Você está na página 1de 25

Universidade Paulista – UNIP Projeto Integrado

Multidisciplinar
Cursos Superior de Tecnologia em Radiologia

PIM VI

Radiologia odontológica e sua técnica Intraoral

Manaus 2022
Universidade Paulista - UNIP Projeto Integrado Multidisciplinar Curso
Superior de Tecnologia em Radiologia
PIM II

Radiologia odontológica e sua técnica Intraoral

Alunos: Jussana Duarte da Silva RA: D935666

Curso: Radiologia
Semestre: 1°
Período: 6°

Manaus 2022

Universidade Paulista -UNIP Projeto Integrado Multidisciplinar Curso


Superior de Tecnologia em Radiologia
Radiologia odontológica e sua técnica Intraoral

Projeto integrado multidisciplinar apresentado ao Instituto de ciências e


Saúde da Universidade Paulista UNIP – Campus Manaus em ___/___/___,
avaliado conforme a relação abaixo:

Nota do Projeto Elaborado: ______

Nota Individual da defesa do Projeto:

Nome: Jussana Duarte da Silva RA: D935666 NOTA:


_______

BANCA EXAMINADORA

_____________________________ ____________________________

Prof (a): Prof (a):

_____________________________ ____________________________

Prof (a): Prof (a):

Manaus 2022
RESUMO

É inquestionável que, a odontologia sempre caminha em busca de


ferramentas e tecnologias, para que os tratamentos sejam cada vez melhores,
em termos de: estética, durabilidade, facilidade de execução e economia de
tempo, tanto para o cirurgião-dentista, quanto para o paciente. A prática de
qualquer técnica radiográfica exige uma série de requisitos para a sua
execução. Por essa razão, é muito importante o conhecimento das
características e do funcionamento correto dos aparelhos de raios X, do
posicionamento da cabeça do paciente e do filme radiográfico para cada
técnica específica, das áreas e dos ângulos de incidência do feixe de raios X
para cada região, além das especificações dos filmes utilizados.

Palavras chaves: Técnica intraoral, Filmes radiográficos, Equipamentos,


Acessórios.
ABSTRAC
It is unquestionable that dentistry is always looking for tools and technologies,
so that treatments are better and better, in terms of: aesthetics, durability, ease
of execution and time savings, both for the dentist and for the patient. The
practice of any radiographic technique requires a series of requirements for its
execution. For this reason, it is very important to know the characteristics and
correct functioning of the X-ray machines, the positioning of the patient's head
and the radiographic film for each specific technique, the areas and angles of
incidence of the X-ray beam for each region, in addition to the specifications of
the films used.

Keywords: Intraoral technique, Radiographic films, Equipment, Accessories


Sumário
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................7
2 RADIOLOGIA ODONTOLOGICA......................................................................................8
3 APARELHO UTILIZADO NA TECNICA INTRAORAL...................................................8
3.1 Formação de imagem.................................................................................................9
3.2 Cuidados necessários com Aparelho...................................................................10
4 ACESSÓRIO UTILIZADOS...............................................................................................10
4.1 Filmes Radiográfico..................................................................................................11
4.2 Colgadura....................................................................................................................12
4.3 Câmara escura............................................................................................................13
4.4 Posicionador...............................................................................................................15
4.5 Avental Plumbífero....................................................................................................16
5 TECNICAS INTRAORAIS.................................................................................................17
5.1 Posicionamento da cabeça do paciente..............................................................17
5.2 Distância focal e tempo de exposição..................................................................18
5.3 Ângulos de incidência do feixe de raios X..........................................................18
5.4 Montagem dos filmes................................................................................................19
5.5 Radiografia periapical...............................................................................................20
5.5.1 Indicação................................................................................................................20
5.6 Radiografia interproximal........................................................................................21
5.6.1 Indicação do exame............................................................................................22
5.7 Radiografia oclusal....................................................................................................22
5.7.1 Indicação do exame...............................................................................................23
5.8 Preparação para os exames....................................................................................23
CONCLUSÃO.........................................................................................................................25
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................26
7

