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Radiografia odontológica

RESUMO
UNIFACEMA – 2021
Bacharelado em Odontologia
Ítalo Gabriel da Costa Cruz

A radiologia é a ciência que estuda o interior do corpo humano, por meio de


imagens obtidas com os raios X, os quais podem atravessar um objeto e
imprimir a imagem do mesmo num filme radiográfico. (ALVARES; TAVANO,
2002).

Através dos exames radiográficos podem ser observadas características únicas


de um indivíduo e assim obter informações cruciais para identificação do
cadáver, podendo ser obtidos através de várias regiões do corpo, incluindo
crânio e complexo bucomaxilofacial (MUSSE; OLIVEIRA; 2008; WOOD, 2006;
SILVA et al., 2009).

É relatado que a primeira radiografia odontológica foi realizada com o


tempo de exposição de 25 minutos, comparado às radiografias atuais (0,06 a
0,08 segundos), os tempos de exposição aos nocivos raios-X eram
assustadores. Além dos perigos da exposição, utilizavam-se produtos tóxicos
prejudiciais ao meio ambiente e ao operador na fase de processamento do
filme. Diante às desvantagens, tornou-se de extrema importância a evolução
dos procedimentos e dos materiais utilizados, no sentido de se aumentar a
segurança e a qualidade dos mesmos (WHAITES, 2003).

As radiografias periapicais são as mais indicadas para o diagnóstico de


alterações como fraturas radiculares, calcificações pulpares, metamorfose
cálcica da polpa, cárie, periapicopatias e outras alterações exclusivas dos
dentes, incluindo-se as reabsorções. Em outras palavras, no planejamento
ortodôntico deve-se incluir a análise minuciosa de radiografias periapicais de
todos os dentes. O objetivo é diagnosticar alterações dentárias pré-existentes
não detectáveis pelas radiografias panorâmicas e assim evitar complicações
durante o tratamento ortodôntico. As radiografias periapicais de todos os
dentes antes do tratamento ortodôntico representam, em seu conjunto, uma
Radiografia odontológica

das formas mais eficientes de prevenir-se de problemas associados às


reabsorções dentárias durante o tratamento ortodôntico (CONSOLARO, 2007).

A formação da imagem digital difere da formação da imagem convencional. Na


radiografia convencional, quando um feixe de fótons de raios X atravessa um
objeto, parte dos fótons deste feixe é atenuada, e os demais fótons expõem o
filme radiográfico, modificando os cristais de prata presentes na emulsão.
Dessa forma, a imagem apresenta-se contínua e ininterrupta, onde os tons de
cinzas se intercalam de maneira sutil. Com isso, a radiografia convencional
pode ser considerada um meio analógico, no qual as diferenças do tamanho e
distribuição dos cristais de prata metálica resultam em uma escala de
densidade contínua (WHITE; PHAROAH; 2007).

A radiografia digital não usa filme radiográfico e, portanto, não envolve o


emprego dos cristais de sais de prata. Uma imagem digital consiste de um
arranjo de células individuais organizadas em uma matriz de linhas e colunas.
Cada célula possui três numerações: 1- coordenada X, 2- coordenada Y e 3 –
valor de cinza (VAN DER SELT, 2008).

As principais vantagens da radiografia digital sobre a tradicional são:


diminuição do tempo de atendimento devido à ausência de processamento
químico, redução da dose de exposição dos pacientes aos raios-X, eliminação
do custo de filmes e de soluções processadoras, obtenção de cópias de
imagem sem a necessidade de novas tomadas radiográficas, facilidade de
comunicação com outros profissionais (HAITER et al, 2000).

Os aparelhos radiográficos digitais representam uma importante conquista para


a radioproteção tanto ao paciente quanto ao profissional. As radiografias
digitais possuem diversas vantagens em comparação ao sistema convencional
(JUNIOR et al, 2014).

E sobre as radiografias se tornarem obsoletas: Não, pois são exames baratos


que entram na questão do melhor resultado com menor custo. O raio X pode
ser encontrado em qualquer hospital ou clínica e algumas doenças são ainda
Radiografia odontológica

melhor detectadas com ele, por exemplo uma fratura dentária ou osso alveolar,
complicações na estrutura anatômica e ligamento periodontal.
REFERÊNCIAS

ALVARES LC, TAVANO O. Curso de radiologia em odontologia. 4. ed. São


Paulo: Santos; 2002. 248 p. (p. 1-16; 98-127; 231-48).

CONSOLARO, A. Insight Ortodôntico • Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial


12 (4). 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1415-
54192007000400002. Acesso em: 18 de agosto de 2021.

HAITER FN, OLIVEIR AE, TUJI FM, ROCHA AS. Estágio atual da radiografia
digital. Rev ABRO. 2000; 1(3):1-6.

MUSSE J. O.; OLIVEIRA R. N. Identificação humana através dos seios frontais:


uma revisão de literatura. Odontologia e Sociedade. v. 10 n. 3, p. 8-13, 2008.

SILVA R. F.; PARANHOS L. R.; MARTINS E. C.; FERNANDES M. M.;


DARUGE
JÚNIOR E. Associação de duas técnicas de análise radiográfica do seio frontal
para identificação humana. Revista Sul Brasileira de Odontologia. v.6, n.3,
p.310-315, 2009.

SOUZA JUNIOR, JCD. AFONSO, AP. NETO, AP. Aplicabilidade clínica da


radiografia digital na Odontologia. Odonto 2014; 22(43-44): 83-92.

VAN DER STELT, PF. Better Imaging The advantages of digital radiography. J
Am Dent Assoc.; 139:7S-13S. 2008.

WHAITES E. Princípios da radiologia odontológica 3a edição. Porto Alegre:


Artmed; 2003. p. 215-20.

WOOD, R. E. Forensic aspects of maxillofacial radiology. Forensic Sci Int. v.


149,
Radiografia odontológica

n.1, p. 47-55, 2006.

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