirlanda de
mirta verde, símbolo do amor eterno e avança elegantemente para receber Vênus. Esta é uma
das quatro Horas, espíritos que personificavam as estações do ano. Seu manto branco flutuante,
bordado com flores delicadamente entrelaçadas, esvoaça ao vento e representava a primavera,
a estação do renascimento e da renovação.

A luz que recebe ressalta a sua beleza clássica e pura, o que destaca ainda mais as suas curvas
e seu extenso cabelo ruivo se enrola ao longo do corpo como uma espécie de serpente.

Para compor a sua tela, Botticelli inspirou-se na antiguidade clássica. Em termos de forma,
desejava-se harmonia e a composição de uma beleza clássica, fatores que podem ser observados

6
na perfeição da construção do corpo de Vênus e a valorização da natureza é também outro
elemento característico do movimento que se faz ver na tela pintada por Botticelli.

O quadro apresenta igualmente duas conquistas do Renascimento: a elaboração da técnica

da perspetiva e da profundidade. Observamos como a protagonista do quadro se encontra
enorme, em primeiro plano, quando comparada com a paisagem do oceano ao fundo.

Ele também foi o primeiro a pintar uma mulher nua que não fosse Eva, num gesto bastante
polêmico para a sua época, e foi também dos primeiros artistas a pintar quadros mitológicos,
que faziam um elogio à cultura pagã, iniciando uma verdadeira renovação no período do
Renascimento.

7
A Primavera
Esta pintura, também conhecida como Alegoria
da Primavera, é uma das obras mais célebres
deste artista, conservada na Galeria dos Ofícios,
em Florença. Nesta o pintor utilizou a técnica de
têmpera sobre madeira e foi pintada para a casa
de campo de um familiar dos Médicis, uma
dinastia politica italiana que foi muito
importante para o mecenato artístico durante o Sandro Botticelli, A Primavera, têmpera sobre
madeira, c.1482
Renascimento Italiano. Este quadro que retrata um grupo de figuras mitológicas clássicas num
jardim é cheio de significados alegóricos, cuja a interpretação é difícil e ainda incerta. Neste é
representado e festejado a chegada da Primavera. Ao centro, vê-se Vénus, esta que simbolizava
a beleza, a forma visível do bem e o amor como cultura, com Cupido, que está de olhos
vendados, a lançar uma seta em direção às Três Graças, representadas no lado esquerdo, a
dançar, simbolizando a sensualidade e a beleza, na presença do deus Mercúrio, este que estava
com um bastão a empurrar as nuvens para que Primavera fosse eterna. À direita vemos Zéfiro,
o vento do oeste, que se encontra de boca cheia disposto a soprar, enquanto está a tocar na ninfa
Clóris, esta que consegue gerar flores, fazendo-as sair pela boca e se transformando em flora, a
deusa da Primavera que aparece utilizando um vestido coberto de flores.

Todas as personagens apresentam pouca rigidez, evidenciando a naturalidade e a harmonia nos

seus movimentos, ainda é visível o rigor do desenho e a simetria da composição. As figuras
revelam movimento e expressividade, apresentando-se em equilíbrio com recurso ao
contraposto.

Ao observarmos esta pintura conseguimos reparar na enorme variedade de cores, especialmente

cores quentes. As cores tornam se mais evidenciadas pois, atrás das personagens existe um
grande cenário negro e escuro que contrasta bastante com as cores fortes dos trajes e da
natureza, também é de salientar que as figuras femininas, nesta obra, reproduzem o ideal de
beleza da época: são altas, longínquas e ostentam uma pele muito branca e cabelos louros.

8
Vénus e Marte

Sandro Botticeli, Vénus e Marte, têmpera sobre madeira, c.1480

Este obra reflete, de uma forma emblemática a atmosfera da cultura florentina, não apenas
figurativas, que floresceu na Corte dos Médicis, mas também a ambição humanista de
transformar platonicamente a realidade em beleza e mito e está localizada na Galeria Nacional,
Londres, Grã-Bretanha.
A composição Vênus e Marte é uma obra mitológica classicista do pintor italiano Sandro
Botticelli, graciosamente espiritual, pintada sobre madeira numa arca nupcial, baseada na
história amorosa acontecida entre Vênus, a deusa da beleza e do amor, e Marte, o deus da guerra
e guardião da agricultura, ambos pertencentes à mitologia romana. Segundo a lenda, Marte era
um deus presunçoso e orgulhoso, que se apaixonou pela belíssima deusa, que sempre despertava
paixão . Dessa relação nasceu Cupido, deus do amor. O rosto de Vênus é semelhante ao de cada
uma das figuras femininas sagradas ou mitológicas pintadas por Botticelli. A deusa é
representada como uma jovem esposa vestida de modo elegante, de acordo com a moda
renascentista.