1 INTRODUÇÃO
Técnica radiográfica intraoral que tem por objetivo mostrar
detalhadamente os elementos dentais e os tecidos ósseos adjacentes, além de
avaliar a relação entre o germe dentário permanente e o elemento dental
decíduo. A radiologia odontológica é uma especialidade que tem o objetivo de
explorar a arcada dentária com a finalidade de diagnóstico da saúde bucal,
sendo auxiliar na identificação de doenças e na elaboração de tratamentos
apropriados para cada situação, sendo um procedimento fundamental do
exame clínico. Considerada uma das ferramentas mais eficientes para os
dentistas, a radiologia odontológica permite detectar pontos e problemas não
visíveis a olho nu, auxiliando no diagnóstico, plano de tratamento, além da
orientação e controle da terapêutica. As áreas de competência dentro desta
especialidade incluem a obtenção, interpretação e emissão de laudo de
imagens da estrutura maxilar, que podem ser obtidas por meio da radiografia
convencional, radiografia digital, tomografia convencional e computadorizada,
ressonância magnética e ultrassonografia, além de dar total auxílio e maior
compreensão do diagnóstico do paciente.
8

2 RADIOLOGIA ODONTOLOGICA
A radiologia odontológica o raio x da boca (dentes, gengiva, maxilares,
entre outros). Estes exames de radiologia (que usam raios x) são usados
diariamente pelos médicos dentistas no seu consultório ou recorrendo, em
alguns casos, a centros especializados neste tipo de exames 6.

A odontologi,a ou medicina dentária é a especialidade responsável pela


prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças dos dentes e da gengiva. Os
raios x (RX) são meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT),
usados com muita frequência, para além da cavidade bucal, nos diversos
órgãos do corpo humano, sendo mesmo o exame médico mais antigo e mais
utilizado na imagiologia médica6.

A radiologia odontológica reveste-se de crucial relevância na atualidade,


quer em termos de diagnóstico de diferentes patologias, quer em termos de
avaliação da resposta ao tratamento, como por exemplo: a cárie dentária,
doenças periodontais, tratamentos ortodônticos (aparelhos dentários), próteses
dentárias, colocação de implantes dentários, entre muitas outras, como
veremos adiante com mais pormenor6.

3 APARELHO UTILIZADO NA TECNICA INTRAORAL

Gnatus,2020

A utilização de raio x odontologico de parede é fundamental para


identificar se o paciente possui algum tipo de lesão ou fratura em algum osso
da boca. Por meio dos resultados obtidos com auxílio da máquina, o
profissional consegue identificar qual tratamento deve ser adotado 4.
9

O raio X deve ser fabricado com componentes resistentes e tecnologia


de ponta, possibilitando o registro de imagens com boa definição. Dessa forma,
é recomendado escolher materiais feitos por empresas reconhecidas no
segmento4.

Além da importância para o diagnóstico de fraturas, o raio x odontologico


de parede apresenta diversos benefícios e facilidades no uso diário. Assim, a
aquisição do aparelho torna-se um investimento com excelente relação
custobenefício4.

O aparelho de raios-X deve ser designado para que possa ser operado
de maneira simples pelos profissionais. Para a obtenção dos elementos
fundamentais para a produção de Rx, são necessários: Gerador de elétrons;
Acelerador de elétrons; Alvo ou anteparo. O aparelho de raios X é um dos
equipamentos mais utilizados na Odontologia. A radiografia é um exame de
baixo custo que proporciona diagnósticos precisos e detalhados que seriam
incapazes de serem percebidos com uma verificação visual. A radiografia é tão
importante quanto o histórico do paciente e o exame clínico e faz parte do
planejamento da maioria dos tratamentos odontológicos. O aparelho de raios X
odontológico faz dois tipos de radiografias: as periapicais e as interproximais 4.

