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Como uma franquia de jogos baseados em momentos históricos da humanidade, as

palavras história e cronologia estão intimamente ligadas à série Assassin's Creed.


Mas falar da “ordem cronológica” dos jogos é um pouco mais complicado do que
parece, porque há duas cronologias paralelas e distintas na franquia: a história
que acontece fora do Animus (a máquina que leva o personagem para dentro dos
momentos históricos da humanidade) e aquela que acontece dentro do Animus (a parte
principal do jogo).

Por isso, este artigo será dividido em dois momentos: o primeiro com a ordem
cronológica da história fora do Animus; o segundo com a ordem cronológica das
histórias de dentro do Animus.
Fora do Animus
A narrativa fora do Animus é uma das mais polêmicas do jogo — não pela história em
si, mas sim porque a comunidade acha que essa é uma parte inútil e que o jogo seria
mais divertido se já se assumisse desde o começo como uma fantasia histórica.
Também há quem defenda que essa é a verdadeira história da franquia, e o que ocorre
nos períodos históricos (99% do jogo) é só um parque de diversões que tangencia a
narrativa real.

Seja como for, essa narrativa se inicia em setembro de 2012, com o protagonista
Desmond Miles sendo sequestrado pela Abstergo, uma das maiores corporações de
tecnologia do mundo. O protagonista acorda dentro de um quarto em uma das sedes da
companhia, onde é apresentado ao Dr. Warren Vidic e à Lucy Stillman, assistente
dele. Vidic explica a Desmond que ele foi sequestrado para participar de uma
experiência envolvendo o Animus, uma máquina que acessa memórias genéticas
presentes no DNA de cada pessoa, permitindo-a reviver a vida e os eventos de seus
ancestrais em um mundo de realidade virtual.

Desmond também descobre que os principais acontecimentos da história do mundo fazem


parte de uma grande guerra que envolve duas grandes Ordens secretas, a dos
Templários e a dos Assassinos. A escolha do personagem para essa experiência,
inclusive, ocorre porque ele é o último descendente da linhagem do assassino Altaïr
Ibn-La’Ahad, um membro de uma das Ordens que viveu na Terra Santa (região que hoje
é dividida entre Israel e Palestina) durante o período da Terceira Cruzada.

Altaïr é importante para a Abstergo por ser o único que sabe onde está escondido um
artefato que a empresa está procurando. Enquanto vivencia as memórias de seu
antepassado, Desmond descobre que a “grande guerra” entre Templários e Assassinos
ainda não acabou, que a Abstergo é uma empresa de fachada para esconder os
objetivos reais de controle mundial da Ordem Templária e que ele foi raptado para
descobrir a localização da Maçã do Éden, um artefato que permite controlar a mente
de várias pessoas ao mesmo tempo. Para piorar a situação, ele também descobre que
Lucy é, na verdade, uma assassina infiltrada na pesquisa do Dr. Vidic para evitar
que os templários consigam localizar a Maçã.

Com o fim do experimento, Desmond não tem mais utilidade para a Abstergo, mas, como
sua assistente sumiu, Vidic deixa ele no quarto enquanto procura por ela. Nesse
momento Desmond percebe que alguns dados das memórias “vazaram” para o seu DNA e
agora ele também possui a “visão de águia” de Altaïr, o que permite ler uma série
de mensagens secretas escritas nas paredes com o sangue da cobaia que foi parte dos
experimentos de Vidic antes dele. Entre símbolos de ordens secretas e passagens
bíblicas, as mensagens falam de um evento catastrófico que irá aniquilar toda a
humanidade, e destaca a data Maia de 13.0.0.0, equivalente a 21 de dezembro de 2012
em nosso calendário gregoriano — e isso tudo é revelado apenas no primeiro
Assassin’s Creed.

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