Vênus e Marte encontram-se num bosque encantado, cercados por pequenos e lúdicos sátiros.
A deusa está desperta, contemplando Marte, enquanto dorme profundamente, semi-nu. Em
torno do par estão quatro sátiros que fazem troça de Marte. Os pequenos sátiros, meio humanos
e meio animais, que brincam com as armas de Marte, dão ao artista a oportunidade de ilustrar
um magnífico elmo dourado e polido que reflete a luz, como os que se usavam nos torneios
florentinos do tempo. Dois deles seguram sua lança, sendo que o primeiro também traz o elmo
do Deus da guerra na cabeça. O terceiro sopra uma concha no seu ouvido, tentando acordá-lo,

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e o quarto descansa debaixo de seu braço esquerdo. Os dois deuses, voltados um para o outro,
em primeiro plano, tomam toda a parte inferior da tela. A perspetiva e o horizonte, apresentados
no quadro, são extremamente apertados e comprimidos. Olhando com atenção, pode-se
perceber o mar ao fundo, bem distante, local de onde teria saído a deusa. Um enxame de vespas
esvoaça em torno da cabeça de Marte, possivelmente alusivo à simbologia de que o amor chega,
muitas vezes, acompanhado da dor. Pode ser também uma alusão à família Vespucci,
responsável por ter encomendando a obra, uma vez que tinha como símbolo a vespa.

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Outras obras deste pintor

Sandro Botticelli, A Adoração dos Magos, óleo sobre tela c.1486

Sandro Botticelli, Retrato de Dante Alighieri, têmpera sobre a tela, c.1495

Sandro Botticelli, Virgem com o Menino e São João Batista Criança, têmpera sobre
madeira, c.1500
11
Na Capela de Sistina

Sandro Botticelli, Castigo dos Rebeldes, afresco, c.1482

Sandro Botticelli, a Tentação de Cristo, afresco, c.1482

Sandro Botticelli, As Provações de Moisés, afresco, c.1482

12
Conclusão:
Com este trabalho consegui aprender mais não só sobre Botticelli, como também sobre a arte
renascentista, consegui ver uma história diferente por de trás de cada quadro, algo que nunca
tinha feito antes. Este trabalho também fez com que me despertasse algum interesse sobre a arte
e me surpreendeu bastante com o empenho que, neste caso, Botticelli teve para chegar onde
chegou.

13
Webgrafia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Botticelli-primavera.jpg

https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/a-primavera-sandro-botticelli/

https://renascimento-pintura.blogs.sapo.pt/476.html

https://astro.ufes.br/aprimavera-botticelli

Acedido no dia 29/05/2021 às 11:24 ( entre as 11:24 e 13:28)

https://www.ebiografia.com/botticelli/

Acedido no dia 02/06/2021 às 09:15

https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/venus-e-marte-sandro-botticelli/

https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fabrancoalmeida.com%2F2005%2F09%2F21
%2Fvenus-e-marte-de-
botticelli%2F&psig=AOvVaw2UVS8UDQrVO6p1vHmcfTri&ust=1623180918014000&source=images&
cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCMjGzqeihvECFQAAAAAdAAAAABAJ

https://virusdaarte.net/botticelli-venus-e-marte/

Acedido dia 07/06/2021 entre as 20:28 e as 21:47

https://renascimento-pintura.blogs.sapo.pt/905.html

https://pt.wahooart.com/@@/8Y3UB4-Sandro-Botticelli-Vênus-e-Marte
https://www.culturagenial.com/quadro-o-nascimento-de-venus-botticelli/

Acedido dia 08/06/2021 entre as 16:32 e as 21:35

https://www.todamateria.com.br/sandro-botticelli/

14
https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid=2o6MFie8&id=99F5FDE4F652CF948776F
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Acedido dia 10/06/2021 entre as 14:30 e as 18:40

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