3.1 Formação de imagem

Tubo de Rx ou âmpola- contém o filamento (cátodo- parte negativa),


área focal (ânodo- pólo positivo), este último possui elevado ponto de fusão e é
bom condutor de calor4.

Circuito elétrico, com os transformadores - aquece o filamento e aplica a


elevada quilovoltagem4.

Base: Fixa ou móvel – pode estar presa à parede ou ao próprio equipo


odontológico4.

Corpo: Partes elétricas gerais4:


10

Autotransformador; Estabilizador de corrente; Regulador de


miliamperagem; Marcador de tempo; Voltímetro e Seletores de quilovoltagem e
miliamperagem4.

Braço Articulador: Permite movimentos do cabeçote nos planos vertical e


horizontal4.

Cabeçote: Continente blindado para o tubo de Raios-X e: Transformador


de alta tensão; Transformador de baixa tensão; Filtro adicional de alumínio;
Diafragma de chumbo – Colimadores metálicos 4.

Gnatus, 2020

3.2 Cuidados necessários com Aparelho

Por se tratar de radiação, a exposição prolongada ou intensa aos raios X


pode causar sérios danos à saúde. É contraindicado que o exame seja feito em
gestantes, principalmente nos meses iniciais, pois a radiação pode causar má
formação no feto ou até mesmo levar a um aborto. Além desses cuidados, o
paciente deve usar a vestimenta à base de chumbo para reduzir o impacto e a
absorção excessiva de raios X. Quanto ao técnico, precisa ficar em uma sala
especial protegida por chumbo durante todo o funcionamento do equipamento.
Ele deve também monitorar com freqüência os níveis de radiação no ambiente
de trabalho para não comprometer a sua saúde 4.
11

4 ACESSÓRIO UTILIZADOS

4.1 Filmes Radiográfico

Arch Health, 2014.

A radiografia pode fornecer detalhes importantes para o sucesso de um


tratamento, desde que sua indicação e execução sejam precisas. Para isso, é
importante saber o tipo de filme a ser usado e sua característica técnica, de
modo a diferenciar os detalhes dos artefatos inerentes à aquisição da imagem.
O filme é considerado intraoral quando acomodado dentro da cavidade oral. O
filme é constituído de uma base de poliéster recoberta por uma emulsão em
ambos os lados, com uma lâmina de chumbo em um deles. É envolto por uma
fina camada de papelão preto e embalado em um material plástico, colorido,
conforme a especificação do produto. A principal função da base (película) é o
suporte para a emulsão; por isso, ela deve ser rígida, porém flexível, para se
acomodar na cavidade oral. As primeiras bases foram fabricadas com acetato
de celulose, mas logo foram substituídas porque causavam combustão
espontânea. Atualmente, é fabricada com espessura de 0,2 mm, de poliéster
polietileno tereftalato transparente, com uma coloração azulada ou esverdeada
(conforme o fabricante), pois se acredita que tal coloração melhore a
visualização de detalhes. A base deve ainda apresentar baixa combustão,
conforme as normas de segurança da American Standard Association (ASA).
Sobre a base, em ambos os lados, é aplicada uma fina camada de um tipo de
material adesivo, para a fixação da emulsão. Esse adesivo é chamado de
substrato. Em um dos cantos da base existe um pequeno relevo com formato
12

redondo (picote), que serve de orientação para diferenciar os lados direito e


esquerdo do paciente5.

