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Direitos do Paciente na

Atenção Domiciliar

Profª. Enf. Ped. Graziélli Teixeira da Rocha Santos


O Direito à Assistência
 Atualmente, a maioria dos planos de saúde
oferecem a possibilidade de tratamento domiciliar
visando reduzir os custos da internação, bem
como humanizar o atendimento dos pacientes,
possibilitando, por exemplo, que estejam ao lado
da família.
O Direito à Assistência
 Ocorre que nem sempre as operadoras oferecem
aos pacientes em tal regime de internação o
suporte necessário para tanto, negando o
fornecimento de serviços de enfermagem para
cuidados básicos com alimentação e higiene ou o
fornecimento de medicamentos e alimentação
especial.
O Direito à Assistência
 Tal ato é abusivo e ilegal, contrariando os princípios
gerais do Direito do Consumidor e do Direito Civil
Moderno, e afronta as normas que regem os
planos de saúde no que tange a internação
domiciliar em substituição à hospitalar.

O Direito à Assistência
 Desse modo, o TJ/SP, diante de reiteradas decisões,
e com o objetivo de uniformizar o entendimento
do Tribunal paulista, editou a súmula 90, em
fevereiro de 2012, que diz: 

 “Havendo expressa indicação médica para a


utilização dos serviços de 'home care', revela-se
abusiva a cláusula de exclusão inserida na avença,
que não pode prevalecer."
Direitos do Paciente
 Conjugados, tais dispositivos garantem ao paciente
neste regime de internação domiciliar itens como:

a) Cobertura de despesas referentes a honorários


da equipe multiprofissional.
a)

b) Serviços gerais de enfermagem e alimentação


(enteral ou parenteral).
a)
Direitos do paciente
c) Realização de exames complementares
indispensáveis para o controle da evolução da doença
e elucidação diagnóstica.
c)

d) Fornecimento de medicamentos, anestésicos,


gases medicinais (principalmente o2), transfusões e
sessões de quimioterapia e radioterapia, conforme
prescrição do médico, realizados ou ministrados
durante o período de internação.
Direitos do paciente

e) Equipamentos como aspirador, ventilador


mecânico, bomba de infusão, nebulizador,
concentrador, esfigmomanômetro, estetoscópio,
nobreak; essenciais para a continuidade da
assistência

f) Materiais como sondas, luvas de procedimento,


luva estéril, seringas, agulhas, descarpack, sacos de
lixo branco, materiais para curativos, realização de
glicemia capilar, equipo, máscara, dentre outros,
d)
Direitos do paciente
 Assim, mostra-se abusiva a
imposição de restrições
pelos planos de saúde à
internação domiciliar em
substituição à hospitalar,
devendo a mesma ser
realizada nos moldes
definidos pelo médico.
 Com todos os recursos humanos e materiais
necessários para recuperação do paciente,
inclusive, se necessário, com acompanhamento de
equipe de enfermagem 24 horas por dia.
Direitos do paciente
 Foi publicada a Portaria Interministerial (Ministério da
Saúde e o Ministério de Minas e Energia) n° 630, de 8 de
novembro de 2011;Institui o benefício Tarifa Social de
Energia Elétrica (TSEE):

Portador de
Família inscrita doença ou com Redução ou até
no Cadastro Com renda deficiência isenção de tarifa
Único para mensal de (tratamento de energia
Programas até três continuado com elétrica baseada
Sociais do salários equipamentos, no consumo
Governo Federal mínimos aparelhos que mensal dos
(CadÚnico) demandem equipamentos
consumo de
energia
Mas quem indica a Internação
Domiciliar?
 Ressalte-se que este tipo de internação deve ser
realizada de acordo com as recomendações do
médico do paciente, e somente poderá ocorrer
caso haja consentimento da família.

 Ou seja, quem definirá o que será necessário no


regime de internação domiciliar é o médico, não
podendo o convênio restringir ou limitar tal
suporte.
Relação Custo Benefício
 A internação domiciliar não é
apenas uma medida de
humanização do
atendimento, é
principalmente uma política
de redução de custos para o
plano de saúde.
 Através desta modalidade se consegue liberar leitos
nos hospitais - leitos esses que serão utilizados
por pacientes que necessitam efetivamente da
internação hospitalar com o cuidado e
acompanhamento inerente a este tipo de
atendimento.
A Enfermagem e a
Internação Domiciliar
 Dentre as obrigações do plano
de saúde, a que costuma gerar
mais controvérsias entre plano
e consumidor é o
fornecimento de suporte de
enfermagem para cuidados
básicos de alimentação e
higiene do paciente, atividades
que o convênio alega não
estarem incluídas entre suas
obrigações, justificando que
seriam, supostamente, de
responsabilidade do cuidador.
A Enfermagem e a
Internação Domiciliar
 Ocorre que apesar de tais
funções não serem
exclusivas dos auxiliares de
enfermagem, trata-se de
um trabalho imprescindível
para manutenção da vida do
paciente neste regime de
internação, pois geralmente
o mesmo não reúne
condições físicas para
desempenhar tais atividades
sem o auxílio de terceiros.
A Enfermagem e a
Internação Domiciliar
 Nesse sentido, o Decreto 94.406/87, que
regulamentou a Lei 7.498/86, que por sua vez
disciplina as Profissões de Enfermeiro, Técnico de
Enfermagem, e Auxiliar de Enfermagem, dispõe
expressamente no Art. 11, IV, que uma das
funções do auxiliar de enfermagem é justamente
prestar cuidados de higiene e conforto ao
paciente, inclusive alimentando-o ou auxiliando-o
a alimentar-se.

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