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IFPR – INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CASCAVEL

CURSO TÉCNICO EM ANÁLISES QUÍMICAS

Pureza da gasolina

Lara da R. Slomp; (Discente)


Marcus Vinicius de Magalhães; (Discente)
Pedro Henrique S. Balastrelli. (Discente)

CASCAVEL - PR
2021
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IFPR – INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CASCAVEL

CURSO TÉCNICO EM ANÁLISES QUÍMICAS

Pureza da gasolina

Trabalho apresentado à instituição de


ensino IFPR como recurso avaliativo da
disciplina de Análise de Combustíveis I,
ministrada pelo docente Ricardo S. de Oliveira
e realizada pelos discentes Lara da R. Slomp,
Marcus Vinicius de Magalhães e Pedro
Henrique S. Balastrelli.

CASCAVEL – PR
2021
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INTRODUÇÃO

A observação da pureza da gasolina consiste em calcular o quão puro


este hidrocarboneto é. No Brasil, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis), o grau de puridade das gasolinas comuns
vendidas em postos requer 75% (setenta e cinco por cento) de C8H18 (gasolina)
pura. Sendo o restante, equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) etanol de
anidro, sendo que a margem de erro é em média de 1% (um por cento).

Ademais, segundo a Resolução Nº 807, DE 23 DE JANEIRO DE 2020, o


índice de octanagem difere-se em comparação aos tipos de gasolinas.

A DIRETORIA DA AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS


NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS - ANP, no exercício das atribuições conferidas
pelo art. 6º do Regimento Interno e pelo art. 7º do Anexo I do Decreto nº 2.455,
de 14 de janeiro de 1998, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.478, de 6 de
agosto de 1997, considerando o que consta do Processo nº 48600.200214/2019-
60 e as deliberações tomadas na 1007ª Reunião de Diretoria, realizada em 16
de janeiro de 2020, resolve:

CAPÍTULO I

Art. 3º As gasolinas automotivas classificam-se em:

I - gasolina A comum: combustível produzido a partir de processos utilizados nas


refinarias, nas centrais de matérias-primas petroquímicas e nos formuladores,
destinado aos veículos automotores dotados de motores de ignição por centelha,
isento de componentes oxigenados;

II - gasolina A Premium: combustível de elevada octanagem, produzido a partir


de processos utilizados nas refinarias, nas centrais de matérias-primas
petroquímicas e nos formuladores, destinado aos veículos automotores dotados
de motores de ignição por centelha cujo projeto exija uma gasolina com maior
octanagem, isento de componentes oxigenados;
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III - gasolina C comum: combustível obtido a partir da mistura de gasolina A


comum e de etanol anidro combustível, nas proporções definidas pela legislação
em vigor; e

IV - gasolina C Premium: combustível obtido a partir da mistura de gasolina A


Premium e de etanol anidro combustível, nas proporções definidas pela
legislação em vigor.

OBJETIVOS

O experimento tinha como único objetivo obter o índice de octanagem da


amostra de gasolina proposta.
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MATERIAL UTILIZADO

● 2 Provetas 50mL
● Papel absorvente de limpeza
● Béquer

REAGENTES

● Gasolina
● Água destilada
● Cloreto de sódio

MATERIAL DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO PESSOAL

● Luvas
● Jalecos

METODOLOGIA

Para a realização do experimento em laboratório, primeiramente, utilizou-


se a amostra de 20 ml de gasolina para análise. Depois, transferiu-se os 20 ml
de gasolina para uma proveta e em seguida adicionou-se 20 ml de solução de
cloreto de sódio (10 ml de água destilada e 10 ml de NaCl 10%), misturou-se a
amostra+solução (gasolina e cloreto de sódio), deixou-se em repouso por 5
minutos, e anotou-se o grau de pureza da gasolina. Observou-se os 3 momentos:
a amostra, a solução, e a amostra+solução.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO

A gasolina é um derivado do petróleo que, por meio de extrações


subterrâneas, é encontrado o petróleo, obra-prima para os hidrocarbonetos,
dentre eles, a gasolina. O petróleo passa por vários tipos de refinamentos,
porém, o que o separa dos outros tipos de combustíveis, é o craqueamento,
processo, de alta pressão e temperatura, que podem chegar até 700 graus. Só
então ela sofre o processo do tratamento, que consiste em adequar a gasolina
para as ordens da ANT. No Brasil, há cinco tipos de gasolina: a Gasolina
Comum, a Gasolina aditivada, a Gasolina Premium, a Gasolina Formulada e a
Gasolina de aviação.