A emulsão é constituída de dois componentes principais: os sais


halogenados de prata e a matriz, onde se encontram os sais suspensos. Os
sais são compostos, principalmente, por cristais de brometo de prata e, em
menor grau, por cristais de iodeto de prata. O iodeto é adicionado por ter
cristais com diâmetro maior do que os de brometo, com a finalidade de
desorganizar a estrutura regular dos cristais de brometo, aumentando, assim, a
sensibilidade aos raios X. A sensibilidade do filme depende de estrutura,
organização, tamanho e formato, bem como de determinada quantidade de um
composto de enxofre. A matriz, na qual se encontram os sais suspensos, é
formada por uma substância coloide gomosa com aspecto gelatinoso.
Apresenta como características a absorção de produtos químicos presentes no
processamento radiográfico, não se dissolve em água e endurece ao final do
procedimento. Uma película protetora é colocada por sobre a emulsão, para
evitar contaminação e prevenir estragos acidentais, como “riscar” a radiografia.
Esta emulsão é colocada em ambos os lados para que a sensibilidade seja
maior, diminuindo o tempo de exposição do paciente 5.

A embalagem do filme tem como finalidade protegê-lo mecânica e


quimicamente de parte da radiação secundária responsável pelo véu (fog), que
dificulta a interpretação da imagem radiográfica. Envolvendo a película, é
adicionado um fino papel-cartão preto para proteger a emulsão mecanicamente
e impedir a exposição à luminosidade, pois, além de ser sensível aos raios X,
ela também é sensível à luz. Por cima de um dos lados do conjunto
películapapel-cartão, é colocada uma lâmina de chumbo fina que ajuda a
impedir a ação da radiação secundária produzida pelos tecidos bucais. Ainda é
definida uma marca em relevo, parecida com marcas de pneus no asfalto, para
indicar se houve erro na técnica durante a aquisição da imagem. Em adição,
esse novo conjunto é envolto por um invólucro plástico selado, onde há
diferenciação entre o lado que contém a lâmina de chumbo e o lado sensível
aos raios X, que o protege quimicamente dos fluidos salivares 5.
13

4.2 Colgadura

A dental, 2022.

As colgaduras são, basicamente, um suporte usado para prender filmes


de exames de imagem, como por exemplo o raio-x. Elas são feitas a partir de
aço inoxidável, que não permite a oxidação por intempéries, com uma haste de
fixação, servindo para o sustentar os filmes. Sua haste de fixação é medida de
acordo com a quantidade de filmes que a colgadura será capaz de segurar.
Geralmente, elas existem com suporte de sete a quatorze filmes 3.

As colgaduras são equipamentos muito utilizados principalmente nas


áreas da radiologia e odontologia, em clínicas com pouca demanda de raios-x,
pois a revelação de imagens é realizada manualmente. Porém, elas podem
poupar tempo e melhorar a qualidade de pequenas radiografias, sendo usada
em qualquer tipo de câmara escura. Como seu próprio nome indica, as
colgaduras podem ser montadas conforme o número de revelações que serão
feitas3.
14

4.3 Câmara escura

Equipus, 2022.

A Câmara Escura Odontológica é um equipamento, que oferece


qualidade e segurança durante seu manuseio. - Ângulagem para entrada das
mãos, tornando fácil o acesso às cubas, evitando o mau posicionamento do
operador. Não existem bordas retentivas, facilitando a limpeza e desinfecção,
fácil remoção das luvas para assepsia, possui alojamento para os recipientes
que contém líquido evitando que os mesmos fiquem soltos, proporcionando
maior segurança para o operador, sem risco algum ao usuário, não utiliza
energia elétrica, prática, moderna e de fácil manuseio 4.

Caixa moldada em polipropileno, o polipropileno possui características


atóxicas, boa rigidez, resistente a produtos químicos, ácidos, substâncias
alcalinas e detergentes, visor acrílico destacável, com ótima transparência e
total filtragem da luz, permite a visualização no interior controlando os
movimentos das mãos e possibilita acompanhamento visual da revelação,
batentes de silicone no fundo da base, proporcionando total aderência no local
de trabalho, facilitando o manuseio4.

Os efluentes gerados a partir de processamentos radiográficos


consistem do líquido revelador, fixador e água de lavagem dos filmes
radiográficos. Esses efluentes são constituídos de químicos altamente tóxicos,
não podendo ser descartados no meio ambiente, pois se encontram fora dos
padrões estabelecidos pelos órgãos públicos ambientais reguladores 7-8.
Consistem em soluções com altas concentrações de prata, hidroquinona,
15

quinona, metol, tiossulfato de sódio, sulfito de sódio e ácido bórico, além de


outros químicos altamente tóxicos à saúde ambiental e humana, como cianeto,
cloreto, ferro, fósforo total, nitrogênio total e sulfito 4.

As soluções fixadoras usadas devem, de acordo com a RDC nº 306/04


da ANVISA, ser submetidas a processo de recuperação da prata ou serem
acondicionadas e identificadas em frascos de até dois litros compatíveis com o
líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e
vedante. Esses recipientes devem ser identificados com o símbolo de risco
associado conforme a NBR 7.500 e encaminhados ao Aterro Sanitário Industrial
para Resíduos Perigosos ou ser submetidos a tratamento de acordo com as
orientações do órgão local do meio ambiente, em instalações licenciadas para
esse fim. Também devem ser observadas as exigências de compatibilidade de
cada resíduo com os materiais das embalagens de forma a evitar a reação
química entre os componentes do resíduo e da embalagem, enfraquecendo ou
deteriorando a mesma, ou a possibilidade de que o material da embalagem
seja permeável aos componentes do resíduo4.

Com relação às soluções reveladoras usadas, a RDC nº 306/04 indica


sua neutralização (pH 7-9) e seu descarte com grande quantidade de água no
sistema de esgoto sanitário com sistema de tratamento. Os reveladores não
utilizados e as soluções concentradas devem ser condicionados em frascos
como descrito para a solução fixadora e encaminhados da mesma forma 4.

Manoele Ltda, 2021.


16

4.4 Posicionador

Manoele Ltda, 2021.

O uso de posicionadores radiográficos é indicado como um


procedimento que visa à redução da dose de exposição aos raios-X no
paciente e no profissional médico e odontológico. ... A sua não utilização pode
conduzir a erros técnicos que levariam a repetição de exames, com aumento da
dose de exposição no paciente. Coloque o Posicionador na boca do paciente
de maneira que o dente em questão fique no centro da película radiográfica.
Nos dentes posteriores o Posicionador é mantido em posição pelo paciente,
pois o mesmo fecha a boca mordendo o Dispositivo para Mordida. O filme,
fixado na base com a sua face sensível voltada para o anel de alinhamento, foi
mantido pelo posicionador e colocado na cavidade bucal numa posição paralela
ao longo eixo do dente 36, centralizando-o.

4.5 Avental Plumbífero


17

A dental, 2022.

Avental de chumbo é um equipamento odontológico que deve ser


utilizado tanto pelo paciente, quanto pelo dentista. Por ser feito deste material,
protege os pacientes dos possíveis efeitos da radiação. Esse equipamento tem
a função de proteger os envolvidos em uma radiografia odontológica contra
radiações secundárias. Por isso, ele serve como avental para paciente e
também para o próprio profissional que realizará o exame. Sua utilização se dá
principalmente durante a realização de radiografias periapicais 2.

Esse tipo de avental é fabricado em borracha plumbífera com cerca de


0,25mm a 0,50mm de chumbo em sua composição. Por essa questão, ele
também é frequentemente chamado de avental plumbífero. Além disso, ele é
revestido com tecido lavável, podendo esse ser bagun ou nylon. Essa
característica torna mais fácil a sua assepsia e limpeza posterior ao uso 2.

É importante ressaltar que o produto não deve ser dobrado ou


amassado. É necessário armazenar o avental de maneira adequada, em plano
horizontal para a devida proteção de quem o utilizará 2.