A gasolina comum é a mais “simples” e mais vendida no mercado. Ela


possui uma octanagem mínima de 87%. Segundo a ANT, deve haver em sua
fórmula o etanol anidro, conforme exigido pela legislação vigente, que
atualmente é de 27%.

A gasolina aditivada possui a mesma octanagem da gasolina comum:


índice 87%. A diferença entre a gasolina comum e a gasolina aditivada, é que
ela recebe em sua fórmula, agentes de limpeza em sua formulação.

A diferença entre as gasolinas citadas acima e a gasolina Premium, está


no valor da octanagem, que é superior à das gasolinas comum e aditivada: que
é de no mínimo de 91%, ou seja, é muito mais alto em relação às outras.

Segundo a ANP, toda a gasolina produzida aqui no Brasil é formulada.


Em geral, ela é mais barata e é preparada com uma mistura de correntes de
hidrocarbonetos. A gasolina formulada pode ser produzida por agentes
econômicos (formuladores e centrais petroquímicas) que devem ser
supervisionados pela ANP.

A gasolina de aviação possui características especiais que são


controladas através de rigorosos testes laboratoriais. Assim garantimos seu alto
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padrão de qualidade, a conformidade com a especificação e,


consequentemente, o seu bom desempenho nos motores.

Sua octanagem, é a mais alta em comparação às outras, avaliada em


cerca de 99,6%.

Por meio do experimento, com a gasolina do tipo comum, conclui-se o


nível de octanagem da gasolina, tinha nível de pureza avaliado em 15% e 85%
de substâncias não reveladas.

A seguir observa-se a imagem da amostra e solução:

A gasolina é apolar, ao reagir-se com a água destilada mais o cloreto de


sódio que é polar, ouve como resultado, uma mistura de duas fases, ou seja,
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heterogênea. Separando-se a água, que obtinha-se consigo, substâncias não


identificadas, e a gasolina.

Observa-se nas imagens a seguir a mistura entre a amostra e a solução e


amostra+solução:

Observou-se que ao adicionar e misturar a solução de cloreto de sódio a


gasolina, a gasolina pura subiu, por sua baixa densidade em relação a água,
enquanto as impurezas foram para baixo deixando ao todo 15% de gasolina pura
e 85% de impurezas e adultérios.

Concluiu-se que essa amostra está fora das normas da ANP.


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CONCLUSÃO

O experimento realizado tinha o objetivo de medir o nível de pureza da


gasolina, sendo que o máximo de etanol permitido é de 25%, porém, havia
apenas 15% de gasolina pura e 85% de etanol e outras substâncias não
identificadas. A Lei nº 17.760/2019 deixou claro que "a comercialização de
combustível adulterado não é permitida em qualquer hipótese, em qualquer
quantidade, mesmo que apenas por uma vez". Sendo assim, concluímos que
esta gasolina está adulterada e que deve ser denunciada imediatamente
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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

SILVA, Carlos Moisés. LEI Nº 17.760, DE 31 JULHO DE 2019. 31 de Julho de


2019. Disponível em:
https://legislacao.sef.sc.gov.br/html/leis/2019/lei_19_17760.htm. Acesso em: 8
de Novembro de 2021.

FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. Adição de álcool à gasolina. Prepara Enem.


Disponível em: https://www.preparaenem.com/quimica/adicao-alcool-
gasolina.htm. Acesso em: 8 de Novembro de 2021.

RODRIGUES, Fábio. Gasolina formulada pode ser um problema para o


consumidor e seu carro?. UOL economia. 12 de Junho de 2018. Disponível
em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/06/12/gasolina-
formulada-combustivel-mistura-qualidade.htm%E2%80%A6?cmpid=copiaecola.
Acesso em: 8 de Novembro de 2021.

CECHHI, José Cesário. RESOLUÇÃO Nº 807, DE 23 DE JANEIRO DE 2020.


Diário Oficial da União. 24 de janeiro de 2020. Disponível em:
https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-n-807-de--23-de-janeiro-de-2020-
239635261. Acesso em: 8 de Novembro de 2021.

FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. Determinação do teor de álcool na


gasolina. Mundo educação. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/determinacao-teor-alcool-na-
gasolina.htm. Acesso em: 8 de Novembro de 2021.

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