5 TECNICAS INTRAORAIS

5.1 Posicionamento da cabeça do paciente

O posicionamento correto da cabeça do paciente para cada técnica é


imprescindível para a obtenção de uma boa radiografia. Para posicionar a
cabeça do paciente, são empregados planos antropológicos e linhas de
18

referência:1

Plano sagital mediano (PSM): Divide a cabeça verticalmente em lados


direito e esquerdo. Externamente (na face do paciente), equivale à linha de
orientação mediana. Este plano deve estar perpendicular ao plano horizontal,
tanto em exames da maxila como da mandíbula 1.

Plano de Camper: passa pelo pório e pela espinha nasal anterior,


representado externamente pela linha de orientação que vai do trago à asa do
nariz1.

Linha trago-comissura labial: linha de orientação que vai do trago à


comissura labial1.

5.2 Distância focal e tempo de exposição

A distância focal (área focal-filme) é um fator variante nas técnicas


intraorais. Na técnica periapical da bissetriz, indica-se uma distância focal de 20
cm, obtida pela aproximação do cilindro do aparelho na face do paciente. Na
técnica periapical do paralelismo, a distância focal é de 40 cm, utilizando-se o
cilindro localizador longo. A distância focal na técnica interproximal é de 20 cm,
quando se utiliza localizador curto, e 40 cm com o emprego do localizador
longo. O tempo de exposição dos feixes de raios X varia de acordo com a
indicação do fabricante do filme radiográfico 1.

5.3 Ângulos de incidência do feixe de raios X

Nas técnicas radiográficas intraorais, devido à conformação anatômica


dos maxilares e suas variações, o exame radiográfico da maxila e mandíbula é
dividido em regiões. Em cada região, o feixe de raios X deve incidir com
angulações diferentes para se obter uma imagem radiográfica do órgão
dentário com menor grau de encurtamento, alongamento ou sobreposição de
estruturas.
São dois os ângulos de incidência: ângulo vertical e ângulo horizontal 1.
19

Os ângulos verticais são obtidos direcionando o feixe de raios X em


relação à linha de oclusão ou plano oclusal, sendo ângulos positivos (+) no
exame da maxila e ângulos negativos (–) no exame da mandíbula 1.

Os ângulos horizontais estão relacionados ao PSM e são obtidos


movimentando-se o cilindro do aparelho de raios X horizontalmente, sendo
direcionado paralelo às faces proximais dos dentes para evitar a sobreposição
das mesmas1.

5.4 Montagem dos filmes

A montagem dos filmes deve acontecer imediatamente após o


processamento. Atenção deve ser dada ao posicionamento do picote. Além
disso, a superfície de trabalho deve ser de cor clara, seca, limpa, em frente a
um negatoscópio, e o conhecimento da anatomia é necessário para montagem
das radiografias. Por exemplo, em uma imagem radiográfica da região de
prémolares é facilmente identificada se essa região radiografada é superior,
caso possa ser visualizado o seio maxilar. Por outro lado, se em uma
radiografia de prémolares for observado o forame mentoniano, trata-se de uma
radiografia de dentes inferiores1.

É necessário que a organização das radiografias seja feita em grupos:


interproximais, periapicais anteriores e posteriores, já que isso facilita sua
identificação e interpretação1.

Periapicais anteriores: longo eixo do filme é orientado verticalmente 1;

Periapicais posteriores: longo eixo do filme é orientado horizontalmente 1;

Radiografias superiores: montadas com as raízes dos dentes apontando


para cima1;

Radiografias inferiores: montadas com as raízes dos dentes apontando


para baixo1;

O picote deve ser usado para distinguir lado direito e esquerdo, para
tanto o lado elevado do picote deve ser posicionado na direção do observador 1
20

5.5 Radiografia periapical

Ciroradiologia, 2022.

A radiografia periapical ou RX periapical é um exame que serve para


visualizar radiograficamente a anatomia de um ou mais dentes (desde a coroa
até ao término da raiz), assim como as estruturas anatómicas vizinhas, ou seja,
que estão ao redor dos dentes. Esta radiografia pode ser usada para estudar
qualquer um dos dentes (molares, pré-molares, incisivos e caninos), seja na
arcada dentária superior ou na inferior6.

O raio x periapical é o exame mais frequente no que diz respeito à


radiografia intraoral (radiografias do interior da boca). Abrange, habitualmente,
apenas uma determinada área, visualizando-se, normalmente, apenas 2 a 3
dentes contíguos (juntos), permitindo desta forma avaliar a anatomia dos
dentes no seu todo de uma forma mais detalhada 6.

Não existe uma só radiografia periapical completa ou total, ou seja, que


consiga abranger todos os dentes numa só imagem radiográfica, como
acontece com a ortopantomografia, mas podemos, no entanto, efetuar várias
radiografias de modo a estudar uma área mais alargada 6.

5.5.1 Indicação

Entre outras, as radiografias periapicais são indicadas para avaliação de


tratamentos, auxiliar o diagnóstico e definir o plano de tratamento de diversas
patologias ou doenças orais, a saber6:
21

o Diagnóstico de cárie dentária6; o Controlo endodôntico (tratamento de


canal ou desvitalização de dentes) 6; o Deteção de lesões periapicais (ao redor
da raiz dos dentes) 6; o Diagnóstico de problemas nas coroas, raízes e osso
alveolar6; o Avaliação de perdas ósseas6; o Visualização de obturações
(materiais de restauração de dentes) 6; o Diagnóstico de quistos (ou
cistos), presença de corpos estranhos, etc 6; o Presenças de implantes
dentários6; o Auxílio no diagnóstico de trauma oclusal6;

5.6 Radiografia interproximal

Ciroradiologia, 2022.

A radiografia interproximal ou RX bite wing é um exame usado em


medicina dentária e que serve essencialmente para observar as coroas dos
dentes superiores e inferiores numa só imagem. Normalmente, essa imagem
consegue abranger a coroa completa de 2 a 3 dentes de cada maxilar 6.

O termo “bite wing” significa, numa tradução à letra, “asa de mordida”, e


refere-se à forma como o paciente segura o dispositivo que contém a película
ou o recetor do feixe de Rx, ou seja, o paciente segura esse dispositivo na
boca, entre as suas duas arcadas, através da mordida de um tipo de asa que
se salienta desse recetor. Esta “técnica interproximal” usada na radiografia
dentária permite-nos avaliar, sobretudo, os dentes posteriores (“dentes da trás”)
22

e as cristas ósseas vizinhas aos dentes (topo do osso localizado entre os


dentes, correspondente à zona das papilas) 6.

A radiografia bite wing é frequentemente realizada no diagnóstico de


cáries interproximais, ou seja, cáries que se situam entre os dentes, sendo
estas habitualmente as cáries mais difíceis de diagnosticar durante o exame
clínico dentário. No entanto, a radiografia pode ser usada para outros fins,
nomeadamente para avaliação da eficácia de alguns tratamentos. Veja mais
informação em indicações das radiografias interproximais 6.

5.6.1 Indicação do exame

A radiografia interproximal, ou RX bite wing, é indicado no diagnóstico e

avaliação de determinadas situações, nomeadamente 6: o Diagnóstico de cárie

interproximal (cárie entre os dentes) 6; o Avaliação da crista óssea entre os

dentes6;

o Avaliação do estado de certos tratamentos dentários (restaurações por


exemplo) 6;

5.7 Radiografia oclusal

Ciroradiologia, 2022.

A radiografia oclusal ou RX oclusal é um tipo de radiografia intraoral


(dentro da boca) usado pelos médicos dentistas e que serve para despistar e
23

avaliar a posição de raízes residuais (restos de raízes), dentes inclusos (dentes


do siso, habitualmente) e dentes supranumerários (excedentários), entre
outros, como veremos adiante com maior detalhe 6.

Neste exame, a película radiográfica é colocada entre os dentes da


maxila superior e os dentes do maxilar inferior. Ou seja, a película é disposta
entre os dentes das duas arcadas dentárias (superior e inferior), como se o
doente estivesse a “morder” a película. Posteriormente, é realizada uma
incidência de raios X, obedecendo a uma angulação específica relativamente à
posição da película. Desta forma, é obtida a imagem radiográfica que será
posteriormente analisada pelo médico dentista 6.

5.7.1 Indicação do exame

Entre outras, a radiografia oclusal possui indicação no diagnóstico e


avaliação de determinadas patologias, conforme enumeramos de seguida 6:

o Despiste e localização de raízes ou fragmentos dentários retidos 6; o


Despiste e localização de dentes inclusos6; o Verificação de dentes
supranumerários6;
o Estudos de determinadas anomalias (avaliar extensão de lesões
ósseas, por exemplo) 6;

5.8 Preparação para os exames

Por norma, um exame de radiografia odontológica não requer nenhuma


preparação especial, podendo estes ser executados comodamente no
consultório do médico dentista, ou então, num centro de radiologia odontológica
(clínica especializada em radiologia oral) 6.

As radiografias dentárias, por norma, não possuem riscos ou complicações. Em


alguns casos, para a realização do exame, o doente será convidado a retirar
qualquer espécie de jóias (brincos e piercings, por exemplo), óculos ou
quaisquer outros objetos de metal que possam interferir com as imagens de
raios-x, uma vez que os objetos metálicos são susceptíveis de aparecer na
imagem radiográfica, podendo impedir um correto diagnóstico 6.
24

CONCLUSÃO
Portanto a radiografia intraoral é a mais utilizada na medicina dentária.
Por sua vez, entre as técnicas radiográficas intraorais, a radiografia periapical
ou RX periapical, a radiografia interproximal ou RX bite wing e a radiografia
oclusal são os exames mais utilizados. O RX periapical é das radiografias
intraorais a mais frequentemente requisitada pelos médicos dentistas. O uso da
radiologia no diagnóstico por imagem é responsável pelo sucesso no
tratamento e na cura de várias doenças. No entanto, trata-se de um método de
diagnóstico que pode trazer muitos riscos e consequências quando não
utilizado com segurança. Seguir as recomendações, utilizar protocolos de
segurança e equipamentos de proteção são ações indispensáveis para o bem-
estar de pacientes que são submetidos a exames de raio-x e ainda mais
importantes para profissionais que trabalham diariamente na radiologia.
25

BIBLIOGRAFIA
1. ARITA, E. VAROLI, F. TÉCNICAS RADIOGRAFICAS INTRAORAIS. 3°
ed. Rio de Janeiro: Santos, 2021.

2. FAGUNDES, R. Conheça os principais Epis na radiologia e as formas


seguras de proteção.2021. Disponível em:
https://rdicom.com.br/blog/epis-na-radiologia/. Acesso em: 01/05/2022.

3. NECIPA. Quais são os benefícios de usar colgaduras? Necipa, 2019.


Disponível em: ttps://www.necipa.com.br/noticias/quais-sao-
osbeneficios-de-usarcolgaduras/#:~:text=Com%20as%20colgaduras
%2C%20as%20películas ,para%20a%20economia%20de%20tempo.
Acesso em : 17/05/2022.

4. NUNES, G. Radiologia odontológica. Tatuí. Solutudo, 2021.

5. OLIVEIRA,E. RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA: Princípios


de
Interpretação. 2° ed, São Luiz – MA. Guanabra Koon, 2014.

6. SAUDEBEMESTAR.PT. Radiologia odontológica. Saudebemestar,2022.


Disponível em:
https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/dentaria/
radiologiaodontologica/. Acesso em: 05/05/2022.

Você também pode gostar